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Primeira fase do Modernismo
(1922 – 1930)
    Período de agitação, com a primeira geração
    modernista preocupada em difundir novas
    ideias, não recuando diante das polêmicas e
    exibindo em muitas obras um tom agressivo e
    irônico com relação à literatura tradicionalista.
A primeira semana do novo
Brasil
   A Semana de Arte Moderna durou três dias
    e reuniu poetas, escultores, pintores,
    músicos e intelectuais ligados à "Nova Arte".
    Iniciou-se calma, com a palestra "A estética
    na arte moderna", exposta por Graça
    Aranha, um dos padrinhos do evento.
   A confusão durou dois dias depois, na
    palestra de Menotti Del Picchia ("Queremos
    luz,     ar,    ventiladores,     aeroplanos,
    reivindicações obreiras, idealismos, motores,
    chaminés de fábricas, sangue, velocidade e
    sonho na nossa arte", disse ele). A
    conferência abriu claramente a caça ao
    "passadismo", a plateia se conteve e não
    vaiou. Minutos depois houve uma vaia
    estrondosa.
   Os modernistas não foram vítimas
    inocentes, as vaias faziam parte do
    espetáculo, alguns estudiosos acham
    que os modernistas contrataram gente
    para uivar contra eles. A vaia era o mais
    caro sinal de reconhecimento.
O Manifesto
Antropofágico
   Um fato importante pela polêmica que
    provocou foi a exposição de pintura
    moderna feita por Anita Malfatti nos
    meses de dezembro de 1917 e janeiro
    de 1918, em São Paulo. A pintura teve
    importância fundamental não apenas no
    advento da Semana de Arte Moderna
    como também na eclosão de todo o
    movimento modernista que veio a
    seguir.
   Voltando de uma viagem à Europa e aos
    Estados Unidos, onde entrara em contato
    com a arte moderna, Anita Malfatti,
    incentivada por alguns amigos, resolveu
    expor suas últimas obras. No acanhado meio
    artístico paulistano, a exposição provocou
    comentários variados, tanto a favor como
    contra.    Entretanto   o   que    realmente
    desencadeou a polêmica em torno não só da
    pintora mas principalmente da questão da
    validade da nova arte, foi um artigo escrito
    por Monteiro Lobato, que ficou conhecido por
    "Paranoia ou mistificação?"
   Essa crítica precipitada de Monteiro
    Lobato provocou ressentimentos em
    Anita Malfatti e, ao mesmo tempo,
    despertou uma atitude de simpatia de
    um grupo de artistas jovens com relação
    a ela, resultando manifestações de
    repúdio às concepções tradicionalistas
    de arte.
Abaporu, o antropófago, obra de
Tarsila do Amaral - amiga de Anita
Malfatti e apoiava o movimento
modernista.
O Homem amarelo, de Anita
Malfatti, obra considerada feia
e de mal gosto pelos
tradicionalistas.
Principais autores e
obras:  
   Mário de Andrade
   Oswald de Andrade
   Manuel Bandeira
   Antônio de Alcântara Machado
Mário de Andrade
   Foi um pesquisador que se interessou pelas
    mais variadas manifestações artísticas.
    Professor de piano, estudou e escreveu
    sobre folclore, música, pintura e literatura,
    sendo um dos mais dinâmicos batalhadores
    pela renovação da arte brasileira. De toda
    sua             obra           destacam-se:
   Poesia: - Há uma gota de sangue em cada
    poema, Paulicéia desvairada, Losango
    cáqui, Clã do jabuti, Remate de males;

   Prosa: - Primeiro andar; Amar, verbo
    intransitivo; Macunaíma; Belazarte; Contos
    Novos; A escrava que não é Isaura;
    Aspectos da literatura brasileira; O
    empalhador de passarinho.
Oswald de Andrade
   A poesia de Oswald de Andrade é um exemplo
    de renovação na linguagem literária. Fugindo
    aos modelos literários da época, ele construiu
    uma poesia original, com muito humor e ironia,
    numa linguagem coloquial que surpreende pela
    maestria com que o autor soube utilizar as
    potencialidades da língua portuguesa. A poesia
    de Oswald de Andrade repudia o purismo, a
    linguagem quotidiana está incorporada às suas
    poesias, não gostava de obedecer e copiar os
    padrões tradicionalistas.
    Poesia: Pau-Brasil; Primeiro caderno do
    aluno de poesia de Oswald de Andrade;
    Poesias reunidas.

    Prosa: Memórias sentimentais de João
    Miramar; Serafim do exílio; Estrela de
    absinto; Marco Zero I - A revolução
    melancólica; Marco zero II – Chão.

   Teatro: O homem e o cavalo; A morta; O rei
    da vela.
Trechos do poema Pau-Brasil de
     Oswaldo de Andrade:
   Aprendi com meu filho de dez anos
    Que a poesia é a descoberta
    Das coisas que eu nunca vi.

    - O verso livre, o tom de prosa, a simplicidade
    da linguagem e a síntese, são os principais
    elementos de modernidade deste poema
    metalinguístico, poesia sobre a poesia .
   Mas o bom negro e bom branco
    Da Nação Brasileira
    Dizem todos os dias
    Deixa disso camarada
    Me dá um cigarro.
 Relicário
 No baile da Corte
 Foi o Conde d'Eu quem disse
 Pra Dona Benvinda
 Que farinha de Suruí
 Pinga de Parati
 Fumo de Baependi
 É comê bebê pitá e caí

 - Este trecho do poema é representativo da
proposta Pau-Brasil de poesia de exportação.
Reconta momentos significativos da história do
Brasil de maneira irônica.
Manuel Bandeira
    Sua linguagem coloquial e irônica atinge maior
    grau em Libertinagem. A ânsia de libertação e
    ausência dolorosa de figuras familiares estão
    presentes em "Vou-me embora pra Pasárgada",
    "Poema de Finados", "Evocação de Recife",
    "Profundamente". Nas outra obras, apareceram
    o desenvolvimento das linhas temáticas como
    saudade da infância, a presença da morte, a
    fugacidade da vida e do amor.
   Poesia: A cinza das horas; Carnaval; Ritmo
    dissoluto; Libertinagem; Estrela da manhã;
    Lira dos cinquent'anos; Mafuá do malungo
    etc.

    Prosa: Crônicas da província do Brasil;
    Itinerário de Pasárgada; Andorinha,
    andorinha; Os reis vagabundos e mais 50
    crônicas.
Poema: Pneumotórax     
   Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.
    A vida inteira que podia ter sido e não foi.
    Tosse, tosse, tosse.

    Mandou chamar o médico:
    - Diga trinta e três -
    - Trinta e três...trinta e três...trinta e três...
    - Respire...
    ...............................................................
    O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e
    o pulmão direito infiltrado.
    - Então, doutor, não é possível tentar o
    pneumotórax?
    - Não. A única coisa a fazer é tocar um tango
    argentino.
    Este é um poema que tematiza a
    tuberculose, que assombrou toda a vida
    de Manuel Bandeira, criando a
    expectativa da morte. Os versos em
    prosa intercalam causa e consequência:
    Febre, hemoptise, dispneia e suores
    noturnos, os sintomas concretos da
    doença.
Antônio de Alcântara
Machado 
   Não participou da Semana de 22, mas foi
    um dos mais ativos escritores do
    movimento modernista tendo colaborado
    nas revistas Terra Roxa, Outras Terras,
    Revista de Antropofagia e Revista Nova.
     Antônio de Alcântara Machado, ao se
    interessar por essa vida quotidiana tão
    ausente de nossa literatura, realizava uma
    das aspirações do Modernismo, que era o
    desejo de representar a nova realidade
    social e urbana do começo do século XX.
Trecho do Conto: 
        O Monstro de Rodas

   “ O caixãozinho cor-de-rosa com listras
    prateadas (Dona Nunzia gritava) surgiu
    diante dos olhos assanhados da
    vizinhança reunida na calçada (a
    molecada pulava) nas mãos da Aída, da
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Primeira Fase do Modernismo

  • 1.
  • 2. Primeira fase do Modernismo (1922 – 1930)   Período de agitação, com a primeira geração modernista preocupada em difundir novas ideias, não recuando diante das polêmicas e exibindo em muitas obras um tom agressivo e irônico com relação à literatura tradicionalista.
  • 3. A primeira semana do novo Brasil  A Semana de Arte Moderna durou três dias e reuniu poetas, escultores, pintores, músicos e intelectuais ligados à "Nova Arte". Iniciou-se calma, com a palestra "A estética na arte moderna", exposta por Graça Aranha, um dos padrinhos do evento.
  • 4. A confusão durou dois dias depois, na palestra de Menotti Del Picchia ("Queremos luz, ar, ventiladores, aeroplanos, reivindicações obreiras, idealismos, motores, chaminés de fábricas, sangue, velocidade e sonho na nossa arte", disse ele). A conferência abriu claramente a caça ao "passadismo", a plateia se conteve e não vaiou. Minutos depois houve uma vaia estrondosa.
  • 5. Os modernistas não foram vítimas inocentes, as vaias faziam parte do espetáculo, alguns estudiosos acham que os modernistas contrataram gente para uivar contra eles. A vaia era o mais caro sinal de reconhecimento.
  • 6. O Manifesto Antropofágico  Um fato importante pela polêmica que provocou foi a exposição de pintura moderna feita por Anita Malfatti nos meses de dezembro de 1917 e janeiro de 1918, em São Paulo. A pintura teve importância fundamental não apenas no advento da Semana de Arte Moderna como também na eclosão de todo o movimento modernista que veio a seguir.
  • 7. Voltando de uma viagem à Europa e aos Estados Unidos, onde entrara em contato com a arte moderna, Anita Malfatti, incentivada por alguns amigos, resolveu expor suas últimas obras. No acanhado meio artístico paulistano, a exposição provocou comentários variados, tanto a favor como contra. Entretanto o que realmente desencadeou a polêmica em torno não só da pintora mas principalmente da questão da validade da nova arte, foi um artigo escrito por Monteiro Lobato, que ficou conhecido por "Paranoia ou mistificação?"
  • 8. Essa crítica precipitada de Monteiro Lobato provocou ressentimentos em Anita Malfatti e, ao mesmo tempo, despertou uma atitude de simpatia de um grupo de artistas jovens com relação a ela, resultando manifestações de repúdio às concepções tradicionalistas de arte.
  • 9. Abaporu, o antropófago, obra de Tarsila do Amaral - amiga de Anita Malfatti e apoiava o movimento modernista.
  • 10. O Homem amarelo, de Anita Malfatti, obra considerada feia e de mal gosto pelos tradicionalistas.
  • 11. Principais autores e obras:    Mário de Andrade  Oswald de Andrade  Manuel Bandeira  Antônio de Alcântara Machado
  • 12. Mário de Andrade  Foi um pesquisador que se interessou pelas mais variadas manifestações artísticas. Professor de piano, estudou e escreveu sobre folclore, música, pintura e literatura, sendo um dos mais dinâmicos batalhadores pela renovação da arte brasileira. De toda sua obra destacam-se:
  • 13. Poesia: - Há uma gota de sangue em cada poema, Paulicéia desvairada, Losango cáqui, Clã do jabuti, Remate de males;  Prosa: - Primeiro andar; Amar, verbo intransitivo; Macunaíma; Belazarte; Contos Novos; A escrava que não é Isaura; Aspectos da literatura brasileira; O empalhador de passarinho.
  • 14. Oswald de Andrade  A poesia de Oswald de Andrade é um exemplo de renovação na linguagem literária. Fugindo aos modelos literários da época, ele construiu uma poesia original, com muito humor e ironia, numa linguagem coloquial que surpreende pela maestria com que o autor soube utilizar as potencialidades da língua portuguesa. A poesia de Oswald de Andrade repudia o purismo, a linguagem quotidiana está incorporada às suas poesias, não gostava de obedecer e copiar os padrões tradicionalistas.
  • 15. Poesia: Pau-Brasil; Primeiro caderno do aluno de poesia de Oswald de Andrade; Poesias reunidas.  Prosa: Memórias sentimentais de João Miramar; Serafim do exílio; Estrela de absinto; Marco Zero I - A revolução melancólica; Marco zero II – Chão.  Teatro: O homem e o cavalo; A morta; O rei da vela.
  • 16. Trechos do poema Pau-Brasil de Oswaldo de Andrade:
  • 17. Aprendi com meu filho de dez anos Que a poesia é a descoberta Das coisas que eu nunca vi. - O verso livre, o tom de prosa, a simplicidade da linguagem e a síntese, são os principais elementos de modernidade deste poema metalinguístico, poesia sobre a poesia .
  • 18. Mas o bom negro e bom branco Da Nação Brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada Me dá um cigarro.
  • 19.  Relicário  No baile da Corte  Foi o Conde d'Eu quem disse  Pra Dona Benvinda  Que farinha de Suruí  Pinga de Parati  Fumo de Baependi  É comê bebê pitá e caí  - Este trecho do poema é representativo da proposta Pau-Brasil de poesia de exportação. Reconta momentos significativos da história do Brasil de maneira irônica.
  • 20. Manuel Bandeira  Sua linguagem coloquial e irônica atinge maior grau em Libertinagem. A ânsia de libertação e ausência dolorosa de figuras familiares estão presentes em "Vou-me embora pra Pasárgada", "Poema de Finados", "Evocação de Recife", "Profundamente". Nas outra obras, apareceram o desenvolvimento das linhas temáticas como saudade da infância, a presença da morte, a fugacidade da vida e do amor.
  • 21. Poesia: A cinza das horas; Carnaval; Ritmo dissoluto; Libertinagem; Estrela da manhã; Lira dos cinquent'anos; Mafuá do malungo etc. Prosa: Crônicas da província do Brasil; Itinerário de Pasárgada; Andorinha, andorinha; Os reis vagabundos e mais 50 crônicas.
  • 22. Poema: Pneumotórax       Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos. A vida inteira que podia ter sido e não foi. Tosse, tosse, tosse. Mandou chamar o médico: - Diga trinta e três - - Trinta e três...trinta e três...trinta e três... - Respire... ............................................................... O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado. - Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax? - Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.
  • 23. Este é um poema que tematiza a tuberculose, que assombrou toda a vida de Manuel Bandeira, criando a expectativa da morte. Os versos em prosa intercalam causa e consequência: Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos, os sintomas concretos da doença.
  • 24. Antônio de Alcântara Machado   Não participou da Semana de 22, mas foi um dos mais ativos escritores do movimento modernista tendo colaborado nas revistas Terra Roxa, Outras Terras, Revista de Antropofagia e Revista Nova. Antônio de Alcântara Machado, ao se interessar por essa vida quotidiana tão ausente de nossa literatura, realizava uma das aspirações do Modernismo, que era o desejo de representar a nova realidade social e urbana do começo do século XX.
  • 25. Trecho do Conto:  O Monstro de Rodas  “ O caixãozinho cor-de-rosa com listras prateadas (Dona Nunzia gritava) surgiu diante dos olhos assanhados da vizinhança reunida na calçada (a molecada pulava) nas mãos da Aída, da Josefina, da Margarida e da Linda”.