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C       onto        C       oletivo                                                7º ANO

                                                                  LÍNGUA PORTUGUESA
XIII FEIRA DO GIL
Portugal em errância: “O desejar poder querer”
Biblioteca Escolar | 07 - 14 de maio de 2012


   A onda caiu sobre o barco, estrondosa e pesada, e a noite envolveu todos em     MOTE
breu.


   A tripulação, com medo, agarrava-se a tudo. Muitos afogaram-se. Os
sobreviventes foram levados por uma onda.
   Naquela tarde, nada faria prever a tempestade. O céu estava limpo. E os
marinheiros cantavam felizes. Tinham apanhado muito peixe. O sustento das
famílias dependia disso, pois estavam a passar uma fase difícil. Uma epidemia
tinha afetado o gado, que acabou por morrer todo.
   De repente, apareceu uma nuvem escura no céu. O mar começou a agitar-se.
Os marinheiros ficaram preocupados. Começaram a recolher as velas. A noite
aproximava-se, uma grande onda começou a formar-se. Foi a confusão. Os              7º
sobreviventes foram levados para uma ilha. Adormeceram extenuados. 1ª[Orientação:
Acordaram esfomeados. Começaram a procurar alimentos. Subiram às árvores      Dr. Nuno
para apanhar frutos.                                                           Soares]


   Depois, cortaram árvores para construir uma jangada, o que demorou várias
horas. A noite aproximava-se cada vez mais, e o som dos animais era intenso e
feroz.
   Os sobreviventes lançaram a jangada ao mar, mas não os podia levar a todos.
Decidiram construir outra jangada de manhã. Lançaram-se ao mar, contudo,
foram surpreendidos por nuvens ameaçadoras. Apesar da coragem, a tripulação
receou o pior. O vento era medonho. Uma luz irrompeu no céu sombrio e um
raio trespassou as jangadas. Um dos marinheiros gritou desesperadamente:
“Acudam-nos!” Os outros marinheiros, visivelmente angustiados, agarraram-se             7º 5ª
aos destroços: “A união faz a força! Coragem! Vamos sobreviver!” A tempestade    [Orientação:
era cada vez mais intensa: o vento era cortante, a luz dos raios afastava a              Dr.ª
escuridão, mas a esperança continuava.                                             Alexandra
                                                                                    Caetano]

   Alguns caíram ao mar. Com um pau de madeira conseguiram salvar quatro.
Os restantes afogaram-se. Os outros salvaram-se, mas a jangada ainda estava
em perigo. Fizeram um minuto de silêncio em honra dos amigos. Ao longe,
avistaram uma mancha negra. Ao aproximar-se viram que era uma baleia. Os
marinheiros entraram em pânico. Ela aproximou-se ainda mais. Formou uma
onda que afastou a jangada. Os marinheiros suspiraram de alívio. Um barulho
alertou-os para a presença de um barco. Era um pescador, que os quis tentar
                                                                                            1
salvar. Mas o barco não conseguia aproximar-se.                                    7º
   Os marinheiros remavam desesperadamente. E finalmente, acostaram no 3ª[Orientação:
barco. O pescador lançou uma corda, mas esta era curta.                     Dr. Nuno
                                                                              Soares]

   De repente, o pescador acordou em sobressalto. O sonho aterrador tinha-o
deixado apavorado. Demorou muito tempo a perceber que tudo não passava de                7º 2ª
um pesadelo. De seguida, levantou-se e dirigiu-se ao convés para ver como se      [Orientação:
encontravam os seus companheiros. Aliviado, partilhou com eles o seu pesadelo.      Dr.ª Maria
                                                                                    João Vaz]

    Depois de os companheiros o terem ouvido, retomaram a sua viagem rumo a
casa.
Percorriam calmamente as águas cristalinas, a cantarolar e a assobiar… “Eu vou,
eu vou para casa agora eu vou / Eu vou, eu vou para casa agora eu vou.” Mas,
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    O aterrador Ivan dirigiu-se à tripulação em tom intimidatório: “Quem ousa
atravessar as minhas águas?”
    O mais destemido dos marinheiros, ainda que tremesse bastante, respondeu-
lhe de forma astuciosa: “Atravessei as suas águas para poder voltar à minha
terra pátria. Não queria, de forma alguma, perturbar o seu descanso.”
    Furiosamente, o polvo agarrou em cinco marinheiros e engoliu-os inteiros.             7º 6ª
Os restantes estavam desesperados e só pensavam em arranjar uma maneira de        [Orientação:
sair dali…                                                                            Dr.ª Ana
    De repente, ouviu-se um valente estrondo e …                                    Margarida
                                                                                     Vitorino]
   Surgiu um barco de piratas, que disparava tiros de canhão. Os marinheiros,
aterrorizados, tentavam desviar-se, enquanto ouviam o invulgar barulho dos
tentáculos do polvo, como quem bate castanholas. O terrível monstro marinho
estava indignado, pois, mais uma vez, vira o seu território a ser invadido. Com
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engoliu os temerosos piratas.
   Os marinheiros, que já se preparavam também para morrer, pediram ajuda
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   Desta tragédia só sobreviveram os marinheiros.                                 [Orientação:
   Em homenagem ao falecido polvo, os marinheiros rebatizaram a ilha com o            Dr.ª Ana
nome de “Octopus”.                                                                  Margarida
                                                                                     Vitorino]



                                                                                              2
XIII FEIRA DO GIL | Portugal em errância: “O desejar poder querer” | Biblioteca Escolar | 07 - 14 de maio de 2012




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  • 1. C onto C oletivo 7º ANO LÍNGUA PORTUGUESA XIII FEIRA DO GIL Portugal em errância: “O desejar poder querer” Biblioteca Escolar | 07 - 14 de maio de 2012 A onda caiu sobre o barco, estrondosa e pesada, e a noite envolveu todos em MOTE breu. A tripulação, com medo, agarrava-se a tudo. Muitos afogaram-se. Os sobreviventes foram levados por uma onda. Naquela tarde, nada faria prever a tempestade. O céu estava limpo. E os marinheiros cantavam felizes. Tinham apanhado muito peixe. O sustento das famílias dependia disso, pois estavam a passar uma fase difícil. Uma epidemia tinha afetado o gado, que acabou por morrer todo. De repente, apareceu uma nuvem escura no céu. O mar começou a agitar-se. Os marinheiros ficaram preocupados. Começaram a recolher as velas. A noite aproximava-se, uma grande onda começou a formar-se. Foi a confusão. Os 7º sobreviventes foram levados para uma ilha. Adormeceram extenuados. 1ª[Orientação: Acordaram esfomeados. Começaram a procurar alimentos. Subiram às árvores Dr. Nuno para apanhar frutos. Soares] Depois, cortaram árvores para construir uma jangada, o que demorou várias horas. A noite aproximava-se cada vez mais, e o som dos animais era intenso e feroz. Os sobreviventes lançaram a jangada ao mar, mas não os podia levar a todos. Decidiram construir outra jangada de manhã. Lançaram-se ao mar, contudo, foram surpreendidos por nuvens ameaçadoras. Apesar da coragem, a tripulação receou o pior. O vento era medonho. Uma luz irrompeu no céu sombrio e um raio trespassou as jangadas. Um dos marinheiros gritou desesperadamente: “Acudam-nos!” Os outros marinheiros, visivelmente angustiados, agarraram-se 7º 5ª aos destroços: “A união faz a força! Coragem! Vamos sobreviver!” A tempestade [Orientação: era cada vez mais intensa: o vento era cortante, a luz dos raios afastava a Dr.ª escuridão, mas a esperança continuava. Alexandra Caetano] Alguns caíram ao mar. Com um pau de madeira conseguiram salvar quatro. Os restantes afogaram-se. Os outros salvaram-se, mas a jangada ainda estava em perigo. Fizeram um minuto de silêncio em honra dos amigos. Ao longe, avistaram uma mancha negra. Ao aproximar-se viram que era uma baleia. Os marinheiros entraram em pânico. Ela aproximou-se ainda mais. Formou uma onda que afastou a jangada. Os marinheiros suspiraram de alívio. Um barulho alertou-os para a presença de um barco. Era um pescador, que os quis tentar 1
  • 2. salvar. Mas o barco não conseguia aproximar-se. 7º Os marinheiros remavam desesperadamente. E finalmente, acostaram no 3ª[Orientação: barco. O pescador lançou uma corda, mas esta era curta. Dr. Nuno Soares] De repente, o pescador acordou em sobressalto. O sonho aterrador tinha-o deixado apavorado. Demorou muito tempo a perceber que tudo não passava de 7º 2ª um pesadelo. De seguida, levantou-se e dirigiu-se ao convés para ver como se [Orientação: encontravam os seus companheiros. Aliviado, partilhou com eles o seu pesadelo. Dr.ª Maria João Vaz] Depois de os companheiros o terem ouvido, retomaram a sua viagem rumo a casa. Percorriam calmamente as águas cristalinas, a cantarolar e a assobiar… “Eu vou, eu vou para casa agora eu vou / Eu vou, eu vou para casa agora eu vou.” Mas, de repente, apareceu um polvo gigante com três olhos e doze patas. Tinha um aspeto viscoso, castanho e enrugado. O aterrador Ivan dirigiu-se à tripulação em tom intimidatório: “Quem ousa atravessar as minhas águas?” O mais destemido dos marinheiros, ainda que tremesse bastante, respondeu- lhe de forma astuciosa: “Atravessei as suas águas para poder voltar à minha terra pátria. Não queria, de forma alguma, perturbar o seu descanso.” Furiosamente, o polvo agarrou em cinco marinheiros e engoliu-os inteiros. 7º 6ª Os restantes estavam desesperados e só pensavam em arranjar uma maneira de [Orientação: sair dali… Dr.ª Ana De repente, ouviu-se um valente estrondo e … Margarida Vitorino] Surgiu um barco de piratas, que disparava tiros de canhão. Os marinheiros, aterrorizados, tentavam desviar-se, enquanto ouviam o invulgar barulho dos tentáculos do polvo, como quem bate castanholas. O terrível monstro marinho estava indignado, pois, mais uma vez, vira o seu território a ser invadido. Com um só tentáculo chicoteou as águas, de modo a provocar uma onda gigante que engoliu os temerosos piratas. Os marinheiros, que já se preparavam também para morrer, pediram ajuda divina, rezando. Eis que a estranha criatura, num movimento brusco, se aproximou deles e, numa voz serena, sussurrou: “Os vossos olhos espelham sofrimento e desespero, estou disposto a auxiliar-vos com a condição de que abandonem o meu território para sempre.” Os marinheiros aceitaram a proposta e o polvo abraçou cada um deles com os seus longos braços. Seguiram caminho por entre as águas do mar e, quando estavam a chegar a terra firme, depararam-se com a erupção de um vulcão há muito extinto. 7º 4ª Desta tragédia só sobreviveram os marinheiros. [Orientação: Em homenagem ao falecido polvo, os marinheiros rebatizaram a ilha com o Dr.ª Ana nome de “Octopus”. Margarida Vitorino] 2
  • 3. XIII FEIRA DO GIL | Portugal em errância: “O desejar poder querer” | Biblioteca Escolar | 07 - 14 de maio de 2012 3