O Castelo e as muralhas de Marvão são dos mais notáveis exemplos de construção fortificada em Portugal.
Marvão, que deve o seu nome ao eminente chefe árabe Ibn Marwan, vê o seu castelo ser construído em finais do séc. XIII.
Depois de ter retirado uma primeira candidatura a Património Mundial em 2016, em Janeiro de 2016 esta vila alentejana apresentou, em conjunto com Valença, Almeida e Elvas, nova candidatura à Comissão Nacional da UNESCO.
Esta candidatura visa promover o património cultural e único das “Fortalezas Abaluartadas da Raia”.
AUTOR
Artur Filipe dos Santos
artur.filipe@uvigo.es
www.artursantos.no.sapo.pt
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Artur Filipe dos Santos, Doutorado em Comunicação, Publicidade Relações Públicas e Protocolo, pela Universidade de Vigo, Galiza, Espanha, Professor Universitário, consultor e investigador em Comunicação Institucional e Património, Protocolista.
Director Académico e Professor Titular na Universidade Sénior Contemporânea, membro da Direção do OIDECOM-Observatório Iberoamericano de Investigação e Desenvolvimento em Comunicação, membro da APEP-Associacao Portuguesa de Estudos de Protocolo.Professor convidado e membro do Grupo de Investigação em Comunicação (ICOM-X1) da Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação da Universidade de Vigo, membro do Grupo de Investigação em Turismo e Comunicação da Universidade de Westminster. Professor convidado das Escola Superior de Saúde do Insttuto Piaget (Portugal).Orador e palestrante convidado em várias instituições de ensino superior. Formador em Networking e Sales Communication no Network Group +Negócio Portugal.
Especialista na temática dos Caminhos de Santiago, aborda esta temática em várias instituições de ensino e em várias organizações culturais.
A Universidade Sénior
Contemporânea
Web: www.usc.pt
Email: usc@usc.pt
Edições online: www.edicoesuscontemporanea.webnode.com
A Universidade Sénior Contemporânea é uma instituição vocacionada para a ocupação de tempos livres dos indivíduos que se sintam motivados para a aprendizagem constante de diversas matérias teóricas e práticas, adquirindo conhecimentos em múltiplas áreas, como línguas, ciências sociais, saúde, informática, internet, dança, teatro, entre outras, tendo ainda a oportunidade de participação em actividades como o Grupo de Teatro, Coro da USC, USC Web TV, conferências, colóquios, visitas de estudo. Desenvolve manuais didáticos das próprias cadeiras lecionadas(23), acessíveis a seniores, estudantes e profissionais através de livraria online.
2. 2
O Património Cultural da Fronteira
Portugal-Espanha: O Castelo de Marvão
Artur Filipe dos Santos - artur.filipe@uvigo.es
3. AUTOR
Artur Filipe dos Santos
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• Artur Filipe dos Santos, Doutorado em Comunicação, Publicidade Relações Públicas e
Protocolo, pela Universidade de Vigo, Galiza, Espanha, Professor Universitário, consultor e
investigador em Comunicação Institucional e Património, Protocolista, Sociólogo.
• Director Académico e Professor Titular na Universidade Sénior Contemporânea, membro da
Direção do OIDECOM-Observatório Iberoamericano de Investigação e Desenvolvimento em
Comunicação, membro da APEP-Associacao Portuguesa de Estudos de Protocolo.
Professor convidado e membro do Grupo de Investigação em Comunicação (ICOM-X1) da
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de Investigação em Turismo e Comunicação da Universidade de Westminster. Professor
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convidado em várias instituições de ensino superior. Formador em Networking e Sales
Communication no Network Group +Negócio Portugal.
• Especialista na temática dos Caminhos de Santiago, aborda esta temática em várias
instituições de ensino e em várias organizações culturais.
3
Artur Filipe dos Santos - artur.filipe@uvigo.es
4. A Universidade Sénior
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• A Universidade Sénior Contemporânea é uma instituição vocacionada
para a ocupação de tempos livres dos indivíduos que se sintam motivados
para a aprendizagem constante de diversas matérias teóricas e práticas,
adquirindo conhecimentos em múltiplas áreas, como línguas, ciências
sociais, saúde, informática, internet, dança, teatro, entre outras, tendo
ainda a oportunidade de participação em actividades como o Grupo de
Teatro, Coro da USC, USC Web TV, conferências, colóquios, visitas de
estudo. Desenvolve manuais didáticos das próprias cadeiras
lecionadas(23), acessíveis a seniores, estudantes e profissionais através
de livraria online.
4
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5. • O Castelo e as muralhas
de Marvão são dos mais
notáveis exemplos de
construção fortificada
em Portugal.
5
Castelo de Marvão
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6. 6
• Marvão, que deve o seu
nome ao eminente
chefe árabe Ibn
Marwan, vê o seu
castelo ser construído
em finais do séc. XIII.
Castelo de Marvão
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7. • Depois de ter retirado
uma primeira candidatura
a Património Mundial em
2016, em Janeiro de 2016
esta vila alentejana
apresentou, em conjunto
com Valença, Almeida e
Elvas, nova candidatura à
Comissão Nacional da
UNESCO.
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Castelo de Marvão
8. • Esta candidatura visa
promover o património
cultural e único das
“Fortalezas
Abaluartadas da Raia”.
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Castelo de Marvão
9. 9
• O Castelo de Marvão é
uma edificação de
arquitectura militar,
medieval, de transição,
moderna.
Castelo de Marvão
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10. 10
• Castelo e cerca urbana medievais - fortificação em relevo,
estratégica, de detenção, orientada para Espanha, com
cubelos (torreões de planta circular ou semi-circular, com a
função de reforço de uma muralha numa cerca ou num
castelo medieval) de transição - fortificação baixa com
canhoeiras nos eirados.
Castelo de Marvão
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11. • A vila de Marvão
localiza-se no topo da
Serra do Sapoio, a uma
altitude de 860 metros,
rodeada pelos muros do
Castelo de Marvão,
apresentando belas
vistas sobre o Parque
Natural da Serra de São
Mamede e a Barragem
da Apartadura.
11
Castelo de Marvão
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12. 12
• O município, com uma
área de 155 Km2, é
limitado a norte e a
leste pela Espanha, a sul
e a oeste pelo
município de Portalegre
e a noroeste por Castelo
de Vide.
Castelo de Marvão
www.portugalvia.com
13. • O património histórico de
Marvão é caracterizado
pelas fortificações ( Castelo)
de Marvão, a Cidade
Romana de Ammaia, o
Cruzeiro Manuelino ( 1525),
o Pelourinho; os Fornos de
Cal da Escusa, as Choças, a
Ponte Quinhentista, as
Igrejas de Marvão, o
Convento da Nossa Senhora
da Estrela (1448) -> ver
lenda da Nossa Senhora da
Estrela.
13
Castelo de Marvão
casaescusa.wordpress.com
15. 15
• os Fornos de Cal da
Escusa, as Choças, a
Ponte Quinhentista, as
Igrejas de Marvão, o
Convento da Nossa
Senhora da Estrela
(1448) -> ver lenda da
Nossa Senhora da
Estrela.
Castelo de Marvão
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16. • O património de
Marvão inclui ainda
antas e menires e a
Torre da Portagem.
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Castelo de Marvão
www.guiadacidade.pt
17. 17
• Entre os solos quase esqueléticos que bordejam o Rio Tejo e
as grandes serranias de S. Mamede, o Concelho de Marvão,
marcado a Norte pelos exuberantes afloramentos graníticos e
pelo fértil vale da Aramenha que o delimita pelo Sul, sempre
dependeu das águas do Rio Sever, que o separa das terras de
Espanha pelo nascente e que justificaram os primeiros
estabelecimentos humanos nesta região.
Castelo de Marvão
www.origens.pt
19. • Contrastando com as secas
planuras do outro Alentejo,
os estreitos vales da falda
norte de Marvão oferecem
solos leves e bem drenados
amenizados por um micro
clima que propiciou a
fixação humana deste
épocas muito recuadas.
19
Castelo de Marvão
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20. 20
• Na encosta sul, o vale é
mais alargado e as
terras de areia dão lugar
a pesados solos
argilosos que os
romanos não
esqueceram.
Castelo de Marvão
lusosaocaminho.pt
21. • Entre estes dois
territórios naturais
emergem na alta e
lavada crista quartzítica
os fortificados muros de
Marvão.
21
Castelo de Marvão
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22. 22
• Mas as razões que levaram
os homens, ao longo de
vários séculos, a investirem
naquele alcantilado monte
teremos que as procurar
nos vestígios arqueológicos
que o rodeiam.
Castelo de Marvão
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23. 23
• As origens de Marvão remontam à época do Império romano,
quando era conhecida como a Fortaleza de Ammaia. Marvão,
consistiria numa fortificação protectora da cidade da Ammaia,
fundada no séc. I num vale sobranceiro e cujos vestígios
podem ser actualmente visitados.
Castelo de Marvão
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24. • Com as invasões
muçulmanas da Europa,
verificadas entre o século
VIII e o século XII, Marvão
foi ocupada pelos
muçulmanos sendo que
no Séc. X, o historiador
cordovês, Áhmad Ibn al-
Rázi, identificou Marvão
como Fortaleza de Amaia
e como Fortaleza de
Amaia-o-Monte, entre
outras designações.
24
Castelo de Marvão
www.infopedia.pt
25. 25
• Ahmad ibn Muhammad
al-Razi (888-955),
também conhecido
pelos cristãos como o
Mouro Rasis, foi um
historiador muçulmano
do Al-Andalus, a
península ibérica da
época da dominação
islâmica.
Castelo de Marvão
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26. • Nascido em Córdova de uma
família de mercadores, sabe-se
que escreveu vários tratados sobre
geografia e história do Al-Andalus
durante o governo do califa
Abderramão III.
26
Castelo de Marvão
www.forosperu.net
27. • Nenhuma de suas obras sobreviveu até os
nossos dias, mas sua História dos emires de
Espanha (Akhbâr mulûk al-Andalus) foi traduzida
ao português no século XIV na corte senhorial
dos Aboim-Portel, a mando do rei D. Dinis de
Portugal, sendo conhecida atualmente como a
Crónica do Mouro Rasis, cujo manuscrito se
perdeu no terremoto de 1755, conservando-se
apenas alguns fragmentos copiados em 1533 por
André de Resende.
27
Castelo de Marvão
Carolina Wilhelma Michaëlis de Vasconcelos (Berlim, 15 de Março de 1851 — Porto, 22 de
Outubro de 1925) escreveu um ensaio sobre os fragmentos da Crónica do Mouro Rasis
alpha.sib.uc.pt
28. 28
• Um facto que levanta a
hipótese de que
existiria uma
fortificação no topo do
monte que teria servido
a cidade de Ammaia,
fundada no séc. I, sendo
igualmente, a primeira
referência conhecida à
Fortaleza de Marvão.
Castelo de Marvão
Vestígios arqueológicos da cidade romana
de Ammaia
www.pinterest.com
30. • Marvão deve o seu
nome a Ibn Marwan,
figura do Islão
peninsular que, pelos
anos finais do século IX,
aqui se fortificou em
discórdia face ao califa.
30
Castelo de Marvão
30
31. 31
• É precisamente desse
período que data a
primeira referência ao
povoado, constante da
crónica de al-Rázi,
escrita já no século X
mas que conserva
parcelas dedicadas aos
tempos imediatamente
anteriores.
Castelo de Marvão
alpha.sib.uc.pt
32. • Aí se menciona que o
Monte é conhecido
como Amaia de Ibn
Maruán, por oposição a
outra Amaia, a das
ruínas (SIDARUS, 1991,
p.13), que deve ser a
cidade romana com o
mesmo nome,
localizada no sopé do
monte.
32
Castelo de Marvão
www.ateneulivros.com
33. 33
• Esta referência, que
parece corresponder aos
anos de 876-877, permite
concluir que, já nessa
altura, Marvão era um
povoado de relevância
militar, uma vez que, em
outras ocasiões, Ibn
Marwan ameaçou retirar-
se para o Monte, numa
afirmação de revolta
militar contra Córdova.
Castelo de Marvão
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Abd al-Rahman ibn Muhammad ibn Marwan ibn Yunus,
conhecido como Ibn Marwan al-Yil'liqui ou simplesmente
ibne Maruane, ibn Maruan, ibn Marwan ou ainda Bem
Marvão.
Nascimento: Mérida, Espanha
Falecimento: 889 d.C.
34. • Desconhecemos a marcha
da história da localidade
nos séculos seguintes, mas
é de admitir que tenha
perdido importância, dadas
as condições de relativa paz
no seio do Islão peninsular
que, mesmo com o advento
das taifas, manteve uma
certa homogeneidade nesta
zona, polarizada em torno
de Badajoz.
34
Castelo de Marvão
pt.slideshare.net
35. 35
• Saúl Gomes (1996),
professor da Faculdade
de Letras da Universidade
de Coimbra, admite que
aqui se tenha implantado
uma importante
comunidade moçárabe
mas, até ao momento,
não existem suficientes
provas que confirmem
essa hipótese.
Castelo de Marvão
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36. • Só no século XII voltamos
a encontrar menções à
localidade, numa altura
de renovada importância
estratégica enquanto
ponto militar (BARROCA,
2000, p.1265), entre o
avanço do reino cristão
de Portugal, a resistência
das tropas islâmicas e a
proximidade para com
Castela.
36
Castelo de Marvão
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37. 37
• Ainda assim, não se
sabe ao certo quando
terá sido conquistada,
variando os autores
entre as datas de 1160
e 1166 (COELHO, 1924,
p.73).
Castelo de Marvão
www.tripadvisor.com.br
38. • O século XIII é mais
fértil em informações e
delas podemos concluir
que, em 1214,
pertencia à coroa
nacional, aparecendo
mencionada na
demarcação do termo
de Castelo Branco
(PERES, 1969, p.281).
38
Castelo de Marvão
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39. 39
• Em 1226, terá recebido
foral das mãos de D.
Sancho II, não obstante
alguns autores pensarem
que o esforço de
povoamento (na
dependência das
exigências militares
ditadas pela proximidade
da fronteira com Castela)
possa recuar ao reinado
de D. Afonso II
(MARQUES, 1996, p.41).
Castelo de Marvão
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40. • Finalmente, em 1271,
D. Afonso III doou a vila
a seu filho, D. Afonso
Sanches, nobre que
constituiu um
verdadeiro senhorio
fronteiriço na região e
que chegou a fortificar-
se contra seu meio-
irmão, D. Dinis.
40
Castelo de MarvãoCastelo de Marvão
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41. 41
• Só a partir da
recuperação da posse
da vila pelo monarca,
ocorrida em 1299, se
pensa que se iniciou a
construção do actual
castelo.
Castelo de Marvão
lusosaocaminho.pt
42. • O facto de encontramos
aqui algumas
características
plenamente góticas
parece vir em favor
desta hipótese.
42
Castelo de Marvão
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43. 43
• O Castelo de Marvão, no Alentejo, localiza-se na vila e
freguesia de Santa Maria de Marvão, concelho de
Marvão, distrito de Portalegre, em Portugal.
Castelo de Marvão
arqnat.webnode.pt
44. 44
• O castelo inscreve-se no
Parque Natural da Serra
de São Mamede, na
vertente norte da serra,
em posição dominante
sobre a vila e
estratégica sobre a linha
da raia, controlando, no
passado, a passagem do
rio Sever, afluente do
rio Tejo.
Castelo de Marvão
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45. • Esse fato garantiu-lhe a
atenção de diversos
monarcas, expressa em
diversas campanhas de
remodelação, que
deram ao monumento
o seu aspecto atual.
45
Castelo de Marvão
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46. 46
• No contexto da conquista
de Alcácer do Sal, D.
Afonso Henriques (1112-
1185) terá tomado a
povoação aos mouros
entre 1160 e 1166.
Quando da demarcação
do termo de Castelo
Branco (1214), Marvão já
se incluía em terras
portuguesas.
Castelo de Marvão
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47. • D. Sancho II (1223-
1248) concedeu-lhe
Carta de Foral (1226),
visando manter esta
sentinela avançada do
território povoada e
defendida diante das
repetidas incursões
oriundas de Castela à
época.
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Castelo de Marvão
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48. • D. Afonso III (1248-1279)
doou os domínios de
Marvão aos cavaleiros da
Ordem de Malta (1271),
posteriormente
outorgados a seu filho,
Afonso Sanches,
juntamente com os
senhorios de Arronches,
Castelo de Vide e
Portalegre.
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Castelo de Marvão
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49. 49
• Por esta razão, ao se
iniciar o reinado de D.
Dinis (1279-1325), a vila
e o seu castelo viram-se
envolvidos na disputa
entre o soberano e o
infante D. Afonso, vindo
a ser conquistados
pelas forças do
soberano em 1299.
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50. • No encerramento da
questão, os domínios de
Marvão, Portalegre e
Arronches foram
trocados pelos de Sintra
e de Ourém,
permanecendo os
primeiros na posse do
soberano.
50
Castelo de Marvão
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51. 51
• Este confirmou a
Marvão o foral de 1226
e empreendeu-lhe
obras de ampliação e
reforço das defesas,
destacando-se a
construção da torre de
menagem, iniciada no
ano de 1300.
Castelo de Marvão
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52. • No reinado de D.
Fernando (1367-1383),
foi estabelecido em
Marvão o couto de
homiziados (1378).
Após o seu falecimento,
ao eclodir a crise de
1383-1385, a vila e seu
castelo posicionaram-se
pelo partido do Mestre
de Avis.
52
Castelo de Marvão
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53. 53
• O novo soberano e os
seus sucessores
concederam diversos
privilégios à vila (1407,
1436 e 1497) com o
mesmo fim de
incrementar o seu
povoamento e defesa.
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54. • Nessa fase, foram
procedidos também
reforços nas muralhas,
o que é constatado pela
presença de cubelos
datando dos séculos XV
e XVI.
54
Castelo de Marvão
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55. 55
• O sistema medieval da fortaleza manteve-se
genericamente até ao século XVII, altura em que Marvão
viu reforçada a sua importância no quadro das Guerras
da Restauração.
Castelo de Marvão
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56. 56
• Sob o impulso do abade
D. João Dama,
reformulou-se
parcialmente o
dispositivo, com
baluartes estrelados a
proteger as principais
portas e o extremo da
fortaleza.
Castelo de Marvão
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57. • Nessa altura, porém,
Marvão possuía apenas
400 habitantes e a
relevância da vila não se
podia já comparar a
Castelo de Vide, onde
se concentraram os
principais esforços de
defesa contra Espanha.
57
Castelo de Marvão
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58. 58
Características
• O Castelo de Marvão
ergue-se sobre uma
crista quartzítica, na
cota de 850 metros
acima do nível do mar,
encerrando em seus
muros a vila medieval.
Castelo de Marvão
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59. • Os seus muros,
reforçados por torres,
distribuem-se em linhas
defensivas concêntricas:
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Castelo de Marvão
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60. 60
• a linha interna,
reforçada por duas
torres e um cubelo,
dominada pela Torre de
Menagem, de planta
quadrada, que lhe é
adossada;
Castelo de Marvão
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61. • a linha intermediária,
coroada por ameias e
reforçada por torres
maciças;
61
Castelo de MarvãoCastelo de Marvão
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62. 62
• A linha externa,
constituída pela
barbacã, de onde parte
a cerca da que envolve
o monte e compreende
a vila.
Castelo de Marvão
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63. • A adaptação dessa
defesa no final do
século XVII, converteu o
castelo na cidadela da
fortaleza abaluartada,
com Canhoneira nos
eirados, permitindo o
tiro rasante.
63
Castelo de Marvão
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