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Livro de Emmanuel
Psicografia de Chico Xavier
Evangelho e Trabalho
Lição 17
 Emmanuel nos trará nesta lição a oportunidade de refletirmos sobre
um importante item de nossa vida cotidiana: o trabalho.
 Importante, porém, que saibamos primeiramente que, à luz do
Espiritismo, “trabalho é todo ocupação útil” (Questão 675 do Livro
dos Espíritos).
 O estudo, assim, não é apenas aos que trabalham aos olhos da
sociedade, sob remuneração ou mesmo voluntariamente, mas
destina-se a todos aqueles que buscam ocupar suas horas com tarefa
útil, que beneficie algo ou alguém.
 Comecemos a lição:
 “A glorificação do trabalho é serviço evangélico.” Roteiro
 Se nós não levantamos as segundas-feiras feliz e contentes por mais um dia de tarefas e
trabalhos, ainda não alcançamos o que Emmanuel chama de glorificar o trabalho.
 Vejamos o que o dicionário nos traz sobre o verbo glorificar:
 Significado de Glorificar
 verbo transitivo direto Cobrir de glória, de louvor; gloriar, exaltar: glorificar um
herói.Fazer uma homenagem a; celebrar as boas qualidades, os feitos de; homenagear:
o colégio glorificou os melhores.[Religião] Atribuir a alguém a glória eterna; conduzir à
bem-aventurança, à felicidade eterna ao lado de Deus; canonizar, beatificar: glorificar
um papa.verbo pronominalTornar-se notável; distinguir-se dos demais: glorificou-se
fazendo o bem.Dar uma importância excessiva para os próprios feitos e qualidades;
exaltar-se: glorificava-se de seu dinheiro.Etimologia (origem da palavra glorificar): do
latim glorificare.
 Glorificar é sinônimo
 de: abençoar, bendizer, canonizar, enaltecer, gloriar, louvar, ufanar, exaltar,
homenagear
 Muitos acreditam que trabalhar para
o Cristo e para o seu Evangelho de
Luz é frequentar um templo religioso
o dedicar-se a uma atividade de
prestação material, como a entrega da
sopa. Certamente, são atividades
muito importantes, porém, o que o
benfeitor nos está apresentando é
algo muito mais profundo. Ele nos
convida a compreender que tudo o
que fazemos, principalmente nosso
trabalho, pode estar a serviço do
Evangelho, trabalhar com alegria,
retidão, dignidade, equidade, são
virtudes raras e necessárias a todos os
cristãos.
Vejamos um pouco mais da lição.
“Antecedendo a influência do Mestre,
a Terra era vasto latifúndio povoado
de senhores e escravos.
O serviço era considerado desonra.
Dominadas pelo princípio da força,
as nações guardavam imensa semelhança com as
tabas da comunidade primigênia.
O destaque social resultava da caça.
Erguiam-se os tronos, quase sempre,
sobre escuros alicerces de rapinagem.
Os favores da vida pertenciam aos mais argutos e aos mais poderosos.
Qualquer infelicidade econômica redundava
em compulsório cativeiro.
Trabalho era sinônimo de aviltação.” Roteiro
 Se olharmos para o século passado e o
anterior a ele, facilmente veremos o quão
verdadeiras são estas afirmativas de
Emmanuel. O trabalho não é bem visto
pela maioria dos homens. Ainda hoje há
quem queira enriquecer para entregar-se
ao ócio e aos prazeres materiais.
 Famílias são criadas sob valores de que o
trabalho serve única e exclusivamente
para ganho financeiro e promovem,
assim, um estrago imenso na vida dos
jovens que esquecem de suas aptidões
para buscar apenas o emprego ou a
profissão que lhes garanta muito dinheiro,
ou, na opinião de muitos, sucesso.
 A realidade de outrora ainda reside em
muitos pensamentos e condutas de
pessoas que acreditam que por terem
posses materiais devem ser servidos e
pouco se preocupam em serem úteis ao
mundo em que se encontram.
 Qual o nosso entendimento sobre o trabalho que realizamos? Seja na
profissão, em casa, na comunidade, no serviço religioso, onde quer que
estejamos temos a oportunidade de auxiliar, de sermos úteis.
Compreendemos a força do trabalho? Compreendemos que o trabalho
também é um ponte para o nosso caminho evolutivo?
 Recordemos que o trabalho é Lei Divina, como nos dizem os espíritos:
 674. A necessidade do trabalho é lei da Natureza?
“O trabalho é lei da Natureza, por isso mesmo que constitui uma
necessidade, e a civilização obriga o homem a trabalhar mais, porque
lhe aumenta as necessidades e os gozos.” Livro dos Espíritos
 Prossigamos com Emmanuel
 “Os espíritos mais nobres, na maioria das vezes,
demoravam-se na subalternidade absoluta, suando e
gemendo para sustentar o carro purpúreo dos
opressores.
 Em toda as cidades, pululavam escravos de todos os
matizes e somente a eles era conferido o dever de
servir, como austera punição.” Roteiro
 Muitas pessoas, quando ocupam altos cargos, sejam privados ou públicos,
acreditam que devem ser servidos, até mesmo o cafezinho deve lhe ser trazido a
mesa. A lição, porém, nos fala de onde se encontram os espíritos nobres, não
aqueles que a Terra reconhece e homenageia, mas os que estão verdadeiramente a
serviço do Cristo trabalhando pela construção de um mundo melhor.
 Os espíritos nobres estão “suando e gemendo” para sustentar estes homens,
revestidos transitoriamente em cargos de poder, esquecem de seu compromisso e
de sua função.
 Há quem pense que isto se refere apenas a políticos, porém, até mesmo um pai de
família deve demonstrar aos filhos a dignidade do trabalho, nas pequenas tarefas
da lide doméstica, exemplificando aos pequeninos desde a tenra idade que o
trabalho dignifica o homem.
 O fundamento desta conduta está alicerçado no egoísmo que ainda tinge a vida
humana com diversas cores, configurando-se numa chaga que atravessa os
milênios e que temos sérias dificuldades para combater.
Sigamos em frente:
“Roma imperial jazia repleta de cativos
tomados ao Egito e à Grécia,
á Gália e ao Ponto.
Só na revolução de Espártaco, no ano de 71,
antes da era cristã,
foram condenados à morte trinta mil escravos
na Via Ápia, cuja única falta era aspirar
ao trabalho digno em liberdade edificante.”
Roteiro
 Eis um triste exemplo de como temos agido ao longo
dos milênios, interessante, porém, observarmos que
Emmanuel traz um exemplo do qual ele mesmo
participou, não como escravo, mas como um dos que
estavam no poder. Recordemos que o livro Há 2000
anos nos relata da vida do Senador Públio Lentulus
que o próprio Emmanuel afirma ser uma de suas
vidas. O Senador, por sua vez, era o espírito do
bisavô, Públio Lentulus Sura reencarnado:
 “- Repara estes papiros! São notas de meu bisavô,
acerca dos seus projetos no Consulado. Encontrei
neste acervo de pergaminhos diversas minutas de
sentenças de morte, as quais já havia observado
nas minhas digressões do sonho inexplicável...
Confronta estas letras! Não se parecem com as
minhas? Que desejaríamos mais, além destas
provas caligráficas? Há muitos dias, vivo este
obscuro dilema no íntimo do coração... Serei eu
Públio Lentulus Sura, reencarnado?”
 A história nos fala do bisavô de Emmanuel (Públio Lentulus):

 “Públio Cornélio Lêntulo Sura (114–62 a.C.; em latim: Publius Cornelius Lentulus Sura) foi um político
da família dos Lêntulos da gente Cornélia da República Romana eleito cônsul em 71 a.C. com Cneu
Aufídio Orestes. É famoso por ter sido um dos principais personagens da Conspiração de Catilina e por ter
sido padrasto de Marco Antônio. Lêntulo foi nomeado questor de Lúcio Cornélio Sula em 81 a.C.. Quando
foi acusado por ele de ter se apropriado de dinheiro público, recusou-se inclusive a se defender, mas, de
forma insolente, estendeu sua panturrilha (em latim: "sura"), que era o local onde os garotos eram punidos
quando cometiam erros em jogos de bola, um comportamento similar a um "tapinha na mão". Foi
eleito pretor em 75 a.C., propretor da Sicília nos dois anos seguintes, e cônsul em 71 a.C., desta vez
juntamente Cneu Aufídio Orestes. Fonte: Wikipedia.
 Assim como Emmanuel nos traz um exemplo de sua própria
existência, também nós tivemos diversas experiências, algumas
positivas outras negativas. Reconheceremos as vidas passadas
através das tendências que apresentarmos nesta vida.
 “O homem não conhece os atos que praticou em suas existências
pretéritas, mas pode sempre saber qual o gênero das faltas de que
se tornou culpado, e qual era o cunho predominante do seu
caráter. Basta estudar-se a si mesmo, e poderá julgar do que foi,
não pelo que é, mas pelas suas tendências.
 As vicissitudes da vida corpórea constituem expiação das faltas
do passado e, simultaneamente, provas com relação ao futuro.
Depuram-nos e elevam-nos, se as suportamos resignados e sem
murmurar.
 A natureza dessas vicissitudes e das provas que sofremos também
nos pode esclarecer acerca do que fomos e do que fizemos, do
mesmo modo que neste mundo julgamos dos atos de um culpado
pelo castigo que lhe inflige a lei. Assim, o orgulhoso será
castigado no seu orgulho, mediante a humilhação de uma
existência subalterna; o mau-rico e o avarento, pela miséria; o que
foi cruel para os outros, pelas crueldades que sofrerá; o tirano,
pela escravidão; o mau filho, pela ingratidão de seus filhos; o
preguiçoso, por um trabalho forçado, etc.”
 Livro dos Espíritos – Trecho da questão 399
 A compreensão destas leis que nos regem permite uma visão mais consciente
do que nos acontece e nos dá força e coragem para resistir ao mal, buscando,
em tudo, o bem maior. O trabalho é sempre uma ferramenta eficaz para
lutarmos contra nossas imperfeições, a medida que nos auxilia a desenvolver o
intelecto e também nos dá a oportunidade de sermos úteis para a sociedade que
nos recebe. Se outrora agimos contra a natureza, hoje temos a oportunidade de
preservá-la, se outrora promovemos a guerra, hoje, somos convidados a ser
pacificadores, se outrora descumprimos a lei divina, hoje, nos é dada nova
oportunidade a fim de resgatarmos estas faltas.
Sigamos em frente com as lições do livro Roteiro:
“Com Jesus, no entanto, nova época surge para o mundo.
O ministério do Senhor é, sobretudo, de ação e movimento.
Levanta-se o Mestre com o dia e devota-se
ao bem dos semelhantes pela noite a dentro.
Médico _ não descansa no auxílio efetivo aos doentes.
Professor _ não se fatiga, repetindo as lições.
Juiz _ exemplifica a imparcialidade e a tolerância.
Benfeitor _ espalha, sem cessar, as bênçãos do amor infinito.
Sábio _ coloca a ciência do bem ao alcance de todos.
Advogado _ defende os interesses dos fracos e dos humildes.
Trabalhador divino _ serve a todos, sem reclamação
e sem recompensa.
O exemplo do Cristo é sublime e contagiante.” Roteiro
 Eis um novo paradigma para o mundo,
em todos os aspectos, Jesus foi o
homem integral, o que nós podemos
almejar dentro de nossa condição
evolutiva, ele personificou.
 Retirou a religião dos templos para
dizer ao homem que ele é o templo
divino e todos os lugares são santos,
todos os momentos importantes e nossa
vida não pode ser dividida. A nossa
conduta deve ser a mesma seja em
família, no trabalho, na casa religiosa
que frequentamos e, mais do que isso,
em cada uma de nossas atividades
temos a oportunidade de trabalhar e
servir.
 O fato dos espíritos terem apontado Jesus como modelo e guia da
humanidade tem como consequência natural que devamos conhecer
quem ele foi, como agiu, cada uma de suas ações, dizeres e até mesmo
seu silencio é oportunidade de reflexão e aprendizado a nós outros que
estamos buscando a melhoria íntima. Não basta admirá-lo, não basta
buscá-lo em nossas orações, é preciso conhecê-lo e trazê-lo para a
nossa mais profunda intimidade, só assim ele poderá nos inspirar a
sermos melhores.
 Sigamos em frente.
 “Cada companheiro de apostolado ausenta-se, mais tarde, do
comodismo para ajudar e ensinar em seu nome, raspando
horizontes mais vastos à compreensão da vida, em regiões
distantes do berço que os vira nascer.” Roteiro
 Diferente da maioria das outras raças que utilizavam-se dos
escravos para o trabalho, os judeus eram sobretudo grandes
trabalhadores, honravam a terra com o suor do seu rosto, como
previam as sagradas escrituras. Genesis 3:19: “Com o suor do
teu rosto comerás o teu pão, até que voltes ao solo, pois da terra
foste formado; porque tu és pó e ao pó da terra retornarás!”
 Flavio Josefo, que escreveu sobre a história dos judeus, nos auxilia a
compreender como o trabalho era relevante para este povo, citamos alguns
trechos:
 “Gênesis 25. Abraão, depois da morte de Sara, desposou Quetura e teve dela
seis filhos, todos infatigáveis no trabalho e muito ativos.”
 “Gênesis 35. Depois da morte de Isaque, os seus dois filhos dividiram a
herança, e nenhum deles ficou no mesmo lugar que antes havia escolhido para
fixar residência [Gn 36]. Esaú deixou Hebrom a Jacó e estabeleceu-se em Seir.
Ele possuía a Iduméia e deu-lhe o seu nome, pois fora cognominado Edom, por
motivo que vou explicar. Quando ainda era jovem, voltava um dia da caça,
exausto pelo trabalho e torturado por uma grande fome.”
 Êxodo 1. Como os egípcios são naturalmente preguiçosos e voluptuosos e só
pensam no que lhes pode proporcionar prazer e proveito, eles olhavam com
inveja a prosperidade dos hebreus e as riquezas que estes conquistavam com
o trabalho.”
 Esta cultura juntou-se aos ensinos do Cristo de
amor e fraternidade e mudou o mundo. Ainda
hoje somos convidados a buscar no ensinamento
do Cristo o norte para nossas vidas: “Se alguém
quer ser o primeiro, seja o último e o servo de
todos”. Marcos 9:37.
“Mais tarde, em Roma, o desejo de auxílio mútuo entre os cristãos
atinge inconcebíveis realizações no capítulo do trabalho.
Pessoas convertidas ao Evangelho se consagram, inteiramente,
ao serviço como o objetivo de amparar os companheiros necessitados.
Espalham-se aprendizes da Boa Nova
nas atividades da indústria e da agricultura, das
artes e das ciências, da instrução e do comércio,
da enfermagem e da limpeza pública, disputando recursos para o auxílio
aos associados de ideal, na servidão ou na indigência,
no sofrimento e nas prisões.
Há quem jejue por dois e três dias seguidos,
a fim de economizar dinheiro para os serviços de assistência
ao próximo, sob a direção do pastor.
O trabalho passa, então, a ser interpretado por benção divina.”
Roteiro
 O mundo modifica-se com a inauguração de novos tempos, trazidos
pela presença sublime do Cristo, Governador do Planeta, entre nós.
Seu exemplo inspirou e prossegue inspirando a conduta de muitas
vidas e haverá dia em que inspirará, também, as coletividades.
 Emmanuel nos auxilia em apontamentos no livro O Consolador:
 “Em virtude dos seus postulados sublimes de fraternidade, a lição do
Cristo representava o asilo de todos os desesperados e de todos os
tristes. As multidões dos aflitos pareciam ouvir aquela misericordiosa
exortação: “Vinde a mim, vós todos que sofreis e tendes fome de
justiça e eu vos aliviarei” e da cruz chegava-lhes, ainda, o alento de
uma esperança desconhecida.
 A recordação dos exemplos do Mestre não se restringia aos povos da
Judeia, que lhe ouviram diretamente os ensinos imorredouros.
Numerosos centuriões e cidadãos romanos conheceram pessoalmente
os fatos culminantes das pregações do Salvador. Em toda a Ásia
Menor, na Grécia, na África e mesmo nas Gálias, como em Roma,
falava-se d’Ele, da sua filosofia nova que abraçava todos os infelizes,
cheia das claridades sacrossantas do reino de Deus e da sua justiça. Sua
doutrina de perdão e de amor trazia nova luz aos corações e os seus
seguidores destacavam-se do ambiente corrupto do tempo, pela pureza
de costumes e por uma conduta retilínea e exemplar.”
Encerra a lição do livro Roteiro sobre o trabalho:
“Paulo de Tarso, transferindo-se da dignidade do Sinédrio
para o duro labor do tear,
confeccionando tapetes para não ser pesado a ninguém
e garantindo, por esse modo, a
sua liberdade de palavra e de ação,
é o símbolo do cristão que educa e realiza,
demonstrando que à claridade do ensino
deve aliar-se a glória do exemplo.
E, até hoje, honrando no trabalho digno
a sua norma fundamental de ação,
o Cristianismo é a força libertadora da Humanidade,
nos quadrantes do mundo inteiro.” Roteiro
 Paulo compreendeu o Cristo como
poucos, e estudar a obra Paulo e Estevão
bem como as suas Cartas no Novo
Testamento nos dão a dimensão desta
compreensão. Era sobretudo um
trabalhador, viajava, instalava-se na
comunidade, buscava o próprio sustento
enquanto ali se encontrava e levava a
palavra a todos os corações que ansiavam
pelo Cristo e sua boa nova.
 A eficácia da pregação de Paulo residia
sobretudo na coerência de suas palavras
com a sua vida, simbolizando o cristão,
como diz Emmanuel, que “educa e
realiza, demonstrando que à claridade do
ensino deve aliar-se a glória do
exemplo.”
 A doutrina do Cristo não reside em
palavras bonitas que emocionam, ela
reside sobretudo na mudança que trará as
nossas vidas cotidianas, fazendo-nos
pessoas mais amorosas e fraternas.
 E por ser a doutrina espírita o resgate
destes exemplos sublimes do Cristo que
Kardec nos deixou o ensinamento:
“ Reconhece-se o verdadeiro espírita
pela sua transformação moral e pelos
esforços que emprega para domar suas
inclinações más.” Evangelho Segundo o
Espiritismo, capítulo XVII

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Estudo do livro Roteiro lição 17

  • 1. Livro de Emmanuel Psicografia de Chico Xavier Evangelho e Trabalho Lição 17
  • 2.  Emmanuel nos trará nesta lição a oportunidade de refletirmos sobre um importante item de nossa vida cotidiana: o trabalho.  Importante, porém, que saibamos primeiramente que, à luz do Espiritismo, “trabalho é todo ocupação útil” (Questão 675 do Livro dos Espíritos).  O estudo, assim, não é apenas aos que trabalham aos olhos da sociedade, sob remuneração ou mesmo voluntariamente, mas destina-se a todos aqueles que buscam ocupar suas horas com tarefa útil, que beneficie algo ou alguém.
  • 3.  Comecemos a lição:  “A glorificação do trabalho é serviço evangélico.” Roteiro  Se nós não levantamos as segundas-feiras feliz e contentes por mais um dia de tarefas e trabalhos, ainda não alcançamos o que Emmanuel chama de glorificar o trabalho.  Vejamos o que o dicionário nos traz sobre o verbo glorificar:  Significado de Glorificar  verbo transitivo direto Cobrir de glória, de louvor; gloriar, exaltar: glorificar um herói.Fazer uma homenagem a; celebrar as boas qualidades, os feitos de; homenagear: o colégio glorificou os melhores.[Religião] Atribuir a alguém a glória eterna; conduzir à bem-aventurança, à felicidade eterna ao lado de Deus; canonizar, beatificar: glorificar um papa.verbo pronominalTornar-se notável; distinguir-se dos demais: glorificou-se fazendo o bem.Dar uma importância excessiva para os próprios feitos e qualidades; exaltar-se: glorificava-se de seu dinheiro.Etimologia (origem da palavra glorificar): do latim glorificare.  Glorificar é sinônimo  de: abençoar, bendizer, canonizar, enaltecer, gloriar, louvar, ufanar, exaltar, homenagear
  • 4.  Muitos acreditam que trabalhar para o Cristo e para o seu Evangelho de Luz é frequentar um templo religioso o dedicar-se a uma atividade de prestação material, como a entrega da sopa. Certamente, são atividades muito importantes, porém, o que o benfeitor nos está apresentando é algo muito mais profundo. Ele nos convida a compreender que tudo o que fazemos, principalmente nosso trabalho, pode estar a serviço do Evangelho, trabalhar com alegria, retidão, dignidade, equidade, são virtudes raras e necessárias a todos os cristãos.
  • 5. Vejamos um pouco mais da lição. “Antecedendo a influência do Mestre, a Terra era vasto latifúndio povoado de senhores e escravos. O serviço era considerado desonra. Dominadas pelo princípio da força, as nações guardavam imensa semelhança com as tabas da comunidade primigênia. O destaque social resultava da caça. Erguiam-se os tronos, quase sempre, sobre escuros alicerces de rapinagem. Os favores da vida pertenciam aos mais argutos e aos mais poderosos. Qualquer infelicidade econômica redundava em compulsório cativeiro. Trabalho era sinônimo de aviltação.” Roteiro
  • 6.  Se olharmos para o século passado e o anterior a ele, facilmente veremos o quão verdadeiras são estas afirmativas de Emmanuel. O trabalho não é bem visto pela maioria dos homens. Ainda hoje há quem queira enriquecer para entregar-se ao ócio e aos prazeres materiais.  Famílias são criadas sob valores de que o trabalho serve única e exclusivamente para ganho financeiro e promovem, assim, um estrago imenso na vida dos jovens que esquecem de suas aptidões para buscar apenas o emprego ou a profissão que lhes garanta muito dinheiro, ou, na opinião de muitos, sucesso.  A realidade de outrora ainda reside em muitos pensamentos e condutas de pessoas que acreditam que por terem posses materiais devem ser servidos e pouco se preocupam em serem úteis ao mundo em que se encontram.
  • 7.  Qual o nosso entendimento sobre o trabalho que realizamos? Seja na profissão, em casa, na comunidade, no serviço religioso, onde quer que estejamos temos a oportunidade de auxiliar, de sermos úteis. Compreendemos a força do trabalho? Compreendemos que o trabalho também é um ponte para o nosso caminho evolutivo?  Recordemos que o trabalho é Lei Divina, como nos dizem os espíritos:  674. A necessidade do trabalho é lei da Natureza? “O trabalho é lei da Natureza, por isso mesmo que constitui uma necessidade, e a civilização obriga o homem a trabalhar mais, porque lhe aumenta as necessidades e os gozos.” Livro dos Espíritos
  • 8.  Prossigamos com Emmanuel  “Os espíritos mais nobres, na maioria das vezes, demoravam-se na subalternidade absoluta, suando e gemendo para sustentar o carro purpúreo dos opressores.  Em toda as cidades, pululavam escravos de todos os matizes e somente a eles era conferido o dever de servir, como austera punição.” Roteiro
  • 9.  Muitas pessoas, quando ocupam altos cargos, sejam privados ou públicos, acreditam que devem ser servidos, até mesmo o cafezinho deve lhe ser trazido a mesa. A lição, porém, nos fala de onde se encontram os espíritos nobres, não aqueles que a Terra reconhece e homenageia, mas os que estão verdadeiramente a serviço do Cristo trabalhando pela construção de um mundo melhor.  Os espíritos nobres estão “suando e gemendo” para sustentar estes homens, revestidos transitoriamente em cargos de poder, esquecem de seu compromisso e de sua função.  Há quem pense que isto se refere apenas a políticos, porém, até mesmo um pai de família deve demonstrar aos filhos a dignidade do trabalho, nas pequenas tarefas da lide doméstica, exemplificando aos pequeninos desde a tenra idade que o trabalho dignifica o homem.  O fundamento desta conduta está alicerçado no egoísmo que ainda tinge a vida humana com diversas cores, configurando-se numa chaga que atravessa os milênios e que temos sérias dificuldades para combater.
  • 10. Sigamos em frente: “Roma imperial jazia repleta de cativos tomados ao Egito e à Grécia, á Gália e ao Ponto. Só na revolução de Espártaco, no ano de 71, antes da era cristã, foram condenados à morte trinta mil escravos na Via Ápia, cuja única falta era aspirar ao trabalho digno em liberdade edificante.” Roteiro
  • 11.  Eis um triste exemplo de como temos agido ao longo dos milênios, interessante, porém, observarmos que Emmanuel traz um exemplo do qual ele mesmo participou, não como escravo, mas como um dos que estavam no poder. Recordemos que o livro Há 2000 anos nos relata da vida do Senador Públio Lentulus que o próprio Emmanuel afirma ser uma de suas vidas. O Senador, por sua vez, era o espírito do bisavô, Públio Lentulus Sura reencarnado:  “- Repara estes papiros! São notas de meu bisavô, acerca dos seus projetos no Consulado. Encontrei neste acervo de pergaminhos diversas minutas de sentenças de morte, as quais já havia observado nas minhas digressões do sonho inexplicável... Confronta estas letras! Não se parecem com as minhas? Que desejaríamos mais, além destas provas caligráficas? Há muitos dias, vivo este obscuro dilema no íntimo do coração... Serei eu Públio Lentulus Sura, reencarnado?”
  • 12.  A história nos fala do bisavô de Emmanuel (Públio Lentulus):   “Públio Cornélio Lêntulo Sura (114–62 a.C.; em latim: Publius Cornelius Lentulus Sura) foi um político da família dos Lêntulos da gente Cornélia da República Romana eleito cônsul em 71 a.C. com Cneu Aufídio Orestes. É famoso por ter sido um dos principais personagens da Conspiração de Catilina e por ter sido padrasto de Marco Antônio. Lêntulo foi nomeado questor de Lúcio Cornélio Sula em 81 a.C.. Quando foi acusado por ele de ter se apropriado de dinheiro público, recusou-se inclusive a se defender, mas, de forma insolente, estendeu sua panturrilha (em latim: "sura"), que era o local onde os garotos eram punidos quando cometiam erros em jogos de bola, um comportamento similar a um "tapinha na mão". Foi eleito pretor em 75 a.C., propretor da Sicília nos dois anos seguintes, e cônsul em 71 a.C., desta vez juntamente Cneu Aufídio Orestes. Fonte: Wikipedia.
  • 13.  Assim como Emmanuel nos traz um exemplo de sua própria existência, também nós tivemos diversas experiências, algumas positivas outras negativas. Reconheceremos as vidas passadas através das tendências que apresentarmos nesta vida.  “O homem não conhece os atos que praticou em suas existências pretéritas, mas pode sempre saber qual o gênero das faltas de que se tornou culpado, e qual era o cunho predominante do seu caráter. Basta estudar-se a si mesmo, e poderá julgar do que foi, não pelo que é, mas pelas suas tendências.  As vicissitudes da vida corpórea constituem expiação das faltas do passado e, simultaneamente, provas com relação ao futuro. Depuram-nos e elevam-nos, se as suportamos resignados e sem murmurar.  A natureza dessas vicissitudes e das provas que sofremos também nos pode esclarecer acerca do que fomos e do que fizemos, do mesmo modo que neste mundo julgamos dos atos de um culpado pelo castigo que lhe inflige a lei. Assim, o orgulhoso será castigado no seu orgulho, mediante a humilhação de uma existência subalterna; o mau-rico e o avarento, pela miséria; o que foi cruel para os outros, pelas crueldades que sofrerá; o tirano, pela escravidão; o mau filho, pela ingratidão de seus filhos; o preguiçoso, por um trabalho forçado, etc.”  Livro dos Espíritos – Trecho da questão 399
  • 14.  A compreensão destas leis que nos regem permite uma visão mais consciente do que nos acontece e nos dá força e coragem para resistir ao mal, buscando, em tudo, o bem maior. O trabalho é sempre uma ferramenta eficaz para lutarmos contra nossas imperfeições, a medida que nos auxilia a desenvolver o intelecto e também nos dá a oportunidade de sermos úteis para a sociedade que nos recebe. Se outrora agimos contra a natureza, hoje temos a oportunidade de preservá-la, se outrora promovemos a guerra, hoje, somos convidados a ser pacificadores, se outrora descumprimos a lei divina, hoje, nos é dada nova oportunidade a fim de resgatarmos estas faltas.
  • 15. Sigamos em frente com as lições do livro Roteiro: “Com Jesus, no entanto, nova época surge para o mundo. O ministério do Senhor é, sobretudo, de ação e movimento. Levanta-se o Mestre com o dia e devota-se ao bem dos semelhantes pela noite a dentro. Médico _ não descansa no auxílio efetivo aos doentes. Professor _ não se fatiga, repetindo as lições. Juiz _ exemplifica a imparcialidade e a tolerância. Benfeitor _ espalha, sem cessar, as bênçãos do amor infinito. Sábio _ coloca a ciência do bem ao alcance de todos. Advogado _ defende os interesses dos fracos e dos humildes. Trabalhador divino _ serve a todos, sem reclamação e sem recompensa. O exemplo do Cristo é sublime e contagiante.” Roteiro
  • 16.  Eis um novo paradigma para o mundo, em todos os aspectos, Jesus foi o homem integral, o que nós podemos almejar dentro de nossa condição evolutiva, ele personificou.  Retirou a religião dos templos para dizer ao homem que ele é o templo divino e todos os lugares são santos, todos os momentos importantes e nossa vida não pode ser dividida. A nossa conduta deve ser a mesma seja em família, no trabalho, na casa religiosa que frequentamos e, mais do que isso, em cada uma de nossas atividades temos a oportunidade de trabalhar e servir.
  • 17.  O fato dos espíritos terem apontado Jesus como modelo e guia da humanidade tem como consequência natural que devamos conhecer quem ele foi, como agiu, cada uma de suas ações, dizeres e até mesmo seu silencio é oportunidade de reflexão e aprendizado a nós outros que estamos buscando a melhoria íntima. Não basta admirá-lo, não basta buscá-lo em nossas orações, é preciso conhecê-lo e trazê-lo para a nossa mais profunda intimidade, só assim ele poderá nos inspirar a sermos melhores.
  • 18.  Sigamos em frente.  “Cada companheiro de apostolado ausenta-se, mais tarde, do comodismo para ajudar e ensinar em seu nome, raspando horizontes mais vastos à compreensão da vida, em regiões distantes do berço que os vira nascer.” Roteiro  Diferente da maioria das outras raças que utilizavam-se dos escravos para o trabalho, os judeus eram sobretudo grandes trabalhadores, honravam a terra com o suor do seu rosto, como previam as sagradas escrituras. Genesis 3:19: “Com o suor do teu rosto comerás o teu pão, até que voltes ao solo, pois da terra foste formado; porque tu és pó e ao pó da terra retornarás!”
  • 19.  Flavio Josefo, que escreveu sobre a história dos judeus, nos auxilia a compreender como o trabalho era relevante para este povo, citamos alguns trechos:  “Gênesis 25. Abraão, depois da morte de Sara, desposou Quetura e teve dela seis filhos, todos infatigáveis no trabalho e muito ativos.”  “Gênesis 35. Depois da morte de Isaque, os seus dois filhos dividiram a herança, e nenhum deles ficou no mesmo lugar que antes havia escolhido para fixar residência [Gn 36]. Esaú deixou Hebrom a Jacó e estabeleceu-se em Seir. Ele possuía a Iduméia e deu-lhe o seu nome, pois fora cognominado Edom, por motivo que vou explicar. Quando ainda era jovem, voltava um dia da caça, exausto pelo trabalho e torturado por uma grande fome.”  Êxodo 1. Como os egípcios são naturalmente preguiçosos e voluptuosos e só pensam no que lhes pode proporcionar prazer e proveito, eles olhavam com inveja a prosperidade dos hebreus e as riquezas que estes conquistavam com o trabalho.”
  • 20.  Esta cultura juntou-se aos ensinos do Cristo de amor e fraternidade e mudou o mundo. Ainda hoje somos convidados a buscar no ensinamento do Cristo o norte para nossas vidas: “Se alguém quer ser o primeiro, seja o último e o servo de todos”. Marcos 9:37.
  • 21. “Mais tarde, em Roma, o desejo de auxílio mútuo entre os cristãos atinge inconcebíveis realizações no capítulo do trabalho. Pessoas convertidas ao Evangelho se consagram, inteiramente, ao serviço como o objetivo de amparar os companheiros necessitados. Espalham-se aprendizes da Boa Nova nas atividades da indústria e da agricultura, das artes e das ciências, da instrução e do comércio, da enfermagem e da limpeza pública, disputando recursos para o auxílio aos associados de ideal, na servidão ou na indigência, no sofrimento e nas prisões. Há quem jejue por dois e três dias seguidos, a fim de economizar dinheiro para os serviços de assistência ao próximo, sob a direção do pastor. O trabalho passa, então, a ser interpretado por benção divina.” Roteiro
  • 22.  O mundo modifica-se com a inauguração de novos tempos, trazidos pela presença sublime do Cristo, Governador do Planeta, entre nós. Seu exemplo inspirou e prossegue inspirando a conduta de muitas vidas e haverá dia em que inspirará, também, as coletividades.  Emmanuel nos auxilia em apontamentos no livro O Consolador:  “Em virtude dos seus postulados sublimes de fraternidade, a lição do Cristo representava o asilo de todos os desesperados e de todos os tristes. As multidões dos aflitos pareciam ouvir aquela misericordiosa exortação: “Vinde a mim, vós todos que sofreis e tendes fome de justiça e eu vos aliviarei” e da cruz chegava-lhes, ainda, o alento de uma esperança desconhecida.  A recordação dos exemplos do Mestre não se restringia aos povos da Judeia, que lhe ouviram diretamente os ensinos imorredouros. Numerosos centuriões e cidadãos romanos conheceram pessoalmente os fatos culminantes das pregações do Salvador. Em toda a Ásia Menor, na Grécia, na África e mesmo nas Gálias, como em Roma, falava-se d’Ele, da sua filosofia nova que abraçava todos os infelizes, cheia das claridades sacrossantas do reino de Deus e da sua justiça. Sua doutrina de perdão e de amor trazia nova luz aos corações e os seus seguidores destacavam-se do ambiente corrupto do tempo, pela pureza de costumes e por uma conduta retilínea e exemplar.”
  • 23. Encerra a lição do livro Roteiro sobre o trabalho: “Paulo de Tarso, transferindo-se da dignidade do Sinédrio para o duro labor do tear, confeccionando tapetes para não ser pesado a ninguém e garantindo, por esse modo, a sua liberdade de palavra e de ação, é o símbolo do cristão que educa e realiza, demonstrando que à claridade do ensino deve aliar-se a glória do exemplo. E, até hoje, honrando no trabalho digno a sua norma fundamental de ação, o Cristianismo é a força libertadora da Humanidade, nos quadrantes do mundo inteiro.” Roteiro
  • 24.  Paulo compreendeu o Cristo como poucos, e estudar a obra Paulo e Estevão bem como as suas Cartas no Novo Testamento nos dão a dimensão desta compreensão. Era sobretudo um trabalhador, viajava, instalava-se na comunidade, buscava o próprio sustento enquanto ali se encontrava e levava a palavra a todos os corações que ansiavam pelo Cristo e sua boa nova.  A eficácia da pregação de Paulo residia sobretudo na coerência de suas palavras com a sua vida, simbolizando o cristão, como diz Emmanuel, que “educa e realiza, demonstrando que à claridade do ensino deve aliar-se a glória do exemplo.”
  • 25.  A doutrina do Cristo não reside em palavras bonitas que emocionam, ela reside sobretudo na mudança que trará as nossas vidas cotidianas, fazendo-nos pessoas mais amorosas e fraternas.  E por ser a doutrina espírita o resgate destes exemplos sublimes do Cristo que Kardec nos deixou o ensinamento: “ Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más.” Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XVII