2. Conceitos
Infecção Comunitária Infecção Hospitalar
Verificada no momento da
admissão, não relacionada
à internação anterior;
Infecções de recém
nascido (Herpes, sífilis,
HIV...)
Adquirida após admissão do
paciente que se manifesta durante
a internação ou após alta (quando
puder ser relacionada com a
internação);
Quando não houver evidência -> A
partir de 72h após admissão
z
4. O termo infecção hospitalar tem sido
substituído por Infecção Relacionada
à Assistência à Saúde (IRAS)
Ambulatórios Domicílio Ocupacional
5. Fatores de risco
Desequilíbrio entre três fatores
condição
clínica do
paciente
virulência dos
microorganismos
fatores
relacionados à
hospitalização
6. Paciente
Fatores de risco
extremos de idade
duração da internação
diabetes
mellitus
doenças
vasculares
doenças
vasculares
condições que
exijam
procedimentos
invasivos
cirurgias que
comprometem
a integridade
da pele
7. Principais infecções relacionadas à assistência à saúde
Infecções do trato respiratório (Pneumonia)
Infecções do trato urinário
Infecções de corrente sanguínea
Infecções cirúrgicas
10. Histórico
O estudo de Semmelweis
Médico húngaro
Comprovou a íntima relação da febre
puerperal com os cuidados médicos
1846
Médicos lavassem suas mãos com solução
clorada após as autópsias e antes de
examinar as pacientes da clínica obstétrica
11. No mês seguinte após esta
intervenção, a taxa de mortalidade
caiu de 12,2% para 1,2%
Histórico
Resultado
13. Transitória e Residente
Microbiota das mãos
Coloniza a camada superficial da
pele, sobrevive por curto período
de tempo e é passível de remoção
pela higienização simples das
mãos com água e sabonete, por
meio de fricção mecânica.
São os microrganismos não-
patogênicos ou potencialmente
patogênicos, tais como bactérias,
fungos e vírus, que raramente se
multiplicam na pele. Podem
provocar infecções relacionadas à
assistência à saúde
16. Sabonete comum
Não contém agentes antimicrobianos
Remove a microbiota transitória tornando as mãos limpas
Uso de sabonete líquido, tipo refil -> menor risco de contaminação
do produto
agradável ao uso, suave e de fácil enxágüe,
além de não ressecar a pele, possuir
fragrância leve ou ausente
19. Atividade antimicrobiana imediata ocorre mais lentamente
que a dos álcoois
Clorexidina
A clorexidina tem efeito residual importante, em torno de
seis horas
> 0,5%
20. Iodóforos - PVPI (Polivinilpirrolidona iodo)
O iodóforo é rapidamente inativado em presença de matéria
orgânica, como sangue e escarro
Pobre efeito residual
21.
22. Qual o melhor produto para realizar a
higienização das mãos?
Quatro estudos demonstraram que preparações alcoólicas foram
mais efetivas que sabonete comum e sabonete associado a
antiséptico
Outro estudo demonstrou que não houve diferença significativa nas taxas de infecção,
comparando o período de higienização simples das mãos (com água e sabonete) com o
período em que se utilizou a preparação alcoólica
Depende de vários fatores: indicação, eficácia antimicrobiana, técnica
utilizada, preferência e recursos disponíveis, entre outros.
23. Equipamentos necessários para a higienização
das mãos
lavatórios/ pias, lavabo cirúrgico,
dispensadores de sabonete e anti-sépticos,
porta-papel toalha e lixeira para descarte do
papel toalha
24. Uso de água e sabonete
As mãos devem ser higienizadas com água e sabonete nas
seguintes situações:
• Quando estiverem
visivelmente sujas ou
contaminadas com sangue e
outros fluidos corporais.
• Ao iniciar e terminar o turno
de trabalho.
• Antes e após ir ao banheiro.
• Antes e depois das refeições.
• Antes de preparar alimentos.
• Antes de preparar e manipular
medicamentos.
• Antes e após contato com paciente
colonizado ou infectado por
Clostridium difficile.
• Após várias aplicações
consecutivas de produto alcoólico.
• Nas situações indicadas para o uso
de preparações alcoólicas.
25. • Higienização simples.
• Higienização anti-séptica.
• Fricção de anti-séptico.
• Anti-sepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório.
Técnicas
26. Higienização simples
É necessário retirar anéis, pulseiras e relógios,
pois tais objetos podem acumular
microrganismos
Duração 8 a 20 segundos
27.
28.
29.
30.
31.
32.
33.
34.
35.
36.
37.
38. Higienização anti-séptica
A técnica de higienização anti-séptica é igual àquela utilizada
para a higienização simples das mãos, substituindo-se o
sabonete comum por um associado a anti-séptico (por
exemplo, anti-séptico degermante)
Finalidade: remoção de sujidades e de microrganismos,
reduzindo a carga microbiana das mãos, com auxílio de um
anti-séptico.
39. Fricção das mãos com anti-
séptico (preparações alcoólicas)
Finalidade: Reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção de
sujidades)
Duração: 20 a 30 segundos
40.
41. Outros aspectos da higienização das
mãos
• Manter as unhas naturais, limpas e curtas.
• Não usar unhas postiças quando entrar em contato direto com os
pacientes.
• Evitar o uso de esmaltes nas unhas.
• Evitar utilizar anéis, pulseiras e outros adornos quando assistir o paciente
• Aplicar creme hidratante nas mãos (uso individual), diariamente, para
evitar ressecamento da pele.
42. Medidas de Prevenção de Pneumonia
Associada à Assistência à Saúde
Manter decúbito elevado (30- 45°)
Aspirar a secreção subglótica
rotineiramente
Fazer a higiene oral com antissépticos
43. Medidas de Prevenção de Infecção do Trato
Urinário
Evitar inserção de sonda vesical de demora
Evitar manter cateter urinário por tempo
desnecessário
Assegurar equipe treinada e recursos que garantam a vigilância do uso do cateter e
de suas complicações
Esvaziar a bolsa coletora regularmente
Manter o fluxo de urina desobstruído
Manter o sistema de drenagem fechado e estéril
44. Higiene das mãos
Seleção do cateter e sítio de inserção
Preparo da pele
Realizar fricção da pele com solução a base de álcool: gliconato de
clorexidina > 0,5%, iodopovidona – PVP-I alcoólico 10% ou álcool 70%
Medidas de Prevenção de Infecção
da Corrente Sanguínea
Estabilização e cobertura
46. 1. O diagnóstico de infecção hospitalar envolve o uso de alguns
critérios técnicos, previamente estabelecidos, EXCETO:
a) As infecções de recém-nascidos não são hospitalares, com exceção
das transmitidas pela placenta.
b) Quando não houver evidência clínica ou laboratorial de infecção no
momento da internação no hospital, convenciona-se infecção hospitalar
toda manifestação clínica de infecção que se apresentar após 72 horas
da admissão no hospital.
c) Também são convencionadas infecções hospitalares aquelas
manifestadas antes de 72 horas da internação, quando associadas a
procedimentos médicos realizados durante esse período.
d) Os pacientes transferidos de outro hospital são considerados
portadores de infecção hospitalar do seu hospital de origem. A
47. 2. Analise os itens sobre infecção hospitalar e atribua F ou V.
( ) A infecção hospitalar é a infecção adquirida após a entrada do paciente no
hospital ou após a sua alta mesmo quando essa infecção estiver diretamente
relacionada com a internação ou procedimento hospitalar.
( ) Quando não houver evidência clínica ou laboratorial de infecção no momento da
internação, convenciona-se infecção hospitalar, toda manifestação clínica de
infecção que se apresentar após 48 horas de internação.
( ) São convencionadas infecções hospitalares antes de 48 horas, quando
associadas a procedimentos médicos realizados durante este período.
( ) Os cuidados para não ocorrer elevado número de infecções e sua prevenção e
controle envolvem medidas de qualificação da assistência hospitalar e de vigilância
sanitária. I e IV
48. 3. De acordo com a Portaria nº 2.612, de 12 de maio de 1998, do Ministério da Saúde, é
um exemplo de infecção hospitalar aquela
a) constatada ou em incubação no ato de admissão do paciente, não relacionada com
internação anterior no mesmo hospital.
b) b) manifestada após a alta do paciente, associada a procedimentos diagnósticos e/ou
terapêuticos realizados durante a internação.
c) que está associada com complicação ou extensão da infecção já presente na admissão,
sem que haja troca de micro-organismos.
d) em recém-nascidos, adquirida por via transplacentária e que se tornou evidente logo
após o nascimento.
e) em recém-nascidos associada com bolsa rota superior a 24 horas. B
49. 4. No que se refere à prevenção e controle das infecções hospitalares, dispõe a
Portaria 2.616/98/MS/GM de 12 de maio de 1998, quanto à lavagem das mãos:
a) é a fricção manual rigorosa das mãos e pulsos, utilizando-se de álcool iodado;
b) o uso de luvas dispensa a lavagem das mãos antes e após contatos que envolvam
mucosas;
c) é, isoladamente, a ação mais importante para a prevenção da infecção hospitalar;
d) a lavagem e anti-sepsia cirúrgica das mãos é realizada sempre após os
procedimentos cirúrgicos;
e) na assistência a um paciente, envolvendo contato com diversos sítios corporais e
atividades, é suficiente uma única lavagem das mãos.
c
50. Referências
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de
Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Brasília: Anvisa, 2017.
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do Paciente em
Serviços de Saúde: Higienização das Mãos. Brasília: Anvisa, 2009. 105p.