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Autismo & Realidade
1º Congresso Brasileiro de
Autismo Aplicado ao Sistema
Único de Saúde
www.autismoerealidade.org
Tratamentos farmacológicos para crianças e
adolescentes com TEA
Guilherme V. Polanczyk, MD, PhD
Professor de Psiquiatria da Infância e Adolescência
Departamento de Psiquiatria
Faculdade de Medicina da USP
gvp@usp.br
Disclosure of conflicts of interest
Source Research
Funding
Advisor/
Consultant
Employee Speakers’
Bureau
CME In-kind
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Copyright Honorarium
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Eli-Lilly x
Janssen-Cilag x x
Novartis x x x x
Shire x x x x
Editora
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x
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Roteiro
• Papel dos fármacos no tratamento do TEA
• Eficácia e Tolerabilidade
• Recomendações Gerais
Déficits persistentes na
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social
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Espetro Autista
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Alterações do
desenvolvimento
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Agressividade
Agitação
Ansiedade
Depressão
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• TDAH 28 - 44%
• Transtorno de tiques 14 - 38%
• Transtornos de sono 50 - 80%
• Ansiedade 42 - 56%
• Depressão 12 - 70%
• TOC 7 - 24%
• Transtornos psicóticos 12 - 17%
Lai et al. Lancet 2014; 383: 896–910
Princípios Gerais do tratamento farmacológico
• Diagnóstico preciso, incluindo comorbidades
psiquiátricas/sintomas alvo e condicões médicas associadas
• Definição objetiva e detalhada do foco de tratamento,
incluindo identificação de precursores, estressores, fatores
agravantes e de melhora e mensuração objetiva
• Avaliação cuidadosa da necessidade de intervenção
farmacológica, considerando o risco benefício e o
planejamento terapêutico global
Nível de evidência para tratamentos farmacológicos
em crianças com TEA
Siegel & Beaulieu. J Autism Dev Disord 2012;42:1592–1605
Intervenções farmacológicas para agressividade
Antipsicóticos
• Risperidona (k=10, n=698, 8.3 sem) ES=-.72
• Aripiprazol (k=2, n=308, 8 sem) ES=.41-.79
• Haldol (k=1, n=40 internados, 4 sem) ES=.83
Estimulantes
• Metilfenidato (k=5, n=579, 6.6 sem) ES=.63
• d-anfetamina (k=2, n=346, 3.5 sem) ES=.42
Estabilizadores do humor
• VPA ES=-.13
• Lítio (k=4, n=164, 4.5 sem) ES=.63
• Carbamazepina (k=1, n=24, 6 sem) ES=.06
Rosato et al. Pediatrics 2012;129:e1577–e1586
ES=tamanho de efeito
0.2 pequeno, 0.5 médio, 0.8 grande
Hiperatividade com tratamento com
metilfenidato
RUPP Autism Network. Arch Gen Psychiatry 2005;62:1266-1274
ISRS em crianças e adultos com TEA: efeito sobre
comportamento repetitivo
Volkmar et al. JAACAP 2014;53(2):237–257
ISRS em crianças e adultos com TEA: efeito sobre
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Eventos adversos de psicofármacos em crianças e
adolescentes vs adultos
• Maior risco
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Avaliação
1) Antes do início da farmacoterapia, deve ser realizada uma
avaliação psiquiátrica completa
2) Antes do início da farmacoterapia, a história médica deve ser
obtida e uma avaliação deve ser considerada se apropriada
3) Recomenda-se que o médico entre em contato com outros
profissionais envolvidos com a criança para obter história colateral
e estabelecer uma relação que possibilite o monitoramento de
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AACAP. JAACAP 2009;48:961-973
Tratamento e Plano de monitoramento
1) O médico desenvolve um plano de tratamento psicosocial e
farmacológico baseado nas melhores evidências disponíveis.
2) O médico desenvolve um plano para monitorar o paciente a curto
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tratamento que não pode ser apropriadamente monitorado.
AACAP. JAACAP 2009;48:961-973
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• Pense além das medicações
– Considere alternativas não farmacológicas
– Considerar causas potencialmente tratáveis
– Investimento em prevenção
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• Prescrição estratégica
– Prescreva apenas algumas medicações e aprenda a utilizá-las
– Evitar trocas frequentes para novas drogas sem razões claras e
consistentes basedas em evidências
– Seja cético em relação a individualizar o tratamento
– Sempre que possível, inicie apenas com uma medicação a cada
momento
Schiff et al. Arch Intern Med 2011;171(6):1433-40.
• Mantenha vigilância em relação a efeitos adversos
– Tenha uma alto grau de suspeição em relação a efeitos adversos
– Informe os pacientes sobre potenciais efeitos adversos para que
possam reconhecê-los imediatamente
– Esteja alerta para sintomas de retirada
• Seja cuidadoso em relação a novas drogas e indicações
– Busque fontes seguras e não enviesadas
– Não tenha pressa em utilizar novas medicações
– Tenha certeza de que a medicação tem efeitos sobre desfechos
clínicos primários e não apenas marcadores aproximados
– Seja vigilante em relação a extrapolações de indicações
– Não seja seduzido pela farmacologia molecular ou fisiologia das
medicações
– Esteja atento a viés de publicação de estudos
Schiff et al. Arch Intern Med 2011;171(6):1433-40.
• Construa uma agenda de trabalho colaborativa com os pacientes
– Avalie pressões e expectativas dos pacientes
– Antes de prescrever medicações adicionais ou incremento de doses
para tratamentos refratários, considere não adesão e revise o
diagnóstico
– Evite prescrever uma medicação que não teve efeito ou causou reação
adversa
– Descontinue tratamentos com medicações que não estão funcionando
ou que não são mais necessárias
– Trabalhe com o paciente para que seja conservador com as
medicações
• Considere efeitos a longo-prazo e mais amplos
– Pense além dos benefícios a curto prazo, considere benefícios e
riscos a longo prazo
– Busque oportunidades de melhora dos sistemas de prescrição
Schiff et al. Arch Intern Med 2011;171(6):1433-40.
Sumário
• Atualmente, não há medicações que tratam efetivamente as
alterações centrais do TEA
• Comorbidades são comuns e frequentemente provocam
prejuízos significativos
• Comportamentos agressivos e impulsivos são os sintomas
relacionados ao TEA com intervenções de maior nível de
evidências, seguido por hiperatividade
• Sintomas não necessariamente significam que há necessidade
de intervenções farmacológicas
Sumário
• O tratamento deve seguir as melhores evidências científicas
disponíveis
• Considerando a escassez de evidências e a cronicidade do
TEA, devem amparar-se em um racional consistente e em
estratégias conservadoras
• Monitoramento contínuo dos efeitos terapêuticos e adversos
é fundamental e guia as decisões clínicas
Tratamentos farmacológicos para crianças e
adolescentes com TEA
Guilherme V. Polanczyk, MD, PhD
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Tratamentos farmacológicos para TEA em crianças

  • 1. Autismo & Realidade 1º Congresso Brasileiro de Autismo Aplicado ao Sistema Único de Saúde www.autismoerealidade.org
  • 2. Tratamentos farmacológicos para crianças e adolescentes com TEA Guilherme V. Polanczyk, MD, PhD Professor de Psiquiatria da Infância e Adolescência Departamento de Psiquiatria Faculdade de Medicina da USP gvp@usp.br
  • 3. Disclosure of conflicts of interest Source Research Funding Advisor/ Consultant Employee Speakers’ Bureau CME In-kind Services Copyright Honorarium /expenses for presentation Eli-Lilly x Janssen-Cilag x x Novartis x x x x Shire x x x x Editora Manole x May, 2014
  • 4. Roteiro • Papel dos fármacos no tratamento do TEA • Eficácia e Tolerabilidade • Recomendações Gerais
  • 5. Déficits persistentes na comunicação e interação social Padrão restrito e repetitivo de interesses, comportamentos ou atividades Transtorno do Espetro Autista Alterações GIAlterações sono Alterações do desenvolvimento motor Agressividade Agitação Ansiedade Depressão
  • 6. Proporção de indivíduos com TEA afetados • TDAH 28 - 44% • Transtorno de tiques 14 - 38% • Transtornos de sono 50 - 80% • Ansiedade 42 - 56% • Depressão 12 - 70% • TOC 7 - 24% • Transtornos psicóticos 12 - 17% Lai et al. Lancet 2014; 383: 896–910
  • 7. Princípios Gerais do tratamento farmacológico • Diagnóstico preciso, incluindo comorbidades psiquiátricas/sintomas alvo e condicões médicas associadas • Definição objetiva e detalhada do foco de tratamento, incluindo identificação de precursores, estressores, fatores agravantes e de melhora e mensuração objetiva • Avaliação cuidadosa da necessidade de intervenção farmacológica, considerando o risco benefício e o planejamento terapêutico global
  • 8. Nível de evidência para tratamentos farmacológicos em crianças com TEA Siegel & Beaulieu. J Autism Dev Disord 2012;42:1592–1605
  • 9. Intervenções farmacológicas para agressividade Antipsicóticos • Risperidona (k=10, n=698, 8.3 sem) ES=-.72 • Aripiprazol (k=2, n=308, 8 sem) ES=.41-.79 • Haldol (k=1, n=40 internados, 4 sem) ES=.83 Estimulantes • Metilfenidato (k=5, n=579, 6.6 sem) ES=.63 • d-anfetamina (k=2, n=346, 3.5 sem) ES=.42 Estabilizadores do humor • VPA ES=-.13 • Lítio (k=4, n=164, 4.5 sem) ES=.63 • Carbamazepina (k=1, n=24, 6 sem) ES=.06 Rosato et al. Pediatrics 2012;129:e1577–e1586 ES=tamanho de efeito 0.2 pequeno, 0.5 médio, 0.8 grande
  • 10. Hiperatividade com tratamento com metilfenidato RUPP Autism Network. Arch Gen Psychiatry 2005;62:1266-1274
  • 11. ISRS em crianças e adultos com TEA: efeito sobre comportamento repetitivo Volkmar et al. JAACAP 2014;53(2):237–257
  • 12. ISRS em crianças e adultos com TEA: efeito sobre melhora clínica global Williams et al. Cochrane Database Syst Rev 2013 Aug 20;8:CD004677
  • 13. Eventos adversos de psicofármacos em crianças e adolescentes vs adultos • Maior risco – Sedação – Sintomas extrapiramidais (exceto acatisia) – Eventos adversos relacionados a hiperprolactinemia – Aumento de peso e dislipidemia – Suicidalidade (ISRS, anticonvulsivos) • Menor risco – Diabetes – Discinesia tardia Correll et al. Child Adolesc Psychiatric Clin N Am 2006; 15: 177–206.
  • 14. Ganho de peso a curto prazo em crianças em uso de antipsicóticos atípicos De Hert et al. Eur Psychiatry 2011;26(3):144-58.
  • 15. Correll et al. JAACAP 2008; 47(1):9-20. Monitoramento e manejo de eventos adversos
  • 16. Parâmetros AACAP para tratamento medicamentoso de crianças Avaliação 1) Antes do início da farmacoterapia, deve ser realizada uma avaliação psiquiátrica completa 2) Antes do início da farmacoterapia, a história médica deve ser obtida e uma avaliação deve ser considerada se apropriada 3) Recomenda-se que o médico entre em contato com outros profissionais envolvidos com a criança para obter história colateral e estabelecer uma relação que possibilite o monitoramento de desfechos e efeitos colaterais durante o tratamento. AACAP. JAACAP 2009;48:961-973
  • 17. Tratamento e Plano de monitoramento 1) O médico desenvolve um plano de tratamento psicosocial e farmacológico baseado nas melhores evidências disponíveis. 2) O médico desenvolve um plano para monitorar o paciente a curto e longo prazo. 3) O médico deve ser cauteloso quando implementar um plano de tratamento que não pode ser apropriadamente monitorado. AACAP. JAACAP 2009;48:961-973 Parâmetros AACAP para tratamento medicamentoso de crianças
  • 18. Implementação do Tratamento 1) Implemente uma medicação utilizando tempo e dose adequados 2) O médico reavalia o paciente se não houver resposta esperada à medicação inicialmente prescrita 3) O médico necessita de um lógica clara para utilização de combinações de medicações 4) É necessário um plano específico para descontinuar medicações. AACAP. JAACAP 2009;48:961-973 Parâmetros AACAP para tratamento medicamentoso de crianças
  • 19.
  • 20. • Pense além das medicações – Considere alternativas não farmacológicas – Considerar causas potencialmente tratáveis – Investimento em prevenção – Considerar o teste do tempo • Prescrição estratégica – Prescreva apenas algumas medicações e aprenda a utilizá-las – Evitar trocas frequentes para novas drogas sem razões claras e consistentes basedas em evidências – Seja cético em relação a individualizar o tratamento – Sempre que possível, inicie apenas com uma medicação a cada momento Schiff et al. Arch Intern Med 2011;171(6):1433-40.
  • 21. • Mantenha vigilância em relação a efeitos adversos – Tenha uma alto grau de suspeição em relação a efeitos adversos – Informe os pacientes sobre potenciais efeitos adversos para que possam reconhecê-los imediatamente – Esteja alerta para sintomas de retirada • Seja cuidadoso em relação a novas drogas e indicações – Busque fontes seguras e não enviesadas – Não tenha pressa em utilizar novas medicações – Tenha certeza de que a medicação tem efeitos sobre desfechos clínicos primários e não apenas marcadores aproximados – Seja vigilante em relação a extrapolações de indicações – Não seja seduzido pela farmacologia molecular ou fisiologia das medicações – Esteja atento a viés de publicação de estudos Schiff et al. Arch Intern Med 2011;171(6):1433-40.
  • 22. • Construa uma agenda de trabalho colaborativa com os pacientes – Avalie pressões e expectativas dos pacientes – Antes de prescrever medicações adicionais ou incremento de doses para tratamentos refratários, considere não adesão e revise o diagnóstico – Evite prescrever uma medicação que não teve efeito ou causou reação adversa – Descontinue tratamentos com medicações que não estão funcionando ou que não são mais necessárias – Trabalhe com o paciente para que seja conservador com as medicações • Considere efeitos a longo-prazo e mais amplos – Pense além dos benefícios a curto prazo, considere benefícios e riscos a longo prazo – Busque oportunidades de melhora dos sistemas de prescrição Schiff et al. Arch Intern Med 2011;171(6):1433-40.
  • 23. Sumário • Atualmente, não há medicações que tratam efetivamente as alterações centrais do TEA • Comorbidades são comuns e frequentemente provocam prejuízos significativos • Comportamentos agressivos e impulsivos são os sintomas relacionados ao TEA com intervenções de maior nível de evidências, seguido por hiperatividade • Sintomas não necessariamente significam que há necessidade de intervenções farmacológicas
  • 24. Sumário • O tratamento deve seguir as melhores evidências científicas disponíveis • Considerando a escassez de evidências e a cronicidade do TEA, devem amparar-se em um racional consistente e em estratégias conservadoras • Monitoramento contínuo dos efeitos terapêuticos e adversos é fundamental e guia as decisões clínicas
  • 25. Tratamentos farmacológicos para crianças e adolescentes com TEA Guilherme V. Polanczyk, MD, PhD Professor de Psiquiatria da Infância e Adolescência Departamento de Psiquiatria Faculdade de Medicina da USP gvp@usp.br