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Capítulo 5 - Hebreus, fenícios e persas
Menorá, o candelabro de sete braços dos hebreus.
Pingente de ouro fenício do século IV a.C., em forma de barco.
Placa de ouro persa do Século IV a.C.
A leitura da Torá é vista pelos hebreus e seus
descendentes, os judeus, como uma
aproximação com Deus. Por isso, os judeus
realizam cerimonias de iniciação dos jovens na
leitura da Torá. Na foto, um aspecto do bat
mitzvah.
Um aspecto da bat mitzvah,
cerimônia equivalente, mas
para as meninas.
A história dos hebreus tem especial significado para nós, ocidentais,
pois constitui importante elo entre as civilizações do Oriente Próximo e
a civilização ocidental. Além disso, foi entre os hebreus que surgiu e se
desenvolveu o monoteísmo ético, que serviu de base tanto para o
judaísmo (religião dos hebreus) quanto para o cristianismo (religião da
maioria dos brasileiros).
Monoteísmo ético: legado dos hebreus: Monolatria é o culto a um único
deus, embora acreditando-se na existência de outros; isto era muito
comum na Antiguidade, com os deuses de cada tribo, cada clã ou
mesmo cada povo. Monoteísmo já é a crença na existência de apenas
um deus, não sendo os outros, porventura cultuados, senão falsos
deuses. Já o monoteísmo ético é a crença em um deus único, que dita
normas de comportamento e exige uma conduta ética por parte de seus
seguidores.
Fontes para o estudo dos hebreus: A Bíblia ou Torá é composta por vários
livros. Os historiadores sobretudo (o Pentatêutico) cinco livros: Gênesis,
Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.
Os Hebreus
Conta a Bíblia, e confirma a arqueologia, que os hebreus viviam do
pastoreio nas proximidades de Ur, na Mesopotâmia. Por volta de 1800 a. C.,
Deus confiou ao pastor hebreu, Abraão, a missão de conduzir seu povo na
busca por boas pastagens para o seu rebanho. Assim, Abraão deixou, a
Mesopotâmia e se estabeleceu com eles em Canaã (a Terra Prometida), na
Palestina. As famílias organizaram-se em clãs, cujos chefes eram chamados
de patriarcas. Ainda segundo a Bíblia, os primeiros patriarcas foram Abraão,
Isaac e Jacó. Este último teve seu nome mudado para Israel, por isso, seus
descendentes foram chamados de israelitas.
HEBREUS NO EGITO: Durante um longo período de seca e fome, os hebreus
foram forçados a emigrar para o Egito, na época sob o domínio dos hicsos.
Enquanto durou essa dominação, os hebreus progrediram, chegando a
ocupar posições de destaque na sociedade egípcia. Depois de longo
período de cativeiro, liderados pelo patriarca Moisés, os hebreus se
rebelaram e retornaram à Palestina. Esse episódio é chamado de Êxodo e
durou + 40 anos, quando Moisés recebeu de Deus os 10 Mandamentos, no
Monte Sinai.
HISTÓRIA POLÍTICA
A Palestina era uma estreita faixa de terra cortada pelo rio Jordão; repare que Abrão e
sua gente partiram de Ur, na Caldeia, e passaram pelas cidades de Babilônia, Mari,
Haran, Aleppo, Hamath e Damasco, até se fixarem em Canaã.
A DISPUTA PELA PALESTINA: Chegando à Palestina, os hebreus
travaram uma luta árdua e prolongada contra outros povos lá
estabelecidos como os cananeus e os filisteus. Na época, os hebreus
estavam divididos em 12 tribos e eram comandados pelos juízes,
nome que eles davam aos seus chefes militares, políticos e
religiosos. Os mais conhecidos juízes hebreus foram: Josué, Jefté,
Gedeão, Sansão e Samuel.
A MONARQUIA HEBRAICA: A continuidade da luta pela Palestina
exigia unidade de comando, por isso, em 1010 a. C., as 12 tribos
hebraicas uniram-se sob o comando de Saul, o primeiro rei hebreu.
Salomão, filho e sucessor de Davi, promoveu o comércio com a
Fenícia, a Síria e o nordeste da África e aliou-se aos comerciantes
fenícios. No seu reinado, a introdução do arado de ferro causou
aumento da produtividade agrícola, contribuindo, assim, para um
crescimento demográfico. Além disso, Salomão mandou realizar
grandes obras, entre elas o palácio real e o monumental Templo de
Jerusalém.
Maquete representando o Templo de
Jerusalém, construído por Salomão, 1000 a.C.
Cena do filme Sansão e Dalila. No detalhe,
vê-se a filisteia Dalila cortando os cabelos
do herói bíblico, Sansão.
A DIVISÃO DOS HEBREUS: Com a morte de Salomão, em 930 a. C., a insatisfação
do povo e as disputas internas pelo poder levaram à divisão do reino em duas unidades:
o Reino de Israel, formado por 10 tribos e com capital em Samaria, e o Reino de Judá,
composto de duas tribos, com capital em Jerusalém. Em 722 a. C., o Reino de Israel foi
conquistado pelos assírios. O Reino de Judá sobreviveu até 587 a. C., quando foi
arrasado pelos caldeus, que destruíram o Templo de Jerusalém e levaram milhares de
hebreus como prisioneiros para Babilônia. Esse episódio ficou conhecido como Cativeiro
da Babilônia. Nos séculos seguintes, esses descendentes de Judá (judeus) foram
conquistados sucessivamente por vários povos. No ano 70, os judeus se rebelaram
contra a dominação dos romanos que reagiram destruindo o Templo de Jerusalém e
desencadeando uma violenta repressão, que provocou a diáspora - dispersão dos judeus
pelo mundo.
RELIGIÃO E CULTURA: Mesmo dispersos, os judeus se conservaram fiéis aos seus
hábitos, tradições e valores. Reunidos em comunidades, ergueram sinagogas - locais de
oração, de culto e de instrução religiosa - que funcionavam como importantes
elementos de coesão grupal. Diferentemente de muitos povos antigos, que eram
politeístas, os judeus eram monoteístas e viam a si próprios como povo eleito.
Uma característica do judaísmo é interferir profundamente no cotidiano de seus
seguidores, como se pode concluir observando o uso diário que os judeus fazem do
quipá, visto como sinal da presença divina na vida humana. Os profetas, homens tidos
como inspirados por Deus, capazes de comunicar duas mensagens e realizar profecias
exerceram papel decisivo na consolidação do monoteísmo judaico.
Judeus orando no Muro das Lamentações, Em 2012.
Vista interna e externa da sinagoga Kahal Zur Israel, na cidade de Recife-PE, a
mais antiga das Américas. Atualmente o prédio abriga o centro cultural judaico
de Pernambuco.
Fenícios: um povo de navegadores e comerciantes
Os fenícios ocupavam um território extenso e estreito (200 quilômetros de
comprimento por 40 quilômetros de largura), situado entre as montanhas do
Líbano e o mar Mediterrâneo. O solo montanhoso da Fenícia não era favorável
ao desenvolvimento agrícola e pastoril. Vivendo como que espremido em seu
território. o povo fenício percebeu a necessidade de se lançar ao mar e
desenvolver o comércio pelas cidades do Mediterrâneo. Entre os fatores que
favoreceram o sucesso comercial e marítimo da Fenícia, podemos destacar
que a região:
 Era muito encruzilhada de rotas comerciais, o escoadouro natural das
caravanas de comercio que vinham da Ásia em direção ao Mediterrâneo;
 Era rica em cedros, que forneciam a valiosa madeira para a construção de
navios;
 Possuía bons portos naturais em suas principais cidades (Ugarit, Biblos,
Sidon e Tiro);
 Tinha praias repletas de um molusco (múrice), do qual se extraía a púrpura,
corante de cor vermelha utilizando para o tingimento de tecidos, muito
procurados entre as elites de diversas regiões da Antiguidade.
Arte fenícia do século VIII a.C. Nesse entalhe em marfim, vê-se uma leoa
saltando sobre núbio e cravando os dentes em sua garganta. Havia duas peças
idênticas a essa: uma no Museu Britânico, outra no Museu do Iraque; esta
Observe as colônias fenícias n mapa: várias delas como Chipre, Sicília, Cádiz e,
especialmente Cartago, alcançaram grande prosperidade, ajudando os fenícios
a circularem por todo o Mar Mediterrâneo e pelo Oceano Atlântico.
As cidades-Estado fenícias: A Fenícia nunca foi um reino, como Israel, ou um império,
como o Egito. Os fenícios viviam em cidades-Estado. Independentes entre si. Algumas
delas adotavam a monarquia hereditária; outras eram governadas por um Conselho de
Anciãos. As cidades fenícias disputavam entre si e com outros povos, o controle das
principais rotas do comércio marítimo. Três cidades exerceram a liderança comercial e
marítima sucessivamente: a primeira foi Biblos, que vendia cedro para os egípcios e deles
compravam papiro, o "papel“ da época. Depois foi a vez de Sidon impor sua hegemonia,
controlando o comércio no Mar Egeu e negociando com os gregos. Por fim, a cidade de
Tiro assumiu a hegemonia do Mediterrâneo Ocidental fundando colônias, entre as quais
merece destaque Cartago, no norte da África. Em 64 a.C., as cidades fenícias foram
conquistadas pelos romanos.
A invenção do alfabeto: Os primeiros sistemas de escrita de que se tem notícia surgiram
na China, na Mesopotâmia e no Egito. Tais sistemas se valiam de pictogramas
(mesopotâmicos e egípcios) e de ideogramas (chineses). As escritas pictográficas e
ideográficas eram complexas, com milhares de caracteres, e eram praticadas por um
número pequeno de profissionais especializados (escribas ou membros da realeza). Por
volta 1100 a. C., os fenícios de Ugarit, buscando facilitar o comércio e agilizar a
comunicação, desenvolveram o alfabeto, uma verdadeira revolução no campo da
comunicação. Assim, em vez de ideogramas, como os usados pelos chineses, os fenícios
propunham 22 sinais, cada um deles, correspondendo a um som, e não uma ideia ou
palavra. As 22 letras do alfabeto fenício eram consoantes. Os gregos acrescentaram a elas
as vogais. Assim, o alfabeto fenício serviu de base para o grego, que deu origem ao latim,
no qual se baseia o alfabeto que usamos atualmente
Ideograma: sinal que exprime a ideia e não os sons da palavra que
representa essa ideia: os caracteres egípcios eram ideogramas.
Pictogramas são desenhos simplificados e estilizados que representa objetos
ou seres.
OS PERSAS foram uma das mais expressivas civilizações da Antiguidade. A Pérsia
situava-se a leste da Mesopotâmia, no Planalto do Irã, entre o Golfo Pérsico e o mar
Cáspio. Ao contrário das regiões vizinhas, possuía poucas áreas férteis, se
estabeleceram no território por volta de 550 a.C. Ciro, príncipe persa, realizou a
dominação do Reino da Média e deu início à formação de um bem-sucedido reinado
que durou cerca de vinte e cinco anos. Nesse período, foram conquistados: a Lídia, a
Fenícia, a Síria, a Palestina, as regiões gregas da Ásia Menor e a Babilônia.
Cambises, filho e sucessor de Ciro, iniciou uma difícil campanha militar contra o Egito,
em 525 a.C., finalmente vencida pelos persas na Batalha de Pelusa. Nessa época o
império persa abrangia o mar Cáspio, o mar Negro, o Cáucaso, grande parte do
Mediterrâneo oriental, os desertos da África e da Arábia, o golfo Pérsico e a Índia.
Cambises pretendia estender seus domínios até Cartago, mas não conseguiu devido
a violenta luta interna pelo poder que prosseguiu após sua morte.
Dario, parente distante de Cambises, aliou-se a fortes setores da nobreza, tomou o
trono e iniciou uma nova era na história da Pérsia. Ele procurou organizar o império
dividindo-o em províncias (satrapias) e nomeando pessoas de sua confiança
(sátrapas) para governá-las. Para facilitar a comunicação entre as províncias, foram
construídas diversas estradas. Com mais de 2.400 km de extensão, a Estrada Real
ligava as cidades de Susa e Sardes. Por ela passavam os correios reais, o exército e as
caravanas de mercadores. Em 313 a.C., o Império Persa, com Dario III, caiu diante do
formidável exército de Alexandre, o Grande, da Macedônia.
O império persa em sua máxima extensão. Assim como outros grandes impérios
da Antiguidade, o persa abrigava grande diversidade de povos, línguas, hábitos
e religiões.
No aspecto religioso, os persas foram tolerantes com os povos vencidos,
permitindo que eles praticassem seus cultos. Mas, ao mesmo tempo,
desenvolveram uma religião com características próprias. Essa religião é
o zoroastrismo, assim chamada em homenagem a Zoroastro ou
Zaratustra , seu principal idealizador. O zoroastrismo se baseia na crença
de que o mundo é palco de uma luta permanente entre o deus Ahura
Mazda (que representa o bem, a luz e é o criador de tudo que é bom) e
o seu antagonista, Arimã (que representa o mal, a destruição, as trevas).
O livro sagrado do zoroastrismo (ou masdeísmo) é chamado de Avesta e
foi escrito em diferentes tempos e por diferentes pessoas.
Segundo o zoroastrismo, o bem venceria o mal e o precipitaria no
abismo; os mortos seriam julgados; os justos seriam recompensados e
os maus, condenados ao fogo do inferno. O zoroastrismo, portanto, se
baseava na crença do julgamento dos mortos, da existência do paraíso e
da vida eterna para os justos.
RELIGIÃO - ZOROASTRISMO
Vista atual das ruinas do palácio de Dario em Persépolis, atual irã. Estas
ruinas foram declaradas patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco
em 1979.
Bibliografia:
História sociedade & cidadania.
Alfredo Boulos Júnior
FTD – 1ª Edição – 2013
1º Ano
Capítulo 5 - Hebreus, fenícios e persas

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Capítulo 5 - Hebreus, fenícios e persas

  • 1. Capítulo 5 - Hebreus, fenícios e persas Menorá, o candelabro de sete braços dos hebreus. Pingente de ouro fenício do século IV a.C., em forma de barco. Placa de ouro persa do Século IV a.C.
  • 2. A leitura da Torá é vista pelos hebreus e seus descendentes, os judeus, como uma aproximação com Deus. Por isso, os judeus realizam cerimonias de iniciação dos jovens na leitura da Torá. Na foto, um aspecto do bat mitzvah. Um aspecto da bat mitzvah, cerimônia equivalente, mas para as meninas.
  • 3. A história dos hebreus tem especial significado para nós, ocidentais, pois constitui importante elo entre as civilizações do Oriente Próximo e a civilização ocidental. Além disso, foi entre os hebreus que surgiu e se desenvolveu o monoteísmo ético, que serviu de base tanto para o judaísmo (religião dos hebreus) quanto para o cristianismo (religião da maioria dos brasileiros). Monoteísmo ético: legado dos hebreus: Monolatria é o culto a um único deus, embora acreditando-se na existência de outros; isto era muito comum na Antiguidade, com os deuses de cada tribo, cada clã ou mesmo cada povo. Monoteísmo já é a crença na existência de apenas um deus, não sendo os outros, porventura cultuados, senão falsos deuses. Já o monoteísmo ético é a crença em um deus único, que dita normas de comportamento e exige uma conduta ética por parte de seus seguidores. Fontes para o estudo dos hebreus: A Bíblia ou Torá é composta por vários livros. Os historiadores sobretudo (o Pentatêutico) cinco livros: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Os Hebreus
  • 4. Conta a Bíblia, e confirma a arqueologia, que os hebreus viviam do pastoreio nas proximidades de Ur, na Mesopotâmia. Por volta de 1800 a. C., Deus confiou ao pastor hebreu, Abraão, a missão de conduzir seu povo na busca por boas pastagens para o seu rebanho. Assim, Abraão deixou, a Mesopotâmia e se estabeleceu com eles em Canaã (a Terra Prometida), na Palestina. As famílias organizaram-se em clãs, cujos chefes eram chamados de patriarcas. Ainda segundo a Bíblia, os primeiros patriarcas foram Abraão, Isaac e Jacó. Este último teve seu nome mudado para Israel, por isso, seus descendentes foram chamados de israelitas. HEBREUS NO EGITO: Durante um longo período de seca e fome, os hebreus foram forçados a emigrar para o Egito, na época sob o domínio dos hicsos. Enquanto durou essa dominação, os hebreus progrediram, chegando a ocupar posições de destaque na sociedade egípcia. Depois de longo período de cativeiro, liderados pelo patriarca Moisés, os hebreus se rebelaram e retornaram à Palestina. Esse episódio é chamado de Êxodo e durou + 40 anos, quando Moisés recebeu de Deus os 10 Mandamentos, no Monte Sinai. HISTÓRIA POLÍTICA
  • 5. A Palestina era uma estreita faixa de terra cortada pelo rio Jordão; repare que Abrão e sua gente partiram de Ur, na Caldeia, e passaram pelas cidades de Babilônia, Mari, Haran, Aleppo, Hamath e Damasco, até se fixarem em Canaã.
  • 6. A DISPUTA PELA PALESTINA: Chegando à Palestina, os hebreus travaram uma luta árdua e prolongada contra outros povos lá estabelecidos como os cananeus e os filisteus. Na época, os hebreus estavam divididos em 12 tribos e eram comandados pelos juízes, nome que eles davam aos seus chefes militares, políticos e religiosos. Os mais conhecidos juízes hebreus foram: Josué, Jefté, Gedeão, Sansão e Samuel. A MONARQUIA HEBRAICA: A continuidade da luta pela Palestina exigia unidade de comando, por isso, em 1010 a. C., as 12 tribos hebraicas uniram-se sob o comando de Saul, o primeiro rei hebreu. Salomão, filho e sucessor de Davi, promoveu o comércio com a Fenícia, a Síria e o nordeste da África e aliou-se aos comerciantes fenícios. No seu reinado, a introdução do arado de ferro causou aumento da produtividade agrícola, contribuindo, assim, para um crescimento demográfico. Além disso, Salomão mandou realizar grandes obras, entre elas o palácio real e o monumental Templo de Jerusalém.
  • 7. Maquete representando o Templo de Jerusalém, construído por Salomão, 1000 a.C. Cena do filme Sansão e Dalila. No detalhe, vê-se a filisteia Dalila cortando os cabelos do herói bíblico, Sansão.
  • 8. A DIVISÃO DOS HEBREUS: Com a morte de Salomão, em 930 a. C., a insatisfação do povo e as disputas internas pelo poder levaram à divisão do reino em duas unidades: o Reino de Israel, formado por 10 tribos e com capital em Samaria, e o Reino de Judá, composto de duas tribos, com capital em Jerusalém. Em 722 a. C., o Reino de Israel foi conquistado pelos assírios. O Reino de Judá sobreviveu até 587 a. C., quando foi arrasado pelos caldeus, que destruíram o Templo de Jerusalém e levaram milhares de hebreus como prisioneiros para Babilônia. Esse episódio ficou conhecido como Cativeiro da Babilônia. Nos séculos seguintes, esses descendentes de Judá (judeus) foram conquistados sucessivamente por vários povos. No ano 70, os judeus se rebelaram contra a dominação dos romanos que reagiram destruindo o Templo de Jerusalém e desencadeando uma violenta repressão, que provocou a diáspora - dispersão dos judeus pelo mundo. RELIGIÃO E CULTURA: Mesmo dispersos, os judeus se conservaram fiéis aos seus hábitos, tradições e valores. Reunidos em comunidades, ergueram sinagogas - locais de oração, de culto e de instrução religiosa - que funcionavam como importantes elementos de coesão grupal. Diferentemente de muitos povos antigos, que eram politeístas, os judeus eram monoteístas e viam a si próprios como povo eleito. Uma característica do judaísmo é interferir profundamente no cotidiano de seus seguidores, como se pode concluir observando o uso diário que os judeus fazem do quipá, visto como sinal da presença divina na vida humana. Os profetas, homens tidos como inspirados por Deus, capazes de comunicar duas mensagens e realizar profecias exerceram papel decisivo na consolidação do monoteísmo judaico.
  • 9. Judeus orando no Muro das Lamentações, Em 2012.
  • 10. Vista interna e externa da sinagoga Kahal Zur Israel, na cidade de Recife-PE, a mais antiga das Américas. Atualmente o prédio abriga o centro cultural judaico de Pernambuco.
  • 11. Fenícios: um povo de navegadores e comerciantes Os fenícios ocupavam um território extenso e estreito (200 quilômetros de comprimento por 40 quilômetros de largura), situado entre as montanhas do Líbano e o mar Mediterrâneo. O solo montanhoso da Fenícia não era favorável ao desenvolvimento agrícola e pastoril. Vivendo como que espremido em seu território. o povo fenício percebeu a necessidade de se lançar ao mar e desenvolver o comércio pelas cidades do Mediterrâneo. Entre os fatores que favoreceram o sucesso comercial e marítimo da Fenícia, podemos destacar que a região:  Era muito encruzilhada de rotas comerciais, o escoadouro natural das caravanas de comercio que vinham da Ásia em direção ao Mediterrâneo;  Era rica em cedros, que forneciam a valiosa madeira para a construção de navios;  Possuía bons portos naturais em suas principais cidades (Ugarit, Biblos, Sidon e Tiro);  Tinha praias repletas de um molusco (múrice), do qual se extraía a púrpura, corante de cor vermelha utilizando para o tingimento de tecidos, muito procurados entre as elites de diversas regiões da Antiguidade.
  • 12. Arte fenícia do século VIII a.C. Nesse entalhe em marfim, vê-se uma leoa saltando sobre núbio e cravando os dentes em sua garganta. Havia duas peças idênticas a essa: uma no Museu Britânico, outra no Museu do Iraque; esta
  • 13. Observe as colônias fenícias n mapa: várias delas como Chipre, Sicília, Cádiz e, especialmente Cartago, alcançaram grande prosperidade, ajudando os fenícios a circularem por todo o Mar Mediterrâneo e pelo Oceano Atlântico.
  • 14. As cidades-Estado fenícias: A Fenícia nunca foi um reino, como Israel, ou um império, como o Egito. Os fenícios viviam em cidades-Estado. Independentes entre si. Algumas delas adotavam a monarquia hereditária; outras eram governadas por um Conselho de Anciãos. As cidades fenícias disputavam entre si e com outros povos, o controle das principais rotas do comércio marítimo. Três cidades exerceram a liderança comercial e marítima sucessivamente: a primeira foi Biblos, que vendia cedro para os egípcios e deles compravam papiro, o "papel“ da época. Depois foi a vez de Sidon impor sua hegemonia, controlando o comércio no Mar Egeu e negociando com os gregos. Por fim, a cidade de Tiro assumiu a hegemonia do Mediterrâneo Ocidental fundando colônias, entre as quais merece destaque Cartago, no norte da África. Em 64 a.C., as cidades fenícias foram conquistadas pelos romanos. A invenção do alfabeto: Os primeiros sistemas de escrita de que se tem notícia surgiram na China, na Mesopotâmia e no Egito. Tais sistemas se valiam de pictogramas (mesopotâmicos e egípcios) e de ideogramas (chineses). As escritas pictográficas e ideográficas eram complexas, com milhares de caracteres, e eram praticadas por um número pequeno de profissionais especializados (escribas ou membros da realeza). Por volta 1100 a. C., os fenícios de Ugarit, buscando facilitar o comércio e agilizar a comunicação, desenvolveram o alfabeto, uma verdadeira revolução no campo da comunicação. Assim, em vez de ideogramas, como os usados pelos chineses, os fenícios propunham 22 sinais, cada um deles, correspondendo a um som, e não uma ideia ou palavra. As 22 letras do alfabeto fenício eram consoantes. Os gregos acrescentaram a elas as vogais. Assim, o alfabeto fenício serviu de base para o grego, que deu origem ao latim, no qual se baseia o alfabeto que usamos atualmente
  • 15. Ideograma: sinal que exprime a ideia e não os sons da palavra que representa essa ideia: os caracteres egípcios eram ideogramas.
  • 16. Pictogramas são desenhos simplificados e estilizados que representa objetos ou seres.
  • 17.
  • 18. OS PERSAS foram uma das mais expressivas civilizações da Antiguidade. A Pérsia situava-se a leste da Mesopotâmia, no Planalto do Irã, entre o Golfo Pérsico e o mar Cáspio. Ao contrário das regiões vizinhas, possuía poucas áreas férteis, se estabeleceram no território por volta de 550 a.C. Ciro, príncipe persa, realizou a dominação do Reino da Média e deu início à formação de um bem-sucedido reinado que durou cerca de vinte e cinco anos. Nesse período, foram conquistados: a Lídia, a Fenícia, a Síria, a Palestina, as regiões gregas da Ásia Menor e a Babilônia. Cambises, filho e sucessor de Ciro, iniciou uma difícil campanha militar contra o Egito, em 525 a.C., finalmente vencida pelos persas na Batalha de Pelusa. Nessa época o império persa abrangia o mar Cáspio, o mar Negro, o Cáucaso, grande parte do Mediterrâneo oriental, os desertos da África e da Arábia, o golfo Pérsico e a Índia. Cambises pretendia estender seus domínios até Cartago, mas não conseguiu devido a violenta luta interna pelo poder que prosseguiu após sua morte. Dario, parente distante de Cambises, aliou-se a fortes setores da nobreza, tomou o trono e iniciou uma nova era na história da Pérsia. Ele procurou organizar o império dividindo-o em províncias (satrapias) e nomeando pessoas de sua confiança (sátrapas) para governá-las. Para facilitar a comunicação entre as províncias, foram construídas diversas estradas. Com mais de 2.400 km de extensão, a Estrada Real ligava as cidades de Susa e Sardes. Por ela passavam os correios reais, o exército e as caravanas de mercadores. Em 313 a.C., o Império Persa, com Dario III, caiu diante do formidável exército de Alexandre, o Grande, da Macedônia.
  • 19. O império persa em sua máxima extensão. Assim como outros grandes impérios da Antiguidade, o persa abrigava grande diversidade de povos, línguas, hábitos e religiões.
  • 20. No aspecto religioso, os persas foram tolerantes com os povos vencidos, permitindo que eles praticassem seus cultos. Mas, ao mesmo tempo, desenvolveram uma religião com características próprias. Essa religião é o zoroastrismo, assim chamada em homenagem a Zoroastro ou Zaratustra , seu principal idealizador. O zoroastrismo se baseia na crença de que o mundo é palco de uma luta permanente entre o deus Ahura Mazda (que representa o bem, a luz e é o criador de tudo que é bom) e o seu antagonista, Arimã (que representa o mal, a destruição, as trevas). O livro sagrado do zoroastrismo (ou masdeísmo) é chamado de Avesta e foi escrito em diferentes tempos e por diferentes pessoas. Segundo o zoroastrismo, o bem venceria o mal e o precipitaria no abismo; os mortos seriam julgados; os justos seriam recompensados e os maus, condenados ao fogo do inferno. O zoroastrismo, portanto, se baseava na crença do julgamento dos mortos, da existência do paraíso e da vida eterna para os justos. RELIGIÃO - ZOROASTRISMO
  • 21. Vista atual das ruinas do palácio de Dario em Persépolis, atual irã. Estas ruinas foram declaradas patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco em 1979.
  • 22. Bibliografia: História sociedade & cidadania. Alfredo Boulos Júnior FTD – 1ª Edição – 2013 1º Ano