Este documento discute os direitos das mulheres e o Dia Internacional da Mulher. Aborda a evolução da posição da mulher na sociedade ao longo do tempo, os 12 direitos das mulheres segundo a ONU, e relata um caso chocante de violação coletiva na Índia que resultou na morte da vítima.
1. 1
Agrupamento de Escolas Templários
Filosofia – Prof.: Isabel André
17 De Abril De 2015
Trabalho realizado por:
-Ana Correia n.º2
-Ana Alcobia n.º5
10.º C
2. 2
1. INTRODUÇÃO………………………………………………………………………………………………………….3
2. EVOLUÇÃO DA MULHER – DIA DA MULHER…………………………………………………………….4
3. DIREITOS DA MULHER……………………………………………………………………………………………..5
4. DIREITOS DA MULHER SEGUNDO A ONU…………………………………………………………………6
5. UM FACTO SOBRE A REALIDADE………………………………………………………………………………7
6. OPINIÃO ACERCA DO CASO………………………………………………………………………………………8
7. CRÍTICA AO DIA DA MULHER…………………………………………………………………………………….9
8. CONCLUSÃO…………………………………………………………………………………………………………..10
9. BIBLIOGRAFIA/WEBGRAFIA…………………………………………………………………………………….11
ÍNDICE
3. 3
Neste trabalho, vamos abordar os direitos das mulheres, pois nós somos
futuras mulheres. Como subtema, vamos falar sobre a violação devido ao facto de ser
um problema que atinge milhares de adolescentes e mulheres. Portanto, pretendemos
também dar a conhecer os nossos direitos.
Na atualidade, as mulheres são vítimas de ataques sistemáticos, como se
fossem seres inferiores aos homens.
Em todas as culturas existem certas tradições e regras que condicionam a vida
das pessoas, principalmente a vida das mulheres.
No caso do islamismo, os homens são vistos como superiores às mulheres. Por
exemplo, o nascimento de um rapaz é bem aceite enquanto o de uma rapariga nem
sempre é aceite (a maioria das raparigas são mortas à nascença).
A igualdade entre sexos é um objetivo a atingir pela humanidade. O continente
europeu e americano são os que respeitam mais a igualdade entre homens e
mulheres, pois a maioria dos países pertencentes a estes continentes são
desenvolvidos onde a qualidade de vida das populações são favoráveis. Nos dias de
hoje, nos países mais desenvolvidos as mulheres já participam na vida política e
económica e têm acesso à saúde e à educação.
Por outro lado, há países como o Brasil, a Índia, a Paquistão e o Egipto onde a
desigualdade é bastante acentuada.
Temos com objetivo, enriquecer a nossa cultura pessoal.
1.INTRODUÇÃO
4. 4
Até à década de 60, o homem representava um papel associado à ideia de
autoridade, ou seja, era o chefe de família. Em relação à mulher, eram educadas
apenas para cuidarem da casa e tinham como objetivo a reprodução. A mulher não
podia trabalhar nem ganhar dinheiro.
No séc. XVIII, a Revolução Industrial trouxe um grande desenvolvimento
tecnológico, aliada às duas Guerras Mundiais e a revolução feminista na década de 70.
Posteriormente, a mão-de-obra foi incorporada na indústria devido ao facto de
os homens terem ido para a guerra. Na guerra, muitos homens perderam a vida
deixando as suas esposas. Por isso, as mulheres ficaram com os postos de trabalho do
homem, sendo elas agora a fonte de sustento da família.
No entanto, as suas condições de trabalho eram doentias e perigosas e por isso,
foi motivo de protesto por parte das trabalhadoras. As mulheres eram submetidas a
mais de 12 horas de trabalho, por vezes a espancamentos e humilhações e os seus
salários eram até 60% menores em relação aos dos homens.
Muitas manifestações ocorreram nos anos seguintes, em várias partes do
mundo, destacando-se Nova Iorque, Berlim, Viena e São Petersburgo. O protesto que
mais se destacou foi o de 1908, onde 15000 mulheres protestaram ao longo da cidade
de Nova Iorque exigindo a redução das horas de trabalho, aumento dos salários e o
direito de voto
O primeiro Dia Internacional da Mulher foi celebrado no dia 28 de Fevereiro de 1909
nos Estados Unidos, por iniciativa do Partido Socialista da América, em memória do
protesto contra as más condições de trabalho das operárias da indústria do vestuário
de Nova Iorque.
No ano seguinte, o Dia Internacional da Mulher foi celebrado a 19 de Março,
por mais de um milhão de pessoas, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça.
Poucos dias depois, a 25 de Março de 1911, um incêndio na fábrica de Triangle
Shirtwaist matou 146 trabalhadores, a maioria costureiras. Segundo relatos, cerca de
129 trabalhadoras foram trancadas e queimadas vivas. Este foi considerado como o
pior incêndio da história de Nova Iorque, sendo por isso este acontecimento associado
à origem do Dia Internacional da Mulher (Dia 8 de Março), apesar de ser recordado
num dia diferente.
Atualmente o dia da mulher é considerado um dia comemorativo e tem um
caráter comercial muito forte.
2.EVOLUÇÃO DA MULHER – DIA DA MULHER
5. 5
Desde os tempos primórdios que o estatuto da mulher é geralmente inferior ao
do homem, como podemos constatar com a nossa pesquisa.
No século XX, ocorreram profundas transformações no que diz respeito às
diferenças entre os sexos. Estas mudanças foram lentas.
Em Portugal, o 25 de Abril de 1974 assinala não só uma revolução democrática
mas também uma data muito importante paras as mulheres portuguesas, pois ainda
muitos direitos eram inalcançáveis às mulheres, bem como o direito de escolher uma
profissão, de votar, etc. A partir de 1974, as mulheres começaram a lutar por uma
posição digna na sociedade, ou seja, pelos seus direitos. Com a Democracia e a entrada
em vigor da Constituição de 1976, os direitos da mulher passaram a estar presentes na
legislação portuguesa. As principais mudanças notaram-se no trabalho. As mulheres
começaram a ocupar cargos superiores e começaram também a ocupar trabalhos que
exigiam esforço físico (mecânica). Após a aprovação da constituição da Constituição
Em 1995, na 4.ª Conferência Internacional sobre os direitos das mulheres,
realizada em Pequim pela ONU, os direitos das mulheres foram declarados direitos
humanos. Como lembrou o então Secretário-Geral das Nações Unidas em 2012, a
propósito do Dia Internacional da Mulher, apesar de todos os progressos no domínio
dos direitos das mulheres, nenhum país pode afirmar estar hoje inteiramente livre de
discriminação de género. Em alguns países, estes direitos são garantidos pela
legislação, enquanto noutros países são ignorados.
Um pouco por todo o mundo é conhecida a posição da mulher. Quer seja pela
maneira como é tratada ou pela maneira como é vista aos olhos da sua cultura, a
verdade é que desde sempre a mulher foi desvalorizada.
A Filosofia tem um papel crucial em todas as transformações sociais,
contribuindo para a reflexão que estão no centro da desigualdade de género.
3.DIREITOS DAS MULHERES
6. 6
Segundo a Organização das Nações Unidas os 12 direitos das mulheres são:
1º Direito à vida;
2º Direito à liberdade e a segurança pessoal;
3º Direito à igualdade e a estar livre de todas a formas de discriminação;
4º Direito à liberdade de pensamento;
5º Direito à informação e à educação;
6º Direito à privacidade;
7º Direito à saúde e à proteção desta;
8º Direito a construir relacionamento conjugal e planejar a sua família;
9º Direito a decidir ter ou não ter filhos e quando tê-los;
10º Direito aos benefícios do progresso científico;
11º Direito à liberdade de reunião e participação política;
12º Direito a não ser submetida a torturas e maltrato.
Estes direitos abriram o caminho para as mulheres lutarem pela mudança. Na
nossa opinião, a desigualdade e a discriminação não se resolvem apenas com leis, mas
passa também pela mudança de mentalidade da sociedade, tanto das mulheres como
dos homens.
Destes direitos, o que nós
escolhemos para refletir neste trabalho foi o
12º direito que remete para o direito a não
ser vítima de torturas ou maltratos. Este
direito, na maioria dos casos não é
cumprido.
Todos nós, já nos apercebemos que a
violência está muito presente na sociedade,
bem como a mutilação e exploração sexual.
Todos os dias, os media bombardeiam-nos
com novos casos de violência doméstica.
4.DIREITOS DA MULHER SEGUNDO A ONU
7. 7
A exploração sexual (violação) é um dos factos trágicos, entre outros, que ocorrem no
nosso planeta. Depois de uma diversa pesquisa sobre casos de violação, encontramos
este caso que nos causou bastante espanto, talvez pelo grau de maldade do próprio
crime. Este excerto foi retirado do Jornal Público, publicado há cerca de 3 anos.
Índia revolta-se por caso de violação
em grupo num autocarro
Foram mais de 90 minutos de um brutal ataque a uma estudante de medicina de 23 anos e ao rapaz que a
acompanhava num autocarro em Nova Deli. Ela foi violada por seis homens,incluindo o condutor de
autocarro, que passou o controlo do veículo a um passageiro.O autocarro passou até porpostos de controlo
da polícia, mas nunca parou, a não ser no final do ataque, para deixaras duas vítimas, espancadas com barras
de ferro, roubadas e sem roupa, à beira da estrada.
A rapariga sofreu ferimentos internos tão profundos que foi já submetida a duas cirurgias, uma delas para
retirar o intestino. Está em coma induzido.
A Índia viu já casos brutais de violação. Houve o de um jornalista queao testemunhar uma violação em grupo
chamou um operador de câmara que filmou o ataque, durante45 minutos, sem fazer nada. Houve o caso de
uma adolescente de treze anos,violada e atacada por quatro rapazes, deixada também à beira de uma estrada,
que foi depois sendo violada sucessivamentepor todosos que a encontravam –dois outros homens, um
condutor de riquexó, um condutor de camião e um cúmpliceque a mantiveram em cativeiro nove dias.
Mas desta vez o nível dos protestos foi maior, e este sábado houve mesmo confrontos entre manifestantes
pedindo mais segurança paraas mulherese a polícia, que acabou porusar gás lacrimogéneo.
Figuras importantes da sociedadeindiana fizeram-seouvir.
“O que está errado na nossa sociedade?” Perguntava no Facebook o Actor de filmes de Bollywood Amitabh
Bachchan.
Depois de visitar a vítima, a líder do Partido do Congresso (no poder), Sonia Ghandi, falou da “regularidade
dolorosa” destes acontecimentos e criticou o facto de “as nossas filhas, irmãs, mães,não estarem seguras na
capital”.
A escritora indiana Arundhati Roy disse que a violação é parte de uma “questão de direito feudal” em que a
mulher é vista como propriedadee argumenta que este caso foi diferente porque a vítimaé de classe média.
Neste caso, foram detidos quatro suspeitos, com idades entre 25 e 33 anos, incluindo o condutordo
autocarro, um vendedor de frutas e um instrutorde ginásio.
O Governo já prometeu uma série de medidas:proibição dos autocarros terem as janelas cobertas com
cortinas ou tinta,obrigatoriedadede identificação bem visível do motorista, presença de polícias à paisana,
mais patrulhas noturnas e penas de prisão perpétuapara os atacantes. Mas os manifestantes dizem que isto
não é suficiente, exigindo a pena de morte para estes ataques.
De qualquer modo, os críticos dizem que alterar a legislação terá consequências em muito po ucos casos, já
que na maioria não é apresentadaqueixa, e quando é, muitos casos demoram entre 10 a 15 anos a chegara
tribunal, e a percentagem de condenações é de apenas 34,6%.
Ainda esta semana, um centro de estudos indiano publicou um relatório segundo o qual pelo menos 20
homens acusados de violação se candidataram a eleições nos últimos 5 anos.
Maria João Rodrigues, in Público, 22 de Dezembro de 2012
5.UM FACTO SOBRE A REALIDADE
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Posteriormente a uma procura sobre mais detalhes sobre este caso,
descobrimos que a rapariga acabou por morrer na sequência dos ferimentos.
Este caso criou-nos bastante indignação. Como foram capazes aqueles homens
de violar uma rapariga? E ainda por cima, em pleno autocarro? E o condutor, também
participou neste crime? Estas perguntas suscitaram depois da leitura deste excerto.
Parece ser algo de inacreditável, mas é uma pura realidade. Na nossa opinião, somos
totalmente contra a violação pois é um ato profundamente desumano. Qualquer
mulher merece ser respeitada.
Um dos homens que a violou foi entrevistado afirmando que a culpa da
violação é da jovem. “Uma mulher decente não anda na rua às nove horas da noite.
É muito mais responsável a mulher do que o homem”. Este caso causou revoltas
tanto na Índia como fora. Na sequência da morte da jovem, a ONU pediu à Índia um
debate de urgência devido ao sucedido, onde consideraram que a pena de morte não
é solução. Na Índia são inúmeros casos semelhantes a este ou ainda piores. A violação
é um problema que afeta as mulheres de todas as classes e requer soluções. Na Índia,
também há inúmeras crianças a sofreram violações. Desde então, o parlamento
aprovou leis mais pesadas para punir os agressores.
Em pleno séc. XXI, ainda existem pessoas que veem as mulheres como objetos
sexuais. Não há estatísticas sobre o número exatos de abusos sexuais devido ao facto
de muitos casos não serem denunciados às autoridades, porque muitas têm receio.
Contudo, apesar da mudança de leis na Índia para salvaguardar as mulheres, o
número de casos não pára de aumentar sobretudo de mulheres e raparigas
pertencentes a comunidades mais pobre.
6.OPINIÃO ACERCA DO CASO
9. 9
A ocorrência de abusos, bem como de outros factos, são chocantes. Fazem-nos
refletir sobre o rumo que este mundo irá levar. Qual o significado e importância do dia
da mulher depois de analisarmos estes factos de crimes que clarificam a desigualdade
de direitos entre sexos?
Na nossa opinião, o dia da mulher não tem qualquer importância. Estamos a
celebrar um dia, em que ainda grande parte das mulheres sofre de abusos e é
totalmente desrespeitada pela sociedade onde vive.
No dia 8 de Março, nós, mulheres recebemos muitas mensagens a homenagear
a mulher.
Claro que agradecemos. Mas porque havemos de ficar feliz com isso? Ficar feliz
pelo fato da sociedade separar um dia para “homenagear” as mulheres?
Homenagear pelo quê?
Por batalharem durante
séculos por direitos iguais e até
hoje não conseguirem? Por
serem discriminadas e tratadas
piores que animais em
determinadas culturas?
Dia 8 de Março é
comemorado por muitas
mulheres que nem sabem ao
menos a origem da data.
Este dia é para muitas
mulheres um dia festivo, indo
para discotecas e jantares só
com a participação das mulheres.
A celebração do dia 8 de
março só comprova a opressão
que ainda persiste contra as
mulheres. Enquanto existir esta
data, a mulher será sempre vista
como inferior.
7.REFLEXÃO SOBRE O DIA DA MULHER
10. 10
Apesar da declaração universal dos direitos humanos, muitas são as mulheres
que continuam a ser discriminadas tanto a nível social como profissional.
Com este trabalho, concluímos que os direitos das mulheres é um tema muito
discutido, no qual várias organizações não-governamentais pretendem diminuir as
diferenças entres os homens e as mulheres na sociedade.
Posteriormente às pesquisas que fizemos, apercebemo-nos de que a violência
está muito além daquilo que acreditamos ser possível. Aprendemos a ver a realidade e
a perceber novos factos que ocorrem neste mundo. Foi um trabalho bastante
enriquecedor. A violação é um problema real no mundo, onde milhares de mulheres
são ou estão a ser, neste preciso momento, sujeitas a abusos sexuais.
Em suma, ninguém tem o direito de tratar a mulher como ser inferior. Quem
pratica a discriminação é uma pessoa desumanada.
Em Portugal e nos países ocidentais, onde os direitos humanos já são
reconhecidos, surpreendemo-nos com o número de factos que tornam urgente a
adoção de medidas. Os casos de violação têm sido constantemente reportados nos
media.
O mundo está em constante mudança (evolução), logo se queremos ser
cidadãos ativos temos de acompanhar as novas ideias.
8.CONCLUSÃO
"A mulher foi feita da costela do homem, não dos pés para ser pisada, nem da cabeça
para ser superior, mas simdo lado para ser igual, debaixo do braço para ser protegida e
do lado do coração para ser amada." (Maomé)