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RESUMO




Esta pesquisa visou identificar e analisar a compreensão que
alunos do curso de Pedagogia da Universidade do Estado da
Bahia UNEB, Campus VII, em Senhor do Bonfim- BA têm
sobre o curso e sua formação.
Para a realização da mesma busquei suporte teórico em Freire (1992), (1998),
(2000), (2002) e (2006), Oliveira (2003), Pimenta (1999) e (2004), Libâneo (1992),
(2001), e (2002), Kullok (2000), Cortella (2001), Gomes (2003) Mizukami (2002)
entre outros, os quais trazem contribuições de grande relevância, para que se
construa uma reflexão crítica sobre a formação que o curso de Pedagogia
proporciona bem como a sua importância, buscando construir uma nova
compreensão sobre o mesmo. Os procedimentos metodológicos, para a
realização deste constituíram-se com a pesquisa qualitativa através questionário-
fechado, para traçar o perfil dos sujeitos e o semi-estruturado, para identificar as
compreensões que estes têm sobre o curso. Através destes instrumentos e a
análise realizada foi possível identificar que os alunos do curso de pedagogia da
UNEB, Campus VII, têm diferentes compreensões sobre o curso, onde muitos não
conhecem a sua importância e não entendem a qualificação que o curso oferece.

Com base na pesquisa realizada trazemos elementos para que se construa uma
melhor compreensão, sobre o curso de Pedagogia, através dos seguintes
conceitos:

Compreendendo a pedagogia, O curso de pedagogia da UNEB Campus VII,
Pedagogia e participação.
APRESENTAÇÃO



As investigações que dão origem a este trabalho partem da intencionalidade de
conhecer os caminhos da formação pedagógica para o exercício da docência
sendo este estudo decorrente de uma pesquisa que tem como preocupação,
conhecer e compreender o curso de Pedagogia e a construção dos saberes
docentes e seus processos no ensino universitário buscando identificar qual
compreensão que os estudantes do curso de Pedagogia da Universidade do
Estado da Bahia (UNEB), Campus VII tem sobre o curso e seu processo de
formação.



Com base nos apontamentos, aqui feitos acredita-se que este estudo apresenta
uma relevância significativa no espaço do ensino do Curso de Pedagogia, e em
especial, para a formação acadêmica e pessoal dos discentes.

A opção de identificar a compreensão que os alunos de Pedagogia têm sobre
curso partiu da relação que tenho com o curso pelo fato de ser estudante do
mesmo, e cultivar um interesse por ele o que me faz acreditar na educação e na
docência.



No capítulo I é abordada a questão da formação docente, com suas mudanças e
transformações no decorrer da história.



No capítulo II faz-se uma abordagem sobre o curso de Pedagogia trazendo assim
uma melhor compreensão sobre o curso e a formação que ele propõe.
No capítulo III fizemos uma abordagem sobre o Curso de Pedagogia da UNEB,
Campus VII, o qual é o objeto principal do nosso estudo.



No capítulo IV apresentamos questões sobre a Pedagogia participativa onde
abordamos a participação do discente no conhecimento pedagógico.



No capítulo V apresenta-se a metodologia, que com base em alguns autores nos
traz os meios para que se alcance dados.



No capítulo VI apresenta-se a análise e interpretação dos dados obtidos, utilizando
assim o questionário fechado para traçar o perfil dos sujeitos e o questionário
semi-estruturado para identificar a compreensão dos alunos de Pedagogia sobre
este curso.



Culminando com as considerações finais através dos questionamentos aplicados
aos alunos de pedagogia, é percebido que convivemos ainda com uma
fragmentada e equivocada concepção que se tem do curso de Pedagogia. Fica
evidente na pesquisa realizada que há receio por parte dos estudantes em relação
à formação que ele propõe o que leva muitas vezes a uma insegurança em
relação à escolha do curso e até mesmo medo de encarar a realidade da sala de
aula.
CAPÍTULO I

PROBLEMATIZAÇÃO



A essência deste trabalho está voltada para a formação docente
do profissional da educação onde tomaremos como referência o
curso de Pedagogia, que vem sofrendo mudanças sugeridas pelas
exigências da formação e do exercício profissional.



O processo educacional no decorrer da história tem passado por significativas
mudanças, devido à globalização e avanços científicos o que delinearam o
caminho da educação e das políticas públicas no Brasil.

Em conseqüência de diversos fatores, como a política educacional do país, que
buscava ampliar a oferta de vagas no ensino superior, aumentou
progressivamente a oportunidade de ingressar em um curso de graduação através
do vestibular. Porém como afirma Carvalho (1981):


No que se refere ao nível superior, por ser o grau culminante do sistema, é onde se processam
com maior intensidade as desigualdades de oportunidades, como uma conseqüência natural das
desigualdades sociais. Sendo o ingresso à universidade considerado como um canal de
mobilidade, social, acesso aos diferentes cursos, torna-se proporcionalmente mais difícil, em
função do prestígio de que desfrutam os mesmos, levando os candidatos de situação sócio-
econômica menos favorecida a optarem pelos cursos de menor prestígio. (p.28)




Os estudantes de nível superior desenvolvem um papel de intelectuais na sociedade, segundo já
relatava o educador e gestor das reformas educacionais Anísio Teixeira (1900- 1971), ao afirmar
que eles eram vistos como “receptores de formação crítica que possibilitasse a criação de projetos
sociais que atendesse aos anseios da sociedade.”




A partir da formulação da constituição de 1988, a qual determinava a educação um direito de todos
e dever do Estado, esta seria incentivada e promovida visando o pleno desenvolvimento do
cidadão e sua inserção participativa na sociedade, sendo este preparado para exercer sua
cidadania e qualificado para as exigências no mercado de trabalho.




Entrando no século XXI passamos a viver uma sociedade diferente, avançada,
que proporciona mudanças constantes, pois o moderno é rapidamente
ultrapassado devido a esse crescimento tecnológico que oferece a todo o
momento novas opções.



Estamos em uma época complexa de evidentes mudanças, onde não existem
limites para as pretensões humanas e onde o mundo evolui numa velocidade sem
precedentes, com um crescimento assustador da população o que impulsiona o
homem a procurar novas alternativas e meios de preencher suas necessidades e
seus desejos de buscas e realizações.



 Diante dessa realidade vivenciada a formação de educadores na atual conjutura
da sociedade, exige destes disponibilidade e compromisso para compreender o
momento atual e buscar, por meio dos conhecimentos adquiridos estabelecer
ações educativas transformadoras, tendo em vista uma sociedade mais justa,
mais igualitária e mais humanizada.

Como relata Nóvoa (2002) “Trata-se de procurar escapar ao vaivém tradicional
entre uma percapção micro e um olhar macro, privílegiando um nível meso de
compreensão e intervenção.(p.15).

Nesta época em que estamos vivendo, a competitividade e os interesses tem
desenvolvido desigualdade estrutural, refletindo-se na distribuição de renda e
desvalorização do trabalho do profissional da educação através da aplicação
desigual dos direitos. A lógica neoliberal vem impondo e privilégiando algumas
áreas específicas, onde o sistema educacional brasileiro destaca-se em
desvantagens por causa das précarias condições de trabalho dos profissionais
desta área.

Por esta razão o ponto de partida deve ser o entendimento de que a formação do
professor venha transformar os novos educadores em sujeitos capazes de opinar
e de decidir através de uma formação reflexiva e crítica, sendo este um agente
transformador.



Ao afirmar que “formar é muito mais que puramente treinar o educando no
desempenho de destrezas” (FREIRE, 2002, p.14), Freire nos convida a repensar
sobre a prática educativa.

Essa formação busca e precisa garantir a aos estudantes do curso atitudes e
posturas reflexivas e críticas, tanto do conhecimento elaborado por meio das
pesquisas quanto do currículo presente em seu contexto educacional, levando-os
a intervir em sua realidade.



A sociedade da informação e do conhecimento exige maior qualificação
profissional docente. Diante disso, a proposta do curso de Pedagogia constitui-se
em preparar os alunos para atuarem na educação básica e para se exercitarem
em práticas. É necessário, porém uma reflexão a respeito da formação desses,
considerando a diversidade social e cultural, dos diferentes espaços onde elas
ocorrem e da necessidade do emprego de metodologias mediadas por diferentes
linguagens.



Como afirma Oliveira 2003:



Na realidade o que se espera nesses casos é que a educação contribua na redução das
desigualdades sociais por meio de desenvolvimentos e de condições para que os indivíduos
possam mobilizar-se socialmente ou obter grau de autonomia a fim de buscar soluções para sua
sobrevivência e dessa maneira sair da condição de vulnerabilidade social. (p.23).




A educação é ainda o grande desafio a ser conquistado e melhorado embora
tenhamos passado por grandes transformações. Os avanços científicos e
tecnológicos e a globalização da sociedade trazem novas exigências à formação
de professores nesta nova organização social que exige mais da prática de
ensino.

Busca-se hoje desenvolver o bom profissional da educação, por meio dos cursos
de licenciatura que visam uma proximidade maior com ações reflexivas, presentes
na ação e na formação do professor em meio à crise da sociedade industrial
moderna e as conseqüentes reformas sociais resultantes na ação docente.
Como já afirma Freire (2006):



Dessa forma, se a educação objetiva a transformação dos sujeitos, deve-se considerar que o
futuro professor tenha a possibilidade de desenvolver, durante a formação, as bases para as
decisões que venha a tomar, com autonomia e o compromisso profissional com a sociedade.
(p.26).




Para que se alcance uma consciência crítica ao longo de um curso de formação
de professores é imprescindível que se possibilite a vivência com a prática, e aos
vários conhecimentos presentes no ambiente. O professor, hoje, é aquele que
precisa ter e desenvolver competências habilidades e equilíbrio emocional
consciente da importância do desenvolvimento cognitivo e humano resultando
numa prática educativa pautada no respeito e compreensão às diferenças.



Sobre esta questão, Pimenta (1999) explica que:



 Tanto a formação inicial como a contínua tem como especificidade o que o
professor faz, e não o que deve fazer, ou o que vai fazer. Ao mesmo tempo, o
estagiário pode aproximar-se da realidade, chegar perto do trabalho do professor
em seu lócus de Ação, que é a escola, com a conotação de envolvimento e a
intencionalidade investigativa. (p.46)



Através do acúmulo de conhecimentos e as grandes exigências no mercado de
trabalho, sobretudo no campo da pesquisa, surge assim uma nova concepção de
ensino baseada nos diversos campos de conhecimento. Nesse contexto a função
da universidade diante das mudanças é de através do corpo que a integra,
especialmente com os alunos construir pela práxis, uma nova relação humana
tomando consciência da participação pessoal na definição de papéis sociais.



 Neste contexto vivenciado a prática docente contribui para a transformação da
universidade em um lugar onde saberes novo sejam construídos a partir de
conhecimentos já existentes de forma crítica e coletiva avançando no confronto de
métodos e teorias possibilitando uma interação, uma intersubjetividade
construídas em um trabalho interdisciplinar.
Temos evidenciado, portanto um problema em relação à Pedagogia, desde
quando a identificaram como as “habilidades profissionais”, o que fez reduzir os
estudos de Pedagogia nas faculdades. Libâneo (2001) vem confirmando este fato
quando diz que: “Hoje em dia muitos pedagogos parecem estar se escondendo de
sua profissão ou, ao menos precisando justificar cotidianamente seu trabalho.”
(p.20)



 Diante desses fatos convivemos ainda com uma fragmentada e equivocada
concepção que se tem do curso de Pedagogia. É percebido hoje, certo receio por
parte dos estudantes em relação à formação que ele propõe o que leva muitas
vezes a uma insegurança em relação à escolha do curso e até mesmo medo de
encarar a realidade da sala de aula.



Os estudantes ingressos no curso de Pedagogia muitas das vezes quando se dão
conta da proposta do curso e da habilidade que o mesmo exige, sendo necessário
interesse, dedicação e vontade de exercer a função educacional contribuindo de
forma direta na formação de crianças ficam desestimulados sem nenhum
entusiasmo.



Libâneo (2002) faz um esclarecimento sobre o curso quando afirma que:



“O curso de pedagogia é aquele que forma o profissional qualificado para atuar em muitos campos
educativos para atender demandas sócio-educativas de tipo informal e coordenação pedagógica
de escolas, mas também de pesquisa, de planejamento educacional, dos movimentos sociais. (p
62).




Diante dessa afirmação evidencia-se a qualidade do curso de Pedagogia o qual
deve formar o pedagogo/ou profissional qualificado para o exercício inteligente do
ofício.

Segundo o projeto político pedagógico da UNEB Campus VII a estrutura curricular
apresentada pelo curso foi elaborada a partir dos princípios de flexibilização,
diversificação, autonomia e interdisciplinaridade.
A proposta do curso de pedagogia possibilita a superação da organização de
centros de ensino e de pesquisas visando levar uma integração do ato educativo;
ou como afirma Fazenda (1992): “Além disso, podem valer-se da
intercomplementaridade, para o avanço de novos projetos, ou mesmo transformar
especialistas de outras áreas em educadores”. (p.78).

Freire (2002) diz que:



“É necessário encarar a educação e o conhecimento, sob a ótica epistemológica, sem desviar do
sentido social e político, o que permitirá a obtenção de resultados que contribuam para o melhor
estabelecimento da relação ensino-aprendizagem sendo essa produção um passo decisivo para
encarar o conhecimento como bem a ser construído por meio da obtenção de respostas a
questões voltados para a formação docente, de um ser competente, conscientemente inacabado,
e, sobretudo com uma visão de mundo crítica, que permita um papel diferenciador, partindo da
tomada de consciência de que ensinar exige compreender que a educação é uma forma de
intervenção no mundo” (p.110)




Diante de tal fato é pertinente questionar neste momento sobre a compreensão
que os estudantes de pedagogia do Campus VII têm manifestado em relação à
importância do curso para sua formação como profissional na área da educação e
a contribuição deste na construção dos valores e aprendizagem na vida dos
alunos os quais devemos preparar para serem os novos profissionais.



 Partindo deste pressuposto e da evidente necessidade de pensar a educação e a
formação pedagógica, como um processo de profundo compromisso e
responsabilidade social, surgiu então a inquietação sobre o curso de pedagogia o
qual visa preparar um profissional comprometido com a educação. A preocupação,
no entanto gira em torno da compreensão que os alunos do curso têm da
dimensão da importância e comprometimento que este exige, pois como afirma
Libâneo (1992):



O trabalho docente é parte integrante do processo educativo mais global, pelo qual os membros da
sociedade são preparados para a participação na vida social. [...] Cada sociedade precisa cuidar
da formação dos indivíduos, auxiliarem no desenvolvimento, formá-lo nas varias instancias da vida
social. Não há sociedade sem pratica educativa, nem pratica educativa sem sociedade. A prática
educativa não é apenas uma exigência da vida em sociedade, mas também o processo de prover
o indivíduo dos conhecimentos e experiências culturais que os tornam aptos no meio social e
transformá-lo em função das necessidades econômicas, sociais e políticas da coletividade. (p.16 e
17).




A partir das observações realizadas nas aulas do curso noturno de pedagogia na
Universidade do Estado da Bahia- UNEB, Campus VII, em Senhor do Bonfim–BA,
objetivando investigar a compreensão que os alunos do referido curso têm sobre a
sua importância desenvolvi o meu problema de pesquisa.



Nessa perspectiva e partindo das analises realizadas, nas aulas e
questionamentos feitos com alunos do curso noturno de Pedagogia, da UNEB,
Campus VII, busco por meio deste identificar: Qual a compreensão que os alunos
do curso noturno de Pedagogia da Universidade do Estado da Bahia, Campus VII
tem sobre o curso.



Tendo relevância no contexto em que se situa, este trabalho constitui-se de
grande importância por que busca esclarecer a compreensão dos alunos
promovendo uma reflexão sobre a necessidade de se compreender e aceitar o
curso de Pedagogia, ressaltando a sua importância dentro do sistema educativo.




CAPITULO II

QUADRO TEÓRICO



Tratarei aqui do referencial teórico cujas articulações serão norteadas
pelos seguintes conceitos: Compreendendo a pedagogia, O curso de
pedagogia da UNEB Campus VII, Pedagogia e participação
2.1- COMPREENDENDO A PEDAGOGIA.




Libâneo (2001) relata que “Há uma idéia de senso comum, inclusive de muitos
pedagogos de que a Pedagogia é como se ensina, o modo de ensinar a matéria, o
uso de técnicas de ensino (p.21), para ele trata-se de uma idéia simplista e
reducionista.

Sobre esse aspecto é muito comum e consensual perceber as falhas do processo
educacional e das deficiências da escola dentre outros aspectos institucionais,
mas Libâneo (2001) ao esclarecer este fato elevando a idéia do senso comum
afirma que:




 A meu ver, a Pedagogia ocupa-se de fato, dos processos educativos, métodos, maneira de
ensinar, mas antes disso ela tem um significado bem mais amplo, bem mais globalizante. Ela é um
campo de conhecimentos sobre a problemática educativa na sua totalidade e historicidade, e ao
mesmo tempo uma diretriz orientadora da ação educativa. O pedagógico refere-se a finalidades da
ação educativa, implicando objetivos sociopolíticos a partir dos quais se estabelecem formas
organizativas e metodológicas da ação educativa. (p.22).




Para a formação do pedagogo pressupõe-se um conjunto de valores,
representações, saberes e práticas que, em sua heterogeneidade, constitui a
cultura pedagógica, estruturando a ação docente cotidiana. Cabe ressaltar, no
entanto, que as aprendizagens realizadas por eles assumem uma grande
importância para sua formação, uma vez que lhes permitem considerar de modo
abrangente os múltiplos fatores inscritos na docência.



 Uma formação desse tipo, pautada em saberes e representações, apresenta
possibilidades relevantes para a atuação do trabalho no exercício da prática.
Nesse sentido, pensar a formação do futuro professor, para além de propostas
político-pedagógicas, implica investir esforços para uma formação ampla por meio
das diversas linguagens com o objetivo de possibilitar uma compreensão mais
crítica da profissão e da realidade.
Candau (2005) falando sobre a relação entre teoria e prática e suas
implicações nos cursos de formação de professores apresenta sua visão,
afirmando que teoria e prática:


(...) são consideradas o núcleo articulador da formação do educador na medida em que os dois
pólos devem ser trabalhados simultaneamente, constituindo uma unidade indissolúvel. Há uma
implicação mútua entre eles, superando assim uma tendência muito encontrada nos cursos de
Pedagogia e de licenciatura que considera a prática educacional como separada das teorias
pedagógicas (p.67- 68).




Deste modo, é imprescindível que, durante o processo de formação inicial, o
graduando atue pedagogicamente, analisando suas concepções e atitudes, de
modo a lhe possibilitar a apropriação de instrumentos que permitam a elaboração
dos seus próprios conhecimentos. Em consonância com esta idéia Kullok (2000)
afirma que:



A formação de profissionais da educação deverá ter como fundamento a associação entre teorias
e práticas além do aproveitamento, experiências anteriores em instituições de ensino, devendo
ainda essa formação ocorrer em nível superior em cursos de licenciatura, graduação plena, em
universidades e instituições superiores de educação. (p.10)




Diante disso a prática de ensino do Curso de Pedagogia da UNEB está distribuída
nas disciplinas Pesquisa e Prática Pedagógica e Trabalho de Conclusão de Curso.
A primeira se divide em cinco disciplinas seqüenciadas: Pesquisa e Prática
Pedagógica I, II, III, IV e V; e a segunda, representa o Trabalho de Conclusão de
curso. Cada disciplina possui uma carga horária de 60 horas, que são
desenvolvidas através de aula teórica com apresentação de seminários de
socialização das produções dos/as alunos/as no final das disciplinas, e prática por
meio do Estágio Supervisionado.

A proposta desenvolvida através de Pesquisa e Prática Pedagógica se dá a partir
da aproximação do/a aluno/a com a escola, para que ele/a compreenda a prática
educacional escolar e suas formas de organização e gestão. Em seguida
Pesquisa e Prática Pedagógica II e III dão continuidade ao estudo voltando-se
para a sala de aula procurando conhecer as formas de organização e
funcionamento da Educação infantil e das séries iniciais do Ensino Fundamental.



A partir de Pesquisa e Prática V o/a graduando/a irá exercitar e analisar a prática
pedagógica em sala de aula, na área de Linguagem, Matemática, História,
Geografia e Ciências Naturais. Tendo realizado a observação e o estágio, o
aluno/a irá elaborar um projeto de pesquisa, que depois de realizado resultará na
elaboração de um relatório que ganha forma de artigo científico. O trabalho de
conclusão de curso TCC culmina esta caminhada com a elaboração do trabalho
monografia.



Como pontua Cortella (2001):



(...) O bem imprescindível para nossa existência é o conhecimento, dado que ele, por se constituir
em conhecimento, averiguação, e interpretação sobre a realidade, é o que nos guia como
ferramenta central para nela intervir; ao seu lado se coloca a educação (em suas múltiplas formas)
que é o veículo que o transporta para ser produzido e reproduzido. (CORTELLA, 2001, p.45, grifos
do autor).




 A pedagogia que forma o profissional não pode ser uma reprodução dos conteúdos curriculares
para, depois, proceder à devolução desse conhecimento no momento da avaliação da
aprendizagem.



 Precisa-se, construir uma pedagogia que promova um tratamento mais consistente com uma
metodologia de trabalho para a educação da atualidade o que se faz necessário buscar formas de
ensino que venham a auxiliar os futuros profissionais da educação a conquistarem elementos
teórico-metodológicos sólidos e, ao mesmo tempo flexíveis, para uma assimilação crítica e não
meramente reprodutiva.



 O momento pedagógico atual é, pois, o de superar a teoria didática que se contrapõe ao
tratamento totalizante do ato educativo. O desafio, portanto, será o de confrontar constantemente
seu estatuto epistemológico com a realidade sócio-educativa, para realizar uma faxina pedagógica,
diante das constantes mutações do contexto social.



 Como alguém se constitui no sujeito professor? Como os conhecimentos aprendidos nos cursos
de licenciatura e as redes de histórias de cada um constituem os sujeitos professores? É preciso
buscar essa identidade, pois como declara Chiarello:



Com todas as transformações que estão ocorrendo no mundo, mais do que nunca é preciso
aprender a viver com a incerteza. É preciso desenvolver a autonomia nos alunos e também nos
professores, com auxílio de ambientes de aprendizagem, levando-os a aprender a aprender. Isso
implica ter a condição de refletir, analisar e tomar consciência do que sabemos dispormo-nos a
mudar os conceitos que possuímos, seja para processar novas informações, seja para substituir
conceitos cultivados no passado e adquirir novos conhecimentos (CHIARELLO, sd, p.2).




A preocupação do curso, portanto gira em torno de como formar o professor para
uma sociedade, em constantes transformações, geradas pelas novas tecnologias
da informação e da comunicação e convivendo com a diversidade

A Instituição de Ensino Superior, onde esta prática é desenvolvida, busca como
objetivo atender essas demandas agindo na formação de professores e estende
sua responsabilidade social para além da dimensão da educação e da escola, pois
segundo afirma Rodrigues (1987):



Hoje, preparar culturalmente os indivíduos significa possibilitar-lhes a compreensão da visão de
mundo presente na sociedade, para que possam agir aderindo, transformando e participando da
mudança dessa sociedade. Sem essa compreensão, torna-se inviável a participação efetiva do
indivíduo nessa produção cultural (1987; 58).




Entretanto o curso propõe que o professor seja aquele que, além da competência,
habilidade e equilíbrio emocional, tenha consciência da importância do
desenvolvimento cognitivo e do desenvolvimento humano e por isso prezem por
uma prática educativa pautada no respeito e compreensão às diferenças, como
ressalta Pimenta (2004) ao afirmar que:



 O exercício da atividade docente requer preparo. Preparo que não se esgota nos cursos de
formação, mas para qual o curso pode ter uma contribuição específica enquanto conhecimento
sistemático da realidade do ensino-aprendizagem na sociedade historicamente situada, enquanto
possibilidade de antever a realidade que se quer (estabelecimento de finalidades, direção de
sentido), enquanto identificação e criação das condições técnico-instrumentais propiciadoras da
efetivação da realidade que se quer. Enfim, enquanto formação teórica (onde a unidade teoria e
prática são fundamentais para a práxis transformadora. (p. 105).




As propostas para a formação de professores e seus objetivos têm sido discutidas
consideravelmente nas últimas décadas.

Na busca da superação, os cursos de licenciatura têm buscado uma maior
aproximação com ações reflexivas, presentes no desenvolvimento e na reflexão
da ação docente embasado na maneira de pensar, selecionar e saber, que focos
privilegiar se compreendermos que há uma curiosidade e um desejo de saber
sempre presente.




2.2- O CURSO DE PEDAGOGIA DA UNEB CAMPUS VII


Segundo o Projeto Político Pedagógico da UNEB, Campus VII, fundamentado na
Lei nº. 9.394/96 ainda como FESB, o Departamento iniciou suas atividades
oferecendo o curso de Licenciatura em Ciências com habilitação em Matemática.
Em 1992, introduziu Licenciatura em Pedagogia e, em 1997, passou a incluir
Ciências, com habilitação em Biologia. (p.10)



 Como especificado no referente projeto: “Os cursos de Pedagogia instalados nos
diversos CAMPI da Universidade Estadual da Bahia têm como objetivo a formação
de um profissional capaz de contribuir, efetivamente, para a melhoria das
condições em que se desenvolve a educação, e, conseqüentemente,
comprometido com um projeto de transformação social” (p.32). E dentro dessa
perspectiva oportunizar um ensino e uma formação multicultural.



 Conhecer e viver a pedagogia é encantar-se por aquilo que é ensinado fazendo
deste uma prática, mudar de postura, desenraizar-se sem perder valores humanos
compreendendo o seu meio através da ética e da igualdade, construindo saberes
que possam resultar em novos olhares, novas composições sobre a sociedade, a
cultura e a educação como revela Gomes (2003) quando diz que:



Os educadores constroem valores, entre seus alunos e colegas, produzem conhecimentos e
desenvolvem competências, próprias do seu campo de atuação, a saber, a docência. Mas
juntamente com esses aspectos esse profissional também constrói e desenvolve valores acerca do
universo cultural e social em que vive, e isso envolve as representações sociais positivas e
negativas que incidem sobre determinados grupos sociais. (p.160)




O eixo e as temáticas presentes no curso abrangem as dimensões da formação
pedagógica, que são a investigação, a prática da docência, o trabalho pedagógico
em espaços formais e em espaços não- formais, como já declarou Freire (1997):



O corpo consciente e curioso, que estamos sendo e veio tornando capaz de compreender, de
interagir, técnica, ética, estética, científica e politicamente, precisa-se de uma intervenção na
prática educativa, indiscutivelmente na qualidade política do educador. (p.64)




A estrutura do currículo do curso de Pedagogia da UNEB, Campus VII busca
evidenciar o repensar das relações objetivas e subjetivas, da linguagem gestual e
das práticas corporais uma vez que fornece subsídios na forma como se articulam
as políticas educacionais e currículos, como, o quê e o pra quê ensinar, para isso
pretende-se oferecer aos alunos uma sólida formação teórica e prática que
favoreça a reflexão contextualizada sobre os principais problemas da educação e
aponte possibilidades para a atuação de cada profissional da educação em seu
campo de trabalho.




É a partir das várias vivências e as relações desencadeadas na universidade que
os acadêmicos percebem a partir das intervenções pedagógicas que estão
inseridos em um novo espaço político pedagógico no qual engajados na
construção do conhecimento, descobrem a pesquisa estando os mesmos atentos
às mudanças sociais, políticas, econômicas e culturais.




Através do curso de Pedagogia percebe-se que as vivências oportunizadas aos alunos, os
diálogos estabelecidos com pessoas, grupos ou atividades diversas têm se apresentado como algo
de grande significado e relevância para que os sujeitos sejam provocados há compreender os
tempos, os espaços, as identidades e os papéis sociais.




Segundo o Projeto Político Pedagógico da UNEB:


 A proposta de Redimensionamento dos Cursos de Formação de Professores, no âmbito da
UNEB, propõe-se a fazer uma reinterpretação das grades curriculares para possibilitar a
flexibilização da estrutura curricular vigente no processo de ensino-aprendizagem. Portanto,
faz-se necessária a reestruturação do curso de Pedagogia ministrado nos diversos
Departamentos da UNEB. É, no entanto, fundamental que o egrégio Conselho de Ensino,
Pesquisa e Extensão – CONSEPE se proponha a fazer uma apreciação dessa proposta para
possível aprovação. (p.09)

.

O pedagogo é um estudioso das ações educativas, sociais, culturais e intelectuais
do sujeito dentro de uma sociedade na qual contribui para o seu desenvolvimento.
Como alguns pensavam, não vivemos mais a época em que o pedagogo ocupava-
se somente da educação infantil, atualmente a pedagogia dispõe de uma
abrangente área de atuação, que inclui, além de instituições de ensino, empresas
dos mais diversos setores.

Buscando abranger a dimensão da proposta do curso, o seu Projeto Político
Pedagógico apresenta um currículo:



[...] para além da listagem de conteúdos, do saber "atrás das grades"; evidencia a Perspectiva de
um Currículo não-linear, mas construído a partir dos seguintes princípios: Trabalho pedagógico
escolar como princípio educativo que norteia o desenvolvimento da proposta curricular; A prática
da interdisciplinaridade como princípio para o desenvolvimento de um trabalho que articule os
conteúdos das diversas áreas de estudo em torno de questões centrais e/ou que garanta a
observância do princípio definido.
 A pesquisa como princípio cognitivo e instrumentalizador do trabalho docente.
Tenta avançar no sentido de assegurar uma formação, que, tomando o trabalho pedagógico como
princípio educativo e constitutivo da formação integral do professor, propicie ao mesmo, um quadro
técnico referencial de análise que lhe permita compreender o processo pedagógico em sua
totalidade e complexidade, o processo. (p.27)




O estudo da pedagogia contribui para a transformação da universidade de um
lugar de transmissão ou reprodução de um saber pré-fabricado, em um lugar onde
novos saberes sejam construídos de forma coletiva e crítica, a partir do qual o
Curso de Pedagogia perseguirá nos propósitos da qualidade do ensino, com as
exigências de uma compreensão crítica, contribuindo para a melhoria da
qualidade do ensino do Sistema de Educação gerando possibilidades de
intervenção e transformação.

    como declara Freire (2000) ao afirmar que:



(...) a universidade tem uma responsabilidade social a cumprir junto aos demais graus de ensino e
uma contribuição fundamental a dar no que diz respeito à compreensão do conhecimento, às
perspectivas de avanço nas diferentes dimensões do conhecimento bem como nas questões de
formação dos profissionais que atuam nas redes de ensino. (p.81)




A proposta do curso atende o que está previsto no Projeto Pedagógico do curso
de Pedagogia/ Habilitação em Supervisão Escolar/ Administração Escolar e
coordenadores pedagógicos dentre outras habilitações e propõe-se atender as
necessidades da educação diante da demanda o qual pretende “formar
profissionais em educação com perfil crítico, pesquisador, dinâmico, inovador e
transformador, pois como está explícito no Projeto Político Pedagógico:



Considerando todo esse processo de discussões e organização política em torno do curso de
Pedagogia, porém sem querer esgotá-las, organizou-se esta proposta, buscando entender que a
“pedagogia é um campo de conhecimento sobre a problemática educacional na sua totalidade e
historicidade e, ao mesmo tempo, uma diretriz orientadora da ação educativa). Para isso, pretende-
se oferecer aos alunos uma sólida formação teórica e prática que favoreça a reflexão
contextualizada sobre os principais problemas da educação e aponte possibilidades para a
atuação de cada profissional da educação em seu campo de trabalho. (p.32)




Esta proposta é resultado de uma decisão política de todos que estiveram com as
questões sociais e contemporâneas onde prioriza a investigação e as inter-
relações entre cultura, educação e sociedade.



A inquietação sobre formação pedagógica tem sido elemento impulsionador,
na aprendizagem de cada disciplina que constitui o curso de Pedagogia,
possibilitando uma perspectiva inovadora e desafiadora no meio acadêmico.




A reflexão sobre o curso de Pedagogia pressupõe uma série de analise sobre a
formação acadêmica, que este curso oferece. Nessa perspectiva busca-se instigar
nossos/nossas alunos/alunas a também refletirem sobre sua própria formação e
provocarem mudanças em sua posturas e ações pedagógicas.



    Segundo afirma Mizukami (2002):



 O conhecimento se constrói a partir de hipóteses que se estruturam e se desestruturam. O
conhecimento docente também se constrói com a quebra de certezas presentes na prática
pedagógica cotidiana de cada um de nós. Portanto é preciso intervir para desestruturar as certezas
que suportam essas práticas. Devem-se abalar as convicções arraigadas, colocar dúvidas,
desestabilizar. A partir da desestruturação das hipóteses, constrói-se novas hipóteses, alcançam
novos níveis de conhecimento.(p.38)




O curso em evidência continua ainda muito voltado para a escola, mas hoje a
UNEB e as diversas faculdades têm revisado seus currículos, resultando em uma
formação de profissional mais direcionada, pois as funções desempenhadas pelo
pedagogo são influenciadas por diversos fatores, como o desenvolvimento
tecnológico, a competitividade e as exigências de mercado e a corrida para
alcançar as oportunidades.




2.3- PEDAGOGIA E PARTICIPAÇÃO


Trataremos aqui da participação no conhecimento pedagógico e dessa forma,
confrontar saberes transmitidos e o conhecimento onde o sujeito e o objeto estão
próximos. Segundo Freire (2000):



A participação (...) implica, por parte das classes populares, um “estar presente na História, e não
simplesmente nela estar representadas”. Implica a participação política das classes populares
através de suas representações ao nível das opções, das decisões e não só do fazer o já
programado. (p.75)




 Partindo dos saberes e conhecimentos construídos no curso de formação
pedagógica e procurando destacar suas contribuições nas perguntas geradoras do
conhecimento e as respostas acadêmicas através da perspectiva de encontrar
respostas a essas indagações, buscamos desenvolver a compreensão da
pedagogia participativa.
O pedagogo tem se caracterizado como o profissional responsável pela docência
e especialidades na educação, tais como: Direção, Coordenação, orientação e
Supervisão, entre outras atividades específicas da escola.



A distinção entre saberes e conhecimentos, possibilita superar o conflito das
pedagogias da pergunta e da resposta e ajuda a compreender a relação entre
ensino e pesquisa.

Na visão de Freire (2000) “a pedagogia da participação representa não apenas
tomar conhecimento daquilo que já foi decidido, mas um engajamento concreto
nas decisões, opções e disposição. Diante disso faz-se necessário ao estudante
de pedagogia uma compreensão sólida da sua participação das diferentes formas
com a sociedade, pois este é um instrumento essencial para, que os futuros
educadores reconheçam seu compromisso, como já destaca Freire (2001) quando
aborda que:



[...] não me parece possível, nem aceitável a posição ingênua, ou, pior, astutamente neutra de
quem estuda, seja o físico, o biólogo, o sociólogo, o matemático, ou o pensador da educação.
Ninguém pode estar no mundo, com o mundo ou com os outros de forma neutra. Não posso estar
no mundo com luvas nas mãos, constatando apenas. A acomodação em mim é apenas caminho
para a inserção que implica decisão, escolha, intervenção na realidade. [grifo do autor].




Junto a uma participação democrática dentro da pedagogia propõe-se uma

articulação entre diferentes saberes que lutam por legitimidade dentro do campo
acadêmico, o que visa problematizar as diversas formas de apropriação do saber
dentro do currículo, o qual já traz em si questões de ordem política, como escreve
Freire [...] “capacidade de viver com os diferentes para lutar com os antagônicos.
É estimular, a dúvida, a crítica, a curiosidade, a pergunta, o gosto do risco, a
aventura de criar” (200, p. 54).



Dentro do contexto de um mundo globalizado, a reflexão a cerca da
transmissão do saber acadêmico e os processos de democratização desses
saberes estão alicerçados na convicção de que precisamos construir novas bases
para pensarmos e intervirmos nas escolas.
Entendendo a formação do professor como um processo contínuo
construído em espaços coletivos de socialização, este trabalho discute a
formação docente advindas de experiências e práticas voltadas para o
desenvolvimento dos alunos de Pedagogia tecendo uma visão mais crítica da
profissão e da realidade com base na visão de Freire (1998) quando relata:



Como prática estritamente humana, jamais pude entender a educação como uma experiência fria,
sem alma, em que os sentimentos e as emoções, os desejos e os sonhos, devessem ser
reprimidos por uma espécie de ditadura racionalista. Nem tão pouco jamais compreendi a prática
educativa como uma experiência a que faltasse o rigor em que se gera a necessária disciplina
intelectual. (p.164-165).



 Nesse sentido, pensar a formação do futuro professor, para além de propostas político-
pedagógicas, implica investir esforços para uma formação ampla por meio das diversas linguagens
com o objetivo de possibilitar uma melhor compreensão do curso e de sua formação.




Na prática profissional docente, são muitos os desafios. Acreditar na educação é
aceitar o desafio de lutar por uma formação voltada para a construção do
conhecimento, conciliando os conteúdos com o desenvolvimento de
competências.



Durante a formação universitária, no curso de Pedagogia é indispensável que o
acadêmico vivencie experiências de construção própria do conhecimento dentro
de uma metodologia que privilegie as suas construções sendo necessário
programar atividades reflexivas para que eles possam ser mais preparados para
lidar com o processo de ensino e aprendizagem como diz Freire (2003):



[...] Ás vezes preservando determinadas formas de cultura. Outras interferindo no processo
histórico, instrumentalmente. De qualquer modo, para ser autêntico, é necessário ao processo
educativo que se ponha em relação de organicidade com a contextura da sociedade a que se
aplica. (p.10)




É óbvio que precisa-se de discussão sobre a formação docente. Especialmente na prática
de ensino e do curso de Pedagogia, o qual tem sofrido mudanças sugeridas pelas
exigências da formação e do exercício profissional.
Com base nas propostas sugeridas no Projeto Político Pedagógico da UNEB as bases que
orientaram o Curso de Pedagogia busca evidenciar a prática de ensino como eixo
estruturador da prática docente. Essa proposta visa à organização da Prática de Ensino como
um trabalho pedagógico, de investigação coletiva e interdisciplinar.



Segundo Freire as práticas sociais e as relações humanas geram participação, busca de
autonomia, consenso, sensibilidade e humanização como afirma Lima (2007): “Para Paulo Freire a
participação permite o estabelecimento de relações, o cruzamento de idéias e opiniões, mas
requer sujeitos abertos às mudanças”. (p.83).



A pedagogia e participação tem natureza pedagógica e política a qual visa descobrir novos
formatos de avaliação e discutir novas aprendizagens. Embora tenha-se falado muito em avaliação
participativa na universidade, esta não tem sido um tema preferencial de pesquisa. É preciso que
a avaliação e participação na universidade seja direcionada por princípios políticos para que ocorra
participação com saberes, para além da simples autocrítica.
CAPÍTULO III




METODOLOGIA

3.1. Tipo de pesquisa


Por ser através da pesquisa que se produz o conhecimento científico, a qual
propõe confrontar dados, evidências e informações coletadas optamos como
referência metodológica, empregar os princípios da pesquisa qualitativa, pois
segundo Chizzotti 2006, é:



[...] a identificação do problema e sua delimitação pressupõem uma imersão do pesquisador na
vida e no contexto, no passado e nas circunstâncias presentes que condicionam o problema.
Pressupõem, também, uma partilha prática nas experiências e percepções que os sujeitos
possuem desses problemas, para descobrir os fenômenos além de suas aparências imediatas.
(p.81).




Para empregar a pesquisa qualitativa, precisa-se buscar dados reais, com a
finalidade de observar, analisar e constatar a clareza do que foi investigado. Pois
de acordo com Borgdan Biklen (apud) Ludke:

“A pesquisa qualitativa envolve a obtenção de dados descritivos obtidos no
contato direto do pesquisador com a situação estudada e enfatiza a perspectiva
dos participantes.” (1986, p. 13).

Todos os dados da pesquisa são de grande relevância, na qual o pesquisador
deve ter uma atenção especial. Como aponta Triviños (1987):

 “A pesquisa qualitativa tem um ambiente natural, com sua fonte direta dos dados
e o pesquisador como instrumento chave. A pesquisa qualitativa é descritiva, e o
significado é a preocupação essencial na abordagem qualitativa” (p.13).

3.2 Instrumentos de coleta de dados
Para obtenção de resultados, foram utilizados instrumentos adequados à
abordagem qualitativa, sendo estes, o questionário fechado, e o semi- estruturado
buscando traçar o perfil dos sujeitos entrevistados.

3.2.1 Questionário-fechado. Segundo Andrade (1999): “Perguntas fechadas são
aquelas que indicam três ou mais opções de respostas ou se limitam à resposta
afirmativa ou negativa e já trazem espaços destinados à marcação da escolha”
(p.131)

3.2.2 Questionário semi-estruturado. Segundo Marconi e Lakatos:
“Questionário é um instrumento de coleta de dados constituído por uma série
ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito e sem a presença
do entrevistador.” (2000 p.87).

3.3 Sujeitos da pesquisa.
A pesquisa foi realizada com os alunos do curso de Pedagogia noturno da
Universidade do Estado da Bahia (UNEB), No Campus VII, EM Senhor do Bonfim-
BA, buscando conhecer as compreensões que eles têm sobre o curso de
Pedagogia e sua formação.

3.4 Lócus de pesquisa
A pesquisa foi realizada na Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus
VII, em Senhor do Bonfim BA, nas salas 2,5 e 9 do curso de Pedagogia noturno.




CAPÍTULO IV

ANÁLISE DE DADOS



Para constituir-se a análise de dados com a ajuda dos questionários, identificou-se
o perfil dos alunos, sendo possível confrontar os dados obtidos com fundamento
teórico para um melhor embasamento do que foi pesquisado.



A análise de dados constitui a parte de maior importância de um trabalho de
pesquisa, pois através desta adquirimos respostas as indagações do pesquisador.

Neste capítulo se estabelece as relações entre as indagações feitas e os
dados obtidos.

A pesquisa foi desencadeada a partir um estudo, o qual se caracteriza como
pesquisa, na qual buscamos identificar o tema a ser explorado e um refinamento
do instrumento de coleta de dados. Para a realização da mesma, procuramos
entender as compreensões que os alunos do curso de Pedagogia do turno noturno
da UNEB Campus VII têm sobre o curso em sua formação profissional.

Diante da necessidade de entender como os alunos do curso de pedagogia da
UNEB, Campus VII, compreendem o curso, apresenta- se agora os resultados da
investigação, obtidos através dos instrumentos utilizados.




4. RESULTADOS DO QUESTIONÁRIUO FECHADO.

Apresenta-se agora o perfil dos sujeitos, através das respostas coletadas por meio
do questionário- fechado.




4.1. PERFIL DOS SUJEITOS:

Os sujeitos aqui retratados são alunos do curso de Pedagogia oferecido pela
Universidade do Estado da Bahia - UNEB, Campus VII em Senhor do Bonfim-BA.




4.1.1 SEXO
Fonte: Questionário fechado aplicado aos sujeitos de pesquisa




Os participantes da pesquisa são em sua grande maioria de sexo feminino por ser
o curso de Pedagogia em grande numero composto de mulheres, pois como já
afirmam Ludke e Boing (2004) “É um grande número de pessoas que exerce o
trabalho com crianças, e tem diferentes qualificações. É o número de mulheres na
área da educação [...].” (p.5).




4.1.2 FAIXA-ETÁRIA.



Fonte: Questionário fechado aplicado aos sujeitos de pesquisa



Quanto à faixa-etária dos alunos, conforme apresenta no gráfico, eles têm em sua
maioria entre 18 e 25 anos e entre os 26 a 30, com uma pouca quantidade com
idade acima de 30. Conclui-se portando que os alunos são em sua maioria jovem,
porém com um relativo grau de amadurecimento.



4.1.3 ARÉA DE OCUPAÇÃO




Fonte: Questionário fechado aplicado aos sujeitos de pesquisa
É importante perceber que maioria dos entrevistados já atuam na área da
educação o que nos leva a compreender que a maioria busca no curso a
qualificação profissional, adquirindo conhecimentos para que possa realizar bem o
seu trabalho. Já relata Cortella (2001) que:



(...) o bem imprescindível para nossa existência é o conhecimento, dado que ele por se constituir
em entendimento, averiguação e interpretação sobre a realidade, é o que nos guia como
ferramenta central para nela intervir, ao seu lado se coloca a educação que é o veículo que o
transporta para ser produzido e reproduzido.

(p.45 grifos do autor)




4.1.4 O QUE BUSCAM AO ESTUDAR PEDAGOGIA.



Fonte: questionário fechado aplicado aos sujeitos de pesquisa.




Percebe-se através do questionário aplicado que os alunos de pedagogia buscam em sua maioria
qualificação profissional, tendo também aqueles que visam uma melhoria de salário ou apenas ter
um nível superior. Sendo a maioria dos alunos já atuantes na educação, é de grande importância
que estes busquem enriquecer e melhorar seus conhecimentos.

Gadotti (1998) aponta essa importância ao afirmar que: “O conhecimento não se reduz ao produto,
ele é também um processo. Uma coisa é assimilar conhecimentos, outra coisa é a construção
democrática do conhecimento”.



4.1.5 HOUVE MUDANÇA QUANTO AO OBJETIVO NO DECORRER DOCURSO




Quando questionamos sobre a mudança quanto ao objetivo no decorrer do curso,
percebemos que não houve um envolvimento total dos alunos com o curso, ficando evidente em
grande parte dos alunos pouca expectativa em relação a sua formação. Hoffmann (1998, 2000),
aborda o comprometimento como um diferencial decisivo, na busca do aperfeiçoamento. Segundo
a autora é preciso atingir a essência da dialética - conhecimento e criticidade. (Hoffmann, 1998
p.17, grifos do autor).




4.1.6 COMO AVALIAM O APROVEITAMENTO NO CURSO?




Buscando entender como os alunos avaliam o seu
aproveitamento no curso percebemos que a sua grande maioria
considera um aproveitamento regular, no entanto não é bom para nós
considerarmos dessa forma, pois é preciso que haja um real
aproveitamento para que possamos estar preparados como bom
profissionais para atuar na educação, pois esse será o pano de fundo
no qual irá refletir nossas ações e posturas pedagógicas.

 Freire (2002) traz orientações sobre essa competência abordando
que conhecimento deve ser compreendido como processo evolutivo e
contínuo, fruto de dedicação, estudo e de pesquisa ao afirmar que
“Ensinar inexiste sem aprender”... (p.26)




4.2. RESULTADO DO QUESTIONÁRIO SEMI-ESTRUTURADO

A partir do questionário semi-estruturado, obtivemos dados sobre a
compreensão que os alunos estudantes do curso de Pedagogia tem
sobre o curso e a formação que ele oferece.
4.2.1. Quanto à cidade onde moram e saem para estudar.

Podemos perceber por meio do questionário semi- estruturado,
através das respostas dos alunos entrevistados que em sua grande
maioria esses alunos se deslocam de outras localidades. Percebe-se
que 60% dos alunos moram em outras cidades nas quais não há nível
superior. Algumas dessas localidades perto do Campus VII, em
Senhor do Bonfim outras distantes. As cidades com maior incidência
de alunos são:



Sobre isso o A1 afirma:
Moro a 120 km daqui, e às vezes é complicado, pois trabalho o dia todo, tenho família e tenho que
correr contra o tempo para estar todos os dias aqui, além do que às vezes temos problemas com o
ônibus, é distante chego muito tarde em casa.




4.2.2 Por que está fazendo Pedagogia.

Ao analisar as respostas dos alunos egressos no curso de Pedagogia da UNEB, Campus VII,
percebe-se segurança e certeza do que quer em algumas falas, porém percebemos também
bastante insegurança e falta de propósito com a formação do curso, pois enquanto o A2 diz que:



Faço Pedagogia pelo leque de opções que ela traz e por habilitar e preparar para a docência com
crianças e jovens.



O aluno faz menção da qualificação que o curso proporciona, e a formação que ele traz para a
prática docente, mostrando que há uma compreensão acerca da sua escolha do curso o qual lhe
possibilitará exercer uma prática significativa.



A3 diz que:

Faço Pedagogia porque fui chamada, passei e não sabia e quis experimentar, pois ainda não tinha
nenhuma noção de nenhum curso.
Em relação à fala de A3 já podemos perceber que não há uma firmeza quanto ao objetivo ao
estudar Pedagogia, onde há a ausência de uma compreensão sobre a área de formação que o
curso prepara.



4.2.3 O que entende sobre o curso.

Ao questionar sobre o que entende sobre o curso,

A6 diz que:

O curso prepara o profissional que vai atuar em sala de aula (professor/educador).

Já A8 diz:

Entendo pouca coisa. Quase nada




Analisando a compreensão de A6 ao afirmar que este curso prepara o profissional para atuar em sala de aula,
percebemos que há uma idéia restrita sobre a área de atuação do pedagogo, embora ele compreenda que o objetivo do
curso é preparar o profissional.



Quando partimos para analisar a compreensão de A8 percebemos uma lacuna muito grande em relação ao entendimento
sobre o curso que exerce o que nos preocupa com a formação deste que se prepara para atuar na educação. Pois como já
declarou Freire (2002):




“Assim como não posso ser professor sem me achar capacitado para ensinar bem e certos os
conteúdos da minha disciplina, não posso por outro lado reduzir a minha prática docente ao puro
ensino daqueles conteúdos (...), Tão importante quanto ele; o ensino dos conteúdos é o meu
testemunho ético ao ensiná-los e a decência com que o faço. (p.116)




4.2.4 Quanto ao que acha do curso? O que espera?

Ao buscarmos entender o que acham e o que esperam do curso A5 respondeu:



Um curso maravilhoso. Espero que através dele meus objetivos educacionais sejam alcançados.

Enquanto isso A7 responde:

O curso é bom, mas ultimamente anda meio desleixado. Espero terminar logo para me ver livre.
Analisando a resposta de A5 percebemos que há um gosto e um prazer em realizar o curso, e que há uma
perspectiva em poder contribuir com a educação.

Partindo para analisar a resposta de A7 nos preocupa perceber que há um desprazer na fala do aluno ao falar que deseja
ficar livre e ver o curso como desleixado, pois nos remete a querer entender se o problema esta no curso ou no aluno.
Precisa-se abrir a visão sobre o que acontece, pois Freire (2000) declara que:




Não podemos cruzar os braços diante das dificuldades, retirando dessa maneira nossa
responsabilidade pelas mudanças (...) o meu papel no mundo não é só de quem constata o que
ocorre, mas também o de quem intervém como sujeito. (p.79)




4.2.5 Quanto à perspectiva ao estudar Pedagogia

Em relação à perspectiva dos alunos sobre o curso, percebemos que a idéia de grande parte deles
é obter conhecimentos, e qualificação e assim poderem atuar em suas áreas de trabalhos, porém
percebemos ainda a existência daqueles que estudam sem nenhuma expectativa em relação à
educação, buscando apenas ter um nível superior.

A6 fala que:

Pretendo ser uma educadora, E-D-U-C-A-D-O-R-A, ter conhecimentos adquiridos para melhor
compreender e ensinar aos meus alunos.

A9 Nos traz a sua contribuição ao afirmar que:



Eu gosto do curso, pois tem me ajudado muito em meu trabalho. Espero que ele continue a me
ajudar e que possa contribuir de alguma forma para a melhoria da educação.
Mas podemos encontrar opiniões como de A10:

Faço Pedagogia apenas por fazer, mas não tenho pretensão de ir para a sala de aula, pois não me
vejo sendo professora. É um curso muito bom, mas vou apenas conclui.



Sendo o gosto, o prazer e o interesse a chave para os desdobramentos na prática educacional em
sua plenitude os conhecimentos adquiridos no curso de formação profissional, cabe ressaltar o
enfatiza Gil Neto (1996): “(...) É oportuno retomar aqui e agora a questão do para quê e para quem
ensinar. E daí a sua decorrência: como ensinar. (p.18).
CONSIDERAÇÕES FINAIS




Por meio do assunto em pauta, o que constitui peça-chave para o
desenvolvimento crítico do educador, o trabalho construído é de grande valia no
contexto em que se situa para a nossa formação acadêmica, bem como para
contribuir na prática exaltando a carência da compreensão da importância do
curso de formação em nossas vidas, sobretudo da pedagogia.



 A pedagogia abre portas para o conhecimento e o desenvolvimento da
compreensão e da formação critica do aluno. Pretendemos por meio deste
contribuir com a mudança da realidade visando um resultado significativo.



Por meio do desenvolvimento deste trabalho ampliamos nossos conhecimentos,
ao passo que podemos perceber e desenvolver a compreensão da importância do
curso de pedagogia e trazer importantes contribuições de grandes autores que
nos enriqueceram através de seus conhecimentos.

Dentre as informações adquiridas podemos observar que os estudantes de
pedagogia da UNEB, Campus VII precisam ainda ampliar a visão em relação a
este curso e sua formação profissional tecendo um olhar e uma compreensão
mais abrangente sobre ele.
Através dos questionamentos aplicados aos alunos de pedagogia, percebe-se que
de fato há o que dantes foi introduzido neste trabalho, o fato é convivemos ainda
com uma fragmentada e equivocada concepção que se tem do curso de
Pedagogia. É percebido ainda, certo receio por parte dos estudantes em relação à
formação que ele propõe o que leva muitas vezes a uma insegurança em relação
à escolha do curso e até mesmo medo de encarar a realidade da sala de aula.



Porem é compreendido por muitos a importância da formação pedagógica, em
especial para aqueles que almejam atuar na educação.

É preciso perceber que o pedagogo tem se caracterizado como o profissional
responsável pela docência e especialidades na educação, tais como: Direção,
Coordenação, orientação e Supervisão, entre outras atividades específicas da
escola.

 Muitos pedagogos precisam compreender ainda que é um estudioso das ações
educativas que ocorrem em todas as vidas sociais, culturais e intelectuais do
sujeito inserido em uma sociedade na qual ele contribui para o seu
desenvolvimento. A pedagogia hoje dispõe de uma vasta área de atuação, que
inclui, além de instituições de ensino, empresas dos mais diversos setores.

Cabe ressaltar que o pedagogo não pode terminar o curso de graduação e achar
que já está preparado e acabado, Pode e precisa este, porém buscar cursos de
aperfeiçoamento, pós-graduação dente outros sendo que esteja sempre em busca
de novos conhecimentos o que muito contribuirá para que se torne cada vez
melhor.
REFERÊNCIAS



ARRUDA, Maria Lúcia. História da Educação. 1ª Ed. São
Paulo, 1989.

CANDAU. V.M, Lelis. A relação teoria- prática na formação
do educador. In. Candau, V.M. (org.) Rumo a uma nova
didática. 16ª Ed. Petrópolis, RJ. Vozes, 2005.

CHIARELLO. Ilze Salete. A leitura e o ensino com
pesquisa no curso superior: uma proposta de aprender a
aprender. In:
www.cdr.unc.br/PG/RevistaVirtual/NumeroOito/Artigo06_08-
10.pdf



  CHIZZOTTI. Antonio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. São
Paulo: Cortez, 2006.



 CORTELLA. Mário Sérgio. A escola e o conhecimento: Fundamentos
epistemológicos e políticos. 4ªed. São Paulo: Cortez. 2001

FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. Integração e interdisciplinaridade no ensino
brasileiro: Efetividade ou ideologia? 4ª Ed. São Paulo. Loyola, 1992.

FREIRE, Paulo. Política e educação. 2ªed. São Paulo: Cortez, 1997

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática
educativa. 7ª Ed. São Paulo, Paz e terra, 1998.

FREIRE, Paulo. A educação na cidade. São Paulo: Cortez, 4ª Ed. 2000
FREIRE. Paulo. Política e educação: ensaios. São Paulo: Cortez 4ª Ed. 2001

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática
educativa. 22ª Ed. São Paulo, Paz e terra, 2002.

FREIRE, Paulo. Educação e atualidade brasileira. São Paulo: Cortez, 2003.

GADOTTI, Moacir. Pedagogia da práxis. São Paulo, Cortez. 1998.

GIL NETO, Antonio. A produção de textos na escola. 4 ed. São Paulo: Edições
Loyola, 1996.

GOMES. Candido Alberto. A educação em perspectiva sociológica. 5 ed. São
Paulo: EPU, 2003

HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Pontos e Contrapontos: o pensar ao agir
em avaliação. 5 ed. Porto Alegre: Mediação, 1998

 KULLOK, Mais Gomes Brandão. As exigências da formação do professor na
atualidade. Maceió: EDUFAL, 2000.

KULLOK, Mais Gomes Brandão. Formação de professores para o próximo
milênio: novo lócus? São Paulo: Annabluma, 2000.

LIBÂNEO. José Carlos. Didática. Coleção magistério, 2º grau. Série formação
do professor. São Paulo: Cortez 1992


LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos pra quê? São Paulo, Cortez,
1998.

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática.
Goiânia: Editora Alternativa, 2001.

 LIBÂNEO, José Carlos. Formação de profissionais da educação: visão crítica e
perspectivas de mudança. SG PIMENTA, JC LIBÂNEO - Pedagogia e pedagogos:
caminhos e perspectivas. São Paulo: Cortez, 2002

LIMA, Márcia Regina Canhoto de. Paulo Freire e a administração escolar: A
busca de um sentido. Brasília: Liber Livro Editora, 2007.

LUDKE, N. BOING L.A. Caminhos das profissões e da profissionalidade
docentes: Educação e sociedade, Campinas V.25, n.89, p. 1159-1181
set.dec.2004

MIZUKAMI, M. G. N. Processos de Investigação e Formação. IN: MIZUKAMI,
M.G.N. et. Al. Escola e Aprendizagem da docência: processos de investigação e
formação. São Carlos: Edu FSCAR, 2002.



OLIVEIRA, D. Reformas educativas na América Latina e trabalhos docentes.
Autêntica: Belo Horizonte, 2003

PIMENTA. Selma Garrido. LIMA, Maria do Socorro Lucena. Estágio e docência.
São Paulo, Cortez 2004.

PIMENTA. Selma Garrido. (ORG.) “Formação de professores: Identidade e
saberes da docência” In: Saberes pedagógicos e atividade docente. São Paulo:
Cortez, 1999.

RODRIGUES, Neidson. Por uma nova escola: o transitório e permanente na
educação. 6 ed. São Paulo: Cortez, 1987.

TEIXEIRA, Anísio. Escolas de educação. Revista Brasileira de Estudos
Pedagógicos, Rio de Janeiro Abr/ Jun. 1969.
ANEXOS
QUESTIONÁRIO – FECHADO



PESQUISA MONOGRÁFICA

1. PERFIL

1.1 IDADE

18 a 25( )        26 a 30(   )   acima de 30 (   )



1.2 SEXO
(       ) masculino                                       (       ) feminino



1.3 Além de estudar pedagogia, qual outra função você exerce?



2. OBJETIVOS

2. 1 O que você busca ao estudar Pedagogia?



(       ) Qualificação profissional    (       )Mudança de nível

(       ) Falta de opção               (       ) Ter uma profissão

    (      ) ter nível superior            (     )Melhoria salarial



3.1Houve mudança quanto ao seu objetivo no decorrer do curso?

    (      ) sim

(        ) não

(        ) Em partes

3.1 Como você avalia o seu aproveitamento no curso?

(       ) bom                (    ) ruim                      (     ) regular

(       ) ótimo              (    ) péssimo

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  • 1. RESUMO Esta pesquisa visou identificar e analisar a compreensão que alunos do curso de Pedagogia da Universidade do Estado da Bahia UNEB, Campus VII, em Senhor do Bonfim- BA têm sobre o curso e sua formação. Para a realização da mesma busquei suporte teórico em Freire (1992), (1998), (2000), (2002) e (2006), Oliveira (2003), Pimenta (1999) e (2004), Libâneo (1992), (2001), e (2002), Kullok (2000), Cortella (2001), Gomes (2003) Mizukami (2002) entre outros, os quais trazem contribuições de grande relevância, para que se construa uma reflexão crítica sobre a formação que o curso de Pedagogia proporciona bem como a sua importância, buscando construir uma nova compreensão sobre o mesmo. Os procedimentos metodológicos, para a realização deste constituíram-se com a pesquisa qualitativa através questionário- fechado, para traçar o perfil dos sujeitos e o semi-estruturado, para identificar as compreensões que estes têm sobre o curso. Através destes instrumentos e a análise realizada foi possível identificar que os alunos do curso de pedagogia da UNEB, Campus VII, têm diferentes compreensões sobre o curso, onde muitos não conhecem a sua importância e não entendem a qualificação que o curso oferece. Com base na pesquisa realizada trazemos elementos para que se construa uma melhor compreensão, sobre o curso de Pedagogia, através dos seguintes conceitos: Compreendendo a pedagogia, O curso de pedagogia da UNEB Campus VII, Pedagogia e participação.
  • 2. APRESENTAÇÃO As investigações que dão origem a este trabalho partem da intencionalidade de conhecer os caminhos da formação pedagógica para o exercício da docência sendo este estudo decorrente de uma pesquisa que tem como preocupação, conhecer e compreender o curso de Pedagogia e a construção dos saberes docentes e seus processos no ensino universitário buscando identificar qual compreensão que os estudantes do curso de Pedagogia da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus VII tem sobre o curso e seu processo de formação. Com base nos apontamentos, aqui feitos acredita-se que este estudo apresenta uma relevância significativa no espaço do ensino do Curso de Pedagogia, e em especial, para a formação acadêmica e pessoal dos discentes. A opção de identificar a compreensão que os alunos de Pedagogia têm sobre curso partiu da relação que tenho com o curso pelo fato de ser estudante do mesmo, e cultivar um interesse por ele o que me faz acreditar na educação e na docência. No capítulo I é abordada a questão da formação docente, com suas mudanças e transformações no decorrer da história. No capítulo II faz-se uma abordagem sobre o curso de Pedagogia trazendo assim uma melhor compreensão sobre o curso e a formação que ele propõe.
  • 3. No capítulo III fizemos uma abordagem sobre o Curso de Pedagogia da UNEB, Campus VII, o qual é o objeto principal do nosso estudo. No capítulo IV apresentamos questões sobre a Pedagogia participativa onde abordamos a participação do discente no conhecimento pedagógico. No capítulo V apresenta-se a metodologia, que com base em alguns autores nos traz os meios para que se alcance dados. No capítulo VI apresenta-se a análise e interpretação dos dados obtidos, utilizando assim o questionário fechado para traçar o perfil dos sujeitos e o questionário semi-estruturado para identificar a compreensão dos alunos de Pedagogia sobre este curso. Culminando com as considerações finais através dos questionamentos aplicados aos alunos de pedagogia, é percebido que convivemos ainda com uma fragmentada e equivocada concepção que se tem do curso de Pedagogia. Fica evidente na pesquisa realizada que há receio por parte dos estudantes em relação à formação que ele propõe o que leva muitas vezes a uma insegurança em relação à escolha do curso e até mesmo medo de encarar a realidade da sala de aula.
  • 4. CAPÍTULO I PROBLEMATIZAÇÃO A essência deste trabalho está voltada para a formação docente do profissional da educação onde tomaremos como referência o curso de Pedagogia, que vem sofrendo mudanças sugeridas pelas exigências da formação e do exercício profissional. O processo educacional no decorrer da história tem passado por significativas mudanças, devido à globalização e avanços científicos o que delinearam o caminho da educação e das políticas públicas no Brasil. Em conseqüência de diversos fatores, como a política educacional do país, que buscava ampliar a oferta de vagas no ensino superior, aumentou progressivamente a oportunidade de ingressar em um curso de graduação através do vestibular. Porém como afirma Carvalho (1981): No que se refere ao nível superior, por ser o grau culminante do sistema, é onde se processam com maior intensidade as desigualdades de oportunidades, como uma conseqüência natural das desigualdades sociais. Sendo o ingresso à universidade considerado como um canal de mobilidade, social, acesso aos diferentes cursos, torna-se proporcionalmente mais difícil, em função do prestígio de que desfrutam os mesmos, levando os candidatos de situação sócio- econômica menos favorecida a optarem pelos cursos de menor prestígio. (p.28) Os estudantes de nível superior desenvolvem um papel de intelectuais na sociedade, segundo já relatava o educador e gestor das reformas educacionais Anísio Teixeira (1900- 1971), ao afirmar
  • 5. que eles eram vistos como “receptores de formação crítica que possibilitasse a criação de projetos sociais que atendesse aos anseios da sociedade.” A partir da formulação da constituição de 1988, a qual determinava a educação um direito de todos e dever do Estado, esta seria incentivada e promovida visando o pleno desenvolvimento do cidadão e sua inserção participativa na sociedade, sendo este preparado para exercer sua cidadania e qualificado para as exigências no mercado de trabalho. Entrando no século XXI passamos a viver uma sociedade diferente, avançada, que proporciona mudanças constantes, pois o moderno é rapidamente ultrapassado devido a esse crescimento tecnológico que oferece a todo o momento novas opções. Estamos em uma época complexa de evidentes mudanças, onde não existem limites para as pretensões humanas e onde o mundo evolui numa velocidade sem precedentes, com um crescimento assustador da população o que impulsiona o homem a procurar novas alternativas e meios de preencher suas necessidades e seus desejos de buscas e realizações. Diante dessa realidade vivenciada a formação de educadores na atual conjutura da sociedade, exige destes disponibilidade e compromisso para compreender o momento atual e buscar, por meio dos conhecimentos adquiridos estabelecer ações educativas transformadoras, tendo em vista uma sociedade mais justa, mais igualitária e mais humanizada. Como relata Nóvoa (2002) “Trata-se de procurar escapar ao vaivém tradicional entre uma percapção micro e um olhar macro, privílegiando um nível meso de compreensão e intervenção.(p.15). Nesta época em que estamos vivendo, a competitividade e os interesses tem desenvolvido desigualdade estrutural, refletindo-se na distribuição de renda e desvalorização do trabalho do profissional da educação através da aplicação desigual dos direitos. A lógica neoliberal vem impondo e privilégiando algumas áreas específicas, onde o sistema educacional brasileiro destaca-se em desvantagens por causa das précarias condições de trabalho dos profissionais desta área. Por esta razão o ponto de partida deve ser o entendimento de que a formação do professor venha transformar os novos educadores em sujeitos capazes de opinar
  • 6. e de decidir através de uma formação reflexiva e crítica, sendo este um agente transformador. Ao afirmar que “formar é muito mais que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas” (FREIRE, 2002, p.14), Freire nos convida a repensar sobre a prática educativa. Essa formação busca e precisa garantir a aos estudantes do curso atitudes e posturas reflexivas e críticas, tanto do conhecimento elaborado por meio das pesquisas quanto do currículo presente em seu contexto educacional, levando-os a intervir em sua realidade. A sociedade da informação e do conhecimento exige maior qualificação profissional docente. Diante disso, a proposta do curso de Pedagogia constitui-se em preparar os alunos para atuarem na educação básica e para se exercitarem em práticas. É necessário, porém uma reflexão a respeito da formação desses, considerando a diversidade social e cultural, dos diferentes espaços onde elas ocorrem e da necessidade do emprego de metodologias mediadas por diferentes linguagens. Como afirma Oliveira 2003: Na realidade o que se espera nesses casos é que a educação contribua na redução das desigualdades sociais por meio de desenvolvimentos e de condições para que os indivíduos possam mobilizar-se socialmente ou obter grau de autonomia a fim de buscar soluções para sua sobrevivência e dessa maneira sair da condição de vulnerabilidade social. (p.23). A educação é ainda o grande desafio a ser conquistado e melhorado embora tenhamos passado por grandes transformações. Os avanços científicos e tecnológicos e a globalização da sociedade trazem novas exigências à formação de professores nesta nova organização social que exige mais da prática de ensino. Busca-se hoje desenvolver o bom profissional da educação, por meio dos cursos de licenciatura que visam uma proximidade maior com ações reflexivas, presentes na ação e na formação do professor em meio à crise da sociedade industrial moderna e as conseqüentes reformas sociais resultantes na ação docente.
  • 7. Como já afirma Freire (2006): Dessa forma, se a educação objetiva a transformação dos sujeitos, deve-se considerar que o futuro professor tenha a possibilidade de desenvolver, durante a formação, as bases para as decisões que venha a tomar, com autonomia e o compromisso profissional com a sociedade. (p.26). Para que se alcance uma consciência crítica ao longo de um curso de formação de professores é imprescindível que se possibilite a vivência com a prática, e aos vários conhecimentos presentes no ambiente. O professor, hoje, é aquele que precisa ter e desenvolver competências habilidades e equilíbrio emocional consciente da importância do desenvolvimento cognitivo e humano resultando numa prática educativa pautada no respeito e compreensão às diferenças. Sobre esta questão, Pimenta (1999) explica que: Tanto a formação inicial como a contínua tem como especificidade o que o professor faz, e não o que deve fazer, ou o que vai fazer. Ao mesmo tempo, o estagiário pode aproximar-se da realidade, chegar perto do trabalho do professor em seu lócus de Ação, que é a escola, com a conotação de envolvimento e a intencionalidade investigativa. (p.46) Através do acúmulo de conhecimentos e as grandes exigências no mercado de trabalho, sobretudo no campo da pesquisa, surge assim uma nova concepção de ensino baseada nos diversos campos de conhecimento. Nesse contexto a função da universidade diante das mudanças é de através do corpo que a integra, especialmente com os alunos construir pela práxis, uma nova relação humana tomando consciência da participação pessoal na definição de papéis sociais. Neste contexto vivenciado a prática docente contribui para a transformação da universidade em um lugar onde saberes novo sejam construídos a partir de conhecimentos já existentes de forma crítica e coletiva avançando no confronto de métodos e teorias possibilitando uma interação, uma intersubjetividade construídas em um trabalho interdisciplinar.
  • 8. Temos evidenciado, portanto um problema em relação à Pedagogia, desde quando a identificaram como as “habilidades profissionais”, o que fez reduzir os estudos de Pedagogia nas faculdades. Libâneo (2001) vem confirmando este fato quando diz que: “Hoje em dia muitos pedagogos parecem estar se escondendo de sua profissão ou, ao menos precisando justificar cotidianamente seu trabalho.” (p.20) Diante desses fatos convivemos ainda com uma fragmentada e equivocada concepção que se tem do curso de Pedagogia. É percebido hoje, certo receio por parte dos estudantes em relação à formação que ele propõe o que leva muitas vezes a uma insegurança em relação à escolha do curso e até mesmo medo de encarar a realidade da sala de aula. Os estudantes ingressos no curso de Pedagogia muitas das vezes quando se dão conta da proposta do curso e da habilidade que o mesmo exige, sendo necessário interesse, dedicação e vontade de exercer a função educacional contribuindo de forma direta na formação de crianças ficam desestimulados sem nenhum entusiasmo. Libâneo (2002) faz um esclarecimento sobre o curso quando afirma que: “O curso de pedagogia é aquele que forma o profissional qualificado para atuar em muitos campos educativos para atender demandas sócio-educativas de tipo informal e coordenação pedagógica de escolas, mas também de pesquisa, de planejamento educacional, dos movimentos sociais. (p 62). Diante dessa afirmação evidencia-se a qualidade do curso de Pedagogia o qual deve formar o pedagogo/ou profissional qualificado para o exercício inteligente do ofício. Segundo o projeto político pedagógico da UNEB Campus VII a estrutura curricular apresentada pelo curso foi elaborada a partir dos princípios de flexibilização, diversificação, autonomia e interdisciplinaridade.
  • 9. A proposta do curso de pedagogia possibilita a superação da organização de centros de ensino e de pesquisas visando levar uma integração do ato educativo; ou como afirma Fazenda (1992): “Além disso, podem valer-se da intercomplementaridade, para o avanço de novos projetos, ou mesmo transformar especialistas de outras áreas em educadores”. (p.78). Freire (2002) diz que: “É necessário encarar a educação e o conhecimento, sob a ótica epistemológica, sem desviar do sentido social e político, o que permitirá a obtenção de resultados que contribuam para o melhor estabelecimento da relação ensino-aprendizagem sendo essa produção um passo decisivo para encarar o conhecimento como bem a ser construído por meio da obtenção de respostas a questões voltados para a formação docente, de um ser competente, conscientemente inacabado, e, sobretudo com uma visão de mundo crítica, que permita um papel diferenciador, partindo da tomada de consciência de que ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo” (p.110) Diante de tal fato é pertinente questionar neste momento sobre a compreensão que os estudantes de pedagogia do Campus VII têm manifestado em relação à importância do curso para sua formação como profissional na área da educação e a contribuição deste na construção dos valores e aprendizagem na vida dos alunos os quais devemos preparar para serem os novos profissionais. Partindo deste pressuposto e da evidente necessidade de pensar a educação e a formação pedagógica, como um processo de profundo compromisso e responsabilidade social, surgiu então a inquietação sobre o curso de pedagogia o qual visa preparar um profissional comprometido com a educação. A preocupação, no entanto gira em torno da compreensão que os alunos do curso têm da dimensão da importância e comprometimento que este exige, pois como afirma Libâneo (1992): O trabalho docente é parte integrante do processo educativo mais global, pelo qual os membros da sociedade são preparados para a participação na vida social. [...] Cada sociedade precisa cuidar da formação dos indivíduos, auxiliarem no desenvolvimento, formá-lo nas varias instancias da vida social. Não há sociedade sem pratica educativa, nem pratica educativa sem sociedade. A prática educativa não é apenas uma exigência da vida em sociedade, mas também o processo de prover o indivíduo dos conhecimentos e experiências culturais que os tornam aptos no meio social e
  • 10. transformá-lo em função das necessidades econômicas, sociais e políticas da coletividade. (p.16 e 17). A partir das observações realizadas nas aulas do curso noturno de pedagogia na Universidade do Estado da Bahia- UNEB, Campus VII, em Senhor do Bonfim–BA, objetivando investigar a compreensão que os alunos do referido curso têm sobre a sua importância desenvolvi o meu problema de pesquisa. Nessa perspectiva e partindo das analises realizadas, nas aulas e questionamentos feitos com alunos do curso noturno de Pedagogia, da UNEB, Campus VII, busco por meio deste identificar: Qual a compreensão que os alunos do curso noturno de Pedagogia da Universidade do Estado da Bahia, Campus VII tem sobre o curso. Tendo relevância no contexto em que se situa, este trabalho constitui-se de grande importância por que busca esclarecer a compreensão dos alunos promovendo uma reflexão sobre a necessidade de se compreender e aceitar o curso de Pedagogia, ressaltando a sua importância dentro do sistema educativo. CAPITULO II QUADRO TEÓRICO Tratarei aqui do referencial teórico cujas articulações serão norteadas pelos seguintes conceitos: Compreendendo a pedagogia, O curso de pedagogia da UNEB Campus VII, Pedagogia e participação
  • 11. 2.1- COMPREENDENDO A PEDAGOGIA. Libâneo (2001) relata que “Há uma idéia de senso comum, inclusive de muitos pedagogos de que a Pedagogia é como se ensina, o modo de ensinar a matéria, o uso de técnicas de ensino (p.21), para ele trata-se de uma idéia simplista e reducionista. Sobre esse aspecto é muito comum e consensual perceber as falhas do processo educacional e das deficiências da escola dentre outros aspectos institucionais, mas Libâneo (2001) ao esclarecer este fato elevando a idéia do senso comum afirma que: A meu ver, a Pedagogia ocupa-se de fato, dos processos educativos, métodos, maneira de ensinar, mas antes disso ela tem um significado bem mais amplo, bem mais globalizante. Ela é um campo de conhecimentos sobre a problemática educativa na sua totalidade e historicidade, e ao mesmo tempo uma diretriz orientadora da ação educativa. O pedagógico refere-se a finalidades da ação educativa, implicando objetivos sociopolíticos a partir dos quais se estabelecem formas organizativas e metodológicas da ação educativa. (p.22). Para a formação do pedagogo pressupõe-se um conjunto de valores, representações, saberes e práticas que, em sua heterogeneidade, constitui a cultura pedagógica, estruturando a ação docente cotidiana. Cabe ressaltar, no entanto, que as aprendizagens realizadas por eles assumem uma grande importância para sua formação, uma vez que lhes permitem considerar de modo abrangente os múltiplos fatores inscritos na docência. Uma formação desse tipo, pautada em saberes e representações, apresenta possibilidades relevantes para a atuação do trabalho no exercício da prática. Nesse sentido, pensar a formação do futuro professor, para além de propostas político-pedagógicas, implica investir esforços para uma formação ampla por meio das diversas linguagens com o objetivo de possibilitar uma compreensão mais crítica da profissão e da realidade.
  • 12. Candau (2005) falando sobre a relação entre teoria e prática e suas implicações nos cursos de formação de professores apresenta sua visão, afirmando que teoria e prática: (...) são consideradas o núcleo articulador da formação do educador na medida em que os dois pólos devem ser trabalhados simultaneamente, constituindo uma unidade indissolúvel. Há uma implicação mútua entre eles, superando assim uma tendência muito encontrada nos cursos de Pedagogia e de licenciatura que considera a prática educacional como separada das teorias pedagógicas (p.67- 68). Deste modo, é imprescindível que, durante o processo de formação inicial, o graduando atue pedagogicamente, analisando suas concepções e atitudes, de modo a lhe possibilitar a apropriação de instrumentos que permitam a elaboração dos seus próprios conhecimentos. Em consonância com esta idéia Kullok (2000) afirma que: A formação de profissionais da educação deverá ter como fundamento a associação entre teorias e práticas além do aproveitamento, experiências anteriores em instituições de ensino, devendo ainda essa formação ocorrer em nível superior em cursos de licenciatura, graduação plena, em universidades e instituições superiores de educação. (p.10) Diante disso a prática de ensino do Curso de Pedagogia da UNEB está distribuída nas disciplinas Pesquisa e Prática Pedagógica e Trabalho de Conclusão de Curso. A primeira se divide em cinco disciplinas seqüenciadas: Pesquisa e Prática Pedagógica I, II, III, IV e V; e a segunda, representa o Trabalho de Conclusão de curso. Cada disciplina possui uma carga horária de 60 horas, que são desenvolvidas através de aula teórica com apresentação de seminários de socialização das produções dos/as alunos/as no final das disciplinas, e prática por meio do Estágio Supervisionado. A proposta desenvolvida através de Pesquisa e Prática Pedagógica se dá a partir da aproximação do/a aluno/a com a escola, para que ele/a compreenda a prática educacional escolar e suas formas de organização e gestão. Em seguida Pesquisa e Prática Pedagógica II e III dão continuidade ao estudo voltando-se para a sala de aula procurando conhecer as formas de organização e funcionamento da Educação infantil e das séries iniciais do Ensino Fundamental. A partir de Pesquisa e Prática V o/a graduando/a irá exercitar e analisar a prática
  • 13. pedagógica em sala de aula, na área de Linguagem, Matemática, História, Geografia e Ciências Naturais. Tendo realizado a observação e o estágio, o aluno/a irá elaborar um projeto de pesquisa, que depois de realizado resultará na elaboração de um relatório que ganha forma de artigo científico. O trabalho de conclusão de curso TCC culmina esta caminhada com a elaboração do trabalho monografia. Como pontua Cortella (2001): (...) O bem imprescindível para nossa existência é o conhecimento, dado que ele, por se constituir em conhecimento, averiguação, e interpretação sobre a realidade, é o que nos guia como ferramenta central para nela intervir; ao seu lado se coloca a educação (em suas múltiplas formas) que é o veículo que o transporta para ser produzido e reproduzido. (CORTELLA, 2001, p.45, grifos do autor). A pedagogia que forma o profissional não pode ser uma reprodução dos conteúdos curriculares para, depois, proceder à devolução desse conhecimento no momento da avaliação da aprendizagem. Precisa-se, construir uma pedagogia que promova um tratamento mais consistente com uma metodologia de trabalho para a educação da atualidade o que se faz necessário buscar formas de ensino que venham a auxiliar os futuros profissionais da educação a conquistarem elementos teórico-metodológicos sólidos e, ao mesmo tempo flexíveis, para uma assimilação crítica e não meramente reprodutiva. O momento pedagógico atual é, pois, o de superar a teoria didática que se contrapõe ao tratamento totalizante do ato educativo. O desafio, portanto, será o de confrontar constantemente seu estatuto epistemológico com a realidade sócio-educativa, para realizar uma faxina pedagógica, diante das constantes mutações do contexto social. Como alguém se constitui no sujeito professor? Como os conhecimentos aprendidos nos cursos de licenciatura e as redes de histórias de cada um constituem os sujeitos professores? É preciso buscar essa identidade, pois como declara Chiarello: Com todas as transformações que estão ocorrendo no mundo, mais do que nunca é preciso aprender a viver com a incerteza. É preciso desenvolver a autonomia nos alunos e também nos professores, com auxílio de ambientes de aprendizagem, levando-os a aprender a aprender. Isso implica ter a condição de refletir, analisar e tomar consciência do que sabemos dispormo-nos a
  • 14. mudar os conceitos que possuímos, seja para processar novas informações, seja para substituir conceitos cultivados no passado e adquirir novos conhecimentos (CHIARELLO, sd, p.2). A preocupação do curso, portanto gira em torno de como formar o professor para uma sociedade, em constantes transformações, geradas pelas novas tecnologias da informação e da comunicação e convivendo com a diversidade A Instituição de Ensino Superior, onde esta prática é desenvolvida, busca como objetivo atender essas demandas agindo na formação de professores e estende sua responsabilidade social para além da dimensão da educação e da escola, pois segundo afirma Rodrigues (1987): Hoje, preparar culturalmente os indivíduos significa possibilitar-lhes a compreensão da visão de mundo presente na sociedade, para que possam agir aderindo, transformando e participando da mudança dessa sociedade. Sem essa compreensão, torna-se inviável a participação efetiva do indivíduo nessa produção cultural (1987; 58). Entretanto o curso propõe que o professor seja aquele que, além da competência, habilidade e equilíbrio emocional, tenha consciência da importância do desenvolvimento cognitivo e do desenvolvimento humano e por isso prezem por uma prática educativa pautada no respeito e compreensão às diferenças, como ressalta Pimenta (2004) ao afirmar que: O exercício da atividade docente requer preparo. Preparo que não se esgota nos cursos de formação, mas para qual o curso pode ter uma contribuição específica enquanto conhecimento sistemático da realidade do ensino-aprendizagem na sociedade historicamente situada, enquanto possibilidade de antever a realidade que se quer (estabelecimento de finalidades, direção de sentido), enquanto identificação e criação das condições técnico-instrumentais propiciadoras da efetivação da realidade que se quer. Enfim, enquanto formação teórica (onde a unidade teoria e prática são fundamentais para a práxis transformadora. (p. 105). As propostas para a formação de professores e seus objetivos têm sido discutidas consideravelmente nas últimas décadas. Na busca da superação, os cursos de licenciatura têm buscado uma maior aproximação com ações reflexivas, presentes no desenvolvimento e na reflexão da ação docente embasado na maneira de pensar, selecionar e saber, que focos privilegiar se compreendermos que há uma curiosidade e um desejo de saber
  • 15. sempre presente. 2.2- O CURSO DE PEDAGOGIA DA UNEB CAMPUS VII Segundo o Projeto Político Pedagógico da UNEB, Campus VII, fundamentado na Lei nº. 9.394/96 ainda como FESB, o Departamento iniciou suas atividades oferecendo o curso de Licenciatura em Ciências com habilitação em Matemática. Em 1992, introduziu Licenciatura em Pedagogia e, em 1997, passou a incluir Ciências, com habilitação em Biologia. (p.10) Como especificado no referente projeto: “Os cursos de Pedagogia instalados nos diversos CAMPI da Universidade Estadual da Bahia têm como objetivo a formação de um profissional capaz de contribuir, efetivamente, para a melhoria das condições em que se desenvolve a educação, e, conseqüentemente, comprometido com um projeto de transformação social” (p.32). E dentro dessa perspectiva oportunizar um ensino e uma formação multicultural. Conhecer e viver a pedagogia é encantar-se por aquilo que é ensinado fazendo deste uma prática, mudar de postura, desenraizar-se sem perder valores humanos compreendendo o seu meio através da ética e da igualdade, construindo saberes que possam resultar em novos olhares, novas composições sobre a sociedade, a cultura e a educação como revela Gomes (2003) quando diz que: Os educadores constroem valores, entre seus alunos e colegas, produzem conhecimentos e desenvolvem competências, próprias do seu campo de atuação, a saber, a docência. Mas juntamente com esses aspectos esse profissional também constrói e desenvolve valores acerca do universo cultural e social em que vive, e isso envolve as representações sociais positivas e negativas que incidem sobre determinados grupos sociais. (p.160) O eixo e as temáticas presentes no curso abrangem as dimensões da formação pedagógica, que são a investigação, a prática da docência, o trabalho pedagógico
  • 16. em espaços formais e em espaços não- formais, como já declarou Freire (1997): O corpo consciente e curioso, que estamos sendo e veio tornando capaz de compreender, de interagir, técnica, ética, estética, científica e politicamente, precisa-se de uma intervenção na prática educativa, indiscutivelmente na qualidade política do educador. (p.64) A estrutura do currículo do curso de Pedagogia da UNEB, Campus VII busca evidenciar o repensar das relações objetivas e subjetivas, da linguagem gestual e das práticas corporais uma vez que fornece subsídios na forma como se articulam as políticas educacionais e currículos, como, o quê e o pra quê ensinar, para isso pretende-se oferecer aos alunos uma sólida formação teórica e prática que favoreça a reflexão contextualizada sobre os principais problemas da educação e aponte possibilidades para a atuação de cada profissional da educação em seu campo de trabalho. É a partir das várias vivências e as relações desencadeadas na universidade que os acadêmicos percebem a partir das intervenções pedagógicas que estão inseridos em um novo espaço político pedagógico no qual engajados na construção do conhecimento, descobrem a pesquisa estando os mesmos atentos às mudanças sociais, políticas, econômicas e culturais. Através do curso de Pedagogia percebe-se que as vivências oportunizadas aos alunos, os diálogos estabelecidos com pessoas, grupos ou atividades diversas têm se apresentado como algo de grande significado e relevância para que os sujeitos sejam provocados há compreender os tempos, os espaços, as identidades e os papéis sociais. Segundo o Projeto Político Pedagógico da UNEB: A proposta de Redimensionamento dos Cursos de Formação de Professores, no âmbito da UNEB, propõe-se a fazer uma reinterpretação das grades curriculares para possibilitar a flexibilização da estrutura curricular vigente no processo de ensino-aprendizagem. Portanto, faz-se necessária a reestruturação do curso de Pedagogia ministrado nos diversos Departamentos da UNEB. É, no entanto, fundamental que o egrégio Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – CONSEPE se proponha a fazer uma apreciação dessa proposta para
  • 17. possível aprovação. (p.09) . O pedagogo é um estudioso das ações educativas, sociais, culturais e intelectuais do sujeito dentro de uma sociedade na qual contribui para o seu desenvolvimento. Como alguns pensavam, não vivemos mais a época em que o pedagogo ocupava- se somente da educação infantil, atualmente a pedagogia dispõe de uma abrangente área de atuação, que inclui, além de instituições de ensino, empresas dos mais diversos setores. Buscando abranger a dimensão da proposta do curso, o seu Projeto Político Pedagógico apresenta um currículo: [...] para além da listagem de conteúdos, do saber "atrás das grades"; evidencia a Perspectiva de um Currículo não-linear, mas construído a partir dos seguintes princípios: Trabalho pedagógico escolar como princípio educativo que norteia o desenvolvimento da proposta curricular; A prática da interdisciplinaridade como princípio para o desenvolvimento de um trabalho que articule os conteúdos das diversas áreas de estudo em torno de questões centrais e/ou que garanta a observância do princípio definido. A pesquisa como princípio cognitivo e instrumentalizador do trabalho docente. Tenta avançar no sentido de assegurar uma formação, que, tomando o trabalho pedagógico como princípio educativo e constitutivo da formação integral do professor, propicie ao mesmo, um quadro técnico referencial de análise que lhe permita compreender o processo pedagógico em sua totalidade e complexidade, o processo. (p.27) O estudo da pedagogia contribui para a transformação da universidade de um lugar de transmissão ou reprodução de um saber pré-fabricado, em um lugar onde novos saberes sejam construídos de forma coletiva e crítica, a partir do qual o Curso de Pedagogia perseguirá nos propósitos da qualidade do ensino, com as exigências de uma compreensão crítica, contribuindo para a melhoria da qualidade do ensino do Sistema de Educação gerando possibilidades de intervenção e transformação. como declara Freire (2000) ao afirmar que: (...) a universidade tem uma responsabilidade social a cumprir junto aos demais graus de ensino e uma contribuição fundamental a dar no que diz respeito à compreensão do conhecimento, às perspectivas de avanço nas diferentes dimensões do conhecimento bem como nas questões de formação dos profissionais que atuam nas redes de ensino. (p.81) A proposta do curso atende o que está previsto no Projeto Pedagógico do curso
  • 18. de Pedagogia/ Habilitação em Supervisão Escolar/ Administração Escolar e coordenadores pedagógicos dentre outras habilitações e propõe-se atender as necessidades da educação diante da demanda o qual pretende “formar profissionais em educação com perfil crítico, pesquisador, dinâmico, inovador e transformador, pois como está explícito no Projeto Político Pedagógico: Considerando todo esse processo de discussões e organização política em torno do curso de Pedagogia, porém sem querer esgotá-las, organizou-se esta proposta, buscando entender que a “pedagogia é um campo de conhecimento sobre a problemática educacional na sua totalidade e historicidade e, ao mesmo tempo, uma diretriz orientadora da ação educativa). Para isso, pretende- se oferecer aos alunos uma sólida formação teórica e prática que favoreça a reflexão contextualizada sobre os principais problemas da educação e aponte possibilidades para a atuação de cada profissional da educação em seu campo de trabalho. (p.32) Esta proposta é resultado de uma decisão política de todos que estiveram com as questões sociais e contemporâneas onde prioriza a investigação e as inter- relações entre cultura, educação e sociedade. A inquietação sobre formação pedagógica tem sido elemento impulsionador, na aprendizagem de cada disciplina que constitui o curso de Pedagogia, possibilitando uma perspectiva inovadora e desafiadora no meio acadêmico. A reflexão sobre o curso de Pedagogia pressupõe uma série de analise sobre a formação acadêmica, que este curso oferece. Nessa perspectiva busca-se instigar nossos/nossas alunos/alunas a também refletirem sobre sua própria formação e provocarem mudanças em sua posturas e ações pedagógicas. Segundo afirma Mizukami (2002): O conhecimento se constrói a partir de hipóteses que se estruturam e se desestruturam. O conhecimento docente também se constrói com a quebra de certezas presentes na prática pedagógica cotidiana de cada um de nós. Portanto é preciso intervir para desestruturar as certezas
  • 19. que suportam essas práticas. Devem-se abalar as convicções arraigadas, colocar dúvidas, desestabilizar. A partir da desestruturação das hipóteses, constrói-se novas hipóteses, alcançam novos níveis de conhecimento.(p.38) O curso em evidência continua ainda muito voltado para a escola, mas hoje a UNEB e as diversas faculdades têm revisado seus currículos, resultando em uma formação de profissional mais direcionada, pois as funções desempenhadas pelo pedagogo são influenciadas por diversos fatores, como o desenvolvimento tecnológico, a competitividade e as exigências de mercado e a corrida para alcançar as oportunidades. 2.3- PEDAGOGIA E PARTICIPAÇÃO Trataremos aqui da participação no conhecimento pedagógico e dessa forma, confrontar saberes transmitidos e o conhecimento onde o sujeito e o objeto estão próximos. Segundo Freire (2000): A participação (...) implica, por parte das classes populares, um “estar presente na História, e não simplesmente nela estar representadas”. Implica a participação política das classes populares através de suas representações ao nível das opções, das decisões e não só do fazer o já programado. (p.75) Partindo dos saberes e conhecimentos construídos no curso de formação pedagógica e procurando destacar suas contribuições nas perguntas geradoras do conhecimento e as respostas acadêmicas através da perspectiva de encontrar respostas a essas indagações, buscamos desenvolver a compreensão da pedagogia participativa.
  • 20. O pedagogo tem se caracterizado como o profissional responsável pela docência e especialidades na educação, tais como: Direção, Coordenação, orientação e Supervisão, entre outras atividades específicas da escola. A distinção entre saberes e conhecimentos, possibilita superar o conflito das pedagogias da pergunta e da resposta e ajuda a compreender a relação entre ensino e pesquisa. Na visão de Freire (2000) “a pedagogia da participação representa não apenas tomar conhecimento daquilo que já foi decidido, mas um engajamento concreto nas decisões, opções e disposição. Diante disso faz-se necessário ao estudante de pedagogia uma compreensão sólida da sua participação das diferentes formas com a sociedade, pois este é um instrumento essencial para, que os futuros educadores reconheçam seu compromisso, como já destaca Freire (2001) quando aborda que: [...] não me parece possível, nem aceitável a posição ingênua, ou, pior, astutamente neutra de quem estuda, seja o físico, o biólogo, o sociólogo, o matemático, ou o pensador da educação. Ninguém pode estar no mundo, com o mundo ou com os outros de forma neutra. Não posso estar no mundo com luvas nas mãos, constatando apenas. A acomodação em mim é apenas caminho para a inserção que implica decisão, escolha, intervenção na realidade. [grifo do autor]. Junto a uma participação democrática dentro da pedagogia propõe-se uma articulação entre diferentes saberes que lutam por legitimidade dentro do campo acadêmico, o que visa problematizar as diversas formas de apropriação do saber dentro do currículo, o qual já traz em si questões de ordem política, como escreve Freire [...] “capacidade de viver com os diferentes para lutar com os antagônicos. É estimular, a dúvida, a crítica, a curiosidade, a pergunta, o gosto do risco, a aventura de criar” (200, p. 54). Dentro do contexto de um mundo globalizado, a reflexão a cerca da transmissão do saber acadêmico e os processos de democratização desses saberes estão alicerçados na convicção de que precisamos construir novas bases para pensarmos e intervirmos nas escolas.
  • 21. Entendendo a formação do professor como um processo contínuo construído em espaços coletivos de socialização, este trabalho discute a formação docente advindas de experiências e práticas voltadas para o desenvolvimento dos alunos de Pedagogia tecendo uma visão mais crítica da profissão e da realidade com base na visão de Freire (1998) quando relata: Como prática estritamente humana, jamais pude entender a educação como uma experiência fria, sem alma, em que os sentimentos e as emoções, os desejos e os sonhos, devessem ser reprimidos por uma espécie de ditadura racionalista. Nem tão pouco jamais compreendi a prática educativa como uma experiência a que faltasse o rigor em que se gera a necessária disciplina intelectual. (p.164-165). Nesse sentido, pensar a formação do futuro professor, para além de propostas político- pedagógicas, implica investir esforços para uma formação ampla por meio das diversas linguagens com o objetivo de possibilitar uma melhor compreensão do curso e de sua formação. Na prática profissional docente, são muitos os desafios. Acreditar na educação é aceitar o desafio de lutar por uma formação voltada para a construção do conhecimento, conciliando os conteúdos com o desenvolvimento de competências. Durante a formação universitária, no curso de Pedagogia é indispensável que o acadêmico vivencie experiências de construção própria do conhecimento dentro de uma metodologia que privilegie as suas construções sendo necessário programar atividades reflexivas para que eles possam ser mais preparados para lidar com o processo de ensino e aprendizagem como diz Freire (2003): [...] Ás vezes preservando determinadas formas de cultura. Outras interferindo no processo histórico, instrumentalmente. De qualquer modo, para ser autêntico, é necessário ao processo educativo que se ponha em relação de organicidade com a contextura da sociedade a que se aplica. (p.10) É óbvio que precisa-se de discussão sobre a formação docente. Especialmente na prática de ensino e do curso de Pedagogia, o qual tem sofrido mudanças sugeridas pelas exigências da formação e do exercício profissional.
  • 22. Com base nas propostas sugeridas no Projeto Político Pedagógico da UNEB as bases que orientaram o Curso de Pedagogia busca evidenciar a prática de ensino como eixo estruturador da prática docente. Essa proposta visa à organização da Prática de Ensino como um trabalho pedagógico, de investigação coletiva e interdisciplinar. Segundo Freire as práticas sociais e as relações humanas geram participação, busca de autonomia, consenso, sensibilidade e humanização como afirma Lima (2007): “Para Paulo Freire a participação permite o estabelecimento de relações, o cruzamento de idéias e opiniões, mas requer sujeitos abertos às mudanças”. (p.83). A pedagogia e participação tem natureza pedagógica e política a qual visa descobrir novos formatos de avaliação e discutir novas aprendizagens. Embora tenha-se falado muito em avaliação participativa na universidade, esta não tem sido um tema preferencial de pesquisa. É preciso que a avaliação e participação na universidade seja direcionada por princípios políticos para que ocorra participação com saberes, para além da simples autocrítica.
  • 23. CAPÍTULO III METODOLOGIA 3.1. Tipo de pesquisa Por ser através da pesquisa que se produz o conhecimento científico, a qual propõe confrontar dados, evidências e informações coletadas optamos como referência metodológica, empregar os princípios da pesquisa qualitativa, pois segundo Chizzotti 2006, é: [...] a identificação do problema e sua delimitação pressupõem uma imersão do pesquisador na vida e no contexto, no passado e nas circunstâncias presentes que condicionam o problema. Pressupõem, também, uma partilha prática nas experiências e percepções que os sujeitos possuem desses problemas, para descobrir os fenômenos além de suas aparências imediatas. (p.81). Para empregar a pesquisa qualitativa, precisa-se buscar dados reais, com a finalidade de observar, analisar e constatar a clareza do que foi investigado. Pois de acordo com Borgdan Biklen (apud) Ludke: “A pesquisa qualitativa envolve a obtenção de dados descritivos obtidos no contato direto do pesquisador com a situação estudada e enfatiza a perspectiva dos participantes.” (1986, p. 13). Todos os dados da pesquisa são de grande relevância, na qual o pesquisador deve ter uma atenção especial. Como aponta Triviños (1987): “A pesquisa qualitativa tem um ambiente natural, com sua fonte direta dos dados e o pesquisador como instrumento chave. A pesquisa qualitativa é descritiva, e o significado é a preocupação essencial na abordagem qualitativa” (p.13). 3.2 Instrumentos de coleta de dados
  • 24. Para obtenção de resultados, foram utilizados instrumentos adequados à abordagem qualitativa, sendo estes, o questionário fechado, e o semi- estruturado buscando traçar o perfil dos sujeitos entrevistados. 3.2.1 Questionário-fechado. Segundo Andrade (1999): “Perguntas fechadas são aquelas que indicam três ou mais opções de respostas ou se limitam à resposta afirmativa ou negativa e já trazem espaços destinados à marcação da escolha” (p.131) 3.2.2 Questionário semi-estruturado. Segundo Marconi e Lakatos: “Questionário é um instrumento de coleta de dados constituído por uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador.” (2000 p.87). 3.3 Sujeitos da pesquisa. A pesquisa foi realizada com os alunos do curso de Pedagogia noturno da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), No Campus VII, EM Senhor do Bonfim- BA, buscando conhecer as compreensões que eles têm sobre o curso de Pedagogia e sua formação. 3.4 Lócus de pesquisa A pesquisa foi realizada na Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus VII, em Senhor do Bonfim BA, nas salas 2,5 e 9 do curso de Pedagogia noturno. CAPÍTULO IV ANÁLISE DE DADOS Para constituir-se a análise de dados com a ajuda dos questionários, identificou-se o perfil dos alunos, sendo possível confrontar os dados obtidos com fundamento
  • 25. teórico para um melhor embasamento do que foi pesquisado. A análise de dados constitui a parte de maior importância de um trabalho de pesquisa, pois através desta adquirimos respostas as indagações do pesquisador. Neste capítulo se estabelece as relações entre as indagações feitas e os dados obtidos. A pesquisa foi desencadeada a partir um estudo, o qual se caracteriza como pesquisa, na qual buscamos identificar o tema a ser explorado e um refinamento do instrumento de coleta de dados. Para a realização da mesma, procuramos entender as compreensões que os alunos do curso de Pedagogia do turno noturno da UNEB Campus VII têm sobre o curso em sua formação profissional. Diante da necessidade de entender como os alunos do curso de pedagogia da UNEB, Campus VII, compreendem o curso, apresenta- se agora os resultados da investigação, obtidos através dos instrumentos utilizados. 4. RESULTADOS DO QUESTIONÁRIUO FECHADO. Apresenta-se agora o perfil dos sujeitos, através das respostas coletadas por meio do questionário- fechado. 4.1. PERFIL DOS SUJEITOS: Os sujeitos aqui retratados são alunos do curso de Pedagogia oferecido pela Universidade do Estado da Bahia - UNEB, Campus VII em Senhor do Bonfim-BA. 4.1.1 SEXO
  • 26. Fonte: Questionário fechado aplicado aos sujeitos de pesquisa Os participantes da pesquisa são em sua grande maioria de sexo feminino por ser o curso de Pedagogia em grande numero composto de mulheres, pois como já afirmam Ludke e Boing (2004) “É um grande número de pessoas que exerce o trabalho com crianças, e tem diferentes qualificações. É o número de mulheres na área da educação [...].” (p.5). 4.1.2 FAIXA-ETÁRIA. Fonte: Questionário fechado aplicado aos sujeitos de pesquisa Quanto à faixa-etária dos alunos, conforme apresenta no gráfico, eles têm em sua maioria entre 18 e 25 anos e entre os 26 a 30, com uma pouca quantidade com idade acima de 30. Conclui-se portando que os alunos são em sua maioria jovem, porém com um relativo grau de amadurecimento. 4.1.3 ARÉA DE OCUPAÇÃO Fonte: Questionário fechado aplicado aos sujeitos de pesquisa
  • 27. É importante perceber que maioria dos entrevistados já atuam na área da educação o que nos leva a compreender que a maioria busca no curso a qualificação profissional, adquirindo conhecimentos para que possa realizar bem o seu trabalho. Já relata Cortella (2001) que: (...) o bem imprescindível para nossa existência é o conhecimento, dado que ele por se constituir em entendimento, averiguação e interpretação sobre a realidade, é o que nos guia como ferramenta central para nela intervir, ao seu lado se coloca a educação que é o veículo que o transporta para ser produzido e reproduzido. (p.45 grifos do autor) 4.1.4 O QUE BUSCAM AO ESTUDAR PEDAGOGIA. Fonte: questionário fechado aplicado aos sujeitos de pesquisa. Percebe-se através do questionário aplicado que os alunos de pedagogia buscam em sua maioria qualificação profissional, tendo também aqueles que visam uma melhoria de salário ou apenas ter um nível superior. Sendo a maioria dos alunos já atuantes na educação, é de grande importância que estes busquem enriquecer e melhorar seus conhecimentos. Gadotti (1998) aponta essa importância ao afirmar que: “O conhecimento não se reduz ao produto, ele é também um processo. Uma coisa é assimilar conhecimentos, outra coisa é a construção democrática do conhecimento”. 4.1.5 HOUVE MUDANÇA QUANTO AO OBJETIVO NO DECORRER DOCURSO Quando questionamos sobre a mudança quanto ao objetivo no decorrer do curso, percebemos que não houve um envolvimento total dos alunos com o curso, ficando evidente em
  • 28. grande parte dos alunos pouca expectativa em relação a sua formação. Hoffmann (1998, 2000), aborda o comprometimento como um diferencial decisivo, na busca do aperfeiçoamento. Segundo a autora é preciso atingir a essência da dialética - conhecimento e criticidade. (Hoffmann, 1998 p.17, grifos do autor). 4.1.6 COMO AVALIAM O APROVEITAMENTO NO CURSO? Buscando entender como os alunos avaliam o seu aproveitamento no curso percebemos que a sua grande maioria considera um aproveitamento regular, no entanto não é bom para nós considerarmos dessa forma, pois é preciso que haja um real aproveitamento para que possamos estar preparados como bom profissionais para atuar na educação, pois esse será o pano de fundo no qual irá refletir nossas ações e posturas pedagógicas. Freire (2002) traz orientações sobre essa competência abordando que conhecimento deve ser compreendido como processo evolutivo e contínuo, fruto de dedicação, estudo e de pesquisa ao afirmar que “Ensinar inexiste sem aprender”... (p.26) 4.2. RESULTADO DO QUESTIONÁRIO SEMI-ESTRUTURADO A partir do questionário semi-estruturado, obtivemos dados sobre a compreensão que os alunos estudantes do curso de Pedagogia tem sobre o curso e a formação que ele oferece.
  • 29. 4.2.1. Quanto à cidade onde moram e saem para estudar. Podemos perceber por meio do questionário semi- estruturado, através das respostas dos alunos entrevistados que em sua grande maioria esses alunos se deslocam de outras localidades. Percebe-se que 60% dos alunos moram em outras cidades nas quais não há nível superior. Algumas dessas localidades perto do Campus VII, em Senhor do Bonfim outras distantes. As cidades com maior incidência de alunos são: Sobre isso o A1 afirma: Moro a 120 km daqui, e às vezes é complicado, pois trabalho o dia todo, tenho família e tenho que correr contra o tempo para estar todos os dias aqui, além do que às vezes temos problemas com o ônibus, é distante chego muito tarde em casa. 4.2.2 Por que está fazendo Pedagogia. Ao analisar as respostas dos alunos egressos no curso de Pedagogia da UNEB, Campus VII, percebe-se segurança e certeza do que quer em algumas falas, porém percebemos também bastante insegurança e falta de propósito com a formação do curso, pois enquanto o A2 diz que: Faço Pedagogia pelo leque de opções que ela traz e por habilitar e preparar para a docência com crianças e jovens. O aluno faz menção da qualificação que o curso proporciona, e a formação que ele traz para a prática docente, mostrando que há uma compreensão acerca da sua escolha do curso o qual lhe possibilitará exercer uma prática significativa. A3 diz que: Faço Pedagogia porque fui chamada, passei e não sabia e quis experimentar, pois ainda não tinha nenhuma noção de nenhum curso.
  • 30. Em relação à fala de A3 já podemos perceber que não há uma firmeza quanto ao objetivo ao estudar Pedagogia, onde há a ausência de uma compreensão sobre a área de formação que o curso prepara. 4.2.3 O que entende sobre o curso. Ao questionar sobre o que entende sobre o curso, A6 diz que: O curso prepara o profissional que vai atuar em sala de aula (professor/educador). Já A8 diz: Entendo pouca coisa. Quase nada Analisando a compreensão de A6 ao afirmar que este curso prepara o profissional para atuar em sala de aula, percebemos que há uma idéia restrita sobre a área de atuação do pedagogo, embora ele compreenda que o objetivo do curso é preparar o profissional. Quando partimos para analisar a compreensão de A8 percebemos uma lacuna muito grande em relação ao entendimento sobre o curso que exerce o que nos preocupa com a formação deste que se prepara para atuar na educação. Pois como já declarou Freire (2002): “Assim como não posso ser professor sem me achar capacitado para ensinar bem e certos os conteúdos da minha disciplina, não posso por outro lado reduzir a minha prática docente ao puro ensino daqueles conteúdos (...), Tão importante quanto ele; o ensino dos conteúdos é o meu testemunho ético ao ensiná-los e a decência com que o faço. (p.116) 4.2.4 Quanto ao que acha do curso? O que espera? Ao buscarmos entender o que acham e o que esperam do curso A5 respondeu: Um curso maravilhoso. Espero que através dele meus objetivos educacionais sejam alcançados. Enquanto isso A7 responde: O curso é bom, mas ultimamente anda meio desleixado. Espero terminar logo para me ver livre.
  • 31. Analisando a resposta de A5 percebemos que há um gosto e um prazer em realizar o curso, e que há uma perspectiva em poder contribuir com a educação. Partindo para analisar a resposta de A7 nos preocupa perceber que há um desprazer na fala do aluno ao falar que deseja ficar livre e ver o curso como desleixado, pois nos remete a querer entender se o problema esta no curso ou no aluno. Precisa-se abrir a visão sobre o que acontece, pois Freire (2000) declara que: Não podemos cruzar os braços diante das dificuldades, retirando dessa maneira nossa responsabilidade pelas mudanças (...) o meu papel no mundo não é só de quem constata o que ocorre, mas também o de quem intervém como sujeito. (p.79) 4.2.5 Quanto à perspectiva ao estudar Pedagogia Em relação à perspectiva dos alunos sobre o curso, percebemos que a idéia de grande parte deles é obter conhecimentos, e qualificação e assim poderem atuar em suas áreas de trabalhos, porém percebemos ainda a existência daqueles que estudam sem nenhuma expectativa em relação à educação, buscando apenas ter um nível superior. A6 fala que: Pretendo ser uma educadora, E-D-U-C-A-D-O-R-A, ter conhecimentos adquiridos para melhor compreender e ensinar aos meus alunos. A9 Nos traz a sua contribuição ao afirmar que: Eu gosto do curso, pois tem me ajudado muito em meu trabalho. Espero que ele continue a me ajudar e que possa contribuir de alguma forma para a melhoria da educação. Mas podemos encontrar opiniões como de A10: Faço Pedagogia apenas por fazer, mas não tenho pretensão de ir para a sala de aula, pois não me vejo sendo professora. É um curso muito bom, mas vou apenas conclui. Sendo o gosto, o prazer e o interesse a chave para os desdobramentos na prática educacional em sua plenitude os conhecimentos adquiridos no curso de formação profissional, cabe ressaltar o enfatiza Gil Neto (1996): “(...) É oportuno retomar aqui e agora a questão do para quê e para quem ensinar. E daí a sua decorrência: como ensinar. (p.18).
  • 32. CONSIDERAÇÕES FINAIS Por meio do assunto em pauta, o que constitui peça-chave para o desenvolvimento crítico do educador, o trabalho construído é de grande valia no contexto em que se situa para a nossa formação acadêmica, bem como para contribuir na prática exaltando a carência da compreensão da importância do curso de formação em nossas vidas, sobretudo da pedagogia. A pedagogia abre portas para o conhecimento e o desenvolvimento da compreensão e da formação critica do aluno. Pretendemos por meio deste contribuir com a mudança da realidade visando um resultado significativo. Por meio do desenvolvimento deste trabalho ampliamos nossos conhecimentos, ao passo que podemos perceber e desenvolver a compreensão da importância do curso de pedagogia e trazer importantes contribuições de grandes autores que nos enriqueceram através de seus conhecimentos. Dentre as informações adquiridas podemos observar que os estudantes de pedagogia da UNEB, Campus VII precisam ainda ampliar a visão em relação a este curso e sua formação profissional tecendo um olhar e uma compreensão mais abrangente sobre ele.
  • 33. Através dos questionamentos aplicados aos alunos de pedagogia, percebe-se que de fato há o que dantes foi introduzido neste trabalho, o fato é convivemos ainda com uma fragmentada e equivocada concepção que se tem do curso de Pedagogia. É percebido ainda, certo receio por parte dos estudantes em relação à formação que ele propõe o que leva muitas vezes a uma insegurança em relação à escolha do curso e até mesmo medo de encarar a realidade da sala de aula. Porem é compreendido por muitos a importância da formação pedagógica, em especial para aqueles que almejam atuar na educação. É preciso perceber que o pedagogo tem se caracterizado como o profissional responsável pela docência e especialidades na educação, tais como: Direção, Coordenação, orientação e Supervisão, entre outras atividades específicas da escola. Muitos pedagogos precisam compreender ainda que é um estudioso das ações educativas que ocorrem em todas as vidas sociais, culturais e intelectuais do sujeito inserido em uma sociedade na qual ele contribui para o seu desenvolvimento. A pedagogia hoje dispõe de uma vasta área de atuação, que inclui, além de instituições de ensino, empresas dos mais diversos setores. Cabe ressaltar que o pedagogo não pode terminar o curso de graduação e achar que já está preparado e acabado, Pode e precisa este, porém buscar cursos de aperfeiçoamento, pós-graduação dente outros sendo que esteja sempre em busca de novos conhecimentos o que muito contribuirá para que se torne cada vez melhor.
  • 34. REFERÊNCIAS ARRUDA, Maria Lúcia. História da Educação. 1ª Ed. São Paulo, 1989. CANDAU. V.M, Lelis. A relação teoria- prática na formação do educador. In. Candau, V.M. (org.) Rumo a uma nova didática. 16ª Ed. Petrópolis, RJ. Vozes, 2005. CHIARELLO. Ilze Salete. A leitura e o ensino com pesquisa no curso superior: uma proposta de aprender a aprender. In: www.cdr.unc.br/PG/RevistaVirtual/NumeroOito/Artigo06_08- 10.pdf CHIZZOTTI. Antonio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez, 2006. CORTELLA. Mário Sérgio. A escola e o conhecimento: Fundamentos epistemológicos e políticos. 4ªed. São Paulo: Cortez. 2001 FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. Integração e interdisciplinaridade no ensino brasileiro: Efetividade ou ideologia? 4ª Ed. São Paulo. Loyola, 1992. FREIRE, Paulo. Política e educação. 2ªed. São Paulo: Cortez, 1997 FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa. 7ª Ed. São Paulo, Paz e terra, 1998. FREIRE, Paulo. A educação na cidade. São Paulo: Cortez, 4ª Ed. 2000
  • 35. FREIRE. Paulo. Política e educação: ensaios. São Paulo: Cortez 4ª Ed. 2001 FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa. 22ª Ed. São Paulo, Paz e terra, 2002. FREIRE, Paulo. Educação e atualidade brasileira. São Paulo: Cortez, 2003. GADOTTI, Moacir. Pedagogia da práxis. São Paulo, Cortez. 1998. GIL NETO, Antonio. A produção de textos na escola. 4 ed. São Paulo: Edições Loyola, 1996. GOMES. Candido Alberto. A educação em perspectiva sociológica. 5 ed. São Paulo: EPU, 2003 HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Pontos e Contrapontos: o pensar ao agir em avaliação. 5 ed. Porto Alegre: Mediação, 1998 KULLOK, Mais Gomes Brandão. As exigências da formação do professor na atualidade. Maceió: EDUFAL, 2000. KULLOK, Mais Gomes Brandão. Formação de professores para o próximo milênio: novo lócus? São Paulo: Annabluma, 2000. LIBÂNEO. José Carlos. Didática. Coleção magistério, 2º grau. Série formação do professor. São Paulo: Cortez 1992 LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos pra quê? São Paulo, Cortez, 1998. LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiânia: Editora Alternativa, 2001. LIBÂNEO, José Carlos. Formação de profissionais da educação: visão crítica e perspectivas de mudança. SG PIMENTA, JC LIBÂNEO - Pedagogia e pedagogos: caminhos e perspectivas. São Paulo: Cortez, 2002 LIMA, Márcia Regina Canhoto de. Paulo Freire e a administração escolar: A busca de um sentido. Brasília: Liber Livro Editora, 2007. LUDKE, N. BOING L.A. Caminhos das profissões e da profissionalidade docentes: Educação e sociedade, Campinas V.25, n.89, p. 1159-1181 set.dec.2004 MIZUKAMI, M. G. N. Processos de Investigação e Formação. IN: MIZUKAMI, M.G.N. et. Al. Escola e Aprendizagem da docência: processos de investigação e
  • 36. formação. São Carlos: Edu FSCAR, 2002. OLIVEIRA, D. Reformas educativas na América Latina e trabalhos docentes. Autêntica: Belo Horizonte, 2003 PIMENTA. Selma Garrido. LIMA, Maria do Socorro Lucena. Estágio e docência. São Paulo, Cortez 2004. PIMENTA. Selma Garrido. (ORG.) “Formação de professores: Identidade e saberes da docência” In: Saberes pedagógicos e atividade docente. São Paulo: Cortez, 1999. RODRIGUES, Neidson. Por uma nova escola: o transitório e permanente na educação. 6 ed. São Paulo: Cortez, 1987. TEIXEIRA, Anísio. Escolas de educação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro Abr/ Jun. 1969.
  • 38. QUESTIONÁRIO – FECHADO PESQUISA MONOGRÁFICA 1. PERFIL 1.1 IDADE 18 a 25( ) 26 a 30( ) acima de 30 ( ) 1.2 SEXO
  • 39. ( ) masculino ( ) feminino 1.3 Além de estudar pedagogia, qual outra função você exerce? 2. OBJETIVOS 2. 1 O que você busca ao estudar Pedagogia? ( ) Qualificação profissional ( )Mudança de nível ( ) Falta de opção ( ) Ter uma profissão ( ) ter nível superior ( )Melhoria salarial 3.1Houve mudança quanto ao seu objetivo no decorrer do curso? ( ) sim ( ) não ( ) Em partes 3.1 Como você avalia o seu aproveitamento no curso? ( ) bom ( ) ruim ( ) regular ( ) ótimo ( ) péssimo