O documento discute as principais abordagens teóricas do desenvolvimento humano de acordo com Piaget e Vygotsky. Piaget descreve as etapas do desenvolvimento cognitivo da infância à adolescência, enquanto Vygotsky enfatiza o papel das interações sociais e da linguagem no desenvolvimento da criança.
9. Enfoque humanístico
Princípio do ensino centrado no aluno;
liberdade para aprender;
crescimento pessoal é valorizado.
Pensamento, sentimentos e ações estão
integrados.
Carl Rogers
10. Enfoque cognitivista
Como o indivíduo "conhece“?
Como processa a informação,
compreende e dá significado a ela?
13. A maturidade para conhecer
a estrutura de maturação do indivíduo sofre um
processo genético e a gênese depende de uma
estrutura de maturação.
“Não existe estrutura sem gênese, nem
gênese sem estrutura”
14. A maturidade para conhecer
O indivíduo só recebe um determinado
conhecimento se puder agir sobre o
objeto de conhecimento.
15. Os pólos da aprendizagem
Não existe um novo conhecimento sem
que o organismo tenha já um
conhecimento anterior para poder
assimilá-lo e transformá-lo.
16.
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18. A equilibração
A adaptação intelectual constitui-se em um
"equilíbrio progressivo entre um mecanismo
assimilador e uma acomodação complementar"
19. Desenvolvimento motor, verbal e mental
Inicia-se no período intra-uterino e vai até
aos 15 ou 16 anos.
Piaget diz que a embriologia humana evolui
também após o nascimento, criando estruturas
cada vez mais complexas.
21. Período Sensório-Motor
Vai do nascimento aos 2 anos, aproximadamente.
A ausência da função semiótica é a principal
característica deste período.
A inteligência trabalha através das percepções
(simbólico) e das ações (motor) através dos
deslocamentos do próprio corpo.
É uma inteligência prática.
22. Período Sensório-Motor
Sua linguagem vai da ecolalia (repetição de
sílabas) à palavra-frase ("água" para dizer que
quer beber água)
Sua conduta social, neste período, é de
isolamento e indiferenciação (o mundo é ele).
23. Período Simbólico
Dos 2 anos aos 4 anos, aproximadamente.
Surge a função semiótica que permite o
surgimento da linguagem, do desenho, da
imitação, da dramatização, etc..
Período da fantasia, do faz de conta, do jogo
simbólico.
24. Período Simbólico
É também o período em que o indivíduo “dá
alma” (animismo) aos objetos ("o carro do papai
foi 'dormir' na garagem").
A linguagem está a nível de monólogo coletivo.
Socialização vivida de forma isolada, mas dentro
do coletivo.
25. Período Intuitivo
Dos 4 anos aos 7 anos, aproximadamente.
Desejo de explicação dos fenômenos.
É a “idade dos porquês”
Distingue a fantasia do real, podendo
dramatizar a fantasia sem que acredite nela.
26. Período Intuitivo
Seu pensamento continua centrado no seu
próprio ponto de vista.
Já é capaz de organizar coleções e conjuntos
sem no entanto incluir conjuntos menores em
conjuntos maiores (rosas no conjunto de flores,
por exemplo).
27. Período Operatório Concreto
Dos 7 anos aos 11 anos, aproximadamente.
Consolida as conservações de número,
substância, volume e peso.
Já é capaz de ordenar elementos por seu
tamanho (grandeza), incluindo conjuntos,
organizando então o mundo de forma lógica ou
operatória.
28. Período Operatório Concreto
Sua organização social é a de bando, podendo
participar de grupos maiores, chefiando e
admitindo a chefia.
Já podem compreender regras, sendo fiéis a
ela, e estabelecer compromissos.
29. Período Operatório Concreto
A conversação torna-se possível
Já é uma linguagem socializada, sem que no
entanto possam discutir diferentes pontos de
vista para que cheguem a uma conclusão comum.
30. Período Operatório Abstrato
Dos 11 anos em diante.
Corresponde ao nível de pensamento hipotético-
dedutivo ou lógico-matemático.
Está apto para calcular uma probabilidade,
libertando-se do concreto em proveito de
interesses orientados para o futuro.
É, finalmente, a “abertura para todos os
possíveis”.
31. Período Operatório Abstrato
É possível a dialética, que permite que a
linguagem se dê a nível de discussão para se
chegar a uma conclusão.
Sua organização grupal pode estabelecer
relações de cooperação e reciprocidade.
32. Proposta Didática
A obra de Jean Piaget NÃO oferece aos
educadores uma didática específica sobre
como desenvolver a inteligência do aluno ou da
criança.
Piaget nos mostra que cada fase de
desenvolvimento apresenta características e
possibilidades de crescimento da maturação
ou de aquisições.
33. Proposta Didática
O conhecimento destas possibilidades
faz com que os professores possam
oferecer estímulos adequados a um
maior desenvolvimento do indivíduo.
35. Teoria socioconstrutivista
Entende o desenvolvimento do indivíduo como
resultado de um processo sócio-histórico.
Enfatiza o papel da linguagem e da
aprendizagem.
Teoria histórico-social.
36. Pensamento e a linguagem
A linguagem, sistema simbólico dos grupos
humanos, representa um salto qualitativo na
evolução da espécie.
É ela que fornece os conceitos, as formas de
organização do real, a mediação entre o sujeito
e o objeto do conhecimento.
37. Pensamento e a linguagem
É por meio dela que as funções mentais
superiores são socialmente formadas e
culturalmente transmitidas.
Sociedades e culturas diferentes produzem
estruturas diferenciadas.
38. Teoria sociointeracionista
Processo que caminha do plano social -
relações interpessoais - para o plano
individual interno - relações intra-pessoais.
A escola é o lugar onde a intervenção
pedagógica intencional desencadeia o processo
ensino-aprendizagem.
39. A interação social e o instrumento linguístico
Existem, pelo menos dois níveis de
desenvolvimento identificados por Vygotsky:
um real, já adquirido ou formado, e um potencial.
40. A interação social e o instrumento
lingüístico são decisivos para o
desenvolvimento
A aprendizagem interage com o desenvolvimento,
produzindo abertura nas zonas de
desenvolvimento proximal ( distância entre o
nível de desenvolvimento real e o potencial ) nas
quais as interações sociais são centrais, estando
então, ambos os processos, aprendizagem e
desenvolvimento, inter-relacionados;
41. DESENVOLVIMENTO REAL
É determinado por aquilo que a criança é capaz de
fazer sozinha porque já tem um conhecimento
consolidado. Se domina a adição, por exemplo, esse é
um nível de desenvolvimento real.
ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL
É a distância entre o desenvolvimento real e o
potencial, que está próximo mas ainda não foi atingido.
42. O MEDIADOR
É quem ajuda a criança concretizar um
desenvolvimento que ela ainda não atinge sozinha. Na
escola, o professor e os colegas mais experientes são
os principais mediadores.
DESENVOLVIMENTO POTENCIAL
• É determinado por aquilo que a criança ainda não
domina, mas é capaz de realizar com auxílio de alguém
mais experiente. Por exemplo, uma multiplicação
simples, quando ela já sabe somar .
43. O aluno aprende com o outro
O aluno não é tão somente o sujeito da
aprendizagem, mas, aquele que aprende junto
ao outro o que o seu grupo social produz, tal
como: valores, linguagem e o próprio
conhecimento.
44. Vygotsky e Piaget
Ambos atribuem grande importância ao
organismo ativo, mas Vygotsky destaca o
papel do contexto histórico e cultural
nos processos de desenvolvimento e
aprendizagem.
45. Vygotsky e Piaget
Piaget coloca ênfase nos aspectos estruturais e
nas leis de caráter universal ( de origem
biológica) do desenvolvimento.
Vygotsky destaca as contribuições da cultura,
da interação social e a dimensão histórica do
desenvolvimento mental.
46. Vygotsky e Piaget
Mas, ambos são construtivistas em suas
concepções do desenvolvimento intelectual.
Sustentam que a inteligência é construída a
partir das relações recíprocas do homem com o
meio.
47. Vygotsky e Piaget
Ambos divergem também quanto à
sequência dos processos de
APRENIDIZAGEM e de
DESENVOLVIMENTO MENTAL.
48. Vygotsky e Piaget
Para Vygotsky, é o primeiro que gera o
segundo. Em suas palavras, "o aprendizado
adequadamente organizado resulta em
desenvolvimento mental e põe em movimento
vários processos de desenvolvimento que, de
outra forma, seriam impossíveis".
49. Vygotsky e Piaget
Piaget, ao contrário, defende que é o
desenvolvimento progressivo das estruturas
intelectuais que nos torna capazes de aprender
(fases pré-operatória ou lógico-formal).