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1º Festival Independente
Amyr Cantúsio Jr.
Barata Cichetto
Charles Chaplin
Cynthia Witthoft
Fernando Lopes
Ian Cichetto
Lágrima Psicodélica
Luciana do Rocio Mallon
Luiz Carlos Maciel
Mariano Villalba
Mercenário Maldito
Morphine
Ópera Rock Vitória
Ronie Von Rosa Martins
Uriah Heep
Ano 1 -Nº. 2 - Agosto de 2010
www.abarata.com.br/revistabarata.asp
EditorialDia 25 de Junho lançamos o primeiro número da
Revist'A Barata. E eu nem imaginava que a
repercussão seria tamanha: em 10 dias
alcançamos a marca de quatrocentos
downloads do arquivo em PDF, no Megaupload.
E teria crescido muito esse número caso não
tivessem, nem nenhum motivo ou explicação
delelado o arquivo. Mesmo assim, recorremos a
outra hosting e repostamos a revista. Mais
quinhentos e tantos... Fora mais 300 e tantas
visualizações no Issu... Muita gente nos
procurou querendo publicar. E aqui estamos
novamente, com o segundo número.
No último mês lançamos o projeto da Ópera
Rock Vitória, ou a Filha de Adão e Eva,
juntamente com o genial musico e filósofo
Amyr Cantúsio Jr. E matérias com Vitória e
Amyr são os destaques desta edição. Além
disso, textos sobre o primeiro aniversário da
Radio WULP completado no dia em que escrevo
este texto, 15 de Agosto, data em que também
fazemos o lançamento oficial do site da rádio
(www.radiowulp.com.br) feito por nós.
O projeto Sub-Versões tem espaço aqui na
Revist'A Barata, com uma matéria sobre
Cynthia Witthoft, a escandalosa, e deliciosa
guitarrista polonesa. E pra finalizar, textos de
convidados como Ronnie Von Rosa Martins e
Fernando Lopes.
Espero que apreciem o conteúdo desta Revist'A
Barata. Entrem em contato, sugiram matérias e
comentem, critiquem, etc. E até Outubro.
Luiz Carlos “Barata” Giraçol Cichetto
15/08/2010
Revist'A Barata
Editor, Redator, Office Boy, Faxineiro:
Luiz Carlos "Barata" Giraçol Cichetto
Projeto Gráfico:
Apoio Editorial e Amoroso:
Izabel Cristina Giraçol Cichetto
www.abarata.com.br/revistabarata.asp
Luiz Carlos "Barata"
Giraçol Cichetto
Arte da Capa: Mariano Villalba
Trilha Sonora: Uivo Beat
AcreditaréMinhaReligião!!BarataCichetto
Marcio CS
(No Orkut)
Barata, parabéns pela ideia da revista. Sei do
trabalho que dá fazer algo do gênero, e admiro sua
dedicação e paixão no que diz respeito à poesia e à
divulgação de novos artistas. Então, dá pra ver que
tudo foi feito com carinho e muita paixão. E dessa
forma, não tinha como dar errado. Já comecei a ler
essa primeira edição, vou fazer isso com calma.
Parabéns mais uma vez, e que venha a próxima em
setembro!Abrazzzzzzzz!!!!!!!
Edilson Bazílio
(Por E-mail)
Cara!!! Francamente eu ainda não li quase nada da
revistaAINDA, mas posso lhe adiantar que a poesia
presente nas imagens, diagramação, formato etc, é
muito marcante e já dá pra ter uma idéia do
conteúdo literal.
Após este anúncio voltei a visitar o seu site e perdi
(GANHEI) algum tempo navegando por ele...
O conteúdo é bacana e imenso (nos dois
sentidos)!!! Continue assim! Tem meu apoio (ao
menos emocional) e tens também um fã de suas
idéias.
PARABÉNS!!!
Celso Barbieiri "De Londres")
(Por E-mail)
"... a sua revista perde o crédito e a seriedade
porque você é incapaz de diferenciar entre o
profissional e sua vida particular.(...) Resumindo, a
hora que você fizer a sua revista com seriedade e
profissionalismo, eu a divulgarei com o maior
prazer."
Viegas Fernandes da Costa
(Por E-Mail)
"Fico realmente honrado em figurar no primeiro
número da Revista, e te parabenizo pela mesma. Já
abri o PDF e li alguma coisa. Ficou linda, muito bem
diagramada e com conteúdo bacana. Também
andei lendo alguns dos teus poemas, na revista
mas também no site."
Zé Povinho:
(Por E-Mail)
"Pow Mano, cê faz aniversário e quem ganha
presente sou eu? Parabéns mais uma vez, a revista
está espetacular. Valeu pela boa vontade,
gratuidade, qualidade e capacidade de causar
sensações que estavam meio que esquecidas num
baú empoeirado no porão do meu ignoto cérebro.
Se puder, gostaria de marcar na próxima edição."
Ricardo (BandaAtaque Relâmpago)
"Eu quero te dar os parabéns pela revista e desejar
toda sorte do mundo, pois vc sempre foi um cara
que sempre incentivou a Cultura e no que vc
precisar conte comigo."
Meu Nome é Legião
Ronie Von Rosa Martins
ronieev@gmail.com
Em nosso pacto de União, combinamos todos de pelo menos na hora da morte
estarmos juntos.
Levantamos todos no mesmo instante, as mazelas da anterioridade ainda
fermentando suas significações precárias em nossos cérebros e sentidos. O tempo.
Sabemos, todos, que nossa fragmentação mesmo que dolorida é necessária... mais
que necessária, é exigida. E mesmo que saibamos da descontrução que se opera em
nosso eu, nos olhamos nos espelho. Reflexos vários. Cada um vê seu próprio rosto.
Próprio? Rosto?
Na dúvida de “tão vasta questão existencial” vestimos nossas outras peles; ele beija a
mulher, é o bom marido, o outro corre pro trabalho, dedicado, exato, já aquele
blasfema contra o mundo. Este, cínico, prefere simplesmente continuar, e de vez em
quando sorrir envenenado para o cotidiano. Ligado está a sua corrente, “elástico”
que estica lhe prometendo espaços ainda não alcançados mas que num único puxão
o resume ao que é continuamente...
Abrimos os olhos. Todos. E nos permitimos invadir pelo imediatismo mundo da
imagem. Todas as idéias-imagens se resumem a um apelo de consumo. E já nos
vemos, sonâmbulos, zumbis dessa pretensa pós-modernidade. Este é seduzido pelo
carro, o outro pelo livro, este outro pela mulher, linda, maravilhosa, artificial e
provocante que lhe sorri eternamente no comercial... Mas devemos correr. Todos
devemos correr. O tempo é uma concessão humilhante, e devemos nele, em
detrimento do espírito, do corpo e do prazer, produzir o sentido para nossa existência.
Produzir!!!!!
Produzir nosso outro corpo, nosso novo prazer, representar nosso espírito. Verdades?
Nossos conceitos, engendrar nosso pasto diário... a ruminação nossa de cada dia...
Mas as vezes paramos. Traumaticamente. O fluxo normal da contemporaneidade não
nos permite muita reflexão, é na ação que se desenvolve o combustível
contemporâneo. Mesmo assim paramos...
Paramos quando percebemos que apesar dessa imensa fragmentação de eus a que
somos obrigados, ainda continuamos suscetíveis e manipuláveis a um único discurso.
Percepção. E nos abraçamos todos, todos os eus de nós mesmo. A multiplural criatura
humana. Todos cansados, nos esgueiramos pelas frinchas do tempo, e nos vamos
constituindo em um. Se isso ainda fosse possível... Frankenstein pós-moderno...
Deitamos então, um após outro, corpo sobre corpo, alma sobre alma. Conceito sobre
conceito, e nos vamos reconstruindo, erigindo, à margem da fera que nos oprime,
pela última vez o que, (talvez) fôssemos. E neste limbo, espaço efêmero onde o eu se
encontra com seu próprio eu, nos permitamos à memória da lágrima, secas estão
todas as reservas reais de água em nossos corpos-desertos... Talvez um sorriso
cínico, e unidos definitivamente cancelamos a Produção. Neste instante nos
permitimos a retenção, mesmo que fugaz da mais-valia. Resposta ousada e
temerária ao grande Discurso.
E se alguém nos perguntasse, segundos antes da última reconstituição do ser, quem
éramos? Cínicos, ainda, diríamos: Meu nome é legião, porque somos muitos...
Ian Cichetto
Como Surgiu o Primeiro Zine da História
Luciana do Rocio Mallon
fadapoesia@yahoo.com.br
O termo zine é uma redução da palavra fanzine. O termo Fanzine surgiu da mistura dos termos ingleses
'Fanatic' - em português fã, e 'Magazine' - revista. Essa mistura foi feita por Russ Chauvenet, em 1941, para
denominar as publicações artesanais que começavam a aparecer nos Estados Unidos. Esses pequenos
jornais continham matérias sobre ficção científica.
O Fanzine pioneiro foi The Comet, inventado por Roy Palmer para o Science Correspond Club em Maio de
1930. Depois, começaram a surgir os fanzines literários, com participações de escritores.
No Brasil, durante a ditadura militar, apareceram, muitos fanzines, que eram rodados nos antigos
mimeógrafos. Neles, eram encontrados artigos, que falavam mal da ditadura. Mas, nestes zines, também
tinham textos de grande valor literário. Nos anos 80, o termo fanzine passou a se chamar zine.
A característica de um zine é seu conteúdo cultural e de excelente valor artístico.
Poet's Justice
(Box/Hensley/Kerslake)
Cold winds and cloudy skies
Turned to sweetness in her eyes
Fantasies I realised
Came to life to my surprise
Rain came and took her away
Just when I thought
She was here to stay
Sun gone I was left high and dry
Love came by and touched me
And kissed me so long
Shine hard October moon
Eagle take me to her soon
Run swiftly silver stream
Find my love or let me dream
Half of me is all of her
I'd be much happier if I were
whole
All my words and wisdom fall
The poet's justice
Leads me to my goal
Leads me to my goal
A Justiça do Poeta
Tradução: Vagalume
Ventos frios e céus nublados
Viraram doçura nos olhos dela
Fantasias que eu percebi
Ganharam vida para minha surpresa
A chuva veio e a levou embora
Justo quando eu achei
Que ela veio para ficar
O sol se foi, eu fiquei encalhado
O amor passou ao lado e me tocou
E me deu um beijo de até logo
Brilha forte a lua de outubro
Águia, me leve logo até ela
Corra depressa correnteza prateada
Encontre meu amor ou me deixe sonhar
A metade de mim é tudo dela
Eu estaria muito mais feliz se eu estivesse inteiro
Todas as minhas palavras e sabedoria
sucumbiram
A justiça do poeta
Me conduz ao meu objetivo
Me conduz ao meu objetivo
Uma Breve História Sobre o Long Playing - Vinil
Mercenário Maldito
Esta postagem é apenas um singelo resumo da história da indústria fonográfica até o advento do Long
Playing. Trata-se de uma compilação de informações obtidas pela rede, que visam apenas ilustrar de forma
sucinta, uma história por demais ampla e complexa. Não serão aqui abordadas questões referentes a
composição química dos suportes materiais ou mesmo um aprofundado estudo sobre os processos de
produção. Restringi o enfoque da matéria aos fatos mais relevantes.
Sou um fervoroso amante do LP de vinil (analógico) e tenho em meu acervo fonográfico, diversos exemplos
da superioridade sonora do "antiquado" LP analógico, isso sem contar a limitação física da capa e do
eventual encarte, imposta pelo CD, resultando, na maioria das vezes, na completa descaracterização,
mutilação ou mesmo destruição da arte gráfica da capa, que em muitos casos, chegam a ser verdadeiras
obras de arte.
É certo que muitos dos eventuais leitores poderão não compartilhar da minha opinião e alguns, talvez
nunca tenham sequer visto ou escutado um vinil. No entanto, na maioria das vezes, prefiro escutar meu LP
original de prensagem Japonesa, Inglesa, Alemã, Francesa, Italiana ou Brasileira, em meus velhos e
queridos Technics, com cápsula Shure M44C (Cônica) ou M55E (Elíptica), à escutar um CD, mal
remasterizado, mal mixado ou mal editado, principalmente quando estamos falando de LPs da década de
70.
A titulo de mera curiosidade, atualmente todos os CDs são DDD ou seja, todo o processo de gravação,
mixagem, edição e masterização são Digitais. Quando no entanto, falamos de obras fonográficas
originariamente gravadas em LPs, temos dois outros processos:
· O ADD, nesse o processo de gravação no estúdio foi totalmente Analógico já os processo de mixagem,
edição e masterização utilizou-se tecnologia Digital.
· O AAD, nesse caso, tanto o processo de gravação em estúdio, como a mixagem e edição são Analógicas,
somente utilizando-se a tecnologia Digital na masterização.
Particularmente não gosto do Compact Disc, em que pese a seu favor, a sua praticidade. A digitalização
sonora não passa de um "grotesco fantasma" comparado ao som analógico do LP. O som é um conjunto de
ondas que atravessam o espaço e é quase infinito na sua amplitude. A informação digitalizada em 0 (zeros)
e 1(uns) (binária) não pode conter toda essa informação porque se o fizesse, cada CD levaria meia dúzia de
minutos de música. Assim sendo, o que é feito é uma AMOSTRAGEM digital, isto é, selecionam uma
amplitude determinada (no caso do CD, 44 ou 48 kHz) e é só isso que vai parar ao CD. Tudo o resto é
cortado, literalmente jogado fora.
Lamentavelmente, a ganância da indústria fonográfica e eletrônica, vislumbrando a médio prazo, auferir
elevados ganhos financeiros com o "avanço" tecnológico digital, investiu pesadamente no aniquilamento
do LP, para mais tarde, com um custo de produção infinitamente mais baixo, relançar no mercado em
formato de CD, algumas obras originariamente editadas em LP, a um preço muitas vezes proibitivo,
incluindo ainda, para desgosto dos colecionadores, faixas extras (bonus track), não existententes nos
originais em LP.
Mas uma coisa é certa. Para tudo existe um preço à pagar! A vingança pode tardar mas não falha! Por mera
diversão, pergunto aos eventuais leitores: Quantos LPs de vinil foram pirateados no Brasil? Pessoalmente,
posso até estar equivocado, mas só conheço um único caso ocorrido no Brasil e foi com o LP do Terreno
Baldio. Os custos envolvidos na produção de um LP, são elevados e dependem de uma um aparato
industrial complexo que não envolve apenas a produção física do suporte material (LP), existindo ainda os
custos com a arte gráfica, capas, selos, envelopes etc.
Pois é... o que a indústria fonográfica não previu, foi com a rápida popularização da cópia digital e o seu
subsequente barateamento, hoje acessível e presente em quase todos os computadores domésticos. BEM
FEITO! Agora não adianta "chorar" ou "reclamar", a pirataria existe, é um fato, alimentado e incentivado
principalmente pelo baixo poder aquisitivo da população, aliado aos abusivos preços dos CDs e seus
respectivos impostos.
Leia o Restante em: http://progressivedownloads.blogspot.com
Por: Luiz Carlos "Barata" Cichetto
Segundo a Revista Valhala, Amyr Cantúsio Jr é:
"Autoridade máxima da música progressiva/eletrônica
do Brasil, o multi-instrumentista Amyr Cantusio Jr. foi o
líder do grupo Alpha III que fez um grande sucesso na
década de 70 com dezenas de álbuns lançados no
Brasil e exterior. Atualmente Amyr também desenvolve
projetos no campo da música erudita e ministra
seminários com temas metafísicos, já que é mestre
espiritual iniciado em várias ordens e doutrinas." -
http://www.valhalla.com.br
Há cerca de uma semana, no inicio de Julho de 2010, Johnny F. Administrador do Pub e Rádio Web
Underground Lágrima Psicodélica, e uma das figuras mais humanas que conheci durante esses longos anos
de site A Barata, sugeriu que eu fizesse uma matéria para a Revist'A Barata, a respeito de Amyr Cantúsio Jr.
Conhecia o trabalho dele através das mãos de Raimundo Raine, dono da Medusa Records que me dera o
CD, numerado aliás, da banda "Spectro". Usei várias musicas dese CD inclusive, como "background" de meu
programa Rádio Barata. Mas, ao pesquisar tomei um susto pela minha ignorância a respeito do tamanho do
talento de Amyr. Basta "googar" (novo verbo surgido com a Internet, que significa: "Procurar no Google" e
tomar um susto. E ficar pasmo com nossa ignorância - ao menos da maioria das pessoas nascidas nessa
terra do futebol - nem isso agora.... Bem, a matéria inteira sobre o trabalho de AMyr sairá no próximo numero
da Revist'A Barata, mas em primeira mão, fiquem com uma entrevista com Amyr. E depois "googuem" e
conheçam mais o trabalho desse musico fantástico.Abrazzzzzzzzzzzzz
///o:< - Fale primeiramente sobre sua carreira, como foi o início, qual é sua formação musical.
Amyr: Formação básica é violão clássico desde os 7 anos e piano erudito desde os 12 anos.Minha mãe era
professora da PUCC (época que esta Universidade continha um curso excelente de música).mas sou
autodidata mesmo.Nasci tocando já!!!Minha mãe corrigiu certas imperfeições técnicas.Depois estudei muito
em vários conservatórios e fiz Extensão Universitária em Música Contemporânea Erudita na Unicamp.O que
ouvia na época era muito rock e música erudita juntos.O que me facilitou a coisa toda.Minha primeira banda
Arka foi montada em 1970...depois o Spectro em 1974 (já gravamos um pré LPnesta época)
///o:< - Quantos discos, entre CDs e LPs, lançados até agora?
Amyr: Amigo, tem muita coisa gravada além dos 7 LPS e 7 CDS oficiais.Tem mais uns 20 CDS
independentes, parcerias, umas 800 trilhas ,umas 500 vinhetas, etc...
Tem ainda o Spectro relançado em 100 cópias independentes pela Medusa de S.P., cds coletâneas no
México, Brasil, Itália, Espanha,etc....
///o:< - Fale um pouco sobre sua vida pessoal, se é casado, tem filhos, essas coisas.
Amyr: Sou casado desde 1981 (herói !!!!) e tenho um filho de 28 anos.Temos um Espaço Cultural pequeno em
casa para danças orientais chamado LinceNegro(nome de uma música minha do Spectro) Vide site (
www.netfenix.com.br/lincenegro), ele é administrado pela minha esposa Cathia A.Cantusio. Na parte
filosófica da questão tudo vai bem...obrigado.
///o:< - O que pensa sobre a divulgação de música, em MP3, via sites e blogs? Pirataria pura ou forma de
divulgação e disseminação de cultura?
Amyr: Acho os 2 itens vigentes.No atual momento a mídia capacitou o povão com máquinas de download,
CDRS, gravadores,etc...Deu a arma e atirou no próprio pé.Não tem como segurar mais isto ou consertar.
MP3 não vende por experiência.Todo mundo baixa gratuitamente.Inclusive eu.Não tem solução e não
adianta chiar ou ficar bravo.A música gravada acabou como produto de venda.raros colecionadores e
entusiastas gostam do CD ou LPoficial(este em alta agora). Fora isto a massa gosta é de MP3 grátis mesmo!
Amyr Cantúsio Jr.
Alpha III Project
///o:< - Tem feito alguma apresentação ao vivo? No Brasil ou no exterior?
Amyr: Muito pouco.Não há espaços suficientes, não há interesse na boa música. Não há produtores mais,
nem incentivos,nem cultura para absorver a demanda intelectual da música elevada.O povão manda...é
merda rolando em massa,nas rádios, TVS e shows. Também vejo esta questão sem solução.São raras
apresentações boas e poucos interessados.E não é pessimismo.Realidade pura na prática.
///o:< - Amyr, como foi a apresentação no Rio Art Rock Festival em 2008?
Amyr: Este foi um grandioso momento para meu trabalho.Apesar do atraso (poderia ter acontecido 10
anos antes, eu estava com uma banda no apogeu e com mais disposição física, mental e psíquica !!). A
recepção foi calorosa, e apesar deste dia eu ter chegado com esgotamento físico e com cefaléia, fiz uma
apresentação matadora e com muito improviso com meus dois ilustres amigos músicos convidados,o
Marcelo Diniz (keyboards) e o Fabio Fernandez (drums )Aliás Fabio é batera da Banda do Sol e do Lumina,
2 grandes bandas brasileiras! O RARF foi sensacional.Em tudo.Desde a apresentação até o camarim, o
efeito posterior, etc...Fizemos tudo que podíamos na ocasião.Lindo!!
///o:< - Recentemente foi divulgado que você estaria criando um tributo ao Van Der Graaf Generator, fale
sobre esse trabalho.
Amyr: No meu site www.myspace.com/projectalpha3 há uma gravação já realizada em que coloquei
TODOS teclados (órgão, synth,elka strings) na música Lizard Play do álbum The Quiet Zone (Van Der
Graaf Generator). Neste álbum o excelente tecladista Hugh Banton não toca e não há teclados nestas
músicas.Eu coloquei por experiência e ser o Graaf uma das bandas que mais aprecio!! Ta lá para ouvir!!
///o:< - E sobre o trabalho quem engloba os chamados clássicos do Rock Progressivo?
Amyr: Também neste site e noutro (www.myspace.com/amyrcantusiojr ) há Tributos que fiz ao EL&P,
Mike Oldfield, Gentle Giant, Pink Floyd, Gênesis, etc...tá lá algumas faixas para se ouvir.São releituras que
fiz tocando tudo!!
///o:< - Um dos trabalhos em seu inicio de carreira foi com a banda "Spectro". Fale um pouco sobre esse
trabalho.
Amyr: Então amigo, este foi um momento sui-generis de minha vida ,pois os anos 70 foram mágicos,
maravilhosos!!Esta banda era minha extensão do alter-ego.Tocamos de 1974 até 1979.Fizemos muitos
shows no Brasil todo,amigos,curtições,viagens alucinantes,etc..O Spectro ensaiava numa fazenda de
Sto.Antonio da Posse, perto da Holambra. Ficávamos 3 dias tocando sem parar, queimando uns
“baurus”,olhando pela janela do quarto a lua cheia,chapadíssimos, e muitas vezes sem comer!!Era só
música e metafísica prânica cara!!! Uma coisa que jamais esquecerei!! Este CD do Spectro eu tinha, que
foi lançado pela Medusa Records com cópias numeradas. O que acha disso, de cópias numeradas.
Eram 100 cópias!! Ficaram lindos.Foi um resgate muito duro passar para CD isto.São 5 músicas + 3 bônus
de época.Estavam gravados num Rolo Teac de 2 canais,com muito chiado!! Fizemos mágica em recuperar
estes sons.Agora recentemente o baterista apareceu com 5 cassetes bons que gravávamos nas Jams de
Sto.Antonio da Posse e já remasterizei para um projeto de LP!!Se algum produtor estiver interessado ta
pronto.E isto vende bem!!!
Amyr Cantúsio Jr.
Alpha III Project
///o:< - Seu trabalho é reconhecido em várias partes do mundo. Você é considerado um dos melhores
tecladistas do mundo. Mas no Brasil pouca gente conhece. O que acha disso?
Amyr: Bom para os estrangeiros e infelizmente para o brasileiro que só aprecia futebol, uma grande perda,
uma chance de conhecer melhor um músico da terra,assim como outros músicos que sofrem da mesma
maneira!!!
///o:< - Alpha III é seu pseudônimo ou o nome do projeto? Ou as duas coisas???
Amyr: Alpha III aparece num filme de Jornada das Estrelas (clássica) citado como uma colônia de leis
galática. Também seria uma hipotética terceira estrela da Constelação do Cruzeiro do Sul (que tem ALPHA
II) .Na realidade é ALPHA TERCEIRO (III) nome de constelação e pseudônimo musical meu , criado pós
Spectro em 1982 num show da Concha Acústica de Campinas.
///o:< - Fale sobre seu trabalho "Pictures At Exibition".
Amyr: Cara , esta peça me acompanha desde 1970!!Depois de ouvir ainda por cima e EL& P arregaçar numa
performance dela, resolvi um dia grava-la da minha maneira.Quando estava estudando na Orquestra
Sinfônica de Campinas,nos anos 80,curti muito o estudo básico da música russa(Grupo dos 5, com
Mussorgsky,Rimsky Korsakov, Cui,Glinka,Borodin). Recentemente gravei a peça toda com pianos e
orquestrações sinfônicas de sintetizadores e umas versões mais rock. Está pronta para lançar em CD e LP
também!!!
///o:< - Na seu definição no My Space você se diz "Agnóstico", fale um pouco sobre seu lado místico.
Amyr: Agnóstico quer dizer “sem religião”. Sou cidadão da Terra(como diz a letra dos Mutantes em Tudo foi
feito pelo Sol). Sempre estudei ocultismo, yoga,filosofia védica,magia.Fui um iniciado externo da Bhakti
Yoga de Swami Prabhupada durante 15 anos, desde os anos 70. Prabhupada foi Mestre de George Harrison
e fundador da Consciência de Krishna. Foi um marco na música dos Beatles, e na minha vida pessoal.E no
mundo todo!!! Hoje posso dizer que sou um adepto profundo da Escola Védica (filosofia budista,vedanta e
tibetana)também sou membro da Ordem do Dragão (ocultismo)Além do mais sou psicanalista e ministro
musicoterapia alternativa,para estados e curas através da consciência elevada.
Citaria que minha formação básica inclui: Osho, Prabhupada, H.Blavatsky, Aleister Crowley e a Gnose de
Samael Aun Weor( a qual fui membro também iniciado por mais de 12 anos) etc...e tal!!
///o:< - Qual sua ligação com a Academia Lince Negro" Dança do Ventre?
Amyr: Como citei acima, é a escola de minha esposa!!!!
///o:< - Conte sobre seus projetos para o futuro.
Amyr: Estou com 10 trabalhos prontos com capa e tudo para prensar em LP ou CD. Só falta produtores !!
Entre eles: Infernus ( baseado em Dante Alighieri), Grimorium Verum (baseado na magia européia),
Fracture( baseado na escola de Fripp e Floyd...experimental), Quadros de Uma Exposição, Spectro, Cosmic
Meditation, Cosmic Krishna (world indian music), Ishtar (world egyptian music), Voyage beyond the
galaxies, Temple of Delphos (LP de 1988 remasterizado), Entre outros!!! Shows e Projetos não
faltam…faltam espaços e prática dos mesmos!!!
///o:< - Bem, agora, fale sobre algo que eu tenha esquecido de perguntar e deixe seu recado os leitores de A
Barata. E obrigado.
Amyr: Eu agradeço profundamente à você e a paciência de todos em ler esta entrevista.Muito relevante
para mim e meu trabalho! Creio já ter colocado algumas questões chave acima.E obviamente sempre
respondo e-mails. Quem estiver a fim de se comunicar me escreva!! lunardraco@gmail.com .
Namastê!!!!!!!!!
Amyr Cantúsio Jr.
Alpha III Project
“Pequena” Biografia de Amyr Cantúsio Jr.
Nascido em 1957, Campinas, SP, filho de imigrante italiano, iniciou estudo de piano
e violão aos 5 anos. Formação erudita com vários cursos extensivos em música
experimental (UNICAMP) e conservatório SP. Compositor multi-instrumentista,
letrista e desenhista dos logos e capas de seus próprios LPs/CDs.
Ganhou medalha Carlos Gomes (Campinas/Câmara de Vereadores) por
representar Campinas através de seus trabalhos em CDs/LPs em mais de 15 países
do mundo todo. Ganhador de vários prêmios, incluindo do maior festival de MPB do
Estado de SP em 1974 (Projeto Guarani): 1°. lugar (Melhor arranjo e composição).
Psicanalista ambiental e musicoterapeuta, fundador do primeiro selo de Rock
Progressivo e Música Eletrônica Experimental do Brasil em 1984 dos anos 80
(chamado FAUNUS/SP). Fundou o 2°. selo em Campinas (ALPHA III ARTISTICAL
PRODUCTIONS LABEL) em 1985. Foi considerado o melhor tecladista do mundo
três vezes consecutivas: Espanha (com o álbum Ruínas Circulares) 1986; Japão
1986; Canadá (Festival de Música Eletrônica Internacional) com o álbum Seven
Spheres, 1991. Melhor tecladista do mundo (Itália selo Mellow Records), 1993.
Melhor tecladista do mundo (1996) Green Dolphin 3°. Anual International Critics
and Musicians Pol
(Latvia/Scandinavia/Netherlands).
Realizou pela Secretaria de Cultura de Campinas vários projetos musicais, entre
eles (o último) ROCK TODAS AS VERTENTES (apresentado na Arena e Concha
Acústica).
Autor de dois livros independentes: Magia e Ocultismo na Música e Jornada para o
Sol.
Atualmente desenvolve projetos no Espaço Cultural Lince Negro com World Music
e ritmos árabes e hindus (música oriental) onde toca e dá aulas de instrumentos
exóticos orientais: daff, derback, flautas, hindus (shenai), etc.
Produtor de diversos trabalhos independentes e participante nos teclados; arranjo
e voz de várias bandas, tanto no Brasil como no exterior.
Discografia:
Mar de Cristal (1983)
Sombras (1985)
Agartha (1986)
Ruínas Circulares (1986)
Temple of Delphos (1987)
The Aleph (1989)
The Seven Spheres (1991)
Voyage to Ixtlan (Italy 1993) Mellow Record Label
The Edge (1995) Italy Mellow Record Label
Acron (SAME) Brasil, 1998
Temple of Dragon (Brasil, 1998)
Cosmic Meditation I (Brasil, 1998)
Pangea (Collection from World) México, 1998
Oasis (World Oriental Music) Brasil, 1998
The Aleph (Remaster Japan CD) Rio de Janeiro & Japão
Grimorium Verum (Independente) 1999
Gates of Thelema (Independente) 1999
Voyage to Ixtlan (Relançamento Rock Symphony RJ) 1999
Tenebrarium (Metal progr. independente) 2000
Infernus (progr. dark) 2000, Luz Eterna RJ
Protheus (2001) Luz Eterna (RJ)
Spectro (1974/2002) Medusa Records (SP)
AmyrCantúsioJr.
AlphaIIIProject
(Varsóvia, Polônia, 28 de Março de 1974), é
multi-instrumentista de heavy-metal e metal
alternativo, do projeto musical homônimo.
Nascida de pai alemão, desertor durante a
Segunda Guerra Mundial, e mãe polonesa, ex-
prostituta, Witthoft aprendeu a tocar alguns
instrumentos musicais ainda com 5 anos de
idade. Desde adolescente sofre de distúrbios
psiquiátricos, sendo considerado um dos
motivos principais o fato de seu único irmão ser
um dos primeiros transexuais da história da
medicina. Ainda pequena, Witthoft teve contato
com vários músicos, pois seu pai foi, na época
da guerra, um dos instrumentistas das bandas
militares de Hitler. Vivendo entre a Polônia e a
Finlândia, terra dos familiares maternos
fugitivos durante a invasão do país natal, teve
os primeiros contatos com o rock, punk e heavy-
metal na adolescência.
Cynthia produziu e participou de pelo
menos 50 álbuns até os dias de hoje,
entre demos, EPs e compilações, desde
1989. Seus títulos de músicas polêmicos,
e nada comuns, a transformaram num
ícone da rebeldia nos anos 90. Alguns
títulos produzidos causaram impacto na
imprensa de todo o mundo, dentre elas
Get Drunk and Be Somebody (Fique
Bêbado E Seja Alguém), Babies Are Food
(Bebês São Comida), Gatorade with LSD
(Gatorade Com LSD), dentre outras.
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CynthiaWitthoft
CynthiaWitthoft
Cynthia's Albums & Singles
* Acts of Extreme Lewdness and Perversity
* An Obsessive-Compulsive Desire Behind Carnival Mask
* Around the World: An Internet Anthology
* Blood Blood Blood
* Blues Full Of Nicotine
* Bootleg Her 1
* Bootleg Her 2
* Bootleg Her 3
* Bootleg Her 4
* Bootleg Her 5
* Bootleg Her 6
* Bootleg Her 7
* Bootleg Her 8
* Brazilian Demon Possession
* Burns Guitar
* Classy Metal and Charm
* Cosmic Signals
* Cynthia Witthoft
* Cynthia Witthoft With The Polish Zombies
* Death Experience
* Death Techno Hardcore
* Deep Gutural Woman Style
* Drunken Orgy In Hell 1
* Drunken Orgy In Hell 2
* Fighting in Arena
* Finland Defloration
* Freak Women
* Garage Pussy
* Girl of a Thousand Faces
* Hardcore Girl
* Hilarious
* How to
* Human
* I Am In
Noises from Multisexual World
Create Your Own Religion
Providence
Your Blood: Another Internet Anthology
* I Should Not Believe in a Satan Who Does Not
Dance
* I Wanna Watch The End Of The Humanity
* In God We Cannot Trust
* Last Recordings Before My Suicide
* Leftover Stuff
* Liar and Kleptomaniac
* Lysergic Extreme Metal
* Lysergic Extreme Metal and The Bird of Paradise
* Mechanical Horse
* My Own Slaughter
* Naked Metal Studies Four
* Naked Metal Studies One
* Naked Metal Studies Three
* Naked Metal Studies Two
* Porn Blues In My Bed
* Porn Wonder Woman
* Pregnant by Rape
* Progressive Metal Experiment
* Rectal Hidden Tracks I
* Rectal Hidden Tracks II
* Robot Black Metal
* Rock N' Roll From My Heart
* Singles and Contributions
* Techno Scorpion
* Techno Ultra Distortion
* The Baneful Life of Mary Shelley
* The Beelzebub's Tales To His Grandson
* The Best Of The Thief Woman
* The Bird of Paradise
* The Constellation Capricorn
* The Cynthia's Call
* The Eternal Fire of Zarathustra
* The Fifth Pillar of Conscience
* The Libertines' Songs 1
* The Libertines' Songs 2
* The Mortal Fishzilla
* The Most Versatile Band Ever
* The Murder of Oneself
* The Pazuzu's Holiday
* The Performance of Shadows
* The Polish Zombies
* The Power of Women
* The Sound Of Galaxies
* The Thief Woman (Collection)
* The Thief Woman (EP)
* Tom Waits Bad Breath
* Ultra Adrenaline
* You Think You Know Me?
* Zombie Invocation
Todos os projetos começam com um sonho. E conosco não poderia ser diferente.
Tendo em mente ídolos dos antigos programas das Rock Radios dos anos 70, 80
e 90, como Big Boy, Jacques Kaleidoscópio e outros, nasceu o projeto "Rádio
Web Underground Lágrima Psicodélica" ou apenas Rádio WULP. Com uma
programação baseada no Rock em todas as suas matizes, levamos aos ouvintes
do mundo inteiro através da Internet, o melhor do Rock de todos os tempos. Das
origens nos anos 50 até o Metal do século XXI, passando pelo Hard Rock
Setentista, o psicodelismo e progressivo, na Rádio WULP, Rock não é apenas
uma forma de música, mas uma forma de expressão, uma atitude, uma forma de
respirar! E de sonhar.
No dia 15 de Agosto de 2009 foi iniciado o projeto tornando assim um antigo
sonho em realidade. Ou seja, a transmissão de uma rádio. Às 16 horas do dia
22/08/09 foi transmitido o primeiro programa, o Revolution Rock com produção
e apresentação do nosso amigo e irmão Cacá. Desde então a programação da
Rádio WULP vem sendo especial nos finais de semana, com um time de
colaboradores de primeira, levando aos ouvintes um pouco desse "sonho eterno
de Rock and Roll."
Sábado (Reapresentação na Terça):
14:00 às 16:00 -
16:00 às 18:00 - Revolution Rock - Cacá
18:00 às 20:00 - Salada Auditiva - Marcio CS
20:00 às 22:00 - Percepção Modificada - Johnny F
22:00 às 24:00 - Giraçol - Bell (Semana 3)
22:00 às 24:00 - Naturprog - Gäel (Semana 4)
Rock My World by - O Psicodélico
22:00 às 24:00 - Pipoca Psicodélica - Minduim Mateus (Semana 1)
22:00 às 24:00 - Brazilian Nuggets - Fábio (Semana 2)
22:00 às 24:00 - Na Veia da Véia - Convidados
Domingo ( Reapresentação na Segunda):
10:00 às 12:00 - Dexx's Psychedelic Tears - Dexx
12:00 às 14:00 - BlasFêmeas By Loirinha (Semana 1-3)
12:00 às 14:00 - Na Kombi do Rock by Pedro (Semana 2-4)
14:00 às 16:00 - Encruzilhada do Rock by CrossroaD (Semana 1-3)
14:00 às 16:00 - Meu Reino por uma Sopa by Ande (Semana 2-4)
16:00 às 18:00 - RabaRock Especial by Rabablues
18:00 às 20:00 - Fire On The Rocks by Fireball
20:00 às 22:00 - Rádio Barata - Barata
22:00 às 24:00 - Rock Time - Tony Frazitta
Programação da Rádio
Web Underground
Lágrima Psicodélica
Em 15 de Agosto de 2010, no aniversário da Rádio WULP, entrou no ar o site
oficial: confira abaixo a programação especial e acesse o site:
www.radiowulp.com.br
Luiz Carlos Ferreira Maciel
(15 de Março de 1938 - Porto Alegre - RS)
Teórico e diretor. Um dos fundadores do semanário O
Pasquim, assina a coluna Underground, pioneira em
divulgar a contracultura no Brasil, e torna-se muito
importante para o movimento.
Ele não apenas observa como acompanha de perto a
criação de algumas obras-chaves da contracultura, nas
áreas do teatro, música e cinema. Em 1967, por exemplo,
participa do processo de criação da linguagem de O Rei da
Vela, ministrando laboratórios de improvisação com os
atores. Em 1968, no Teatro Jovem, dirige Barrela,
primeira peça escrita por Plínio Marcos (1935-1999), cujo
texto é censurado no dia da estréia. No mesmo ano,
escreve, para a Revista Civilização Brasileira, um ensaio
em que procura, na relação com o público, o papel social e
psicológico das companhias Teatro Brasileiro de Comédia,
TBC, Teatro de Arena e Teatro Oficina. O escritor só
retorna à direção teatral oito anos depois, com um texto
de Edward Albee (1928), A História do Zoológico, único
espetáculo que monta na década de 70. Nesse período
publica três livros, Nova Consciência, Morte Organizada e
Negócio Seguinte. Assina, em 1969, a coluna de teatro do
jornal O País e a coluna Vanguarda no Última Hora. Em
1972 edita o semanário Rolling Stone. Colabora para o
caderno Idéias do Jornal do Brasil. Faz crítica de teatro
para a revista Veja de 1977 a 1979. Nos anos 80, dá
cursos de playwriting e screenwriting, técnicas de roteiro,
em centros culturais, escolas de teatro e empresas de
produção audiovisual. Assina o roteiro de O Homem que
Comprou o Mundo, com direção de Eduardo Coutinho.
Durante a década de 90 tem maior regularidade em suas
incursões como diretor teatral, produzindo um espetáculo
por ano. Em 1996 encena Jango, uma Tragédia, a única
peça escrita por Glauber Rocha para o teatro. No mesmo
ano publica Geração em Transe, em que aborda
diferentes momentos e obras da contracultura brasileira.
Admirado por muitos, Luiz Carlos Maciel se tornou um
ícone da contracultura, escrevendo, editando, dirigindo,
dando palpites e criticando o trabalho dos artistas mais
solicitados do período. Seu estilo muito próprio de
redação imprime uma cara singular aos acontecimentos
da época, registro vivo até hoje do desbunde que
caracterizou a criação artística de toda a juventude de sua
geração.
Luiz Carlos Maciel
A Morte Organizada de Luiz Carlos Maciel
pouco daquele sonho de liberdade e iniciado em Woodstock
também. E muitos outros. O Brasil ainda vivia sob a c
Rock" era exclusiva e fechada.
ivro que viria a mudar minha maneir
ouco por isso no inicio da minha
rganizada". O autor, Luiz Ca
Stone Brasileira.
Luiz Carlos "Barata" Cichetto
Em 1978 ainda se tinha um ,
John Lennon ainda vivia, Raul hibata
da ditadura militar. A cultura "
Foi naquele ano que comprei um l a de pensar o mundo.
John e Raul já tinham feito um p adolescência. Mas agora
era diferente. O livro: "A Morte O rlos Maciel, do qual tinha lido
alguma coisa no Pasquim e na Rolling
O livro foi uma porrada em minha cabeça. Li, reli, tornei a reler. Durante muito tempo só fiz
isso. E pensei sobre isso. A porrada já começava nas citações de abertura: Buda, I-Ching e
Castaneda. Em "Encruzilhada da Contracultura", ele iniciava da seguinte forma: "O sonho
acabou? o diagnóstico de John Lennon implica em sua própria negação; a síntese é o caos.
Os sonhos acabam, o pesadelo continua."
Depois de textos sobre contracultura, futuro do Rock, existencialismo, vinha a melhor
análise sobre cultura musical que eu já li: "Espesso Como Um Tijolo", sobre "Thick as A
Brick" do Jethro Tull. A obra de Ian Anderson, a maneira como ela é contada no próprio
disco - como se fosse o trabalho de um garoto de 8 anos -, é analisada por Maciel de uma
forma clara, cristalina, mas "espessa como um tijolo".
Mas a maior tijolada ainda estava por vir: "Origem da Ciência", bebia direto na fonte de
Allan Watts e desmascarava o mito da ciência como verdade absoluta. Uma série de
poemas magníficos, como "Poemas de Exorcismo" ("Não encontro as palavras/A surpresa
das coisas me confunde./Não sei o que sabia/...)" Os desenhos de Lapi formam também a
moldura desse quadro. O tempo passou, já se foram quase vinte anos. Muitos livros e
atropelos depois, encontro de novo "A Morte Organizada". Releio de novo. E a tijolada é a
mesma!!! Onde anda você, Maciel?
1996
"A Morte Organizada" Luiz Carlos Maciel Editora Ground 1978
Entre todas as instituições oficiais de nosso mundo, a ciência é a mais intocável. Como reduto extremo
das ficções que sustentam a nossa cultura, o conhecimento científico cercou-se de uma aura sagrada -
o que é claramente absurdo, se apenas considerarmos que ele está sempre desmentindo hoje o que
afirmou ontem. As pessoas dizem que algo é "científico" querendo dizer que é indiscutível quando a
experiência demonstra que só poderia significar que esse algo é incerto, provisório, impreciso e
destinado, mais cedo ou mais tarde, à refutação. Só um estado de consciência tão embotado e obscuro
quanto o do homem de nossa cultura - e isto inclui, principalmente, seus cientistas - poderia encarar,
com tanta estúpida vaidade, uma confusão destas. A ciência se corrige sempre porque não passa, no
fundo, de uma forma pomposa de ignorância. No entanto, toda ideologia quer ser "cientifica" como se
isso fosse uma vantagem, e não uma confissão aberta de sua limitação e qualquer tolice guindada a
condição de "ciência" passa a não admitir mais contestação. Chegamos ao cúmulo de ensinar essas
besteiras às crianças, pensando que lhes fazemos algum bem, quando seria melhor simplesmente
deixá-las em paz. Mas assim são as coisas. Quem observa este mundo com atenção não pára nunca de
ficar perplexo.
A doença se alastrou tanto, em nossa época que, inclusive, muitas pessoas dedicadas ao
conhecimento prático ou mágico tentam fazê-lo passar por "científico", como se isso fosse uma grande
coisa. Se algum socialismo é "científico", tanto pior para ele; se a astrologia, por exemplo, é uma
"ciência", tanto pior para ela. Isso só pode significar que não chegaram a nenhuma conclusão segura e
que podem ser radicalmente reformulados a qualquer momento. Estamos diante de uma verdadeira
subversão de valores que, introjetada pela educação e pelos regulamentos sociais, oficializam a
confusão mental como o estado psicológico pretensamente "normal" do ser humano. O poder desse
condicionamento é tão forte que mesmo muitas pessoas capazes de enxergar suas bases falsas
hesitam em gritar que o rei está nu. Desta maneira, a farsa científica continua a se perpetuar.
É curioso observar que mesmo pensadores como Alan Watts hesitam em desmascarar a farsa,
certamente pode temor a um possível descrédito público. É tocante ver Watts forçar a barra, caçando
sempre na ciência moderna alguma "evidência" que corrobore as antigas doutrinas. Watts talvez tenha
motivos táticos para isso, mas o fato é que essa complacência também colabora para perpetuar a
farsa. por outro lado, há certamente interesses políticos em jogo. Uma crítica radical da ciência
abalaria certas estruturas de dominação, instaladas nas instituições encarregadas da preservação da
cultura vigente. Poucos são aqueles homens suficientemente corajosos para desmascarar essa ilusão
que aceitamos, em que pese seu absurdo. (...)
A Origem da Ciência
Luiz Carlos Maciel
A Morte Organizada
Sou sim da era do mimeógrafo a álcool, a “Home Page” da Era Pré-Internética.Amaioria com menos
de 40 anos sequer escutou falar. Um sistema de impressão arcaico, mas visceral. Simples e
necessário, como tudo tem que ser na vida, o "equipamento" consiste em um "stencil", parecido a um
papel carbono (Opa, também não sabe o que é isso? Ah, ta, digamos que o papel carbono era o
precursor da impressora: uma espécie de filme colocado no meio de duas folhas para fazer cópia)
onde era desenhado ou datilografado o que a gente queria, depois preso à "máquina" que era
alimentada com álcool comum . Algumas folhas de papel sulfite e o milagre acontecendo depois de
horas e horas de um braço cansado de girar uma manivela. Folha a folha, quando não amassava,
nossos livros e "jornaizinhos" - era assim chamado o atual "fanzine" - que tinham saído de nossas
cabeças e mãos tomavam forma. Estava pronta nossa "Home Page". Agora faltava o "browser" para
chegar até os "users".
Depois de devidamente grampeados, nossos livrinhos ou jornaizinhos, impressos todos em azul, a
única cor disponível nos mimeógrafos caseiros, saiam às ruas, portas de teatro, shows de Rock
(shows de Rock era sempre em teatros na Era Pré-Internet, nada de botecos escuros, fedendo a
cigarro, bebida e mjo). Poemas eram lidos e gritados pelas ruas e praças, ou enviados dentro de um
envelope pardo pelo Correio. Era toda interatividade que tínhamos disponível: a resposta aos nossos
bardos e brados sob a forma de uma carta escrita à mão ou datilografada que demorava dias,
semanas até chegar ao seu destinatário.
Foi assim que brotaram centenas, milhares, quiçá milhões de combativos, criativos e ativos veículos
da "Imprensa Nanica". “Semente”, “Cogumelo Atômico”,” A Mosca”, o meu livrinho “Arquíloco” e
tantos outros eram estandartes de uma crise social, política e principalmente moral que a ditadura
militar fingia não perceber, porque a criara.
O "Cogumelo Atômico", do Luís “Tout-Curt” de Brusque, foi ao certo o mais importante de todos. Luís
foi um dos, senão "o", pioneiro na área da imprensa feita de desejo e resistência, como também o foi
em construir, junto com Claudia Bia, bonecos de bolas de gude, que depois se transformaram em
febre em São Paulo.
Também desta leva criativa existia o "Sarrumor" que deu nome, fama e muito dinheiro ao Laerte (claro
que é brincadeira, né Laerte? Ao menos a parte da fama...) que também depois fundou a banda
Língua deTrapo, até hoje na ativa.
Heróicos tempos, loucos tempos! Heróicos garotos éramos todos. Crescemos e nossos cabelos
pararam de crescer ou foram cortados, muitos ficaram carecas, gordos e ricos. Outros piraram,
outros morreram de overdose e tristeza. A rebeldia adolescente deu lugar à busca de necessidades
mais claras e egoístas. Muitos temos filhos e nossos filhos já têm filhos e portanto muitos somos
"vôzinhos". Muitos perderam ou se perderam em sonhos. Muitos os deixaram no fundo de uma
gaveta do tempo, amarelado e empoeirado. Mas os sonhos "não aceitam nem pedem perdão" (eu
não precisava colocar essa frase entre aspas porque é minha mesmo.) e eles, os sonhos, acabam
nos acordando com "pancadas na cabeça", como no conto de um livrinho de Valdir Zwetsch, de "O
Fabricante de Sonhos".
Nossa primeira viagem na máquina do tempo á Era Pré-Internética termina, mas agora todos sabem
que existiu uma época em que as pessoas eram criativas, cultas e amigas apenas usando um
mimeógrafo a álcool, a "Home Page" da Era Pré-Internética; E que nosso "Browser" (Navegador)
eram o ônibus e as pernas, mesmo. E nós não deixamos de ser felizes, apenas esperamos que ela, a
Felicidade, nos chegue por “E-Mail”.
MimeógrafoaÁlcool,a"HomePage"daEraPré-Internet
LuizCarlos“Barata”Cichetto
Ok, não precisa se sentir culpado. Não sou exatamente o sujeito mais mal informado em
informação sobre Rock e também não conhecia. Certo, aparecem e desaparecem centenas de
bandas todos os dias e a massa de informação é tanta que acaba escapando algo. Tinha
escutado falar do Morphine, mas o nome me soou como nome de banda japonesa ou de Black
Metal, duas coisas que abomino.
E assim passou o tempo, a ponto de a banda ter feito uma passagem meteórica pelo planeta
Terra durante 10 anos entre 1989 e 1999 e eu nem ter percebido seu brilho. Um brilho
interrompido por um relâmpago chamado ataque cardíaco em pleno palco de Mark
Sandman,o tal baixista das duas cordas. Um daqueles caras que parece que tem o caminho
certo e traçado das estrelas, que é brilhar intensamente e extinguir, deixando a humanidade a
imagem de seu brilho por milhões de anos-luz.
"Morphine" é morfina, lícita droga que ameniza uma dor. Um entorpecente musical...? Não,
"Morphine" não é entorpecente, é energético, potencializador de emoção, dor á flor da pele,
percepção em estado puro, onde o baixo de duas cordas cria um clima de Inferno supranatural
onde as almas criativas habitam até a fim dos tempos. Um Inferno onírico e esotérico que
esbarra em loucura e doença. Sem maniqueísmo nem descrença. Acordes perfeitos,
percepção magnificada e modificada. Emoção Perceptiva e Percepção Emotiva.
Enquanto isso, em algum lugar do espaço o clima criado pelo saxofonista Dana Colley, são
trombetas que chamam nossa emoção a abordar a nave mãe dos sentidos, modificando a
percepção do espaço-tempo, transformando em sentimento puro o movimento do ar que
circula dentro de seu instrumento e penetra em nossos poros e todos os buracos existentes na
nossa alma. Já a bateria de Billy Conway é o sangue que dá o ritmo ao pulsar de um coração
transcendental carregado de selvagem e catatônica emoção, batendo ao ritmo de seus pratos,
bumbos e ton-tons.
Agora, imagine uma banda que mistura Jazz com Blues e Rock... Ah, não, essa é a definição
com jeito de modernosa e de anti-definição, que críticos talvez bem informados sobre música
dão, querendo parecer que estão desrotulando, o som do Morphine. E se alguma definição
cabe ao Morphine é apenas: "Percepção Emocionada", já que a ter percepção, modificada com
fatores químicos ou não, é fácil. Agora transformar percepção em emoção é outra coisa. Abrir a
porta da percepção é fácil, difícil é traçar o caminho que existe além dela.
Obrigado ao Raul, que me falou sobre o Morphine e me mostrou o vídeo de "Radar" começo de
uma viagem a bordo da Percepção Emocionada.
Morphine,ouPercepçãoEmocionada
Luiz Carlos "Barata" Cichetto
Imagine uma banda de Rock sem guitarra! É, nem é tão difícil imaginar. Agora
imagine que o guitarrista é substituído por um saxofonista que em determinados
momentos toca dois saxofones ao mesmo tempo... Ah, tá ficando mais difícil!
Agora imagine uma banda em que o baixista toca um contrabaixo apenas com
duas cordas na maior parte do tempo... Duas cordas? Isso mesmo, duas cordas.
E as mais graves. E o mesmo baixista é, até fisicamente uma lembrança de Lou
Reed dos melhores - não que Mr Reed tenha tido piores - tempos, construindo
poesias com fortes e ao mesmo tempo belos conteúdos. Se imaginou o
Morphine, acertou. Se não imaginou é porque não conhece o trabalho dessa
extraordinariamente criativa banda.
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O Nascimento e a História de "Vitória”
Vitória, ou a Filha de Adão e Eva, um projeto gestado por mais de 30 anos
por Barata. Cichetto, poeta, escritor, artesão, técnico de informática.
Durante mais de trinta anos eu tinha um sonhobjetivo: escrever uma Opera
Rock. Mas nunca tive a disposição, os argumentos, a bagagem e principalmente
a inspiração necessárias á sua composição. O sonhobjetivo nasceu quando ainda
nos anos 1970, várias bandas de Rock lançaram suas óperas-rock. Em 1976 ou 77 estreou no Brasil a
"Tommy" do The Who, no filme esplêndido de Ken Russell. Na época eu tinha uma paixão estudantil, que por
descobrir ser ela uma lésbica, se transformou numa das maiores amizades que já cultuei. E fomos
exatamente 27 vezes assistir a Opera-Rock no cinema... E em todas elas, saiamos e discutíamos sobre o
filme, aspectos psicológicos etc. Acaso tivéssemos escrito tudo os que falamos sobre Tommy, teriamos um
verdadeiro tratado sobre um filme jamais escrito. O tempo, muito, se passou, nunca mais assistira ao filme,
embora às vezes escutasse a trilha sonora. A vida correu, as experiências sob as formas mais diversas foram
alimentando minha criação. Escrevi centenas e centenas de poemas baseados nelas, e hora ou outra a idéia
da "minha" Ópera-Rock rondava minha cabeça... Mas não tinha saco nem tempo, nem...
No final de Junho de 2010, próximo ao dia em que completei 52 anos, pedi a meu filho o DVD de Tommy, pois
minha companheira disse nunca ter assistido. Coloquei o disquinho no aparelho do quarto e já no início do
filme, quando do momento do nascimento da personagem principal um estalo: Tommy nascia no primeiro
dia da "vitória" aliada na Segunda Guerra Mundial. Então pensei: "Vitória" o nome dessa ópera deveria ser
Vitória e deveria ser uma mulher... Dai nasceu "Vitória, ou a Filha de Adão e Eva". E comecei a escrever feito
alucinado, parecendo que todos os temas estavam ali, prontos, apenas esperando que eu os escrevesse...
Ou estavam ali implorando: quero sair! A história inteira brotou na minha cabeça, todos os personagens,
situações... Tudo, tudo junto.
A inicio imaginei ser uma obra a ser escrita sem pressa, ao longo de anos até... Mas as convergências
universais como sempre atropelaram... Conspiraram, sei lá. Pois, pouco mais de uma semana depois de
iniciado, com a cabeça pegando fogo, sem tempo nem de respirar ao terminar de escrever uma parte e a
outra querendo sair, ir ao papel, que um amigo, na verdade o dono da Rádio Web onde apresento meu
programa semanal, sugeriu que eu fizesse uma matéria com Amyr Cantúsio Jr., musico que eu conheci
superficialmente através de trabalhos na área de Rock Progressivo. Procurei pela Internet um contato com
ele e propus uma entrevista para publicarmos em meu site. Nesse meio termo, analisando o trabalho e a
competência absoluta de Amyr, tive um estalo: esse é o cara!, Pensei comigo. E meio com receio de uma
resposta negativa, falei superficialmente com ele sobre meu projeto. De pronto o Amyr aceitou. E em 15 dias
a Ópera estava escrita, com suas 33 músicas, 18 personagens, contando a saga de "Vitória, a Filha de Adão
e Eva". O trabalho musical está em andamento, pelas mãos e genialidade musical de Amyr. E em breve o
mundo conhecerá "Vitória".
O Resumo da Ópera
"Vitória, Ou A Filha de Adão e Eva" é uma "Opera Rock" que conta
em 33 temas a história de uma mulher chamada Vitória de Tal, filha
de Adão, um ex interno de reformatórios que se transforma em
pastor evangélico, tendo antes cometido vários crimes, entre os
quais o estupro de Eva, uma prendada e estudiosa filha de uma
costureira. Vitória nasce num bordel e é criada também em um
reformatório. A partir dai, cedo se transforma em uma alcoviteira
milionária que busca á qualquer custo mais que dinheiro e prazer,
aquilo que a humanidade mais almeja: a felicidade. São 18
personagens que ao logo dos temas interagem com Vitória tecendo
um clima de paixão sem limites, amores não concretizados,
tragédias morais e sociais. O pano de fundo é a hipocrisia social, que
transforma o caráter das pessoas, além das busca incessante da
felicidade a qualquer custo.
"Vitória" tem citações claras a fatos da musica pop e da política e
acontece exatamente num período que compreende o inicio dos
anos 1960 e 2010, sendo que o período de vida da personagem
principal é de 33 anos e 1/3, uma metáfora com a velocidade dos LPs
de vinil. E em breve o mundo conhecerá "Vitória".
Personagens
Personagem Principal: Vitória
Outros Personagens (Em Ordem de Entrada):
1. Adão
2. Eva
3. Aulétrides
4. As Rainhas Magas (Maria das Rosas)
5. As Rainhas Magas (Maria das Marias)
6. As Rainhas Magas (Maria das Dores)
7. Sacerdote Judas
8. O Delegado
9. Yaraci
10. Janga
11. Betty Boop
12. O Homúnculos
13. Bloody Mary
14. O Poeta das Perdidas
15. Judas Crucificado
Outros Personagens:
Narrador
Repórter de Rádio
Saiba Mais: www.operarockvitoria.abarata.com.br
Saudades
Solidão
Sinto saudades de um tempo que nunca vivi, de
uma época inexistente, das batalhas que nunca
lutei, das derrotas que levo no coração, sinto falta
do calor do corpo da donzela que nunca salvei, sinto
a dor das feridas que não existem, de um lugar frio
e verde que meus olhos não vêem, eu sinto, eu
sinto, eu sinto muita falta da minha juventude não
vivida e dos amores platônicos da infância, a cada
sol que se vai eu me lembro de um alguém que
nunca existiu, das caricias do vento e do beijo suave
e angustiante do amanhecer.
Nas noites claras, só vejo escuridão,
sentado a beira da janela, tendo mar como ilusão.
A chuva acalma minha triste virtude,
tenho visões e aparições da minha juventude.
Mortes, tiros, casais, crianças,
nada disso tem importância
Meu pensamento estar distante,
dizem que minha alma é uma fonte borbulhante.
Quero ser livre, livre dos meus adversários,
logo eu, o mais solitário dos solitários.
Ó paixão! Perdoai-me a minha tristeza,
que se faz noite, que se faz beleza.
É isso que vos digo,
meu eterno inimigo
Fernando Lopes
flan23@gmail.com
Já reparou que é muito complicado falar de si próprio, já tentou falar das suas qualidades, ou ate mesmo defeitos, é
difícil não é, é mais fácil você falar da sua vizinha do que de vc mesmo, falar que ela é feia, que a musica que ela ouvir é
uma porcaria, que seu cabelo é ruim, que ela tem mal gosto, nossa, isso tão divertido as vezes, faz parte do nosso
infinito universo de curiosidades para com o vil, por isso o BBB faz tanto sucesso, bisbilhotar é bom não é, agora falar de
si próprio já complica um pouco, mas vamos lá.
Sou um simples cara do interior da Bahia que vim morar na capital baiana a mais ou menos 12 anos, tenho 31 ate o dia
02/12 que farei 32 e espero não entrar na “depre” dos 30...., moro sozinho e sim, eu cozinho, lavo roupa também, lavo
pratos (mas odeio), sou preguiçoso, lerdo, gosto de escrever, isso quando não estou com preguiça e vou dormir, adoro
poesia, (por isso estou aqui), me considero um cara romântico, mas quem no mundo não se considera, pergunta para
qualquer pessoa na rua e ela vai dizer, sou muito romântico, principalmente mulheres, por isso falar não é nada, é
preciso gestos, e isso (eu acho) sei fazer muito bem, tenho 1380402176520785 de defeitos, mas não cabe eu falar aqui
agora, iria perder a graça e o encanto.. adoro café, musica (boa), odeio calor, amo o frio, adoro filmes, qualquer tipo de
filme, é só ter uma boa historia, amos meus amigos ao extremo, amo minha família apesar de ser distante dele, (mas
não espalha não pois tenho fama de miserável..hehe) Trabalho a 5 anos na ares de publicidade de um jornal,
(classificados), não sou 100% feliz, mas quem no mundo é? Não sou nenhum santo muito menos um Hitler da era
moderna, sou apenas uma pessoa comum, só isso, sou rebelde e as vezes omisso, ou seja, “Jovem”.
A Barata e Lágrima Psicodélica, Blog e Rádio Web
Underground apresentam o 1º. Festival de Música
Independente. Artistas independentes, inéditos ou não,
com músicas com sonoridade Rock, poderão fazer suas
inscrições até 7 de Setembro de 2010. As músicas serão
imediatamente disponibilizadas para audição.
Encerrado o período de inscrição, teremos uma fase de
votação aberta, por intermédio do blog e do site, que
escolherá as 12 melhores. Posteriormente uma votação
interna, por um júri composto de integrantes de A Barata e
Lágrima Psicodélica escolherá o vencedor do Festival.
As 12 músicas finalistas participarão de um CD Virtual,
contendo as músicas e encarte completo, com "download"
na Internet, produzido pela Organização. A música
vencedora terá a produção de um programa especial, de 2
horas de duração, contendo músicas e entrevista, dentro
da programação da Rádio Web Underground Lágrima
Psicodélica, em data e horário a ser determinado pela
Organização. Também terá o artista vencedor, a
publicação de duas páginas dentro da Revist'A Barata,
edição de Outubro de 2010.
Inscrições:www.abarata.com.br
"Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo
governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar – se possível – judeus, o
gentio... negros... brancos.
Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver
para a felicidade do próximo – não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e
desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica,
pode prover a todas as nossas necessidades.
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça
envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito
marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade,
mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos
deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência,
empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de
máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e
doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
A aviação e o rádio aproximaram-nos muito mais. A própria natureza dessas coisas é um
apelo eloqüente à bondade do homem... um apelo à fraternidade universal... à união de
todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo
afora... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas... vítimas de um sistema
que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: “Não
desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em
agonia... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens
que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há
de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem homens, a liberdade nunca perecerá.
O Último
Discurso
de
“O Grande
Ditador”
Charles
Chaplin
Soldados! Não vos entregueis a esses brutais... que vos desprezam... que vos escravizam...
que arregimentam as vossas vidas... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos
sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma
alimentação regrada, que vos tratam como gado humano e que vos utilizam como bucha de
canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas
almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar... os que não se fazem amar e os
inumanos!
Soldados! Não batalheis pela escravidão! Lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de
São Lucas está escrito que o Reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem
ou grupo de homens, ms dos homens todos! Está em vós! Vós, o povo, tendes o poder – o
poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar
esta vida livre e bela... de faze-la uma aventura maravilhosa. Portanto – em nome da
democracia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo...
um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e
segurança à velhice.
É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não
cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam
o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à
ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a
ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia,
unamo-nos!
Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontrares, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai
rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando
num mundo novo – um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio
e da brutalidade. Ergue os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a
voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os olhos!"
http://abarata.com.br
1 –
É um sino. Que redobra num timbre dourado chamando ao culto
Aqueles que lhe escutam, e eu das culturas amorosas um inculto
É um sino. Sino que do alto da torre da catedral do prazer, repica
Por quem dobram os sinos? A pergunta quem nem a alma explica.
É um sino. Chamando ao destino do meu desejo, som do meu gozo
Em badaladas embaladas pelas suas coxas, oh doce mistério gozoso
Sino! Infernos de dantes, purgatórios do agora, paraíso de amanhã
Quero sempre acordar com beijo de sino, pela noite e pela manhã.
Toque a mim as doze badaladas e minha alma com sua língua nervosa
Preso entre suas ancas, puxo a corda e toco seu clitóris, vulva deliciosa
Grite por mim, gema comigo, seu prazer é meu prazer, grite ao surdos
Que sua paixão é sino que toca no alto da torre, deixando todos mudos.
Quero sempre acordar ao som das luxúrias que saem dos seus lábios
Transformando o poeta num amante e o homem no maior dos sábios
Ah, minha obra de arte forjada no fogo do paraíso, oficina do artesão
Sufoco meus gritos, badalando ao som do sino, um hino ao seu tesão.
O que eu não encontro é o mesmo que procuras
Da mesma doença procuramos as mesmas curas
It’s a Bell, You’re my Bell. My Bell, ring my bell, fell my hell
And I wish your wishes and about you desires I can tell.
2 –
Eu quero tocar o sino, anunciando uma esperada manhã de glória
Beijar o céu, deixando o inferno em outra parte de minha história
O sino é o destino, retine com o timbre de vozes de deusas gregas
Deusas de enormes ancas, belos decotes e um par de botas negras.
Tocar o sino que a guerra foi ganha, meu exército derrotou a morte
Agora retorno aos braços da paixão, tocando o sino da melhor sorte
Sina, de sino quero o destino, ensina minha alma a sempre lhe tocar
Tocar seu sino, glórias ao prazer que por nenhum gostaria de trocar.
Bell’s Hell, sino a procura de seu som, o que buscas, porque dobras?
O que procuras meu sino, ao badalar? Ecos não são do vento sobras.
Ecos d’Alma, buscas o som perfeito, compasso cristalino do diapasão
Além da orgia e do amante, o compasso perfeito da alma com tesão.
Buscas o perfeito retinir das almas, o som perfeito da paixão sem dor
Sincronia musical, perfeita feito sinfonia sincronizada em computador
A sinergia perfeita entre o corpo e a alma, orgia de almas além do prazer
Encontrar o que não perdemos nem sabemos é o que podemos nos trazer.
O que eu não encontro é o mesmo que procuras
Da mesma doença procuramos as mesmas curas
It’s a Bell, You’re my Bell. My Bell, ring my bell, fell my hell
And I wish your wishes and about you desires I can tell.
É Um Sino(It’saBell)
3 –
O ateu chama Jesus, mandem ao inferno os ateus
Porque o que quero mesmo é gozar nos seios teus
Sobem almas libertas do purgatório, anjos decentes
Ao som de uma orquestra de trombetas indecentes.
Retine o sino do alto da torre da catedral dos ditos desejos
Dança o bem a dança do mal, o certo e o errado aos beijos
Detalhes sórdidos não poupados, corpos refletidos no céu
Minha vida refletida em seu rosto, livre não sou mais réu.
Prende minha cabeça entre suas pernas e minh’alma nos abraços
Minha língua envolvendo sua alma, sua beleza entre meus braços
Falando bobagem em seus ouvidos, escuto o som do seu tesão
Sou sua prece de prazer, dos teus desejos um dedicado artesão.
Nós somos nossos, sem posse por direito, nossos porque desejamos
Somos nossos e nos possuímos e consumimos quando nos beijamos
É um sino, e eu escuto mesmo á distancia o seu chamado por mim
Começa agora a orgia das almas, onde o agora é o agora sem fim.
ÉUmSino
(It’s a Bell)
Luiz Carlos "Barata" Cichetto
Espaço Publicitário
Tiragem: 50.000 Destinatários
Valor do Anúncio: R$ 90,00
Próxima Edição: Outubro 2010
Contato:
barata.cichetto@gmail.com
Telefone: (11) 6358-9727
www.folhadeguaianases.com.br
25 Anos a Serviço da Comunidade
Guaianases, Ferraz, Itaquera,
Poá e Suzano
Web Sites, Design Gráfico
12 Anos de Atitude Web
Responsável: Barata Cichetto
www.celsomirandaimoveis.com.br
Casas, Apartamentos
Imóveis Comerciais
e Residenciais.
Venda, Locação
e Permuta
www.abarata.com.br

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Revist'A Barata - 02

  • 1. 1º Festival Independente Amyr Cantúsio Jr. Barata Cichetto Charles Chaplin Cynthia Witthoft Fernando Lopes Ian Cichetto Lágrima Psicodélica Luciana do Rocio Mallon Luiz Carlos Maciel Mariano Villalba Mercenário Maldito Morphine Ópera Rock Vitória Ronie Von Rosa Martins Uriah Heep Ano 1 -Nº. 2 - Agosto de 2010 www.abarata.com.br/revistabarata.asp
  • 2. EditorialDia 25 de Junho lançamos o primeiro número da Revist'A Barata. E eu nem imaginava que a repercussão seria tamanha: em 10 dias alcançamos a marca de quatrocentos downloads do arquivo em PDF, no Megaupload. E teria crescido muito esse número caso não tivessem, nem nenhum motivo ou explicação delelado o arquivo. Mesmo assim, recorremos a outra hosting e repostamos a revista. Mais quinhentos e tantos... Fora mais 300 e tantas visualizações no Issu... Muita gente nos procurou querendo publicar. E aqui estamos novamente, com o segundo número. No último mês lançamos o projeto da Ópera Rock Vitória, ou a Filha de Adão e Eva, juntamente com o genial musico e filósofo Amyr Cantúsio Jr. E matérias com Vitória e Amyr são os destaques desta edição. Além disso, textos sobre o primeiro aniversário da Radio WULP completado no dia em que escrevo este texto, 15 de Agosto, data em que também fazemos o lançamento oficial do site da rádio (www.radiowulp.com.br) feito por nós. O projeto Sub-Versões tem espaço aqui na Revist'A Barata, com uma matéria sobre Cynthia Witthoft, a escandalosa, e deliciosa guitarrista polonesa. E pra finalizar, textos de convidados como Ronnie Von Rosa Martins e Fernando Lopes. Espero que apreciem o conteúdo desta Revist'A Barata. Entrem em contato, sugiram matérias e comentem, critiquem, etc. E até Outubro. Luiz Carlos “Barata” Giraçol Cichetto 15/08/2010 Revist'A Barata Editor, Redator, Office Boy, Faxineiro: Luiz Carlos "Barata" Giraçol Cichetto Projeto Gráfico: Apoio Editorial e Amoroso: Izabel Cristina Giraçol Cichetto www.abarata.com.br/revistabarata.asp Luiz Carlos "Barata" Giraçol Cichetto Arte da Capa: Mariano Villalba Trilha Sonora: Uivo Beat AcreditaréMinhaReligião!!BarataCichetto
  • 3. Marcio CS (No Orkut) Barata, parabéns pela ideia da revista. Sei do trabalho que dá fazer algo do gênero, e admiro sua dedicação e paixão no que diz respeito à poesia e à divulgação de novos artistas. Então, dá pra ver que tudo foi feito com carinho e muita paixão. E dessa forma, não tinha como dar errado. Já comecei a ler essa primeira edição, vou fazer isso com calma. Parabéns mais uma vez, e que venha a próxima em setembro!Abrazzzzzzzz!!!!!!! Edilson Bazílio (Por E-mail) Cara!!! Francamente eu ainda não li quase nada da revistaAINDA, mas posso lhe adiantar que a poesia presente nas imagens, diagramação, formato etc, é muito marcante e já dá pra ter uma idéia do conteúdo literal. Após este anúncio voltei a visitar o seu site e perdi (GANHEI) algum tempo navegando por ele... O conteúdo é bacana e imenso (nos dois sentidos)!!! Continue assim! Tem meu apoio (ao menos emocional) e tens também um fã de suas idéias. PARABÉNS!!! Celso Barbieiri "De Londres") (Por E-mail) "... a sua revista perde o crédito e a seriedade porque você é incapaz de diferenciar entre o profissional e sua vida particular.(...) Resumindo, a hora que você fizer a sua revista com seriedade e profissionalismo, eu a divulgarei com o maior prazer." Viegas Fernandes da Costa (Por E-Mail) "Fico realmente honrado em figurar no primeiro número da Revista, e te parabenizo pela mesma. Já abri o PDF e li alguma coisa. Ficou linda, muito bem diagramada e com conteúdo bacana. Também andei lendo alguns dos teus poemas, na revista mas também no site." Zé Povinho: (Por E-Mail) "Pow Mano, cê faz aniversário e quem ganha presente sou eu? Parabéns mais uma vez, a revista está espetacular. Valeu pela boa vontade, gratuidade, qualidade e capacidade de causar sensações que estavam meio que esquecidas num baú empoeirado no porão do meu ignoto cérebro. Se puder, gostaria de marcar na próxima edição." Ricardo (BandaAtaque Relâmpago) "Eu quero te dar os parabéns pela revista e desejar toda sorte do mundo, pois vc sempre foi um cara que sempre incentivou a Cultura e no que vc precisar conte comigo."
  • 4. Meu Nome é Legião Ronie Von Rosa Martins ronieev@gmail.com Em nosso pacto de União, combinamos todos de pelo menos na hora da morte estarmos juntos. Levantamos todos no mesmo instante, as mazelas da anterioridade ainda fermentando suas significações precárias em nossos cérebros e sentidos. O tempo. Sabemos, todos, que nossa fragmentação mesmo que dolorida é necessária... mais que necessária, é exigida. E mesmo que saibamos da descontrução que se opera em nosso eu, nos olhamos nos espelho. Reflexos vários. Cada um vê seu próprio rosto. Próprio? Rosto? Na dúvida de “tão vasta questão existencial” vestimos nossas outras peles; ele beija a mulher, é o bom marido, o outro corre pro trabalho, dedicado, exato, já aquele blasfema contra o mundo. Este, cínico, prefere simplesmente continuar, e de vez em quando sorrir envenenado para o cotidiano. Ligado está a sua corrente, “elástico” que estica lhe prometendo espaços ainda não alcançados mas que num único puxão o resume ao que é continuamente... Abrimos os olhos. Todos. E nos permitimos invadir pelo imediatismo mundo da imagem. Todas as idéias-imagens se resumem a um apelo de consumo. E já nos vemos, sonâmbulos, zumbis dessa pretensa pós-modernidade. Este é seduzido pelo carro, o outro pelo livro, este outro pela mulher, linda, maravilhosa, artificial e provocante que lhe sorri eternamente no comercial... Mas devemos correr. Todos devemos correr. O tempo é uma concessão humilhante, e devemos nele, em detrimento do espírito, do corpo e do prazer, produzir o sentido para nossa existência. Produzir!!!!! Produzir nosso outro corpo, nosso novo prazer, representar nosso espírito. Verdades? Nossos conceitos, engendrar nosso pasto diário... a ruminação nossa de cada dia... Mas as vezes paramos. Traumaticamente. O fluxo normal da contemporaneidade não nos permite muita reflexão, é na ação que se desenvolve o combustível contemporâneo. Mesmo assim paramos... Paramos quando percebemos que apesar dessa imensa fragmentação de eus a que somos obrigados, ainda continuamos suscetíveis e manipuláveis a um único discurso. Percepção. E nos abraçamos todos, todos os eus de nós mesmo. A multiplural criatura humana. Todos cansados, nos esgueiramos pelas frinchas do tempo, e nos vamos constituindo em um. Se isso ainda fosse possível... Frankenstein pós-moderno... Deitamos então, um após outro, corpo sobre corpo, alma sobre alma. Conceito sobre conceito, e nos vamos reconstruindo, erigindo, à margem da fera que nos oprime, pela última vez o que, (talvez) fôssemos. E neste limbo, espaço efêmero onde o eu se encontra com seu próprio eu, nos permitamos à memória da lágrima, secas estão todas as reservas reais de água em nossos corpos-desertos... Talvez um sorriso cínico, e unidos definitivamente cancelamos a Produção. Neste instante nos permitimos a retenção, mesmo que fugaz da mais-valia. Resposta ousada e temerária ao grande Discurso. E se alguém nos perguntasse, segundos antes da última reconstituição do ser, quem éramos? Cínicos, ainda, diríamos: Meu nome é legião, porque somos muitos...
  • 6. Como Surgiu o Primeiro Zine da História Luciana do Rocio Mallon fadapoesia@yahoo.com.br O termo zine é uma redução da palavra fanzine. O termo Fanzine surgiu da mistura dos termos ingleses 'Fanatic' - em português fã, e 'Magazine' - revista. Essa mistura foi feita por Russ Chauvenet, em 1941, para denominar as publicações artesanais que começavam a aparecer nos Estados Unidos. Esses pequenos jornais continham matérias sobre ficção científica. O Fanzine pioneiro foi The Comet, inventado por Roy Palmer para o Science Correspond Club em Maio de 1930. Depois, começaram a surgir os fanzines literários, com participações de escritores. No Brasil, durante a ditadura militar, apareceram, muitos fanzines, que eram rodados nos antigos mimeógrafos. Neles, eram encontrados artigos, que falavam mal da ditadura. Mas, nestes zines, também tinham textos de grande valor literário. Nos anos 80, o termo fanzine passou a se chamar zine. A característica de um zine é seu conteúdo cultural e de excelente valor artístico.
  • 7. Poet's Justice (Box/Hensley/Kerslake) Cold winds and cloudy skies Turned to sweetness in her eyes Fantasies I realised Came to life to my surprise Rain came and took her away Just when I thought She was here to stay Sun gone I was left high and dry Love came by and touched me And kissed me so long Shine hard October moon Eagle take me to her soon Run swiftly silver stream Find my love or let me dream Half of me is all of her I'd be much happier if I were whole All my words and wisdom fall The poet's justice Leads me to my goal Leads me to my goal A Justiça do Poeta Tradução: Vagalume Ventos frios e céus nublados Viraram doçura nos olhos dela Fantasias que eu percebi Ganharam vida para minha surpresa A chuva veio e a levou embora Justo quando eu achei Que ela veio para ficar O sol se foi, eu fiquei encalhado O amor passou ao lado e me tocou E me deu um beijo de até logo Brilha forte a lua de outubro Águia, me leve logo até ela Corra depressa correnteza prateada Encontre meu amor ou me deixe sonhar A metade de mim é tudo dela Eu estaria muito mais feliz se eu estivesse inteiro Todas as minhas palavras e sabedoria sucumbiram A justiça do poeta Me conduz ao meu objetivo Me conduz ao meu objetivo
  • 8. Uma Breve História Sobre o Long Playing - Vinil Mercenário Maldito Esta postagem é apenas um singelo resumo da história da indústria fonográfica até o advento do Long Playing. Trata-se de uma compilação de informações obtidas pela rede, que visam apenas ilustrar de forma sucinta, uma história por demais ampla e complexa. Não serão aqui abordadas questões referentes a composição química dos suportes materiais ou mesmo um aprofundado estudo sobre os processos de produção. Restringi o enfoque da matéria aos fatos mais relevantes. Sou um fervoroso amante do LP de vinil (analógico) e tenho em meu acervo fonográfico, diversos exemplos da superioridade sonora do "antiquado" LP analógico, isso sem contar a limitação física da capa e do eventual encarte, imposta pelo CD, resultando, na maioria das vezes, na completa descaracterização, mutilação ou mesmo destruição da arte gráfica da capa, que em muitos casos, chegam a ser verdadeiras obras de arte. É certo que muitos dos eventuais leitores poderão não compartilhar da minha opinião e alguns, talvez nunca tenham sequer visto ou escutado um vinil. No entanto, na maioria das vezes, prefiro escutar meu LP original de prensagem Japonesa, Inglesa, Alemã, Francesa, Italiana ou Brasileira, em meus velhos e queridos Technics, com cápsula Shure M44C (Cônica) ou M55E (Elíptica), à escutar um CD, mal remasterizado, mal mixado ou mal editado, principalmente quando estamos falando de LPs da década de 70. A titulo de mera curiosidade, atualmente todos os CDs são DDD ou seja, todo o processo de gravação, mixagem, edição e masterização são Digitais. Quando no entanto, falamos de obras fonográficas originariamente gravadas em LPs, temos dois outros processos: · O ADD, nesse o processo de gravação no estúdio foi totalmente Analógico já os processo de mixagem, edição e masterização utilizou-se tecnologia Digital. · O AAD, nesse caso, tanto o processo de gravação em estúdio, como a mixagem e edição são Analógicas, somente utilizando-se a tecnologia Digital na masterização. Particularmente não gosto do Compact Disc, em que pese a seu favor, a sua praticidade. A digitalização sonora não passa de um "grotesco fantasma" comparado ao som analógico do LP. O som é um conjunto de ondas que atravessam o espaço e é quase infinito na sua amplitude. A informação digitalizada em 0 (zeros) e 1(uns) (binária) não pode conter toda essa informação porque se o fizesse, cada CD levaria meia dúzia de minutos de música. Assim sendo, o que é feito é uma AMOSTRAGEM digital, isto é, selecionam uma amplitude determinada (no caso do CD, 44 ou 48 kHz) e é só isso que vai parar ao CD. Tudo o resto é cortado, literalmente jogado fora. Lamentavelmente, a ganância da indústria fonográfica e eletrônica, vislumbrando a médio prazo, auferir elevados ganhos financeiros com o "avanço" tecnológico digital, investiu pesadamente no aniquilamento do LP, para mais tarde, com um custo de produção infinitamente mais baixo, relançar no mercado em formato de CD, algumas obras originariamente editadas em LP, a um preço muitas vezes proibitivo, incluindo ainda, para desgosto dos colecionadores, faixas extras (bonus track), não existententes nos originais em LP. Mas uma coisa é certa. Para tudo existe um preço à pagar! A vingança pode tardar mas não falha! Por mera diversão, pergunto aos eventuais leitores: Quantos LPs de vinil foram pirateados no Brasil? Pessoalmente, posso até estar equivocado, mas só conheço um único caso ocorrido no Brasil e foi com o LP do Terreno Baldio. Os custos envolvidos na produção de um LP, são elevados e dependem de uma um aparato industrial complexo que não envolve apenas a produção física do suporte material (LP), existindo ainda os custos com a arte gráfica, capas, selos, envelopes etc. Pois é... o que a indústria fonográfica não previu, foi com a rápida popularização da cópia digital e o seu subsequente barateamento, hoje acessível e presente em quase todos os computadores domésticos. BEM FEITO! Agora não adianta "chorar" ou "reclamar", a pirataria existe, é um fato, alimentado e incentivado principalmente pelo baixo poder aquisitivo da população, aliado aos abusivos preços dos CDs e seus respectivos impostos. Leia o Restante em: http://progressivedownloads.blogspot.com
  • 9. Por: Luiz Carlos "Barata" Cichetto Segundo a Revista Valhala, Amyr Cantúsio Jr é: "Autoridade máxima da música progressiva/eletrônica do Brasil, o multi-instrumentista Amyr Cantusio Jr. foi o líder do grupo Alpha III que fez um grande sucesso na década de 70 com dezenas de álbuns lançados no Brasil e exterior. Atualmente Amyr também desenvolve projetos no campo da música erudita e ministra seminários com temas metafísicos, já que é mestre espiritual iniciado em várias ordens e doutrinas." - http://www.valhalla.com.br Há cerca de uma semana, no inicio de Julho de 2010, Johnny F. Administrador do Pub e Rádio Web Underground Lágrima Psicodélica, e uma das figuras mais humanas que conheci durante esses longos anos de site A Barata, sugeriu que eu fizesse uma matéria para a Revist'A Barata, a respeito de Amyr Cantúsio Jr. Conhecia o trabalho dele através das mãos de Raimundo Raine, dono da Medusa Records que me dera o CD, numerado aliás, da banda "Spectro". Usei várias musicas dese CD inclusive, como "background" de meu programa Rádio Barata. Mas, ao pesquisar tomei um susto pela minha ignorância a respeito do tamanho do talento de Amyr. Basta "googar" (novo verbo surgido com a Internet, que significa: "Procurar no Google" e tomar um susto. E ficar pasmo com nossa ignorância - ao menos da maioria das pessoas nascidas nessa terra do futebol - nem isso agora.... Bem, a matéria inteira sobre o trabalho de AMyr sairá no próximo numero da Revist'A Barata, mas em primeira mão, fiquem com uma entrevista com Amyr. E depois "googuem" e conheçam mais o trabalho desse musico fantástico.Abrazzzzzzzzzzzzz ///o:< - Fale primeiramente sobre sua carreira, como foi o início, qual é sua formação musical. Amyr: Formação básica é violão clássico desde os 7 anos e piano erudito desde os 12 anos.Minha mãe era professora da PUCC (época que esta Universidade continha um curso excelente de música).mas sou autodidata mesmo.Nasci tocando já!!!Minha mãe corrigiu certas imperfeições técnicas.Depois estudei muito em vários conservatórios e fiz Extensão Universitária em Música Contemporânea Erudita na Unicamp.O que ouvia na época era muito rock e música erudita juntos.O que me facilitou a coisa toda.Minha primeira banda Arka foi montada em 1970...depois o Spectro em 1974 (já gravamos um pré LPnesta época) ///o:< - Quantos discos, entre CDs e LPs, lançados até agora? Amyr: Amigo, tem muita coisa gravada além dos 7 LPS e 7 CDS oficiais.Tem mais uns 20 CDS independentes, parcerias, umas 800 trilhas ,umas 500 vinhetas, etc... Tem ainda o Spectro relançado em 100 cópias independentes pela Medusa de S.P., cds coletâneas no México, Brasil, Itália, Espanha,etc.... ///o:< - Fale um pouco sobre sua vida pessoal, se é casado, tem filhos, essas coisas. Amyr: Sou casado desde 1981 (herói !!!!) e tenho um filho de 28 anos.Temos um Espaço Cultural pequeno em casa para danças orientais chamado LinceNegro(nome de uma música minha do Spectro) Vide site ( www.netfenix.com.br/lincenegro), ele é administrado pela minha esposa Cathia A.Cantusio. Na parte filosófica da questão tudo vai bem...obrigado. ///o:< - O que pensa sobre a divulgação de música, em MP3, via sites e blogs? Pirataria pura ou forma de divulgação e disseminação de cultura? Amyr: Acho os 2 itens vigentes.No atual momento a mídia capacitou o povão com máquinas de download, CDRS, gravadores,etc...Deu a arma e atirou no próprio pé.Não tem como segurar mais isto ou consertar. MP3 não vende por experiência.Todo mundo baixa gratuitamente.Inclusive eu.Não tem solução e não adianta chiar ou ficar bravo.A música gravada acabou como produto de venda.raros colecionadores e entusiastas gostam do CD ou LPoficial(este em alta agora). Fora isto a massa gosta é de MP3 grátis mesmo! Amyr Cantúsio Jr. Alpha III Project
  • 10. ///o:< - Tem feito alguma apresentação ao vivo? No Brasil ou no exterior? Amyr: Muito pouco.Não há espaços suficientes, não há interesse na boa música. Não há produtores mais, nem incentivos,nem cultura para absorver a demanda intelectual da música elevada.O povão manda...é merda rolando em massa,nas rádios, TVS e shows. Também vejo esta questão sem solução.São raras apresentações boas e poucos interessados.E não é pessimismo.Realidade pura na prática. ///o:< - Amyr, como foi a apresentação no Rio Art Rock Festival em 2008? Amyr: Este foi um grandioso momento para meu trabalho.Apesar do atraso (poderia ter acontecido 10 anos antes, eu estava com uma banda no apogeu e com mais disposição física, mental e psíquica !!). A recepção foi calorosa, e apesar deste dia eu ter chegado com esgotamento físico e com cefaléia, fiz uma apresentação matadora e com muito improviso com meus dois ilustres amigos músicos convidados,o Marcelo Diniz (keyboards) e o Fabio Fernandez (drums )Aliás Fabio é batera da Banda do Sol e do Lumina, 2 grandes bandas brasileiras! O RARF foi sensacional.Em tudo.Desde a apresentação até o camarim, o efeito posterior, etc...Fizemos tudo que podíamos na ocasião.Lindo!! ///o:< - Recentemente foi divulgado que você estaria criando um tributo ao Van Der Graaf Generator, fale sobre esse trabalho. Amyr: No meu site www.myspace.com/projectalpha3 há uma gravação já realizada em que coloquei TODOS teclados (órgão, synth,elka strings) na música Lizard Play do álbum The Quiet Zone (Van Der Graaf Generator). Neste álbum o excelente tecladista Hugh Banton não toca e não há teclados nestas músicas.Eu coloquei por experiência e ser o Graaf uma das bandas que mais aprecio!! Ta lá para ouvir!! ///o:< - E sobre o trabalho quem engloba os chamados clássicos do Rock Progressivo? Amyr: Também neste site e noutro (www.myspace.com/amyrcantusiojr ) há Tributos que fiz ao EL&P, Mike Oldfield, Gentle Giant, Pink Floyd, Gênesis, etc...tá lá algumas faixas para se ouvir.São releituras que fiz tocando tudo!! ///o:< - Um dos trabalhos em seu inicio de carreira foi com a banda "Spectro". Fale um pouco sobre esse trabalho. Amyr: Então amigo, este foi um momento sui-generis de minha vida ,pois os anos 70 foram mágicos, maravilhosos!!Esta banda era minha extensão do alter-ego.Tocamos de 1974 até 1979.Fizemos muitos shows no Brasil todo,amigos,curtições,viagens alucinantes,etc..O Spectro ensaiava numa fazenda de Sto.Antonio da Posse, perto da Holambra. Ficávamos 3 dias tocando sem parar, queimando uns “baurus”,olhando pela janela do quarto a lua cheia,chapadíssimos, e muitas vezes sem comer!!Era só música e metafísica prânica cara!!! Uma coisa que jamais esquecerei!! Este CD do Spectro eu tinha, que foi lançado pela Medusa Records com cópias numeradas. O que acha disso, de cópias numeradas. Eram 100 cópias!! Ficaram lindos.Foi um resgate muito duro passar para CD isto.São 5 músicas + 3 bônus de época.Estavam gravados num Rolo Teac de 2 canais,com muito chiado!! Fizemos mágica em recuperar estes sons.Agora recentemente o baterista apareceu com 5 cassetes bons que gravávamos nas Jams de Sto.Antonio da Posse e já remasterizei para um projeto de LP!!Se algum produtor estiver interessado ta pronto.E isto vende bem!!! Amyr Cantúsio Jr. Alpha III Project
  • 11. ///o:< - Seu trabalho é reconhecido em várias partes do mundo. Você é considerado um dos melhores tecladistas do mundo. Mas no Brasil pouca gente conhece. O que acha disso? Amyr: Bom para os estrangeiros e infelizmente para o brasileiro que só aprecia futebol, uma grande perda, uma chance de conhecer melhor um músico da terra,assim como outros músicos que sofrem da mesma maneira!!! ///o:< - Alpha III é seu pseudônimo ou o nome do projeto? Ou as duas coisas??? Amyr: Alpha III aparece num filme de Jornada das Estrelas (clássica) citado como uma colônia de leis galática. Também seria uma hipotética terceira estrela da Constelação do Cruzeiro do Sul (que tem ALPHA II) .Na realidade é ALPHA TERCEIRO (III) nome de constelação e pseudônimo musical meu , criado pós Spectro em 1982 num show da Concha Acústica de Campinas. ///o:< - Fale sobre seu trabalho "Pictures At Exibition". Amyr: Cara , esta peça me acompanha desde 1970!!Depois de ouvir ainda por cima e EL& P arregaçar numa performance dela, resolvi um dia grava-la da minha maneira.Quando estava estudando na Orquestra Sinfônica de Campinas,nos anos 80,curti muito o estudo básico da música russa(Grupo dos 5, com Mussorgsky,Rimsky Korsakov, Cui,Glinka,Borodin). Recentemente gravei a peça toda com pianos e orquestrações sinfônicas de sintetizadores e umas versões mais rock. Está pronta para lançar em CD e LP também!!! ///o:< - Na seu definição no My Space você se diz "Agnóstico", fale um pouco sobre seu lado místico. Amyr: Agnóstico quer dizer “sem religião”. Sou cidadão da Terra(como diz a letra dos Mutantes em Tudo foi feito pelo Sol). Sempre estudei ocultismo, yoga,filosofia védica,magia.Fui um iniciado externo da Bhakti Yoga de Swami Prabhupada durante 15 anos, desde os anos 70. Prabhupada foi Mestre de George Harrison e fundador da Consciência de Krishna. Foi um marco na música dos Beatles, e na minha vida pessoal.E no mundo todo!!! Hoje posso dizer que sou um adepto profundo da Escola Védica (filosofia budista,vedanta e tibetana)também sou membro da Ordem do Dragão (ocultismo)Além do mais sou psicanalista e ministro musicoterapia alternativa,para estados e curas através da consciência elevada. Citaria que minha formação básica inclui: Osho, Prabhupada, H.Blavatsky, Aleister Crowley e a Gnose de Samael Aun Weor( a qual fui membro também iniciado por mais de 12 anos) etc...e tal!! ///o:< - Qual sua ligação com a Academia Lince Negro" Dança do Ventre? Amyr: Como citei acima, é a escola de minha esposa!!!! ///o:< - Conte sobre seus projetos para o futuro. Amyr: Estou com 10 trabalhos prontos com capa e tudo para prensar em LP ou CD. Só falta produtores !! Entre eles: Infernus ( baseado em Dante Alighieri), Grimorium Verum (baseado na magia européia), Fracture( baseado na escola de Fripp e Floyd...experimental), Quadros de Uma Exposição, Spectro, Cosmic Meditation, Cosmic Krishna (world indian music), Ishtar (world egyptian music), Voyage beyond the galaxies, Temple of Delphos (LP de 1988 remasterizado), Entre outros!!! Shows e Projetos não faltam…faltam espaços e prática dos mesmos!!! ///o:< - Bem, agora, fale sobre algo que eu tenha esquecido de perguntar e deixe seu recado os leitores de A Barata. E obrigado. Amyr: Eu agradeço profundamente à você e a paciência de todos em ler esta entrevista.Muito relevante para mim e meu trabalho! Creio já ter colocado algumas questões chave acima.E obviamente sempre respondo e-mails. Quem estiver a fim de se comunicar me escreva!! lunardraco@gmail.com . Namastê!!!!!!!!! Amyr Cantúsio Jr. Alpha III Project
  • 12. “Pequena” Biografia de Amyr Cantúsio Jr. Nascido em 1957, Campinas, SP, filho de imigrante italiano, iniciou estudo de piano e violão aos 5 anos. Formação erudita com vários cursos extensivos em música experimental (UNICAMP) e conservatório SP. Compositor multi-instrumentista, letrista e desenhista dos logos e capas de seus próprios LPs/CDs. Ganhou medalha Carlos Gomes (Campinas/Câmara de Vereadores) por representar Campinas através de seus trabalhos em CDs/LPs em mais de 15 países do mundo todo. Ganhador de vários prêmios, incluindo do maior festival de MPB do Estado de SP em 1974 (Projeto Guarani): 1°. lugar (Melhor arranjo e composição). Psicanalista ambiental e musicoterapeuta, fundador do primeiro selo de Rock Progressivo e Música Eletrônica Experimental do Brasil em 1984 dos anos 80 (chamado FAUNUS/SP). Fundou o 2°. selo em Campinas (ALPHA III ARTISTICAL PRODUCTIONS LABEL) em 1985. Foi considerado o melhor tecladista do mundo três vezes consecutivas: Espanha (com o álbum Ruínas Circulares) 1986; Japão 1986; Canadá (Festival de Música Eletrônica Internacional) com o álbum Seven Spheres, 1991. Melhor tecladista do mundo (Itália selo Mellow Records), 1993. Melhor tecladista do mundo (1996) Green Dolphin 3°. Anual International Critics and Musicians Pol (Latvia/Scandinavia/Netherlands). Realizou pela Secretaria de Cultura de Campinas vários projetos musicais, entre eles (o último) ROCK TODAS AS VERTENTES (apresentado na Arena e Concha Acústica). Autor de dois livros independentes: Magia e Ocultismo na Música e Jornada para o Sol. Atualmente desenvolve projetos no Espaço Cultural Lince Negro com World Music e ritmos árabes e hindus (música oriental) onde toca e dá aulas de instrumentos exóticos orientais: daff, derback, flautas, hindus (shenai), etc. Produtor de diversos trabalhos independentes e participante nos teclados; arranjo e voz de várias bandas, tanto no Brasil como no exterior. Discografia: Mar de Cristal (1983) Sombras (1985) Agartha (1986) Ruínas Circulares (1986) Temple of Delphos (1987) The Aleph (1989) The Seven Spheres (1991) Voyage to Ixtlan (Italy 1993) Mellow Record Label The Edge (1995) Italy Mellow Record Label Acron (SAME) Brasil, 1998 Temple of Dragon (Brasil, 1998) Cosmic Meditation I (Brasil, 1998) Pangea (Collection from World) México, 1998 Oasis (World Oriental Music) Brasil, 1998 The Aleph (Remaster Japan CD) Rio de Janeiro & Japão Grimorium Verum (Independente) 1999 Gates of Thelema (Independente) 1999 Voyage to Ixtlan (Relançamento Rock Symphony RJ) 1999 Tenebrarium (Metal progr. independente) 2000 Infernus (progr. dark) 2000, Luz Eterna RJ Protheus (2001) Luz Eterna (RJ) Spectro (1974/2002) Medusa Records (SP) AmyrCantúsioJr. AlphaIIIProject
  • 13. (Varsóvia, Polônia, 28 de Março de 1974), é multi-instrumentista de heavy-metal e metal alternativo, do projeto musical homônimo. Nascida de pai alemão, desertor durante a Segunda Guerra Mundial, e mãe polonesa, ex- prostituta, Witthoft aprendeu a tocar alguns instrumentos musicais ainda com 5 anos de idade. Desde adolescente sofre de distúrbios psiquiátricos, sendo considerado um dos motivos principais o fato de seu único irmão ser um dos primeiros transexuais da história da medicina. Ainda pequena, Witthoft teve contato com vários músicos, pois seu pai foi, na época da guerra, um dos instrumentistas das bandas militares de Hitler. Vivendo entre a Polônia e a Finlândia, terra dos familiares maternos fugitivos durante a invasão do país natal, teve os primeiros contatos com o rock, punk e heavy- metal na adolescência. Cynthia produziu e participou de pelo menos 50 álbuns até os dias de hoje, entre demos, EPs e compilações, desde 1989. Seus títulos de músicas polêmicos, e nada comuns, a transformaram num ícone da rebeldia nos anos 90. Alguns títulos produzidos causaram impacto na imprensa de todo o mundo, dentre elas Get Drunk and Be Somebody (Fique Bêbado E Seja Alguém), Babies Are Food (Bebês São Comida), Gatorade with LSD (Gatorade Com LSD), dentre outras. CynthiaWitthoft
  • 14. - n men s (g i rra , rb , o i n Multi i stru ti ta u ta , baixo teo a dobr , p a o, n , Cy a i o - 9 v m to k o de saxofo e) nthi in ci u se em 1 89 no mo i en pun , n u a n P s Z s how d f ndou ba da oli h ombie . Nessa época fez os poucos s s e a r e a a or es z tod a sua ca r ir , toc ndo apenas ac d distorcidos, ombando ri ot nc l s ou h r i de seu próp o p e ia . O p cos s ows fo am nterrompidos q n o o d ol e p d ós ua d f i presa rouban o choc ates m um su ermerca o. Ap o , r v d a c r . C e fato esol eu simplesmente aban onar arrei a om ess ó o f o u a n e s e a epis di oi desc berto q e a aind adolesce t ofria d lguma p a a s ri ã l m N sicopatologi m is é a, n o apenas uma c epto ania. esse s ós o id ep ss i mesmo ano, dia ap o oc rr o, seu pai em d re ão cometer a í i c o g s a m sa suic d o, in endiando-se c m a olina na g rage de ca . Ap n e s a a , C t t d ós algu s m se detida p ra tr tamento ynthia Wi thof saiu o i u e t : o i da, hospíc o m ito difer n e dispens u do s integrantes da ban foi o ter o e u Ko z e c morar c m o ceir del s, Jan sz walc yk, om este montou b a u mi a sexua , a nd uma outra and j nto a a g s homos is bandona o efi t v a n o par v e l su i s d ni i amente o punk e p ssa d a o hea y-m ta . As m u- e a r se ad n j ou l d a - como gosta de r cham a ai da ho e - e pass a roubar d tr s ta u e ces e te d g s es e músicas e ou o artis s, a sar x sivam n ro a p adas a ta n a m t promover em seu par me to orgias seman is. Infor ações ex ra- o i a i m ue d ro c v f ci is, d ze q seu verda ei lu ro em de músicas que faz para c a orm y t video-games, prin ipalmente para plataf a Pla Sta ion, da on , d d v r m S y a otan o á ios pseudôni os. d 0 f ra n e n Des e 20 4 Cynthia so re de uma seve Sí drom do Pâ ico, da q a ec a E seu i h r a p , u l r usa tr tamento. m ún co s ow fo a d Euro a nos a os U o es me o u p s an Est d nid s n se smo an , toco a enas eis c ções, f a o e s . 2 6 ov e e ech nd a bilh teria para 30 pe soas Em 00 , foi n am nt e , cu pe a o r p ã . d tida a sada de dofili e c r u ç o de menores t d a n o e c c ov o ue Duran e o processo e julg me t d Cynthia fi ou ompr ad q é ma a h os i o g o al m de nter rel ções om sexua s c m uma arota de 13 an s, ém ti d n r r a f ze d , b ela tamb nha o hábito e i ge i s e s a jovem um distúr io l n d o sexua co heci o com coprofagia. CynthiaWitthoft
  • 15. CynthiaWitthoft Cynthia's Albums & Singles * Acts of Extreme Lewdness and Perversity * An Obsessive-Compulsive Desire Behind Carnival Mask * Around the World: An Internet Anthology * Blood Blood Blood * Blues Full Of Nicotine * Bootleg Her 1 * Bootleg Her 2 * Bootleg Her 3 * Bootleg Her 4 * Bootleg Her 5 * Bootleg Her 6 * Bootleg Her 7 * Bootleg Her 8 * Brazilian Demon Possession * Burns Guitar * Classy Metal and Charm * Cosmic Signals * Cynthia Witthoft * Cynthia Witthoft With The Polish Zombies * Death Experience * Death Techno Hardcore * Deep Gutural Woman Style * Drunken Orgy In Hell 1 * Drunken Orgy In Hell 2 * Fighting in Arena * Finland Defloration * Freak Women * Garage Pussy * Girl of a Thousand Faces * Hardcore Girl * Hilarious * How to * Human * I Am In Noises from Multisexual World Create Your Own Religion Providence Your Blood: Another Internet Anthology * I Should Not Believe in a Satan Who Does Not Dance * I Wanna Watch The End Of The Humanity * In God We Cannot Trust * Last Recordings Before My Suicide * Leftover Stuff * Liar and Kleptomaniac * Lysergic Extreme Metal * Lysergic Extreme Metal and The Bird of Paradise * Mechanical Horse * My Own Slaughter * Naked Metal Studies Four * Naked Metal Studies One * Naked Metal Studies Three * Naked Metal Studies Two * Porn Blues In My Bed * Porn Wonder Woman * Pregnant by Rape * Progressive Metal Experiment * Rectal Hidden Tracks I * Rectal Hidden Tracks II * Robot Black Metal * Rock N' Roll From My Heart * Singles and Contributions * Techno Scorpion * Techno Ultra Distortion * The Baneful Life of Mary Shelley * The Beelzebub's Tales To His Grandson * The Best Of The Thief Woman * The Bird of Paradise * The Constellation Capricorn * The Cynthia's Call * The Eternal Fire of Zarathustra * The Fifth Pillar of Conscience * The Libertines' Songs 1 * The Libertines' Songs 2 * The Mortal Fishzilla * The Most Versatile Band Ever * The Murder of Oneself * The Pazuzu's Holiday * The Performance of Shadows * The Polish Zombies * The Power of Women * The Sound Of Galaxies * The Thief Woman (Collection) * The Thief Woman (EP) * Tom Waits Bad Breath * Ultra Adrenaline * You Think You Know Me? * Zombie Invocation
  • 16. Todos os projetos começam com um sonho. E conosco não poderia ser diferente. Tendo em mente ídolos dos antigos programas das Rock Radios dos anos 70, 80 e 90, como Big Boy, Jacques Kaleidoscópio e outros, nasceu o projeto "Rádio Web Underground Lágrima Psicodélica" ou apenas Rádio WULP. Com uma programação baseada no Rock em todas as suas matizes, levamos aos ouvintes do mundo inteiro através da Internet, o melhor do Rock de todos os tempos. Das origens nos anos 50 até o Metal do século XXI, passando pelo Hard Rock Setentista, o psicodelismo e progressivo, na Rádio WULP, Rock não é apenas uma forma de música, mas uma forma de expressão, uma atitude, uma forma de respirar! E de sonhar. No dia 15 de Agosto de 2009 foi iniciado o projeto tornando assim um antigo sonho em realidade. Ou seja, a transmissão de uma rádio. Às 16 horas do dia 22/08/09 foi transmitido o primeiro programa, o Revolution Rock com produção e apresentação do nosso amigo e irmão Cacá. Desde então a programação da Rádio WULP vem sendo especial nos finais de semana, com um time de colaboradores de primeira, levando aos ouvintes um pouco desse "sonho eterno de Rock and Roll."
  • 17. Sábado (Reapresentação na Terça): 14:00 às 16:00 - 16:00 às 18:00 - Revolution Rock - Cacá 18:00 às 20:00 - Salada Auditiva - Marcio CS 20:00 às 22:00 - Percepção Modificada - Johnny F 22:00 às 24:00 - Giraçol - Bell (Semana 3) 22:00 às 24:00 - Naturprog - Gäel (Semana 4) Rock My World by - O Psicodélico 22:00 às 24:00 - Pipoca Psicodélica - Minduim Mateus (Semana 1) 22:00 às 24:00 - Brazilian Nuggets - Fábio (Semana 2) 22:00 às 24:00 - Na Veia da Véia - Convidados Domingo ( Reapresentação na Segunda): 10:00 às 12:00 - Dexx's Psychedelic Tears - Dexx 12:00 às 14:00 - BlasFêmeas By Loirinha (Semana 1-3) 12:00 às 14:00 - Na Kombi do Rock by Pedro (Semana 2-4) 14:00 às 16:00 - Encruzilhada do Rock by CrossroaD (Semana 1-3) 14:00 às 16:00 - Meu Reino por uma Sopa by Ande (Semana 2-4) 16:00 às 18:00 - RabaRock Especial by Rabablues 18:00 às 20:00 - Fire On The Rocks by Fireball 20:00 às 22:00 - Rádio Barata - Barata 22:00 às 24:00 - Rock Time - Tony Frazitta Programação da Rádio Web Underground Lágrima Psicodélica Em 15 de Agosto de 2010, no aniversário da Rádio WULP, entrou no ar o site oficial: confira abaixo a programação especial e acesse o site: www.radiowulp.com.br
  • 18. Luiz Carlos Ferreira Maciel (15 de Março de 1938 - Porto Alegre - RS) Teórico e diretor. Um dos fundadores do semanário O Pasquim, assina a coluna Underground, pioneira em divulgar a contracultura no Brasil, e torna-se muito importante para o movimento. Ele não apenas observa como acompanha de perto a criação de algumas obras-chaves da contracultura, nas áreas do teatro, música e cinema. Em 1967, por exemplo, participa do processo de criação da linguagem de O Rei da Vela, ministrando laboratórios de improvisação com os atores. Em 1968, no Teatro Jovem, dirige Barrela, primeira peça escrita por Plínio Marcos (1935-1999), cujo texto é censurado no dia da estréia. No mesmo ano, escreve, para a Revista Civilização Brasileira, um ensaio em que procura, na relação com o público, o papel social e psicológico das companhias Teatro Brasileiro de Comédia, TBC, Teatro de Arena e Teatro Oficina. O escritor só retorna à direção teatral oito anos depois, com um texto de Edward Albee (1928), A História do Zoológico, único espetáculo que monta na década de 70. Nesse período publica três livros, Nova Consciência, Morte Organizada e Negócio Seguinte. Assina, em 1969, a coluna de teatro do jornal O País e a coluna Vanguarda no Última Hora. Em 1972 edita o semanário Rolling Stone. Colabora para o caderno Idéias do Jornal do Brasil. Faz crítica de teatro para a revista Veja de 1977 a 1979. Nos anos 80, dá cursos de playwriting e screenwriting, técnicas de roteiro, em centros culturais, escolas de teatro e empresas de produção audiovisual. Assina o roteiro de O Homem que Comprou o Mundo, com direção de Eduardo Coutinho. Durante a década de 90 tem maior regularidade em suas incursões como diretor teatral, produzindo um espetáculo por ano. Em 1996 encena Jango, uma Tragédia, a única peça escrita por Glauber Rocha para o teatro. No mesmo ano publica Geração em Transe, em que aborda diferentes momentos e obras da contracultura brasileira. Admirado por muitos, Luiz Carlos Maciel se tornou um ícone da contracultura, escrevendo, editando, dirigindo, dando palpites e criticando o trabalho dos artistas mais solicitados do período. Seu estilo muito próprio de redação imprime uma cara singular aos acontecimentos da época, registro vivo até hoje do desbunde que caracterizou a criação artística de toda a juventude de sua geração. Luiz Carlos Maciel
  • 19. A Morte Organizada de Luiz Carlos Maciel pouco daquele sonho de liberdade e iniciado em Woodstock também. E muitos outros. O Brasil ainda vivia sob a c Rock" era exclusiva e fechada. ivro que viria a mudar minha maneir ouco por isso no inicio da minha rganizada". O autor, Luiz Ca Stone Brasileira. Luiz Carlos "Barata" Cichetto Em 1978 ainda se tinha um , John Lennon ainda vivia, Raul hibata da ditadura militar. A cultura " Foi naquele ano que comprei um l a de pensar o mundo. John e Raul já tinham feito um p adolescência. Mas agora era diferente. O livro: "A Morte O rlos Maciel, do qual tinha lido alguma coisa no Pasquim e na Rolling O livro foi uma porrada em minha cabeça. Li, reli, tornei a reler. Durante muito tempo só fiz isso. E pensei sobre isso. A porrada já começava nas citações de abertura: Buda, I-Ching e Castaneda. Em "Encruzilhada da Contracultura", ele iniciava da seguinte forma: "O sonho acabou? o diagnóstico de John Lennon implica em sua própria negação; a síntese é o caos. Os sonhos acabam, o pesadelo continua." Depois de textos sobre contracultura, futuro do Rock, existencialismo, vinha a melhor análise sobre cultura musical que eu já li: "Espesso Como Um Tijolo", sobre "Thick as A Brick" do Jethro Tull. A obra de Ian Anderson, a maneira como ela é contada no próprio disco - como se fosse o trabalho de um garoto de 8 anos -, é analisada por Maciel de uma forma clara, cristalina, mas "espessa como um tijolo". Mas a maior tijolada ainda estava por vir: "Origem da Ciência", bebia direto na fonte de Allan Watts e desmascarava o mito da ciência como verdade absoluta. Uma série de poemas magníficos, como "Poemas de Exorcismo" ("Não encontro as palavras/A surpresa das coisas me confunde./Não sei o que sabia/...)" Os desenhos de Lapi formam também a moldura desse quadro. O tempo passou, já se foram quase vinte anos. Muitos livros e atropelos depois, encontro de novo "A Morte Organizada". Releio de novo. E a tijolada é a mesma!!! Onde anda você, Maciel? 1996 "A Morte Organizada" Luiz Carlos Maciel Editora Ground 1978
  • 20. Entre todas as instituições oficiais de nosso mundo, a ciência é a mais intocável. Como reduto extremo das ficções que sustentam a nossa cultura, o conhecimento científico cercou-se de uma aura sagrada - o que é claramente absurdo, se apenas considerarmos que ele está sempre desmentindo hoje o que afirmou ontem. As pessoas dizem que algo é "científico" querendo dizer que é indiscutível quando a experiência demonstra que só poderia significar que esse algo é incerto, provisório, impreciso e destinado, mais cedo ou mais tarde, à refutação. Só um estado de consciência tão embotado e obscuro quanto o do homem de nossa cultura - e isto inclui, principalmente, seus cientistas - poderia encarar, com tanta estúpida vaidade, uma confusão destas. A ciência se corrige sempre porque não passa, no fundo, de uma forma pomposa de ignorância. No entanto, toda ideologia quer ser "cientifica" como se isso fosse uma vantagem, e não uma confissão aberta de sua limitação e qualquer tolice guindada a condição de "ciência" passa a não admitir mais contestação. Chegamos ao cúmulo de ensinar essas besteiras às crianças, pensando que lhes fazemos algum bem, quando seria melhor simplesmente deixá-las em paz. Mas assim são as coisas. Quem observa este mundo com atenção não pára nunca de ficar perplexo. A doença se alastrou tanto, em nossa época que, inclusive, muitas pessoas dedicadas ao conhecimento prático ou mágico tentam fazê-lo passar por "científico", como se isso fosse uma grande coisa. Se algum socialismo é "científico", tanto pior para ele; se a astrologia, por exemplo, é uma "ciência", tanto pior para ela. Isso só pode significar que não chegaram a nenhuma conclusão segura e que podem ser radicalmente reformulados a qualquer momento. Estamos diante de uma verdadeira subversão de valores que, introjetada pela educação e pelos regulamentos sociais, oficializam a confusão mental como o estado psicológico pretensamente "normal" do ser humano. O poder desse condicionamento é tão forte que mesmo muitas pessoas capazes de enxergar suas bases falsas hesitam em gritar que o rei está nu. Desta maneira, a farsa científica continua a se perpetuar. É curioso observar que mesmo pensadores como Alan Watts hesitam em desmascarar a farsa, certamente pode temor a um possível descrédito público. É tocante ver Watts forçar a barra, caçando sempre na ciência moderna alguma "evidência" que corrobore as antigas doutrinas. Watts talvez tenha motivos táticos para isso, mas o fato é que essa complacência também colabora para perpetuar a farsa. por outro lado, há certamente interesses políticos em jogo. Uma crítica radical da ciência abalaria certas estruturas de dominação, instaladas nas instituições encarregadas da preservação da cultura vigente. Poucos são aqueles homens suficientemente corajosos para desmascarar essa ilusão que aceitamos, em que pese seu absurdo. (...) A Origem da Ciência Luiz Carlos Maciel A Morte Organizada
  • 21. Sou sim da era do mimeógrafo a álcool, a “Home Page” da Era Pré-Internética.Amaioria com menos de 40 anos sequer escutou falar. Um sistema de impressão arcaico, mas visceral. Simples e necessário, como tudo tem que ser na vida, o "equipamento" consiste em um "stencil", parecido a um papel carbono (Opa, também não sabe o que é isso? Ah, ta, digamos que o papel carbono era o precursor da impressora: uma espécie de filme colocado no meio de duas folhas para fazer cópia) onde era desenhado ou datilografado o que a gente queria, depois preso à "máquina" que era alimentada com álcool comum . Algumas folhas de papel sulfite e o milagre acontecendo depois de horas e horas de um braço cansado de girar uma manivela. Folha a folha, quando não amassava, nossos livros e "jornaizinhos" - era assim chamado o atual "fanzine" - que tinham saído de nossas cabeças e mãos tomavam forma. Estava pronta nossa "Home Page". Agora faltava o "browser" para chegar até os "users". Depois de devidamente grampeados, nossos livrinhos ou jornaizinhos, impressos todos em azul, a única cor disponível nos mimeógrafos caseiros, saiam às ruas, portas de teatro, shows de Rock (shows de Rock era sempre em teatros na Era Pré-Internet, nada de botecos escuros, fedendo a cigarro, bebida e mjo). Poemas eram lidos e gritados pelas ruas e praças, ou enviados dentro de um envelope pardo pelo Correio. Era toda interatividade que tínhamos disponível: a resposta aos nossos bardos e brados sob a forma de uma carta escrita à mão ou datilografada que demorava dias, semanas até chegar ao seu destinatário. Foi assim que brotaram centenas, milhares, quiçá milhões de combativos, criativos e ativos veículos da "Imprensa Nanica". “Semente”, “Cogumelo Atômico”,” A Mosca”, o meu livrinho “Arquíloco” e tantos outros eram estandartes de uma crise social, política e principalmente moral que a ditadura militar fingia não perceber, porque a criara. O "Cogumelo Atômico", do Luís “Tout-Curt” de Brusque, foi ao certo o mais importante de todos. Luís foi um dos, senão "o", pioneiro na área da imprensa feita de desejo e resistência, como também o foi em construir, junto com Claudia Bia, bonecos de bolas de gude, que depois se transformaram em febre em São Paulo. Também desta leva criativa existia o "Sarrumor" que deu nome, fama e muito dinheiro ao Laerte (claro que é brincadeira, né Laerte? Ao menos a parte da fama...) que também depois fundou a banda Língua deTrapo, até hoje na ativa. Heróicos tempos, loucos tempos! Heróicos garotos éramos todos. Crescemos e nossos cabelos pararam de crescer ou foram cortados, muitos ficaram carecas, gordos e ricos. Outros piraram, outros morreram de overdose e tristeza. A rebeldia adolescente deu lugar à busca de necessidades mais claras e egoístas. Muitos temos filhos e nossos filhos já têm filhos e portanto muitos somos "vôzinhos". Muitos perderam ou se perderam em sonhos. Muitos os deixaram no fundo de uma gaveta do tempo, amarelado e empoeirado. Mas os sonhos "não aceitam nem pedem perdão" (eu não precisava colocar essa frase entre aspas porque é minha mesmo.) e eles, os sonhos, acabam nos acordando com "pancadas na cabeça", como no conto de um livrinho de Valdir Zwetsch, de "O Fabricante de Sonhos". Nossa primeira viagem na máquina do tempo á Era Pré-Internética termina, mas agora todos sabem que existiu uma época em que as pessoas eram criativas, cultas e amigas apenas usando um mimeógrafo a álcool, a "Home Page" da Era Pré-Internética; E que nosso "Browser" (Navegador) eram o ônibus e as pernas, mesmo. E nós não deixamos de ser felizes, apenas esperamos que ela, a Felicidade, nos chegue por “E-Mail”. MimeógrafoaÁlcool,a"HomePage"daEraPré-Internet LuizCarlos“Barata”Cichetto
  • 22. Ok, não precisa se sentir culpado. Não sou exatamente o sujeito mais mal informado em informação sobre Rock e também não conhecia. Certo, aparecem e desaparecem centenas de bandas todos os dias e a massa de informação é tanta que acaba escapando algo. Tinha escutado falar do Morphine, mas o nome me soou como nome de banda japonesa ou de Black Metal, duas coisas que abomino. E assim passou o tempo, a ponto de a banda ter feito uma passagem meteórica pelo planeta Terra durante 10 anos entre 1989 e 1999 e eu nem ter percebido seu brilho. Um brilho interrompido por um relâmpago chamado ataque cardíaco em pleno palco de Mark Sandman,o tal baixista das duas cordas. Um daqueles caras que parece que tem o caminho certo e traçado das estrelas, que é brilhar intensamente e extinguir, deixando a humanidade a imagem de seu brilho por milhões de anos-luz. "Morphine" é morfina, lícita droga que ameniza uma dor. Um entorpecente musical...? Não, "Morphine" não é entorpecente, é energético, potencializador de emoção, dor á flor da pele, percepção em estado puro, onde o baixo de duas cordas cria um clima de Inferno supranatural onde as almas criativas habitam até a fim dos tempos. Um Inferno onírico e esotérico que esbarra em loucura e doença. Sem maniqueísmo nem descrença. Acordes perfeitos, percepção magnificada e modificada. Emoção Perceptiva e Percepção Emotiva. Enquanto isso, em algum lugar do espaço o clima criado pelo saxofonista Dana Colley, são trombetas que chamam nossa emoção a abordar a nave mãe dos sentidos, modificando a percepção do espaço-tempo, transformando em sentimento puro o movimento do ar que circula dentro de seu instrumento e penetra em nossos poros e todos os buracos existentes na nossa alma. Já a bateria de Billy Conway é o sangue que dá o ritmo ao pulsar de um coração transcendental carregado de selvagem e catatônica emoção, batendo ao ritmo de seus pratos, bumbos e ton-tons. Agora, imagine uma banda que mistura Jazz com Blues e Rock... Ah, não, essa é a definição com jeito de modernosa e de anti-definição, que críticos talvez bem informados sobre música dão, querendo parecer que estão desrotulando, o som do Morphine. E se alguma definição cabe ao Morphine é apenas: "Percepção Emocionada", já que a ter percepção, modificada com fatores químicos ou não, é fácil. Agora transformar percepção em emoção é outra coisa. Abrir a porta da percepção é fácil, difícil é traçar o caminho que existe além dela. Obrigado ao Raul, que me falou sobre o Morphine e me mostrou o vídeo de "Radar" começo de uma viagem a bordo da Percepção Emocionada. Morphine,ouPercepçãoEmocionada Luiz Carlos "Barata" Cichetto Imagine uma banda de Rock sem guitarra! É, nem é tão difícil imaginar. Agora imagine que o guitarrista é substituído por um saxofonista que em determinados momentos toca dois saxofones ao mesmo tempo... Ah, tá ficando mais difícil! Agora imagine uma banda em que o baixista toca um contrabaixo apenas com duas cordas na maior parte do tempo... Duas cordas? Isso mesmo, duas cordas. E as mais graves. E o mesmo baixista é, até fisicamente uma lembrança de Lou Reed dos melhores - não que Mr Reed tenha tido piores - tempos, construindo poesias com fortes e ao mesmo tempo belos conteúdos. Se imaginou o Morphine, acertou. Se não imaginou é porque não conhece o trabalho dessa extraordinariamente criativa banda.
  • 23. Vi i a e A e Eva tória (Ou: A F lh d dão ) i Ou h ã é u a “ e a oc ” “Vitór a, A Fil a de Ad o e Eva” m Op r R k e s a Lui a C h em ia no foi e crit por z C rlos “Barata” ic etto 15 d s, I rno e coi i n e e a nve de 2010, ano em qu “ nc de t m ent ”, a e i i “V t a ” r person g m pr nc pal, i ória de T l , m o re. p s obr e m c a e t r r d A re ente a visa s r usi ad in e p eta a c d o es t e teatralm ente com um elen o e 18 v z , en r m s i . a culinas e fem in nas u or d ca l e e est t o s q O a t edi so en m ent e exto às pess a ue sã or se ã s d a o lor em a st n o, f am e r o à e m i r va su exi ê cia: u p nu r B , eu h R an m e s ais, Ja á io e ranca m s fil os, aul e I e in a p n ra I b i ti G ç m h com a hei , za el Cr s na ira ol que deu o p o p n c ri s á o ce de ra a oi e a az e essá o c n pção sta ob . Lu a l ra he to iz C r os “Ba ta” Cic t
  • 24. O Nascimento e a História de "Vitória” Vitória, ou a Filha de Adão e Eva, um projeto gestado por mais de 30 anos por Barata. Cichetto, poeta, escritor, artesão, técnico de informática. Durante mais de trinta anos eu tinha um sonhobjetivo: escrever uma Opera Rock. Mas nunca tive a disposição, os argumentos, a bagagem e principalmente a inspiração necessárias á sua composição. O sonhobjetivo nasceu quando ainda nos anos 1970, várias bandas de Rock lançaram suas óperas-rock. Em 1976 ou 77 estreou no Brasil a "Tommy" do The Who, no filme esplêndido de Ken Russell. Na época eu tinha uma paixão estudantil, que por descobrir ser ela uma lésbica, se transformou numa das maiores amizades que já cultuei. E fomos exatamente 27 vezes assistir a Opera-Rock no cinema... E em todas elas, saiamos e discutíamos sobre o filme, aspectos psicológicos etc. Acaso tivéssemos escrito tudo os que falamos sobre Tommy, teriamos um verdadeiro tratado sobre um filme jamais escrito. O tempo, muito, se passou, nunca mais assistira ao filme, embora às vezes escutasse a trilha sonora. A vida correu, as experiências sob as formas mais diversas foram alimentando minha criação. Escrevi centenas e centenas de poemas baseados nelas, e hora ou outra a idéia da "minha" Ópera-Rock rondava minha cabeça... Mas não tinha saco nem tempo, nem... No final de Junho de 2010, próximo ao dia em que completei 52 anos, pedi a meu filho o DVD de Tommy, pois minha companheira disse nunca ter assistido. Coloquei o disquinho no aparelho do quarto e já no início do filme, quando do momento do nascimento da personagem principal um estalo: Tommy nascia no primeiro dia da "vitória" aliada na Segunda Guerra Mundial. Então pensei: "Vitória" o nome dessa ópera deveria ser Vitória e deveria ser uma mulher... Dai nasceu "Vitória, ou a Filha de Adão e Eva". E comecei a escrever feito alucinado, parecendo que todos os temas estavam ali, prontos, apenas esperando que eu os escrevesse... Ou estavam ali implorando: quero sair! A história inteira brotou na minha cabeça, todos os personagens, situações... Tudo, tudo junto. A inicio imaginei ser uma obra a ser escrita sem pressa, ao longo de anos até... Mas as convergências universais como sempre atropelaram... Conspiraram, sei lá. Pois, pouco mais de uma semana depois de iniciado, com a cabeça pegando fogo, sem tempo nem de respirar ao terminar de escrever uma parte e a outra querendo sair, ir ao papel, que um amigo, na verdade o dono da Rádio Web onde apresento meu programa semanal, sugeriu que eu fizesse uma matéria com Amyr Cantúsio Jr., musico que eu conheci superficialmente através de trabalhos na área de Rock Progressivo. Procurei pela Internet um contato com ele e propus uma entrevista para publicarmos em meu site. Nesse meio termo, analisando o trabalho e a competência absoluta de Amyr, tive um estalo: esse é o cara!, Pensei comigo. E meio com receio de uma resposta negativa, falei superficialmente com ele sobre meu projeto. De pronto o Amyr aceitou. E em 15 dias a Ópera estava escrita, com suas 33 músicas, 18 personagens, contando a saga de "Vitória, a Filha de Adão e Eva". O trabalho musical está em andamento, pelas mãos e genialidade musical de Amyr. E em breve o mundo conhecerá "Vitória".
  • 25. O Resumo da Ópera "Vitória, Ou A Filha de Adão e Eva" é uma "Opera Rock" que conta em 33 temas a história de uma mulher chamada Vitória de Tal, filha de Adão, um ex interno de reformatórios que se transforma em pastor evangélico, tendo antes cometido vários crimes, entre os quais o estupro de Eva, uma prendada e estudiosa filha de uma costureira. Vitória nasce num bordel e é criada também em um reformatório. A partir dai, cedo se transforma em uma alcoviteira milionária que busca á qualquer custo mais que dinheiro e prazer, aquilo que a humanidade mais almeja: a felicidade. São 18 personagens que ao logo dos temas interagem com Vitória tecendo um clima de paixão sem limites, amores não concretizados, tragédias morais e sociais. O pano de fundo é a hipocrisia social, que transforma o caráter das pessoas, além das busca incessante da felicidade a qualquer custo. "Vitória" tem citações claras a fatos da musica pop e da política e acontece exatamente num período que compreende o inicio dos anos 1960 e 2010, sendo que o período de vida da personagem principal é de 33 anos e 1/3, uma metáfora com a velocidade dos LPs de vinil. E em breve o mundo conhecerá "Vitória". Personagens Personagem Principal: Vitória Outros Personagens (Em Ordem de Entrada): 1. Adão 2. Eva 3. Aulétrides 4. As Rainhas Magas (Maria das Rosas) 5. As Rainhas Magas (Maria das Marias) 6. As Rainhas Magas (Maria das Dores) 7. Sacerdote Judas 8. O Delegado 9. Yaraci 10. Janga 11. Betty Boop 12. O Homúnculos 13. Bloody Mary 14. O Poeta das Perdidas 15. Judas Crucificado Outros Personagens: Narrador Repórter de Rádio Saiba Mais: www.operarockvitoria.abarata.com.br
  • 26. Saudades Solidão Sinto saudades de um tempo que nunca vivi, de uma época inexistente, das batalhas que nunca lutei, das derrotas que levo no coração, sinto falta do calor do corpo da donzela que nunca salvei, sinto a dor das feridas que não existem, de um lugar frio e verde que meus olhos não vêem, eu sinto, eu sinto, eu sinto muita falta da minha juventude não vivida e dos amores platônicos da infância, a cada sol que se vai eu me lembro de um alguém que nunca existiu, das caricias do vento e do beijo suave e angustiante do amanhecer. Nas noites claras, só vejo escuridão, sentado a beira da janela, tendo mar como ilusão. A chuva acalma minha triste virtude, tenho visões e aparições da minha juventude. Mortes, tiros, casais, crianças, nada disso tem importância Meu pensamento estar distante, dizem que minha alma é uma fonte borbulhante. Quero ser livre, livre dos meus adversários, logo eu, o mais solitário dos solitários. Ó paixão! Perdoai-me a minha tristeza, que se faz noite, que se faz beleza. É isso que vos digo, meu eterno inimigo Fernando Lopes flan23@gmail.com Já reparou que é muito complicado falar de si próprio, já tentou falar das suas qualidades, ou ate mesmo defeitos, é difícil não é, é mais fácil você falar da sua vizinha do que de vc mesmo, falar que ela é feia, que a musica que ela ouvir é uma porcaria, que seu cabelo é ruim, que ela tem mal gosto, nossa, isso tão divertido as vezes, faz parte do nosso infinito universo de curiosidades para com o vil, por isso o BBB faz tanto sucesso, bisbilhotar é bom não é, agora falar de si próprio já complica um pouco, mas vamos lá. Sou um simples cara do interior da Bahia que vim morar na capital baiana a mais ou menos 12 anos, tenho 31 ate o dia 02/12 que farei 32 e espero não entrar na “depre” dos 30...., moro sozinho e sim, eu cozinho, lavo roupa também, lavo pratos (mas odeio), sou preguiçoso, lerdo, gosto de escrever, isso quando não estou com preguiça e vou dormir, adoro poesia, (por isso estou aqui), me considero um cara romântico, mas quem no mundo não se considera, pergunta para qualquer pessoa na rua e ela vai dizer, sou muito romântico, principalmente mulheres, por isso falar não é nada, é preciso gestos, e isso (eu acho) sei fazer muito bem, tenho 1380402176520785 de defeitos, mas não cabe eu falar aqui agora, iria perder a graça e o encanto.. adoro café, musica (boa), odeio calor, amo o frio, adoro filmes, qualquer tipo de filme, é só ter uma boa historia, amos meus amigos ao extremo, amo minha família apesar de ser distante dele, (mas não espalha não pois tenho fama de miserável..hehe) Trabalho a 5 anos na ares de publicidade de um jornal, (classificados), não sou 100% feliz, mas quem no mundo é? Não sou nenhum santo muito menos um Hitler da era moderna, sou apenas uma pessoa comum, só isso, sou rebelde e as vezes omisso, ou seja, “Jovem”.
  • 27. A Barata e Lágrima Psicodélica, Blog e Rádio Web Underground apresentam o 1º. Festival de Música Independente. Artistas independentes, inéditos ou não, com músicas com sonoridade Rock, poderão fazer suas inscrições até 7 de Setembro de 2010. As músicas serão imediatamente disponibilizadas para audição. Encerrado o período de inscrição, teremos uma fase de votação aberta, por intermédio do blog e do site, que escolherá as 12 melhores. Posteriormente uma votação interna, por um júri composto de integrantes de A Barata e Lágrima Psicodélica escolherá o vencedor do Festival. As 12 músicas finalistas participarão de um CD Virtual, contendo as músicas e encarte completo, com "download" na Internet, produzido pela Organização. A música vencedora terá a produção de um programa especial, de 2 horas de duração, contendo músicas e entrevista, dentro da programação da Rádio Web Underground Lágrima Psicodélica, em data e horário a ser determinado pela Organização. Também terá o artista vencedor, a publicação de duas páginas dentro da Revist'A Barata, edição de Outubro de 2010. Inscrições:www.abarata.com.br
  • 28. "Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar – se possível – judeus, o gentio... negros... brancos. Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades. O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido. A aviação e o rádio aproximaram-nos muito mais. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem... um apelo à fraternidade universal... à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: “Não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem homens, a liberdade nunca perecerá. O Último Discurso de “O Grande Ditador” Charles Chaplin
  • 29. Soldados! Não vos entregueis a esses brutais... que vos desprezam... que vos escravizam... que arregimentam as vossas vidas... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como gado humano e que vos utilizam como bucha de canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar... os que não se fazem amar e os inumanos! Soldados! Não batalheis pela escravidão! Lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o Reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem ou grupo de homens, ms dos homens todos! Está em vós! Vós, o povo, tendes o poder – o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela... de faze-la uma aventura maravilhosa. Portanto – em nome da democracia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice. É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos! Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontrares, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo – um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergue os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os olhos!" http://abarata.com.br
  • 30. 1 – É um sino. Que redobra num timbre dourado chamando ao culto Aqueles que lhe escutam, e eu das culturas amorosas um inculto É um sino. Sino que do alto da torre da catedral do prazer, repica Por quem dobram os sinos? A pergunta quem nem a alma explica. É um sino. Chamando ao destino do meu desejo, som do meu gozo Em badaladas embaladas pelas suas coxas, oh doce mistério gozoso Sino! Infernos de dantes, purgatórios do agora, paraíso de amanhã Quero sempre acordar com beijo de sino, pela noite e pela manhã. Toque a mim as doze badaladas e minha alma com sua língua nervosa Preso entre suas ancas, puxo a corda e toco seu clitóris, vulva deliciosa Grite por mim, gema comigo, seu prazer é meu prazer, grite ao surdos Que sua paixão é sino que toca no alto da torre, deixando todos mudos. Quero sempre acordar ao som das luxúrias que saem dos seus lábios Transformando o poeta num amante e o homem no maior dos sábios Ah, minha obra de arte forjada no fogo do paraíso, oficina do artesão Sufoco meus gritos, badalando ao som do sino, um hino ao seu tesão. O que eu não encontro é o mesmo que procuras Da mesma doença procuramos as mesmas curas It’s a Bell, You’re my Bell. My Bell, ring my bell, fell my hell And I wish your wishes and about you desires I can tell. 2 – Eu quero tocar o sino, anunciando uma esperada manhã de glória Beijar o céu, deixando o inferno em outra parte de minha história O sino é o destino, retine com o timbre de vozes de deusas gregas Deusas de enormes ancas, belos decotes e um par de botas negras. Tocar o sino que a guerra foi ganha, meu exército derrotou a morte Agora retorno aos braços da paixão, tocando o sino da melhor sorte Sina, de sino quero o destino, ensina minha alma a sempre lhe tocar Tocar seu sino, glórias ao prazer que por nenhum gostaria de trocar. Bell’s Hell, sino a procura de seu som, o que buscas, porque dobras? O que procuras meu sino, ao badalar? Ecos não são do vento sobras. Ecos d’Alma, buscas o som perfeito, compasso cristalino do diapasão Além da orgia e do amante, o compasso perfeito da alma com tesão. Buscas o perfeito retinir das almas, o som perfeito da paixão sem dor Sincronia musical, perfeita feito sinfonia sincronizada em computador A sinergia perfeita entre o corpo e a alma, orgia de almas além do prazer Encontrar o que não perdemos nem sabemos é o que podemos nos trazer. O que eu não encontro é o mesmo que procuras Da mesma doença procuramos as mesmas curas It’s a Bell, You’re my Bell. My Bell, ring my bell, fell my hell And I wish your wishes and about you desires I can tell. É Um Sino(It’saBell)
  • 31. 3 – O ateu chama Jesus, mandem ao inferno os ateus Porque o que quero mesmo é gozar nos seios teus Sobem almas libertas do purgatório, anjos decentes Ao som de uma orquestra de trombetas indecentes. Retine o sino do alto da torre da catedral dos ditos desejos Dança o bem a dança do mal, o certo e o errado aos beijos Detalhes sórdidos não poupados, corpos refletidos no céu Minha vida refletida em seu rosto, livre não sou mais réu. Prende minha cabeça entre suas pernas e minh’alma nos abraços Minha língua envolvendo sua alma, sua beleza entre meus braços Falando bobagem em seus ouvidos, escuto o som do seu tesão Sou sua prece de prazer, dos teus desejos um dedicado artesão. Nós somos nossos, sem posse por direito, nossos porque desejamos Somos nossos e nos possuímos e consumimos quando nos beijamos É um sino, e eu escuto mesmo á distancia o seu chamado por mim Começa agora a orgia das almas, onde o agora é o agora sem fim. ÉUmSino (It’s a Bell) Luiz Carlos "Barata" Cichetto
  • 32. Espaço Publicitário Tiragem: 50.000 Destinatários Valor do Anúncio: R$ 90,00 Próxima Edição: Outubro 2010 Contato: barata.cichetto@gmail.com Telefone: (11) 6358-9727 www.folhadeguaianases.com.br 25 Anos a Serviço da Comunidade Guaianases, Ferraz, Itaquera, Poá e Suzano Web Sites, Design Gráfico 12 Anos de Atitude Web Responsável: Barata Cichetto www.celsomirandaimoveis.com.br Casas, Apartamentos Imóveis Comerciais e Residenciais. Venda, Locação e Permuta www.abarata.com.br