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Aquecimento Global e Café

    Salvador 11 de março de 2013

        Eduardo Delgado Assad
    Embrapa Informática Agropecuária
PRECAUÇÃO OU INAÇÃO ?
*Cada espécie vegetal adapta-se ao clima predominante na região.
*A inação preconizada pelos “céticos” poderá ser danosa ao país.
       *Precaução e caldo de galinha não mata ninguém.
EVIDÊNCIAS-BASE CIENTÍFICA DO AQUECIMENTO GLOBAL
Evidência nº1 da Ação Humana
 A marca dos combustíveis fósseis
        no ar e nos corais
Há diferentes tipos de carbono no ar,
conhecidos como isótopos de carbono. O
tipo mais comum é o carbono-12, mais
leve, e preferido pelas plantas.
Combustíveis fósseis como carvão ou
petróleo vem de plantas que viveram há
milhões de anos. Então, quando os
queimamos, nos estamos emitindo mais
deste carbono-12 leve, o que deve causar a
queda da relação entre o carbono-13. Isso
é o que observa-se em medições na
atmosfera , corais e esponjas marinhas.
Esta é evidência forte de que o aumento do
dióxido de carbono no ar esta diretamente         Medições (relação entre o carbono-
ligado as emissões humanas.                       13 e o carbono-12) feitas na Grande
                                                  Barreira de Corais.
                                             Guia Cientifico do Ceticismo quanto ao Aquecimento Global,
Evidência nº2 da Ação Humana
Menos calor escapando para o espaço




                                Menos calor escapando para o espaço

                     Satélites medem a radiação infravermelha que sai para o
                     espaço, observando assim com clareza o efeito estufa. Uma
                     comparação entre os dados dos satélites de 1970 e 1996
                     verificou que há menos energia escapando para o espaço
                     nos comprimentos de onda em que os gases estufa
                     absorvem energia.




                      Guia Cientifico do Ceticismo quanto ao Aquecimento Global, 2010
Evidência nº3
                                                               O padrão de aquecimento dos oceanos

                                                        Os oceanos do mundo tem acumulado calor pelos
                                                        últimos 40 anos. O padrão que se observa no
                                                        aquecimento dos oceanos pode apenas ser explicado
                                                        pelo aquecimento por efeito estufa




Calor acumulado da Terra desde 1950. A taxa de
acúmulo de calor desde 1970 tem a energia equivalente
a 2,5 bombas de Hiroshima por segundo




                                                        Temperatura oceânica observada (vermelho) comparada
                                                        com os resultados dos modelos que incluem aquecimento
                                                        por efeito estufa (verde).
Média móvel de 12 meses das variações da
temperatura global                                              Guia Cientifico do Ceticismo quanto ao Aquecimento Global, 2010
Mais evidências da realidade do aquecimento global




                                     Parmesan & Yohe 2003 , NOAA
Evidência nº4
                     Noites mais quentes do que os dias...
Um efeito estufa mais intenso implicaria que noites deveriam se aquecer mais
rápido que os dias. Durante o dia, o sol aquece a superfície da Terra. A noite, a
superfície se resfria irradiando calor para o espaço. Os gases estufa tornam
esse processo mais lento. Se o aquecimento fosse causado pelo sol, nos
teríamos uma tendência mais forte de aquecimento durante o dia. Ao invés
disso, o que observamos e o numero de noites quentes aumentando mais
rápido que o numero de dias quentes.




       Variação de longo prazo no número anual de dias quentes (vermelho) e noites quentes (azul).
       Quente é definido aqui como os 10% mais quentes do período estudado.
                                                     Guia Cientifico do Ceticismo quanto ao Aquecimento Global, 2010
Evidência nº5
   Mais calor está retornando para a
               superfície
Um efeito estufa mais intenso implica
que deveríamos ver mais radiação de
onda longa descendente (voltando da
atmosfera para a superfície Terra). Isso
foi observado diretamente. Destes
resultados, concluiu-se: “Estes dados
experimentais devem efetivamente
encerrar a discussão de céticos de que
não haveria evidência experimental da
conexão entre o aumento de gases             Tendência da radiação de onda longa
estufa na atmosfera e o aquecimento          descendente de 1973 a 2008. A
global.”                                     América do Norte está em branco
                                             porque os dados desta região não
                                             abrangem todo o período de 1973 a
                                             2008

                                           Guia Cientifico do Ceticismo quanto ao Aquecimento Global, 2010
Evidência nº6
               Aquecimento observado mais no inverno que no verão
 Conforme o aquecimento por efeito estufa aumenta, prevê-se que os invernos se
 aqueçam mais rápido que os verões. Isso acontece porque o efeito estufa tem um
 efeito maior no inverno. E isso que se observa nos registros instrumentais




Variações de temperatura em média móvel para o inverno e verão, média apenas continental, de 1850 a
2009.
                                           Guia Cientifico do Ceticismo quanto ao Aquecimento Global,
                                           2010
Evidência nº7 da Ação Humana
                  Resfriamento da alta atmosfera

Conforme os gases estufa aprisionam mais calor na baixa atmosfera, menos
calor alcança a alta atmosfera (estratosfera e camadas superiores). Assim, a
ciência prevê que o efeito estufa provocaria um aquecimento da atmosfera
baixa e um resfriamento da alta atmosfera. Isso está sendo observado por
satélites e balões meteorológicos.




                   Variações de temperatura (graus centígrados) nas
                   atmosferas alta e baixa, medidas por satélites (RSS)

                                             Guia Cientifico do Ceticismo quanto ao Aquecimento Global, 2010
Os últimos 50 anos observamos: Dramática
        degradação do capital natural do Planeta

               Aumento de CO2, N2O, CH4
               Aquecimento Global
               Degradação da terra
               Perda de Biodiversidade
               Eutrofização
               Poluição
               Extração de Água

               …..

            1900                  1950    2000

Rockstrom
IMPACTOS PREVISTOS PARA O BRASIL



            - Intensificação das chuvas no Sul e Sudeste;

            - O Nordeste deverá se tornar mais árido;

            - Substituição gradual da floresta amazônica
            oriental por vegetação de savana;

            - Diminuição na disponibilidade de água no
            semiárido;

             - Aumento no nível do mar.


                (Fonte: Prof. Hernani Löebler, Dep. de Ciências Geográficas-UFPE)
ÍNDICE DE VULNERABILIDADE

                  Regiões mais vulneráveis a
                      mudança de clima



             Amazônia       e      Nordeste
             constituem o que poderia ser
             chamado de climatic change hot
             spots e representam as regiões
             mais vulneráveis do Brasil às
             mudanças de clima.




                    (Fonte: Instituto Meteorológico da Suíça)
O mundo, segundo os modelos climáticos
   A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO
        ANOS                                                        ANOS
    AGRÍCOLA
         70                                                          80




           1990                                                      1996




            2001                                                     2007


      AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
Modelos climáticos usados nas
   avaliações do IPCC:
   FAR (1990),
   SAR (1996),
   TAR (2001) e
   AR4 (2007).

A complexidade dos modelos
vem aumentando e os
cenários são mais
consistentes e aderentes ao
clima atual
Cenários Climáticos globais para América do Sul




Projeções de anomalias de temperatura (oC) para América do Sul para o
período de 2090-2099 (Cenário A2) em relação ao período base de
1961-1990 para 15 diferentes modelos climáticos globais disponíveis
através do IPCC.
Cenários Climáticos globais para América do Sul




Projeções de anomalias de precipitação (mm/dia) para América do Sul
para o período de 2090-2099 (Cenário A2) em relação ao período base
de 1961-1990 para 15 diferentes modelos climáticos globais disponíveis
através do IPCC.
Mudança X Variabilidade
Variação da temperatura global da Terra no último
   milhão de anos em relação à condição atual


        1                  2          3
Efeito Estufa – pior sem ele!

 O efeito estufa natural é importante para a
  manutenção da vida na Terra. Sem ele a
  temperatura média do globo seria de -18
  o
    C;
 A elevação da concentração de GEE´s tem
  acentuado essa característica natural da
  atmosfera terrestre, favorecendo o
  aquecimento do globo.
Variação de 1, 3 ou 5,8 graus
nos próximos 100 anos,
considerando diferentes
cenários
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
   OBSERVADAS
      BRASIL
VARIAÇÃO DE TEMPERATURA


                                                                   +
                                                                   1,2°C




Fonte de Dados: INEMET/Embrapa   Renata Ribeiro do Valle Gonçalves - CEPAGRI/UNICAMP
VARIAÇÃO DE TEMPERATURA


                                                                   +
                                                                   0,6°C




Fonte de Dados: INEMET/Embrapa   Renata Ribeiro do Valle Gonçalves - CEPAGRI/UNICAMP
Variação das Temperaturas - UFPel, Pelotas-
                    RS
       2,4
                        M édia A nual                y = 0,0091x - 17,804
       1,9
                        M édia M ó vel 5 ano s            R 2 = 0,3843
       1,4
                                                                                                      ∆Tmin
       0,9
                                                                                                      = 1,6ºC
       0,4

      -0,1
                                                                                                      ∆Tmin
      -0,6
                                                                                                      = 1ºC
      -1,1
                                                                     50 anos            13 anos
      -1,6

      -2,1



                                                   A no s



Fonte: Marcos S. Wrege & Flavio G. Herter - Lab. Agrometeorologia da Embrapa Clima Temperado (2007)
Cortesia: F. Francis- Lamep
Frequência Absoluta




             0
                 10
                      20
                           30
                                     40
                                          50
                                               60
                                                    70
      1890
      1896
      1902
      1908
      1914
      1920
      1929
      1935
      1941
      1947




Ano
      1953
      1959
      1965
                                                         Campinas - SP




      1971
      1977
      1983
      1989
      1995
      2001
      2007
                             Tmin<10ºC
Frequência Absoluta




       0
                       50
                            100
                                  150
1893
1900
1906
1912
1918
1924
1930
1936
1942
1948
1954
1961
                                        Pelotas - RS




1967
1973
1979
1985
1991
1997
2003
           Tmin<10ºC
Frequência Absoluta




                                             100
                                                   120




             0
                 20
                       40
                              60
                                        80
      1917
      1922
      1927
      1932
      1937
      1942
      1947
      1952
      1957




Ano
      1962
      1967
                                                         Piracicaba - SP




      1976
      1981
      1986
      1991
      1996
      2001
      2006
                            Tmax>34ºC
                            Tmax>32ºC
Diferenças de Climatologias (1961-90) - (1931-60)
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
   OBSERVADAS
      MUNDO
C e rra d o s




     Café
ZONEAMENTO DE
RISCOS CLIMÁTICOS
FENOLOGIA – CAFÉ ARÁBICA
Vegetativa e Reprodutiva


 1. SET-MAR: Vegetação e formação das gemas
   vegetativas
 2. ABR-AGO: Indução, crescimento e dormência das
   gemas florais

 3. SET-DEZ: Florada, chumbinho e expansão dos
   frutos
 4. JAN-MAR: Granação dos frutos
 5. ABR-JUN: Maturação dos frutos
 6. JUL-AGO: Repouso e senescência dos ramos

                                 Camargo & Camargo (2001)
Botão floral   T>32C   estrelinha
IAPAR 16/09 2008
Dia 29/09 temperature 33oC
40

                             35

                             30

              Frequency, %   25                                     Votuporanga

                                                                    Adamantina
                             20
                                                                    Campinas
                             15

                             10

                              5

                              0
                                  0   1   2   3   4     5   6   7     8   9      10 11 12 13 14

                                                      Continuous Days

Persistence of continuous days with maximum temperatures higher than 34ºC in the regions
of Votuporanga, Adamantina and Campinas. Adjustments using Markov Chain for
September-October-November. (Iaffe, A.).
100



                                      80


       Probabilidades acumuladas, %
                                      60



                                      40                                        Adamantina

                                                                                Votuporanga

                                                                                Campinas
                                      20
                                                                                Seqüência2



                                       0
                                            1-set   16-set   1-out   16-out   31-out   15-nov   30-nov


Freqüências acumuladas de datas em que foram observados início de
períodos com pelo menos 4 dias seguidos de temperaturas máximas
superiores à 34º C.
(Iaffe, A et all. 2003)
Penalização em função da Temperatura Máxima Média
                                       Estimativa de cafeeiros danificados




                  100
                   90
                   80
Penalização (%)




                   70
                   60
                   50
                   40
                   30
                   20
                   10
                    0
                     30.0   30.5   31.0   31.5   32.0   32.5   33.0   33.5   34.0   34.5   35.0
                                          Temperatura Máxima Média (°C)
Campinas
Número de dias com temperatura máxima acima de 34°C
                      Lavras - MG
Número de dias com temperatura máxima acima de 34°C
média de 291 estações no Brasil
Mesma observação para as
           variedades
 Rubi, Iapar, Acaia e Topázio.

 Situação parecida foi também observada em
  2004, para temperaturas máximas diárias
  variando de 31oC à 33 oC

 Obatã e Tupi não tolerantes a curtos
  intervalos de estiagem. Produtividade
  instável.
CENÁRIOS FUTUROS
      IPCC
Anomalias – diferenças entre as simulações dos
 cenários e a normal climatológica (1961-1990).
Impactos possíveis do
aquecimento global no zoneamento
de risco climático do café
Café no Estado do Espírito Santo
Zoneamento de Riscos Climáticos da Cultura do Café arábica


                                    Espírito Santo
Atual




        Classe         Área (Km2)

Alto Risco                 24900                     Alto Risco
Baixo Risco_Sequeiro       19669                     Baixo Risco
Baixo Risco_Irrigado        3046                     Médio Risco
Zoneamento de Riscos Climáticos da Cultura do Café arábica


Precis_2020_a2                      Espírito Santo




       Classe          Área (Km2)

Alto Risco                 17383                     Alto Risco
Baixo Risco_Sequeiro       22849                     Baixo Risco
Baixo Risco_Irrigado        7384                     Médio Risco
Zoneamento de Riscos Climáticos da Cultura do Café arábica


Precis_2050_a2                   Espírito Santo




                        Área
       Classe
                       (Km2)
Alto Risco               30784                    Alto Risco
Baixo Risco_Sequeiro     14633                    Baixo Risco
Baixo Risco_Irrigado      2201                    Médio Risco
Zoneamento de Riscos Climáticos da Cultura do Café robusta


Atual                            Espírito Santo




                        Área
        Classe
                       (Km2)
Alto Risco               15053                    Alto Risco
Baixo Risco_Sequeiro     31951                    Baixo Risco
Baixo Risco_Irrigado       612                    Médio Risco
Zoneamento de Riscos Climáticos da Cultura do Café robusta


Precis_2020_a2                   Espírito Santo




                        Área
       Classe
                       (Km2)
Alto Risco               12304                    Alto Risco
Baixo Risco_Sequeiro     33985                    Baixo Risco
Baixo Risco_Irrigado      1327                    Médio Risco
Zoneamento de Riscos Climáticos da Cultura do Café robusta


Precis_2050_a2                   Espírito Santo




                        Área
       Classe
                       (Km2)
Alto Risco                6386                    Alto Risco
Baixo Risco_Sequeiro     37861                    Baixo Risco
Baixo Risco_Irrigado      3370                    Médio Risco
Café Arabica
Zoneamento atual


                   Irrigation Necessary
                   Low Climatic Risk
                   Irrigation Recommended
                   Frost Risk
                   High Temperature Risk
                   High Climatic Risk
Café Arabica
Cenário A2 - 2020

 Área de baixo risco

         9,48%
                       Irrigation Necessary
 Prejuízo em milhões   Low Climatic Risk
                       Irrigation Recommended
         R$ 882,6      Frost Risk
                       High Temperature Risk
                       High Climatic Risk
Café Arabica
Cenário A2 -2050


 Área de baixo risco

         17,15%
                       Irrigation Necessary
 Prejuízo em bilhões   Low Climatic Risk
                       Irrigation Recommended
         R$ 1,6        Frost Risk
                       High Temperature Risk
                       High Climatic Risk
Perda em área:
                      -9,48% (2020)
                      -17,1% (2050)
                      -33% (2070)




Perdas econômicas
-882 milhões (2020)
-1,6 bilhões (2050)
-3 bilhões (2070)
                            Assad e Pinto, 2008
Variação proporcional de áreas plantadas com café arábica no estado de
                                 Minas Gerais entre 1990 e 2007. Aumento de 6% no total do Estado.

               1,4
                                                                                 125%

               1,2


                 1
                                                                 84%
               0,8

                                          60%
               0,6
Variação (%)




               0,4
                                                                                                                                                                              26%
                                                                                                                                                                                                                                                        17%
               0,2                                                                                                                                                                                                   13%           14%
                                                                                                                                                                                                     9%

                 0
                                                                       Jequitinhonha




                                                                                                                                                           Vale do Rio Doce




                                                                                                                                                                                                                                         Zona da mata
                                                                                                                                       Meropolitana BH




                                                                                                                                                                                                                            Campos das
                                                Norte de Minas




                                                                                                                                                                                                          Sul/Sudoeste de
                                                                                          Vale do Mucuri




                                                                                                             Triangulo Mineiro




                                                                                                                                                                                    Oeste de Minas
                      Noroeste de Minas




                                                                                                                                 -6%




                                                                                                                                                                                                                             Vertentes
               -0,2




                                                                                                                                                                                                               Minas
                                                                                                      -17%


               -0,4
                                                                                                                                                    -42%

               -0,6
                                                                                 Area (ha) plantada com café arábica entre 1990 e 2005 Fonte: IBGE
Variação proporcional de áreas plantadas com café arábica no estado de
                           São Paulo entre 1990 e 2007. Decrescimo de 61% no total do Estado.

               0,5


                                                                                 39%
               0,4



               0,3
                                                     24%
                                                                                              22%

               0,2
Variação (%)




               0,1



                 0
                      Araçatuba   Araraquara     Assis         Bauru       Cam pinas      Marilia    Presidente     Ribeirão   S. Jose do
                                                                                                      Prudente       Preto      Rio Preto
               -0,1
                                       -10%
                                                                   -13%
                                                                                                           -15%
               -0,2        -17%

                                                                                                                        -22%

               -0,3                                                                                                                 -27%



               -0,4
                                               Area (ha) plantada com café arábica entre 1990 e 2005. Fonte: IBGE
Jeremy Haggar, University of Greenwich & Kathleen Schepp
CIAT - Colômbia
CIAT - Colombia
http://faostat.fao.org

          Principais Países Produtores de Café (1000 sacas 60Kg)

60000                                                        Brasil (*)
                                                             Vietnã
50000
                                                             Colômbia
                                                             Indonésia
40000
                                                             Etiópia
                                                             Índia
30000
                                                             México
                                                             Guatemala
20000
                                                             Peru
10000                                                        Costa do Marfim
                                                             El Salvador
   0                                                         Nicaragua
         2000     2001    2002   2003   2004   2005   2006
Quarto Relatório IPCC (AR4)
       IPCC AR4       Brasil      Colômbia        Vietnã

    Prec DJF 2099   -05 a 10%     10 a 20%      05 a 20%

    Prec JJA 2099   -30 a -10%    05 a 10%      05 a 10%

    Temp B1 2029    0,5 a 1,0ºC   0,5 a 1,0ºC   0,5 a 1,0ºC

    Temp A1B 2029   0,5 a 1,0ºC   0,5 a 1,0ºC   0,5 a 1,0ºC

    Temp A2 2029    0,5 a 1,0ºC   0,5 a 1,0ºC   0,5 a 1,0ºC

    Temp B1 2099    2,0 a 2,5ºC   2,0 a 2,5ºC   1,5 a 2,0ºC

    Temp A1B 2099   2,5 a 4,0ºC   3,0 a 3,5ºC   2,5 a 3,0ºC

    Temp A2 2099    3,5 a 4,5ºC   3,5 a 4,5ºC   3,0 a 3,5ºC
MITIGAÇÃO
ADAPTAÇÃO
 CARBONO
ARBORIZAÇÃO
NOS CAFEZAIS
Guandu




                 Leucena



Bracatinga
(Gliricidia)
               Acacia
SAF 1 – F. Guandu ao norte de
                             plantio e Leucena ao sul
SAF 2 – Leucena ao norte e
Gliricidia ao sul
FACE, com 10 hectares instalado em Jaguariuna-SP, em
                                                                funcionamento desde maio de 2011, para auxiliar nas pesquisas de
                                                                mudanças climáticas e impactos nas doenças de plantas.




Estufas de topo aberto, utilizadas nos estudos de impactos de
mudanças climáticas e doenças de plantas, na Embrapa Meio
Ambiente.
Ciências genômicas para compreensão
                                  da resposta das plantas às mudanças
                                                             climáticas
nível de organização biológica



                                                 O impacto das mudanças climáticas
                                                 ocorre sobre os múltiplos níveis de
                                                 organização biológica.


                                    variáveis
                                                Pouco se sabe ainda como esse impacto
                                                afeta os processos moleculares,
                                                bioquímicos e fisiológicos que determinam as
                                                respostas em uma cadeia que vai de indivíduos
                                                até ecossistemas globais.

                                                Por isso, é necessária a incorporação
                                                das ciências genômicas aos estudos ecológicos
Genômica visando adaptação de culturas
agroflorestais a mudanças climáticas: objetivos
 Identificação        de     variedades       mais      adaptadas
  (resistentes/tolerantes) aos estresses abióticos decorrentes das
  mudanças climáticas:
    [CO2] atmosférica elevada, seca, calor, submergência etc, em condições
     controladas.
 Descoberta de mecanismos moleculares, bioquímicos e fisiológicos
  mediando respostas e adaptação a tais estresses.
 Desenvolvimento de marcadores moleculares (genéticos e
  bioquímicos) para seleção assistida de variedades mais adaptadas
  em programas de melhoramento genético.
 Descoberta        de      genes      envolvidos    em  adaptação
  (resistência/tolerância) com valor biotecnológico.
Esquema geral dos experimentos
Faixa potencial de utilização das “soluções genéticas”
        da biodiversidade do cerrado brasileiro




Qual o valor disso?
O desafio do aquecimento global, traz nova dimensão para o futuro
da produção do café. Mais tecnologia, mais e mais profissionalização
na organização da estrutura produtiva.
Não será o fim da produção do café, mas o indicia de novos temos.
Temos que estar preparados.



Obrigado

Eduardo Delgado Assad
Eduardo.assad@embrapa.br

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Aquecimento Global, Café e Impactos no Brasil

  • 1. Aquecimento Global e Café Salvador 11 de março de 2013 Eduardo Delgado Assad Embrapa Informática Agropecuária
  • 2. PRECAUÇÃO OU INAÇÃO ? *Cada espécie vegetal adapta-se ao clima predominante na região. *A inação preconizada pelos “céticos” poderá ser danosa ao país. *Precaução e caldo de galinha não mata ninguém.
  • 3. EVIDÊNCIAS-BASE CIENTÍFICA DO AQUECIMENTO GLOBAL
  • 4. Evidência nº1 da Ação Humana A marca dos combustíveis fósseis no ar e nos corais Há diferentes tipos de carbono no ar, conhecidos como isótopos de carbono. O tipo mais comum é o carbono-12, mais leve, e preferido pelas plantas. Combustíveis fósseis como carvão ou petróleo vem de plantas que viveram há milhões de anos. Então, quando os queimamos, nos estamos emitindo mais deste carbono-12 leve, o que deve causar a queda da relação entre o carbono-13. Isso é o que observa-se em medições na atmosfera , corais e esponjas marinhas. Esta é evidência forte de que o aumento do dióxido de carbono no ar esta diretamente Medições (relação entre o carbono- ligado as emissões humanas. 13 e o carbono-12) feitas na Grande Barreira de Corais. Guia Cientifico do Ceticismo quanto ao Aquecimento Global,
  • 5. Evidência nº2 da Ação Humana Menos calor escapando para o espaço Menos calor escapando para o espaço Satélites medem a radiação infravermelha que sai para o espaço, observando assim com clareza o efeito estufa. Uma comparação entre os dados dos satélites de 1970 e 1996 verificou que há menos energia escapando para o espaço nos comprimentos de onda em que os gases estufa absorvem energia. Guia Cientifico do Ceticismo quanto ao Aquecimento Global, 2010
  • 6. Evidência nº3 O padrão de aquecimento dos oceanos Os oceanos do mundo tem acumulado calor pelos últimos 40 anos. O padrão que se observa no aquecimento dos oceanos pode apenas ser explicado pelo aquecimento por efeito estufa Calor acumulado da Terra desde 1950. A taxa de acúmulo de calor desde 1970 tem a energia equivalente a 2,5 bombas de Hiroshima por segundo Temperatura oceânica observada (vermelho) comparada com os resultados dos modelos que incluem aquecimento por efeito estufa (verde). Média móvel de 12 meses das variações da temperatura global Guia Cientifico do Ceticismo quanto ao Aquecimento Global, 2010
  • 7. Mais evidências da realidade do aquecimento global Parmesan & Yohe 2003 , NOAA
  • 8. Evidência nº4 Noites mais quentes do que os dias... Um efeito estufa mais intenso implicaria que noites deveriam se aquecer mais rápido que os dias. Durante o dia, o sol aquece a superfície da Terra. A noite, a superfície se resfria irradiando calor para o espaço. Os gases estufa tornam esse processo mais lento. Se o aquecimento fosse causado pelo sol, nos teríamos uma tendência mais forte de aquecimento durante o dia. Ao invés disso, o que observamos e o numero de noites quentes aumentando mais rápido que o numero de dias quentes. Variação de longo prazo no número anual de dias quentes (vermelho) e noites quentes (azul). Quente é definido aqui como os 10% mais quentes do período estudado. Guia Cientifico do Ceticismo quanto ao Aquecimento Global, 2010
  • 9. Evidência nº5 Mais calor está retornando para a superfície Um efeito estufa mais intenso implica que deveríamos ver mais radiação de onda longa descendente (voltando da atmosfera para a superfície Terra). Isso foi observado diretamente. Destes resultados, concluiu-se: “Estes dados experimentais devem efetivamente encerrar a discussão de céticos de que não haveria evidência experimental da conexão entre o aumento de gases Tendência da radiação de onda longa estufa na atmosfera e o aquecimento descendente de 1973 a 2008. A global.” América do Norte está em branco porque os dados desta região não abrangem todo o período de 1973 a 2008 Guia Cientifico do Ceticismo quanto ao Aquecimento Global, 2010
  • 10. Evidência nº6 Aquecimento observado mais no inverno que no verão Conforme o aquecimento por efeito estufa aumenta, prevê-se que os invernos se aqueçam mais rápido que os verões. Isso acontece porque o efeito estufa tem um efeito maior no inverno. E isso que se observa nos registros instrumentais Variações de temperatura em média móvel para o inverno e verão, média apenas continental, de 1850 a 2009. Guia Cientifico do Ceticismo quanto ao Aquecimento Global, 2010
  • 11. Evidência nº7 da Ação Humana Resfriamento da alta atmosfera Conforme os gases estufa aprisionam mais calor na baixa atmosfera, menos calor alcança a alta atmosfera (estratosfera e camadas superiores). Assim, a ciência prevê que o efeito estufa provocaria um aquecimento da atmosfera baixa e um resfriamento da alta atmosfera. Isso está sendo observado por satélites e balões meteorológicos. Variações de temperatura (graus centígrados) nas atmosferas alta e baixa, medidas por satélites (RSS) Guia Cientifico do Ceticismo quanto ao Aquecimento Global, 2010
  • 12. Os últimos 50 anos observamos: Dramática degradação do capital natural do Planeta Aumento de CO2, N2O, CH4 Aquecimento Global Degradação da terra Perda de Biodiversidade Eutrofização Poluição Extração de Água ….. 1900 1950 2000 Rockstrom
  • 13. IMPACTOS PREVISTOS PARA O BRASIL - Intensificação das chuvas no Sul e Sudeste; - O Nordeste deverá se tornar mais árido; - Substituição gradual da floresta amazônica oriental por vegetação de savana; - Diminuição na disponibilidade de água no semiárido; - Aumento no nível do mar. (Fonte: Prof. Hernani Löebler, Dep. de Ciências Geográficas-UFPE)
  • 14. ÍNDICE DE VULNERABILIDADE Regiões mais vulneráveis a mudança de clima Amazônia e Nordeste constituem o que poderia ser chamado de climatic change hot spots e representam as regiões mais vulneráveis do Brasil às mudanças de clima. (Fonte: Instituto Meteorológico da Suíça)
  • 15. O mundo, segundo os modelos climáticos A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO ANOS ANOS AGRÍCOLA 70 80 1990 1996 2001 2007 AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
  • 16. Modelos climáticos usados nas avaliações do IPCC: FAR (1990), SAR (1996), TAR (2001) e AR4 (2007). A complexidade dos modelos vem aumentando e os cenários são mais consistentes e aderentes ao clima atual
  • 17. Cenários Climáticos globais para América do Sul Projeções de anomalias de temperatura (oC) para América do Sul para o período de 2090-2099 (Cenário A2) em relação ao período base de 1961-1990 para 15 diferentes modelos climáticos globais disponíveis através do IPCC.
  • 18. Cenários Climáticos globais para América do Sul Projeções de anomalias de precipitação (mm/dia) para América do Sul para o período de 2090-2099 (Cenário A2) em relação ao período base de 1961-1990 para 15 diferentes modelos climáticos globais disponíveis através do IPCC.
  • 19. Mudança X Variabilidade Variação da temperatura global da Terra no último milhão de anos em relação à condição atual 1 2 3
  • 20. Efeito Estufa – pior sem ele!  O efeito estufa natural é importante para a manutenção da vida na Terra. Sem ele a temperatura média do globo seria de -18 o C;  A elevação da concentração de GEE´s tem acentuado essa característica natural da atmosfera terrestre, favorecendo o aquecimento do globo.
  • 21. Variação de 1, 3 ou 5,8 graus nos próximos 100 anos, considerando diferentes cenários
  • 22. MUDANÇAS CLIMÁTICAS OBSERVADAS BRASIL
  • 23. VARIAÇÃO DE TEMPERATURA + 1,2°C Fonte de Dados: INEMET/Embrapa Renata Ribeiro do Valle Gonçalves - CEPAGRI/UNICAMP
  • 24. VARIAÇÃO DE TEMPERATURA + 0,6°C Fonte de Dados: INEMET/Embrapa Renata Ribeiro do Valle Gonçalves - CEPAGRI/UNICAMP
  • 25.
  • 26. Variação das Temperaturas - UFPel, Pelotas- RS 2,4 M édia A nual y = 0,0091x - 17,804 1,9 M édia M ó vel 5 ano s R 2 = 0,3843 1,4 ∆Tmin 0,9 = 1,6ºC 0,4 -0,1 ∆Tmin -0,6 = 1ºC -1,1 50 anos 13 anos -1,6 -2,1 A no s Fonte: Marcos S. Wrege & Flavio G. Herter - Lab. Agrometeorologia da Embrapa Clima Temperado (2007)
  • 28.
  • 29.
  • 30.
  • 31.
  • 32.
  • 33. Frequência Absoluta 0 10 20 30 40 50 60 70 1890 1896 1902 1908 1914 1920 1929 1935 1941 1947 Ano 1953 1959 1965 Campinas - SP 1971 1977 1983 1989 1995 2001 2007 Tmin<10ºC
  • 34. Frequência Absoluta 0 50 100 150 1893 1900 1906 1912 1918 1924 1930 1936 1942 1948 1954 1961 Pelotas - RS 1967 1973 1979 1985 1991 1997 2003 Tmin<10ºC
  • 35. Frequência Absoluta 100 120 0 20 40 60 80 1917 1922 1927 1932 1937 1942 1947 1952 1957 Ano 1962 1967 Piracicaba - SP 1976 1981 1986 1991 1996 2001 2006 Tmax>34ºC Tmax>32ºC
  • 36. Diferenças de Climatologias (1961-90) - (1931-60)
  • 37. MUDANÇAS CLIMÁTICAS OBSERVADAS MUNDO
  • 38.
  • 39.
  • 40.
  • 41. C e rra d o s Café
  • 43. FENOLOGIA – CAFÉ ARÁBICA Vegetativa e Reprodutiva 1. SET-MAR: Vegetação e formação das gemas vegetativas 2. ABR-AGO: Indução, crescimento e dormência das gemas florais 3. SET-DEZ: Florada, chumbinho e expansão dos frutos 4. JAN-MAR: Granação dos frutos 5. ABR-JUN: Maturação dos frutos 6. JUL-AGO: Repouso e senescência dos ramos Camargo & Camargo (2001)
  • 44. Botão floral T>32C estrelinha
  • 47. 40 35 30 Frequency, % 25 Votuporanga Adamantina 20 Campinas 15 10 5 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 Continuous Days Persistence of continuous days with maximum temperatures higher than 34ºC in the regions of Votuporanga, Adamantina and Campinas. Adjustments using Markov Chain for September-October-November. (Iaffe, A.).
  • 48. 100 80 Probabilidades acumuladas, % 60 40 Adamantina Votuporanga Campinas 20 Seqüência2 0 1-set 16-set 1-out 16-out 31-out 15-nov 30-nov Freqüências acumuladas de datas em que foram observados início de períodos com pelo menos 4 dias seguidos de temperaturas máximas superiores à 34º C. (Iaffe, A et all. 2003)
  • 49. Penalização em função da Temperatura Máxima Média Estimativa de cafeeiros danificados 100 90 80 Penalização (%) 70 60 50 40 30 20 10 0 30.0 30.5 31.0 31.5 32.0 32.5 33.0 33.5 34.0 34.5 35.0 Temperatura Máxima Média (°C)
  • 51. Número de dias com temperatura máxima acima de 34°C Lavras - MG
  • 52. Número de dias com temperatura máxima acima de 34°C média de 291 estações no Brasil
  • 53. Mesma observação para as variedades  Rubi, Iapar, Acaia e Topázio.  Situação parecida foi também observada em 2004, para temperaturas máximas diárias variando de 31oC à 33 oC  Obatã e Tupi não tolerantes a curtos intervalos de estiagem. Produtividade instável.
  • 55.
  • 56.
  • 57.
  • 58.
  • 59.
  • 60. Anomalias – diferenças entre as simulações dos cenários e a normal climatológica (1961-1990).
  • 61. Impactos possíveis do aquecimento global no zoneamento de risco climático do café
  • 62. Café no Estado do Espírito Santo
  • 63. Zoneamento de Riscos Climáticos da Cultura do Café arábica Espírito Santo Atual Classe Área (Km2) Alto Risco 24900 Alto Risco Baixo Risco_Sequeiro 19669 Baixo Risco Baixo Risco_Irrigado 3046 Médio Risco
  • 64. Zoneamento de Riscos Climáticos da Cultura do Café arábica Precis_2020_a2 Espírito Santo Classe Área (Km2) Alto Risco 17383 Alto Risco Baixo Risco_Sequeiro 22849 Baixo Risco Baixo Risco_Irrigado 7384 Médio Risco
  • 65. Zoneamento de Riscos Climáticos da Cultura do Café arábica Precis_2050_a2 Espírito Santo Área Classe (Km2) Alto Risco 30784 Alto Risco Baixo Risco_Sequeiro 14633 Baixo Risco Baixo Risco_Irrigado 2201 Médio Risco
  • 66. Zoneamento de Riscos Climáticos da Cultura do Café robusta Atual Espírito Santo Área Classe (Km2) Alto Risco 15053 Alto Risco Baixo Risco_Sequeiro 31951 Baixo Risco Baixo Risco_Irrigado 612 Médio Risco
  • 67. Zoneamento de Riscos Climáticos da Cultura do Café robusta Precis_2020_a2 Espírito Santo Área Classe (Km2) Alto Risco 12304 Alto Risco Baixo Risco_Sequeiro 33985 Baixo Risco Baixo Risco_Irrigado 1327 Médio Risco
  • 68. Zoneamento de Riscos Climáticos da Cultura do Café robusta Precis_2050_a2 Espírito Santo Área Classe (Km2) Alto Risco 6386 Alto Risco Baixo Risco_Sequeiro 37861 Baixo Risco Baixo Risco_Irrigado 3370 Médio Risco
  • 69. Café Arabica Zoneamento atual Irrigation Necessary Low Climatic Risk Irrigation Recommended Frost Risk High Temperature Risk High Climatic Risk
  • 70. Café Arabica Cenário A2 - 2020 Área de baixo risco 9,48% Irrigation Necessary Prejuízo em milhões Low Climatic Risk Irrigation Recommended R$ 882,6 Frost Risk High Temperature Risk High Climatic Risk
  • 71. Café Arabica Cenário A2 -2050 Área de baixo risco 17,15% Irrigation Necessary Prejuízo em bilhões Low Climatic Risk Irrigation Recommended R$ 1,6 Frost Risk High Temperature Risk High Climatic Risk
  • 72. Perda em área: -9,48% (2020) -17,1% (2050) -33% (2070) Perdas econômicas -882 milhões (2020) -1,6 bilhões (2050) -3 bilhões (2070) Assad e Pinto, 2008
  • 73. Variação proporcional de áreas plantadas com café arábica no estado de Minas Gerais entre 1990 e 2007. Aumento de 6% no total do Estado. 1,4 125% 1,2 1 84% 0,8 60% 0,6 Variação (%) 0,4 26% 17% 0,2 13% 14% 9% 0 Jequitinhonha Vale do Rio Doce Zona da mata Meropolitana BH Campos das Norte de Minas Sul/Sudoeste de Vale do Mucuri Triangulo Mineiro Oeste de Minas Noroeste de Minas -6% Vertentes -0,2 Minas -17% -0,4 -42% -0,6 Area (ha) plantada com café arábica entre 1990 e 2005 Fonte: IBGE
  • 74. Variação proporcional de áreas plantadas com café arábica no estado de São Paulo entre 1990 e 2007. Decrescimo de 61% no total do Estado. 0,5 39% 0,4 0,3 24% 22% 0,2 Variação (%) 0,1 0 Araçatuba Araraquara Assis Bauru Cam pinas Marilia Presidente Ribeirão S. Jose do Prudente Preto Rio Preto -0,1 -10% -13% -15% -0,2 -17% -22% -0,3 -27% -0,4 Area (ha) plantada com café arábica entre 1990 e 2005. Fonte: IBGE
  • 75. Jeremy Haggar, University of Greenwich & Kathleen Schepp
  • 78. http://faostat.fao.org Principais Países Produtores de Café (1000 sacas 60Kg) 60000 Brasil (*) Vietnã 50000 Colômbia Indonésia 40000 Etiópia Índia 30000 México Guatemala 20000 Peru 10000 Costa do Marfim El Salvador 0 Nicaragua 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
  • 79. Quarto Relatório IPCC (AR4) IPCC AR4 Brasil Colômbia Vietnã Prec DJF 2099 -05 a 10% 10 a 20% 05 a 20% Prec JJA 2099 -30 a -10% 05 a 10% 05 a 10% Temp B1 2029 0,5 a 1,0ºC 0,5 a 1,0ºC 0,5 a 1,0ºC Temp A1B 2029 0,5 a 1,0ºC 0,5 a 1,0ºC 0,5 a 1,0ºC Temp A2 2029 0,5 a 1,0ºC 0,5 a 1,0ºC 0,5 a 1,0ºC Temp B1 2099 2,0 a 2,5ºC 2,0 a 2,5ºC 1,5 a 2,0ºC Temp A1B 2099 2,5 a 4,0ºC 3,0 a 3,5ºC 2,5 a 3,0ºC Temp A2 2099 3,5 a 4,5ºC 3,5 a 4,5ºC 3,0 a 3,5ºC
  • 82.
  • 83.
  • 84. Guandu Leucena Bracatinga (Gliricidia) Acacia
  • 85. SAF 1 – F. Guandu ao norte de plantio e Leucena ao sul SAF 2 – Leucena ao norte e Gliricidia ao sul
  • 86. FACE, com 10 hectares instalado em Jaguariuna-SP, em funcionamento desde maio de 2011, para auxiliar nas pesquisas de mudanças climáticas e impactos nas doenças de plantas. Estufas de topo aberto, utilizadas nos estudos de impactos de mudanças climáticas e doenças de plantas, na Embrapa Meio Ambiente.
  • 87.
  • 88.
  • 89.
  • 90.
  • 91.
  • 92.
  • 93. Ciências genômicas para compreensão da resposta das plantas às mudanças climáticas nível de organização biológica O impacto das mudanças climáticas ocorre sobre os múltiplos níveis de organização biológica. variáveis Pouco se sabe ainda como esse impacto afeta os processos moleculares, bioquímicos e fisiológicos que determinam as respostas em uma cadeia que vai de indivíduos até ecossistemas globais. Por isso, é necessária a incorporação das ciências genômicas aos estudos ecológicos
  • 94. Genômica visando adaptação de culturas agroflorestais a mudanças climáticas: objetivos  Identificação de variedades mais adaptadas (resistentes/tolerantes) aos estresses abióticos decorrentes das mudanças climáticas:  [CO2] atmosférica elevada, seca, calor, submergência etc, em condições controladas.  Descoberta de mecanismos moleculares, bioquímicos e fisiológicos mediando respostas e adaptação a tais estresses.  Desenvolvimento de marcadores moleculares (genéticos e bioquímicos) para seleção assistida de variedades mais adaptadas em programas de melhoramento genético.  Descoberta de genes envolvidos em adaptação (resistência/tolerância) com valor biotecnológico.
  • 95. Esquema geral dos experimentos
  • 96. Faixa potencial de utilização das “soluções genéticas” da biodiversidade do cerrado brasileiro Qual o valor disso?
  • 97. O desafio do aquecimento global, traz nova dimensão para o futuro da produção do café. Mais tecnologia, mais e mais profissionalização na organização da estrutura produtiva. Não será o fim da produção do café, mas o indicia de novos temos. Temos que estar preparados. Obrigado Eduardo Delgado Assad Eduardo.assad@embrapa.br