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E se brincamos / jogamos
todos e todas?
Brincadeiras,
brinquedos e
jogos do Brasil
Carlos Rogerio
Fabiana Menassi
Y si jugamos todos y todas?
Proyecto de cooperación internacional financiado
por CIC Batá y AACID
BRINCAR é ter desejos e expressá-los em
práticas corporais individuais ou coletivas sem
restrições. BRINCAR é parte integrante da vida,
não só para crianças como se quer estabelecer
nas sociedades modernas. São valores
inestimáveis de todos os povos retransmitidos
organicamente dentro das comunidades e que
resistem criativamente a todo tipo de opressão
e de transformação.
Se retornamos no tempo, veremos que as
brincadeiras são originárias de celebrações
rituais nas quais eram privilegiadas as
interações intergeracionais. E não se parava
nunca de BRINCAR pois era / é a
possibilidade de reconhecer o mundo
imediato, experimentando-o sem risco. E é a
resolução de conflitos mais democrática de
um grupo, considerando o que é melhor
para tod@s @s envolvid@s.
E felizmente nosso país tem incontáveis
expressões desse fazer humano o que nos
permite viver em razoável harmonia social.
Logo, concordamos plenamente com o grande
escritor e desenhista Ziraldo:
"não conheço nenhum canalha que
tenha sido uma criança feliz"...
Que possamos todos e todas
BRINCAR cada vez mais!!!
¿Y SI JUGAMOS TODOS Y TODAS? é uma realização da ONGD
cordobesa CIC Batá (Centro de Iniciativas para la Cooperación),
argumento apresentado e selecionado no edital de 2007 promovido pela
Agencia Andaluza de Cooperación Internacional al Desarrollo (AACID)
para projetos de sensibilização e educação para o desenvolvimento.
O objetivo é mostrar a diversidade do mundo aos europeus através dos
aspectos lúdicos de cada cultura, principalmente daquelas culturas
encaradas como ameaçadas ao desenvolvimento local.
Está ocorrendo também em outras partes do planeta e finalizará com
uma exposição pela região sul da Espanha, realização de oficinas
práticas e a edição de materiais pedagógicos
que serão distribuídos a diversas organizações.
¿Y SI JUGAMOS TODOS Y TODAS? é uma realização da ONGD
cordobesa CIC Batá (Centro de Iniciativas para la Cooperación),
argumento apresentado e selecionado no edital de 2007 promovido pela
Agencia Andaluza de Cooperación Internacional al Desarrollo (AACID)
para projetos de sensibilização e educação para o desenvolvimento.
O objetivo é mostrar a diversidade do mundo aos europeus através dos
aspectos lúdicos de cada cultura, principalmente daquelas que sofrem
com problemas de pobreza e todo o acarretado por essa condição.
Está ocorrendo também em outras partes do planeta e finalizará com
uma exposição pela região sul da Espanha, dinamização de oficinas
práticas e a edição de materiais pedagógicos
que serão distribuídos a diversas instituições.
O lúdico no Brasil
Podemos dizer que brincamos o tempo
todo, em todos os lugares. Está na
essência de nosso povo. E a rua é o
nosso local preferido. Nela nos
relacionamos, percebemos
oportunidades e limites,
desenvolvemos competências
cognitivas, motoras e afetivas que
permanecem por toda a vida. Sejamos
nós crianças, adultos ou idosos.
Nosso potencial lúdico é nossa
linguagem mundial. E só lembrar
nossas manifestações artísticas ou
esportivas. São nossos corpos, nossas
mentes, nossos sentimentos, nossas
histórias, nossos espíritos, expostos
integralmente a quem queira ver e se
comunicar. É quando melhor usamos
nossa inteligência, são nossos maiores
desafios. E estas são as mais
significativas qualidades do
BRINCAR...
O objetivo de nossas existências é
BRINCAR e nós brasileiros parecemos
compreender, acreditar e apoiar essa
tese. Brincamos por amor e amamos
por brincar. Sentimos, sem pudor,
prazer com e pelo entorno ambiental –
pessoas e espaços. Com eles, nos
relacionamos carinhosamnte através
da visão, da audição, do olfato, do tato
e do paladar. Se não fossemos tão
afetados pela alienação de um estilo de
vida globalizado e consumista, nos
aproximaríamos da perfeição...
"Ao brincar
com a criança,
o adulto está brincando
consigo mesmo"
Carlos Drummond de Andrade
O brincar / jogar em nossas ações – 3
"Brincar é
condição fundamental
para ser sério"
Arquimedes
O brincar / jogar em nossas ações – 4
A criança, sem dúvida, é o símbolo
do BRINCAR. Mas é com o adulto
que temos a mais fiel noção dos
efeitos positivos e negativos da
presença ou não da ludicidade no
cotidiano. Assim como ninguém
pode fazer uma criança brincar
quando ela não quer, nada
convence um adulto a realizar uma
tarefa que não lhe encanta. Lógico
que por necessidades de
sobrevivência, por processos
educativos castradores, por
incontáveis pressões sociais, a
maioria da população está ligada a
trabalhos que não aprecia. E isso é
notado abertamente quando temos
contato com vários profissionais...
Os adultos perdem o senso de
humor. Perder o humor é perder a
inteligência. Dizemos “já sabemos
tudo e não mais arriscamos”. Não
mais desafiamos. Nadar é desafiar a
água. Escalar é desafiar a
montanha. Adivinhar é desafiar a
mente. Brinquedo divertido exige
luta e esforço – tem de haver o
desejo de fazer e dificuldades a
vencer. BRINCAR só é bom quando
tem a possibilidade de não dar
certo.
Nossa busca vital e universal
deveria ser devolver crianças,
adultos e idosos à Natureza – a
Natureza humana. Precisamos
tod@s recuperar / recriar
momentos, movimentos e espaços
acolhedores e estimulantes. E
reavivar nossa motivação mais
íntima...
Algumas brincadeiras,
brinquedos e jogos brasileiros
“Não se deve interromper a
concentração de uma criança
que está brincando"
Nylse Cunha
"As tristezas
devem ser amenizadas
por meio de brincadeiras"
Sidônio Apolinário O brincar / jogar em nossas ações – 5
Sapata, pedrinhas, porrinha, jogo do frade,
pião, bodoque, estilingue, contas, rodas,
pular corda, lenço atrás, pé na lata, peteca,
bilboquê, taco, pular sela, mãe da rua, pique
bandeira, rolimã, pique esconde, bonecas,
barangandão, mané gostoso, rabo de gato,
diabolô, escada de jacó, jogo da velha,
corrupio, cama de gato, bolinhas de gude,
5 marias, elástico, etc, etc, etc.
São estes apenas alguns dos
divertimentos que encontramos pelo
Brasil. Um imenso território que
abriga incontáveis manifestações
lúdicas.
Veríssimo de Melo, um dos maiores,
estudiosos brasileiros do tema:
divide os jogos em 5 grandes
grupos:
1. Fórmulas de escolha ou seleção –
são os que iniciam todos os demais,
escolhendo a ordem de participação
e as funções durante a ação
(joquepô, minha mãe mandou);
2. Jogos gráficos – são os que
apresentam desenhos ou esquemas,
muitas vezes feitos no próprio chão
(academia, jogo da onça);
"Brincar com crianças não é
perder tempo, é ganhá-lo; se é
triste ver meninos sem escola,
mais triste ainda é vê-los
sentados enfileirados em salas
sem ar, com exercícios
estéreis, sem valor para a
formação do homem"
Carlos Drummond de Andrade
O brincar / jogar em nossas ações – 6
3. Jogos de competição – são aqueles
que comparam força, agilidade,
destreza entre os participantes (cobra
cega, o rato e o gato);
4. Jogos de sorte ou de salão – são os
que fazem comparações de
inteligência, espírito, humor, etc (passa
anel, berlinda);
5. Jogos de música – os que utilizam
ou são baseados nas melodias e
coreografias de canções tradicionais
(cirandinhas diversas).
Muitos jogos se caracterizam pela
competição. Ganhar ou perder, acertar
ou errar, conseguir ou não conseguir,
concluir ou desistir, aceitar ou negar e
assim por diante. Hoje muito se discute
os benefícios de propagá-los pois
estariam evidenciando o nocivo
individualismo social. O que
acreditamos deturpar tais atividades
porém são as utilizações dadas a elas,
não suas regras e formatos.
Fato é que qualquer objeto pode se
transformar num brinquedo, numa
brincadeira. Se valorizamos o olhar
especial para as coisas e as
adaptamos a nossos interesses e
desejos é inevitável a satisfação.
Mente e visão tem de agir juntas
sempre.
A seguir, trataremos com mais
detalhes de alguns brinquedos e
brincadeiras encontrados pelo
Brasil.
Amarelinha.......................8
Bate o monjolo.................9
Corrupio.........................10
Escravos de Jó..............11
Mané Gostoso................12
Traca traca....................13
Amarelinha
O brincar / jogar em nossas ações – 8
4. Como se joga (regras)?
Cada jogador, possuidor de uma pedrinha na mão, tem a missão de ir do “inferno” ao
“céu” (do início ao fim) passo a passo. Começa no “inferno” e atira a pedra no
número 1, vai pulando até o “céu” – alternando uma e duas pernas de acordo com o
desenho traçado no chão e não pisando na casa onde está a pedra – e retorna ao
“inferno” retirando o objeto da casa 1. Segue fazendo o mesmo para a casa 2, a casa 3
e assim por diante até que erre e passe a vez para o outro participante. Quem fizer
todo o trajeto primeiro é o vencedor (versão mais tradicional com o gráfico
semelhante a foto acima).
5. Quem joga (crianças, jovens, tod@s, em escolas, bairros)?
Principalmente crianças e jovens, em escolas ou espaços públicos.
6. Materiais necessários (comprados, confeccionados)
Não é necessário nenhum material específico além de uma pedrinha e um desenho
feito no chão.
7. Ditado, coro ou canção que acompanha
Não há canções para acompanhamento. Em algumas localidades se improvisam
outras de domínio público enquanto se executa a brincadeira. Nas grandes cidades
pode ter o acompanhamento de música já gravada (aparelho de som).
8. Esse jogo revela a cultura local? Como? Por que?
A amarelinha original tinha mais de cem metros e era usada como exercício de
treinamento militar pelo Império Romano. Os soldados corriam sobre a amarelinha
para melhorar as habilidades com os pés. Ao chegar em nosso país, no período
colonial, foi assumindo diferentes formatos segundo a região e a comunidade na qual
se instalava. O uso das palavras “céu” e “inferno”, por exemplo, demonstra que a
localidade tinha forte apelo religioso e a brincadeira ensinava como se portar durante
a vida. Em outros lugares surgiam as palavras mundo, natureza, lua, sol, para
designar os espaços de começo e fim da atividade, sempre tendo grande relação com
a realidade local.
1. Nome(s) do jogo
Amarelinha, Marelinha, Academia, Cademia,
Sapata, Maré, Avião, Pular Macaco, etc.
2. País (zona, região)
Praticamente em todo o país mas com aparições
mais fortes no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio
Grande do Norte e Bahia, onde recebem nomes
distintos.
3. Onde se joga (lugar, variações)?
Lugares abertos, especialmente em contato com a
Natureza.
Bate o monjolo
O brincar / jogar em nossas ações – 9
1. Nome(s) do jogo
Bate o monjolo
2. País (zona, região)
Aparece especialmente nas regiões sudeste e nordeste do Brasil (desde o estado de
Minas Gerais até Pernambuco).
3. Onde se joga (lugar, variações)?
Em locais abertas junto a Natureza, muitas vezes em momentos de descanso do
trabalho.
4. Como se joga (regras)?
As pessoas sentam em roda com pedrinhas ou pequenos objetos na mão. Define-se qual
será o “tostão”. Uma pessoa fica ao centro com os olhos fechados. Inicia-se a canção e
cada pedra vai sendo passada de mão em mão, simultaneamente e acompanhando o
ritmo. Quando a música termina, tod@s fecham as mãos e escondem seu objeto. A
pessoa do centro abre os olhos e tenta descobrir onde está o “tostão” em 3 tentativas.
Existem pequenas variações e recriações em outras regiões.
5. Quem joga (crianças, jovens, tod@s, em escolas, bairros)?
Todas as idades mas é uma atividade melhor compreendida pelos adultos (por conta de
seu teor histórico).
6. Materiais necessários (comprados, confeccionados)
Simplesmente latas, tampinhas, pedrinhas.
7. Ditado, coro ou canção que acompanha
“Bate o monjolo no pilão, pega a mandioca pra fazer farinha, onde foi parar meu tostão,
ele foi para a vizinha”.
obs.: variação
interessante foi
criada em uma
escola pública
assistir em
http://www.youtube
.com/watch?
v=9ryfGAQELpQ
8. Esse jogo revela a cultura local? Como? Por que?
O monjolo é uma máquina rudimentar (foto acima a esquerda)
utilizada para a moagem de grãos e raízes durante o período
colonial brasileiro. Ainda hoje é utilizado em alguns interiores.
Conta-se que os trabalhadores da época se inspiraram no
árduo trabalho para desenvolver a melodia e a coreografia –
existe a tradição das “cantigas de trabalho”, que tem a função
de amenizar as longas e penosas jornadas de afazeres.
Corrupio
O brincar / jogar em nossas ações – 10
4. Como se joga (regras)?
Brinquedo feito com botão de furos ou duas tampinhas de plástico ou metal, em
geral de garrafa, em que são feitos dois orifícios, por onde passa um pedaço de
linha fina e resistente, com as pontas amarradas. O brinquedo produz som a partir
do movimento giratório das mãos e a tensão da linha.
5. Quem joga (crianças, jovens, tod@s, em escolas, bairros)?
Hoje é preferido por crianças e jovens.
6. Materiais necessários (comprados, confeccionados)
Os indígenas produziam os seus em cerâmica e em madeira. Numa moderna e
adaptada versão, confeccionamos com tampas de latas e garrafas (plástico e
alumínio). Também é necessário um fio resistente.
7. Ditado, coro ou canção que acompanha
Não há canção específica.
8. Esse jogo revela a cultura local? Como? Por que?
Estudos revelam que os atuais corrupios foram inspirados em utensílios
indígenas utilizados para disputas e lutas. Tais
“armas” eram confeccionadas com barro ou madeira
e giravam próximos a outros semelhantes para saber
qual o mais resistente. Acredita-se que na reprodução
da atividade por crianças a essência foi se
transformando e assumindo novas regras sociais.
Quando a prática chega a outras comunidades já está
bastante distante dos pensamentos iniciais e é
assimilada somente como brinquedo / brincadeira.
Obs.: Há também uma
brincadeira chamada
corrupio, na qual se
formam pares que, de
mãos dadas, com os
braços esticados, jogam
o corpo para trás,
rodando, em conjunto, o
mais rápido que
puderem.
1. Nome(s) do jogo
Corrupio, Bufa-gato, Currupicho, Gira-
botão, Roncador
2. País (zona, região)
Originalmente nas regiões norte e
nordeste do país e hoje espalhados por
todo o território.
3. Onde se joga (lugar, variações)?
Em espaços abertos próximos a
Natureza mas também outros mais
urbanos / artificiais.
Escravos de Jó
O brincar / jogar em nossas ações – 11
1. Nome(s) do jogo
Escravos de Jó
2. País (zona, região)
Aparece em várias zonas do Brasil mas prevalece nas regiões mais pobres do país, onde
provavelmente surgiu – norte e nordeste.
3. Onde se joga (lugar, variações)?
Espaços abertos ou fechados onde caiba uma roda de pessoas sentadas.
4. Como se joga (regras)?
Dispostos ao redor de uma mesa ou sentados no chão em roda, os jogadores pegam uma
pedra cada um. Ao ritmo da música cantada, entregam sua pedra ao companheiro da
direita. Em determinados momentos da letra, não a soltam e a trazem de volta. Os
movimentos são repetidos só ao som da música solfejada. Depois em silêncio, apenas
mantendo o ritmo. Voltam, então, a cantar.
5. Quem joga (crianças, jovens, tod@s, em escolas, bairros)?
É uma brincadeira realizada por todas as faixas etárias, em diferentes espaços e ocasiões.
Nos ambientes educacionais é amplamente difundida e utilizada para trabalhar diversos
aspectos infantis e juvenis – através de adaptações.
6. Materiais necessários (comprados, confeccionados)
Apenas são necessárias latas, tampinhas, pedras ou qualquer outro pequeno objeto. Um
para cada participante.
7. Ditado, coro ou canção que acompanha
“Escarvos de Jó, jogavam caxangá, tira, põe, deixar ficar... Guerreiros com guerreiros,
fazem zigue, zigue, zá”.
8. Esse jogo revela a cultura local? Como? Por que?
Há controvérsias a respeito da origem, do significado e da letra do jogo. A letra do jogo
fazia alusão aos escravos que juntavam
caxangá (uma espécie de crustáceo). De Jó
era como se chamavam os escravos
domésticos ('pacientes” como o tal Jó da
Bíblia): cozinheiras, costureiras,
amas-de-leite, etc. Na língua banto, njó
quer dizer casa. Em outra versão, dizem
que era como os escravos se conversavam
em momentos de descanso, tramando fugas
das fazendas para Quilombos e decidindo as
estratégias para realizar as ações sem serem
compreendidos por seus patrões. Diferenças
a parte, em todas as teses, há a referência ao
período escravista brasileiro que perdurou
de 1500 a 1888 oficialmente.
O brincar / jogar em nossas ações – 12
1. Nome(s) do jogo
Mané Gostoso, Mané,
Mané-besta, Mané-bestalhão,
Mané-de-sousa, Mané-tolo,
Manezinho
2. País (zona, região)
Principalmente na região
nordeste do país.
3. Onde se joga (lugar,
variações)?
Em espaços públicos de
confraternização como feiras
e festivais e nos lares.
4. Como se joga (regras)?
Não existem regras específicas para sua utilização. É um boneco de vara, com
movimento em pernas e braços puxados por cordões, cuja função principal é o
entretenimento infantil.
5. Quem joga (crianças, jovens, tod@s, em escolas, bairros)?
Pessoas de todas as idades utilizam o brinquedo, especialmente crianças. Também
é bastante solicitado por bonequeiros e outros artistas populares adultos.
6. Materiais necessários (comprados, confeccionados)
Pode ser comprado em feiras de artesanato tradicional de todo o país (nas grandes
cidades também em adaptações industrializadas) ou confeccionado facilmente com
varetas de madeiras, fios e ferramentas simples.
7. Ditado, coro ou canção que acompanha
Não há canção exclusiva mas pode fazer parte de encenações com partes
especialmente criadas para ele.
8. Esse jogo revela a cultura local? Como? Por que?
Na linguagem popular Mané Gostoso significa o homem tolo, palerma, imbecil,
idiota, sem vontade. Mané Gostoso também é um personagem do bumba-meu-boi,
folguedo regional muito expressivo em diversas comunidades brasileiras. Na
verdade, o próprio boneco é um simbolismo das possibilidades contidas nas
Culturas Populares de nosso imenso país e nas múltiplas características étnicas de
nosso povo. Ele tem os malabarismos e articulações necessárias para solucionar os
obstáculos que se apresentam no dia-a-dia.
Mané Gostoso
Traca traca
O brincar / jogar em nossas ações – 13
3. Onde se joga (lugar, variações)?
Nas reuniões familiares ou comunitárias, em festas populares e atualmente
inseridos nos contextos educacionais e artísticos das grandes cidades.
4. Como se joga (regras)?
É um brinquedo de fácil execução e que surpreende pelo mistério causado por
seu movimento do subir e descer das madeirinhas com as quais é construído.
Entre mais pessoas, pode-se desafiar a rapidez e agilidade com que manejam o
objeto. Nas experiências escolares, educadores tem utilizado o Traca Traca para
criar figuras e acompanhar histórias.
5. Quem joga (crianças, jovens, tod@s, em escolas, bairros)?
É extremamente apreciado por pessoas de todas as idades, sendo que em
comunidades interioranas recebe grande atenção dos idosos e nas escolas e
centro urbanos cativa os mais jovens.
6. Materiais necessários (comprados, confeccionados)
Pode ser comprado pronto ou confeccionado com pedaços de madeira, cola, fitas
coloridas (de cetim). Nível de dificuldade para construção: médio.
7. Ditado, coro ou canção que acompanha
Não há canções específicas que acompanhem o brinquedo. Várias pessoas tem
utilizado o Traca Traca para atividades de contação de história e enquanto falam
criam imagens com o objeto.
8. Esse jogo revela a cultura local? Como? Por que?
Este brinquedo é conhecido nos quatro cantos do mundo. No Brasil atualmente,
está muito mais presente na memória afetiva do que nas mãos das crianças ou
dos idosos, apesar de seu ressurgimento nas escolas. É conhecido pelo
sugestivo nome da “Escada de Jacó”, numa referência à passagem bíblica que
narra um caminho para o paraíso e sua capacidade de desdobrar “infinitamente”.
Na região Nordeste ele é chamado carinhosamente como Traca-Traca, que
representa a batida repetidas vezes das madeirinhas uma nas outras, dando a
idéia de uma catraca fazendo um som.
1. Nome(s) do jogo
Traca Traca, Escada de Jacó, Escada de
Maracá, João Teimoso, Blocos Taramela
2. País (zona, região)
Principalmente região nordeste do Brasil
e nos interiores pelo país afora. Tem sido
muito muito utilizado ultimamente nas
cidades por educadores em suas
metodologias alternativas.
Referências
Livros
● A Arte de Brincar, de Adriana Friedman, Vozes, 2004;
● O Brinquedo através da História - Moacyr Costa Ferreira, Ed. Edicon, 1990;
● Folclore e Mudança Social na Cidade de São Paulo – F. Fernandes, Ed. Vozes,
1979;
● Brincadeira e Cultura: Viajando pelo Brasil que Brinca, Volume II: Brincadeiras de
todos os Tempos - Casa do Psicólogo, 2003, São Paulo;
● Brincar, Crescer e Aprender: O Resgate do Jogo Infantil – Adriana Friedmann, Ed.
Moderna, 1996, São Paulo;
● O Direito de Brincar: A Brinquedoteca – Scritta Ed., 1992, São Paulo;
Brinquedo e Cultura - Gilles Brougère, Cortez Editora,1995, SP. (Questões da nossa
época – nº43);
● Barangandão Arco-Íris - 36 brinquedos inventados por meninos, de Adelsin, Lapa -
Cia. de Produção Cultural, 1997.
Revistas
● Crescer, Editora Globo;
● Recreio, Editora Abril;
● E, SESC SP;
● Nova Escola, Editora Abril.
Internet
● www.aliancapelainfancia.org.br;
● www.almanaquebrasil.com.br;
● www.projetobira.com;
● www.nepsid.com.br;
● www.jangadabrasil.com.br
● www.educadoresbrincantes.blogspot.com;
● www1.folha.uol.com.br/folha/treinamento/mapadobrincar.
Vídeos
● Molecagem, brincadeiras de rua, Núcleo de Animação de Campinas, 1991;
● Brincar & Jogar, Projeto OFICINATIVA, 2009.
E mais
● Chico dos Bonecos;
● Rubem Alves;
● Lydia Hortélio;
● Revelando São Paulo (evento anual);
● Escola de Folclore de Ribeirão Pires.
O brincar / jogar em nossas ações – 14
Os pesquisadores
Carlos Rogerio
projetooficinativa@hotmail.com
Fabi Menassi
fabi_menassi.yahoo.com.br
O brincar / jogar em nossas ações – 15
Artista, pesquisador das Culturas
Populares Brasileiras, comunicador,
educador social e produtor cultural.
Idealizador do Projeto OFICINATIVA,
coordenador da FundAÇÃO KAH-HUM-
KAH, dinamizador da Rede ABC
Estância Solidária (coletivos regionais)
e atualmente representante do ponto
de Cultura CIDADÃOS ARTISTAS –
2010 a 2012. Também é estudante de
Pedagogia e está formatando os
conceitos fundamentais de uma
Afroescola.
Artista, professora de Artes da rede
pública de ensino de São Paulo,
roteirista de cinema, tecnóloga em
Edificações. Parceira permanente nas
ações e investigações do Projeto
OFICINATIVA, fundadora e
dinamizadora do Cineclube CIDADÃOS
ARTISTAS e performer e musicista do
grupo lúdico – libertário – interativo
Amor Experimental. Tem se
especializado em Artes Plásticas e
Artes Visuais, principalmente desenho
e vídeo.
Ilustrações (desta página e dos brinquedos) feitos por Fabi Menassi
E se brincamos / jogamos
todos e todas?
Caixa Postal 73
Ribeirão Pires, SP
CEP 09400 970
BRASIL
projetooficinativa@hotmail.com
www.oficinativa.blogspot.com

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Brincadeiras, brinquedos e jogos do brasil

  • 1. E se brincamos / jogamos todos e todas? Brincadeiras, brinquedos e jogos do Brasil Carlos Rogerio Fabiana Menassi Y si jugamos todos y todas? Proyecto de cooperación internacional financiado por CIC Batá y AACID
  • 2. BRINCAR é ter desejos e expressá-los em práticas corporais individuais ou coletivas sem restrições. BRINCAR é parte integrante da vida, não só para crianças como se quer estabelecer nas sociedades modernas. São valores inestimáveis de todos os povos retransmitidos organicamente dentro das comunidades e que resistem criativamente a todo tipo de opressão e de transformação. Se retornamos no tempo, veremos que as brincadeiras são originárias de celebrações rituais nas quais eram privilegiadas as interações intergeracionais. E não se parava nunca de BRINCAR pois era / é a possibilidade de reconhecer o mundo imediato, experimentando-o sem risco. E é a resolução de conflitos mais democrática de um grupo, considerando o que é melhor para tod@s @s envolvid@s. E felizmente nosso país tem incontáveis expressões desse fazer humano o que nos permite viver em razoável harmonia social. Logo, concordamos plenamente com o grande escritor e desenhista Ziraldo: "não conheço nenhum canalha que tenha sido uma criança feliz"... Que possamos todos e todas BRINCAR cada vez mais!!! ¿Y SI JUGAMOS TODOS Y TODAS? é uma realização da ONGD cordobesa CIC Batá (Centro de Iniciativas para la Cooperación), argumento apresentado e selecionado no edital de 2007 promovido pela Agencia Andaluza de Cooperación Internacional al Desarrollo (AACID) para projetos de sensibilização e educação para o desenvolvimento. O objetivo é mostrar a diversidade do mundo aos europeus através dos aspectos lúdicos de cada cultura, principalmente daquelas culturas encaradas como ameaçadas ao desenvolvimento local. Está ocorrendo também em outras partes do planeta e finalizará com uma exposição pela região sul da Espanha, realização de oficinas práticas e a edição de materiais pedagógicos que serão distribuídos a diversas organizações. ¿Y SI JUGAMOS TODOS Y TODAS? é uma realização da ONGD cordobesa CIC Batá (Centro de Iniciativas para la Cooperación), argumento apresentado e selecionado no edital de 2007 promovido pela Agencia Andaluza de Cooperación Internacional al Desarrollo (AACID) para projetos de sensibilização e educação para o desenvolvimento. O objetivo é mostrar a diversidade do mundo aos europeus através dos aspectos lúdicos de cada cultura, principalmente daquelas que sofrem com problemas de pobreza e todo o acarretado por essa condição. Está ocorrendo também em outras partes do planeta e finalizará com uma exposição pela região sul da Espanha, dinamização de oficinas práticas e a edição de materiais pedagógicos que serão distribuídos a diversas instituições.
  • 3. O lúdico no Brasil Podemos dizer que brincamos o tempo todo, em todos os lugares. Está na essência de nosso povo. E a rua é o nosso local preferido. Nela nos relacionamos, percebemos oportunidades e limites, desenvolvemos competências cognitivas, motoras e afetivas que permanecem por toda a vida. Sejamos nós crianças, adultos ou idosos. Nosso potencial lúdico é nossa linguagem mundial. E só lembrar nossas manifestações artísticas ou esportivas. São nossos corpos, nossas mentes, nossos sentimentos, nossas histórias, nossos espíritos, expostos integralmente a quem queira ver e se comunicar. É quando melhor usamos nossa inteligência, são nossos maiores desafios. E estas são as mais significativas qualidades do BRINCAR... O objetivo de nossas existências é BRINCAR e nós brasileiros parecemos compreender, acreditar e apoiar essa tese. Brincamos por amor e amamos por brincar. Sentimos, sem pudor, prazer com e pelo entorno ambiental – pessoas e espaços. Com eles, nos relacionamos carinhosamnte através da visão, da audição, do olfato, do tato e do paladar. Se não fossemos tão afetados pela alienação de um estilo de vida globalizado e consumista, nos aproximaríamos da perfeição... "Ao brincar com a criança, o adulto está brincando consigo mesmo" Carlos Drummond de Andrade O brincar / jogar em nossas ações – 3
  • 4. "Brincar é condição fundamental para ser sério" Arquimedes O brincar / jogar em nossas ações – 4 A criança, sem dúvida, é o símbolo do BRINCAR. Mas é com o adulto que temos a mais fiel noção dos efeitos positivos e negativos da presença ou não da ludicidade no cotidiano. Assim como ninguém pode fazer uma criança brincar quando ela não quer, nada convence um adulto a realizar uma tarefa que não lhe encanta. Lógico que por necessidades de sobrevivência, por processos educativos castradores, por incontáveis pressões sociais, a maioria da população está ligada a trabalhos que não aprecia. E isso é notado abertamente quando temos contato com vários profissionais... Os adultos perdem o senso de humor. Perder o humor é perder a inteligência. Dizemos “já sabemos tudo e não mais arriscamos”. Não mais desafiamos. Nadar é desafiar a água. Escalar é desafiar a montanha. Adivinhar é desafiar a mente. Brinquedo divertido exige luta e esforço – tem de haver o desejo de fazer e dificuldades a vencer. BRINCAR só é bom quando tem a possibilidade de não dar certo. Nossa busca vital e universal deveria ser devolver crianças, adultos e idosos à Natureza – a Natureza humana. Precisamos tod@s recuperar / recriar momentos, movimentos e espaços acolhedores e estimulantes. E reavivar nossa motivação mais íntima...
  • 5. Algumas brincadeiras, brinquedos e jogos brasileiros “Não se deve interromper a concentração de uma criança que está brincando" Nylse Cunha "As tristezas devem ser amenizadas por meio de brincadeiras" Sidônio Apolinário O brincar / jogar em nossas ações – 5 Sapata, pedrinhas, porrinha, jogo do frade, pião, bodoque, estilingue, contas, rodas, pular corda, lenço atrás, pé na lata, peteca, bilboquê, taco, pular sela, mãe da rua, pique bandeira, rolimã, pique esconde, bonecas, barangandão, mané gostoso, rabo de gato, diabolô, escada de jacó, jogo da velha, corrupio, cama de gato, bolinhas de gude, 5 marias, elástico, etc, etc, etc. São estes apenas alguns dos divertimentos que encontramos pelo Brasil. Um imenso território que abriga incontáveis manifestações lúdicas. Veríssimo de Melo, um dos maiores, estudiosos brasileiros do tema: divide os jogos em 5 grandes grupos: 1. Fórmulas de escolha ou seleção – são os que iniciam todos os demais, escolhendo a ordem de participação e as funções durante a ação (joquepô, minha mãe mandou); 2. Jogos gráficos – são os que apresentam desenhos ou esquemas, muitas vezes feitos no próprio chão (academia, jogo da onça);
  • 6. "Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem" Carlos Drummond de Andrade O brincar / jogar em nossas ações – 6 3. Jogos de competição – são aqueles que comparam força, agilidade, destreza entre os participantes (cobra cega, o rato e o gato); 4. Jogos de sorte ou de salão – são os que fazem comparações de inteligência, espírito, humor, etc (passa anel, berlinda); 5. Jogos de música – os que utilizam ou são baseados nas melodias e coreografias de canções tradicionais (cirandinhas diversas). Muitos jogos se caracterizam pela competição. Ganhar ou perder, acertar ou errar, conseguir ou não conseguir, concluir ou desistir, aceitar ou negar e assim por diante. Hoje muito se discute os benefícios de propagá-los pois estariam evidenciando o nocivo individualismo social. O que acreditamos deturpar tais atividades porém são as utilizações dadas a elas, não suas regras e formatos. Fato é que qualquer objeto pode se transformar num brinquedo, numa brincadeira. Se valorizamos o olhar especial para as coisas e as adaptamos a nossos interesses e desejos é inevitável a satisfação. Mente e visão tem de agir juntas sempre. A seguir, trataremos com mais detalhes de alguns brinquedos e brincadeiras encontrados pelo Brasil.
  • 7. Amarelinha.......................8 Bate o monjolo.................9 Corrupio.........................10 Escravos de Jó..............11 Mané Gostoso................12 Traca traca....................13
  • 8. Amarelinha O brincar / jogar em nossas ações – 8 4. Como se joga (regras)? Cada jogador, possuidor de uma pedrinha na mão, tem a missão de ir do “inferno” ao “céu” (do início ao fim) passo a passo. Começa no “inferno” e atira a pedra no número 1, vai pulando até o “céu” – alternando uma e duas pernas de acordo com o desenho traçado no chão e não pisando na casa onde está a pedra – e retorna ao “inferno” retirando o objeto da casa 1. Segue fazendo o mesmo para a casa 2, a casa 3 e assim por diante até que erre e passe a vez para o outro participante. Quem fizer todo o trajeto primeiro é o vencedor (versão mais tradicional com o gráfico semelhante a foto acima). 5. Quem joga (crianças, jovens, tod@s, em escolas, bairros)? Principalmente crianças e jovens, em escolas ou espaços públicos. 6. Materiais necessários (comprados, confeccionados) Não é necessário nenhum material específico além de uma pedrinha e um desenho feito no chão. 7. Ditado, coro ou canção que acompanha Não há canções para acompanhamento. Em algumas localidades se improvisam outras de domínio público enquanto se executa a brincadeira. Nas grandes cidades pode ter o acompanhamento de música já gravada (aparelho de som). 8. Esse jogo revela a cultura local? Como? Por que? A amarelinha original tinha mais de cem metros e era usada como exercício de treinamento militar pelo Império Romano. Os soldados corriam sobre a amarelinha para melhorar as habilidades com os pés. Ao chegar em nosso país, no período colonial, foi assumindo diferentes formatos segundo a região e a comunidade na qual se instalava. O uso das palavras “céu” e “inferno”, por exemplo, demonstra que a localidade tinha forte apelo religioso e a brincadeira ensinava como se portar durante a vida. Em outros lugares surgiam as palavras mundo, natureza, lua, sol, para designar os espaços de começo e fim da atividade, sempre tendo grande relação com a realidade local. 1. Nome(s) do jogo Amarelinha, Marelinha, Academia, Cademia, Sapata, Maré, Avião, Pular Macaco, etc. 2. País (zona, região) Praticamente em todo o país mas com aparições mais fortes no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Bahia, onde recebem nomes distintos. 3. Onde se joga (lugar, variações)? Lugares abertos, especialmente em contato com a Natureza.
  • 9. Bate o monjolo O brincar / jogar em nossas ações – 9 1. Nome(s) do jogo Bate o monjolo 2. País (zona, região) Aparece especialmente nas regiões sudeste e nordeste do Brasil (desde o estado de Minas Gerais até Pernambuco). 3. Onde se joga (lugar, variações)? Em locais abertas junto a Natureza, muitas vezes em momentos de descanso do trabalho. 4. Como se joga (regras)? As pessoas sentam em roda com pedrinhas ou pequenos objetos na mão. Define-se qual será o “tostão”. Uma pessoa fica ao centro com os olhos fechados. Inicia-se a canção e cada pedra vai sendo passada de mão em mão, simultaneamente e acompanhando o ritmo. Quando a música termina, tod@s fecham as mãos e escondem seu objeto. A pessoa do centro abre os olhos e tenta descobrir onde está o “tostão” em 3 tentativas. Existem pequenas variações e recriações em outras regiões. 5. Quem joga (crianças, jovens, tod@s, em escolas, bairros)? Todas as idades mas é uma atividade melhor compreendida pelos adultos (por conta de seu teor histórico). 6. Materiais necessários (comprados, confeccionados) Simplesmente latas, tampinhas, pedrinhas. 7. Ditado, coro ou canção que acompanha “Bate o monjolo no pilão, pega a mandioca pra fazer farinha, onde foi parar meu tostão, ele foi para a vizinha”. obs.: variação interessante foi criada em uma escola pública assistir em http://www.youtube .com/watch? v=9ryfGAQELpQ 8. Esse jogo revela a cultura local? Como? Por que? O monjolo é uma máquina rudimentar (foto acima a esquerda) utilizada para a moagem de grãos e raízes durante o período colonial brasileiro. Ainda hoje é utilizado em alguns interiores. Conta-se que os trabalhadores da época se inspiraram no árduo trabalho para desenvolver a melodia e a coreografia – existe a tradição das “cantigas de trabalho”, que tem a função de amenizar as longas e penosas jornadas de afazeres.
  • 10. Corrupio O brincar / jogar em nossas ações – 10 4. Como se joga (regras)? Brinquedo feito com botão de furos ou duas tampinhas de plástico ou metal, em geral de garrafa, em que são feitos dois orifícios, por onde passa um pedaço de linha fina e resistente, com as pontas amarradas. O brinquedo produz som a partir do movimento giratório das mãos e a tensão da linha. 5. Quem joga (crianças, jovens, tod@s, em escolas, bairros)? Hoje é preferido por crianças e jovens. 6. Materiais necessários (comprados, confeccionados) Os indígenas produziam os seus em cerâmica e em madeira. Numa moderna e adaptada versão, confeccionamos com tampas de latas e garrafas (plástico e alumínio). Também é necessário um fio resistente. 7. Ditado, coro ou canção que acompanha Não há canção específica. 8. Esse jogo revela a cultura local? Como? Por que? Estudos revelam que os atuais corrupios foram inspirados em utensílios indígenas utilizados para disputas e lutas. Tais “armas” eram confeccionadas com barro ou madeira e giravam próximos a outros semelhantes para saber qual o mais resistente. Acredita-se que na reprodução da atividade por crianças a essência foi se transformando e assumindo novas regras sociais. Quando a prática chega a outras comunidades já está bastante distante dos pensamentos iniciais e é assimilada somente como brinquedo / brincadeira. Obs.: Há também uma brincadeira chamada corrupio, na qual se formam pares que, de mãos dadas, com os braços esticados, jogam o corpo para trás, rodando, em conjunto, o mais rápido que puderem. 1. Nome(s) do jogo Corrupio, Bufa-gato, Currupicho, Gira- botão, Roncador 2. País (zona, região) Originalmente nas regiões norte e nordeste do país e hoje espalhados por todo o território. 3. Onde se joga (lugar, variações)? Em espaços abertos próximos a Natureza mas também outros mais urbanos / artificiais.
  • 11. Escravos de Jó O brincar / jogar em nossas ações – 11 1. Nome(s) do jogo Escravos de Jó 2. País (zona, região) Aparece em várias zonas do Brasil mas prevalece nas regiões mais pobres do país, onde provavelmente surgiu – norte e nordeste. 3. Onde se joga (lugar, variações)? Espaços abertos ou fechados onde caiba uma roda de pessoas sentadas. 4. Como se joga (regras)? Dispostos ao redor de uma mesa ou sentados no chão em roda, os jogadores pegam uma pedra cada um. Ao ritmo da música cantada, entregam sua pedra ao companheiro da direita. Em determinados momentos da letra, não a soltam e a trazem de volta. Os movimentos são repetidos só ao som da música solfejada. Depois em silêncio, apenas mantendo o ritmo. Voltam, então, a cantar. 5. Quem joga (crianças, jovens, tod@s, em escolas, bairros)? É uma brincadeira realizada por todas as faixas etárias, em diferentes espaços e ocasiões. Nos ambientes educacionais é amplamente difundida e utilizada para trabalhar diversos aspectos infantis e juvenis – através de adaptações. 6. Materiais necessários (comprados, confeccionados) Apenas são necessárias latas, tampinhas, pedras ou qualquer outro pequeno objeto. Um para cada participante. 7. Ditado, coro ou canção que acompanha “Escarvos de Jó, jogavam caxangá, tira, põe, deixar ficar... Guerreiros com guerreiros, fazem zigue, zigue, zá”. 8. Esse jogo revela a cultura local? Como? Por que? Há controvérsias a respeito da origem, do significado e da letra do jogo. A letra do jogo fazia alusão aos escravos que juntavam caxangá (uma espécie de crustáceo). De Jó era como se chamavam os escravos domésticos ('pacientes” como o tal Jó da Bíblia): cozinheiras, costureiras, amas-de-leite, etc. Na língua banto, njó quer dizer casa. Em outra versão, dizem que era como os escravos se conversavam em momentos de descanso, tramando fugas das fazendas para Quilombos e decidindo as estratégias para realizar as ações sem serem compreendidos por seus patrões. Diferenças a parte, em todas as teses, há a referência ao período escravista brasileiro que perdurou de 1500 a 1888 oficialmente.
  • 12. O brincar / jogar em nossas ações – 12 1. Nome(s) do jogo Mané Gostoso, Mané, Mané-besta, Mané-bestalhão, Mané-de-sousa, Mané-tolo, Manezinho 2. País (zona, região) Principalmente na região nordeste do país. 3. Onde se joga (lugar, variações)? Em espaços públicos de confraternização como feiras e festivais e nos lares. 4. Como se joga (regras)? Não existem regras específicas para sua utilização. É um boneco de vara, com movimento em pernas e braços puxados por cordões, cuja função principal é o entretenimento infantil. 5. Quem joga (crianças, jovens, tod@s, em escolas, bairros)? Pessoas de todas as idades utilizam o brinquedo, especialmente crianças. Também é bastante solicitado por bonequeiros e outros artistas populares adultos. 6. Materiais necessários (comprados, confeccionados) Pode ser comprado em feiras de artesanato tradicional de todo o país (nas grandes cidades também em adaptações industrializadas) ou confeccionado facilmente com varetas de madeiras, fios e ferramentas simples. 7. Ditado, coro ou canção que acompanha Não há canção exclusiva mas pode fazer parte de encenações com partes especialmente criadas para ele. 8. Esse jogo revela a cultura local? Como? Por que? Na linguagem popular Mané Gostoso significa o homem tolo, palerma, imbecil, idiota, sem vontade. Mané Gostoso também é um personagem do bumba-meu-boi, folguedo regional muito expressivo em diversas comunidades brasileiras. Na verdade, o próprio boneco é um simbolismo das possibilidades contidas nas Culturas Populares de nosso imenso país e nas múltiplas características étnicas de nosso povo. Ele tem os malabarismos e articulações necessárias para solucionar os obstáculos que se apresentam no dia-a-dia. Mané Gostoso
  • 13. Traca traca O brincar / jogar em nossas ações – 13 3. Onde se joga (lugar, variações)? Nas reuniões familiares ou comunitárias, em festas populares e atualmente inseridos nos contextos educacionais e artísticos das grandes cidades. 4. Como se joga (regras)? É um brinquedo de fácil execução e que surpreende pelo mistério causado por seu movimento do subir e descer das madeirinhas com as quais é construído. Entre mais pessoas, pode-se desafiar a rapidez e agilidade com que manejam o objeto. Nas experiências escolares, educadores tem utilizado o Traca Traca para criar figuras e acompanhar histórias. 5. Quem joga (crianças, jovens, tod@s, em escolas, bairros)? É extremamente apreciado por pessoas de todas as idades, sendo que em comunidades interioranas recebe grande atenção dos idosos e nas escolas e centro urbanos cativa os mais jovens. 6. Materiais necessários (comprados, confeccionados) Pode ser comprado pronto ou confeccionado com pedaços de madeira, cola, fitas coloridas (de cetim). Nível de dificuldade para construção: médio. 7. Ditado, coro ou canção que acompanha Não há canções específicas que acompanhem o brinquedo. Várias pessoas tem utilizado o Traca Traca para atividades de contação de história e enquanto falam criam imagens com o objeto. 8. Esse jogo revela a cultura local? Como? Por que? Este brinquedo é conhecido nos quatro cantos do mundo. No Brasil atualmente, está muito mais presente na memória afetiva do que nas mãos das crianças ou dos idosos, apesar de seu ressurgimento nas escolas. É conhecido pelo sugestivo nome da “Escada de Jacó”, numa referência à passagem bíblica que narra um caminho para o paraíso e sua capacidade de desdobrar “infinitamente”. Na região Nordeste ele é chamado carinhosamente como Traca-Traca, que representa a batida repetidas vezes das madeirinhas uma nas outras, dando a idéia de uma catraca fazendo um som. 1. Nome(s) do jogo Traca Traca, Escada de Jacó, Escada de Maracá, João Teimoso, Blocos Taramela 2. País (zona, região) Principalmente região nordeste do Brasil e nos interiores pelo país afora. Tem sido muito muito utilizado ultimamente nas cidades por educadores em suas metodologias alternativas.
  • 14. Referências Livros ● A Arte de Brincar, de Adriana Friedman, Vozes, 2004; ● O Brinquedo através da História - Moacyr Costa Ferreira, Ed. Edicon, 1990; ● Folclore e Mudança Social na Cidade de São Paulo – F. Fernandes, Ed. Vozes, 1979; ● Brincadeira e Cultura: Viajando pelo Brasil que Brinca, Volume II: Brincadeiras de todos os Tempos - Casa do Psicólogo, 2003, São Paulo; ● Brincar, Crescer e Aprender: O Resgate do Jogo Infantil – Adriana Friedmann, Ed. Moderna, 1996, São Paulo; ● O Direito de Brincar: A Brinquedoteca – Scritta Ed., 1992, São Paulo; Brinquedo e Cultura - Gilles Brougère, Cortez Editora,1995, SP. (Questões da nossa época – nº43); ● Barangandão Arco-Íris - 36 brinquedos inventados por meninos, de Adelsin, Lapa - Cia. de Produção Cultural, 1997. Revistas ● Crescer, Editora Globo; ● Recreio, Editora Abril; ● E, SESC SP; ● Nova Escola, Editora Abril. Internet ● www.aliancapelainfancia.org.br; ● www.almanaquebrasil.com.br; ● www.projetobira.com; ● www.nepsid.com.br; ● www.jangadabrasil.com.br ● www.educadoresbrincantes.blogspot.com; ● www1.folha.uol.com.br/folha/treinamento/mapadobrincar. Vídeos ● Molecagem, brincadeiras de rua, Núcleo de Animação de Campinas, 1991; ● Brincar & Jogar, Projeto OFICINATIVA, 2009. E mais ● Chico dos Bonecos; ● Rubem Alves; ● Lydia Hortélio; ● Revelando São Paulo (evento anual); ● Escola de Folclore de Ribeirão Pires. O brincar / jogar em nossas ações – 14
  • 15. Os pesquisadores Carlos Rogerio projetooficinativa@hotmail.com Fabi Menassi fabi_menassi.yahoo.com.br O brincar / jogar em nossas ações – 15 Artista, pesquisador das Culturas Populares Brasileiras, comunicador, educador social e produtor cultural. Idealizador do Projeto OFICINATIVA, coordenador da FundAÇÃO KAH-HUM- KAH, dinamizador da Rede ABC Estância Solidária (coletivos regionais) e atualmente representante do ponto de Cultura CIDADÃOS ARTISTAS – 2010 a 2012. Também é estudante de Pedagogia e está formatando os conceitos fundamentais de uma Afroescola. Artista, professora de Artes da rede pública de ensino de São Paulo, roteirista de cinema, tecnóloga em Edificações. Parceira permanente nas ações e investigações do Projeto OFICINATIVA, fundadora e dinamizadora do Cineclube CIDADÃOS ARTISTAS e performer e musicista do grupo lúdico – libertário – interativo Amor Experimental. Tem se especializado em Artes Plásticas e Artes Visuais, principalmente desenho e vídeo. Ilustrações (desta página e dos brinquedos) feitos por Fabi Menassi
  • 16. E se brincamos / jogamos todos e todas? Caixa Postal 73 Ribeirão Pires, SP CEP 09400 970 BRASIL projetooficinativa@hotmail.com www.oficinativa.blogspot.com