engenharia aquicultura

1. Construção e Manejo deConstrução e Manejo de
Tanques em PisciculturaTanques em Piscicultura
Zootec. MS c. Daniel MontagnerZootec. MS c. Daniel Montagner

2. Principais fatoresPrincipais fatores
determinantesdeterminantes
 Planejamento: ações e etapas dePlanejamento: ações e etapas de
implantação do empreendimento.implantação do empreendimento.
 Avaliação e seleção das áreas (escolha doAvaliação e seleção das áreas (escolha do
local)local)
 Uso eficiente dos recursos hídricos.Uso eficiente dos recursos hídricos.
 Características dos solos.Características dos solos.
 Topografia do terreno (relevo).Topografia do terreno (relevo).

3. Planejamento da criação – principaisPlanejamento da criação – principais
itens a serem levantadositens a serem levantados
 Disponibilidade (vazão) de água e áreaDisponibilidade (vazão) de água e área
disponíveis.disponíveis.
 período de crescimento e engorda da espécieperíodo de crescimento e engorda da espécie
escolhida (ciclo de produção).escolhida (ciclo de produção).
 ciclo de vendas e período de limpezaciclo de vendas e período de limpeza
(drenagem).(drenagem).
 intervalo de safra por tanque (período deintervalo de safra por tanque (período de
comercialização).comercialização).
 densidade de estocagem.densidade de estocagem.

4. Planejamento – construçõesPlanejamento – construções
 A construção dos viveiros e das estruturasA construção dos viveiros e das estruturas
hidráulicas representa o maior ítem dehidráulicas representa o maior ítem de
investimento em uma piscicultura.investimento em uma piscicultura.
 Otimizar a ocupação do terreno.Otimizar a ocupação do terreno.
 Minimizar custos de implantação.Minimizar custos de implantação.
 Futuras instalações ofereçam condições paraFuturas instalações ofereçam condições para
um bom manejo.um bom manejo.

5. Planejamento - InstalaçõesPlanejamento - Instalações
As preocupações com a facilidadeAs preocupações com a facilidade
operacional e a longevidade dasoperacional e a longevidade das
instalações devem ser uma constanteinstalações devem ser uma constante
no planejamento e construção dosno planejamento e construção dos
viveiros.viveiros.

6. Custo de construção depende:Custo de construção depende:
 Características daCaracterísticas da
área:área:
- Topografia- Topografia
- Tipo de solo- Tipo de solo
- Cobertura vegetal- Cobertura vegetal
- Necessidade de- Necessidade de
drenagemdrenagem
 Estratégia deEstratégia de
construção dosconstrução dos
viveirosviveiros
 Demais instalaçõesDemais instalações
 Fatores climáticos,Fatores climáticos,
dentre outros.dentre outros.

7. 1. Escolha do local1. Escolha do local
 Topografia da área:Topografia da área: terrenos planos ou comterrenos planos ou com
suave declividade 2%.suave declividade 2%.
 Tipo de soloTipo de solo: solos argilosos e baixa: solos argilosos e baixa
permeabilidade.permeabilidade.
 Qualidade e disponibilidade de águaQualidade e disponibilidade de água

8.  Compatibilidade do clima:Compatibilidade do clima: fotoperíodo efotoperíodo e
regime de chuvas.regime de chuvas.
 Restrições ambientais:Restrições ambientais: restrições quantorestrições quanto
ao uso dos recursos naturais (obtenção deao uso dos recursos naturais (obtenção de
liçença ambiental).liçença ambiental).
 Infra-estrutura básica:Infra-estrutura básica: condições dacondições da
estradas e disponibilidade de energia.estradas e disponibilidade de energia.
1. Escolha do local1. Escolha do local

9. A escolha do localA escolha do local
 Disponibilidade de mão-de-obra, insumosDisponibilidade de mão-de-obra, insumos
e serviços.e serviços.
 Acesso ao mercado consumidor:Acesso ao mercado consumidor:
posicionamento logístico.posicionamento logístico.
 Programas de incentivos fiscais e créditoProgramas de incentivos fiscais e crédito

10. Topografia (relevo)Topografia (relevo)
 IdealIdeal: terrenos planos e declividade de 2%: terrenos planos e declividade de 2%
(não maiores que 3%).(não maiores que 3%).
 A forma e tamanho da área importantes paraA forma e tamanho da área importantes para
futura expansão da atividade.futura expansão da atividade.
 Escolha de vales para construção deEscolha de vales para construção de
reservatórios (açudes, barragens).reservatórios (açudes, barragens).
 ImportanteImportante: local possibilite o abastecimento: local possibilite o abastecimento
de água e drenagemde água e drenagem por gravidade.por gravidade.

11. Construção dos tanques -
etapas
 Limpeza da áreaLimpeza da área

14. Reservatório de abastecimento –
construçao talude/dique
Construção daConstrução da
trincheira notrincheira no
base do taludebase do talude

16. Canal de abastecimento
 Calcular a vazão para abastecimento doCalcular a vazão para abastecimento do
tanque.tanque.
 Uso do filtro, instalado no início do canal deUso do filtro, instalado no início do canal de
abastecimento dos tanques ou na entrada deabastecimento dos tanques ou na entrada de
cada tanque (uso de material drenante).cada tanque (uso de material drenante).

17. Canal de abastecimento
Canal de abastecimentoCanal de abastecimento
construído com canaletas deconstruído com canaletas de
cimento do tipo “meia cana”.cimento do tipo “meia cana”.
Instalação da tubulação deInstalação da tubulação de
abastecimento sobre o dique principalabastecimento sobre o dique principal
ainda em construção.ainda em construção.

18. Tanque de derivação
Planejamento da piscicultura em uma pequena propriedade rural paraPlanejamento da piscicultura em uma pequena propriedade rural para
recria de alevinos.recria de alevinos.

19. Tanque de derivação
Corte transversal de um viveiro de derivaçãoCorte transversal de um viveiro de derivação

21. Tubulação de drenagem
 Dar escoamento à vazão exigida durante oDar escoamento à vazão exigida durante o
cultivo.cultivo.
 Drenagem total ao viveiro de acordo com oDrenagem total ao viveiro de acordo com o
manejo adotado.manejo adotado.

22. Caixa de nível ou monge
 Permitir a renovação de água durante oPermitir a renovação de água durante o
cultivo, quando necessário.cultivo, quando necessário.
 Possibilitar a regulagem da altura da colunaPossibilitar a regulagem da altura da coluna
de água.de água.
 Fazer um drenagem rápida e prática.Fazer um drenagem rápida e prática.

23. Caixa de nível ou mongeCaixa de nível ou monge

25. Característica do solo -
Impermeabilidade
 Preferência solos argilosos (15 a 35% argila)Preferência solos argilosos (15 a 35% argila)
e baixa permeabilidade.e baixa permeabilidade.
 Teste de plasticidade do solo.Teste de plasticidade do solo.

26. Característica do solo -
Infiltração
 Tanque novos as perdas são maiores.Tanque novos as perdas são maiores.
 Teste de infiltração de água no solo com oTeste de infiltração de água no solo com o
uso de uma trincheira.uso de uma trincheira.

29. Caracteristicas gerais dos
tanques de piscicultura
 Abastecimento e escoamento de águaAbastecimento e escoamento de água
individuais e se possível, por gravidade.individuais e se possível, por gravidade.
 Tanques com fundo natural de preferênciaTanques com fundo natural de preferência
chão compactado (menor taxa de infiltração).chão compactado (menor taxa de infiltração).
 Profundidade mínima de 0,8 metro e máximaProfundidade mínima de 0,8 metro e máxima
2 metros (limite 3 m).2 metros (limite 3 m).
 Inclinação (declive) escoamento do tanqueInclinação (declive) escoamento do tanque
de 1 – 2%.de 1 – 2%.

30. Sistema de escoamento - Monge
MongeMonge
internointerno
MongeMonge
externoexterno

31. Sistema de escoamento -
Cachimbo
Detalhe construtivo de sistemaDetalhe construtivo de sistema
cachimbo.cachimbo.

32. Sistema de escoamento
SifonagemSifonagem
Registro deRegistro de
fundofundo

33. Qualidade e disponibilidade deQualidade e disponibilidade de
águaágua
 Quantidades suficientes para viabilizar aQuantidades suficientes para viabilizar a
implantação do projeto de piscicultura.implantação do projeto de piscicultura.
 Origem da água, vazão, propriedades fisico-Origem da água, vazão, propriedades fisico-
químicas e biológicas para o crescimento dequímicas e biológicas para o crescimento de
organismos aquáticos.organismos aquáticos.
 Se possível, abastecimento deve se feito porSe possível, abastecimento deve se feito por
gravidade.gravidade.

34. Aspectos qualitativosAspectos qualitativos
 Propriedades físicasPropriedades físicas: temperatura, cor,: temperatura, cor,
odor, turbidez, transparência, sólidosodor, turbidez, transparência, sólidos
suspensos, etc.suspensos, etc.
Uso do Disco de Sechi paraUso do Disco de Sechi para
avaliar a transparência daavaliar a transparência da
água.água.

35. Avaliação e correção daAvaliação e correção da
qualidade da águaqualidade da água
 Uso de kits de análise direta no campoUso de kits de análise direta no campo
(equipamentos portáteis).(equipamentos portáteis).

36. Aspectos quantitativos –
Vazão
 Conhecimento das vazões da fontes deConhecimento das vazões da fontes de
água a serem utilizadas.água a serem utilizadas.
 Medir a vazão em duas épocas distintasMedir a vazão em duas épocas distintas
do ano, inverno e verão.do ano, inverno e verão.

37. Demanda hídrica (água
necessária) varia…
 Perdas por evaporação e infiltração (reposiçãoPerdas por evaporação e infiltração (reposição
de 10 a 15 litros/segundo/hectare).de 10 a 15 litros/segundo/hectare).
 Número de vezes que os tanques sãoNúmero de vezes que os tanques são
drenados no ano.drenados no ano.
 Renovação de água durante o cultivo.Renovação de água durante o cultivo.
 Estratégias de reaproveitamento de água.Estratégias de reaproveitamento de água.
 Precipitação (chuva) annual.Precipitação (chuva) annual.

38. IMPORTANTE: Uso adequado
da água disponível
 O desperdício e mau uso da água sãoO desperdício e mau uso da água são
comuns na maioria das pisciculturas.comuns na maioria das pisciculturas.
 Problema acentuado, no início dos ciclosProblema acentuado, no início dos ciclos
(fase) de cultivo, há excessiva renovação de(fase) de cultivo, há excessiva renovação de
água.água.
 Prejudica a eficiência da calagem ePrejudica a eficiência da calagem e
adubação (pobre em nutrientes).adubação (pobre em nutrientes).
 Impede a formação do plânctonImpede a formação do plâncton..

39. A água de abastecimento é a única
fonte de oxigênio nos tanques???
 Se fosse verdade, seriam necessárias altasSe fosse verdade, seriam necessárias altas
taxas de renovação de água para garantir ataxas de renovação de água para garantir a
sobrevivência dos peixes.sobrevivência dos peixes. Cálculo estimadoCálculo estimado
da necessidadeda necessidade
vazão de águavazão de água

40. Então, de onde vem o oxigênio
necessário para isso?
 Da fotossíntese realizada peloDa fotossíntese realizada pelo
fitoplânctonfitoplâncton..
 Balanço entre fotossíntese e respiração éBalanço entre fotossíntese e respiração é
geralmente positivo (exceto dias nublados ougeralmente positivo (exceto dias nublados ou
chuvosos, excessiva biomassa e grandechuvosos, excessiva biomassa e grande
massa de fitoplâncton).massa de fitoplâncton).

41. Preparo dos tanques para
larvicultura e produção de alevinos
 Minimizar a presença de predadores.Minimizar a presença de predadores.
 Abundante quantidade de alimentos naturaisAbundante quantidade de alimentos naturais
(plâncton).(plâncton).
 Tanques devem ser drenados entre um ciclo eTanques devem ser drenados entre um ciclo e
outro.outro.
 Aplicação de cal virgem nas poças de água.Aplicação de cal virgem nas poças de água.
 Fundo do tanque exposto ao arde 3 a 5 diasFundo do tanque exposto ao arde 3 a 5 dias
(acelerar decomposição da matéria orgânica).(acelerar decomposição da matéria orgânica).

42. Enchimento e calagem dos
tanques
 Iniciado de 2 a 3 dias antes da estocagem dosIniciado de 2 a 3 dias antes da estocagem dos
alevinos.alevinos.
 Entrada da água com tela de malha 500 micras.Entrada da água com tela de malha 500 micras.
 Calagem é feita quano menor 20 mg CaCOCalagem é feita quano menor 20 mg CaCO33/litro./litro.
 Utilizar kits análises para medir alcalinidade total daUtilizar kits análises para medir alcalinidade total da
água do tanque.água do tanque.

43. Calagem dos tanques
Ideal: alcalinidade de 30 mg CaCO3/litroIdeal: alcalinidade de 30 mg CaCO3/litro
Recomendação da dose de calcário agrícola a ser aplicada em tanquesRecomendação da dose de calcário agrícola a ser aplicada em tanques
de piscicultura com base na alcalinidade total dos tanques.de piscicultura com base na alcalinidade total dos tanques.

44. Calagem dos tanques
Quantidade de calcário, de acordo com oQuantidade de calcário, de acordo com o
pH e do tipo de solopH e do tipo de solo

45. Adubação dos tanques – fase
recria e engorda
 Piscilcultura intensiva com uso de ração, não éPiscilcultura intensiva com uso de ração, não é
necessária realizar adubação dos tanques.necessária realizar adubação dos tanques.
 Disco de Sechi: Monitoramento transparência daDisco de Sechi: Monitoramento transparência da
água do tanque (ideal 30 a 40 cm).água do tanque (ideal 30 a 40 cm).
 Monitorar o oxigênio dissolvido na água nasMonitorar o oxigênio dissolvido na água nas
primeiras horas da manhã.primeiras horas da manhã.
 Adubação química com uréia agrícola e fontesAdubação química com uréia agrícola e fontes
orgânicas (farelo de arroz, trigo ou outros).orgânicas (farelo de arroz, trigo ou outros).

46. Monitoramento da
transparência da água
Uso do Disco de Sechi.Uso do Disco de Sechi.

47.  Monitoramento daMonitoramento da
transparência datransparência da
água (Disco deágua (Disco de
Sechi).Sechi).
 Ações de controleAções de controle
na adubação dosna adubação dos
tanques etanques e
prevenção deprevenção de
baixo oxigênio.baixo oxigênio.

48. Manutenção do fitoplâncton
em quantidade adequada
 Fitoplâncton chega fornecer 80% do oxigênioFitoplâncton chega fornecer 80% do oxigênio
demandado pelos peixes e demaisdemandado pelos peixes e demais
organismos.organismos.
 Manutenção da qualidade da água: variaçõesManutenção da qualidade da água: variações
extremas prejudicam o desenvolvimento eextremas prejudicam o desenvolvimento e
sobrevivência dos peixes.sobrevivência dos peixes.

49. Obrigado pela atenção!!!Obrigado pela atenção!!!
E- mail: daniel.bolsista@ capafap.embrapa.brE- mail: daniel.bolsista@ capafap.embrapa.br