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1. Escola Jônica
A Escola Jônica é a primeira do período naturalista, preocupando-se os seus componentes
com achar a substância única, a causa, o princípio do mundo natural, vário, múltiplo e
mutável. Seus pensadores são Tales de Mileto, Anaximandro de Mileto, e Anaxímenes de
Mileto.
Tales de Mileto – E considerado fundador da escola jônica, contemporâneo de Sólon e de
Creso, primeiro a deixar de lado o pensamento mítico para formular um pensamento baseado
na razão (Logos). Acreditava que tudo se originava da água: quando denso se transformaria
em terra, quando aquecida se tornaria vapor e após resfriar retornaria ao estado líquido,
garantindo a continuidade do ciclo.
Anaximandro de Mileto – concidadão de Tales, viveu provavelmente entre (610- 546 a.c) a
origem de todas as coisas não seria os elementos ar, água, terra e fogo e sim o Ápeiron, que
seria a origem de toda matéria (arché). Etimologicamente significava a junção de “a” com
“pêra” (borda, limite) que quer dizer sem limites. Tem duas características principais: infinito
e indeterminado. Infinito por ser fonte de energia para que o mundo não cesse a geração e o
declínio. E indeterminado por não ser nenhum dos elementos (água, ar, terra e fogo).
Anaximandro imagina a terra como coluna cilíndrica.
Anaxímenes de Mileto – é o ultimo representante notável da escola jônica, viveu entre (585-
84 e 528-24) sua filosofia é como uma síntese de Tales e Anaximandro, aceitando um único
elemento como originador de todas as coisas (o ar), mas tão infinito quanto o Ápeiron de
Anaximandro, apesar de determinado. Para ele o ar é infinito e envolve todo o Cosmos.
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2. Os pitagóricos
Pitágoras, fundador da escola pitagórica, nasceu em Samos (571 a.C) mais foi em seguida
para Itália meridional, onde fundou a sua escola filosófica, com tendência também, religiosa e
politica, morreu em 497 a.C. O princípio primordial da realidade para os pitagóricos são os
números. “Os números são o princípio, a fonte e a raiz de todas as coisas”, isto é as relações
matemáticas.
Lei e matéria, substância das coisas, consideraram o número como sendo a união de um e
outro elemento. Da racional concepção de que tudo é regulado segundo relações numéricas,
passa-se à visão fantástica de que o número seja a essência das coisas. Tanto o físico quanto o
abstrato são explicados pelo número, Eles chamavam o número ímpar de limitado e perfeito e
o número par de ilimitado e menos perfeito.
3. Heráclito
Heráclito nasceu em Éfeso, cidade da Jônia, de família que ainda conservava prerrogativas
reais (descendentes do fundador da cidade). Seu caráter altivo, misantrópico e melancólico
ficou proverbial em toda a Antigüidade. Desprezava a plebe. Recusou-se sempre a intervir na
política. Manifestou desprezo pelos antigos poetas, contra os filósofos de seu tempo e até
contra a religião.
Sem ter sido mestre, Heráclito escreveu um livro Sobre a Natureza, em prosa, no dialeto
jônico, mas de forma tão concisa que recebeu o cognome de Skoteinós, o Obscuro. Floresceu
em 504-500 a.C. - Heráclito é por muitos considerados o mais eminente pensador pré-socrático,
por formular com vigor o problema da unidade permanente do ser diante da
pluralidade e mutabilidade das coisas particulares e transitórias.
Estabeleceu a existência de uma lei universal e fixa (o Lógos), regedora de todos os
acontecimentos particulares e fundamento da harmonia universal, harmonia feita de tensões,
"como a do arco e da lira".
Suas filosofias eram:
3. A. Dialética exterior, um raciocinar de cá para lá e não a alma da coisa dissolvendo-se a si
mesma;
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B. Dialética imanente do objeto, situando-se, porém, na contemplação do sujeito;
C. Objetividade de Heráclito, isto é, compreender a própria dialética como princípio.
4. Os Eleatas
A Escola Eleática engloba os filósofos Parmênides de Eléia, Zênon de Eléia e Melisso de
Samos. Platão e Aristóteles diziam que o fundador dessa escola era Xenófanes de Cólofon,
porém, na realidade, não há nenhuma ligação efetiva dos pensamentos dele com os dos
eleatas.
Defendiam a unicidade estática de tudo o que existe, um Uno eterno e imutável.
Imutabilidade do ser, quando explicam que “só o ser é não pode não ser”.
Se para Heráclito tudo flui, para os Eleatas tudo permanece.
Parmênides: é a grande referência da Escola Eleática, pois seus pensamentos são
continuados por seus discípulos. Ele propôs que tudo o que existe é eterno, imutável,
indestrutível, indivisível e, portanto, imóvel. O ser não tem começo e nem fim, sendo eterno.
Zenão: Discípulo preferido de Parmênides criou cerca de 40 paradoxos contra a
multiplicidade, a divisibilidade e o movimento. O mais conhecido é o paradoxo “Aquiles e a
tartaruga”. Mesmo sendo um rápido corredor Aquiles jamais alcançará a tartaruga já que ela
terá sempre percorrido um espaço á sua frente.
Melisso de Samos: acreditava que o ser não pode ter forma, não é composto de partes e se
apresenta infinito no espaço e no tempo, sendo sempre idêntico a si mesmo. Se o ser tivesse
uma forma ele teria que ser limitado, pois a forma tem limites e o ser não pode ter limites.
5. Empedocles
Por volta do ano de 492 a. C., na cidade de Agrigento, nasceu Empédocles, um homem que
certamente possuía muitas virtudes: foi médico, dramaturgo, político, poeta e filósofo.
4. Empédocles seguia a linha de pensamento dos Eleatas quando coloca que é impossível a
existência do “nascer” como uma transição do não ser para ser, e o “morrer” como uma
passagem do ser para o não ser.
Entretanto sua saída como explicação é diferente, pois o que chamamos de nascimento e
morte vai ser explicado por ele como a mistura e a dissolução dos elementos ar, água, terra e
fogo, que ele chama de as “raízes de todas as coisas”.
Além disso, Empédocles acredita que o misturar e dissolver desses elementos se determina
pela interferência das forças cósmicas do Amor (ou amizade) e do Ódio (ou da discórdia). A
primeira atrai e a segunda dissolve. Nesse panorama a formação do Caos depende tanto do
ódio quanto do amor.
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6. Anaxágoras
Anaxágoras nasceu na cidade jônica de Clazômenas por volta do ano de 500 a.C,e foi
disciplo de anaximenes, aceitando, porem o infinito de Anaximandro. Afirmou que a
Natureza é eterna e por isso não pôde ser nem criada e nem pode ser destruída. Fazia parte
daqueles que acreditavam em uma pluralidade de elementos constituintes dos seres.
Fala que o nascimento e a morte dependem da agregação ou desagregação das “sementes”
(homeomerias) que são movidas por uma inteligência cósmica (nous). É ele que fornece as
leis do pensamento que se sobrepõe aos sentidos para conhecer e governar o universo. É
preciso entender que o pensamento está nas coisas também, não é algo separado delas. Tudo
tem causa e essa é sempre natural, física, ainda que o espírito aqui seja concebido
materialmente.
7. Demócrito
viveu entre os anos de 460 a 360 a.C. trazem um grande benefício para a filosofia e a ciência
com a descoberta do átomo. O ser é pleno e o não ser é vazio. Para eles o ser não nasce não
morre e não entra no devir (via a ser), mas aderem à realidade sensível, isto é, os átomos.
Ele acredita que o átomo é o elemento que dá base a uma infinidade de especulações
complexas, sendo que sua existência pressupõe a manifestação do vazio, onde os átomos se
movimentam.
5. De acordo com Demócrito, “os homens acreditam que o branco e o preto, o doce e o amargo,
e todas as outras qualidades do gênero, são algo de real, quando na verdade só o que existe é
o ente e o nada”. Assim, explica a relação entre os átomos e o vazio. Sua teoria implica que
existem diferenças de quantidade entre os átomos e as diversas combinações entre eles são as
respostas para a qualidade das coisas.
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Conclusão
Após termos estudado o tema abordado neste trabalho, vimos que os filósofos pré-socráticos
foram de extrema importância para o desenvolvimento do pensamento ao longo dos anos.
Foram esses que iniciaram o estudo de uma das ciências mais importantes, a ciência das
ciências: a Matemática.
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Bibliografia
Livros:
Texto de apoio.
Sites acessados:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Naturalismo_(filosofia)
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABVmAAJ/introducao-a-historia-filosofia-antiga-na-grecia
http://www.mundociencia.com.br/filosofia/presocraticos.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Grego_jônico
http://www.brasilescola.com/biografia/democrito-de-abdera.htm
http://www.brasilescola.com/biografia/democrito-de-abdera.htm