PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
Treinamento Funcional Completo para Saúde e Performance
1. Treinamento Funcional
Prof. Drd. Brunno Elias
9º Congresso Brasileiro de Educação Física da FIEP - 29 e 30/05/2014
UCDB - Campo Grande - MS
2. Brunno Elias
•Atuação:
•Personal Coach;
•Diretor-científico da BodyTrainer Systems;
•Membro do board da Sociedade Brasileira de Personal
Trainers;
•Consultor da Revista Women’s Health (Fitness);
•Professor-adjunto da Faculdade Unigran Capital;
•Consultor técnico da equipe de ciclismo Gilmar Bicicletas;
•Membro da Sociedade Latino-Americana de Coaching.
•Titulação:
•Doutorando em Saúde pela Faculdade de Medicina da UFMS;
•Mestre em Saúde (FAMED/UFMS);
•Especialista em Wellnens: Saúde & Bem-Estar (LFG/
Anhanguera/Uniderp);
•Graduado em Educação Física (UFMS).
•Reconhecimento:
•Escolhido Influenciador Fitness 2015 pela Revista Women’s
Health (dez/14);
•Eleito Personal Trainer do Ano em 2014 pela Sociedade
Brasileira de Personal Trainers;
•Autor dos livros Exercícios de Musculação: abordagem
anatômica e funcional (2013) e Ciclismo: do atleta iniciante
ao competitivo (2014).
brunnoelias.com.br
brunno@brunnoelias.com.br
facebook.com/bruelifer
3. Programa para FIEP
• Objetivos: apresentar propostas para a prescrição de treinamento físico
com abordagem personalizada para diferentes fins, tendo o Treinador
como principal recurso do processo; discutir formas de intervenção no
processo de condicionamento físico submisso ao melhor custo-benefício
de cada caso.
• O que é Treinamento funcional?
• Personal Branding;
• O Treinador com principal componente;
• Avaliação de Saúde;
• Elaboração, prescrição e progressão do treinamento físico;
• Considerações finais e dúvidas.
5. O que é treinamento funcional?
• Exercício multifuncional:
–Um mesmo exercício que pode ser utilizado para várias
funções, finalidades ou mesmo “objetivos específicos”.
• Treinamento funcional:
–Termo genérico, utilizado para identificar diferentes
exercícios e estratégias de treinamento para a saúde e
bem-estar, estética, performance e recuperação
(fisioterapia).
6. O que é Treinamento Funcional?
Movimentos integrados, multiplanares e que
envolvem redução, estabilização e produção de
força. São movimentos que mobilizam mais de um
segmento corporal ao mesmo tempo, realizados
em diferentes planos com diferentes ações
musculares.
Vanicola, 2012.
7. Porque Treinamento Funcional pode ser
considerado “um termo genérico”?
• Contempla diferentes tipos de exercícios, com
diferentes finalidades e funções que melhoram o
desempenho em várias manifestações:
12. O que é movimento
funcional?
Todo padrão de movimento
funcional envolve
desaceleração, estabilização
e aceleração, ocorrendo em
cada articulação na cadeia
cinética e em todos os três
planos de movimento
Entendendo as estratégias de treinamento funcional
14. Core
Vanicola, 2012.
• Complexo lombopélvico;
• Os movimentos devem ter início no core, e ele
serve de base para os movimentos dos membros;
• Coluna lombar: transversos espinhais, eretores da
coluna, quadrado lombar e grande dorsal;
• Abdôme: reto, oblíquos e transverso;
• Quadril: glúteo máximo e médio, iliopsoas e
isquiotibiais.
16. Treinando o core
Vanicola, 2012.
• 1º - estabilização: pequenos movimentos
articulares e isometria;
• 2º - força de estabilização: contração concêntrica
e excêntrica por todo o movimento articular alvo;
• 3º - força dinâmica: aumento da velocidade e
tamanho do segmento, com estimulação
proprioceptiva máxima;
• 4º - força de reação: aplicação de todos os níveis
em movimentos funcionais.
17. Características do exercício funcional
• Demandas de equilíbrio;
• Respostas de endireitamento;
• Respostas à inclinação (superfície instável);
• Manutenção do seu centro de gravidade sobre sua
própria base de suporte;
• Componente postural estático e dinâmico;
• Compatibilidade do programa motor geral;
• Compatibilidade da cadeia cinética aberta e fechada;
• Relevância das capacidades biomotoras;
• Isolamento para integração.
Entendendo as estratégias de treinamento funcional
18. Abordagem funcional
Monteiro e Evangelista, 2012
Diferenças
Treinamento tradicional Treinamento funcional
Isolado Integrado
Rígido Flexível
Limitado Ilimitado
Uniplanar Multiplanar
Entendendo as estratégias de treinamento funcional
21. Arthur Bender, 2009
“Será que é somente a sorte que diferencia os
profissionais brilhantes dos medíocres?”
O que você acha?
22. Personal Branding
• Gestão da marca pessoal;
• É quando o fabricante cuida do grau de
atração do cliente pelo seu produto;
• O que você fez pela sua marca hoje?
24. Qual o papel do
Treinador?
- Qual objetivo?
- Qual músculo?
- Qual movimento?
- Uniarticular?
- Multiarticular?
- Qual intensidade?
- Qual método?
- Qual a recuperação?
- Qual progressão?
25. D’Elia, 2013.
Estratégia de intervenção para melhorar o desempenho
Estratégia Vantagens
Feedback
Concentra a atenção do atleta em uma
mudança desejável.
Modelagem visual
Boa na fase inicial de aprendizagem, resulta em
grande volume de informações.
Modificação de prática
Promove indiretamente mudanças e serve
como desafio.
Orientação manual Boa para posições ou movimentos complexos.
Condicionamento
Muda as variáveis de aptidão física que
influenciam a técnica.
Dicas de atenção Proporcionam extrutura técnica para o atleta.
Supercompensação Ajuda com mudanças difíceis na técnica.
31. Diretrizes para o
treinamento neuromuscular
• Escolher equipamento/implemento com conforto em toda a
amplitude de movimento;
• Estimular preferencialmente os principais grupos musculares na
sessão em menos de 60min;
• Mínimo de um exercício para cada grupo.
• Realizar o exercício até a fadiga transitória mantendo a
execução apropriada;
• Estimular cada grupo 2-3 dias não consecutivos na semana;
• Manter um padrão respiratório controlado;
• O Treinador deve fornecer feedback, assistência e motivação.
ACSM, 2014.
32. Objetivos da musculação
Força máxima
• Maior expressão da capacidade de vencer uma resistência
externa.
• Efeitos: aumento da força por estímulo nervoso sem
hipertrofia apreciável, melhora da coordenação
intramuscular, redução da inibição do SNC, melhora da
força com pouco volume.
• Cuidados: evitar para iniciantes, crianças, adolescentes e
grupos especiais, risco de lesão caso não exista o preparo
prévio, deve ser combinado com outros objetivos.
Bossi, 2011.
33. Objetivos da musculação
Potência
• Taxa de trabalho (conversão de energia metabólica em
trabalho por minuto).
• Efeitos: aumento da força por estímulo nervoso sem
hipertrofia apreciável, melhora da coordenação
intramuscular, redução da inibição do SNC, melhora da
força com pouco volume.
• Cuidados: evitar para iniciantes, crianças, adolescentes e
grupos especiais, risco de lesão caso não exista o preparo
prévio, deve ser combinado com outros objetivos.
Bossi, 2011.
34. Objetivos da musculação
Resistência muscular
• Maximização do tempo em esforço com
degradação incompleta dos substratos energéticos.
• Efeitos: aumento da resistência à acidose e da
capacidade oxidativa muscular, melhor
vascularização e alternância de recrutamento das
unidades motoras.
• Cuidados: não usar por longos períodos por
reduzir a força e hipertrofia.
Bossi, 2011.
35. X
Objetivos da musculação
Hipertrofia
• Aumento da secção transversa do músculo por
alteração do tamanho e número de proteínas
contráteis, adição de sarcômeros e capacidade
energética.
• Efeitos: aumento da força máxima, maior recrutamento
de unidades motoras e maior déficit de força.
• Cuidados: necessita de preparo adequado, pouca
aplicação no meio esportivo ou funcional.
Bossi, 2011.
36. Objetivos da musculação
Emagrecimento
• Redução do peso corporal total pela diminuição da massa
gorda da composição corporal; aumento da massa magra
apenas em caráter funcional ou estético;
• O importante é o gasto calórico total e a manutenção do
déficit entre gasto e ingesta.
• Efeitos: melhor nível de saúde; maior auto-estima;
• Cuidados: alto volume de treinamento limita a intensidade
do esforço; fatores confundidores durante o processo de
treinamento (balança, dieta restrita, aumento muscular).
Ferreira, 2013; 2014.
41. Abordagem funcional
• O treinamento deve atender às necessidades
do praticante:
• 1º: Saúde;
• 2º: Qualidade funcional nas atividades diárias;
• 3º:Atletas.
46. Abordagem funcional
• A força funcional:
• Analisar as atividades motoras e definir
as ações que permitam a melhora da
velocidade de deslocamento;
• Definir ações que possam ser utilizadas
no dia a dia.
Bossi, 2011.
50. Série 1
Plano Sagital
Série 2
Plano Frontal
Série 3
Plano Transverso
Empurrar
Bipodal
Puxar
Unipodal
Locomoção
51. Série 1 Série 2 Série 3
Empurrar MB passe de peito x10 MB passe de peito x10 MB passe de peito x10
Bipodal Agachamento x10 Agachamento x10 Agachamento x10
Puxar
Remada na fita
suspensa x10
Remada na fita
suspensa x10
Remada na fita
suspensa x10
Unipodal
Passadas alternadas
banco x5 cada
Passadas alternadas
banco x5 cada
Passadas alternadas
banco x5 cada
Locomoção
Caminhada de
propriocepção SIM
x20m
Caminhada de
propriocepção NÃO
x20m
Caminhada de
propriocepção OLHOS
FECHADOS x20m
52. Série 1 Série 2 Série 3
Empurrar
MB passe de peito x15
70%dist.máx
MB passe de peito x12
85%dist.máx
MB passe de peito x10
90%dist.máx
Bipodal
Agachamento conc.
velocidade x15
Agachamento com
halter unilat. x6 cada
Agachamento super
lento x10
Puxar
Remada na fita
suspensa x10
Remada inclinada com
halter x10
Remada alta com halter
x10
Unipodal
Passadas alternadas
banco x5 cada
Passadas alternadas
laterais banco x5 cada
Glúteo banco x5 cada
Locomoção Farmer walk x20m
Farmer walk unilateral
x20m cada
Passada lateral ritmo 2
com cones x40m
Progressão
54. Partes da sessão
D’Elia, 2013.
• 1 - Preparação de movimento: aquecimento.
• 2 - Agilidade e velocidade: coordenação, mudança de direção, velocidade
multidirecional.
• 3 - Preparo muscular: força funcional.
• 4 - Potência: força + velocidade (ex: arremessos e saltos).
• 5 - Treinamento do core: estabilidade e produção de força no centro do corpo.
• 6 - Desenvolvimento dos sistemas energéticos: integração sistêmica para
otimizar a produção de energia.
• 7 - Tarefas de transferência: movimentos com ênfase na educação motora /
atividade alvo.
• 8 - Regeneração e prevenção de lesões: restabelecer integridade sistêmica e
iniciar a recuperação.
55. • Treine sem apoio o máximo possível:
– Desempenhar a maior parte do treino de pé ou sem apoio
a objetos.
• Treine principalmente com pesos livre:
– Ajudam a melhorar força, equilíbrio muscular, capacidade
de mobilidade e estabilidade do core.
• Faça exercícios com o máximo de recrutamento
possível:
– Podem ser explosivos, com mecânica parcial ou completa,
empregando força máxima. Use estratégias localizadas
com moderação.
• Foque em exercícios combinados:
– Exercícios múltiplos aumentam o gasto calórico, elevam a
produção hormonal, recrutam agonistas e antagonistas,
alternam planos e movimentos bilaterais e unilaterais.
“Macetes” para a prescrição
70. Aumentando seu acervo
de movimentos
A experiência prática somada ao desenvolvimento
teórico faz de você o melhor prescritor de
Treinamento Funcional.
Troque experiências com colegas da área e invista
em capacitações.
Assim sua criatividade terá a liberdade de trabalhar
com eficiência.
71. Quais considerações precisam ser feitas sobre
os estímulos cardiorrespiratórios e de
flexibilidade durante a periodização?
72. Vamos para a prática?
Junto com seu grupo, use as informações
coletadas na avaliação e produza uma sessão de
treinamento funcional com foco no sistema
neuromuscular, aplicando um circuito com
exercícios obedecendo a Abordagem Integrada
(alças musculares) ou Programa baseado em
Movimentos (ACSM).