O documento discute o aproveitamento econômico de áreas de reserva legal através do reflorestamento com espécies nativas e o manejo florestal sustentável. Apresenta exemplos de restauração de áreas de preservação permanente e o plantio em reserva legal após 7 e 10 anos. Discute a indução e condução da regeneração natural, o plantio direto e a hidrossemeadura.

1. Aproveitamento
Econômico de
Áreas de
Reserva Legal
VII SIMPÓSIO DE PESQUISA DOS CAFÉS DO BRASIL
Araxá, 25 de Agosto de 2011 - das 10:30 - 11:20h
Dr. Sergius Gandolfi
Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal
www.lerf.esalq.usp.br LCB – ESALQ/USP

2. Reserva
Legal
APP

3. RESTAURAÇÃO
DE APPs
Mata Ciliares

4. INDUÇÃO E
CONDUÇÃO DA
REGENERAÇÃO
NATURAL

5. Fazenda Intermontes
Morro Restaurado após 3 anos SEM plantio

7. Semeadura direta (em linha) de preenchimento
– 1 ano e 10 meses após implantação

8. Hidrossemeadura
20 spp arbóreas iniciais
Outubro de 2003
Rodovia Caminhos do Mar
São Paulo - Cubatão
1 ano
Após a
hidrossemeadura

10. 6 meses

14. Reserva Legal
Plantio 7 Anos
Reserva Legal
Plantio 10 Anos

15. Jaciára – MT (2008) Restauração com 10 anos

16. TECNOLOGIA DE PLANTIO DE MUDAS

18. www.pactomataatlantica.org.br

22. ~3%

24. RESERVA LEGAL
§ 2o A vegetação da Reserva Legal não pode ser
suprimida, podendo apenas ser utilizada sob regime de
manejo florestal sustentável, de acordo com princípios e
critérios técnicos e científicos estabelecidos no regulamento,
ressalvadas as hipóteses previstas no § 3o deste artigo, sem
prejuízo das demais legislações específicas.
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.166-67, de
2001)

28. IMPLANTAR RESERVA LEGAL

29. Reflorestamento de
Uso Múltiplo
COMO FAZER?

30. Reserva Legal Uso Múltiplo
SERVIÇOS – Ex. POLINIZAÇÃO
APROVEITAMETO DIRETO – PRODUTOS
APROVEITAMENTO DIRETO – TURISMO
Aproveitamento Indireto – CERTIFICAÇÃO
Etc.

31. POLINIZAÇÃO- CAFÉ
Aumentos de produção de 20%
a até 1 Km de distância
Abelhas silvestres mais eficientes
Área florestal na paisagem

32. MADEIRA

33. Hoje, mais da ½ do consumo de lenha no
Brasil vem de florestas nativas !
1°lugar - consumo de lenha para energia
Siderurgia 50 milhões m³/ano
2°lugar - uso para fins domésticos, ~30
milhões m³/ano
(Balanço Energético Nacional do Ministério de Minas e Energia)
Prof. Dr. José Otávio Brito (Esalq-USP)

37. Silvicultura
Tradicional
de Espécies
Nativas

38. Madeira

41. Módulo de exploração para madeiras nativas
Tempo = 0
Operação: implantação total alinhada. Nº de indivíduos.ha‐1
Madeira 207,5
Idade da linha (anos): Final
3 m Espécies de
Madeira Final & preen_ 207,5
Ano 0
0
preenchimento chimento
2 m Madeira
Inicial 830
Madeira Inicial 0
Madeira
Média 415
Madeira Média 0
1660
Obs.: várias espécies
Madeira Inicial 0 podem ter uso medicinal
ou melífero
concomitantemente.
Madeira Final &
preenchimento 0

42. 0
0
0
0
0
0
0
0
0
ZERO

43. MANEJO FLORESTAL
DERRUBADA EM LINHA

44. 15
15
15
15
15
15
15
15
15

45. Módulo de exploração para madeiras nativas
Madeira Final
Tempo = 10 a 15 anos
Madeira Média
Madeira Inicial
Operação: colheita de Madeiras Iniciais.
Espécies de preenchimento
Idade da linha (anos):
Madeira Final & 10‐ Colheita: 830 ind.ha‐1
preenchimento 15
Madeira Inicial 10‐15 anos
10‐
Madeira Média
15
Madeira Inicial 10‐15 anos
Madeira Final & 10‐
preenchimento 15

46. MANEJO DE MADEIRA - RL

47. 15
0
15
0
15
0
15
0
15

48. Módulo de exploração para madeiras nativas
Madeira Final
Tempo = 10 a 15 anos
Madeira Média
Espécies de preenchimento
Operação: plantio de Madeiras Médias em quincôncio.
Idade da linha (anos):
Madeira Final & 10‐
preenchimento 15
Madeira Média Ano 0
10‐ Plantio:
Madeira Média
15 830 ind.ha‐1
Madeira Média Ano 0
Madeira Final & 10‐
preenchimento 15

49. Módulo de exploração para madeiras nativas
Madeira Final
Tempo = 20 a 25 anos
Madeira Média
Espécies de preenchimento
Operação: colheita de Madeiras Médias.
Idade da linha (anos):
Madeira Final & 20‐
preenchimento 25
Madeira Média 10‐15 Colheita: 415 ind.ha‐1
Madeira Média 20‐ 25 anos
Madeira Média
10‐15
Madeira Final & 20‐
preenchimento 25

50. Módulo de exploração para madeiras nativas
Madeira Final
Tempo = 20 a 25 anos
Madeira Média
Espécies de preenchimento
Operação: plantio de Madeiras Finais e espécies de preenchimento.
Idade da linha (anos):
20‐
Madeira Final &
preenchimento 25
Madeira Média 10‐
15
Madeira Final &
Plantio:
preenchimento Ano 0
415 ind.ha‐1
Madeira Média
10‐
15
20‐
Madeira Final &
preenchimento 25

51. Módulo de exploração para madeiras nativas Madeira Final
Tempo = 30 a 35 anos Madeira Média
Espécies de preenchimento mortas
Espécies de preenchimento
Operação: colheita de Madeiras Médias.
Idade da linha (anos):
30‐
Madeira Final &
preenchimento 35 Colheita: 415 ind.ha‐1
Madeira Média 20‐ 25 anos
Madeira Final & 10‐
preenchimento 15
Madeira Média
20‐
25
30‐
Madeira Final &
preenchimento 35

52. MANEJO DE MADEIRA - RL
2 1 2

53. Módulo de exploração para madeiras nativas Madeira Final
Tempo = 30 a 35 anos Madeira Média
Espécies de preenchimento mortas
Espécies de preenchimento
Operação: replantio de Madeiras Médias.
Idade da linha (anos):
Madeira Final & 30‐
preenchimento 35
Plantio:
Madeira Média Ano 0 415 ind.ha‐1
Madeira Final & 10‐
preenchimento 15
Madeira Média
20‐
25
Madeira Final & 30‐
preenchimento 35

54. Módulo de exploração para madeiras nativas Madeira Final
Tempo = 35 a 40 anos Madeira Média
Espécies de preenchimento mortas
Espécies de preenchimento
Operação: colheita de Madeiras Médias.
Idade da linha (anos):
Madeira Final & 35‐
preenchimento 40
Madeira Média 5‐ 10
Madeira Final & 15‐
preenchimento 20 Colheita: 415 ind.ha‐1
25‐30 anos
Madeira Média
Madeira Final & 35‐
preenchimento 40

55. Módulo de exploração para madeiras nativas Madeira Final
Tempo = 35 a 40 anos Madeira Média
Espécies de preenchimento mortas
Espécies de preenchimento
Operação: replantio de Madeiras Médias.
Idade da linha (anos):
Madeira Final & 35‐
preenchimento 40
Madeira Média 5‐ 10
Madeira Final &
15‐
preenchimento
20
Plantio:
Madeira Média Ano 0
415 ind.ha‐1
Madeira Final & 35‐
preenchimento 40

56. Módulo de exploração para madeiras nativas
Madeira Final
Tempo = 40 a 45 anos
Madeira Média
Espécies de preenchimento mortas
Operação: colheita de Madeiras Finais. Espécies de preenchimento
Idade da linha (anos):
Madeira Final & 40‐ 45 anos
preenchimento
Madeira Média 10‐
15 Colheita:
Madeira Final & 207,5 ind.ha‐1
20‐
preenchimento 25 de Madeiras Finais
Madeira Média 5‐ 10
Madeira Final & 40‐ 45 anos
preenchimento

57. Módulo de exploração para madeiras nativas Madeira Final
Madeira Média
Tempo = 40 a 45 anos
Espécies de preenchimento mortas
Espécies de preenchimento
Operação: replantio de Madeiras Finais e espécies de preenchimento.
Idade da linha (anos):
Madeira Final & Plantio:
Ano 0
preenchimento
415 ind.ha-1
10-
Madeira Média
15
Madeira Final & 20-
preenchimento
25
Madeira Média 5- 10
Madeira Final Plantio:
& Ano 0
415 ind.ha-1
preenchimento

60. Tese ‐ Maria do Carmo Ramos Fasiaben
RESULTADOS
TABELA 17 – VARIAÇÃO NAS MARGENS BRUTAS DAS ATIVIDADES DO TIPO 4, MICROBACIA DO
RIO ORIÇANGA, ESTADO DE SÃO PAULO (EM R$/HA)
Período Laranja Milho Alta Tecnologia Reserva Legal Manejada
2002/03 3.465,39 1.595,66 188,59
2003/04 2.163,24 668,37 237,58
2004/05 -91,82 244,29 285,71
2005/06 1.021,37 125,04 423,78
2006/07 2.131,27 504,75 440,34
2007/08 1.806,64 871,52 435,23
2008/09 17,91 -64,52 470,16
Média 1.502,00 563,59 354,49
FONTE: Dados da pesquisa, utilizando-se de séries de preços listadas no Banco de Dados do IEA (2010)
para insumos e para os produtos laranja e milho, e do IPT para madeira (FLORESTAR ESTATÍSTICO, 2003,
2004, 2005, 2006, 2007, 2008)
Valor médio da madeira considerada para as 4 classes = R$ 40,00/m3 da madeira em pé na propriedade

61. Média 40 anos R$ = 1.282,00

62. Módulo de exploração para madeiras nativas usando Eucaliptus como pioneira – 01/08/2005
Tempo = 0
Operação: implantação total alinhada.
Nº de indivíduos.ha‐1
Madeira 207,5
3 m final
Idade da linha (anos):
Espécies
Mad. final & de preen_ 207,5
preenchimento 0 chimento
2 m
Eucaliptus 830
Eucaliptus 0
Madeira
média 415
Mad. média 0
1660
Obs.: várias espécies
Eucaliptus podem ter uso medicinal
0 ou melífero
concomitantemente.

63. Módulo de exploração para madeiras nativas usando Eucaliptus como pioneira
Tempo = 6 anos
Operação: primeira colheita de Eucaliptus.
Idade da linha (anos):
Mad. final & Colheita: 830 ind.ha‐1
preenchimento 6
Eucaliptus 6/0
Mad. média 6
Eucaliptus 6/0

64. Módulo de exploração para madeiras nativas usando Eucaliptus como pioneira
Tempo = 12 anos
Operação: segunda colheita de Eucaliptus.
Idade da linha (anos):
Mad. final & Colheita: 830 ind.ha‐1
preenchimento 12
Eucaliptus 12/0
Mad. média 12
Eucaliptus 12/0

65. Módulo de exploração para madeiras nativas usando Eucaliptus como pioneira
Tempo = 12 anos
Operação: plantio de madeiras médias em quincôncio.
Idade da linha (anos):
Mad. final &
preenchimento 12
Mad. média 0
Plantio:
Mad. média 12
830 ind.ha‐1
Mad. média 0

66. MODELO 1
apenas nativas, em linhas simples
madeira 40 anos 139 ind./ha
final
madeira 20 anos 139 ind./ha
complementar
madeira 10 anos 555 ind./ha
inicial
madeira 20 anos 278 ind./ha
média
MODELOS 2 e 3
Nativas em linha simples e eucalipto em linha
dupla, como espécie inicial, visando exploração
para celulose (modelo 2) ou celulose e serraria
(modelo 3)
madeira 40 anos 139 ind./ha
final
madeira 20 anos 139 ind./ha
complementar
eucalipto 6/15 anos 555 ind./ha
madeira 20 anos 278 ind./ha
média
MODELOS 4 e 5
Nativas em linha dupla e eucalipto em linha
dupla, como espécie inicial, visando exploração
para celulose (modelo 4) ou celulose e serraria
(modelo 5)
madeira 40 anos 139 ind./ha
final
madeira 20 anos 139 ind./ha
complementar
eucalipto 6/15 anos 555 ind./ha
madeira 20 anos 278 ind./ha
média

67. Potencial
Econômico das APROVEITAMENTO FLORESTAL
Árvores Nativas
Manejadas na RL ÁRVORES

68. RESERVA LEGAL
USO SUSTENTÁVEL
PRODUÇÃO E EMPREGO
Frutíferas
Ex.:
Cajás, Bacuri, Mirtáceas, etc.

69. UVAIA ARAÇÁ
Eugenia pyriformis Psidium cattleyanum
PITANGA GRUMIXAMA
Eugenia uniflora Eugenia brasiliensis

70. Jenipapo
Genipa americana
Cabeludinha
Eugenia tomentosa

71. Jaracatiá Mamoeiro do Mato
Jacaratia spinosa Carica quercifolia
Madeira
+
Frutíferas

72. Frutíferas Nativas
Surfistas Americanos

73. Surfistas Americanos

74. Extrativismo Sustentável de Pequi
em Reservas Legais de Cerrado
Local – Reservas Legais em Pirapora (MG)
Cerrado – Com 10 ou mais árvores de Pequi por hectare
Extrativismo sustentável dos frutos – Coleta de 36,3% dos frutos
Venda dos frutos – CEASA de Uberlândia (MG) e Belo Horizonte (MG)
Preço médio dos frutos – Mais de R$ 1,00 por fruto
Margem bruta – Maior ou igual a da produção de soja
(2011 - Dissertação de mestrado de Ana Cláudia Sant'Anna - orientador Dr. Ricardo Shirota
Departamento de Economia, Administração e Sociologia – ESALQ/USP)

75. Madeira
+
MEL
1º semestre de 2011 – exportação Brasil
= US$ 18,3milhões, ou seja, 7.200 ton
apenas ~ 4,3 da demanda mundial

76. MADEIRAS +
PIGMENTOS
CORANTES
NATURAIS

77. MADEIRAS +
PIGMENTOS
CORANTES
NATURAIS
LÁTEX
VERMELHO
Sangra d’ água
Croton urucurana
LÁTEX
AMARELO
Taiúva
Maclura tinctoria

78. Madeiras +
Medicinais
Espinheira-santa
Maytenus ilicifolia
Pilocarpina
Jaborandi
Pilocarpus pennatifolius

79. Madeiras +
Medicinais
Guaçatonga
Casearia sylvestris
Pariparoba
Pothomorphe umbellata

80. Madeira
+
Medicinal
Ex.:Copaíba
Pau D’ Óleo

81. Sementes
Comercialização
para Viveiros
Artesanato,
etc.

82. Produção
Mudas
São Paulo
2003 – 13 MILHÕES – 55 VIVEIROS
2008 – 33 MILHÕES – 114 VIVEIROS

83. Madeira + Ornamentais
Ex.:Bromélias, Orquídeas, etc.

84. ÁRVORES
Flores
de
Corte

85. PRODUTOS NÃO MADEIREIROS
Látex, Palmito, Frutos, Ornamentais, Sementes,
Óleos, etc...

86. Madeiras
+
Frutíferas +
Medicinais +
Melíferas +
Sementes +
Corantes +
Ornamentais
+ etc....

87. TURISMO RURAL
Belezas Cênicas,
Tipos de Vegetação,
Áreas em Restauração,
Trilhas de Educação Ambiental,
Coleta de Sementes,
Produção de Mudas, etc.

88. CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL
Melhor Gestão
ÁGIO
FIDELIDADE
MERCADOS
ISO 14001
FSC
RAINFOREST ALLIANCE
GLOBAL GAP
IMAFLORA
INSTITUTO BIODINâMICO
Etc.

89. CAFÉ
CURUPIRA

90. Expansão do Café
em São Paulo

91. Expansão do Café em São Paulo
Fronteira Agrícola - CAFÉ

92. Com o tempo
a vegetação
do interior
de São Paulo
foi ficando
fragmentada

93. Paisagens antigamente
dominadas pelo CAFÉ

94. Tem hoje fragmentos de Floresta
com café no sub-bosque

95. No passado café dentro das florestas estavam sempre
recebendo pólen do café de FORA da floresta

96. Mas os cultivos de café na paisagem foram
desaparecendo

97. e com o tempo o café dentro das florestas foi
recebendo cada vez menos pólen de FORA da
floresta

98. até que o café dentro das florestas ficou isolado dos
cafés de FORA da floresta

99. X
Assim, durante gerações o café dentro de cada
fragmento de floresta só cruzou entre si acumulando
as diferenças existentes ou as que aí surgiram

100. Em cada floresta o café teve de
sobreviver as pragas e
patógenos locais, à competição
com as outras plantas, ao solo,
sendo assim
FORTEMENTE SELECIONADO

101. Teve de sobreviver ao clima de
cada região e provavelmente ,
acumulou diferenças genéticas
surgidas independentemente em
cada fragmento ficando
assim .....

102. um pouco diferente em cada local.....

103. CAFÉ CURUPIRA
Grande Potencial
Cooperação
Programa Federal de Pesquisa?
Programa Privado de Pesquisa?

104. RESUMO
Aproveitamento Econômico de Áreas
de Reserva Legal
AGRICULTURA TRADICIONAL
RESERVA LEGAL
(área agrícola)
Cafés resgatados de fragmentos Sombreados X
CONSÓRCIO DE NATIVAS

105. CERCAS-MORTAS VS CERCAS-VIVAS

106. OBRIGADO
Dr. Sergius Gandolfi sgandolf@esalq.usp.br