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‘’Os sentimento mais genuinamente
humanos logo se desumanizam na
cidade’’.
A Cidade e as Serras
Eça de
Queirós
Realismo
 Contexto histórico
 Surgiu a partir da segunda metade do século
XIX.
 Liberalismo e Democracia
 As ciências evoluem e os métodos de
experimentação e observação da realidade
passam a ser vistos como os únicos capazes de
explicar o mundo físico.
 Em 1870, iniciam-se os primeiros sintomas da
agitação cultural. Recife, SP, Bahia e RJ.
 Transformação no aspecto social
 O Realismo iniciou-se na França, em 1857, com a
publicação de “Madame Bovary”, de Gustave
Flaubert.
 No Brasil foi em 1881, com “Memórias Póstumas de
Brás” de Machado de Assis e “O Mulato” de Aluísio
de Azevedo.
Eça de Queirós
 José Maria Eça de Queirós foi um dos pioneiros
da literatura realista em Portugal no século XIX.
 Estilos; Prosa de ficção, crítica literária e crônica
jornalística
 Temas; cotidiano, descrição de locais e
comportamento de pessoas, pessimismo, ironia e
humor
 Estudou direito na Universidade de Coimbra
 Advogado, jornalista e cônsul
 Aos 40 anos casou-se com Emília Castro, com
quem teve quatro filhos: Alberto, António, José Maria
e Maria
 1845-1900 ( Póvoa de Varzim, Portugal- Paris)
Fases do Autor
 1º fase) Romântica, pré realista ou preparatória,
estava mais ligado a traços românticos
 2º fase) Realista
 3º fase) Maturidade artística: pacificação,
otimismo em relação a pátria e esperança vinda
do interior de Portugal,onde as pessoas ainda
não estavam contaminadas pelos falsos valores
tecnológicos do mundo urbano
O livro- análise da obra
 Publicado em 1901 ( Um ano depois da morte de
Eça)
 ‘’ Civilização’’- 1892
 Uma das obras mais importantes do autor
 Características do período de sua ‘’maturidade
artística’’
 Eça ironiza os males da civilização, elogiando os
valores da natureza
Temática da obra
Nesta obra, Eça pretende criticar o
progresso técnico, urgente e
rápido, na virada do século XIX
para o XX. Eça de Queirós julgava,
ao fim da vida, que o homem só
era feliz longe da civilização. Por
isso, a temática mais forte da obra
é contra a ociosidade dos que têm
dinheiro na cidade, e sua vida
burguesa, ou seja, o acúmulo
irrefletido de dinheiro.
Características do Realismo
presente na obra
 O objetivismo (ver o mundo como ele é)
 Descritivíssimo ( dá veracidade a obra)
 Ironia (em relação ao comportamento humano)
 Observação e análise (fatos presentes)
 Contemporaneidade (exatidão para localizar o
tempo e o espaço)
 Análise dos valores burgueses com visão crítica
denunciando a hipocrisia
Personagens principais
 Jacinto de Tormes:o filho de uma família de
fidalgos portugueses, mas nascido e criado em
Paris.Um homem extremamente forte e rico, tinha
23 anos, era um rapaz notável, muito inteligente.
Trajava-se com esmero, de roupa fina e flor no
peito. Era narigudo, com cabelos crespos e
bigodes bem tratados, é chamado de “Príncipe
da Grã-Ventura
 ‘’Este delicioso Jacinto fizera então vinte e três anos,
e era um soberbo moço em quem reaparecera a
força dos velhos Jacintos rurais’’.
O perfil de Jacinto
 ‘’Não teve sarampo e não teve lombrigas. As letras,
a Tabuada, o Latim entraram pôr ele tão facilmente
como o sol por uma vidraça’’
‘’Sem coração bastante forte para conceber um amor
forte, e contente com esta incapacidade que o
libertava (...)’’
‘’Indiferente ao Estado e ao Governo dos Homens,
nunca lhe conhecemos outra ambição além de
compreender bem as Idéias Gerais’’
Vida em Paris
 Primeira fase de Jacinto
 Mansão Nº202
 Novidades tecnológicas
 Príncipe da Grã-Ventura
 Suma potência X Suma Ciência= Suma felicidade
 ‘’O homem só é superiormente feliz quando é
superiormente civilizado’’
Limites da tecnologia
 Elevador
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 Telégrafo
 Máquina de escrever
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Tédio e pessimismo
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 Arthur Schopenhauer
 ‘’Claramente percebia que meu Jacinto
atravessava uma densa névoa de tédio, tão
densa, e ele tão afundado na sua mole
densidade’’
 ‘’Grilo, seu mordomo, concluiu: V. Ex. sofre de
fartura
Transformação
 Terceira fase de Jacinto
 De ‘’galho ressequido a árvore frondosa’’
 Viagem à Tormes
 Bagagem extraviada
 Contato com a natureza e simplicidade
 Felicidade plena
José Fernandes
 Amigo de Jacinto, fidalgo, culto, viajado,
afetuoso, compassivo, compreensivo, raízes
rurais, caráter centrado em si
 Acredita na superioridade da natureza e na
regeneração por meio do campo
 Tem um importante papel na evolução e
mudanças ocorridas em Jacinto.
 Narrador personagem e testemunhal, irônico e
bem- humorado
 O bom humor: Conformismo em situações
desesperadoras. Um exemplo a chegada a Tormes
em que as bagagens foram extraviadas
 A ironia: ‘’Tu tens, em abundância, os quatro
elementos: o ar, a água, a terra e o dinheiro.’’
 ‘’Para consolar o meu príncipe lembrei que Platão
quando compunha o Banquete, Vasco da Gama
quando dobrava o Cabo, não dormiam em melhores
catres! As enxergas rijas fazem as almas fortes, ó
Jacinto!... E é só vestido de estamenha que se
penetra no paraíso.’’
 Uma das características de Zé é a importância que
ele dá aos instintos, sobrepondo- os sua capacidade
de sentir ou de pensar. Assim, tanto desilusões
amorosas quanto preocupações sociais são tratadas
com almoços extraordinários. Ao longo do romance
ele procura provar o engano que as crenças
civilizatórias de seu amigo, Jacinto de Tormes,
podem conduzir, embora o admire exageradamente.
Reflexão
 ‘’O Homem pensa ter na Cidade a base de toda a
sua grandeza e só nela tem a fonte de toda a sua
miséria. (...) Na cidade findou a sua liberdade
moral; cada manhã ela lhe impõe uma
necessidade, e cada necessidade o arremessa
para uma dependência; pobre e subalterno a sua
vida é um constante solicitar, adular, vergar,
rastejar, aturar; e rico e superior como um
Jacinto, a sociedade logo o enreda em tradições,
preceitos, etiquetas, cerimônias, praxes, ritos,
serviços mais disciplinares que os de um cárcere
ou de um quartel...
 (...) Mas o que a cidade mais deteriora no
homem é a inteligência, (...) Nesta densa e
pairante camada de ideias e fórmulas que
constitui a atmosfera mental das cidades, o
homem que a respira, nela envolto só pensa
todos os pensamentos já pensados, só exprime
todas as expressões já exprimidas: (...) Todos,
intelectualmente, são carneiros trilhando o
mesmo trilho, balando o mesmo balido, com o
focinho pendido para a poeira onde pisam, em
fila.
E aqui tem o belo Jacinto o que é a bela
Cidade!’’
Obrigado pela atenção!
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A cidade e as serras- personagens principais

  • 1. ‘’Os sentimento mais genuinamente humanos logo se desumanizam na cidade’’. A Cidade e as Serras Eça de Queirós
  • 2. Realismo  Contexto histórico  Surgiu a partir da segunda metade do século XIX.  Liberalismo e Democracia  As ciências evoluem e os métodos de experimentação e observação da realidade passam a ser vistos como os únicos capazes de explicar o mundo físico.  Em 1870, iniciam-se os primeiros sintomas da agitação cultural. Recife, SP, Bahia e RJ.  Transformação no aspecto social
  • 3.  O Realismo iniciou-se na França, em 1857, com a publicação de “Madame Bovary”, de Gustave Flaubert.  No Brasil foi em 1881, com “Memórias Póstumas de Brás” de Machado de Assis e “O Mulato” de Aluísio de Azevedo.
  • 4. Eça de Queirós  José Maria Eça de Queirós foi um dos pioneiros da literatura realista em Portugal no século XIX.  Estilos; Prosa de ficção, crítica literária e crônica jornalística  Temas; cotidiano, descrição de locais e comportamento de pessoas, pessimismo, ironia e humor
  • 5.  Estudou direito na Universidade de Coimbra  Advogado, jornalista e cônsul  Aos 40 anos casou-se com Emília Castro, com quem teve quatro filhos: Alberto, António, José Maria e Maria  1845-1900 ( Póvoa de Varzim, Portugal- Paris)
  • 6. Fases do Autor  1º fase) Romântica, pré realista ou preparatória, estava mais ligado a traços românticos  2º fase) Realista  3º fase) Maturidade artística: pacificação, otimismo em relação a pátria e esperança vinda do interior de Portugal,onde as pessoas ainda não estavam contaminadas pelos falsos valores tecnológicos do mundo urbano
  • 7. O livro- análise da obra  Publicado em 1901 ( Um ano depois da morte de Eça)  ‘’ Civilização’’- 1892  Uma das obras mais importantes do autor  Características do período de sua ‘’maturidade artística’’  Eça ironiza os males da civilização, elogiando os valores da natureza
  • 8. Temática da obra Nesta obra, Eça pretende criticar o progresso técnico, urgente e rápido, na virada do século XIX para o XX. Eça de Queirós julgava, ao fim da vida, que o homem só era feliz longe da civilização. Por isso, a temática mais forte da obra é contra a ociosidade dos que têm dinheiro na cidade, e sua vida burguesa, ou seja, o acúmulo irrefletido de dinheiro.
  • 9. Características do Realismo presente na obra  O objetivismo (ver o mundo como ele é)  Descritivíssimo ( dá veracidade a obra)  Ironia (em relação ao comportamento humano)  Observação e análise (fatos presentes)  Contemporaneidade (exatidão para localizar o tempo e o espaço)  Análise dos valores burgueses com visão crítica denunciando a hipocrisia
  • 10. Personagens principais  Jacinto de Tormes:o filho de uma família de fidalgos portugueses, mas nascido e criado em Paris.Um homem extremamente forte e rico, tinha 23 anos, era um rapaz notável, muito inteligente. Trajava-se com esmero, de roupa fina e flor no peito. Era narigudo, com cabelos crespos e bigodes bem tratados, é chamado de “Príncipe da Grã-Ventura
  • 11.  ‘’Este delicioso Jacinto fizera então vinte e três anos, e era um soberbo moço em quem reaparecera a força dos velhos Jacintos rurais’’.
  • 12. O perfil de Jacinto  ‘’Não teve sarampo e não teve lombrigas. As letras, a Tabuada, o Latim entraram pôr ele tão facilmente como o sol por uma vidraça’’ ‘’Sem coração bastante forte para conceber um amor forte, e contente com esta incapacidade que o libertava (...)’’ ‘’Indiferente ao Estado e ao Governo dos Homens, nunca lhe conhecemos outra ambição além de compreender bem as Idéias Gerais’’
  • 13. Vida em Paris  Primeira fase de Jacinto  Mansão Nº202  Novidades tecnológicas  Príncipe da Grã-Ventura  Suma potência X Suma Ciência= Suma felicidade  ‘’O homem só é superiormente feliz quando é superiormente civilizado’’
  • 14. Limites da tecnologia  Elevador  Telefone  Telégrafo  Máquina de escrever  Máquina de calcular  Biblioteca
  • 15. Tédio e pessimismo  Segunda fase de Jacinto  Arthur Schopenhauer  ‘’Claramente percebia que meu Jacinto atravessava uma densa névoa de tédio, tão densa, e ele tão afundado na sua mole densidade’’  ‘’Grilo, seu mordomo, concluiu: V. Ex. sofre de fartura
  • 16. Transformação  Terceira fase de Jacinto  De ‘’galho ressequido a árvore frondosa’’  Viagem à Tormes  Bagagem extraviada  Contato com a natureza e simplicidade  Felicidade plena
  • 17. José Fernandes  Amigo de Jacinto, fidalgo, culto, viajado, afetuoso, compassivo, compreensivo, raízes rurais, caráter centrado em si  Acredita na superioridade da natureza e na regeneração por meio do campo  Tem um importante papel na evolução e mudanças ocorridas em Jacinto.  Narrador personagem e testemunhal, irônico e bem- humorado
  • 18.  O bom humor: Conformismo em situações desesperadoras. Um exemplo a chegada a Tormes em que as bagagens foram extraviadas  A ironia: ‘’Tu tens, em abundância, os quatro elementos: o ar, a água, a terra e o dinheiro.’’
  • 19.  ‘’Para consolar o meu príncipe lembrei que Platão quando compunha o Banquete, Vasco da Gama quando dobrava o Cabo, não dormiam em melhores catres! As enxergas rijas fazem as almas fortes, ó Jacinto!... E é só vestido de estamenha que se penetra no paraíso.’’
  • 20.  Uma das características de Zé é a importância que ele dá aos instintos, sobrepondo- os sua capacidade de sentir ou de pensar. Assim, tanto desilusões amorosas quanto preocupações sociais são tratadas com almoços extraordinários. Ao longo do romance ele procura provar o engano que as crenças civilizatórias de seu amigo, Jacinto de Tormes, podem conduzir, embora o admire exageradamente.
  • 21. Reflexão  ‘’O Homem pensa ter na Cidade a base de toda a sua grandeza e só nela tem a fonte de toda a sua miséria. (...) Na cidade findou a sua liberdade moral; cada manhã ela lhe impõe uma necessidade, e cada necessidade o arremessa para uma dependência; pobre e subalterno a sua vida é um constante solicitar, adular, vergar, rastejar, aturar; e rico e superior como um Jacinto, a sociedade logo o enreda em tradições, preceitos, etiquetas, cerimônias, praxes, ritos, serviços mais disciplinares que os de um cárcere ou de um quartel...
  • 22.  (...) Mas o que a cidade mais deteriora no homem é a inteligência, (...) Nesta densa e pairante camada de ideias e fórmulas que constitui a atmosfera mental das cidades, o homem que a respira, nela envolto só pensa todos os pensamentos já pensados, só exprime todas as expressões já exprimidas: (...) Todos, intelectualmente, são carneiros trilhando o mesmo trilho, balando o mesmo balido, com o focinho pendido para a poeira onde pisam, em fila. E aqui tem o belo Jacinto o que é a bela Cidade!’’
  • 23. Obrigado pela atenção!  Bianca Moreira  Jennifer Santos  Matheus Fazolo  Felipe Delboni  Vinicius de Martini  Thayna Luna