2. Programa
●
A origem dos dados
●
Tipos de relações entre variáveis e delineamento
da pesquisa
●
Escalas e instrumentos
3. Os usos da pesquisa quantitativa
●
Determinação de relações causais e influências
●
Avaliação de eficácia
●
Comparações de métodos e/ou planejamento
educacional
4. A origem dos dados
●
Dados primários: aqueles coletados através de instrumentos de
pesquisa (escalas, inventários, avaliações padronizadas, entrevistas,
etc.) pele próprie pesquisadore
– Exemplo: Il pesquisadore aplica um instrumento para avaliar atitudes em
relação às ciências em alunes da Educação Básica
●
Dados secundários: obtidos através de arquivos, registros, ou
indicadores coletados por outrem (p. ex., secretaria de educação)
– Exemplo: Il pesquisadore utiliza dados do IDEB , ou o desempenho escolar de
alunos de uma turma
5. O rigor na pesquisa quantitativa
●
Os métodos quantitativos precisam ser rigorosos para aumentar a generalidade e a
confiança na veracidade dos achados
●
Para estabelecer esse rigor, é preciso:
– Redundância no delineamento de pesquisa
●
Replicação adequada (incluindo tamanho da amostra)
●
Validação da observação por métodos diferentes
●
Exploração da generalidade dos achados (p. ex., usando contextos diferentes, populações diferentes, etc)
●
Definição das condições sob as quais a observação ocorre
●
Determinação e consistência interna das observações
– Reconhecimento do erro
– Evitação de falácias lógicas, incluindo viés de confirmação, viés de congruência, afirmação do
antecedente, etc
– Honestidade intelectual
7. Tipos lógicos
de pesquisa quantitativa
●
Descrição
– Objetivos: “caracterizar...”, “relatar...”, “descrever...”, etc
●
Associação sem interferência
– Hipóteses de associação entre variáveis
– Objetivos: “testar se existe associação entre X e Y”, “Avaliar se X está negativamente ou
positivamente associado a Y”, “Investigar se X é um bom indicador de Y”
●
Associação com interferência
– Hipótese de causalidade
– Objetivos: “Avaliar se X afeta (ou interfere) em Y”
8. O que é uma variável?
●
“Qualquer evento, situação ou comportamento que tem pelo menos dois
valores” (Cozby, p. 93)
●
“Uma quantidade ou qualidade que varia entre pessoas ou situações” (Price,
2016)
●
Podem ser:
– Quantitativas – apresentam valores
●
Desempenho em uma avaliação, escore em um instrumento de atitudes, tempo de reação, &c
– Qualitativas – apresentam níveis, categorias, etc
●
Gênero, etnia, tratamento, etc
●
Categorias produzidas em análise de conteúdo, por exemplo, podem ser quantificadas
9. Tipos de variáveis
●
Variáveis situacionais: Descrevem as características de uma situação
ou ambiente
●
Variáveis de resposta: Respostas ou comportamentos de participantes
●
Variáveis de participantes: Diferenças individuais e idiossincrasias de
participantes que podem ou não influir nos resultados
●
Variáveis intervenientes: Processos que medeiam os efeitos de uma
variável situacional sobre uma resposta particular
10. Variáveis confundidas
e validade interna
●
Uma parte da pesquisa quantitativa em educação e ensino busca examinar a efetividade de
um programa, ou saber se uma manipulação (mudar algo no ambiente ou em método de
ensino, p. ex.) causa um resultado/efeito
●
Cook & Campbell (1979): Para estabelecer inferências causais, necessitamos de
– Covariação – Mudanças na causa presumida devem estar relacionadas a mudanças no efeito presumido
– Precedência temporal – A causa presumida deve ocorrer antes do efeito presumido
– Ausência de explicações alternativas plausíveis – A causa presumida deve ser a única explicação
plausível para as mudanças observadas
●
Na pesquisa em ensino e educação, a terceira condição é a mais difícil de ser alcançada
11. Variáveis confundidas
e validade interna
●
Se os efeitos de duas variáveis independentes estão
entrelaçados, não podemos determinar qual delas é
responsável pelo efeito observado
●
Variáveis confundidas introduzem uma explicação
alternativa para o efeito observado que impede a
análise causal – ou seja, reduzem a validade interna
12. Estudos mal-planejados ilustram ameaças à
validade interna
●
Estudo de caso instantâneo (Campbell & Stanley, 1966):
Ausência de grupos de controle ou de comparação
●
Delineamento pré-teste/Pós-teste sem grupo de comparação:
Participantes submetidos a uma medida antes e depois do
tratamento
13. Ameaças à validade interna
●
História: Eventos diferentes do tratamento influenciam o resultado
– Aprendizagem independente da intervenção; efeito da interação, mas não do programa de
intervenção; mudanças em política educacional; &c
●
Maturação: Mudanças psicológicas e de desenvolvimento que ocorrem nos
participantes durante o estudo mas não estão relacionadas ao tratamento
●
Teste: A exposição a um pré-teste ou avaliações da intervenção influenciam o
desempenho no pós-teste
– Registrar expectativas em relação a uma intervenção pode melhorar a resposta no pós-teste
14. Ameaças à validade interna
●
Desgaste do instrumento: Os instrumentos ou condições de testagem
são inconsistentes; os observadores mudam; ou o pré-teste e o pós-teste
não são equivalentes, criando a ilusão de mudança
– No início da tarefa, os participantes podem estar muito motivados para
responder, mas na época do pós-teste podem estar cansados da tarefa
●
Regressão em direção à média: Escores muito altos ou muito baixos
tendem a regredir à média durante o pós-teste
– Erros de mensuração durante a seleção podem selecionar artificialmente
participantes que tem boa notas
15. Ameaças à validade interna
●
Delineamento com grupo de controle não-equivalente: Utiliza grupo de
controle separado, mas os participantes/sujeitos não são equivalentes
●
A diferença entre os sujeitos torna-se uma variável confundida
●
Diferenças de Seleção: Existência de diferenças sistemáticas nas
características dos sujeitos em diferentes tratamentos
– Os participantes no grupo que passa pela intervenção podem ter sido voluntários,
e o grupo controle seria composto de alunos que não se voluntariaram
16. Ameaças à validade interna
●
Mesmo com o uso de grupos de controle, algumas dificuldades podem
surgir
●
Desgaste: Mortalidade ou desistência dos participantes
– Alunos pouco motivados poderiam abandonar a pesquisa, e no final somente
alunos mais motivados permaneceriam, confundindo a causa
●
Difusão dos tratamentos: A implementação de um tratamento
influencia os sujeitos em outro tratamento
17. O uso de instrumentos, testes, e escalas
●
Existem muitos instrumentos de análise de atitudes, motivações,
conhecimento, alfabetização científica, etc
●
A característica a se atentar é a validade do instrumento
– Validade de construto – Adequação de uma definição operacional da variável
→congruência entre definição teórica e definição operacional
– Validade interna – Capacidade para tirar conclusões sobre relações de causa e efeito a
partir dos resultados observados
– Validade externa – Grau em que os resultados podem ser generalizados para outras
populações ou situações