Este boletim informativo das bibliotecas escolares apresenta notícias e atividades das bibliotecas do agrupamento, incluindo o sucesso da feira do livro, a aquisição de um iPad e uma hora do conto dramatizada. Também fornece estatísticas sobre o uso da biblioteca e detalha as atividades do clube "Artes e Letras". Por fim, apresenta uma entrevista com o professor Rui Verdial sobre o livro "Na Patagónia" de Bruce Chatwin.
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
Boletim digital becre's do agrupamento de escolas do forte da casa
1. das BE’sEdição Nº 3
e-BOOKSO FIM DO PAPEL?
Boletim digital
do Agrupamento de Escolas do Forte da Casa
E ainda…
NOTÍCIAS
CITAÇÕES
DESTAQUES
ATIVIDADES DAS BE’S
PASSATEMPOS
MATERIAIS QUENTES E BONS NA
MONTRA DE NOVIDADES
O LIVRO DA MINHA VIDA
À CONVERSA COM
PROF. RUI VERDIAL
ADORO VIAJAR E
CONHECER O OUTRO
TEMA DO MÊS
2. Editorial
Pela Prof. Bibliotecária da
Escola Básica de Padre José Rota
Maria João Pimentel
Bibliotecas Escolares – Para que vos quero?
Respondendo de forma direta à questão, e sem
grandes intróitos, queremos que as nossas
Bibliotecas Escolares sejam um modelo de
desenvolvimento da LEITURA e da LITERACIA. É por
este motivo que as atividades/iniciativas projetadas,
faseadamente, para este ano letivo foram
concebidas e estruturadas com esse intuito, como
poderão verificar ao longo dos nossos boletins
informativos, os quais terão uma periodicidade
trimestral.
Neste sentido, e tendo como ponto de partida a
questão enunciada no título, as Bibliotecas
Escolares deste agrupamento procuram constituir-
se como uma componente essencial no processo de
ensino/aprendizagem, processo este que tem de
ajustar-se, obrigatoriamente, ao crescimento
avassalador da chamada sociedade da
informação/do conhecimento. Assim, neste período,
deu-se continuidade aos projetos “Ser Estudante no
Século XXI” e “Contos com Cores, Sons e Sabores”,
projetos iniciados no ano letivo transato e que
servem de apoio ao currículo numa ótica de
transversalidade. Além disso, mantivemos o
trabalho colaborativo com as Bibliotecas Municipais
e com os Museus do Concelho e alargámos esta
cooperação às educadoras e crianças do IAC.
A parte recreativa também não foi negligenciada
e, por isso, desenvolvemos atividades aliciantes nos
diferentes clubes que integram os nossos espaços.
E como a leitura ficcional e informativa não pode
ser olvidada, realizámos uma Feira do Livro visitada
por todos os estudantes.
Esperamos ir ao encontro dos vossos desejos e
necessidades.
Página 1
3. Boletim Informativo das
Bibliotecas Escolares
Forte da Casa
3ª Edição
Ficha Técnica
Professora Bibliotecária da
BE/CRE da Escola Básica de
Padre José Rota:
Maria João Pimentel
Edição e design gráfico:
Sérgio Carvalho
Coordenadora das BE’s do
Agrupamento de Escolas do
Forte da Casa e Professora
Bibliotecária da Escola
Secundária do Forte da Casa:
Cristina Cruz
Professora Bibliotecária da
BE/CRE da Escola Básica
Professor Romeu Gil:
Sandra Oliveira
«ENTRE ASPAS»
Pág. 5
NOTÍCIAS &
INFORMAÇÕES
Pág. 7
MONTRA DE NOVIDADES
Pág. 9
O LIVRO DA MINHA VIDA
Pág. 11
EU RECOMENDO…
Pág. 13
Página 3
http://blogotecafortedacasa.blogspot.com
http://becreebpjr.blogspot.com/
http://tecaromeugil.blogspot.com/
4. TEMA DO MÊS
Pág. 15
ATIVIDADES NA BE/CRE &
AGENDA
Pág. 19
LIVRO EM DESTAQUE
Pág. 23
DESTAQUES MULTIMÉDIA
Pág. 27
TRABALHOS DE ALUNOS
Pág. 29
PASSATEMPOS E DESAFIOS
Pág. 31
Página 4
5. «ENTREPorque os livros têm sempre razão…
“NADA PEÇAS EMPRESTADO A
UM AMIGO: PODE SER QUE NÃO
POSSUA AQUILO QUE FAZ
CRER A TODA A GENTE QUE
TEM E, ASSIM DESMASCARADO,
ODIAR-TE-IA.”
JULES MAZARIN, IN "BREVIÁRIO
DOS POLÍTICOS"
Página 4
“Um dia no jardim
Fiquei muito espantado:
Encontrei uma miúda
Com olhos por todo o lado.”
TIM BURTON, IN “A MORTE
MELANCÓLICA DO RAPAZ
OSTRA & OUTRAS ESTÓRIAS”
“Há quem diga que, quando
voltamos a ler um livro, anos
depois, não é o mesmo livro.”
AFONSO CRUZ, IN “O
CAVALEIRO AINDA PERSEGUE/
A MESMA DONZELA”
“Naquele dia, ninguém morreu.”
JOSÉ SARAMAGO, IN “AS INTERMITÊNCIAS DA MORTE
“Otempopassa.Mesmoquandotalpareceser
impossível.Mesmoquandocadatiquetaquedo
ponteirodossegundosdóicomopalpitardo
sanguesobaferida.”
STEPHENIE MEYER, IN “LUA NOVA”
6. ASPAS»Fonte: http://www.citador.pt
Página 5
“ – Já sabes responder à adivinha? – perguntou o
Chapeleiro, voltando-se outra vez para Alice.
– Não, eu desisto – respondeu Alice. – Qual é a resposta?
– Não faço a mais pequena ideia – disse o Chapeleiro.”
LEWIS CARROLL, IN “ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS
“O NOME DELA ERA
INDIA. NÃO GOSTAVA
DAQUELE NOME. AS
PESSOAS NÃO SE
CHAMAVAM NUNCA
AUSTRÁLIA,
UGANDA, INGÚCHIA
OU PERU.”
SALMAN RUSHDIE, IN
“SHALIMAR O PALHAÇO”
“Os livros salvaram-me. É a primeira
vez que digo isto em voz alta.”
DULCE MARIA CARDOSO, IN “A BIBLIOTECA”
“Prometeste que não fazias isso, disse o rapaz.
O quê?
Tu sabes o quê, papá.
(…)
Tenho de estar sempre de olho em ti, disse o
rapaz.
Eu sei.
Quem quebra as pequenas promessas também
quebras as grandes. Foi o que tu disseste.
Eu sei. Mas eu não vou fazer isso.”
CORMAC MCCARTHY, IN “A ESTRADA”
7. &Notícias
CURTAS
A edição da feira
do livro foi um
verdadeiro sucesso,
tendo-se vendido
mais de 1000€ em
material livro!
A BE/CRE da Escola
Básica de Padre
José Rota adquiriu,
recentemente, um
iPad. Em breve este
material estará
disponível para
utilização. Para
mais informações,
contactar a
Professora
Bibliotecária.
Página 7
Hora do Conto Dramatizada “Uma
Bagagem de Palavras”
No dia 2 de novembro, durante a manhã, a turma do
5º5 e as alunas do 6º6, juntamente com as docentes
Aurélia Mendes e Mª João Pimentel, deslocaram-se à
Biblioteca Municipal de Vila Franca de Xira para
assistirem à hora do conto dramatizada “Uma
Bagagem de Palavras”.
Deste modo, os alunos tiveram a oportunidade de ir ao
encontro de poetas como Manuel Bandeira, Vinicius
de Morais, Fernando Pessoa, Cecíclia Meireles,
António Torrado, António Manuel Couto Viana,
Tóssan, Luisa Ducla Soares, Mário Castrim, poetas
estes que gravaram nas pedras do tempo histórias e
mais histórias.
O ator, um viajante, apresentou-se em palco trazendo
como bagagem apenas palavras, essa escrita mágica
que os homens transformaram a partir dos sons
poéticos, cristalinos como a água da cascata da nossa
imaginação. Foi um momento de interatividade com os
alunos que, durante 1 hora, encontraram o “Graal” da
magia através das palavras consignadas nos textos de
grandes poetas.
A BE em Números (1º Per):
Afluência de utilizadores (entre 20 set. e 16 dez.) – 3299 alunos (aluno contabilizado 1x/dia)
Empréstimos (domiciliários e para sala de aula) – 1124 empréstimos
(E. Domiciliários: 1016; E. Sala de Aula: 108)
Utilizadores femininos: 1651
Utilizadores masculinos: 1648
8. 1038 1000
557
384
257
21 42
0
200
400
600
800
1000
1200
5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano CEF PIEF
Ano de Escolaridade:
Ano de Escolaridade:
&Informações
DESAFIOS
MENSAIS
- “Na Pista do
Livro”: 9
participações;
vencedor: Leandro
Silva (7º2);
- “Que Desportista
Sou Eu?” – 19
participações;
vencedora Ana
Santos (5º4)
- “Desafio de
Ciências” – 22
participações;
vencedora
Elisabete Monteiro
(7º2);
- “Livro Enigma” –
15 participações,
vencedora Susana
Barbosa (8º2);
- “Desafios
Matemáticos” – 9
participações;
vencedor André
Silva (6º1).
Página 8
Clube “Artes e Letras”
O clube “Artes e Letras”, clube da BECRE da EB Padre José
Rota, entrou em funcionamento em novembro e resultou da
fusão de dois antigos clubes dinamizados no ano letivo
transato: o clube da “Leitura e Escrita” e a “Oficina de
Imagem”. Com o objetivo de melhorar a competência leitora
e comunicativa dos alunos, por um lado, e, por outro, o de
apoiar a criação individualizada e a exploração dos recursos
plásticos, este clube recebeu 14 inscrições, funcionando às
2ª feiras, entre as 11h45 e as 12h30, para os alunos do 3º
Ciclo, e às 3ª feiras, entre as 14h15 e as 15h00, para os
alunos do 2º Ciclo.
Nas sessões dinamizadas pelas docentes Leonor Colaço e Mª
João Pimentel, o grupo de participantes transformou duas
histórias para teatro “A Senhora Alegria” e o “Senhor
Desastrado“, da coleção “Senhoras e Senhores” da autoria
de Roger Hargreaves. A primeira história será representada
pelo grupo de alunos do 2º Ciclo e a segunda pelo grupo do
3º Ciclo. Os papéis já foram distribuídos e o cenário,
adereços e figurinos começaram a ser delineados. No 2º
período, o trabalho de dramatização será apresentado à
comunidade escolar.
9. MONTRA de
NOVID
ESCOLA BÁSICA PROFESSOR ROMEU GIL (1º Ciclo)
Página 9
Visite o blog da BE/CRE da Escola Padre Romeu Gil em:
http://tecaromeugil.blogspot.com/
10. ADES
ESCOLA BÁSICA DE PADRE JOSÉ ROTA (2º e 3º Ciclos)
Visite a nossa Montra de Novidades online em:
http://acervobecre.blogspot.com/
Página 10
11. Qual é o (ou um dos) livros de ficção da
sua vida?
Rui Verdial: Ao longo dos anos tive
oportunidade de ler tantos livros, que me
é difícil escolher um. Mas como terei de
escolher um posso referir “Na Patagónia”
de Bruce Chatwin.
De que trata essa obra?
Esta obra é um livro de viagens sobre
esse lugar ainda um pouco mítico e
desconhecido que é a Patagónia, a
grande extensão de espaços abertos no
sul da Argentina. O nome exótico desse
lugar do “fim do mundo”, terra dos
Patagons (indígenas muito altos e de
grandes pés) constitui um lugar de
atração para tantos viajantes. Este livro
relata uma viagem realizada pelo autor
nos anos 60 à Patagónia atraído por
memórias de infância sobre dinossauros e
animais fantásticas que teriam existido aí.
Quando o leu pela primeira vez?
Li este livro há mais de 15 anos. Desde
essa leitura e, sendo um apaixonado por
viajar e conhecer diferentes culturas,
paisagens, tornei-me um leitor assíduo de
livros de viagens.
Conte-nos uma passagem do livro que o(a)
tenha marcado em particular.
Todo o livro me fascinou sobretudo pela
descrição dos grandes espaços naturais
onde o Homem se vê na sua pequenez
humana. A Patagónia foi vista, por milhares
de pessoas, como o último espaço “livre”,
desconhecido, inexplorado e com uma
baixíssima ocupação humana, onde
aqueles que queriam ser esquecidos se
podiam perder e começar de novo. Foi
refúgio de bandidos e sonhadores, homens
e mulheres, que naquele lugar austral,
procuraram começar uma nova vida.
Marcou-me na leitura deste livro,
sobretudo, a condição dos indígenas da
Patagónia e do sul do Chile. Pessoas
aculturadas, pobres entre as mais pobres,
caídas no vício do álcool e perdendo
rapidamente a sua identidade cultural face
ao domínio da civilização do homem
branco.
Que emoções lhe despertou a leitura
deste livro?
Ler livros de viagens é um pouco como
dizia o escritor francês, Xavier de Maistre,
“Viajar à volta do meu quarto”. Adoro
viajar e conhecer o “Outro” sejam
fdfgdfgdfgdfg
O Livro da
Página 11
“Identifiquei-me com a própria
Patagónia.”
12. “Li este livro há mais de 15 anos. Desde essa altura
tornei-me um leitor assíduo de livros de viagens”
paisagens, pessoas, etc. Este meu gosto
por livros de viagens e, em particular
sobre as obras de Bruce Chatwin é
também o valorizar a coragem de alguém
que tendo uma vida estável e de sucesso,
consegue largar tudo e tornar-se um
viajante compulsivo. Alguém dotado de
um espírito desassossegado e livre que
larga tudo para se encontrar e descobrir o
seu sentido de vida. É um pouco o
espírito do marinheiro livre e sem porto
de abrigo que é Corto Maltese de Hugo
Pratt.
O que mais o atraiu na escrita do autor
deste livro?
É uma escrita escorreita com grande
capacidade de observação. Ao longo das
páginas do livro vai-se recriando a história
da Patagónia, como se se estivesse a fazer
um “patchwork” de vidas,
acontecimentos, histórias mais ou menos
míticas e fabulosas.
Com que personagem se identificou mais
e porquê?
A personagem com a qual mais me
identifiquei foi com a própria Patagónia
na sua imensidão deserta, nas suas
fdfgdfgdfsdsgdfg
grandezas e fraquezas, na sua capacidade
de atrair tantos viajantes e perdidos deste
nosso mundo.
Numa única frase, como recomendaria
esse livro a outra pessoa?
Apenas posso formular o convite para que
leiam esta obra e que sintam o apelo da
Patagónia.
minha Vida
Página 12
Rui Verdial é professor de História na
Escola Básica de Padre José Rota
por RUI VERDIAL
13. Eu recomendo…
Bruna Almeida (aluna do 9º ano)
A VIDA NUM SOPRO, de José Rodrigues dos Santos (Gradiva)
Este livro trata de um romance do tempo de Salazar. Um estudante
apaixona-se por uma rapariga e o amor dos dois é posto à prova por
três acontecimentos: a oposição da mãe da rapariga, um assassinato
inesperado e a Guerra Civil de Espanha.
Manuel Gerardo (docente de Matemática – 3º ciclo)
A LUA PODE ESPERAR, de Gonçalo Cadilhe (Oficina do Livro)
Aventuras e contratempos, encontros e reencontros,
subdesenvolvimento e choque cultural, pasmo e beleza, solidariedade
e fé num mundo melhor. Pela Patagónia abaixo, pela Indonésia
acima, pelas ilhas do Pacífico e do Índico, pelos mares da Tasmânia
ou das Caraíbas, pelas cidades dos Andes, da Europa e da África, o
olhar maravilhado do viajante percorre a Terra com certeza:
a lua pode esperar.
Página 13
14. Gabriela Assunção (assistente operacional)
A MÃE DE DAVID, de Yvonne Keuls (Círculo de Leitores)
É o sofrimento de uma mãe que tem um filho toxicodependente e
conta a sua história. Quando ela descobre, já o filho está metido em
drogas. Culpa-se sobre onde errou, porque não consegue tirá-lo da
droga fazendo desintoxicações e psicólogos. Até ao dia em que ele
sai de casa e não volta mais. A família desmorona-se e ela já não
vive. Só sofre.
Sandra Almeida (docente de Música – 3º Ciclo)
MÚSICAS DO MUNDO, de José Eduardo Braga (Estado da Arte)
O livro descreve de um modo simples a música nos diferentes
continentes. Revelando as suas origens e influências.
Bastante interessante de ler,
Página 14
Inês Sousa Romão (aluna 7º ano)
OS FILHOS DA DROGA, de Christiane F. (Bizâncio)
Este livro retrata a história verídica de uma rapariga que, aos 13
anos, se tornou uma toxicodependente devido à má influência de
amigos. Esta jovem foi vítima de violência, prostituiu-se e, não
obstante o facto de se ter tentado “curar”, acabou por falecer. É um
livro cuja leitura aconselho vivamente, pois aborda um problema atual
e transmite uma importante mensagem, a de que o melhor mesmo é
nunca experimentar o mundo das drogas.
15. ARTIGO POR ISABEL GODINHO
(DOCENTE DO 2º CICLO DA ESCOLA BÁSICA DE PADRE JOSÉ ROTA)
Página 15
16. quando os livros
acabarem para
onde irá o cheiro a
papel, aquele
cheiro a conforto e pó, que nos
assalta as narinas quando abrimos
a porta de uma biblioteca? Para
onde irão os marcadores de livros
que recebemos no primeiro dia de
aulas, na visita à livraria ou que os
nossos filhos nos fizeram na
creche? E como faremos os
apontamentos nas margens, com a
letra tremida da falta de apoio e
encolhida da falta de espaço?
Todas estas ideias me passaram
pela cabeça antes de ler o meu
primeiro livro digital. É óbvio que
não é a mesma coisa, que nunca
será a mesma coisa.
Para leitores viciados, como eu, a
ideia de substituir um livro de
papel e cartão por um ecrã com
letras iluminadas derrota
completamente a ideia de
conforto. Porque ler não é só
juntar letras para que formem
ideias, ler é uma experiência que
nos transporta a um outro nível de
consciência e que integra quase
todos os nossos sentidos. Para
além do óbvio sentido da visão
que, se calhar, é o menos usado,
uma vez que o largamos em prol
das imagens que se vão formando
no interior da nossa mente, há o
cheiro do papel e da tinta, o doce
sussurrar das páginas que viramos
e o toque suave do papel nas
pontas dos dedos.
E no entanto, para os mesmos
leitores viciados, há outras
questões a ter em consideração.
Por exemplo: os livros acabam
depressa para quem lê muito. Um
livro, mesmo dos mais volumosos,
raramente dura mais do que uma
semana quando se é um leitor
ávido. Desde criança que me
habituei a reler periodicamente os
meus livros, a virar e revirar as
bibliotecas dos municípios em que
vivi, a remexer bancadas de
alfarrabistas e feiras, a pedir
livros emprestados a amigos e
familiares. Todos estes recursos
acabam por se esgotar e não há
orçamento que aguente a compra
de cinco a seis livros por mês.
Muito jovem, apercebi-me de que
se comprasse os livros em inglês e
os importasse do estrangeiro me
saiam muito mais baratos. Este
hábito poupou-me bastante
ARTIGO
Página 16
17. dinheiro ao longo dos anos, mas
limitou-me o acesso a escritores
portugueses, para grande pena
minha, que adoro a língua da
minha pátria e reconheço nela
excelentes autores.
Mesmo relendo os livros todos,
duas décadas de aquisições
esgotaram diversas estantes em
casa, carregadas de livros
arrumados em segunda fila.
Mesmo assim resistia a ler em
formato digital. Ler no
computador cansa-me os olhos,
dá-me cabo das costas e impede-
me os simples mas inegáveis
prazeres de ler antes de
adormecer ou ler na varanda.
Uma grande amiga minha
desafiava-me, enviando-me livros
via e-mail que eu arrumava sem
ler em pastas do computador.
Um dia aconteceu algo de
inesperado: ganhei um livro
digital, num passatempo no
facebook. Não era um livro
qualquer, era o mais recente livro
da minha autora preferida, que
apenas seria editado em papel daí
a um mês. Com o tempo de
encomendar dos Estados Unidos (é
uma autora americana) e de me
chegar às mãos eu apenas
conseguiria ler o livro daí a mês e
meio, dois meses. Aquele livro que
estava ali, no meu ambiente de
trabalho, à distância de um
clique.
Claro que não resisti e li mesmo o
livro no computador. E não foi
confortável e não deu para ler na
cama, mas devorei o livro na
mesma. Ler esse livro ajudou-me a
perceber que os livros digitais
poderiam resolver algumas das
dificuldades que tinha em obter
livros, nomeadamente em termos
de custo e de tempo de entrega
dos exemplares, uma vez que os
livros digitais são muito mais
baratos e a entrega é quase
imediata. Ajudou-me também a
perceber que ler livros digitais
implica ter um suporte confortável
para o fazer (não prescindo
mesmo de ler na cama), uma vez
que ler obras completas no
monitor de um computador não é
de todo viável.
E foi assim que me decidi pelo
Kindle, da Amazon. Sendo o leitor
de livros digitais (e-reader) mais
barato do mercado é fácil de
utilizar, muito portátil, tem um
ecrã sem brilho, dicionário
incorporado (apenas em inglês) e
permite ainda tomar notas nas
“margens” virtuais. Com
capacidade para 1500 livros, o
meu kindle tem ligação à Internet
ARTIGO
Página 17
18. que me permite a compra directa
de livros e jornais, serve de leitor
de mp3 e de bloco de notas, tudo
isto pesando cerca de 300g.
Continuo a adorar livros, mas a
última vez que uma viagem me
levou a considerar levar comigo
um livro, olhei para um calhamaço
em papel de um dos meus autores
preferidos e pensei: mas para que
vou eu tão carregada?
Depois de quase um ano de uso
intenso, levo o meu kindle para
todo o lado e passo bem sem o
cheiro a papel, sem o toque das
folhas, sem o sussurro das páginas.
A minha única queixa é que...
deixei definitivamente de poder
ler no banho.
Página 18
ARTIGO
19. Página 19
EXPOSIÇÃO DE FRANCÊS
Esta exposição foi criada a partir dos
trabalhos do “Concours: Le Drapeau Français
Le Plus Original”. Pretendia-se que os alunos
dos 7º e 8º anos criassem uma bandeira
francesa fora do comum, utilizando diversos
materiais. Houve uma grande adesão por
parte dos alunos e os trabalhos foram
bastante criativos.
APRESENTAÇÃO DA LENDA “A FONTE DO CHOUPAL”
No dia 29 de novembro de 2011, entre as 09h15 e as 10h45, o serviço
educativo do Museu Municipal de Vila Franca de Xira - núcleo de Alverca -
apresentou "A Lenda da Fonte do Choupal" a duas turmas do IAC (36 crianças),
na BECRE da EB Padre José Rota. Após o reconto, cada criança fixou no cenário
previamente montado um elemento desse universo textual, participando de
forma ativa na construção da lenda.
20. FEIRA DO LIVRO
Entre os dias 5 e 16 de dezembro, realizou-se, na BECRE da EB Padre José Rota,
uma Feira do Livro, colocando ao dispor de toda a comunidade educativa livros
das mais variadas editoras: Editorial Presença, Porto Editora, Grupo Leya, Livros
Horizonte, Editorial Estampa, Gradiva…
Todas as turmas da escola puderam visitar a feira, em contexto de sala de aula,
mediante um calendário previamente acordado entre a professora bibliotecária e
as docentes de Língua Portuguesa. Assim, os alunos puderam adquirir as obras
desejadas, adivinhando-se um Natal com muitas leituras! Paralelamente,
promoveu-se como escritor do período o autor LUIS SEPÚLVEDA, escritor com
várias obras inscritas no Plano Nacional de Leitura e nos Novos Programas de
Português do Ensino Básico. Para esse efeito, os alunos autonomamente
puderam preencher uma ficha de leitura intitulada “Na Pista dos Livros de Luis
Sepúlveda”.
No dia 12 de dezembro, durante a manhã, algumas educadoras e as crianças do
IAC (4/5 anos) visitaram a Feira do Livro, participando na hora do conto
previamente programada pela professora bibliotecária. A história apresentada
“O Comboio dos Fugitivos” é da autora Rita Vilela e ensina os mais novos a
reconhecerem a importância de dizermos “Gosto de Ti” àqueles que nos rodeiam
e que merecem o nosso carinho.
Página 20
21. Página 18
MÊS DE NOVEMBRO NA BE/CRE DA ESCOLA SECUNDÁRIA
Exposição da obra poética de Fernando Pessoa.
Concurso de Poesia.
Sessões de sensibilização para a Pesquisa Documental na BE/CRE para
as turmas do 10º Ano.
Literatura: “A Mensagem”, Fernando Pessoa – Presença.
“Poesias de Álvaro de Campos”, obras completas de Fernando
Pessoa – Edições Ática
“O Guardador de Rebanhos”, obras completas de Fernando
Pessoa – Presença
“Para compreender Fernando Pessoa, Amélia P. Pais - Areal
Apresentação de trabalhos e de posters na Blogoteca do Agrupamento
de Escolas do Forte da Casa.
Divulgação do acordo ortográfico.
Comemorações: Dia de S. Martinho, Dia Mundial da Tolerância, Dia
Mundial do Não Fumador, Dia da Filosofia.
Pensamento do Dia – Exposição.
Exposição e apresentação dos trabalhos de alunos e professores da
disciplina de Português.
Exibição de filmes - Cinescola.
http://www.raizonline.com/radio/compactos.htm
22. MÊS DE DEZEMBRO NA BE/CRE DA
ESCOLA SECUNDÁRIA
Autor do Mês: Sophia de Mello Breyner
Anderson
Artista: Joana Vasconcelos.
Poeta do Mês: Joaquim Sustelo.
Disciplinas do Mês: Inglês e Francês .
Animação/divulgação do fundo documental
em Inglês e Francês.
Sessões de Literacia digital aos alunos do
10º ano.
Poemas de Joaquim Sustelo: “Adoro”;
“Natal à Porta”; “Naquele Imenso Mar”;
“Tempo Cinza”; “Poema em R”;
“Tolerância”.
Apresentação de trabalhos e de posters na
Blogoteca do Agrupamento de Escolas do
Forte da Casa.
Comemorações: Dia da Restauração, Dia da
Abolição da Escravatura; Dia da Padroeira
de Portugal; Dia dos Direitos do Homem.
Pensamento do dia.
http://www.raizonline.com/radio/compact
os.htm
Página 19
AGENDA
JANEIRO
Exposição “Aristides de Sousa
Mendes: sua Vida e Obra”
4 janeiro
Oficina do Ferrador
10 janeiro
Teatro de Sombras para as crianças
do IAC
18 janeiro
Palestra “Invasões Francesas”
1 e 7 fevereiro
Hora do Conto Dramatizado “A
Grande Viagem”, na BM de VFXira
15 fevereiro
Teatro “História ao Vivo – da
Monarquia à Implantação da
República”
12 – 16 março
Semana da Leitura (com a presença
da escritora Luísa Ducla Soares)
(Escola Básica de Padre José Rota)
24. Página 24
Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para os 7º, 8º e 9º anos de escolaridade,
destinado a leitura autónoma.
«Quando eu era criança, lembro-me de ver na minha casa e
nas casas de pessoas de família ou amigas, normalmente na
sala de visitas, um livro grande, encadernado, que se
destacava de todos os outros. Nem sempre era da mesma cor,
mas em todos eles havia o desenho de um homem com uma
coroa de louros na cabeça e uma pala num olho. Um dia
perguntei que livro era.
- Este livro chama-se Os Lusíadas, é o nosso livro - disse meu
pai - o livro dos portugueses. Foi escrito por Luís Vaz de
Camões, o maior poeta português, acrescentou, apontando
aquele homem de um só olho.»
Barbi-Ruivo: o Meu Primeiro Camões, dá a conhecer, aos mais
jovens e não só, a vida e a obra do maior poeta português.
Escrito de forma inconfundível por Manuel Alegre, e ilustrado
por André Letria, este livro transporta-nos ao universo
camoniano e desperta o nosso encanto para a beleza e
sensibilidade das palavras do poeta.
26. Página 26
"Quando uma Nuvem bonita,
que só sabe brincar, encontra
um Vento cansado, que só sabe
trabalhar, uma festa de amigos
desliza pelo céu. A Nuvem, feliz
por ter um companheiro, o
Vento, feliz por aprender a
brincar, como se o tempo tivesse
parado…”
29. Página 29
UM DIA
O vento levará os cansaços
No verde dos pinhais na voz do mar
E há-de voltar aos nossos membros
lassos
Irmãos vivos do mar e dos pinhais.
Dos gestos agitados irreais
A viver livres como os animais
Só então poderemos caminhar
A leve rapidez dos animais.
Um dia, gastos, voltaremos
Através do mistério que se embala
E mesmo tão cansados floriremos
E em nós germinará a sua fala.
Lúcia Albano, 8º1
COISAS BOAS E COISAS
MÁS
Eu, Leandro, gosto dos meus 3 gatos, do
meu hamster, da BE/CRE, da minha família
e também dos meus amigos porque eles
fazem-me feliz.
Eu detesto o Sócrates porque ele põe
Portugal pobre e, ainda, com o dinheiro
que nos emprestam de fora ele compra
submarinos; não gosto dos inimigos porque
me fazem sofrer; não gosto de ladrões,
porque roubam; não gosto de pedófilos
porque levam, vendem ou fazem certas
coisas más às crianças.
Não gosto de peixe, porque tem muitas
espinhas e, por vezes, engasgo-me com
elas. As coisas boas fazem-me feliz e as
más fazem-me muito, muito triste.
Leandro Silva – 7º2
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Escreve histórias e ganha livros com a Civilização Editora.
Sabe como, consultando o regulamento no blogue da BE/CRE
da EB Padre José Rota.
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