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A Mensagem

FEITO POR:
ALEXANDRE SERODIO, Nº1
OLEKSANDER NICOLYN Nº
TIAGO CARVALHO Nº 22
TIAGO BRAGA Nº23

Disciplina: Português
Professora: Liliete Santos
Fernando Pessoa


Fernando António Nogueira Pessoa, nasceu em Lisboa a
13 de Junho de 1888 e morreu em Lisboa a 30 de
Novembro de 1935, mais conhecido como Fernando
Pessoa, foi um poeta, filósofo e escritor português.



É considerado um dos maiores poetas de Língua
portuguesa tendo seu valor comparado ao de Camões.



Fernando ficou conhecido pelo número elevado de
heterónimos que criou, mas os seus mais conhecidos
são: Álvaro Campos Alberto Caeiro e Ricardo Reis.
Contexto Político






Salazar é chamado ao Poder na qualidade de ministro
das finanças, em 1928, tornar-se-ia presidente do
Conselho em 1932. Salazar em 1933 cria o Estado-novo.
O preço a pagar pela ordem e pelo rigor administrativo
e pela riqueza foi um enorme "pesadelo" para o povo
português a falta de liberdade fui um dos maiores
problemas.
Fernando Pessoa publica o Livro a Mensagem um ano
depois de Salazar ter subido ao poder, ele colaborou e
ajudou o regime salazarista entre 1933 e 1934, mas
como liberal que era, não podia suportar a opressão e
tornou-se opositor do regime.
Contexto Histórico


Fernando pessoa era neutro quer dizer que nem apoiava Salazar
nem estava contra, mas tinha de fingir "gostar" e estar ao lado dele
para poder publicar suas obras.



Na primeira parte de Mensagem, referem-se a mitos e figuras
históricas de Portugal, significativamente até D. Sebastião, que são
identificados com elementos de heráldica
(campos, castelos, quinas, coroa, timbre) presentes no brasão
português.



O Infante D. Henrique, e como suas asas D. João II e Afonso de
Albuquerque - precisamente três das personalidades mais
determinantes na formação do império na sua consumação e na
sua consolidação.
O texto épico-lírico:
Definição e características


O texto épico-lírico implica características da epopeia e da lírica, é a
junção de elementos épicos com uma componente lírica capaz de
exprimir os sentimentos ou os pensamentos íntimos do "Eu".



Pressupõe a junção da conceção narrativa e da grandiosidade de
assunto do texto épico com a função emotiva e a subjetividade do
texto lírico.



Como texto épico, exige a celebração de um feito, de um
acontecimento grandioso e histórico ou do espírito de um povo; como
texto lírico, exprime estados de alma, reflexões e sentimentos do "Eu"
sobre o que narra.



Ao ter marcas épicas, o "eu" revela a sua relação com o
mundo, enquanto a voz lírica exprime o seu estado de alma, através
de um discurso mais ou menos rítmico.
Continuação:


O século XX, em Portugal, a "Mensagem" de Fernando Pessoa é um
dos melhores exemplos de texto épico-lírico.



Nela, por um lado, é possível observarmos o sentido épico pela
presença de fragmentos de discursos narrativos, das alusões
históricas, dos feitos heroicos, do maravilhoso (com as referências
mitológicas) e da expressão do espírito do povo português; por
outro lado, a brevidade dos poemas, o valor em si que cada
poema possui isoladamente, a expressão das emoções, a
valorização do "Eu" são marcas do discurso lírico. O relato histórico
dá lugar à visão subjetiva e introspetiva dos acontecimentos que
contêm valores míticos e simbólicos.
Estrutura externa e interna da obra:


1ª Parte – Brasão ( os construtores do império): corresponde ao
nascimento, com referencia aos mitos e figuras históricas ate
D.Sabastiao, identificadas nos elementos dos brasoes. Dá-nos conta
do Portugal erguido pelo esforço e destinado a grandes feitos.



“Ulisses” - Símbolo da renovação dos mitos: É irrelevante que as
figuras de quem o poeta se vai ocupas tenham tido ou não
existência histórica. O que importa é o que elas representam. Dai
serem figuras incorpóreas, que servem para ilustrar o ideal de ser
português.



“D.Dinis” - símbolo da importância da poesia na construção do
mundo;



“D.Sabastiao, rei de Portugal” - Símbolo da loucura audaciosa e
aventureira.
Continuação:


2ª Parte – MAR PORTUGUÊS(o sonho e obra das descobertas): surge
a realização e vida; refere personalidade e acontecimentos dos
Descobrimentos que exigiram uma luta contra o desconhecido e os
elementos naturais. Mas porque tudo vale a pena a missão foi
comprida.



“O Infante” - Símbolo do Homem universal, que realiza o sonho por
vontade divina.



“Mar Português” - Símbolo do sofrimento por que passaram todos
os portugueses.



“O Mostrengo” - Símbolo dos obstáculos, dos perigos e dos medos
que os portugueses tiveram que enfrentar para realizar o seu sonho.
Continuação:


3ª Parte – O ENCOBERTO (a imagem do império moribundo, a
fé que a morte contenha em si o germana da
ressurreição, capas de provocar o nascimento do império
espiritual, moral e civilizacional na diáspora lusíada. A
esperança do Quinto Imperio): aparece a
desintegração, havendo, por isso, um presente de sofrimento
e de magoa. Pois falta cumprir-se Portugal. É preciso
acontecer a regeneração que será anunciada por símbolos
e avisos.
Quinto Imperio:


O quinto império é um mito que vem de há muito tempo atras na
mitologia judaico-cristã. Este mito começou quando
Nabucodonosor, rei de Babilonia teve um sonho que vem contado
na bíblia no livro de Daniel.



O mito começou quando o rei teve um sonho de uma estatua de
dimensões prodigiosas. A estatua tinha a cabeça de ouro, os
braços e o tronco de prata, as pernas de bronze e os pés de barro
misturado com ferro, de repente uma pedra bate nos pés da
estatua fazendo ela cair e partir-se, a pedra depois transforma-se
numa alta montanha que cobre toda a terra.



Daniel foi o interprete do sonho ele disse que a estatua
representava 4 impérios o de ouro o império de babilónia o de
prata de bronze e o de barro misturado com ferro outros impérios e
que esses impérios cairiam e que pedra que os fez cair iria-se
transformar num quinto império universal que não teria fim.
O Sebastianismo


O sebastianismo ocorreu em Portugal no seculo XVI apos a
morte do rei D. Sebastião na batalha de alcácer-quibir em
1578, por ele não ter herdeiros para trono o reino português
caiu nas mãos do rei Filipe de Espanha.



O sebastianismo cresceu como o mito de que o “Desejado”
rei D. Sebastião apareceria numa manha de nevoeiro no seu
cavalo branco para tirar o povo português das garras dos
espanhóis.



Apos a restauração da independência 1640 o movimento
começou a desvanecer porem o sebastianismo continuou
vivo nas mentes dos portugueses por muito tempo.
Explicação do título:


O título original do livro era Portugal nome dado pela influencia de
um amigo do Fernando. Pessoa considera "Mensagem" um título
mais apropriado, em vez do nome "Portugal" Pessoa gosta da
palavra "mensagem" a partir da expressão latina: Mens agitat
molem, isto é, "A mente comanda o corpo", frase da história de
Eneida, de Virgílio, dita pela personagem Anquises quando explica
a Enéias o sistema do Universo.



Fernando Pessoa não utiliza o sentido original da frase, que
mostrava a existência de um princípio universal de onde libertavam
todos os seres.



Fernando Pessoa dava o nome de livro pequeno de poemas ao
seu único livro de poemas composto por ele.

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  • 1. A Mensagem FEITO POR: ALEXANDRE SERODIO, Nº1 OLEKSANDER NICOLYN Nº TIAGO CARVALHO Nº 22 TIAGO BRAGA Nº23 Disciplina: Português Professora: Liliete Santos
  • 2. Fernando Pessoa  Fernando António Nogueira Pessoa, nasceu em Lisboa a 13 de Junho de 1888 e morreu em Lisboa a 30 de Novembro de 1935, mais conhecido como Fernando Pessoa, foi um poeta, filósofo e escritor português.  É considerado um dos maiores poetas de Língua portuguesa tendo seu valor comparado ao de Camões.  Fernando ficou conhecido pelo número elevado de heterónimos que criou, mas os seus mais conhecidos são: Álvaro Campos Alberto Caeiro e Ricardo Reis.
  • 3. Contexto Político    Salazar é chamado ao Poder na qualidade de ministro das finanças, em 1928, tornar-se-ia presidente do Conselho em 1932. Salazar em 1933 cria o Estado-novo. O preço a pagar pela ordem e pelo rigor administrativo e pela riqueza foi um enorme "pesadelo" para o povo português a falta de liberdade fui um dos maiores problemas. Fernando Pessoa publica o Livro a Mensagem um ano depois de Salazar ter subido ao poder, ele colaborou e ajudou o regime salazarista entre 1933 e 1934, mas como liberal que era, não podia suportar a opressão e tornou-se opositor do regime.
  • 4. Contexto Histórico  Fernando pessoa era neutro quer dizer que nem apoiava Salazar nem estava contra, mas tinha de fingir "gostar" e estar ao lado dele para poder publicar suas obras.  Na primeira parte de Mensagem, referem-se a mitos e figuras históricas de Portugal, significativamente até D. Sebastião, que são identificados com elementos de heráldica (campos, castelos, quinas, coroa, timbre) presentes no brasão português.  O Infante D. Henrique, e como suas asas D. João II e Afonso de Albuquerque - precisamente três das personalidades mais determinantes na formação do império na sua consumação e na sua consolidação.
  • 5. O texto épico-lírico: Definição e características  O texto épico-lírico implica características da epopeia e da lírica, é a junção de elementos épicos com uma componente lírica capaz de exprimir os sentimentos ou os pensamentos íntimos do "Eu".  Pressupõe a junção da conceção narrativa e da grandiosidade de assunto do texto épico com a função emotiva e a subjetividade do texto lírico.  Como texto épico, exige a celebração de um feito, de um acontecimento grandioso e histórico ou do espírito de um povo; como texto lírico, exprime estados de alma, reflexões e sentimentos do "Eu" sobre o que narra.  Ao ter marcas épicas, o "eu" revela a sua relação com o mundo, enquanto a voz lírica exprime o seu estado de alma, através de um discurso mais ou menos rítmico.
  • 6. Continuação:  O século XX, em Portugal, a "Mensagem" de Fernando Pessoa é um dos melhores exemplos de texto épico-lírico.  Nela, por um lado, é possível observarmos o sentido épico pela presença de fragmentos de discursos narrativos, das alusões históricas, dos feitos heroicos, do maravilhoso (com as referências mitológicas) e da expressão do espírito do povo português; por outro lado, a brevidade dos poemas, o valor em si que cada poema possui isoladamente, a expressão das emoções, a valorização do "Eu" são marcas do discurso lírico. O relato histórico dá lugar à visão subjetiva e introspetiva dos acontecimentos que contêm valores míticos e simbólicos.
  • 7. Estrutura externa e interna da obra:  1ª Parte – Brasão ( os construtores do império): corresponde ao nascimento, com referencia aos mitos e figuras históricas ate D.Sabastiao, identificadas nos elementos dos brasoes. Dá-nos conta do Portugal erguido pelo esforço e destinado a grandes feitos.  “Ulisses” - Símbolo da renovação dos mitos: É irrelevante que as figuras de quem o poeta se vai ocupas tenham tido ou não existência histórica. O que importa é o que elas representam. Dai serem figuras incorpóreas, que servem para ilustrar o ideal de ser português.  “D.Dinis” - símbolo da importância da poesia na construção do mundo;  “D.Sabastiao, rei de Portugal” - Símbolo da loucura audaciosa e aventureira.
  • 8. Continuação:  2ª Parte – MAR PORTUGUÊS(o sonho e obra das descobertas): surge a realização e vida; refere personalidade e acontecimentos dos Descobrimentos que exigiram uma luta contra o desconhecido e os elementos naturais. Mas porque tudo vale a pena a missão foi comprida.  “O Infante” - Símbolo do Homem universal, que realiza o sonho por vontade divina.  “Mar Português” - Símbolo do sofrimento por que passaram todos os portugueses.  “O Mostrengo” - Símbolo dos obstáculos, dos perigos e dos medos que os portugueses tiveram que enfrentar para realizar o seu sonho.
  • 9. Continuação:  3ª Parte – O ENCOBERTO (a imagem do império moribundo, a fé que a morte contenha em si o germana da ressurreição, capas de provocar o nascimento do império espiritual, moral e civilizacional na diáspora lusíada. A esperança do Quinto Imperio): aparece a desintegração, havendo, por isso, um presente de sofrimento e de magoa. Pois falta cumprir-se Portugal. É preciso acontecer a regeneração que será anunciada por símbolos e avisos.
  • 10. Quinto Imperio:  O quinto império é um mito que vem de há muito tempo atras na mitologia judaico-cristã. Este mito começou quando Nabucodonosor, rei de Babilonia teve um sonho que vem contado na bíblia no livro de Daniel.  O mito começou quando o rei teve um sonho de uma estatua de dimensões prodigiosas. A estatua tinha a cabeça de ouro, os braços e o tronco de prata, as pernas de bronze e os pés de barro misturado com ferro, de repente uma pedra bate nos pés da estatua fazendo ela cair e partir-se, a pedra depois transforma-se numa alta montanha que cobre toda a terra.  Daniel foi o interprete do sonho ele disse que a estatua representava 4 impérios o de ouro o império de babilónia o de prata de bronze e o de barro misturado com ferro outros impérios e que esses impérios cairiam e que pedra que os fez cair iria-se transformar num quinto império universal que não teria fim.
  • 11. O Sebastianismo  O sebastianismo ocorreu em Portugal no seculo XVI apos a morte do rei D. Sebastião na batalha de alcácer-quibir em 1578, por ele não ter herdeiros para trono o reino português caiu nas mãos do rei Filipe de Espanha.  O sebastianismo cresceu como o mito de que o “Desejado” rei D. Sebastião apareceria numa manha de nevoeiro no seu cavalo branco para tirar o povo português das garras dos espanhóis.  Apos a restauração da independência 1640 o movimento começou a desvanecer porem o sebastianismo continuou vivo nas mentes dos portugueses por muito tempo.
  • 12. Explicação do título:  O título original do livro era Portugal nome dado pela influencia de um amigo do Fernando. Pessoa considera "Mensagem" um título mais apropriado, em vez do nome "Portugal" Pessoa gosta da palavra "mensagem" a partir da expressão latina: Mens agitat molem, isto é, "A mente comanda o corpo", frase da história de Eneida, de Virgílio, dita pela personagem Anquises quando explica a Enéias o sistema do Universo.  Fernando Pessoa não utiliza o sentido original da frase, que mostrava a existência de um princípio universal de onde libertavam todos os seres.  Fernando Pessoa dava o nome de livro pequeno de poemas ao seu único livro de poemas composto por ele.