1. Determinação do teor de cafeína
em amostras vegetais
Bárbara Blauth
Franciele dos Passos
Luana K. Wendling
2. Introdução
• Ilex paraguariensis A. St. - Hil. (erva-mate)
é uma árvore pertencente à família
Aquifoleaceae, nativa da região sul da
América do Sul e de grande importância
cultural e econômica para os três estados
da região sul do Brasil (Bruneton, 1993;
Esmelindro et al., 2002).
3. • Das folhas secas desta planta produz-se o
tererê e o chimarrão (bebidas à base de
erva-mate elaboradas com água fria e
quente,respectivamente) e com as folhas
secas e torradas prepara-se o chá-mate.
4. • Esta planta chamou a atenção da
comunidade científica nos últimos anos
por seus efeitos benéficos à saúde
humana, principalmente aqueles
relacionados à atividade antioxidante e
protetora frente a processos
degenerativos como, por exemplo, os que
levam ao desenvolvimento de doenças
cardiovasculares e a danos ao DNA.
5. Composição química
• A Erva mate contém cerca de 0,2 - 2% de
cafeína, 0,3% de teobromina, traços de
teofilina, cerca de 10 – 16% de ácido
clorogênico (ácido cafeoiltânico), pequena
quantidade de óleo volátil, saponinas
triterpênicas, aminoácidos e vitaminas .
6. • A quantidade e composição de metilxantinas
nas folhas podem ser influenciadas por
diferentes fatores, tal como variabilidade
genética, condições ambientais, idade,
período de colheita, tratamento e
preparação.
• Esta composição química tem seus índices
estabelecidos pela Portaria 234, de 25 de
março de 1998, da ANVISA, a qual prevê
um teor de cafeína mínimo (0,5g/ 100g) em
erva mate (LOPES et al, 2007).
7. Procedimento
Extração da cafeína a partir da amostra
vegetal:
• Pesou-se 1,0 g da amostra de erva-mate JR ;
• Transferimos para erlenmeyer de 100ml;
• Adicionamos 15 mL de solução de H2SO4
1ml/l e submetemos a ebulição em banho-maria
por 15 min;
8. • Esfriamos, e o extrato transferimos para
outro erlenmeyer ;
• Adicionamos 10mL de água destilada ao
resíduo, agitamos e filtramos, removendo a
fase líquida, reunindo-a ao extrato;
• Alcalinizamos adicionando gotas de
amônia até pH 9 a 10;
9. • Transferimos para uma pêra de separação
enxaguando o erlenmeyer por 2 vezes
com 1 mL de água destilada;
• Em seguida foram feitas 3 extrações com
10mL de CHCl3 recolhendo a fase
clorofórmica em erlenmeyer de 50ml;
• Adicionamos uma pitada de Na2SO4 para
retirar a água;
10. • Decantamos a fase clorofórmica para uma
cápsula de porcelana;
• Enxaguamos o erlenmeyer com 2 mL de
CHCl3 e reunimos com o líquido da
cápsula ;
• Evaporamos em banho-maria até a
secura;
11. • Dissolvemos o resíduo em água destilada
e transferimos quantitativamente para
balão volumétrico de 100ml, e desde
tomamos 1mL para diluir para 10ml em
balão volumétrico;
• Lemos a absorbância em
espectrofotômetria de UV a 273nm.
12. Curva Padrão de cafeína:
• Um dos grupos pesou 5mg de cafeína;
• Dissolveu em 10 mL de água destilada;
• Transferiu quantitativamente para o balão
volumétrico de 50mL e completou o
volume;
13. • Transferiu 0.15; 0.25; 0.50; 1.0; 1.5;e
2.0mL dessa solução para balão
volumétrico de 10 mL e completou o
volume;
• Realizou a leitura da absorbância de cada
solução em espectrofotômetro de UV a
273nm.
14. Cálculos
• Dados obtidos.
PONTO VOLUME CONCENTRAÇÃO ABSORBÂNCIA
Amostra ****** 0,0070 mg/mL 0,1772
Ponto 1 0,15mL 0.0015mg/mL 0,0382
Ponto 2 0,25mL 0,0025 mg/mL 0,0620
Ponto 3 0,5 mL 0,0050 mg/mL 0,1237
Ponto 4 1,0 mL 0,0100 mg/mL 0,2546
Ponto 5 1,5 mL 0,0150 mg/mL 0,3773
Ponto 6 2,0 mL 0,0200 mg/mL 0,5119
15. • Cálculos para a concentração da curva
padrão 5 mg ---------- 50mL
X ---------------- 1mL
X = 0,1 mg
Ponto 1 - 0,15 mL Ponto 2 - 0,25 mL Ponto 3 - 0,5 mL
C1 x V1=C2 x V2 C1 x V1=C2 x V2 C1 x V1=C2 x V2
0.1mg x 0.15mL = C2 x 10mL 0.1mg x 0.25mL = C2 x 10mL 0.1mg x 0.5mL = C2 x 10mL
C2= 0.0015mg/mL C2 = 0,0025 mg/mL C2 = 0,005 mg/mL
Ponto 4 - 1,0 mL Ponto 5 - 1,5 mL Ponto 6 - 2,0 mL
C1 x V1=C2 x V2 C1 x V1=C2 x V2 C1 x V1=C2 x V2
0.1mg x 1,0mL = C2 x 10mL 0.1mg x 1,5mL = C2 x 10mL 0.1mg x 2,0mL = C2 x 10mL
C2 = 0,01 mg/mL C2 = 0,015 mg/mL C2 = 0,02 mg/mL
17. • Concentração da amostra pela equação
da reta pelo Excel
y = 25,56x - 0,002
0,1772 = 25,56x - 0,002
X= 0,0070 mg/mL
18. • Concentração de cafeína em g% na
amostra pelo Excel
1 mg ---------- 0,0070 mg/mL
100000mg ------ X mg/mL
X = 700 mg/mL
700mg = 0,70g%
1000
0,70g% de cafeína em 100g de erva
mate.
20. • Equação da reta pelo gráfico manual
y1 – y2 = a (x2 – x1)
0.5119 – 0.0620 = a (0.0200 – 0.0025)
0.4499 = a (0.0175)
0.4499 = a
0.0175 a= 25.7085 y1 = y2 - y1 + b
x2 – x1
b = 0.0620 – 04499 x 0.0025
0.0175
b= 0.0620 – 25.7085 x 0.0025
b= 0.0620- 0.06427
b= - 0.00227
Y= a . x + b
Y = 2507085 x – 0.00227
0.1772 = 25.7085 x – 0.00227
0.1772=25.7062x
0.1772 = x
25.7062 X= 0.0069
21. • Concentração de cafeína em g% na
amostra pelo gráfico manual
1 mg ---------- 0,0069 mg
100 000 mg ------ X mg
X = 690 mg
690mg = 0,69g%
1000
0.69g % de cafeína em 100g de erva mate
22. Conclusão
• Os resultados obtidos tanto pelo Excel
(0,70g%) quanto pelo método manual
(0.69g %) apresentaram valores muito
próximos na concentração do teor de
cafeína e são compatíveis com os valores
encontrados na literatura, que relata que a
concentração da cafeína em erva mate se
encontra entre 0,7 a 2,3%. Simões (2000)
23. Referências
• BRENELLI, E. C. S. A EXTRAÇÃO DE CAFEÍNA EM BEBIDAS ESTIMULANTES – UMA NOVA ABORDAGEM
PARA UM EXPERIMENTO CLÁSSICO EM QUÍMICA ORGÂNICA. Rev. Quim. Nova, Niterói, RJ, Vol. 26, No.
1, 136-138, 2003.
• BRUNETON, J. Elementos de fitoquímica y de farmacognosia. Paris: Lavoisier, 1993. 544p.
• CARELLI, G et al. Avaliação preliminar da atividade antimicrobiana do extrato de erva-mate (Ilex paraguariensis
A. St. - Hil.) obtido por extração com CO2 supercrítico. Rev. bras. plantas medicinais, Erechim, RS, vol.13
no.1 2011
• CROCE, D. M. D. CARACTERÍ STICAS FÍSICO-QUÍMICAS DE EXTRATOS DE ERVA MATE (Ilex
paraguariensis St. Hil) NO ESTADO DE SANTA CATARINA. Rev. Ciência Florestal, Santa Maria, Vol. 12, n. 2,
p. 107-113. 2002.
• LOPES, M. R. S.; MARTINEZ; S. T.; CHAVES, V. C.; ROCHA, A. S. R.; AMARANTE, L. Determinação por HPLC
de cafeína e teobromina em folhas jovens e velhas de Ilex paraguariensis. Rev. Brasileira de Biociências,
Porto Alegre, v. 5, supl. 2, p. 954-956, jul. 2007
• SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GOSMANN, G.; MELLO, J. C. P. Farmacognosia: da planta ao
medicamento. 2. ed. Porto Alegre, RS: Ed. da Universidade / UFRGS, Florianópolis, SC: Ed. da UFSC, 2000.
• VALDUGA, E; FREITAS, R. J. S.; REISSMANN, C. B.; NAKASHIMA, T. CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA DA
FOLHA DE Ilex paraguariensis St. Hil. (ERVA-MATE) E DE OUTRAS ESPÉCIES UTILIZADAS NA
ADULTERAÇÃO DO MATE. Rev. B.CEPPA, Curitiba, v. 15, n. 1, p. 25-36, jan./jun.1997