Património Mundial e Turismo Cultural - Angkor Wat - Artur Filipe dos Santos

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www.usc.pt
Cadeira de
PATRIMÓNIO MUNDIAL e Turismo Cultural
Artur Filipe dos Santos
Angkor Wat
O m a i o r a l t a r
d o M u n d o

2
Artur Filipe dos Santos - artur.filipe@uvigo.es
artur.filipe@uvigo.es
www.arturfilipesantos.wix.com/arturfilipesantos
www.politicsandflags.wordpress.com
www.omeucaminhodesantiago.wordpress.com
• Artur Filipe dos Santos, Doutorado em Comunicação, Publicidade Relações Públicas e
Protocolo, pela Universidade de Vigo, Galiza, Espanha, Professor Universitário, consultor e
investigador em Comunicação Institucional e Património, Protocolista e vexilologista.
• Director Académico e Professor Titular na Universidade Sénior Contemporânea, membro da
Direção do OIDECOM-Observatório Iberoamericano de Investigação e Desenvolvimento em
Comunicação, membro da APEP-Associacao Portuguesa de Estudos de Protocolo.
Professor convidado e membro do Grupo de Investigação em Comunicação (ICOM-X1) da
Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação da Universidade de Vigo, membro do Grupo
de Investigação em Turismo e Comunicação da Universidade de Westminster. Professor
convidado das Escola Superior de Saúde do Insttuto Piaget (Portugal).Orador e palestrante
convidado em várias instituições de ensino superior.
• Presença constante em programas de televisão e de rádio, é investigador, entusiasta,
divulgador e peregrino dos Caminhos de Santiago, aborda esta temática em várias
instituições de ensino e em várias organizações culturais. Promove visitas culturais ao
Património e à gastronomia de Portugal, da Galiza e das várias rotas jacobeas.

A Universidade Sénior
Contemporânea
Web: www.usc.pt
Email: usc@usc.pt
Edições online: www.edicoesuscontemporanea.webnode.com
• A Universidade Sénior Contemporânea é uma instituição vocacionada
para a ocupação de tempos livres dos indivíduos que se sintam motivados
para a aprendizagem constante de diversas matérias teóricas e práticas,
adquirindo conhecimentos em múltiplas áreas, como línguas, ciências
sociais, saúde, informática, internet, dança, teatro, entre outras, tendo
ainda a oportunidade de participação em actividades como o Grupo de
Teatro, Coro da USC, USC Web TV, conferências, colóquios, visitas de
estudo. Desenvolve manuais didáticos das próprias cadeiras
lecionadas(23), acessíveis a seniores, estudantes e profissionais através
de livraria online.
3
Universidade Sénior Contemporânea – www.usc.pt

• Angkor, no Camboja, é
um dos sítios
arqueológicos mais
importantes do Sudeste
Asiático.
4
Angkor Wat – o maior altar do Mundo
PATRIMÓNIO MUNDIAL E TURISMO CULTURAL

5
• Com uma extensão de
cerca de 400 km2,
incluindo a área florestal,
o Parque Arqueológico de
Angkor contém os
vestígios magníficos das
diferentes capitais do
Império Khmer, que
governou grande parte da
Indchina, do século IX ao
XV.

• Inclui o famoso Templo de Angkor Wat e, em Angkor
Thom (“Grande Capital”), o Templo de Bayon com as
suas inúmeras decorações escultóricas.
7

• A UNESCO criou um
amplo programa para
proteger este sítio
simbólico e seus
arredores.
8

9
• É Património da
Humanidade desde
1992 e foi considerado
bem cultural em risco
até 2004.

• A palavra Angkor vêm
do cambojano នគរ Nokor,
e pela sua vez da voz
sânscrito नगर Nagara
que significa "capital",
enquanto a palavra Wat
é de origem khmer e
traduz-se como
"templo".
11

12
• O nome de Angkor Wat
é em todo caso
posterior à sua criação,
pois originalmente
recebeu o nome de
Preah Pisnulok; nome
póstumo do seu
fundador, o rei
Suryavarman II.

• Foi construído pelo rei
no começo do século
XII, como o seu templo
central e capital do seu
reino.
13

• Desde a sua construção, e até o translado da
sede real ao próximo Bayon, em finais do
mesmo século, Angkor Wat foi o centro
político e religioso do império.
14

15
• Angkor é um dos três
bens classifcados pela
UNESCO no Camboja,
juntando-se ao templo de
Preah Vihear (2008) e ao
Núcleo Arqueológico de
Ishanapura (2017), para
além do Ballet Real,
classificado em 2008
como património
imaterial da Humanidade.

• O Camboja é uma
nação que se encontra
na península da
Indochina, dividindo o
território que se
encontra a oeste da
índia e ao sul da China
com Laos, Vietnam,
Malásia, Mianmar
(antiga Birmânia),
Singapura, e Tailândia.
19

20
• Fundada em 68 da
nossa era pela dinastia
Funan, até 550 foi
conhecido como reino
Chenla, a partir de 802
como império Khmer
(atingindo o período de
maior esplendor
politico, cultural e de
domínio territorial).
O Império Khmer floresceu entre os séculos IX e XV na
região onde atualmente está situado Camboja, ocupando
regiões que fazem parte da Tailândia, de Laos e do sul do
Vietname. Essa cultura amalgamou-se com elementos locais
fortemente influenciados pelas civilizações Indu e Chinesa.

• Foi colónia francesa a
partir de 167 até 1953,
data da sua
independência,
tornando-se uma
monarquia
constitucional que
vigora até aos dias de
hoje.
21
Brasão de armas do reino do Camboja

22
• Angkor, na província de
Siem Reap, no norte do
Camboja, é um dos mais
importantes sítios
arqueológicos do Sudeste
Asiático, mas também do
mundo, já que é o maior
e mais bem preservado
templo dos que integram
o assentamento de
Angkor.

• É também o único que
restou com importante
significado religioso -
inicialmente hindu, e
depois budista - desde a
sua fundação.
23

24
• O templo é o ponto
máximo do estilo
clássico da arquitetura
Khmer.

• É considerado como a
maior estrutura
religiosa já construída, e
um dos tesouros
arqueológicos mais
importantes do mundo.
27

28
• Tornou-se símbolo do
Camboja, figurando na
bandeira oficial e sendo
a principal atração
turística do país.

• Em 14 de dezembro de
1992 foi declarado pela
UNESCO Património da
Humanidade no
decorrer da 16ª reunião
do Comité para o
Património Mundial,
que teve na cidade
norte-americana de
Santa Fé.
29

30
• Estende-se por cerca de
400 quilómetros
quadrados e consiste
em dezenas de templos,
estruturas hidráulicas
(bacias, diques,
reservatórios, canais) e
rotas de comunicação.

• Por vários séculos
Angkor, era o centro do
reino dos Khmer.
32
Os Khmers são um grupo étnico majoritário do atual Estado do Camboja, que no passado
consolidou um império capaz de dominar, em seu apogeu, do século IX ao XII, a maior parte da
Indochina. Sua origem, segundo historiadores, decorrem da migração de populações do norte
da Indochina e Índia, identificados sob traço cultural comum, que se estabeleceram nas terras
férteis do delta do Rio Mekong.

33
• Com monumentos
impressionantes, vários planos
urbanos antigos e grandes
reservatórios de água, o site é
uma concentração única de
características que atestam
uma civilização excepcional.
Templos como Angkor Wat,
Bayon, Preah Khan e Ta
Prohm, exemplares de
arquitetura Khmer, estão
intimamente ligados ao seu
contexto geográfico, além de
serem imbuídos de
significância simbólica.

• Angkor Wat faz parte do complexo de templos construídos
na zona de Angkor, a antiga capital do Império khmer
durante a sua época de esplendor, entre os séculos IX e XV.
34

• Angkor abrange uma
extensão em torno de
400 km², embora
recentes pesquisas
estimem uma extensão
de 3 000 km² e uma
população de até meio
milhão de habitantes, o
que o tornaria o maior
assentamento pré-
industrial da humanidade.
35

37
• Foi construído pelo rei
Suryavarman II, no
começo do século XII,
como o seu templo
central e capital do seu
reino.

• Desde a sua construção,
e até o translado da
sede real a Bayon, em
finais do mesmo século,
Angkor Wat foi o centro
político e religioso do
império.
38

39
• O recinto —entre cujos
muros se calculou que
viviam 20 000
pessoas— cumpria as
funções de templo
principal e, além disso,
abrigava o palácio real.

• Dedicado inicialmente
ao deus Vixnu, o
templo combina a
tipologia hinduísta do
templo-monte —
representando o Monte
Meru, morada dos
deuses— com a
tipologia de galerias
própria de períodos
posteriores.
40

41
O monte Meru ou simplesmente Meru
(em sânscrito: मेरु) é uma montanha
sagrada mitológica com cinco cumes
presente nas cosmologias hindu,
jainista e budista como o centro de
todos os universos físicos,
metafísicos e espirituais.

42
• O templo consta de três
recintos retangulares
concêntricos de altura
crescente, rodeados por
um lago perimetral de
3,6 km de comprimento
e de uma largura de 200
m.

• No recinto interior erguem-se cinco torres em forma de
loto, atingindo a torre central uma altura de 42 m
sobre o santuário e 65 m sobre o nível do solo.
44

• História
• Angkor Wat é o
expoente máximo da
arquitetura do Império
khmer, cujos primeiros
templos remontam ao
século VI.
45

46
• O nome moderno,
Angkor Wat, significa
"Cidade do Templo" ou
"Cidade dos Templos"
no Khmer ; Angkor , que
significa "cidade" ou
"capital“.

47
• Wat é a palavra Khmer
para "motivos do
templo“.
• O nome original do
templo era Vrah
Viṣṇuloka (sânscrito) ou
Brah Bisnulōk (variante
local), que significa a
habitação sagrada de
Vishnu.
Vishnu é umados deuses principais do
hinduísmo, responsável pela manutenção do
universo. Juntamente com Xiva e Brama, forma
a trimúrti, a trindade sagrada do hinduísmo.

• Segundo a lenda, a
construção de Angkor
Wat foi ordenada pelo
rei Indra para servir de
palácio para o seu filho
Precha Ket Mealea.
48

49
• O rei quis situar o
templo num local do
agrado dos deuses, pelo
qual soltou um boi na
planície e resolveu
construir o templo onde
o animal tombasse.

• Seja certa a lenda ou
não, Suryavarman II
estabeleceu o templo
junto à antiga cidade de
Yashodharapura (que
em sânscrito significa
"cidade sagrada").
50

• Situada a escassos quilómetros da atual
cidade de Siem Reap, e assim como os seus
predecessores, dispôs o palácio dentro do
recinto murado do complexo.
51

• Em 1177 Angkor foi
saqueada pelos Cham,
um povo vindo do atual
Vietname, tradicionais
inimigos dos khmer.
52
Templo de Thap Cham, Vietname

53
• Poucos anos depois,
com o advento do rei
Jayavarman VII os
invasores foram
expulsos e as fronteiras
do império ampliadas.
Durante seu reinado, o Império Khmer alcançou seu maior esplendor,
chegando a abranger o Camboja e partes da Tailândia, Laos, Vietname,
Malásia e talvez Indonésia.

3wwwwww
• Este importante rei, cujo
reinado se estendeu de
1181 a 1220 abandonou o
hinduísmo e converteu-se
ao budismo do ramo
Mahāyāna ("Caminho
para Muitos"),
estabelecendo a nova
capital no vizinho Angkor
Thom, com Bayon como
novo templo.
54
Theradava, Mahayana e Vajrayana
são os três ramos do Budismo

55
• No fim do século XIII, o
rei Jayavarman VIII
retornou às crenças
hinduístas, destruindo
parte do legado de
Jayavarman VII e
melhorando alguns
templos hinduístas,
incluído Angkor Wat.

• A Jayavarman VIII foi sucedido por Srindravarman
em 1295: este novo rei, que nos anos anteriores
fora ordenado monge budista em Sri Lanka,
mudou novamente a religião do império para o
budismo, embora adotando esta vez as crenças
do ramo Theravada.
56

• Entre os séculos XIV e
XV, o Império khmer viu
chegar do Sri Lanka os
primeiros monges
budistas Theravadas,
que transformariam os
templos para a nova
religião.
57
Estátua de Buda, de origem Khmer,
Awakana, Sri Lanka

58
• O templo de Angkor
Wat foi então
remodelado para se
adaptar ao culto budista
Theravada, factos que
aconteceram pouco
antes do abandono final
de Angkor.

• Apesar da decadência
do império e do
abandono dos templos
durante os séculos
seguintes, os monges
budistas permaneceram
em Angkor Wat até ser
redescoberto pelos
franceses.
59

60
• Nas galerias do Preah
Poan —uma galeria
cruciforme que serve de
entrada para o terceiro
recinto do templo—
encontraram-se
estátuas de Buda de
madeira, pedra e metal.

• A aparição de inscrições
em idiomas como o
birmano ou japonês
permitem inferir a
repercussão do templo
para além das fronteiras
cambojanas.
61

62
• Não se conhecem com certeza as
razões pelas quais Angkor foi
abandonada: uma das mais
prováveis foi a decadência do
Império khmer, nomeadamente
por causa das incursões mongóis
(1283) e siamesas - siam, povo
vindo da Tailândia - (entre 1369 e
1431), que evidenciaram a
excessiva cercania da capital a
respeito dos invasores, pelo qual
os governantes puderam
determinar a procura de um sítio
mais seguro a sul do lago Tonlé
Sap, nas zonas próximas às atuais
cidades de Phnom Penh e Udong.

• Além disso, a localização
destes novos locais ao
delta e ao Mar da China
dotava-os de uma melhor
situação estratégica para
o comércio e o
intercâmbio marítimo,
tão importante numa
região em que o
transporte por terra
praticamente ficava
interrompido à época das
Monções.
63

• Argumenta-se também a possibilidade de epidemias
ou fome (motivadas talvez pela pequena Idade do Gelo
experimentada na Idade Média), que obrigaram a
monarquia a mudar o seu trono para sul.
64

65
• Em qualquer caso,
Angkor foi abandonada
em 1432 e a nova
capital estabelecida em
Lovek, perto da atual
Phnom Penh.

67
Mapa holandês de Lovek, 1747

• Porém, Angkor foi
novamente habitada na
segunda metade do
século XVI: em 1550, o rei
Ang Chan (1516–1566)
deslocou-se para Angkor
Thom, embora
mantivesse a capital em
Lovek, e em 1576, o rei
Satha transladou
novamente a corte para
Angkor.
68

69
• Como consequência,
diversas tarefas de
restauração foram
realizadas em Angkor
Wat, as quais ficam
constadas numa
inscrição de 1577.

• Contudo, esta nova
ocupação de Angkor
durou pouco, em 1594
os siameses
conquistaram o débil
império cambojano, e
Angkor foi abandonada
definitivamente.
70

71
• Descobrimento no
ocidente
• Após o seu abandono
em finais do século XVI,
Angkor ficou sepultada
pela selva, com a única
exceção do templo de
Angkor Wat, que
permaneceu habitado
por monges budistas.

• Ainda persiste a lenda
de que Angkor Wat caiu
no olvido até ser
redescoberto em finais
do século XIX pelo
naturalista francês
Henri Mouhot,
encontrando o templo
acidentalmente
enquanto caçava
borboletas.
73

• Esta história é um mito, pois Mouhot não foi o primeiro ocidental a
visitar o templo, e este nunca foi completamente abandonado,
permanecendo na memória coletiva do povo khmer e até mesmo
transcendendo as fronteiras do seu império.
74

75
• A primeira visita
documentada de um
ocidental a Angkor Wat
aconteceu em 1586 e
foi realizada pelo freire
capuchinho português
António da Madalena.

• António da Madalena,
por vezes escrito António
da Magdalena, (nascido
em local e datas
desconhecidos — Natal,
1589) foi um frade
capuchinho português
que foi o primeiro
visitante ocidental a
chegar a Angkor (no
actual Camboja).
76

77
• Viajou a esta cidade em
1586 e em 1589 relatou
as suas impressões ao
historiador Diogo do
Couto, antes de morrer
num naufrágio ao largo
de Natal (atual África do
Sul). António da
Madalena tentou ajudar
num esforço de
reconstrução de Angkor,
mas o projeto não teve
êxito.

• As impressões do freire
foram recolhidas por
um funcionário público
e historiador português
chamado Diogo do
Couto, quem deixá-las-
ia por escrito:
78
Diogo do Couto (ca. 1542 — Goa, 10 de
dezembro de 1616) foi um historiador
português com a função de guarda-mor da
Torre do Tombo de Goa.
Escreveria o autor posteriormente, que se o
Oceano, em vez de água, fosse uma estrada,
estaria "toda calçada de ossos de Portugueses,
perdidos em tão perigosa viagem".

79
• "... uma construção de tal modo
extraordinária que não é possível
descreve-la por escrito,
especialmente é diferente de
qualquer outro edifício no mundo.
Possui torres, decoração e todos os
refinamentos que o génio humano
pode conceber."

80
• Após esta visita, outros
pioneiros europeus,
especialmente
espanhóis e
portugueses,
continuaram a visitar as
ruínas, embora sem
repercussão pública.

• Também se tem registro
de uma carta de 1668
na qual um freire
francês de nome
Chevreul menciona o
local.
81

82
• O templo também
recebeu visitas do
oriente: o mapa mais
antigo de Angkor Wat,
datado entre 1623 e
1636, foi obra de um
peregrino japonês de
nome Kenryo Shimano.

• Em 1857, o missionário
francês Charles Emile
Bouillevaux foi o primeiro
a deixar um relato
"moderno" da visita de
um ocidental a Angkor
Wat, ao publicar no seu
livro Viagem à Indochina
1848–1856, os Annam e
Camboja, uma breve
resenha sobre a visita
realizada ao templo em
1850.
83
Charles-Emile
Bouillevaux ( Montier-
en-Der ,1 r de Abril de
1823-Montier-en-Der,
6 de janeiro de 1913)
é um missionário e
explorador francês ,
autor da primeira
descrição das ruínas
de Angkor .
Bouillevaux que
explorou o Camboja
até Stoeng Treng
retornou à França em
1873, onde se tornou
pastor de sua aldeia
natal até sua morte
aos 90 anos em 1913.

84
• Em 1863 o Camboja
tornou-se um
protetorado francês, e
vários grupos de
exploradores chegaram
a Angkor:

• um dos primeiros foi o
fotógrafo escocês John
Thomson, que
trabalhou também para
a Royal Geographical
Society, e que após ler
as crónicas de Mouhot
decidiu visitar Angkor.
85
John Thomson (14 de junho de 1837 - 29 de setembro
de 1921) foi um fotógrafo, geógrafo e
viajante escocês pioneiro . Ele foi um dos primeiros
fotógrafos a viajar para o Extremo Oriente,
documentando as pessoas, paisagens e artefatos das
culturas orientais. Ao voltar para casa, seu trabalho
entre as pessoas da rua de Londres cimentou sua
reputação e é considerado um exemplo clássico de
documentário social que lançou as bases para
o fotojornalismo .

86
• Em 1866 realizou uma
série de cinquenta
fotografias,
especialmente de
Angkor Wat, publicadas
um ano depois.

• Estas fotos, com o Livro
de Mouhot, lançaram
definitivamente à fama
o templo de Angkor
Wat, enquanto o
número de viajantes e
exploradores que
chegavam em Angkor
não parou de aumentar.
93

94
Restauro do complexo
• Em 1898 foi fundada a
École Française
d'Extrême-Orient visando
estudar o património
artístico da Indochina sob
domínio francês. Em 1907
o Sião (a atual Tailândia)
cedeu vários territórios
ao Camboja, entre os
quais se encontra a zona
de Angkor.

• A partir deste facto a
conservação dos
monumentos passou a
ser responsabilidade da
École, a qual, um ano
depois, iniciou os
trabalhos de
conservação.
95

• A tarefa foi encomendada a um militar e
administrativo francês chamado Jean Commaille,
que entre 1908 e 1910 decidiu concentrar os
esforços em Angkor Wat.
96
Iluminura de 1903 por François GROS , Diretor de l'École française d'Extrême-
Orient

• Após o assassinato de Commaille
em 1916, este foi sucedido pelo
arquiteto Henri Marchal, já um
verdadeiro técnico, que levou a
Angkor o método da anastilose
(Técnica de reconstrução ou
reintegração de um monumento
em ruínas, a partir do estudo das
peças ou fragmentos que o
compõem, eventualmente com
novos materiais a
complementarem as peças
originais.), aprendido dos
holandeses durante uma viagem
a Java na década de 1930.
97

98
• Marchal foi sucedido por
Maurice Glaize em 1937 e por
outros mais tarde, até os
trabalhos de restauração da
École serem interrompidos na
década de 1970 pela
devastadora revolução dos
Khmer Vermelho, nome dado
aos seguidores do Partido
Comunista da Kampuchea,
partido governante no
Camboja de 1975 a 1979,
liderado por Pol Pot, Nuon
Chea, Ieng Sary, Son Sen e
Khieu Samphan.

• O regime liderado pelo Khmer Vermelho de
1975 a 1979 foi conhecido como Kampuchea
Democrático.
99

• Em 1993, um ano depois
da declaração de Angkor
como Património da
Humanidade e por causa
de uma conferência
intergovernamental em
Tóquio, um Comité de
Coordenação
Internacional foi
estabelecido para
restaurar e preservar o
património de Angkor.
100

101
• Paralelamente, o governo
cambojano criou a
APSARA (Autoridade para
a gestão e proteção de
Angkor e a região de Siem
Reap) com o objetivo de
obter o status
permanente de
Patrimônio da
Humanidade por parte da
UNESCO; um estatuto que
se conseguiu em 1995.

• Dum ponto de vista
estético, o templo é
enquadrado no
chamado "estilo
angkoriano", que é a
etapa artística mais
madura e refinada na
evolução da arquitetura
khmer, bem como a
última de influência
puramente hinduísta.
102
• Arquitetura
Plano do primeiro piso

104
• É uma combinação
única de montanha e
templo (o design
padrão para os templos
estatais do império) e o
plano posterior de
galerias concêntricas .

• O templo é uma
representação do monte
Meru , o lar dos deuses: o
quincunx central das
torres simboliza os cinco
picos da montanha, e as
paredes e os fosos
simbolizam as cadeias de
montanhas circundantes
e o oceano.
105

107
• O acesso às áreas
superiores do templo
foi progressivamente
mais exclusivo, com os
leigos admitidos apenas
ao nível mais baixo.

• Ao contrário da maioria
dos templos Khmer,
Angkor Wat é orientado
para o oeste e não para
o leste. Isso levou
muitos investigadores a
concluir que
Suryavarman pretendia
que este servisse como
seu templo funerário.
108

109
• Angkor Wat é ainda
hoje considerado um
dos mais inspirados
monumentos
arquitetónicos jamais
construído.

• Os seus relevos e
estatuária revelam as
requintadas pompas do
rei-deus, que incluíam
desfiles de elefantes,
apsaras (dançarinas dos
templos), faustosas
celebrações de vitória
sobre os inimigos e cenas
do Mahabarata, célebre
obra épica hindu.
110

112
• Atualmente Angkor Wat
é o maior postal
turístico do país,
visitado por mais de
cem mil pessoas por
ano, sobretudo desde
que a paz estabilizou no
país e a UNESCO o
colocou sob a sua
protecção, em 1992.

• Língua oficial: Khmer
• Capital e cidade mais
populosa: Phnon Penh
• Área: 181 035 km² (88º
país mais populoso do
mundo
• 15 458 332 habitantes
Moeda: Riel
113
• Alguns apontamentos
sobre o Camboja

• Gastronomia
cambojana:
114
• Tirando as aranhas
fritas, grilos, morcegos,
tartarugas, passarinhos
e outros itens exóticos,
pode-se dizer que a
culinária do Camboja é
muito apetitosa.

• é um prato muito popular
no Camboja. É um peixe
com leite de coco,
temperado com casca de
limão, “fingerroot” (um
parente do gengibre,
porém mais suave no
sabor) e outras
especiarias. Este prato é
tradicionalmente servido
numa folha de bananeira.
115
• Peixe Amok

116
• A receita de vegetais
refogados com molho
de ostra é uma receita
muito comum no
Camboja, assi como em
todo Sudeste Asiático.

• Este prato é composto
por peixe ao curry,
lemongrass (o capim
limão, que dá acidez),
“morning glory” (também
conhecido como “water
spinach”, é um vegetal
aquático muito utilizado
na culinária asiática),
pimenta, tamarindo e
outras especiarias.
117
• Khmer Spicy Sour
Lemongrass

• Uma sopa com
especiarias, cogumelos,
leite de coco, alho,
tomate, manjericão e
folha de lima.
118
• Tom Yam Cream

• Khmer Sour Soup with
Fish
119
• É uma sopa que leva
manjericão, folhas
frescas de coentro,
pepino, tomate, peixe e
uma pequena dose de
abacaxi e anis
estrelado.
•

• Rolinho refogado de
vegetais com molho de
ostra e refogado de
“morning glory”
(vegetal aquático muito
utilizado na culinária
asiática, com sabor
similar ao do espinafre).
120
• Spring Vegetable Coil

• As misturas de
especiarias são as
responsáveis pelo
agradável sabor da
culinária do
Camboja e estão à
venda por todo o
lado, sobretudo no
mercado de Siem
Reap.
121

122

123

Bibliografia
• https://www.almadeviajante.com/angkor-wat-era-
uma-vez-um-imperio/
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Angkor_Wat
• http://www.triada.com.br/espiritualidade/fe_orienta
l/aq173-201-197-1-principais-vertentes-do-
budismo.html
• http://whc.unesco.org/en/list/1224
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