O documento descreve a estrutura de cadeias alimentares e teias alimentares em ecossistemas, incluindo a transferência de energia entre níveis tróficos e a perda de energia ao longo das cadeias. Produtores e decompositores são componentes essenciais para o fluxo de energia e ciclo de matéria. Pirâmides ecológicas ilustram graficamente a quantidade de energia, biomassa e número de organismos em cada nível trófico.
2. Estrutura das cadeias alimentares
Cada componente da cadeia, representando um grupo de seres
vivos, é denominado nível trófico. Assim, na cadeia gramíneas ->
preás -> cobras -> decompositores:
as gramíneas formam o primeiro nível trófico;
os preás representam o segundo nível trófico;
as cobras são o terceiro nível trófico;
os decompositores formam o quarto nível trófico.
Observe que uma cadeia alimentar se inicia com os produtores e
termina com os decompositores. Mas, por ser implícita a
atuação dos decompositores, é comum não representar esses
organismos em uma cadeia alimentar (cadeia onde a seta indica
o nível trófico que obtém alimento).
3. Teia alimentar
Teia alimentar é o conjunto de cadeias alimentares que
interagem em um ecossistema.
Observe a teia alimentar a seguir:
4. Cadeia alimentar e a perda de energia
A energia necessária para a manutenção do metabolismo em um
organismo é obtida por meio da respiração celular, quando
certas substâncias orgânicas contidas nos alimentos são
oxidadas. Nesse processo, grande parte da energia química
acumulada nas substâncias orgânicas se perde para o meio
externo na forma de calor. Além da respiração celular, um
organismo também pode perder parte da energia contida nos
alimentos para o meio externo de outros modos. Assim, em uma
cadeia alimentar, a disponibilidade de energia diminui à medida
que ela é transferida de um nível trófico para outro.
5. Cadeia alimentar e a perda de energia
A quantidade de energia perdida para o meio externo varia.
Muitas vezes, na transferência de energia de um nível trófico
para outro, 90% ou mais da energia química dos alimentos se
perde para o meio externo. Em consequência disso, as cadeias
alimentares normalmente não possuem mais que cinco ou seis
níveis tróficos.
Concluímos que, quanto mais próxima do início da cadeia
alimentar estiver uma população, maior será a quantidade de
energia disponível para ela e, portanto, essa população poderá
abrigar maior número de indivíduos.
7. O fluxo unidirecional de energia
A energia luminosa “penetra” no mundo vivo pelos seres
clorofilados, sendo transformada em energia química por meio
da fotossíntese. Então, ao longo da cadeia alimentar, a energia
desenvolve um trajeto no sentido de produtores ->
consumidores -> decompositores e, ao passar do mundo vivo
para o mundo físico, na forma de calor, não pode mais ser
reaproveitada. Diz-se então que o fluxo de energia em uma
cadeia alimentar é unidirecional.
8. O ciclo da matéria
Ao contrário da energia, a matéria que passa do mundo vivo
para o mundo físico pode ser reaproveitada pelos seres vivos.
Depois de processada, incorporada à matéria viva e transferida
ao longo da cadeia alimentar, a matéria retorna ao mundo físico
principalmente pela ação de bactérias e de fungos, quando
substâncias orgânicas são decompostas e podem ser novamente
utilizadas por um ser produtor. Diz-se então que a matéria , em
um ecossistema, apresenta trajeto cíclico.
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10. Produtores e decompositores: indispensáveis no
fluxo de energia e no ciclo da matéria
Os organismos produtores são considerados componentes bióticos
indispensáveis para a manutenção de vida em um ecossistema
independente.
Os seres decompositores são também componentes bióticos
indispensáveis, por participarem diretamente da reciclagem da
matéria na natureza.
Por não participar diretamente de nenhum dos processos citados, os
consumidores não são considerados componentes bióticos
indispensáveis para a manutenção de vida em um ecossistema. Mas a
eliminação de determinado grupo de consumidores de uma região
pode trazer sérias consequências ao ecossistema, muitas vezes
afetando de forma considerável as demais populações estabelecidas
naquela área.
11. Pirâmides ecológicas
As pirâmides ecológicas expressam, graficamente, a estrutura
dos níveis tróficos de uma cadeia alimentar. Cada nível trófico é
representado por um retângulo, assim:
o retângulo da base representa o primeiro nível trófico
(produtores);
o segundo retângulo representa o segundo nível trófico
(consumidores primários);
o terceiro retângulo apresenta o terceiro nível trófico
(consumidores secundários), e assim por diante;
Existem três tipos de pirâmides: a pirâmide de energia, a
pirâmide de biomassa e a pirâmide de números.
12. A pirâmide de energia
Mostra a quantidade de energia acumulada nas substâncias
orgânicas de cada nível trófico. A quantidade de energia
disponível diminui ao longo da cadeia alimentar; assim, quanto
mais distante dos produtores estiver um determinado nível
trófico, menor será a quantidade de energia que recebe por
meio dos alimentos. Por isso, uma pirâmide de energia sempre
apresenta o vértice virado para cima.
14. A pirâmide de biomassa
Expressa a quantidade de biomassa ou matéria acumulada nos
seres vivos de cada nível trófico de cadeia alimentar.
Sabe-se que apenas uma parcela da biomassa adquirida por
meio dos alimentos é transformada em matéria viva. Nos
animais, por exemplo, uma parte da biomassa dos alimentos é
utilizada como fonte de energia e eliminada para forma de
resíduos respiratórios (CO2 E H2O); há também uma parte que
é eliminada para o ambiente externo coma fezes ou como
material de excreção, como ureia.
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16. A pirâmide de números
Expressa a quantidade de indivíduos presentes em cada nível
trófico da cadeia alimentar. Quando o número de indivíduos
diminui ao longo da cadeia, pirâmide de números apresenta o
vértice voltado para cima.