SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 1
ESCLERODERMIA EM GOLPE DE SABRE-RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA Godoi, Lília Tomaz 1 ; Alquati, Ellene Papazis 1 ; Jesus, Bruna Pimentel  1 ; Pimenta, Ivy de Toledo Ribeiro 1   ; Neto, Deusdedit Brandão 1 ; Reis, Gleice Rodrigues 1 ; Bezerra, Maria Olívia Lima 2 INTRODUÇÃO   A esclerodermia em Golpe de Sabre, mais conhecida como esclerodermia linear en coupe de sabre (ELCS) é uma enfermidade rara, caracterizada por atrofia focal progressiva craniofacial. Alterações quantitativas e qualitativas do colágeno, alterações vasculares e presença de reação inflamatória são fatores implicados na sua patogênese, porém sua etiologia permanece desconhecida.  DISCUSSÃO Na literatura médica há poucos relatos e discussões de casos sobre ELCS, o que torna o caso interessante. É uma doença idiopática, de evolução longa, tendo como característica clínica fundamental o endurecimento da pele devido a alterações bioquímicas do colágeno. Compromete mais o sexo feminino ( 3:1 ) nas várias formas clínicas, e não há preferências raciais e geográficas. O caso corroborou os dados da literatura, quanto ao sexo e raça, porém o fator idade contraria a literatura, pois, a esclerodermia linear tem predominância na infância e adolescência. A etiologia da esclerodermia linear permanece desconhecida. A biópsia de pele é realizada para confirmar o diagnóstico de esclerodermia, no entanto reconhece-se que é difícil, se não impossível, estabelecer se alguém tem esclerodermia localizada ou esclerose sistêmica baseado somente na biópsia de pele. Não existe cura para a esclerodermia localizada, embora alguns medicamentos possam alterar a progressão da doença. Muitos médicos continuam a preconizar o uso da vitamina E por via oral, medicamentos como a fenitoína, o para-amino-benzoato de potássio (POTABA), os corticosteróides sistêmicos, os antimaláricos e a d-penicilamina, isolados ou combinados, têm sido utilizados, com resultados tanto favoráveis quanto desfavoráveis. Contudo, devido sérias complicações, estas drogas são reservadas para os pacientes com doença ativa, generalizada e rapidamente progressiva. Está constatada a eficácia da PUVA terapia nas lesões cutâneas, inclusive nas formas sistêmicas.  OBJETIVOS   O objetivo do trabalho é descrever um caso de Esclerodermia em Golpe de Sabre de uma paciente jovem, por se tratar de uma doença rara e existirem poucos relatos na literatura dessa apresentação clínica. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1.AZULAY, RD, AZULAY, DR. Dermatologia, Guanabara Koogan, 4ª ed., 2006. 2. CORBETT, JEFFREY, DR. Panfleto da Scleroderma Foundation, (Columbia University School of Dentistry and Oral Surgery, Nova Iorque – EUA); tradução do Dr. Percival D. Sampaio-Barros (UNICAMP).  3.   FALANGA, VINCENT, DR. Panfleto da Scleroderma Foundation, (Boston University e Roger Williams Medical Center, Providence – EUA); tradução do Dr. Percival D. Sampaio-Barros (UNICAMP).  4.FITIZPATRICK, TB, BERNHARD,JD. “The structure of skin lesions and fundamental of diagnosis.” In: FITZPATRICK, TB, EISEN, AZ, WOLFF, K, et al (Eds), Dermatology in General Medicine, 3rd ed.,  Mc Graw-Hill. 5.  GILLILAND, Bruce C. et.  Medicina Interna (Harrison), 15ª ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2002. 6.MARTINS, JEC ; PASCHOAL, LHC. Dermatologia Terapêutica Manual. RJ: Di Livros, 2006. 7.SAMPAIO, SAP, RIVITTI, EA. Dermatologia, Artes Médicas 2ª ed., 2001.  MATERIAIS E MÉTODOS   Para tanto, utilizou-se a história clínica da paciente e de acordo com as normas éticas a paciente assinou um termo de consentimento. RELATO DE CASO   P.S., feminina, branca, 24 anos, após gestação começou a apresentar prurido e descamação na região frontoparietal, com posterior alopécia cicatricial. Progressivamente o quadro estendeu-se à região nasal adquirindo aspecto em golpe de sabre. Após a hipótese diagnóstica de esclerodermia linear (golpe de sabre), a paciente foi submetida aos exames complementares; o hemograma completo e os demais exames laboratoriais (FAN, células LE, prova do látex, proteína C reativa, VDRL, T4 livre, TSH, anticorpos anti-DNA e anti-histonas) se mostraram dentro da normalidade. Foi realizado histopatológico na região acometida. A biópsia da lesão mostrou histopatológico compatível com esclerodermia. O diagnóstico foi confirmado através dos resultados dos exames complementares. Inicialmente foi instituído uso tópico de betametasona 0,01%, durante 30 dias. Posteriormente, introduziu-se Vitamina E (100mg/d) e Fenitoína (200mg/d). Após 90 dias de uso diário da medicação houve melhora significativa do quadro clínico, mas na região frontoparietal afetada ficou uma área atrófica e brilhante, assemelhando-se com a cicatriz de um ferimento provocado por um sabre.  1- Discentes do Curso de Medicina-USS 2- Docente do Curso de Medicina-USS VI ENIC - USS CONCLUSÃO A esclerodermia “em golpe de sabre” é a forma potencial- mente mais desfigurante da esclerodermia localizada. Quando acomete o couro cabeludo, pode causar alopécia cicatricial. Recorrências podem ocorrer, mesmo quando a doença aparenta ter se tornado inativa. Parece que não ocorrem modificações importantes durante a gestação, porém no pós-parto o agravamento do quadro tem sido descrito, bem como a gravidez atuando como fator desencadeante da esclerodermia. Portanto, é uma doença crônica, com dificuldades de tratamento, de prognóstico variável e que produz deformidades, ocasionando um importante problema psicossocial.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Lúpus matheus e angelita final
Lúpus matheus e angelita finalLúpus matheus e angelita final
Lúpus matheus e angelita finalMatheus Pires
 
Endocardite Infecciosa e Espodilociscite por S.bovis
Endocardite Infecciosa e Espodilociscite por S.bovisEndocardite Infecciosa e Espodilociscite por S.bovis
Endocardite Infecciosa e Espodilociscite por S.bovisLénise Parreira
 
Plasmacitopatias
PlasmacitopatiasPlasmacitopatias
Plasmacitopatiasvfunke
 
Eosinofilia - abordagem diagnóstica
Eosinofilia - abordagem diagnósticaEosinofilia - abordagem diagnóstica
Eosinofilia - abordagem diagnósticaNatacha Santos
 
Dermatomiosite polimiosite 18
Dermatomiosite polimiosite 18Dermatomiosite polimiosite 18
Dermatomiosite polimiosite 18pauloalambert
 
Linfomas e llc
Linfomas e llcLinfomas e llc
Linfomas e llcTati Pina
 
Fisiopatologia, sinais e sintomas do guillain barré na dengue
Fisiopatologia, sinais e sintomas do guillain barré na dengueFisiopatologia, sinais e sintomas do guillain barré na dengue
Fisiopatologia, sinais e sintomas do guillain barré na dengueSamuel Cevidanes
 
Endocardite
Endocardite	Endocardite
Endocardite oncare
 
Doença de Fabry
Doença de FabryDoença de Fabry
Doença de FabryUFPE
 
Aula 3: Dra. Neysimélia Villela (Coord. do Serv. de TMO)
 Aula 3: Dra. Neysimélia Villela (Coord. do Serv. de TMO)  Aula 3: Dra. Neysimélia Villela (Coord. do Serv. de TMO)
Aula 3: Dra. Neysimélia Villela (Coord. do Serv. de TMO) Hospital de Câncer de Barretos
 
Doenças humanas relacionadas ao dna mitocondrial
Doenças humanas  relacionadas ao dna mitocondrialDoenças humanas  relacionadas ao dna mitocondrial
Doenças humanas relacionadas ao dna mitocondrialPriscila Gomes
 

Was ist angesagt? (20)

Lúpus matheus e angelita final
Lúpus matheus e angelita finalLúpus matheus e angelita final
Lúpus matheus e angelita final
 
Dermatomiosite
DermatomiositeDermatomiosite
Dermatomiosite
 
Endocardite Infecciosa e Espodilociscite por S.bovis
Endocardite Infecciosa e Espodilociscite por S.bovisEndocardite Infecciosa e Espodilociscite por S.bovis
Endocardite Infecciosa e Espodilociscite por S.bovis
 
Plasmacitopatias
PlasmacitopatiasPlasmacitopatias
Plasmacitopatias
 
Dmtc
DmtcDmtc
Dmtc
 
Eosinofilia - abordagem diagnóstica
Eosinofilia - abordagem diagnósticaEosinofilia - abordagem diagnóstica
Eosinofilia - abordagem diagnóstica
 
Dermatomiosite polimiosite 18
Dermatomiosite polimiosite 18Dermatomiosite polimiosite 18
Dermatomiosite polimiosite 18
 
Patologia
PatologiaPatologia
Patologia
 
Linfomas e llc
Linfomas e llcLinfomas e llc
Linfomas e llc
 
Fisiopatologia, sinais e sintomas do guillain barré na dengue
Fisiopatologia, sinais e sintomas do guillain barré na dengueFisiopatologia, sinais e sintomas do guillain barré na dengue
Fisiopatologia, sinais e sintomas do guillain barré na dengue
 
Endocardite
Endocardite	Endocardite
Endocardite
 
Colagenoses
ColagenosesColagenoses
Colagenoses
 
Doenças mitocondriais
Doenças mitocondriaisDoenças mitocondriais
Doenças mitocondriais
 
Doença de Fabry
Doença de FabryDoença de Fabry
Doença de Fabry
 
Aula 3: Dra. Neysimélia Villela (Coord. do Serv. de TMO)
 Aula 3: Dra. Neysimélia Villela (Coord. do Serv. de TMO)  Aula 3: Dra. Neysimélia Villela (Coord. do Serv. de TMO)
Aula 3: Dra. Neysimélia Villela (Coord. do Serv. de TMO)
 
Lupus
LupusLupus
Lupus
 
Lupus
LupusLupus
Lupus
 
Mieloma Múltiplo
Mieloma MúltiploMieloma Múltiplo
Mieloma Múltiplo
 
Doenças humanas relacionadas ao dna mitocondrial
Doenças humanas  relacionadas ao dna mitocondrialDoenças humanas  relacionadas ao dna mitocondrial
Doenças humanas relacionadas ao dna mitocondrial
 
FIBROSE CÍSTICA
FIBROSE CÍSTICAFIBROSE CÍSTICA
FIBROSE CÍSTICA
 

Andere mochten auch

Andere mochten auch (6)

ELetromiografia como instrumento de avaliação e o Biofeedback como readequaçã...
ELetromiografia como instrumento de avaliação e o Biofeedback como readequaçã...ELetromiografia como instrumento de avaliação e o Biofeedback como readequaçã...
ELetromiografia como instrumento de avaliação e o Biofeedback como readequaçã...
 
Cid 10 resumido
Cid 10 resumidoCid 10 resumido
Cid 10 resumido
 
Eletroneuromiografia
EletroneuromiografiaEletroneuromiografia
Eletroneuromiografia
 
Eletroneuromiografia (ENMG)
Eletroneuromiografia (ENMG)Eletroneuromiografia (ENMG)
Eletroneuromiografia (ENMG)
 
Esclerodermia
EsclerodermiaEsclerodermia
Esclerodermia
 
Esclerodermia - Clínica Médica
Esclerodermia - Clínica MédicaEsclerodermia - Clínica Médica
Esclerodermia - Clínica Médica
 

Ähnlich wie Esclerodermia

Febre Reumática- Artigo de Revisão
Febre Reumática- Artigo de RevisãoFebre Reumática- Artigo de Revisão
Febre Reumática- Artigo de Revisãoblogped1
 
DIABETES TIPO 2 E SUA CORRELAÇÃO COM NEUROPATIA DIABÉTICA
DIABETES TIPO 2 E SUA CORRELAÇÃO COM NEUROPATIA DIABÉTICA DIABETES TIPO 2 E SUA CORRELAÇÃO COM NEUROPATIA DIABÉTICA
DIABETES TIPO 2 E SUA CORRELAÇÃO COM NEUROPATIA DIABÉTICA Van Der Häägen Brazil
 
Púrpura Trobocitopênica Imunológica (PTI)
Púrpura Trobocitopênica Imunológica (PTI)Púrpura Trobocitopênica Imunológica (PTI)
Púrpura Trobocitopênica Imunológica (PTI)blogped1
 
Fr revisão sistemática 2011
Fr   revisão sistemática 2011Fr   revisão sistemática 2011
Fr revisão sistemática 2011gisa_legal
 
Febre Reumática: revisão sistemática
Febre Reumática: revisão sistemáticaFebre Reumática: revisão sistemática
Febre Reumática: revisão sistemáticaLaped Ufrn
 
Doença hepática gordurosa não alcoólica e síndrome metabólica problema de saú...
Doença hepática gordurosa não alcoólica e síndrome metabólica problema de saú...Doença hepática gordurosa não alcoólica e síndrome metabólica problema de saú...
Doença hepática gordurosa não alcoólica e síndrome metabólica problema de saú...Van Der Häägen Brazil
 
Vasculites raras sistêmicas da infância
Vasculites raras sistêmicas da infânciaVasculites raras sistêmicas da infância
Vasculites raras sistêmicas da infânciagisa_legal
 
Síndrome de Sturge-Weber
Síndrome de Sturge-WeberSíndrome de Sturge-Weber
Síndrome de Sturge-WeberFloriza Gomide
 
Fr cardite reumática - relato de caso
Fr   cardite reumática - relato de casoFr   cardite reumática - relato de caso
Fr cardite reumática - relato de casogisa_legal
 
Aula interação estrutural 2013
Aula interação estrutural 2013Aula interação estrutural 2013
Aula interação estrutural 2013Guilherme Terra
 
Caso Clínico: AVCi com transformação hemorrágica
Caso Clínico: AVCi com transformação hemorrágicaCaso Clínico: AVCi com transformação hemorrágica
Caso Clínico: AVCi com transformação hemorrágicaJuliana Pereira
 
Pcdt angioedema livro_2010
Pcdt angioedema livro_2010Pcdt angioedema livro_2010
Pcdt angioedema livro_2010angiomac
 
RELATO_DE_CASO_CLINICO_E_REVISAO_DE_LITERATURA_DE_PACIENTE_PEDIATRICO_COM_CET...
RELATO_DE_CASO_CLINICO_E_REVISAO_DE_LITERATURA_DE_PACIENTE_PEDIATRICO_COM_CET...RELATO_DE_CASO_CLINICO_E_REVISAO_DE_LITERATURA_DE_PACIENTE_PEDIATRICO_COM_CET...
RELATO_DE_CASO_CLINICO_E_REVISAO_DE_LITERATURA_DE_PACIENTE_PEDIATRICO_COM_CET...Dalila677702
 
Caso clinico doença de addisson
Caso clinico doença de addissonCaso clinico doença de addisson
Caso clinico doença de addissonbiochemestry
 
Anéis vasculares na infância diagnóstico e t to
Anéis vasculares na infância diagnóstico e t toAnéis vasculares na infância diagnóstico e t to
Anéis vasculares na infância diagnóstico e t togisa_legal
 
Síndrome de Marfan
Síndrome de MarfanSíndrome de Marfan
Síndrome de MarfanAnaGomes40
 

Ähnlich wie Esclerodermia (20)

Febre Reumática- Artigo de Revisão
Febre Reumática- Artigo de RevisãoFebre Reumática- Artigo de Revisão
Febre Reumática- Artigo de Revisão
 
Anemiadefanconi
AnemiadefanconiAnemiadefanconi
Anemiadefanconi
 
DIABETES TIPO 2 E SUA CORRELAÇÃO COM NEUROPATIA DIABÉTICA
DIABETES TIPO 2 E SUA CORRELAÇÃO COM NEUROPATIA DIABÉTICA DIABETES TIPO 2 E SUA CORRELAÇÃO COM NEUROPATIA DIABÉTICA
DIABETES TIPO 2 E SUA CORRELAÇÃO COM NEUROPATIA DIABÉTICA
 
Púrpura Trobocitopênica Imunológica (PTI)
Púrpura Trobocitopênica Imunológica (PTI)Púrpura Trobocitopênica Imunológica (PTI)
Púrpura Trobocitopênica Imunológica (PTI)
 
Erisipela
ErisipelaErisipela
Erisipela
 
Fr revisão sistemática 2011
Fr   revisão sistemática 2011Fr   revisão sistemática 2011
Fr revisão sistemática 2011
 
Febre Reumática: revisão sistemática
Febre Reumática: revisão sistemáticaFebre Reumática: revisão sistemática
Febre Reumática: revisão sistemática
 
Doença hepática gordurosa não alcoólica e síndrome metabólica problema de saú...
Doença hepática gordurosa não alcoólica e síndrome metabólica problema de saú...Doença hepática gordurosa não alcoólica e síndrome metabólica problema de saú...
Doença hepática gordurosa não alcoólica e síndrome metabólica problema de saú...
 
Vasculites raras sistêmicas da infância
Vasculites raras sistêmicas da infânciaVasculites raras sistêmicas da infância
Vasculites raras sistêmicas da infância
 
Síndrome de Sturge-Weber
Síndrome de Sturge-WeberSíndrome de Sturge-Weber
Síndrome de Sturge-Weber
 
Diagnostico Precoce AR
Diagnostico Precoce ARDiagnostico Precoce AR
Diagnostico Precoce AR
 
Fr cardite reumática - relato de caso
Fr   cardite reumática - relato de casoFr   cardite reumática - relato de caso
Fr cardite reumática - relato de caso
 
Pé diabético aspectos clínicos
Pé diabético  aspectos clínicosPé diabético  aspectos clínicos
Pé diabético aspectos clínicos
 
Aula interação estrutural 2013
Aula interação estrutural 2013Aula interação estrutural 2013
Aula interação estrutural 2013
 
Caso Clínico: AVCi com transformação hemorrágica
Caso Clínico: AVCi com transformação hemorrágicaCaso Clínico: AVCi com transformação hemorrágica
Caso Clínico: AVCi com transformação hemorrágica
 
Pcdt angioedema livro_2010
Pcdt angioedema livro_2010Pcdt angioedema livro_2010
Pcdt angioedema livro_2010
 
RELATO_DE_CASO_CLINICO_E_REVISAO_DE_LITERATURA_DE_PACIENTE_PEDIATRICO_COM_CET...
RELATO_DE_CASO_CLINICO_E_REVISAO_DE_LITERATURA_DE_PACIENTE_PEDIATRICO_COM_CET...RELATO_DE_CASO_CLINICO_E_REVISAO_DE_LITERATURA_DE_PACIENTE_PEDIATRICO_COM_CET...
RELATO_DE_CASO_CLINICO_E_REVISAO_DE_LITERATURA_DE_PACIENTE_PEDIATRICO_COM_CET...
 
Caso clinico doença de addisson
Caso clinico doença de addissonCaso clinico doença de addisson
Caso clinico doença de addisson
 
Anéis vasculares na infância diagnóstico e t to
Anéis vasculares na infância diagnóstico e t toAnéis vasculares na infância diagnóstico e t to
Anéis vasculares na infância diagnóstico e t to
 
Síndrome de Marfan
Síndrome de MarfanSíndrome de Marfan
Síndrome de Marfan
 

Mehr von bubuzinhapj

Planejamento Familiar
Planejamento FamiliarPlanejamento Familiar
Planejamento Familiarbubuzinhapj
 
Casos ClíNicos Em Dermatologia
Casos ClíNicos Em DermatologiaCasos ClíNicos Em Dermatologia
Casos ClíNicos Em Dermatologiabubuzinhapj
 
Escabiose e Pediculose
Escabiose e  PediculoseEscabiose e  Pediculose
Escabiose e Pediculosebubuzinhapj
 
Hérnia de Parede Abdominal
Hérnia de Parede AbdominalHérnia de Parede Abdominal
Hérnia de Parede Abdominalbubuzinhapj
 
Miomatose Uterina
Miomatose UterinaMiomatose Uterina
Miomatose Uterinabubuzinhapj
 
Cicatrizes de Acne
Cicatrizes de AcneCicatrizes de Acne
Cicatrizes de Acnebubuzinhapj
 

Mehr von bubuzinhapj (10)

Desfibrilação
DesfibrilaçãoDesfibrilação
Desfibrilação
 
Esclerodermia
EsclerodermiaEsclerodermia
Esclerodermia
 
Planejamento Familiar
Planejamento FamiliarPlanejamento Familiar
Planejamento Familiar
 
Casos ClíNicos Em Dermatologia
Casos ClíNicos Em DermatologiaCasos ClíNicos Em Dermatologia
Casos ClíNicos Em Dermatologia
 
Nevo De Sutton
Nevo De SuttonNevo De Sutton
Nevo De Sutton
 
Escabiose e Pediculose
Escabiose e  PediculoseEscabiose e  Pediculose
Escabiose e Pediculose
 
Hanseníase
HanseníaseHanseníase
Hanseníase
 
Hérnia de Parede Abdominal
Hérnia de Parede AbdominalHérnia de Parede Abdominal
Hérnia de Parede Abdominal
 
Miomatose Uterina
Miomatose UterinaMiomatose Uterina
Miomatose Uterina
 
Cicatrizes de Acne
Cicatrizes de AcneCicatrizes de Acne
Cicatrizes de Acne
 

Kürzlich hochgeladen

O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.denisecompasso2
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...HELENO FAVACHO
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAssuser2ad38b
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxAntonioVieira539017
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmicolourivalcaburite
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxGÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxMARIADEFATIMASILVADE
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeitotatianehilda
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...MariaCristinaSouzaLe1
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPaulaYaraDaasPedro
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLidianePaulaValezi
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptjricardo76
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfamarianegodoi
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 

Kürzlich hochgeladen (20)

O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxGÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 

Esclerodermia

  • 1. ESCLERODERMIA EM GOLPE DE SABRE-RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA Godoi, Lília Tomaz 1 ; Alquati, Ellene Papazis 1 ; Jesus, Bruna Pimentel 1 ; Pimenta, Ivy de Toledo Ribeiro 1 ; Neto, Deusdedit Brandão 1 ; Reis, Gleice Rodrigues 1 ; Bezerra, Maria Olívia Lima 2 INTRODUÇÃO A esclerodermia em Golpe de Sabre, mais conhecida como esclerodermia linear en coupe de sabre (ELCS) é uma enfermidade rara, caracterizada por atrofia focal progressiva craniofacial. Alterações quantitativas e qualitativas do colágeno, alterações vasculares e presença de reação inflamatória são fatores implicados na sua patogênese, porém sua etiologia permanece desconhecida. DISCUSSÃO Na literatura médica há poucos relatos e discussões de casos sobre ELCS, o que torna o caso interessante. É uma doença idiopática, de evolução longa, tendo como característica clínica fundamental o endurecimento da pele devido a alterações bioquímicas do colágeno. Compromete mais o sexo feminino ( 3:1 ) nas várias formas clínicas, e não há preferências raciais e geográficas. O caso corroborou os dados da literatura, quanto ao sexo e raça, porém o fator idade contraria a literatura, pois, a esclerodermia linear tem predominância na infância e adolescência. A etiologia da esclerodermia linear permanece desconhecida. A biópsia de pele é realizada para confirmar o diagnóstico de esclerodermia, no entanto reconhece-se que é difícil, se não impossível, estabelecer se alguém tem esclerodermia localizada ou esclerose sistêmica baseado somente na biópsia de pele. Não existe cura para a esclerodermia localizada, embora alguns medicamentos possam alterar a progressão da doença. Muitos médicos continuam a preconizar o uso da vitamina E por via oral, medicamentos como a fenitoína, o para-amino-benzoato de potássio (POTABA), os corticosteróides sistêmicos, os antimaláricos e a d-penicilamina, isolados ou combinados, têm sido utilizados, com resultados tanto favoráveis quanto desfavoráveis. Contudo, devido sérias complicações, estas drogas são reservadas para os pacientes com doença ativa, generalizada e rapidamente progressiva. Está constatada a eficácia da PUVA terapia nas lesões cutâneas, inclusive nas formas sistêmicas. OBJETIVOS O objetivo do trabalho é descrever um caso de Esclerodermia em Golpe de Sabre de uma paciente jovem, por se tratar de uma doença rara e existirem poucos relatos na literatura dessa apresentação clínica. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1.AZULAY, RD, AZULAY, DR. Dermatologia, Guanabara Koogan, 4ª ed., 2006. 2. CORBETT, JEFFREY, DR. Panfleto da Scleroderma Foundation, (Columbia University School of Dentistry and Oral Surgery, Nova Iorque – EUA); tradução do Dr. Percival D. Sampaio-Barros (UNICAMP). 3. FALANGA, VINCENT, DR. Panfleto da Scleroderma Foundation, (Boston University e Roger Williams Medical Center, Providence – EUA); tradução do Dr. Percival D. Sampaio-Barros (UNICAMP). 4.FITIZPATRICK, TB, BERNHARD,JD. “The structure of skin lesions and fundamental of diagnosis.” In: FITZPATRICK, TB, EISEN, AZ, WOLFF, K, et al (Eds), Dermatology in General Medicine, 3rd ed., Mc Graw-Hill. 5. GILLILAND, Bruce C. et. Medicina Interna (Harrison), 15ª ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2002. 6.MARTINS, JEC ; PASCHOAL, LHC. Dermatologia Terapêutica Manual. RJ: Di Livros, 2006. 7.SAMPAIO, SAP, RIVITTI, EA. Dermatologia, Artes Médicas 2ª ed., 2001. MATERIAIS E MÉTODOS Para tanto, utilizou-se a história clínica da paciente e de acordo com as normas éticas a paciente assinou um termo de consentimento. RELATO DE CASO P.S., feminina, branca, 24 anos, após gestação começou a apresentar prurido e descamação na região frontoparietal, com posterior alopécia cicatricial. Progressivamente o quadro estendeu-se à região nasal adquirindo aspecto em golpe de sabre. Após a hipótese diagnóstica de esclerodermia linear (golpe de sabre), a paciente foi submetida aos exames complementares; o hemograma completo e os demais exames laboratoriais (FAN, células LE, prova do látex, proteína C reativa, VDRL, T4 livre, TSH, anticorpos anti-DNA e anti-histonas) se mostraram dentro da normalidade. Foi realizado histopatológico na região acometida. A biópsia da lesão mostrou histopatológico compatível com esclerodermia. O diagnóstico foi confirmado através dos resultados dos exames complementares. Inicialmente foi instituído uso tópico de betametasona 0,01%, durante 30 dias. Posteriormente, introduziu-se Vitamina E (100mg/d) e Fenitoína (200mg/d). Após 90 dias de uso diário da medicação houve melhora significativa do quadro clínico, mas na região frontoparietal afetada ficou uma área atrófica e brilhante, assemelhando-se com a cicatriz de um ferimento provocado por um sabre. 1- Discentes do Curso de Medicina-USS 2- Docente do Curso de Medicina-USS VI ENIC - USS CONCLUSÃO A esclerodermia “em golpe de sabre” é a forma potencial- mente mais desfigurante da esclerodermia localizada. Quando acomete o couro cabeludo, pode causar alopécia cicatricial. Recorrências podem ocorrer, mesmo quando a doença aparenta ter se tornado inativa. Parece que não ocorrem modificações importantes durante a gestação, porém no pós-parto o agravamento do quadro tem sido descrito, bem como a gravidez atuando como fator desencadeante da esclerodermia. Portanto, é uma doença crônica, com dificuldades de tratamento, de prognóstico variável e que produz deformidades, ocasionando um importante problema psicossocial.