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"Nos Passos
De
Magalhães"
Capítulo V - Atlântico Sul
• A Escolha de Carvalho;
• Letras a Bordo;
• Retalhos de História;
• Motim no Fim do Mundo;
• Na Patagónia;
• Um Estreito sem Nome.
Capítulo V - Atlântico Sul
A Escolha de
Carvalho
(Sanlúcar de
Barrameda)
• Está em Sanlúcar de Barrameda (Espanha).
Gonçalo Cadilhe
Donana National Park
Sanlúcar de Barrameda teve um papel de relevo na expedição de
Magalhães, pois foi aqui que, a 20 de Setembro de 1519, se celebrou a
última missa, em solo europeu, antes da Armada das Molucas levantar
âncora.
Magalhães
Na madrugada seguinte (21 de Setembro), dão início à maior aventura de
navegação de todos os tempos, comandada por Fernão de Magalhães.
Quais as razões que levavam os Homens aos Descobrimentos?
• Glória;
• Cobiça;
• Proselitismo Religioso;
• Poder;
• Noção do Dever;
• Fortuna Fácil;
• Desejo de Aventura;
• Qualquer alternativa era preferível ao dia-a-dia
da cidade medieval europeia.
Condições da cidade medieval europeia:
• Não existiam cuidados de higiene;
• A Peste Negra dominava a Europa;
• A alimentação era pobre em vitaminas e nutrientes;
• As habitações não tinham condições;
• A água era de fraca qualidade.
E por que razão Magalhães partiu na Armada?
• Em Portugal é considerado um traidor da pátria;
• Em Espanha é um desterrado "no fim da balança";
• Não é apenas a sua reputação que depende do resultado desta
expedição, mas sim a própria cidadania.
Perigos que enfrentaram na viagem até à Ilha das Molucas:
• Tempestades;
• Bancos de areia;
• Monstros;
• Canibais;
• Mares e continentes desconhecidos;
• Possibilidade de ser interceptado por uma expedição portuguesa.
A Escolha de
Carvalho
(Baía de
Guanabara)
A 13 de Dezembro de 1519, a Armada das Molucas lança âncora, pela
primeira vez, no continente americano.
A Coroa Espanhola impede qualquer desembarque em territórios do
lado português do Tratado de Tordesilhas.
Magalhães
Magalhães decide parar uns dias numa baía a que irá chamar de Baía de
Santa Lúcia, mais tarde, Baía de Guanabara. Reabasteceram os navios
neste local visto que, um dos pilotos de Magalhães, João Lopes de
Carvalho, conhecia bem esta zona pelo facto de aí ter estado numa
expedição em anos anteriores.
Letras a Bordo
(Paraty)
• Está em Paraty, no Brasil;
• "Estar aqui, neste lugar iluminado à face da Terra e à borda do mar,
é sempre uma regalia.";
• "Eu só sei escrever. Sou um inútil a bordo."
Gonçalo Cadilhe
A Armada das Molucas é constituída por 5 naus, onde seguem cerca
de 234 homens e todos eles são "homens do mar".
Magalhães
Um dos únicos tripulantes de Magalhães que não tem conhecimentos
marítimos é Antonio Pigafetta.
• É um jovem italiano, cronista de profissão;
• Descobre que, em Sevilha, se prepara uma expedição aos limites do
mundo e consegue tornar-se membro da tripulação;
• "(...) ousa enfrentar os perigos não pela glória ou pelo ouro, mas por
uma simples paixão de globetrotter (...) põe a vida em risco pela
alegria de ver, de aprender, de admirar, de se extasiar."
• Levou-nos a conhecer com bastante exactidão a forma como decorreu
a primeira viagem de circum-navegação do globo;
• Na baía de Guanabara, o mundo indígena desperta a atenção de
Pigafetta, que descreve tudo o que vê;
• "Espírito crítico, cepticismo, método científico e observação direta são
ferramentas dispensáveis na bagagem do italiano (...)";
• Soube descrever a expedição com pasmo, credulidade, entusiasmo e
talento literário.
Como foi relatada a viagem de Magalhães?
• Os historiadores não só se socorreram do livro de Pigafetta, onde
estava detalhada com rigor a viagem de Magalhães, como também se
orientaram pelo diário de bordo do piloto grego, Francisco Albo
(membro da tripulação).
Retalhos de
História
(Montevideu)
• Está em Montevideu, no Uruguai;
• (...) atmosfera tristonha e mal cuidada (...)";
• "(...) vista impressionante sobre a cidade histórica, o porto, a baía e
a colina.";
Gonçalo Cadilhe
• Visitou à noite um bar do porto, frequentado por marinheiros
portugueses, que embarcavam no navio-escola Sagres;
• Gonçalo Cadilhe considera este navio um "(...)orgulho da marinha de
Portugal(...)"
• Conheceu, em Montevideu, Marcelo que o convidou a jantar com a
sua família em Colónia de Sacramento;
• Marcelo tem uma livraria, segundo Cadilhe, "(...) um lindíssimo lugar
de luz e bafio."
• O marinheiro português João Dias Solís, que navegou ao serviço de
Espanha, ao passar pelo Rio de Prata, acreditava ter descoberto a
passagem para o mais tarde Oceano Pacífico;
• Solís baptizou esse rio de "Mar Dulce" e, ao desembarcar na
margem norte do Estuário, foi morto e comido pelos índios charruas.
Magalhães
• Foi a partir da exclamação "Monte Videm", dita por Magalhães, que a
capital do Uruguai foi baptizada;
• A Armada das Molucas passou 2 semanas no estuário do Rio de
Prata, explorando a possibilidade de existir uma passagem para o
"outro" mar;
• Magalhães segue com a nau Santiago e segundo este já se
encontravam a oeste da linha de Tordesilhas;
• No hemisfério espanhol, as ordens são de permanecer a bordo;
• A expedição levanta âncora e prossegue para Sul.
Motim no fim do
do Mundo (San
Julián)
• Está em San Julián, na Argentina;
• San Julián foi a sua inspiração para escrever este livro;
• "(...) o ponto de encontro de mim próprio com a vida de Magalhães
é esta embarcação apodrecida e semi-abandonada que jaz na praia
de San Julián."
Gonçalo Cadilhe
• A 31 de Março de 1520, a Armada deita âncora numa baía a que,
mais tarde, Magalhães irá chamar de San Julián;
• O capitão anuncia que celebrarão a missa de Páscoa em terra;
• A tripulação sente-se insatisfeita e o tempo piora.
Magalhães
O Motim:
• Os revoltosos atacam na noite seguinte;
• As naus Victoria e Concepción são respectivamente comandadas
pelos capitães Mendoza e Quesada;
• A nau San Antonio é tomada pelos rebeldes;
• Ao amanhecer, a situação parece estar perdida para Magalhães, pois
os revoltosos "regressarão" a Espanha;
• O "clima" dentro das três naus era de intenso nervosismo;
• Os homens leais a Magalhães recuperam a nau Victoria e eliminam
Mendoza;
• Com o auxílio das naus Trinidad e Santiago, bloqueiam a saída da
baía às duas naus rebeldes.
Julgamento dos Rebeldes:
• Os principais autores do motim são julgados e condenados à morte;
• Magalhães hesita em "desfazer-se" de Juan de Cartagena e Bernard
Calmette;
• Magalhães decide desterrar em San Júlian, numa pequena ilha, os
dois criminosos.
• "Penso que a punição de Magalhães a Cartagena foi tão pérfida
como perfeita(...)";
• Conduz um carro até à margem em frente da ilha em que ocorreu o
desterro;
• Em San Júlian, vê um cartaz onde se pode ler que naquele local se
celebrou a primeira missa da Argentina;
• Diz que naquele local ocorreu "(...) o primeiro julgamento, a primeira
execução, e o primeiro "povoamento" europeu."
Gonçalo Cadilhe
Na Patagónia
(Patagónia)
• Existiam dois homens obcecados com o encontro de novas culturas:
Magalhães e Pigafetta;
• A principal missão de Magalhães era a de "medir" o hemisfério
espanhol (Tratado de Tordesilhas) e comprovar se nele se incluiam
as Ilhas das Especiarias (Ilha das Molucas).
Magalhães
Antonio Pigafetta:
• Pigafetta acreditava que "(...) o mundo mede-se através do encontro
com a diferença."
• Pigafetta debruçava-se sobre quatro "maravilhas" humanas: os
tamoios, os tehuelches ou patagões, os chamorros e os habitantes
das ilhas das Filipinas;
• Anota tudo o que vê e quando pode exagera, pois um dos seus
objetivos é o de entreter o leitor europeu.
Patagões:
• O primeiro contacto com os patagões ocorre após dois meses sem
qualquer vestígio de presença humana;
• Magalhães, impressionado com os mocassins de pele de guanaco
que o selvagem usava e que deixavam enormes pegadas na areia,
decidiu dar-lhe o nome de "patagão". Desta forma, nasce o nome da
Patagónia, local onde estes "patagões" habitavam;
Características dos Patagões:
• A altura média destes indivíduos é de cerca de 1,80 metros;
• Vêem na cruz um símbolo do mal;
• Quando se sentem doentes, cortam-se e deixam o sangue correr pelo
seu corpo;
• Andavam quase nus.
Captura de Patagões:
• Ao fim de algumas semanas no local, Magalhães decide capturar
quatro patagões para os levar para Espanha;
• Os indígenas capturados irão falecer a bordo, devido ao calor e ao
escorbuto;
• Pigafetta descreve o momento em que um dos patagões decide ser
batizado,com piedosa comoção, em que "Paulo" morre "(...)beijando e
abraçando a cruz(...)".
Chegada e "extinção" dos Patagões:
• Estes indivíduos chegaram ao continente através do estreito de
Behring há dez mil anos;
• Foram exterminados quando os territórios da América do Sul foram
loteados e destinados à ganadaria;
• No final do século XIX, as propriedades latifundiárias chegaram a
oferecer cem libras por cada orelha de homem e/ou por cada seio de
mulher abatidos;
Um Estreito sem
Nome (Chile)
• Está no Estreito de Magalhães, na Patagónia;
• "Não acredito em lugares mágicos, mas eles existem e este é um
deles." (Entrada oriental do Estreito de Magalhães);
• "Vivo um dos momentos mais significativos da minha vida: chegar
ao Estreito de Magalhães (...)"
Gonçalo Cadilhe
Descrição do Estreito de Magalhães - Ponta de Dungeness:
• "(...) frio tremendo, que corrói as têmporas e queima os lábios.";
• "(...) luminosidade tão crua e tão fria como a temperatura (...)“;
• Lugar irreal, desumano, vazio de referências.
• No dia 21 de Outubro de 1520, a Armada das Molucas chega à
"boca" do Estreito;
• Magalhães manda o português João de Carvalho subir a uma colina
que um historiador identifica como sendo o "cerro Dinero".
Magalhães
• Assim como João de Carvalo, Cadilhe subiu à colina "cerro Dinero";
• Encontra uma placa que recorda a descoberta do Chile, que se deu
naquele local: "(...) um marinheiro de Magalhães a perscrutar o
sudoeste."
Gonçalo Cadilhe
• Conta ao seu capitão, Magalhães, que "Não é possível intuir
qualquer abertura na costa recurvada. Parece apenas uma baía
fechada.";echada.";
• Magalhães não se convence desse facto e envia duas naus, a San
Antonio e a Concepción, para explorar esse enigmático sudoeste;
• Os marinheiros regressam convencidos de que encontraram a
passagem tão procurada e anunciam essa convicção mal avistam o
capitão.
Magalhães
• Magalhães baptiza a passagem como "Canal de Todos os Santos",
mas os mapas europeus adoptarão, posteriormente, o nome de
"Estreito de Magalhães";
• A margem sul do continente americano recebe o nome definitivo
nesse mesmo dia: "Terra do Fogo“; como se diz "quem lhe tocar,
queima-se".
Por que razão se deu o nome de "Terra do Fogo"?
• De noite, os marinheiros avistam fogueiras;
• A geografia medieval acreditava existir um "lado" debaixo do globo e
os marinheiros, ao encontrarem a Terra do Fogo, imaginam que esse
local seja o "início" desse mesmo "lado".
• Chega ao primeiro contacto com o Estreito a bordo de um "navio da
auto-estrada", à boleia de um camião que anda há vários dias a
descer a Patagónia e que por fim se imobiliza na Terra do Fogo
para o deixar desembarcar;
• Continua até à cidade de Punta Arena.
Gonçalo Cadilhe

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  • 2. • A Escolha de Carvalho; • Letras a Bordo; • Retalhos de História; • Motim no Fim do Mundo; • Na Patagónia; • Um Estreito sem Nome. Capítulo V - Atlântico Sul
  • 4. • Está em Sanlúcar de Barrameda (Espanha). Gonçalo Cadilhe
  • 6. Sanlúcar de Barrameda teve um papel de relevo na expedição de Magalhães, pois foi aqui que, a 20 de Setembro de 1519, se celebrou a última missa, em solo europeu, antes da Armada das Molucas levantar âncora. Magalhães
  • 7. Na madrugada seguinte (21 de Setembro), dão início à maior aventura de navegação de todos os tempos, comandada por Fernão de Magalhães.
  • 8. Quais as razões que levavam os Homens aos Descobrimentos? • Glória; • Cobiça; • Proselitismo Religioso; • Poder; • Noção do Dever; • Fortuna Fácil; • Desejo de Aventura; • Qualquer alternativa era preferível ao dia-a-dia da cidade medieval europeia.
  • 9. Condições da cidade medieval europeia: • Não existiam cuidados de higiene; • A Peste Negra dominava a Europa; • A alimentação era pobre em vitaminas e nutrientes; • As habitações não tinham condições; • A água era de fraca qualidade.
  • 10. E por que razão Magalhães partiu na Armada? • Em Portugal é considerado um traidor da pátria; • Em Espanha é um desterrado "no fim da balança"; • Não é apenas a sua reputação que depende do resultado desta expedição, mas sim a própria cidadania.
  • 11. Perigos que enfrentaram na viagem até à Ilha das Molucas: • Tempestades; • Bancos de areia; • Monstros; • Canibais; • Mares e continentes desconhecidos; • Possibilidade de ser interceptado por uma expedição portuguesa.
  • 13. A 13 de Dezembro de 1519, a Armada das Molucas lança âncora, pela primeira vez, no continente americano. A Coroa Espanhola impede qualquer desembarque em territórios do lado português do Tratado de Tordesilhas. Magalhães
  • 14. Magalhães decide parar uns dias numa baía a que irá chamar de Baía de Santa Lúcia, mais tarde, Baía de Guanabara. Reabasteceram os navios neste local visto que, um dos pilotos de Magalhães, João Lopes de Carvalho, conhecia bem esta zona pelo facto de aí ter estado numa expedição em anos anteriores.
  • 16. • Está em Paraty, no Brasil; • "Estar aqui, neste lugar iluminado à face da Terra e à borda do mar, é sempre uma regalia."; • "Eu só sei escrever. Sou um inútil a bordo." Gonçalo Cadilhe
  • 17. A Armada das Molucas é constituída por 5 naus, onde seguem cerca de 234 homens e todos eles são "homens do mar". Magalhães
  • 18. Um dos únicos tripulantes de Magalhães que não tem conhecimentos marítimos é Antonio Pigafetta. • É um jovem italiano, cronista de profissão; • Descobre que, em Sevilha, se prepara uma expedição aos limites do mundo e consegue tornar-se membro da tripulação; • "(...) ousa enfrentar os perigos não pela glória ou pelo ouro, mas por uma simples paixão de globetrotter (...) põe a vida em risco pela alegria de ver, de aprender, de admirar, de se extasiar."
  • 19. • Levou-nos a conhecer com bastante exactidão a forma como decorreu a primeira viagem de circum-navegação do globo; • Na baía de Guanabara, o mundo indígena desperta a atenção de Pigafetta, que descreve tudo o que vê; • "Espírito crítico, cepticismo, método científico e observação direta são ferramentas dispensáveis na bagagem do italiano (...)"; • Soube descrever a expedição com pasmo, credulidade, entusiasmo e talento literário.
  • 20. Como foi relatada a viagem de Magalhães? • Os historiadores não só se socorreram do livro de Pigafetta, onde estava detalhada com rigor a viagem de Magalhães, como também se orientaram pelo diário de bordo do piloto grego, Francisco Albo (membro da tripulação).
  • 22. • Está em Montevideu, no Uruguai; • (...) atmosfera tristonha e mal cuidada (...)"; • "(...) vista impressionante sobre a cidade histórica, o porto, a baía e a colina."; Gonçalo Cadilhe
  • 23. • Visitou à noite um bar do porto, frequentado por marinheiros portugueses, que embarcavam no navio-escola Sagres; • Gonçalo Cadilhe considera este navio um "(...)orgulho da marinha de Portugal(...)"
  • 24. • Conheceu, em Montevideu, Marcelo que o convidou a jantar com a sua família em Colónia de Sacramento; • Marcelo tem uma livraria, segundo Cadilhe, "(...) um lindíssimo lugar de luz e bafio."
  • 25. • O marinheiro português João Dias Solís, que navegou ao serviço de Espanha, ao passar pelo Rio de Prata, acreditava ter descoberto a passagem para o mais tarde Oceano Pacífico; • Solís baptizou esse rio de "Mar Dulce" e, ao desembarcar na margem norte do Estuário, foi morto e comido pelos índios charruas. Magalhães
  • 26. • Foi a partir da exclamação "Monte Videm", dita por Magalhães, que a capital do Uruguai foi baptizada; • A Armada das Molucas passou 2 semanas no estuário do Rio de Prata, explorando a possibilidade de existir uma passagem para o "outro" mar;
  • 27. • Magalhães segue com a nau Santiago e segundo este já se encontravam a oeste da linha de Tordesilhas; • No hemisfério espanhol, as ordens são de permanecer a bordo; • A expedição levanta âncora e prossegue para Sul.
  • 28. Motim no fim do do Mundo (San Julián)
  • 29. • Está em San Julián, na Argentina; • San Julián foi a sua inspiração para escrever este livro; • "(...) o ponto de encontro de mim próprio com a vida de Magalhães é esta embarcação apodrecida e semi-abandonada que jaz na praia de San Julián." Gonçalo Cadilhe
  • 30. • A 31 de Março de 1520, a Armada deita âncora numa baía a que, mais tarde, Magalhães irá chamar de San Julián; • O capitão anuncia que celebrarão a missa de Páscoa em terra; • A tripulação sente-se insatisfeita e o tempo piora. Magalhães
  • 31. O Motim: • Os revoltosos atacam na noite seguinte; • As naus Victoria e Concepción são respectivamente comandadas pelos capitães Mendoza e Quesada; • A nau San Antonio é tomada pelos rebeldes; • Ao amanhecer, a situação parece estar perdida para Magalhães, pois os revoltosos "regressarão" a Espanha;
  • 32. • O "clima" dentro das três naus era de intenso nervosismo; • Os homens leais a Magalhães recuperam a nau Victoria e eliminam Mendoza; • Com o auxílio das naus Trinidad e Santiago, bloqueiam a saída da baía às duas naus rebeldes.
  • 33. Julgamento dos Rebeldes: • Os principais autores do motim são julgados e condenados à morte; • Magalhães hesita em "desfazer-se" de Juan de Cartagena e Bernard Calmette; • Magalhães decide desterrar em San Júlian, numa pequena ilha, os dois criminosos.
  • 34. • "Penso que a punição de Magalhães a Cartagena foi tão pérfida como perfeita(...)"; • Conduz um carro até à margem em frente da ilha em que ocorreu o desterro; • Em San Júlian, vê um cartaz onde se pode ler que naquele local se celebrou a primeira missa da Argentina; • Diz que naquele local ocorreu "(...) o primeiro julgamento, a primeira execução, e o primeiro "povoamento" europeu." Gonçalo Cadilhe
  • 36. • Existiam dois homens obcecados com o encontro de novas culturas: Magalhães e Pigafetta; • A principal missão de Magalhães era a de "medir" o hemisfério espanhol (Tratado de Tordesilhas) e comprovar se nele se incluiam as Ilhas das Especiarias (Ilha das Molucas). Magalhães
  • 37. Antonio Pigafetta: • Pigafetta acreditava que "(...) o mundo mede-se através do encontro com a diferença." • Pigafetta debruçava-se sobre quatro "maravilhas" humanas: os tamoios, os tehuelches ou patagões, os chamorros e os habitantes das ilhas das Filipinas; • Anota tudo o que vê e quando pode exagera, pois um dos seus objetivos é o de entreter o leitor europeu.
  • 38. Patagões: • O primeiro contacto com os patagões ocorre após dois meses sem qualquer vestígio de presença humana; • Magalhães, impressionado com os mocassins de pele de guanaco que o selvagem usava e que deixavam enormes pegadas na areia, decidiu dar-lhe o nome de "patagão". Desta forma, nasce o nome da Patagónia, local onde estes "patagões" habitavam;
  • 39. Características dos Patagões: • A altura média destes indivíduos é de cerca de 1,80 metros; • Vêem na cruz um símbolo do mal; • Quando se sentem doentes, cortam-se e deixam o sangue correr pelo seu corpo; • Andavam quase nus.
  • 40. Captura de Patagões: • Ao fim de algumas semanas no local, Magalhães decide capturar quatro patagões para os levar para Espanha; • Os indígenas capturados irão falecer a bordo, devido ao calor e ao escorbuto; • Pigafetta descreve o momento em que um dos patagões decide ser batizado,com piedosa comoção, em que "Paulo" morre "(...)beijando e abraçando a cruz(...)".
  • 41. Chegada e "extinção" dos Patagões: • Estes indivíduos chegaram ao continente através do estreito de Behring há dez mil anos; • Foram exterminados quando os territórios da América do Sul foram loteados e destinados à ganadaria; • No final do século XIX, as propriedades latifundiárias chegaram a oferecer cem libras por cada orelha de homem e/ou por cada seio de mulher abatidos;
  • 43. • Está no Estreito de Magalhães, na Patagónia; • "Não acredito em lugares mágicos, mas eles existem e este é um deles." (Entrada oriental do Estreito de Magalhães); • "Vivo um dos momentos mais significativos da minha vida: chegar ao Estreito de Magalhães (...)" Gonçalo Cadilhe
  • 44. Descrição do Estreito de Magalhães - Ponta de Dungeness: • "(...) frio tremendo, que corrói as têmporas e queima os lábios."; • "(...) luminosidade tão crua e tão fria como a temperatura (...)“; • Lugar irreal, desumano, vazio de referências.
  • 45. • No dia 21 de Outubro de 1520, a Armada das Molucas chega à "boca" do Estreito; • Magalhães manda o português João de Carvalho subir a uma colina que um historiador identifica como sendo o "cerro Dinero". Magalhães
  • 46. • Assim como João de Carvalo, Cadilhe subiu à colina "cerro Dinero"; • Encontra uma placa que recorda a descoberta do Chile, que se deu naquele local: "(...) um marinheiro de Magalhães a perscrutar o sudoeste." Gonçalo Cadilhe
  • 47. • Conta ao seu capitão, Magalhães, que "Não é possível intuir qualquer abertura na costa recurvada. Parece apenas uma baía fechada.";echada."; • Magalhães não se convence desse facto e envia duas naus, a San Antonio e a Concepción, para explorar esse enigmático sudoeste; • Os marinheiros regressam convencidos de que encontraram a passagem tão procurada e anunciam essa convicção mal avistam o capitão. Magalhães
  • 48. • Magalhães baptiza a passagem como "Canal de Todos os Santos", mas os mapas europeus adoptarão, posteriormente, o nome de "Estreito de Magalhães"; • A margem sul do continente americano recebe o nome definitivo nesse mesmo dia: "Terra do Fogo“; como se diz "quem lhe tocar, queima-se".
  • 49. Por que razão se deu o nome de "Terra do Fogo"? • De noite, os marinheiros avistam fogueiras; • A geografia medieval acreditava existir um "lado" debaixo do globo e os marinheiros, ao encontrarem a Terra do Fogo, imaginam que esse local seja o "início" desse mesmo "lado".
  • 50. • Chega ao primeiro contacto com o Estreito a bordo de um "navio da auto-estrada", à boleia de um camião que anda há vários dias a descer a Patagónia e que por fim se imobiliza na Terra do Fogo para o deixar desembarcar; • Continua até à cidade de Punta Arena. Gonçalo Cadilhe