SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 21
ÍNDICE

CAPA

ÍNDICE:

   Introdução

   •      I. O que é a Reforma?

   •      II. Quais os seus objectivos?

   •      III. Que factores impulsionaram esse movimento?

   •      IV. Quais foram as principais entidades desse movimento?

   •      V. Quais as suas consequências:

                        1. Na Europa

                        2. Na Península Ibérica e em Portugal

   •      VI. O que é a Contra-Reforma?

   •      VII. Quais os objectivos desse movimento?

   •      VIII. De que meios esse movimento se servia?

   •      IX. Quais as suas origens?

   •      X. Que pessoas tiveram mais influência nesse movimento?

   •      XI. O que é que esse movimento originou:

                        1. Na Europa

                        2. Na Península Ibérica e em Portugal

   •      XII. Biografias

   •      XIII. Documentos relevantes

   •      XIV. Síntese final

   •      XV. Curiosidades

   •      XVI. Fontes




                                          2
3
Introdução ao Trabalho

Neste trabalho vamos abordar factos sobre a Reforma e a Contra-Reforma.
Também abordaremos questões e temas relacionados com os mesmos. As questões
que esclareceremos neste trabalho serão as seguintes:

   •   O que é a Reforma?

   •   Quais os seus objectivos?

   •   Que factores impulsionaram esse movimento?

   •   Quais foram as principais entidades desse movimento?

   •   Quais as suas consequências:

       Na Europa

       Na Península Ibérica

       Em Portugal

   •   O que é a Contra-Reforma?

   •   Quais os objectivos desse movimento?

   •   De que meios esse movimento se servia?

   •   Quais as suas origens?

   •   Que pessoas tiveram mais influência nesse movimento?

   •   O que é que esse movimento originou:

       Na Europa

       Na Península Ibérica

       Em Portugal

No trabalho também iremos colocar algumas imagens, e, no final deste, biografias
de algumas entidades importantes relativas ao tema, alguns documentos, uma
síntese, as fontes e, possivelmente, algumas curiosidades.




I. O que é a Reforma?


A Reforma Protestante foi um movimento reformista Cristão iniciado no século XVI por
Martinho Lutero, que, através da publicação das 95 Teses, organizou protestos contra



                                           4
diversos pontos da doutrina da Igreja Católica, propondo uma reforma no Catolicismo.
Os princípios fundamentais da Reforma Protestante são conhecidos como as Cinco
Solas: Sola fide (somente a fé); Sola scriptura (somente a Escritura); Solus Christus
(somente Cristo); Sola gratia (somente a graça); Soli Deo gloria (glória somente a
Deus).


II. Quais os seus objectivos?


Os seus objectivos eram modificar alguns aspectos e hábitos que achavam
incorrectos, na Igreja Católica, para além de alguns costumes adquiridos pelos
membros eclesiásticos que não lhes agradavam, como a venda de indulgências, a
corrupção, o luxo e a opulência.


III. Que factores impulsionaram esse movimento?

No início do século XVI, a mudança na mentalidade das Sociedades Europeias
reflectiu também no campo religioso. A Igreja, tão omnipotente na Europa
medieval,                   foi                    duramente                   criticada.
A instituição católica estava em descompasso com as transformações do seu
tempo.

Além disso, uma série de questões propriamente religiosas colocavam a Igreja como
alvo da crítica da sociedade: a corrupção do alto clero, a ignorância religiosa dos
padres        comuns            e        os        novos          estudos    teológicos.
As graves críticas à Igreja já não permitiam apenas “consertar internamente a
casa”. As insatisfações acumularam-se de tal maneira que desencadearam um
movimento      de    ruptura        na   unidade    cristã:   a    Reforma   Protestante.
Assim, a Reforma foi motivada por um complexo de causa que ultrapassaram os
limites da mera contestação religiosa. Vejamos detalhadamente algumas dessas
causas.

No início do século XVI, a mudança de mentalidade das sociedades da Europa
surgiu também efeito no campo da religião. A Igreja, que era tão poderosa na
Europa Medieval, foi criticada com dureza.

A instituição católica não estava compassada com as transformações que estavam
a ocorrer no seu tempo.

Outros factores foram o desenvolvimento do Capitalismo, o confronto teológico
entre as doutrinas do Livre Arbítrio e da Predestinação, o conflito da burguesia com
a Igreja tradicional, e o confronto entre as ideias humanistas do Nacionalismo (ideia
de individualismo) e o Universalismo (ideia de união), pois, com o fortalecimento dos


                                              5
reinos, cada reino considerava a Igreja uma entidade estrangeira que interferia com
os outros reinos (passando assim as ideias de Universalismo para Nacionalismo).

IV. Quais foram as principais entidades desse movimento?

As principais entidades desse movimento foram os reformadores, como Martinho
Lutero, João Calvino e John Knox e Henrique VIII de Inglaterra, que não se pode
considerar um reformador, pois a sua doutrina não era completamente Protestante.
Para além dessas entidades também estiveram (apesar de indirectamente)
relacionadas com a Reforma, como o Papa Leão X e o Imperador Carlos V.

V. Quais as suas consequências:

          1. Na Europa

                                            Figura1_Territórios da
                                            Europa de maiorias
                                            Protestantes (azul) e
                                            Católicas (verde) no
                                            século XVI.




Com o surgimento da Reforma, seguiu-se o aparecimento de novas religiões
protestantes no Norte da Europa, houve uma quebra na União da Igreja Católica,
que deu início a um movimento destinado a combater a Reforma, a Contra-
Reforma. A reforma também fortaleceu o Capitalismo, sobretudo a partir da
doutrina calvinista (de João Calvino, um reformador francês) e a tradução da Bíblia,
que originou a hipótese de qualquer pessoa que soubesse ler a sua língua, mas não
soubesse latim, poderia ler a Bíblia, e consequente incentivo à alfabetização.
Martinho Lutero foi excomungado pelo Papa Leão X e, por não se ter retractado ao
imperador Carlos V, foi expulso do Sacro império Romano-Germânico, vindo-se
obrigado a refugiar-se num palácio, onde traduziu a Bíblia para alemão.




                                          6
2. Na Península Ibérica e Portugal




              Na Península Ibérica e em Portugal, as medidas tomadas pela Igreja,
              quanto à Reforma foram feitas, espalhando a ideia do movimento
              eclesiástico de combate à Reforma, a Contra-Reforma, provocando
              na Península Ibérica uma estagnação cultural e um clima de medo
              entre as pessoas, que receavam a denúncia, que, uma vez feita, não
              voltava a ser retirada e a pessoa que era denunciada estava, assim,
              condenada.

VI. O que é a Contra-Reforma?

Também chamada reforma católica, a contra-reforma foi um movimento da Igreja
Católica que se deu no século XVI, como resposta às críticas de diversos membros
da Igreja e de importantes membros de ordens religiosas importantes (tais como os
Franciscanos, os Dominicanos e os Agostinhos), que apelavam o regresso à pureza e
austeridade primitivas e também como resposta às críticas humanistas. A contra-
reforma surge também com o avanço feito pela Reforma Protestante (iniciada por
Martinho Lutero). Assim, este movimento de contra-reforma procura redefinir a
Doutrina da Igreja e a disciplina do clero, ao mesmo tempo que procura combater
e impedir o avanço do protestantismo. Os principais meios utilizados pela Igreja
Católica para efectuar a sua reforma foram: a criação de novas ordens religiosas,
onde se destacou a Companhia de Jesus, a realização do Concílio de Trento e a
criação da Inquisição e do Índex.




                                         7
VII. Quais os objectivos desse movimento?

Os objectivos desse movimento eram combater a Reforma Protestante, defendendo
a Igreja e os seus costumes e hábitos e tentando fazer com que as pessoas
percebessem que a Igreja é que estava certa e que a Reforma Protestante era,
meramente, um movimento que se rebeliava contra a diocese da Igreja Católica,
tentando destruí-la. Para além desse movimento de luta contra as doutrinas
Protestantes, a Contra-reforma também foi um movimento de Renovação Interna,
de forma que a Contra-Reforma pretendia não só combater o Protestantismo, como
verificar internamente se de facto havia motivos para as críticas a que a Igreja era
sujeita.

VIII. De que meios esse movimento se servia?

O movimento da Contra-reforma servia-se dos seguintes meios: A Companhia de
Jesus, O Tribunal do Santo Ofício (Inquisição), o Índex e a realização do Concílio de
Trento. A Companhia de Jesus, que fora fundada por Inácio de Loyola era o
“exército de Deus” e servia para evitar a conversão de Católicos para Protestantes.
O Tribunal do Santo Ofício, que fora reanimado, servia para julgar e condenar todos
aqueles que não fossem praticantes da fé Católica. O Índex era uma espécie de
catálogo de livros que não podiam ser lidos por Católicos, sob pena de denúncia à
Inquisição e o Concílio de Trento serviu para a Igreja verificar se as críticas a que era
sujeita tinham ou não sentido, de maneira que fosse corrigida.

IX. Quais as suas origens?

As origens da Contra-Reforma são eclesiásticas, ou seja, da Igreja, mais
precisamente da Reforma Protestante. Alguns historiadores afirmam que as origens
da contra-reforma diferem, de maneira que a única parte da Contra-Reforma que
se originou a partir da Reforma foi a luta contra as doutrinas protestantes, enquanto
que a parte da renovação interna não teve qualquer relação com a Reforma. A
Reforma Protestante defendia a doutrina Protestante, que era atacada pela Igreja
indirectamente, usando o Índex, a Inquisição e a Companhia de Jesus, que foram
originados e formados no Concílio de Trento.




X. Que pessoas tiveram mais influência nesse movimento?

As pessoas que tiveram mais influência nesse movimento foram membros
eclesiásticos, nomeadamente Papas, como o Papa Leão X e os membros de
algumas ordens religiosas, como os Dominicanos, que eram da Inquisição e a
Companhia de Jesus


                                             8
XI. O que é que esse movimento originou:

      1. Na Europa




      Na Europa, a Contra-Reforma fez com que a Doutrina Eclesiástica ficasse mais
      defenida, tanto interna como externamente, originou perseguições aos
      Reformadores e às pessoas que os apoiavam e também originou o
      aparecimento do barroco, em Itália. O barroco era uma arte de imaginação,
      invenção, sumptuosidade e contrastes, o que se opunha à austeridade
      protestante.

      2. Na Península Ibérica e em Portugal




      Na    Península   Ibérica,   o   movimento   contra-reformista   provocou   uma
      estagnação a nível cultural, pois a Igreja vigiava a cultura a partir do Índex e
      da Inquisição e a Inquisição perseguia os Judeus, o que, consequentemente,
      originou uma estagnação financeira, pois muitos dos Judeus que emigraram
      da Península Ibérica eram possuidores de muita riqueza.

XII. Biografias



                                            9
•   Reformadores:

Martinho Lutero
Martinho Lutero nasceu em Eisleben, a 10 de
Novembro de 1483 e morreu no mesmo local, a 18
                                                                                  Figura2_Martinho
de Fevereiro de 1546. Lutero foi um sacerdote                                     Lutero
agostiniano     e   Professor   de   teologia    alemão
percussor da Reforma Protestante. Confrontou o
vendedor de Indulgências Johann            Tetzel, por
acreditar que o perdão de Deus sobre os pecados
das pessoas não pudesse ser comprado, através
das 95 Teses em 1517. A sua recusa de se retractar a
pedido do Papa Leão X e do Imperador Carlos V resultou na sua excomunhão pelo
Papa sua expulsão do Sacro Império Romano-Germânico, por ordem do Imperador.


João Calvino
João Calvino nasceu em Noyon, no dia 10 de Julho de
                                                                                  Figura3_João Calvino
1509 e morreu em Genebra, no dia 27 de Maio de 1564.
Calvino foi um teólogo cristão francês que teve uma
grande influência durante a Reforma Protestante. A
doutrina por ele defendida, apesar de também ser
Protestante, é diferente da defendida por Martinho
Lutero (o Luteranismo), e por isso tem outro nome:
Calvinismo.


Ulrich Zwinglio
Ulrich Zwinglio nasceu em Wildhaus, Cantão de São Galo, a 1                       Figura4_Ulrich Zwinglio
de Janeiro de 1484 e morreu em Kappel am Albis a 10 de
Outubro de 1531. Zwinglio foi um teólogo suíço e principal
líder da Reforma Protestante no seu país. Ulrich Zwinglio
chegou      a     conclusões    semelhantes      às   de   Lutero
relativamente ao estudo teológico.


John Knox                                                           John Knox nasceu em
Haddington, East Lothian em 1514 e morreu em Edimburgo a 24
de Novembro de 1572. John Knox foi um reformador escocês que
                                                                                     Figura5_John
liderou uma reforma na Escócia, que apoiava a Doutrina
                                                                                     Knox
Calvinista. O seu local e data de nascimento ainda são




                                                10
debatidos, admitindo-se como o local mais provável Gifford Gate, próximo de
Haddington, a 20 quilómetros de Edimburgo.


Guilherme Farel
Guilherme Farel nasceu no dia 13 de Setembro de
1565 e foi um evangelista francês e um dos
                                                                      Figura6_Guilherme
fundadores da Reforma nalguns cantões da                              Farel
Suiça. Ele convenceu João Calvino a ficar em
Genebra em 1536 e, após ter sido expulso em
1538, a retornar em 1541. Eles influenciaram o
governo de Genebra até este se tornar num
estado teocrático, a “Roma Protestante”, para
onde foram alguns refugiados durante a Contra-reforma.
    •      Papas:
Júlio II                                                 O
Papa Júlio II (Giuliano della Rovere) nasceu em Savona, a 5            Figura7_Papa Júlio II
de Dezembro de 1443 e morreu em Roma, a 21 de
Fevereiro de 1513 e foi Papa desde 1 de Novembro de
1503 até à sua morte. Era um frade franciscano.


Leão X
O Papa Leão X (Giovanni di Lorenzo de Medici) nasceu a 11
de Dezembro de 1475 e morreu a 1 de Dezembro de 1521 e
foi Papa desde 1513 até à sua morte. Ele foi o último Papa
não-sacerdote. Ele é muito conhecido principalmente por ser             Figura7_Papa Leão
                                                                        X
o Papa do início da Reforma Protestante. Ele vinha da rica
família de banqueiros Medici, e era filho de Lorenzo de Medici
(como o próprio nome indica: Giovanni di Lorenzo de Medici),
o governante mais famoso da república de Florença.
    •      Outros:
Santo Inácio de Loyola
Santo Inácio de Loyola (Íñigo Lopez) nasceu em Azpeitia a 1
                                                                       Figura8_Santo
de Maio de 1491 e morreu em Roma, a 31 de Julho de 1556 e              Inácio de Loyola
foi o fundador da Companhia de Jesus, cujos membros se
denominam “jesuítas”, uma ordem religiosa Católica Romana
que teve grande importância na Contra-Reforma.




                                          11
XIII. Documentos escritos para analisar

 Documento 1                               Conclusões
 No dia 20 de Setembro de 1492, o          Conclui-se a partir deste documento
 Papa Alexandre VI nomeou vinte            que os Papas podiam ter filhos, e,
 cardeais, […] entre os quais o seu        portanto, não eram castos e não
 próprio filho, César Bórgia; e também     obedeciam assim às “regras” do
 o filho de Gabriel de Cesarini, irmão     Clero, levando uma vida pouco
 do seu genro; e ainda um elemento         digna. Os Papas também podiam,
 da família Farnese, parente da bela       através de nomeações por eles feitas,
 Júlia, sua amante; e muitos outros.       ter benefícios materiais. Para além
 Graças a estas nomeações, segundo         disso, este documento dá a entender
 se diz, Alexandre VI recebeu mais de      que o Papa não é imparcial a
 cem mil ducados.                          nomear pessoas para altos cargos
                                           eclesiásticos, pois nomeia os da sua
 Stefano Infessura, Diário da Cidade       própria família.
 de Roma, Século XVI


 Documento 2
                                           Conclusões
 Júlio II foi um Papa dotado de
                                           Os Papas, segundo este documento,
 coragem e firmeza invulgares, mas
                                           às     vezes     não       tinham   os
 impetuoso e de ambição desmedida
                                           comportamentos nem a mentalidade
 […]. Tudo isto seria digno de um
                                           certos de desempenharem um papel
 grande louvor se se tratasse de um
                                           eclesiástico de tão alta importância e
 príncipe secular. Ou ainda se ele
                                           que se portavam como reis ou
 tivesse colocado o entusiasmo que
                                           príncipes, combatendo e ganhando
 pôs no engrandecimento temporal
                                           mais riquezas e territórios.
 da Igreja pela força das armas ao
 serviço da pureza e da perfeição
 espiritual do povo de Deus.

 Francisco Guicciardini,   História   da
 Itália, 1535


 Documento 3                               Conclusões
 Todos somos pecadores. Mas é um           Aqui Martinho Lutero apresenta uma
 erro pensar-se que este mal se pode       das crenças em que a sua doutrina
 curar com as boas obras. A                acreditava: as boas obras não
 experiência mostra-nos que as nossas      tornam um homem bom. Este
 obras, por muito grandes que sejam,       aspecto, por ser religioso, e, por isso,
 não nos impedem de pecar. As boas         interpretável, não se deve discutir,
 obras não fazem o homem bom.              contudo, ele neste documento revela
 Mas, se o homem for bom, fará boas        retórica, conseguindo, à partida,
 obras.                                    convencer quem o lê.

 Lutero, Comentário à Epístola aos
 Romanos


 Documento 4                               Conclusões
 Deverás possuir uma fé profunda e         Neste documento Martinho Lutero
 confiante em Deus. Graças a ela,          apresenta outra crença dele: só a fé
 triunfarás das tentações e serás recto,   em Deus torna os homens bons, mais
 verdadeiro, pacífico e justo; assim,      uma vez, este aspecto não é
 cumprirás os mandamentos.                 discutível, e, desta vez, não revela
                                           tanta retórica.
 Lutero, A Liberdade do Cristão
                                           12
Documento 5                                 Conclusões
                                            É claro que é difícil pôr as 95 teses
[…]S <>a consultada a 25 de me              num só documento, e por isso é difícil
Farelo Histigiram.tem to que "lpam por      também comentar todas, mas só o
c que se obtinha a confissa arte de         facto de haver tantas teses, já nos diz
adivinhar Jesus, cujos me19. Ainda          que, no século XVI, a Igreja tinha
não parece ter sido provado que             muitos erros.
todas as almas do purgatório tenham
certeza de sua salvação e não
receiem por ela, não obstante nós
teremos absoluta certeza disto.
[…]38. Entretanto se não deve
desprezar o perdão e a distribuição
por parte do papa. Pois, conforme
declarei, o seu perdão constitui uma
declaração do perdão divino.
[…]57. Que não são bens temporais,
é    evidente,     porquanto     muitos
pregadores a este não distribuem
com facilidade, antes os ajuntam.
[…]76. Bem ao contrário, afirmamos
que a indulgência do papa nem
mesmo o menor pecado venial pode
anular no que diz respeito à culpa
que constitui.
[…]S <>a consultada a 25 de me
Farelo Histigiram.tem to que "lpam por
c que se obtinha a confissa arte de
adivinhar Jesus, cujos me95. E assim

Documento 6                                 Conclusões
O Santo Concílio ordena que […],           Pode-se verificar no documento que
nos assuntos da fé e dos costumes,          só a última parte deste é que é uma
ninguém […] tenha a audácia de              mudança para a Igreja,
interpretar as Sagradas Escrituras com      provavelmente porque achavam
um sentido diverso daquele que lhe          que as outras partes estavam
dá a Santa Madre Igreja. […] Praticai       correctas, ou ainda por terem
boas obras, porque Deus é justo e           orgulho em algumas pessoas estarem
não esquecerá as boas acções e a            a corrigir a Igreja, e não serem eles, o
caridade praticada em Seu nome.             Alto Clero.
[…]
 A Igreja deve introduzir cerimónias,
luzes, ornamentos, para despretar o
espírito dos fiéis, através desses sinais
vivos de piedade e de religião […].
Os bispos devem ser irrepreensíveis no
seu comportamento, sóbrios e castos

Decretos do      Concílio   de   Trento.
1545-1563




                                            13
Documento 7                                Conclusões
Aquele que desejar tornar-se num           Neste documento podemos ver as
soldado de Deus na nossa Ordem […]         principais actividades e regras a que
deverá      […]       consagrar-se     à   estavam sujeitos os jesuítas e que
propagação        da     fé,  pregando     mentalidade deveriam ter, uma
publicamente, ensinando a palavra          mentalidade                  baseada
de      Deus,     fazendo     exercícios   principalmente      na     obediência
espirituais e acções piedosas e,           absoluta.
sobretudo, dando às crianças uma
educação religiosa […]. Se o Papa
nos enviar a propagar a fé, ou a
converter as almas entre os infiéis,
mesmo que seja às Índias, deveremos
obedecer-lhe sem reservas […]. Os
membros da Companhia de Jesus
devem       distinguir-se    por   uma
obediência absoluta, verdadeira,
cega, renunciando à sua própria
vontade.

Inácio de   Loyola,    Regra         da
Companhia de Jesus, 1540



Documento 8                                Conclusões
Se sabem ou ouviram que algum              Neste documento estão todas as
cristão tenha dito ou feito alguma         acções que o Tribunal do Santo
coisa contra a nossa Santa Fé              Ofício condenava: para além de não
Católica, ou seja simpatizante da          ser católico, também não poderia ter
seita de Lutero, Calvino, ou outro         livros proibidos ou praticar artes de
herege, que seja condenado pela            adivinhar. E, no final do documento,
Santa Fé Apostólica; […]                   está escrito que se alguém não
Se sabem ou ouviram que alguma             denunciar uma pessoa que seja
pessoa faça feitiçarias […].               praticante dessa lista de coisas, essa
Se sabem ou ouviram que alguma             pessoa ainda terá um castigo maior,
pessoa exerça astrologia, leia ou          esta medida era provavelmente para
tenha livros dela ou de outra arte de      incentivar a denúncia.
adivinhar […].
Se sabem ou ouviram que alguma
pessoa tenha ou leia livros proibidos
[…]. Deverão denunciá-lo ao Santo
Ofício […]. E se não o fizerem, serão
sujeitos à pena de excomunhão
maior.

Edital da Fé




                                           14
Documento 9                               Conclusões
Fui preso apesar de estar inocente.       Este documento retrata toda a
[…] Em cento e cinquenta presos da        crueldade que a Inquisição tinha:
Inquisição nem cinco são culpados.        prender pessoas inocentes; torturá-las
[…] As provas de culpa fazem-se à         para que denunciassem mais pessoas
força das torturas que eles praticam,     e até se denunciassem a elas
até em meninos com oito anos ou           mesmas; torturavam até crianças e,
pouco mais. […] Estive preso perto da     no final do documento apresenta a
Casa do Tormento e pude ouvir a           justificação para tanta crueldade: o
crueldade com que se obtinha a            ódio dos cristãos-velhos aos cristãos-
confissão e ouvir o queixume dos          -novos, que, por isso, eram os maiores
atormentados. […] Por esta razão [os      alvos de vigia e condenação da
presos] confessam o que nunca             Inquisição.
tinham feito ou sequer sonhado, e
culpam por cúmplices quantas
pessoas lhes vêm à cabeça […]
apenas para se verem livres da
tortura. […] Tudo isso acontece pelo
ódio que os cristãos-velhos têm aos
cristãos-novos.

De um processo da Inquisição, 1605



Documento 10                              Conclusões
Vi, por mandado do Ilustríssimo e         Neste documento está escrito um
Reverendíssimo Senhor Arcebispo de        caso de um livro , Os Lusíadas, de Luís
Lisboa, Inquisidor-Geral destes reinos,   de Camões, que, provavelmente,
Os Lusíadas, de Luís de Camões, […]       tinha ideias erradas nele escrito, mas,
o qual livro, assim emendado como         como diz no texto que “o autor
agora vai, não tem cousa contra a fé      mostrou nele muito engenho e
e os bons costumes, e pode imprimir-      sabedoria.”, os Inquisidores tiveram
-se. E o autor mostrou nele muito         receio de simplesmente, o proibir, e,
engenho e sabedoria.                      por isso, apenas o corrigiram.

Frei Bartolomeu Ferreira. 1572



XIV. Síntese final

Com este trabalho conseguimos ficar a perceber melhor o que aconteceu, quando
aconteceu, quem fez com que acontecesse e porque aconteceu a Reforma
Protestante e a Contra-Reforma, um movimento que se opunha à Reforma
Protestante. Conseguimos ver que está tudo ligado e relacionado e que os
acontecimentos foram-se sucedendo devido a acontecimentos passados.




                                           15
Cronologia

1443    Nasce o Papa Júlio II
1475    Nasce o Papa Leão X
1483    Nasce Martinho Lutero
1484    Nasce Ulrich Zwinglio
1491    Nasce Santo Inácio de Loyola
1509    Nasce João Calvino
1513    Morre o Papa Júlio II
1514    Nasce John Knox
        Martinho Lutero prega na porta de uma igreja de Wittenberg, Alemanha, 95 teses
1517
        críticas contra a Igreja Católica. Este facto dá início à Reforma.
1519    Ulrich Zwingli inicia a Reforma na Suiça.
1521    Lutero é expulso da Igreja; Morre o Papa Leão X
1531    Morre Ulrich Zwinglio
1532    João Calvino inicia o movimento Protestante em França.
1534    Inácio de Loyola funda os jesuítas [Companhia de Jesus].
1536    Dissolução dos mosteiros em Inglaterra.
1541    John Knox leva a Reforma para a Escócia.
1546    Morre Martinho Lutero
1549    Um novo livro de orações, o Book of Common Prayer, é introduzido em Inglaterra.
1556    Morre Santo Inácio de Loyola
1562    Guerras religiosas em França entre Católicos e Huguenotes (Protestantes).
1564    Morre João Calvino; nasce Guilherme Farel
1568    Revolta dos Protestante holandeses contra o domínio Espanhol
1572    Morre John Knox
1588    Derrota da Invencível Armada junto das costas britânicas.
1598    O Édito de Nantes dá aos Protestantes e Católicos em França direitos iguais.




XV. Curiosidades

       1. Dia da Reforma Protestante
O dia da Reforma Protestante é um dia que é celebrado pelos Luteranos e por
outras igrejas cristãs que tiveram origem na Reforma Protestante iniciada por
Martinho Lutero, no dia 31 de Outubro de 1483.




                                       Figura10_As 95 teses de
                                       Martinho Lutero




                                          16
2. O que está escrito no Índex?

                                                        Index Liborum Prohibitorum
Figura11_Index                                          Cum Regulis confectis per Patres a
                                                        Tridentina Synodo delectos,
                                                        auctoritate Sanctifs. D.N. Pij IIII,
                                                        Pont. Max comprobatus.
                                                        (Símbolo dos Estados da Igreja,
                                                        com as duas chaves de S. Pedro
                                                        cruzadas.)
                                                        Venetiis, M. D. LXIIII.
                                                        Lista dos livros proibidos
                                                        Com regras concluídas por Padres
                                                        do corpo do Concílio de Trento,
                                                        Autoridade Santificada. Nosso
                                                        senhor Pio IV [Papa da época],
                                                        Pontífice Máximo comprovado.

                                                        Veneza [Local de impressão], ano
                                                        de 1564




                 3. Quantos Protestantes existem no Mundo?
                    Religiões do mundo
                                                                   Cristãos



                                         Cristianismo
                                         Islamismo                                             Figura12_Gráficos
                                         Hinduísmo
                                                                                Católicos      relativos ao número de
                                         Budismo
                                         Skhismo
                                                                                Ortodoxos
                                                                                Protestantes
                                                                                               Cristãos, e, dentro
                                         Judaísmo                                              destes, de Protestantes
                                         Animismo
                                                                                               existentes no Mundo
                                                                                               (em milhares)


                                                                 Protestantes




                                                                                 Luteranos
                                                                                 Anglicanos
                                                                                 Calvinistas
                                                                                 Outros




                                                                17
4. Monumento da Reforma

     O muro dos reformadores é um monumento dedicado à Reforma Protestante.
     Situa-se em Genebra, na Suiça, e tem representados 4 reformadores: João
     Calvino, Guilherme Farel, Teodoro de Beza e John Knox.




                                                                  Figura13_Muro dos
                                                                  Reformadores




XV. Fontes

     1. Imagens

Capa História geral com Gibson Dantas, Gibson Dantas, página consultada a 25
de Abril de 2011, <http://historiageralcomgd.blogspot.com/2009/11/reforma-e-
contra-reforma.html> (1ª imagem);
Renascimento Cultural, “Olá!Somos alunas do 2º ano do Ensino Médio da escola
CAIC Raimundo Gomes de Carvalho. Visite o nosso blog!”, página consultada no
dia 25 de Abril de 2011, <http://caicrgcrenascimentocultural.blogspot.com/2010/06/
concilio-de-trento-concilio-de.html>. (2ª imagem)
Figura 1Wikipédia, "A Enciclopédia livre", página consultada no dia 23 de Fevereiro
de 2011, <http://pt.wikipedia.org/wiki/Reforma_Protestante>.
Figura 2Igreja Ortodoxa Hispânica, “Igreja Una Santa Católica e Apostólica”,
página      consultada     no      dia     25    de     Abril     de      2011,
<http://www.igrejaortodoxahispanica.com/Textos/A_Reforma_Protestante.html>.
Figura 3Igreja Ortodoxa Hispânica, “Igreja Una Santa Católica e Apostólica”,
página      consultada     no      dia     25    de     Abril     de      2011,
<http://www.igrejaortodoxahispanica.com/Textos/A_Reforma_Protestante.html>.
Figura 4Igreja Ortodoxa Hispânica, “Igreja Una Santa Católica e Apostólica”,
página      consultada     no      dia     25    de     Abril     de      2011,
<http://www.igrejaortodoxahispanica.com/Textos/A_Reforma_Protestante.html>.
Figura 5Igreja Ortodoxa Hispânica, “Igreja Una Santa Católica e Apostólica”,
página      consultada     no      dia     25    de     Abril     de      2011,
<http://www.igrejaortodoxahispanica.com/Textos/A_Reforma_Protestante.html>.



                                         18
Figura 6Protestantismo, página consultada a 25 de                       Abril    de   2011,
<http://protestantismo.ieadcg.com.br/biografias/index.htm>.
Figura 7Denúncias e Críticas, Amando Cintra, página consultada a 25 de Abril de
2011, <http://denunciasecriticas.blogspot.com/>.
Figura 8 Wikipédia, “a Enciclopédia livre”, página consultada a 25 de Abril de
2011, <http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Le%C3%A3o_X>.
Figura 9Plinio Corrêa de Oliveira, Plinio Corrêa de Oliveira, página consultada a 25
de Abril de 2011, <http://www.pliniocorreadeoliveira.info/1958_092_CAT_Palmat
%C3%B3rias%20do%20mundo.htm >.
Figura 10Semperreformanda - Teologia, Apologética Evangélica, "Teologia e
Apologética Evangélica em Portugal. Reflexões bíblicas e sociais à luz das Escrituras"
Página consultada a 19 de Março de 2011, <http://semperreformanda-
teologia.blogspot.com/>.
Figura 11Wikipédia, "a Enciclopédia Livre", página consultada a 27 de Março de
2011, <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Index_Librorum_Prohibitorum_1.jpg>.
Figura 12Gráficos feitos em Microsoft Excel, e com informações de sites e livros,
contidos nas fontes deste trabalho.
Figura 13Guitarra de Coimbra, “Parte I”, página consultada a 25 de Abril de 2011,
<http://guitarradecoimbra.blogspot.com/2007/04/genebra-muro-dos-reformadores-
escultor.html>.


       2. PPT’s

4Shared, "Free File Sharing" Página consultada a 19 de Março de 2011,
<http://www.4shared.com/document/ZLezAUWL/Histria_Geral_PPT_-
_Reforma_Pr.htm>.

EJT, "Crescendo e Educando" Página consultada a 19 de Março de 2011,
<www.juvencioterra.com.br/virtual/reforma.ppt>.

SlidesPowerPoint, "Portal de Slides em Powr Point" Página consultada a 19 de Março
de 2011, <http://slidespowerpoint.googlepages.com/ReformaProtestante.ppt>.

Soaulas.com,(NTD) Página consultada a 19 de Março de 2011, <http://soaulas.com/
banco_aulas/262_652reforma1ano.ppt>.




       3. Sites

Algo      Sobre,Página     consultada       a        20        de    Março       de    2011,
<http://www.algosobre.com.br/historia/reforma-e-contra-reforma.html>.

Colégio     web,    página     consultada        a        20    de    Março      de    2011,
<http://www.colegioweb.com.br/historia/a-reforma-e-a-contra-reforma.html>.




                                            19
História     de     tudo,     página     consultada          a       23    de       Fevereiro      de    2011,
<http://www.historiadetudo.com/contra-reforma.html>.

Infopédia, "Enciclopédia e dicionários Porto Editora",Página Consultada a 20 de
Março de 2011, <http://www.infopedia.pt/$contra-reforma>.

Sapo, página consultada a 23 de Fevereiro de 2011, <Infopédia, "Enciclopédia e
dicionários       Porto     Editora",Página   Consultada             a    20    de        Março    de    2011,
<http://neh.no.sapo.pt/documentos/a%20contra%20reforma.htm>.

Sua        Pesquisa,      página       consultada        a       23        de        Março         de    2011,
<http://www.suapesquisa.com/protestante/>.

Orbita       Starmédia,       página     consultada          a       27        de        Março     de    2011,
<http://orbita.starmedia.com/achouhp/historia/reforma_religiosa.htm>.

Wikipédia, “a Enciclopédia livre”, página consultada a 25 de Abril de 2011,

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Martinho_Lutero>.

Wikipédia, “a Enciclopédia livre”, página consultada a 25 de Abril de 2011,
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Calvino>.

Wikipédia, “a Enciclopédia livre”, página consultada a 25 de Abril de 2011,
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Ulrico_Zu%C3%ADnglio>.

Wikipédia, “a Enciclopédia livre”, página consultada a 25 de Abril de 2011,
<http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Knox>.

Wikipédia, “a Enciclopédia livre”, página consultada a 25 de Abril de 2011,
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Guilherme_Farel>.

Wikipédia, “a Enciclopédia livre”, página consultada a 25 de Abril de 2011,
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_J%C3%BAlio_II>.

Wikipédia, “a Enciclopédia livre”, página consultada a 25 de Abril de 2011,
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Le%C3%A3o_X>.

Wikipédia, “a Enciclopédia livre”, página consultada a 25 de Abril de 2011,
<http://pt.wikipedia.org/wiki/In%C3%A1cio_de_Loyola>.

Santa        Inquisição,       página     consultada             a        25        de     Abril    de     2011,
<http://santainquisicaocatolica.blogspot.com/>.



        4. Fontes Bibliográficas




                                                    20
Enciclopédia da História Mundial: Da Idade da Pedra ao Século XXI, Lisboa,
Parragon Books, 2005, pp. 118-119.

DINIZ, Maria Amélia; TAVARES, Adérito; CALDEIRA, Arlindo M.; História História oito
Parte 1, lisboa editora, 2010, pp 72-77

SARAIVA, José Hermano, História Universal, Europa séculos XVI-XVIII, volume VI,
Lisboa, Publicações Alfa, 1985, pp 90-91 pp 94-98.

      5. Documentos

Documento 1 DINIZ, Maria Amélia; TAVARES, Adérito; CALDEIRA, Arlindo M.; História
História oito Parte 1, lisboa editora, 2010, pp 73

Documento 2 DINIZ, Maria Amélia; TAVARES, Adérito; CALDEIRA, Arlindo M.; História
História oito Parte 1, lisboa editora, 2010, pp 73

Documento 3 DINIZ, Maria Amélia; TAVARES, Adérito; CALDEIRA, Arlindo M.; História
História oito Parte 1, lisboa editora, 2010, pp 73

Documento 4 DINIZ, Maria Amélia; TAVARES, Adérito; CALDEIRA, Arlindo M.; História
História oito Parte 1, lisboa editora, 2010, pp 73

Documento 5 Portal da História, “Onde o passado encontra o futuro”, página
consultada a 25 de Abril de 2011, <http://www.arqnet.pt/portal/teoria/teses.html>.

Documento 6 DINIZ, Maria Amélia; TAVARES, Adérito; CALDEIRA, Arlindo M.; História
História oito Parte 1, lisboa editora, 2010, pp 75

Documento 7 DINIZ, Maria Amélia; TAVARES, Adérito; CALDEIRA, Arlindo M.; História
História oito Parte 1, lisboa editora, 2010, pp 75

Documento 8 Externato Marista de Lisboa, Prova escrita de História, 8º ano, 2º teste
do 2º período lectivo, 2010-2011, documento H

Documento 9 DINIZ, Maria Amélia; TAVARES, Adérito; CALDEIRA, Arlindo M.; História
História oito Parte 1, lisboa editora, 2010, pp 77

Documento 10 DINIZ, Maria Amélia; TAVARES, Adérito; CALDEIRA, Arlindo M.;
História História oito Parte 1, lisboa editora, 2010, pp 77




                                              21

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

A contrarreforma
A contrarreformaA contrarreforma
A contrarreforma
historiando
 
Reforma Protestante e Contra Reforma
Reforma Protestante e Contra ReformaReforma Protestante e Contra Reforma
Reforma Protestante e Contra Reforma
Luiz Henrique Ferreira
 
7º anos - Reforma Religiosa
7º anos - Reforma Religiosa7º anos - Reforma Religiosa
7º anos - Reforma Religiosa
Handel Ching
 
Reforma e contrarreforma
Reforma e contrarreformaReforma e contrarreforma
Reforma e contrarreforma
Fabiana Tonsis
 

Was ist angesagt? (20)

Reforma protestante
Reforma protestanteReforma protestante
Reforma protestante
 
Aula reforma e contra-reforma religiosa2
Aula  reforma e contra-reforma religiosa2Aula  reforma e contra-reforma religiosa2
Aula reforma e contra-reforma religiosa2
 
Reformas Religiosas - Século XVI
Reformas Religiosas - Século XVIReformas Religiosas - Século XVI
Reformas Religiosas - Século XVI
 
Reforma Protestante
Reforma ProtestanteReforma Protestante
Reforma Protestante
 
A contrarreforma
A contrarreformaA contrarreforma
A contrarreforma
 
A contrarreforma
A contrarreformaA contrarreforma
A contrarreforma
 
Reforma Protestante e Contra Reforma
Reforma Protestante e Contra ReformaReforma Protestante e Contra Reforma
Reforma Protestante e Contra Reforma
 
Aula de reforma
Aula de reforma Aula de reforma
Aula de reforma
 
Esquema reforma protestante
Esquema reforma protestanteEsquema reforma protestante
Esquema reforma protestante
 
Reforma religiosa
Reforma religiosaReforma religiosa
Reforma religiosa
 
7º anos - Reforma Religiosa
7º anos - Reforma Religiosa7º anos - Reforma Religiosa
7º anos - Reforma Religiosa
 
08 reforma%20protestante
08 reforma%20protestante08 reforma%20protestante
08 reforma%20protestante
 
Reforma Protestante
Reforma Protestante Reforma Protestante
Reforma Protestante
 
A reforma protestante
A reforma protestanteA reforma protestante
A reforma protestante
 
Reforma e contrarreforma
Reforma e contrarreformaReforma e contrarreforma
Reforma e contrarreforma
 
Reforma protestante um resumo dos principais movimentos
Reforma protestante   um resumo dos principais movimentosReforma protestante   um resumo dos principais movimentos
Reforma protestante um resumo dos principais movimentos
 
Reforma e contrarreforma
Reforma e contrarreformaReforma e contrarreforma
Reforma e contrarreforma
 
Protestantismo
ProtestantismoProtestantismo
Protestantismo
 
Fatos antecedentes à reforma protestante
Fatos antecedentes à reforma protestanteFatos antecedentes à reforma protestante
Fatos antecedentes à reforma protestante
 
História da Igreja 2
História da Igreja 2História da Igreja 2
História da Igreja 2
 

Ähnlich wie Trabalho escrito final

Reforma e Contra Reforma
Reforma e Contra ReformaReforma e Contra Reforma
Reforma e Contra Reforma
Marcos Aurélio
 
1225721227 o tempo_das_reformas_religiosas
1225721227 o tempo_das_reformas_religiosas1225721227 o tempo_das_reformas_religiosas
1225721227 o tempo_das_reformas_religiosas
Pelo Siro
 
Reforma Protestante
Reforma ProtestanteReforma Protestante
Reforma Protestante
josepinho
 

Ähnlich wie Trabalho escrito final (20)

Reform aprotestante
Reform aprotestanteReform aprotestante
Reform aprotestante
 
Reforma protestante
Reforma protestanteReforma protestante
Reforma protestante
 
A Reforma Protestante - 7º ANO (2017)
A Reforma Protestante - 7º ANO (2017)A Reforma Protestante - 7º ANO (2017)
A Reforma Protestante - 7º ANO (2017)
 
A Reforma Prostestante - 7º Ano (2016)
A Reforma Prostestante - 7º Ano (2016)A Reforma Prostestante - 7º Ano (2016)
A Reforma Prostestante - 7º Ano (2016)
 
CONTRARREFORMA.pdf
CONTRARREFORMA.pdfCONTRARREFORMA.pdf
CONTRARREFORMA.pdf
 
Reforma e Contra Reforma
Reforma e Contra ReformaReforma e Contra Reforma
Reforma e Contra Reforma
 
Reforma Protestante
Reforma ProtestanteReforma Protestante
Reforma Protestante
 
Historia II - M2
Historia II - M2Historia II - M2
Historia II - M2
 
1225721227 o tempo_das_reformas_religiosas
1225721227 o tempo_das_reformas_religiosas1225721227 o tempo_das_reformas_religiosas
1225721227 o tempo_das_reformas_religiosas
 
Reforma e Contra-Reforma da Igreja Católica
Reforma e Contra-Reforma da Igreja CatólicaReforma e Contra-Reforma da Igreja Católica
Reforma e Contra-Reforma da Igreja Católica
 
Reforma Protestante
Reforma ProtestanteReforma Protestante
Reforma Protestante
 
Reforma protestante.pdf
Reforma protestante.pdfReforma protestante.pdf
Reforma protestante.pdf
 
Aula 14 - Contrarrefotrma Cat.ólica.pptx
Aula 14 - Contrarrefotrma Cat.ólica.pptxAula 14 - Contrarrefotrma Cat.ólica.pptx
Aula 14 - Contrarrefotrma Cat.ólica.pptx
 
Contra-Reforma Religiosa - Prof.Altair Aguilar
Contra-Reforma Religiosa - Prof.Altair AguilarContra-Reforma Religiosa - Prof.Altair Aguilar
Contra-Reforma Religiosa - Prof.Altair Aguilar
 
05 reforma protestante
05   reforma protestante05   reforma protestante
05 reforma protestante
 
A Reforma Protestante
A  Reforma  ProtestanteA  Reforma  Protestante
A Reforma Protestante
 
Reforma protestante joana
Reforma protestante joanaReforma protestante joana
Reforma protestante joana
 
Reforma protestante e protestantismo brasileiro
Reforma protestante e protestantismo brasileiro   Reforma protestante e protestantismo brasileiro
Reforma protestante e protestantismo brasileiro
 
Reformas religiosas
Reformas religiosasReformas religiosas
Reformas religiosas
 
As reformas religiosas - 7ºs anos
As reformas religiosas - 7ºs anosAs reformas religiosas - 7ºs anos
As reformas religiosas - 7ºs anos
 

Kürzlich hochgeladen

Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptxAula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
andrenespoli3
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
NarlaAquino
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
TailsonSantos1
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
HELENO FAVACHO
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
CleidianeCarvalhoPer
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
TailsonSantos1
 

Kürzlich hochgeladen (20)

About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
Aula de jornada de trabalho - reforma.ppt
Aula de jornada de trabalho - reforma.pptAula de jornada de trabalho - reforma.ppt
Aula de jornada de trabalho - reforma.ppt
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptxAula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medioAraribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
 
O PLANETA TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL - LUA
O PLANETA TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL - LUAO PLANETA TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL - LUA
O PLANETA TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL - LUA
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 

Trabalho escrito final

  • 1.
  • 2. ÍNDICE CAPA ÍNDICE: Introdução • I. O que é a Reforma? • II. Quais os seus objectivos? • III. Que factores impulsionaram esse movimento? • IV. Quais foram as principais entidades desse movimento? • V. Quais as suas consequências: 1. Na Europa 2. Na Península Ibérica e em Portugal • VI. O que é a Contra-Reforma? • VII. Quais os objectivos desse movimento? • VIII. De que meios esse movimento se servia? • IX. Quais as suas origens? • X. Que pessoas tiveram mais influência nesse movimento? • XI. O que é que esse movimento originou: 1. Na Europa 2. Na Península Ibérica e em Portugal • XII. Biografias • XIII. Documentos relevantes • XIV. Síntese final • XV. Curiosidades • XVI. Fontes 2
  • 3. 3
  • 4. Introdução ao Trabalho Neste trabalho vamos abordar factos sobre a Reforma e a Contra-Reforma. Também abordaremos questões e temas relacionados com os mesmos. As questões que esclareceremos neste trabalho serão as seguintes: • O que é a Reforma? • Quais os seus objectivos? • Que factores impulsionaram esse movimento? • Quais foram as principais entidades desse movimento? • Quais as suas consequências: Na Europa Na Península Ibérica Em Portugal • O que é a Contra-Reforma? • Quais os objectivos desse movimento? • De que meios esse movimento se servia? • Quais as suas origens? • Que pessoas tiveram mais influência nesse movimento? • O que é que esse movimento originou: Na Europa Na Península Ibérica Em Portugal No trabalho também iremos colocar algumas imagens, e, no final deste, biografias de algumas entidades importantes relativas ao tema, alguns documentos, uma síntese, as fontes e, possivelmente, algumas curiosidades. I. O que é a Reforma? A Reforma Protestante foi um movimento reformista Cristão iniciado no século XVI por Martinho Lutero, que, através da publicação das 95 Teses, organizou protestos contra 4
  • 5. diversos pontos da doutrina da Igreja Católica, propondo uma reforma no Catolicismo. Os princípios fundamentais da Reforma Protestante são conhecidos como as Cinco Solas: Sola fide (somente a fé); Sola scriptura (somente a Escritura); Solus Christus (somente Cristo); Sola gratia (somente a graça); Soli Deo gloria (glória somente a Deus). II. Quais os seus objectivos? Os seus objectivos eram modificar alguns aspectos e hábitos que achavam incorrectos, na Igreja Católica, para além de alguns costumes adquiridos pelos membros eclesiásticos que não lhes agradavam, como a venda de indulgências, a corrupção, o luxo e a opulência. III. Que factores impulsionaram esse movimento? No início do século XVI, a mudança na mentalidade das Sociedades Europeias reflectiu também no campo religioso. A Igreja, tão omnipotente na Europa medieval, foi duramente criticada. A instituição católica estava em descompasso com as transformações do seu tempo. Além disso, uma série de questões propriamente religiosas colocavam a Igreja como alvo da crítica da sociedade: a corrupção do alto clero, a ignorância religiosa dos padres comuns e os novos estudos teológicos. As graves críticas à Igreja já não permitiam apenas “consertar internamente a casa”. As insatisfações acumularam-se de tal maneira que desencadearam um movimento de ruptura na unidade cristã: a Reforma Protestante. Assim, a Reforma foi motivada por um complexo de causa que ultrapassaram os limites da mera contestação religiosa. Vejamos detalhadamente algumas dessas causas. No início do século XVI, a mudança de mentalidade das sociedades da Europa surgiu também efeito no campo da religião. A Igreja, que era tão poderosa na Europa Medieval, foi criticada com dureza. A instituição católica não estava compassada com as transformações que estavam a ocorrer no seu tempo. Outros factores foram o desenvolvimento do Capitalismo, o confronto teológico entre as doutrinas do Livre Arbítrio e da Predestinação, o conflito da burguesia com a Igreja tradicional, e o confronto entre as ideias humanistas do Nacionalismo (ideia de individualismo) e o Universalismo (ideia de união), pois, com o fortalecimento dos 5
  • 6. reinos, cada reino considerava a Igreja uma entidade estrangeira que interferia com os outros reinos (passando assim as ideias de Universalismo para Nacionalismo). IV. Quais foram as principais entidades desse movimento? As principais entidades desse movimento foram os reformadores, como Martinho Lutero, João Calvino e John Knox e Henrique VIII de Inglaterra, que não se pode considerar um reformador, pois a sua doutrina não era completamente Protestante. Para além dessas entidades também estiveram (apesar de indirectamente) relacionadas com a Reforma, como o Papa Leão X e o Imperador Carlos V. V. Quais as suas consequências: 1. Na Europa Figura1_Territórios da Europa de maiorias Protestantes (azul) e Católicas (verde) no século XVI. Com o surgimento da Reforma, seguiu-se o aparecimento de novas religiões protestantes no Norte da Europa, houve uma quebra na União da Igreja Católica, que deu início a um movimento destinado a combater a Reforma, a Contra- Reforma. A reforma também fortaleceu o Capitalismo, sobretudo a partir da doutrina calvinista (de João Calvino, um reformador francês) e a tradução da Bíblia, que originou a hipótese de qualquer pessoa que soubesse ler a sua língua, mas não soubesse latim, poderia ler a Bíblia, e consequente incentivo à alfabetização. Martinho Lutero foi excomungado pelo Papa Leão X e, por não se ter retractado ao imperador Carlos V, foi expulso do Sacro império Romano-Germânico, vindo-se obrigado a refugiar-se num palácio, onde traduziu a Bíblia para alemão. 6
  • 7. 2. Na Península Ibérica e Portugal Na Península Ibérica e em Portugal, as medidas tomadas pela Igreja, quanto à Reforma foram feitas, espalhando a ideia do movimento eclesiástico de combate à Reforma, a Contra-Reforma, provocando na Península Ibérica uma estagnação cultural e um clima de medo entre as pessoas, que receavam a denúncia, que, uma vez feita, não voltava a ser retirada e a pessoa que era denunciada estava, assim, condenada. VI. O que é a Contra-Reforma? Também chamada reforma católica, a contra-reforma foi um movimento da Igreja Católica que se deu no século XVI, como resposta às críticas de diversos membros da Igreja e de importantes membros de ordens religiosas importantes (tais como os Franciscanos, os Dominicanos e os Agostinhos), que apelavam o regresso à pureza e austeridade primitivas e também como resposta às críticas humanistas. A contra- reforma surge também com o avanço feito pela Reforma Protestante (iniciada por Martinho Lutero). Assim, este movimento de contra-reforma procura redefinir a Doutrina da Igreja e a disciplina do clero, ao mesmo tempo que procura combater e impedir o avanço do protestantismo. Os principais meios utilizados pela Igreja Católica para efectuar a sua reforma foram: a criação de novas ordens religiosas, onde se destacou a Companhia de Jesus, a realização do Concílio de Trento e a criação da Inquisição e do Índex. 7
  • 8. VII. Quais os objectivos desse movimento? Os objectivos desse movimento eram combater a Reforma Protestante, defendendo a Igreja e os seus costumes e hábitos e tentando fazer com que as pessoas percebessem que a Igreja é que estava certa e que a Reforma Protestante era, meramente, um movimento que se rebeliava contra a diocese da Igreja Católica, tentando destruí-la. Para além desse movimento de luta contra as doutrinas Protestantes, a Contra-reforma também foi um movimento de Renovação Interna, de forma que a Contra-Reforma pretendia não só combater o Protestantismo, como verificar internamente se de facto havia motivos para as críticas a que a Igreja era sujeita. VIII. De que meios esse movimento se servia? O movimento da Contra-reforma servia-se dos seguintes meios: A Companhia de Jesus, O Tribunal do Santo Ofício (Inquisição), o Índex e a realização do Concílio de Trento. A Companhia de Jesus, que fora fundada por Inácio de Loyola era o “exército de Deus” e servia para evitar a conversão de Católicos para Protestantes. O Tribunal do Santo Ofício, que fora reanimado, servia para julgar e condenar todos aqueles que não fossem praticantes da fé Católica. O Índex era uma espécie de catálogo de livros que não podiam ser lidos por Católicos, sob pena de denúncia à Inquisição e o Concílio de Trento serviu para a Igreja verificar se as críticas a que era sujeita tinham ou não sentido, de maneira que fosse corrigida. IX. Quais as suas origens? As origens da Contra-Reforma são eclesiásticas, ou seja, da Igreja, mais precisamente da Reforma Protestante. Alguns historiadores afirmam que as origens da contra-reforma diferem, de maneira que a única parte da Contra-Reforma que se originou a partir da Reforma foi a luta contra as doutrinas protestantes, enquanto que a parte da renovação interna não teve qualquer relação com a Reforma. A Reforma Protestante defendia a doutrina Protestante, que era atacada pela Igreja indirectamente, usando o Índex, a Inquisição e a Companhia de Jesus, que foram originados e formados no Concílio de Trento. X. Que pessoas tiveram mais influência nesse movimento? As pessoas que tiveram mais influência nesse movimento foram membros eclesiásticos, nomeadamente Papas, como o Papa Leão X e os membros de algumas ordens religiosas, como os Dominicanos, que eram da Inquisição e a Companhia de Jesus 8
  • 9. XI. O que é que esse movimento originou: 1. Na Europa Na Europa, a Contra-Reforma fez com que a Doutrina Eclesiástica ficasse mais defenida, tanto interna como externamente, originou perseguições aos Reformadores e às pessoas que os apoiavam e também originou o aparecimento do barroco, em Itália. O barroco era uma arte de imaginação, invenção, sumptuosidade e contrastes, o que se opunha à austeridade protestante. 2. Na Península Ibérica e em Portugal Na Península Ibérica, o movimento contra-reformista provocou uma estagnação a nível cultural, pois a Igreja vigiava a cultura a partir do Índex e da Inquisição e a Inquisição perseguia os Judeus, o que, consequentemente, originou uma estagnação financeira, pois muitos dos Judeus que emigraram da Península Ibérica eram possuidores de muita riqueza. XII. Biografias 9
  • 10. Reformadores: Martinho Lutero Martinho Lutero nasceu em Eisleben, a 10 de Novembro de 1483 e morreu no mesmo local, a 18 Figura2_Martinho de Fevereiro de 1546. Lutero foi um sacerdote Lutero agostiniano e Professor de teologia alemão percussor da Reforma Protestante. Confrontou o vendedor de Indulgências Johann Tetzel, por acreditar que o perdão de Deus sobre os pecados das pessoas não pudesse ser comprado, através das 95 Teses em 1517. A sua recusa de se retractar a pedido do Papa Leão X e do Imperador Carlos V resultou na sua excomunhão pelo Papa sua expulsão do Sacro Império Romano-Germânico, por ordem do Imperador. João Calvino João Calvino nasceu em Noyon, no dia 10 de Julho de Figura3_João Calvino 1509 e morreu em Genebra, no dia 27 de Maio de 1564. Calvino foi um teólogo cristão francês que teve uma grande influência durante a Reforma Protestante. A doutrina por ele defendida, apesar de também ser Protestante, é diferente da defendida por Martinho Lutero (o Luteranismo), e por isso tem outro nome: Calvinismo. Ulrich Zwinglio Ulrich Zwinglio nasceu em Wildhaus, Cantão de São Galo, a 1 Figura4_Ulrich Zwinglio de Janeiro de 1484 e morreu em Kappel am Albis a 10 de Outubro de 1531. Zwinglio foi um teólogo suíço e principal líder da Reforma Protestante no seu país. Ulrich Zwinglio chegou a conclusões semelhantes às de Lutero relativamente ao estudo teológico. John Knox John Knox nasceu em Haddington, East Lothian em 1514 e morreu em Edimburgo a 24 de Novembro de 1572. John Knox foi um reformador escocês que Figura5_John liderou uma reforma na Escócia, que apoiava a Doutrina Knox Calvinista. O seu local e data de nascimento ainda são 10
  • 11. debatidos, admitindo-se como o local mais provável Gifford Gate, próximo de Haddington, a 20 quilómetros de Edimburgo. Guilherme Farel Guilherme Farel nasceu no dia 13 de Setembro de 1565 e foi um evangelista francês e um dos Figura6_Guilherme fundadores da Reforma nalguns cantões da Farel Suiça. Ele convenceu João Calvino a ficar em Genebra em 1536 e, após ter sido expulso em 1538, a retornar em 1541. Eles influenciaram o governo de Genebra até este se tornar num estado teocrático, a “Roma Protestante”, para onde foram alguns refugiados durante a Contra-reforma. • Papas: Júlio II O Papa Júlio II (Giuliano della Rovere) nasceu em Savona, a 5 Figura7_Papa Júlio II de Dezembro de 1443 e morreu em Roma, a 21 de Fevereiro de 1513 e foi Papa desde 1 de Novembro de 1503 até à sua morte. Era um frade franciscano. Leão X O Papa Leão X (Giovanni di Lorenzo de Medici) nasceu a 11 de Dezembro de 1475 e morreu a 1 de Dezembro de 1521 e foi Papa desde 1513 até à sua morte. Ele foi o último Papa não-sacerdote. Ele é muito conhecido principalmente por ser Figura7_Papa Leão X o Papa do início da Reforma Protestante. Ele vinha da rica família de banqueiros Medici, e era filho de Lorenzo de Medici (como o próprio nome indica: Giovanni di Lorenzo de Medici), o governante mais famoso da república de Florença. • Outros: Santo Inácio de Loyola Santo Inácio de Loyola (Íñigo Lopez) nasceu em Azpeitia a 1 Figura8_Santo de Maio de 1491 e morreu em Roma, a 31 de Julho de 1556 e Inácio de Loyola foi o fundador da Companhia de Jesus, cujos membros se denominam “jesuítas”, uma ordem religiosa Católica Romana que teve grande importância na Contra-Reforma. 11
  • 12. XIII. Documentos escritos para analisar Documento 1 Conclusões No dia 20 de Setembro de 1492, o Conclui-se a partir deste documento Papa Alexandre VI nomeou vinte que os Papas podiam ter filhos, e, cardeais, […] entre os quais o seu portanto, não eram castos e não próprio filho, César Bórgia; e também obedeciam assim às “regras” do o filho de Gabriel de Cesarini, irmão Clero, levando uma vida pouco do seu genro; e ainda um elemento digna. Os Papas também podiam, da família Farnese, parente da bela através de nomeações por eles feitas, Júlia, sua amante; e muitos outros. ter benefícios materiais. Para além Graças a estas nomeações, segundo disso, este documento dá a entender se diz, Alexandre VI recebeu mais de que o Papa não é imparcial a cem mil ducados. nomear pessoas para altos cargos eclesiásticos, pois nomeia os da sua Stefano Infessura, Diário da Cidade própria família. de Roma, Século XVI Documento 2 Conclusões Júlio II foi um Papa dotado de Os Papas, segundo este documento, coragem e firmeza invulgares, mas às vezes não tinham os impetuoso e de ambição desmedida comportamentos nem a mentalidade […]. Tudo isto seria digno de um certos de desempenharem um papel grande louvor se se tratasse de um eclesiástico de tão alta importância e príncipe secular. Ou ainda se ele que se portavam como reis ou tivesse colocado o entusiasmo que príncipes, combatendo e ganhando pôs no engrandecimento temporal mais riquezas e territórios. da Igreja pela força das armas ao serviço da pureza e da perfeição espiritual do povo de Deus. Francisco Guicciardini, História da Itália, 1535 Documento 3 Conclusões Todos somos pecadores. Mas é um Aqui Martinho Lutero apresenta uma erro pensar-se que este mal se pode das crenças em que a sua doutrina curar com as boas obras. A acreditava: as boas obras não experiência mostra-nos que as nossas tornam um homem bom. Este obras, por muito grandes que sejam, aspecto, por ser religioso, e, por isso, não nos impedem de pecar. As boas interpretável, não se deve discutir, obras não fazem o homem bom. contudo, ele neste documento revela Mas, se o homem for bom, fará boas retórica, conseguindo, à partida, obras. convencer quem o lê. Lutero, Comentário à Epístola aos Romanos Documento 4 Conclusões Deverás possuir uma fé profunda e Neste documento Martinho Lutero confiante em Deus. Graças a ela, apresenta outra crença dele: só a fé triunfarás das tentações e serás recto, em Deus torna os homens bons, mais verdadeiro, pacífico e justo; assim, uma vez, este aspecto não é cumprirás os mandamentos. discutível, e, desta vez, não revela tanta retórica. Lutero, A Liberdade do Cristão 12
  • 13. Documento 5 Conclusões É claro que é difícil pôr as 95 teses […]S <>a consultada a 25 de me num só documento, e por isso é difícil Farelo Histigiram.tem to que "lpam por também comentar todas, mas só o c que se obtinha a confissa arte de facto de haver tantas teses, já nos diz adivinhar Jesus, cujos me19. Ainda que, no século XVI, a Igreja tinha não parece ter sido provado que muitos erros. todas as almas do purgatório tenham certeza de sua salvação e não receiem por ela, não obstante nós teremos absoluta certeza disto. […]38. Entretanto se não deve desprezar o perdão e a distribuição por parte do papa. Pois, conforme declarei, o seu perdão constitui uma declaração do perdão divino. […]57. Que não são bens temporais, é evidente, porquanto muitos pregadores a este não distribuem com facilidade, antes os ajuntam. […]76. Bem ao contrário, afirmamos que a indulgência do papa nem mesmo o menor pecado venial pode anular no que diz respeito à culpa que constitui. […]S <>a consultada a 25 de me Farelo Histigiram.tem to que "lpam por c que se obtinha a confissa arte de adivinhar Jesus, cujos me95. E assim Documento 6 Conclusões O Santo Concílio ordena que […], Pode-se verificar no documento que nos assuntos da fé e dos costumes, só a última parte deste é que é uma ninguém […] tenha a audácia de mudança para a Igreja, interpretar as Sagradas Escrituras com provavelmente porque achavam um sentido diverso daquele que lhe que as outras partes estavam dá a Santa Madre Igreja. […] Praticai correctas, ou ainda por terem boas obras, porque Deus é justo e orgulho em algumas pessoas estarem não esquecerá as boas acções e a a corrigir a Igreja, e não serem eles, o caridade praticada em Seu nome. Alto Clero. […]  A Igreja deve introduzir cerimónias, luzes, ornamentos, para despretar o espírito dos fiéis, através desses sinais vivos de piedade e de religião […]. Os bispos devem ser irrepreensíveis no seu comportamento, sóbrios e castos Decretos do Concílio de Trento. 1545-1563 13
  • 14. Documento 7 Conclusões Aquele que desejar tornar-se num Neste documento podemos ver as soldado de Deus na nossa Ordem […] principais actividades e regras a que deverá […] consagrar-se à estavam sujeitos os jesuítas e que propagação da fé, pregando mentalidade deveriam ter, uma publicamente, ensinando a palavra mentalidade baseada de Deus, fazendo exercícios principalmente na obediência espirituais e acções piedosas e, absoluta. sobretudo, dando às crianças uma educação religiosa […]. Se o Papa nos enviar a propagar a fé, ou a converter as almas entre os infiéis, mesmo que seja às Índias, deveremos obedecer-lhe sem reservas […]. Os membros da Companhia de Jesus devem distinguir-se por uma obediência absoluta, verdadeira, cega, renunciando à sua própria vontade. Inácio de Loyola, Regra da Companhia de Jesus, 1540 Documento 8 Conclusões Se sabem ou ouviram que algum Neste documento estão todas as cristão tenha dito ou feito alguma acções que o Tribunal do Santo coisa contra a nossa Santa Fé Ofício condenava: para além de não Católica, ou seja simpatizante da ser católico, também não poderia ter seita de Lutero, Calvino, ou outro livros proibidos ou praticar artes de herege, que seja condenado pela adivinhar. E, no final do documento, Santa Fé Apostólica; […] está escrito que se alguém não Se sabem ou ouviram que alguma denunciar uma pessoa que seja pessoa faça feitiçarias […]. praticante dessa lista de coisas, essa Se sabem ou ouviram que alguma pessoa ainda terá um castigo maior, pessoa exerça astrologia, leia ou esta medida era provavelmente para tenha livros dela ou de outra arte de incentivar a denúncia. adivinhar […]. Se sabem ou ouviram que alguma pessoa tenha ou leia livros proibidos […]. Deverão denunciá-lo ao Santo Ofício […]. E se não o fizerem, serão sujeitos à pena de excomunhão maior. Edital da Fé 14
  • 15. Documento 9 Conclusões Fui preso apesar de estar inocente. Este documento retrata toda a […] Em cento e cinquenta presos da crueldade que a Inquisição tinha: Inquisição nem cinco são culpados. prender pessoas inocentes; torturá-las […] As provas de culpa fazem-se à para que denunciassem mais pessoas força das torturas que eles praticam, e até se denunciassem a elas até em meninos com oito anos ou mesmas; torturavam até crianças e, pouco mais. […] Estive preso perto da no final do documento apresenta a Casa do Tormento e pude ouvir a justificação para tanta crueldade: o crueldade com que se obtinha a ódio dos cristãos-velhos aos cristãos- confissão e ouvir o queixume dos -novos, que, por isso, eram os maiores atormentados. […] Por esta razão [os alvos de vigia e condenação da presos] confessam o que nunca Inquisição. tinham feito ou sequer sonhado, e culpam por cúmplices quantas pessoas lhes vêm à cabeça […] apenas para se verem livres da tortura. […] Tudo isso acontece pelo ódio que os cristãos-velhos têm aos cristãos-novos. De um processo da Inquisição, 1605 Documento 10 Conclusões Vi, por mandado do Ilustríssimo e Neste documento está escrito um Reverendíssimo Senhor Arcebispo de caso de um livro , Os Lusíadas, de Luís Lisboa, Inquisidor-Geral destes reinos, de Camões, que, provavelmente, Os Lusíadas, de Luís de Camões, […] tinha ideias erradas nele escrito, mas, o qual livro, assim emendado como como diz no texto que “o autor agora vai, não tem cousa contra a fé mostrou nele muito engenho e e os bons costumes, e pode imprimir- sabedoria.”, os Inquisidores tiveram -se. E o autor mostrou nele muito receio de simplesmente, o proibir, e, engenho e sabedoria. por isso, apenas o corrigiram. Frei Bartolomeu Ferreira. 1572 XIV. Síntese final Com este trabalho conseguimos ficar a perceber melhor o que aconteceu, quando aconteceu, quem fez com que acontecesse e porque aconteceu a Reforma Protestante e a Contra-Reforma, um movimento que se opunha à Reforma Protestante. Conseguimos ver que está tudo ligado e relacionado e que os acontecimentos foram-se sucedendo devido a acontecimentos passados. 15
  • 16. Cronologia 1443 Nasce o Papa Júlio II 1475 Nasce o Papa Leão X 1483 Nasce Martinho Lutero 1484 Nasce Ulrich Zwinglio 1491 Nasce Santo Inácio de Loyola 1509 Nasce João Calvino 1513 Morre o Papa Júlio II 1514 Nasce John Knox Martinho Lutero prega na porta de uma igreja de Wittenberg, Alemanha, 95 teses 1517 críticas contra a Igreja Católica. Este facto dá início à Reforma. 1519 Ulrich Zwingli inicia a Reforma na Suiça. 1521 Lutero é expulso da Igreja; Morre o Papa Leão X 1531 Morre Ulrich Zwinglio 1532 João Calvino inicia o movimento Protestante em França. 1534 Inácio de Loyola funda os jesuítas [Companhia de Jesus]. 1536 Dissolução dos mosteiros em Inglaterra. 1541 John Knox leva a Reforma para a Escócia. 1546 Morre Martinho Lutero 1549 Um novo livro de orações, o Book of Common Prayer, é introduzido em Inglaterra. 1556 Morre Santo Inácio de Loyola 1562 Guerras religiosas em França entre Católicos e Huguenotes (Protestantes). 1564 Morre João Calvino; nasce Guilherme Farel 1568 Revolta dos Protestante holandeses contra o domínio Espanhol 1572 Morre John Knox 1588 Derrota da Invencível Armada junto das costas britânicas. 1598 O Édito de Nantes dá aos Protestantes e Católicos em França direitos iguais. XV. Curiosidades 1. Dia da Reforma Protestante O dia da Reforma Protestante é um dia que é celebrado pelos Luteranos e por outras igrejas cristãs que tiveram origem na Reforma Protestante iniciada por Martinho Lutero, no dia 31 de Outubro de 1483. Figura10_As 95 teses de Martinho Lutero 16
  • 17. 2. O que está escrito no Índex? Index Liborum Prohibitorum Figura11_Index Cum Regulis confectis per Patres a Tridentina Synodo delectos, auctoritate Sanctifs. D.N. Pij IIII, Pont. Max comprobatus. (Símbolo dos Estados da Igreja, com as duas chaves de S. Pedro cruzadas.) Venetiis, M. D. LXIIII. Lista dos livros proibidos Com regras concluídas por Padres do corpo do Concílio de Trento, Autoridade Santificada. Nosso senhor Pio IV [Papa da época], Pontífice Máximo comprovado. Veneza [Local de impressão], ano de 1564 3. Quantos Protestantes existem no Mundo? Religiões do mundo Cristãos Cristianismo Islamismo Figura12_Gráficos Hinduísmo Católicos relativos ao número de Budismo Skhismo Ortodoxos Protestantes Cristãos, e, dentro Judaísmo destes, de Protestantes Animismo existentes no Mundo (em milhares) Protestantes Luteranos Anglicanos Calvinistas Outros 17
  • 18. 4. Monumento da Reforma O muro dos reformadores é um monumento dedicado à Reforma Protestante. Situa-se em Genebra, na Suiça, e tem representados 4 reformadores: João Calvino, Guilherme Farel, Teodoro de Beza e John Knox. Figura13_Muro dos Reformadores XV. Fontes 1. Imagens Capa História geral com Gibson Dantas, Gibson Dantas, página consultada a 25 de Abril de 2011, <http://historiageralcomgd.blogspot.com/2009/11/reforma-e- contra-reforma.html> (1ª imagem); Renascimento Cultural, “Olá!Somos alunas do 2º ano do Ensino Médio da escola CAIC Raimundo Gomes de Carvalho. Visite o nosso blog!”, página consultada no dia 25 de Abril de 2011, <http://caicrgcrenascimentocultural.blogspot.com/2010/06/ concilio-de-trento-concilio-de.html>. (2ª imagem) Figura 1Wikipédia, "A Enciclopédia livre", página consultada no dia 23 de Fevereiro de 2011, <http://pt.wikipedia.org/wiki/Reforma_Protestante>. Figura 2Igreja Ortodoxa Hispânica, “Igreja Una Santa Católica e Apostólica”, página consultada no dia 25 de Abril de 2011, <http://www.igrejaortodoxahispanica.com/Textos/A_Reforma_Protestante.html>. Figura 3Igreja Ortodoxa Hispânica, “Igreja Una Santa Católica e Apostólica”, página consultada no dia 25 de Abril de 2011, <http://www.igrejaortodoxahispanica.com/Textos/A_Reforma_Protestante.html>. Figura 4Igreja Ortodoxa Hispânica, “Igreja Una Santa Católica e Apostólica”, página consultada no dia 25 de Abril de 2011, <http://www.igrejaortodoxahispanica.com/Textos/A_Reforma_Protestante.html>. Figura 5Igreja Ortodoxa Hispânica, “Igreja Una Santa Católica e Apostólica”, página consultada no dia 25 de Abril de 2011, <http://www.igrejaortodoxahispanica.com/Textos/A_Reforma_Protestante.html>. 18
  • 19. Figura 6Protestantismo, página consultada a 25 de Abril de 2011, <http://protestantismo.ieadcg.com.br/biografias/index.htm>. Figura 7Denúncias e Críticas, Amando Cintra, página consultada a 25 de Abril de 2011, <http://denunciasecriticas.blogspot.com/>. Figura 8 Wikipédia, “a Enciclopédia livre”, página consultada a 25 de Abril de 2011, <http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Le%C3%A3o_X>. Figura 9Plinio Corrêa de Oliveira, Plinio Corrêa de Oliveira, página consultada a 25 de Abril de 2011, <http://www.pliniocorreadeoliveira.info/1958_092_CAT_Palmat %C3%B3rias%20do%20mundo.htm >. Figura 10Semperreformanda - Teologia, Apologética Evangélica, "Teologia e Apologética Evangélica em Portugal. Reflexões bíblicas e sociais à luz das Escrituras" Página consultada a 19 de Março de 2011, <http://semperreformanda- teologia.blogspot.com/>. Figura 11Wikipédia, "a Enciclopédia Livre", página consultada a 27 de Março de 2011, <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Index_Librorum_Prohibitorum_1.jpg>. Figura 12Gráficos feitos em Microsoft Excel, e com informações de sites e livros, contidos nas fontes deste trabalho. Figura 13Guitarra de Coimbra, “Parte I”, página consultada a 25 de Abril de 2011, <http://guitarradecoimbra.blogspot.com/2007/04/genebra-muro-dos-reformadores- escultor.html>. 2. PPT’s 4Shared, "Free File Sharing" Página consultada a 19 de Março de 2011, <http://www.4shared.com/document/ZLezAUWL/Histria_Geral_PPT_- _Reforma_Pr.htm>. EJT, "Crescendo e Educando" Página consultada a 19 de Março de 2011, <www.juvencioterra.com.br/virtual/reforma.ppt>. SlidesPowerPoint, "Portal de Slides em Powr Point" Página consultada a 19 de Março de 2011, <http://slidespowerpoint.googlepages.com/ReformaProtestante.ppt>. Soaulas.com,(NTD) Página consultada a 19 de Março de 2011, <http://soaulas.com/ banco_aulas/262_652reforma1ano.ppt>. 3. Sites Algo Sobre,Página consultada a 20 de Março de 2011, <http://www.algosobre.com.br/historia/reforma-e-contra-reforma.html>. Colégio web, página consultada a 20 de Março de 2011, <http://www.colegioweb.com.br/historia/a-reforma-e-a-contra-reforma.html>. 19
  • 20. História de tudo, página consultada a 23 de Fevereiro de 2011, <http://www.historiadetudo.com/contra-reforma.html>. Infopédia, "Enciclopédia e dicionários Porto Editora",Página Consultada a 20 de Março de 2011, <http://www.infopedia.pt/$contra-reforma>. Sapo, página consultada a 23 de Fevereiro de 2011, <Infopédia, "Enciclopédia e dicionários Porto Editora",Página Consultada a 20 de Março de 2011, <http://neh.no.sapo.pt/documentos/a%20contra%20reforma.htm>. Sua Pesquisa, página consultada a 23 de Março de 2011, <http://www.suapesquisa.com/protestante/>. Orbita Starmédia, página consultada a 27 de Março de 2011, <http://orbita.starmedia.com/achouhp/historia/reforma_religiosa.htm>. Wikipédia, “a Enciclopédia livre”, página consultada a 25 de Abril de 2011, <http://pt.wikipedia.org/wiki/Martinho_Lutero>. Wikipédia, “a Enciclopédia livre”, página consultada a 25 de Abril de 2011, <http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Calvino>. Wikipédia, “a Enciclopédia livre”, página consultada a 25 de Abril de 2011, <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ulrico_Zu%C3%ADnglio>. Wikipédia, “a Enciclopédia livre”, página consultada a 25 de Abril de 2011, <http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Knox>. Wikipédia, “a Enciclopédia livre”, página consultada a 25 de Abril de 2011, <http://pt.wikipedia.org/wiki/Guilherme_Farel>. Wikipédia, “a Enciclopédia livre”, página consultada a 25 de Abril de 2011, <http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_J%C3%BAlio_II>. Wikipédia, “a Enciclopédia livre”, página consultada a 25 de Abril de 2011, <http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Le%C3%A3o_X>. Wikipédia, “a Enciclopédia livre”, página consultada a 25 de Abril de 2011, <http://pt.wikipedia.org/wiki/In%C3%A1cio_de_Loyola>. Santa Inquisição, página consultada a 25 de Abril de 2011, <http://santainquisicaocatolica.blogspot.com/>. 4. Fontes Bibliográficas 20
  • 21. Enciclopédia da História Mundial: Da Idade da Pedra ao Século XXI, Lisboa, Parragon Books, 2005, pp. 118-119. DINIZ, Maria Amélia; TAVARES, Adérito; CALDEIRA, Arlindo M.; História História oito Parte 1, lisboa editora, 2010, pp 72-77 SARAIVA, José Hermano, História Universal, Europa séculos XVI-XVIII, volume VI, Lisboa, Publicações Alfa, 1985, pp 90-91 pp 94-98. 5. Documentos Documento 1 DINIZ, Maria Amélia; TAVARES, Adérito; CALDEIRA, Arlindo M.; História História oito Parte 1, lisboa editora, 2010, pp 73 Documento 2 DINIZ, Maria Amélia; TAVARES, Adérito; CALDEIRA, Arlindo M.; História História oito Parte 1, lisboa editora, 2010, pp 73 Documento 3 DINIZ, Maria Amélia; TAVARES, Adérito; CALDEIRA, Arlindo M.; História História oito Parte 1, lisboa editora, 2010, pp 73 Documento 4 DINIZ, Maria Amélia; TAVARES, Adérito; CALDEIRA, Arlindo M.; História História oito Parte 1, lisboa editora, 2010, pp 73 Documento 5 Portal da História, “Onde o passado encontra o futuro”, página consultada a 25 de Abril de 2011, <http://www.arqnet.pt/portal/teoria/teses.html>. Documento 6 DINIZ, Maria Amélia; TAVARES, Adérito; CALDEIRA, Arlindo M.; História História oito Parte 1, lisboa editora, 2010, pp 75 Documento 7 DINIZ, Maria Amélia; TAVARES, Adérito; CALDEIRA, Arlindo M.; História História oito Parte 1, lisboa editora, 2010, pp 75 Documento 8 Externato Marista de Lisboa, Prova escrita de História, 8º ano, 2º teste do 2º período lectivo, 2010-2011, documento H Documento 9 DINIZ, Maria Amélia; TAVARES, Adérito; CALDEIRA, Arlindo M.; História História oito Parte 1, lisboa editora, 2010, pp 77 Documento 10 DINIZ, Maria Amélia; TAVARES, Adérito; CALDEIRA, Arlindo M.; História História oito Parte 1, lisboa editora, 2010, pp 77 21