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A FLORA NACIONAL
NA MEDICINA
.
DOMESTICA - VOL.I I
;
;
;.
i
PRÓF. ALFONS BALBAH
15a EDIÓÓO
EDIÓÓES "A EDIFICAÓÓO DO LAR"
R. Amaro B. Cavalcanti, 624 - Tel. 295-3353 - C. P. 483l1 - 01000 S. Paulo, SP
<012>
3. a Parte
PLANTAS MEDICI NAI S
<012>
A A P L I CAção
DAS PLANTAS
NA MEDICINA
DOM Ó ST I CA
Os antigos egÃpcios, que se desenvolveram na arte de e balsamar
os cadáveres para guardá-los da deterioração, experimentaram itas
plantas, cujo poder curativo descobriram ou confirmaram. Nascia, as-
sim, a fitoterapia.
Naqueles velhos tempos, as plantas eram muitas vezes escolhidas
por seu cheiro, pois que se cria que certos aromas afugentavam os es-
pÃritos das enfermidades. Essa crença continuou até à Idade Média,
quando os médicos usavam, no nariz, um aparelho para perfumar o ar
que respiravam.
Os egÃpcios, que então estavam relativamente adiantados também
na arte de curar, usavam, além das plantas aromáticas, muitas outras,
cujos efeitos bem conheciam, como seja a papoula (sonÃfera) a cila
(cardÃaca), a babosa e o óleo de rÃcino (catárticos), etc. O papiro
descoberto por Ebers, em 1873, está repleto de receitas médicas em
que entravam plantas em mistura com outras substâncias.
Em medicina, os velhos babilônios eram tão adiantados como os
egÃpcios. No código de Hamurabi, que viveu mais ou menos no tem-
po do patriarca Abraão, encontra-se uma importante regulamentação
sobre o exercÃcio da medicina e da prescrição de remédios. A lei pre-
via rigorosa punição para quem exercesse impropriamente a profissão
médica. Havia até pena de morte para o médico que cometesse um
erro grave ou não tratasse devidamente alguma pessoa de destaque na
sociedade.
Como no Egito, também na Babilônia a medicina combinava o
poder curativo (ou supostamente curativo) de certas substâncias com
(405)
<012>
%
/ / )/ !
406 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA
asses de magia. Dos espÃritos invocados, um tinha, por exemplo, a
P ,
missão de expulsar, ou ajudar a expulsar, o 'verme que causava dor
de dente".
Os assÃrios, que também eram adiantados em medicina, incluÃam,
no seu receituário, nada menos de 250 plantas terapêuticas, entre as
quais o açafrão, a assa-fétida, o cardamomo, a papoula, o tremoço,
etc.
Hi ócrates (460-361 a.C.), da Grécia, que é considerado o pai da
P
medicina, empregava centenas de drogas de origem vegetal.
Teofrasto (372-285 a. C.), em sua história das plantas, catalogou
nada menos de 500 espécimens vegetais.
Crateus, que viveu no século I antes de Cristo, publicou a primei-
ra obra de que se tem conhecimento na história - o Rhizotomi-
kon - sobre plantas medicinais, com ilustrações.
Dioscórides, o fundador da "matéria médica", no século I da era
cristã, publicou um livro em que fez uma lista de 600 plantas medici-
nais.
PlÃnio, o Velho, que também viveu no século I da nossa era, e
cuja enciclopédia constava de 37 volumes, catalogou igualmente as
espécies vegetais úteis à medicina.
Foi talvez em base da teoria PlÃnio - segundo a qual havia para
cada enfermidade uma planta especÃfica - que se desenvolveu a dou-
trina dos signos, cujos paladinos afirmavam que cada planta trazia em
si mesma o sinal de sua utilidade na medicina. Tratava-se apenas de
saber interpretar corretamente os indÃcios existentes.
Da ciência fitoterápica dos gregos, romanos e outros povos, to-
maram conhecimento os árabes. Abd-Allah Ibn AI-Baitar, que viveu
no século XIII, e que foi o maior especialista árabe no campo da bo-
tânica aplicada à medicina, viajou por muitos paÃses em busca de da-
dos que necessitava para seu livro. Produziu uma obra muito valiosa,
em que descreveu mais de 800 plantas.
A Botânica sempre andou de mãos dadas com a Medicina, numa
união indissolúvel, e nunca poderÃamos pensar em divorciar uma da
outra.
Em todo o mundo se conhecem hoje inúmeros remédios vegetais
de iricalculável valor para a farmacopéia moderna.
Foram recentemente publicados diversos trabalhos que insistem
numa investigação mais profunda das propriedades medicinais das
PLANTAS MEDICINAIS 407
plantas, e o que é especialmente importante para nós é que a Flora
Brasileira é focalizada nos estudos de âmbito internacional no terreno
da fitoterapia. A própria UNESCO tem estimulado programas mun-
diais de pesquisa nesse campo.
No que diz respeito, por exemplo, aos estudos sobre a terapêutica
do câncer, lemos no "Estado" de 2/4/1967 que "mais de 1500 extratos
de lantas foram estudados pelo Serviço Nacional Central de Quimio-
p , g " á se co-
; terapia do Câncer dos Estados Unidos', e que, até a orá, j
i nhecem cerca de 750 espéc e plan
i ies d tas que apresentjm atividades
I
sobre o câncer experimental".
Fazemos votos para que, um dia, a rica flora nacionáIeja apro-
veitada, muito mais do que está sendo, para abençoar a hu anidade.
,
,
0 que os pais de famÃlia e as donas de casa devem saber
A terapêutica vegetal tem acusado crescente sucesso, pelo que
não poucos médicos, desiludidos com a medicina oficial, alópata,
usam as plantas com grande proveito na cura das moléstias.
As plantas, exceto as venenosas, só podem fazer bem. Nutrem o
corpo, purificam o sangue e preparam o organismo para resistir contra
a doença.
Por isso, toda pessoa, especialmente os pais de famÃlia e as donas
de casa, deviam entender do preparo e aplicação de remédios caseiros
da rica e variada flora medicinal brasileira.
Para que as plantas medicinais nada percam do seu valor curati-
vo, devem ser colhidas quando não estão molhadas de orvalho. Se-
camse à sombra, porque os fortes raios solares tiram das plantas, de-
pois de arrancadas, uma parte das substâncias curativas, que se eva-
_ poram quando expostas ao sol.
As raÃzes devem ser bem lavadas e picadas em pedacinhos, antes
de serem postas a secar.
Quando já secas as ervas, à sombra, como dissemos, examinam-
-se é separam-se as partes estragadas. Conserva-se somente o que é
bom. As folhas, flores, talos e raÃzes picados guardam-se então em
caixas, em lugar seco.
De vez em quando é bom tornar a examiná-las, a ver se estão
apanhando umidade, caso em que é necessário secá-las de novo. As
que cheiram a mof.o,já não servem para fins curativos.
<012>
408 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA
Deve-se rotular as caixas cuidadosamente, indicando em cada ca-
so a espécie de erva contida, para evitar confusão.
Deste modo cada qual pode ter, em casa sua própria farmácia
herbácea.
As ervas curativas podem ser aplicadas de diversas maneiras, e é
muito importante que toda pessoa que pretenda adotar este sistema
de cura conheça bem seus vários modos de aplicação.
Citamos os seguintes:
1. Chás
De várias maneiras se prepara um chá, a saber:
a. Como tisana - Pe-se água numa panela e, quando estiver
fervendo, acrescentam-se as ervas. Tapa-se de novo. Deixa-se ferver
mais uns cinco minutos, e tira-se do fogo. Deixa-se repousar alguns
minutos, bem tapado, coa-se e pronta está a tisana.
b. Em infusão - Esta forma consiste em despejar água fervendo
sobre as ervas, numa vasilha, e deixá-las repousar assim, bem tapa-
das, durante uns 10 minutos. Para este preparo são mais apropriadas
as folhas e flores. Os talos e raÃzes também podem preparar-se por
infusão, mas devem ser picados bem fino e ficar em repouso durante
uns vinte ou trinta minutos, depois de se deitar água fervendo em ci-
ma.
c. Em decocção - Deitam-se as plantas numa vasilha e verte-se
água fria em cima. A duração do cozimento pode variar entre 5 a 30
minutos. Flores, folhas e partes tenras basta cozer 5 a 10 minutos.
Partes duras, como sejam: raÃzes, cascas, talos, picam-se em pedaci-
nhos e cozinham-se 15 a 30 minutos. Tira-se a vasilha do fogo e con-
serva-se tapada durante alguns minutos mais; depois coa-se. Esta for-
ma é mais recomendável para as cascas, raÃzes e talos.
d. Em maceração - Pem-se de molho as ervas em água fria,
durante 10 a 24 horas, segundo o que se queira empregar. Folhas,
flores, sementes e partes tenras ficam 10 a 12 horas. Talos, cascas e
raÃzes brandos, picados, 16 a 18 horas. Talos, cascas e raÃzes duros,
picados, 22 a 24 horas. Coa-se. O método da maceração oferece a
vantagem de que os sais minerais e as vitaminas das ervas são apro-
veitados.
Não só para fins medicinais se usam os chás, senão também co-
mo bebida, quente ou fria, em substituição ao chá preto e ao chá
mate, que são prejudiciais.
PLANTAS MEDICINAIS 409
Como as raÃzes, talos e cascas requerem, para cozinhar, mais
mpo que as flores, folhas e partes tenras, recomendamos que estas
r guardadasem separado daqueles. Pelo mesmo motivo, o pre-
, chá também deve ser feito em separado, isto é, flores e to-
ca co s e cozinham juntamente com talos; raÃzes e cascas, assim
cozinha o arroz junto com o feijão.
`e, salvo casos especiais, a dose diária para os c"ás é: J
c
6 qa'o um litro de água, ou seja, uma colher (de sopa) F
e
o f e chá. Tomam-se quatro ou cinco xÃcaras por dia.
Es. 4 ao a' adultos. Para jovens de 10 a 15 anos, três a
A a
quat ã1,. co 310 anos duas a três xÃcaras crianças de 2 a
5 anos, l'o , crianças de 1 a 2 anos, meia xÃcara a uma xÃca-
ra; para ci, dis novas, diminui-se aiida mais a quantidade.
As indica, ,ue acabamos de fazer, valem para as folhas fres-
cas. As secas sbem mais leves, pelo que a dose deve ser reduzida
para a metade. Assim, por exemplo, em vez de se empregarem 20
gramas de folhas verdes, empregam-se 10 gramas de folhas secas.
E como irá o leitor, não tendo balança própria, arranjar-se com
estes pesoc - 5, 10, 15, 20 gramas, étc.? Ó muito fácil. Usará ape-
rÃas uma colher das de sopa.
Uma colherada de folhas verdes pesa 5 gramas aproximadamente;
Uma colherada de folhas secas pesa 2 gramas aproximadamente.
Boa praxe é começar com uma quantidade menor e aumentá-la,
aos poucos, dia a dia.
Fazemos esta indicação para que as pessoas inexperientes no tra-
tamento com ervas, e acostumadas a observar doseamentos exatos pa-
ra remédios farmacêuticos, tenham alguma orientação. Em geral, to-
davia, em se tratando de plantas, a dose não necessita ser muito exa-
ta. As ervas medicinais não oferecem os perigos que espreitam nos
produtos quÃmicos. Salvo casos excepcionais, a quantidade pode va-
riar sem dano algum. Ninguém morrerá envenenado se tomar algu-
mas xÃcaras a mais ou a menos.
Para gargarejos, inalações, compressas e outros fins externos,
usam-se naturalmente doses mais tortes.
Os chás de ervas devem ser tomados, preferivelmente, de manhã,
em jejum, é à noite, antes de deitar-se. Bom efeito têm também
quando tomados aos poucos, a saber, um gole (ou uma colherada) de
hora em hora.
<012>
410 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA
Para preparar os chás nunca devem empregar-se utensÃlios de
metal, senão de barro, louça ou esmaltados. O mesmo vale também
para o preparo de sucos de frutas ou verduras. Por ser perigosa, nun-
ca deve deixar-se uma colher de alpaca dentro do chá ou suco.
Não se devem adoçar os chás com açúcar, pois o melhor é tomá-
-Gos ao natural. Quem, todavia, quiser adoçá-los, deve empregar mel,
que é também um meio curativo.
O mel tem efeito medicinal. Recomendamos, portanto, adoçar o
chá com mel no tratamento da garganta e do peito, para combater os
catarros. O mel é bom dissolvente nas obstruções várias. Ó também
emoliente, laxativo, sudorÃfico, depurativo.
O açúcar, principalmente o quimicamente branqueado, não o re-
comendamos. Sempre que possÃvel, deve-se preferir o mel.
Para resfriados, catarros, afecções da garganta e do peito, obstru-
ções e cãibras, e para dissolver mucosidades, bem como para esquen-
tar o corpo e provocar a transpiração, tomam-se chás quentes.
Os chás de um dia para outro fermentam. Deve-se, por isso, pre-
parar diariamente a porção necessária para um dia.
Não se devem tomar chás ou outras bebidas quaisquer, nem água,
juntamente com as refeições, senão uma hora antes ou duas horas depois,
porque os lÃquidos tomados na refeição estorvam a digestão.
Não se deve tomar o mesmo chá por tempo muito prolongado.
De dez em dez dias, mais ou menos, é bom variar o tipo de chá, por-
que a mesma qualidade, depois de algum uso, tem seu efeito curativo
diminuÃdo.
2. Sucos
Se os chás são benéficos, muito mais o são os sucos crus das er-
vas. Infelizmente, nem sempre podemos obtê-las frescas. A estação
do ano ou o lugar em que moramos muitas vezes só nos permitem
obter inúmeras delas em estado seco, da provisão que temos em casa
ou da ervanaria. Mas, sempre que possÃvel, devemos usá-las frescas.
O suco se obtém facilmente triturando as ervas com um pilão ou
moendo-as na máquina de moer carne. Passam-se, em seguida, por
um coador.
A dosagem normal para os sucos é a seguinte:
PLANTAS MEDICINAIS 411
Adultos: cinco gotas de suco em uma colher com água, de duas
em duas horas; 10 a 15 anos: três gotas; infantes de 5 a 10 anos: duas
gotas; crianças de 2 a 5 anos: uma gota; crianças de 1 a 2 anos: pin-
ga-se uma gota de suco numa colher com água e dá-se só meia co-
Iher; crianças de seis meses a um ano: um quarto de colher. Com a
diminuição da idade, diminui-se a quantidade de suco, mas o interva-
lo no tomar o remédio convém que seja sempre o mesmo: de duas
em duas horas.
Para facilitar ao leitor que muitas vezes não terá conta-gotas Ã
mão, acrecentamos que, numa colherinha das de café, cabem mais ou
menos 25 gotas.
Os sucos se preparam no próprio momento em que se tomam;
nunca se espremem com antecedência.
3. Saladas
Ótimo resultado dá também o uso de ervas curativas em forma
de saladas cruas. Para este fim, só servem os brotos e as folhas ten-
ras.
Diversos tipos de ervas misturados dão ainda melhor resultado.
Certas ervas têm um gosto muito forte. Umas são amargas; outras são
picantes. Neste caso pe-se mais de uma qualidade ou mais de outra
qualidade, na mistura. Faça cada qual suas próprias experiências nes-
te sentido, para ver o que Ihe vai melhor. A experiência adquirida é
quase sempre o melhor mestre. "In medicina plus valet experimentia
quam ratio", disse Boglive. Mas, advertimos outra vez, deve-se to-
mar muito cuidado para não apanhar, por engano, ervas venenosas.
Também aqui a experiência é essencial.
Ótimas saladas cruas podem preparar-se com as seguintes ervas:
dente-de-leão, lÃngua-de-boi, lÃngua-de-vaca, tanchagem, borragem,
beldroega, salva, mil-em-rama, hortelã, cominho e muitas outras,
apresentadas neste livro.
4. Sopas, guisados, etc.
r
Muitas ervas silvestres podem ser também preparadas em forma
1
de sopas, ensopados, guisados, omeletes, virados, etc.
<012>
(((((1)()(((()`,',1;n"""" r.
412 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA
As refeições de ervas silvestres, além de salutares e nutritivas, têm
a g s P
vanta em de ser baratas. usar-se as mesmas ervas indicada ara
Nestes preparos, podem p
"saladas", e muitas outras, segundo recomendar a ex eriência.
5. Xaropes
elos seus efeitos peitorais, e usadas
Muitas plantas conhecidas P ecções das vias respira
contra a tosse, a bronquite, e outras af qórias,
P ue são medicamentos là uidos,
podem entrar no preparo de xaro es, Q cos, decoctos ou
misturando certos su
viscosos, os quais se obtêm uente ou frio e to-
macerados,.meio a meio, com mel. Prepara-se q
ma-se às colheradas.
6. Banhos
e prestam, com bons resultaddilúvios et ex-
As ervas também s , de assento, pe O
terno, em forma de banhos de tronco
é randemente ajudado quando acom-
usu " elouso externo. Freqiientemente, uu --
panhado p p interno e exter-
ples não consegue, consegue-o um ataque du lo-
Desta maneira se pode obter uma ex-
no - contra a causa do mal. venenosas, e conseqi.ente-
pulsão mais rápida e eficaz das substãncias
mente se apressa a cura. as para um bal-
0 gramas de erv
A dosagem normal é de 500 a
de d'água (30 a 60 gramas para um litro de água).
Cozem-se as ervas durante 20 a 40 minutos, coam-se e deita-se o
decocto na água que vai ser usada para o banho.
Ó muito bo
m acrescentar plantas medicinais - folhas de eucalip-
to, cavalinha - à água do banho de vapor, para tratar inúmeras
, etc.
enfermidades.
/
chás
---
sa I adas
,."
xaropes
/
cataplasmas
/
/ ,
Ij !
sucos
:
sopos
r
nhos
r
ga rga rejos
7. Cataplasmas
As cataplasmas se empregam de vários modos, a sabe énte à par-
a. Ervas frescas, ao natural, podem aplicar-se diretam
te dolorida, inchada ou ferida.
i
ó
/
Ir ,
lavagens
inolaçóes
,
,
,, ;, , l,/
ÓZEIT<028>
azeites
ungentos
413
<012>
414 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA
b. Ervas secas em saquinhos, frias ou quentes, conforme o caso,
usam-se para cãibras, nevralgias, dor de ouvido, etc.
c. Em forma de pasta. Socam-se as plantas, formando uma pa-
pa que se coloca sobre o lugar dolorido, diretamente ou entre dois
panos. Quando não se tem ervas frescas para este fim, podem-se usar
também ervas secas. Neste caso se deita água fervendo em cima das
ervas, numa vasilha, tanta quanta necessária for para formar uma pas-
ta.
As cataplasmas têm efeito calmante sobre os inchaços, nevralgias,
contusões, reumatismo, gota, furúnculos, supurações, etc.
No preparo das mesmas, não se devem usar colheres de metal,
especialmente as de alpaca, mas sim de madeira, pois as primeiras
poderiam provocar envenenamento se permanecessem durante muito
tempo na massa.
d. Compressas. Usam-se, para este fim, panos bem limpos, bran-
cos, finos. Cozinham-se as ervas em dose forte isto é, usa-se, para
um litro de água, duas, três ou quatro vezes mais ervas que para um
chá. Coa-se. No cozimento mergulha-se o pano, torce-se bem e apli-
ca-se sobre a parte dolorida.
8. Gargarejos
Prepara-se um chá por decocção de ervas medicinais. E, várias
vezes por dia, preferivelmente de manhã, ao levantar-se, e de noite,
antes de se deitar, enxágua-se bem a garganta, gargarejando.
9. Inalações
Pem-se ervas medicinais em água, numa vasilha, a ferver. Ao
l“vantar fervura, aproveita-se o vapor, aspirando-o por meio de um fu-
nil de cartolina, previamente improvisado. Quem quiser, poderá tam-
bém fazer um funil próprio, duradouro, de folhas de zinco.
O cuidado que aqui se deve ter é o de não escaldar, porque o
bafo da fervura é muito quente.
10. Lavagens
Prepara-se um chá de ervas medicinais. Coa-se muito bem. In-
troduz-se então por via anal, vaginal ou uretral, conforme o caso,
usando-se para este fim um irrigador com bico próprio ou uma serin-
PLANTAS MEDICINAIS 415
De preferéncia, deve-se injetar o lÃauido logo depois de o pacien-
te ter evacuado ou urinado.
Para facilitar a retenção, por algum tempo, do lÃquido introduzi-
do, enfaixa-se, apertando bem, as nádegas do paciente. O que ainda
ajuda a retenção é o paciente deitar-se de bruços se o lÃquido for in-
jetado por via anal; e de costas se por outra via.
Para os enférmos que não podem locomover-se para o banheiro,
deve-se ter, à mão, um recipiente - como seja uma aparadeira (coma-
dre) - para receber o lÃquido em devolução, ao ser expelido.
Para adultos, a quantidade de lÃquido para uma lavagem intestinal
é de dois litros.
11. Ungüentos
Podem também preparar-se ungiientos com certas plantas curati-
vas. Tomam-se diversas ervas frescas, como sejam: tanchagem, arni-
ca, calêndula, hipericão, bardana, etc., e trituram-se, misturadas, com
um pilão, óu passam-se pela máquina de moer carne. O suco que se
obtém, mistura-se à gordura vegetal, de coco ou amendoim, ou Ã
manteiga fresca. Aquece-se sobre o fogo até derreter. A isto pode-se
acrescentar um pouco de cera de abelha, para formar ungiiento mais
espesso.
12. Azeites
Ao azeite também se podem misturar folhas, sementes e flores de
ervas medicinais - por exemplo: de camomila, hipericão, alfaze-
ma - para se obter um bom óleo curativo. Tapa-se bem a garrafa
que contenha a mistura e expe-se diariamente ao sol, durante uns 15
dias. Coa-se depois. O óleo assim preparado serve para diversos fins
de cura, internos e externos.
ga
<012>

PLANTAS MEDICINAIS 417
CLASS I F I CAÓAO
DOS V EG ETA I S
Ao conjunto das plantas de uma determinada região dá-se o no-
me de flora, e a ciência que estuda os vegetais é a Botânica.
Há no mundo muitos milhares de plantas distintas, e precisamos
classificá-las; do contrário, não poderemos reconhecer cada uma de-
las, dentro do tão grande número que existe. Daà a necessidade de
classificação.
Para entendermos melhor em que consiste o ato de classificar, su-
ponhamos que alguém que esteja no exterior, queira enviar uma carta
a um parente radicado em qualquer parte deste vasto paÃs. Faz, pois,
indicações do mais geral para o mais particular: a nação (Brasil), o es-
tado (S. Paulo), a cidade (Santos), o bairro (Ponta da Praia), a rua
(???), o número do prédio, o número do apartamento, o código pos-
tal, o nome do indivÃduo.
No reino vegetal, também recorremos a um processo de particula-
rização crescente, classificando as plantas em grupos cada vez mais
restritos. Assim, o reino vegetal se subdivide em ramos, estes em
classes, estas em ordens, estas em famÃlias, estas emgêneros, estes
em espécies.
Quando caminhamos da espécie para o reino, vamos generalizan-
do cada vez mais; e quando, ao contrário, caminhamos do reino para
a espécie, vamos particularizando cada vez mais.
As diferentes espécies de plantas atualmente conhecidas, são esti-
madas em cerca de 350000.
Distribuem-se os vegetais, inicialmente, em dois grandes ramos:
1. Fanerógamos ou espermatófitos
(416)
2. Criptógamos
Cada um desses ramos se subdivide em classes:
1. FANERÓGAMOS - Têm raiz, caule, folha e flor. Distin-
guem-se as classes: angiospermos e gimnospermos.
a. Angiospermos = Possuem os óvulos fechados num ovário en-
cimado por pistilo, apresentando, pois, sementes no interior do fruto.
Distinguem-se as ordens: monocotiledôneos e dicotiledôneos.
- Monocotiledôneos - Têm um só cotilédone. Distinguem-se
as famÃlias: liliáceas, gramÃneas, palmáceas.
- Dicotiledôneos - Têm dois cotilédones. Distinguem-se as
sub-ordens: dicotiledôneos dialipétalos, dicotiledôneos gamopétalos.
d icoti ledôneos apétalos.
Dicotiledôneos dialipétalos: Têm corola de pétalas livres umas das
outras. Distinguem-se as famÃlias: ranunculáceas, rosáceas, legumino-
sas, cariofiláceas, crucÃferas.
Dicotiledôneos gamopétalos: Têm corola cujas pétalas são solda-
das umas à s outras. Distinguem-se as famÃlias: solanáceas, labiadas,
compostas.
Dicotiledôneos apétalos: Não têm corola distinta. Distinguem-se
as famÃlias: amentáceas, quenopodiáceas, urticáceas.
b. Gimnospermos - Flores unissexuadas. Carpelos em que não
se diferenciam estigma, estilete, ovário. As folhas carpelares são
abertas, de modo que não se formam frutos verdadeiros. Óvulo ortó-
tropo e recoberto de um só tegumento. Distinguem-se as famÃlias:
gnetáceas (carpelo envolvendo o óvulo), cicadáceas (flores isoladas,
não acompanhadas de brácteas, eixo vegetativo não ramificado), conÃ-
feras. Esta última é a mais importante.
2. CRIPTÓGAMOS - Podem ter raiz, caule e folha, mas não se
reproduzem por meio de flores, das quais são desprovidos. O apare-
Iho reprodutor acha-se, por assim dizer, disfarçado, daà o serem essas
plantas chamadas criptógamos, por alusão à sua "reprodução oculta".
Os criptógamos vasculares, denominados pteridófitos, compreendem
as classes: filicÃneas, eqiiissetÃneas, licopodÃneas; os criptógamos celu-
lares constituÃdos de caule e folhas rudimentares chamam-se briófitos
ou muscÃneas (umas 25000 espécies) e se distribuem em duas classes:
musgos e hepáticas; os criptógamos celulares simplesmente formados
por um talo. e por isso conhecidos como talófitos, compreendem as
<012>
418 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA
classes: fungos ou cogumelos (95000 espécies), algas (20000 espécies),
lÃqu“ns, bactérias.
Os pteridófitos, dos quais há umas 10000 espécies, têm gerações
sexuada e assexuada alternantes. São, todavia, dotados de caules, raÃ-
zes e folhas verdadeiros. Modernamente são reunidos aos angiosper-
mos e gimnospermos, formando a divisão dos traqueófitos.
a. FilicÃneas, filicales ou fetos - Caracterizam-se pela presença
de folhas bem desenvolvidas, nas quais estão os esporângios, órgãos
onde se formam os espórios, que são as células reprodutoras. O cau-
le apresenta ramificação lateral. Compreendem as samambaias e
avencas.
b. EqüissetÃneas - Recebem o nome popular de cavalinhas.
São plantas isosporadas, de pequeno porte, da grossura de um polegar
e de alguns decÃmetros de altura, podendo à s vezes atingir mais de
um metro. São formadas por rizomas subterrâneos que emitem brotos
aéreos, articulados em nós sólidos e internódiós ocos. Os nós sólidos
estão encaixados na extremidade superior do tubo formado pelo inter-
nódio oco. Em redor de cada nó existe um verticilo de folhas alternas
(pequenas escamas triangulares), de cujas axilas nascem ramificações
de construção semelhante ao do broto principal.
c. LicopodÃneas - São plantas pequenas, de folhas miúdas (mi-
crofilas). São isosporadas, dotadas de um esporângio na axila de cada
folha. Representadas por duas famÃlias: Iicopodiáceas e selaginelá-
ceas.
Os briofitos são dotados de caule e folha, mas não têm raiz ou
flor. Na extremidade do caule se encontram os órgãos sexuais mascu-
linos e femininos, rodeados de pequeninas folhas. Da fecundação da
oosfera resulta o ovo que se desenvolve dando origem ao esporogô-
nio, em cuja cápsula se formam os esporos. Graças à ruptura da cáp-
sula, os esporos se libertam, e, no solo, germinam, dando origem a
um protonema (filamento verde, ramificado), no qual se formam vá-
rios brotos que se desenvolvem em novos briófitos. Distinguem-se as
classes: musgos e hepáticas.
d. Musgos - São plantinhas verdes, modestas, compostas duma
espécie de caule primitivo rodeado de folhas primitivas e preso ao so-
lo por meio de rizóides. Constituem o limo dos lugares úmidos e
sombrios.
PLANTAS MEDICINAIS 419
e. Hepáticas - Têm forma dum talo achatado, verde, com ra-
mificação dicotômica, e são presos ao substrato por meio de filamen-
tos aclorofilados, denominados rizóides. Algumas espécies possuem
caulesw,aulóides) e folhas (filóides) muito primitivas. Vivem na su-
perfÃcie da água ou nos lugares úmidos, na terra, em pedras, nas árvo-
res e nos pastos, escondidos entre as gramÃneas.
' Os talófitos são vegetais de organização mais simples possÃvel,
f“rmados de um tecido homogêneo, que é o talo. São desprovidos de
vasos, raÃzes, caules, flores e folhas. Calcula-se em mais de 300000
as espécies de talófitos existentes, distribuÃdos nas classes: fungos, al-
gas e lÃquenes. Alguns autores incluem também as bactérias entre os
talófitos.
f. Fungos - Não têm clorofila.
g. Algas - Possuem clorofila distribuÃda por toda a planta.
h. LÃquenes - São constituÃdos pela união simbiótica de uma
alga com um fungo. A clorofila que possuem reparte-se entre fila-
mentos articulados.
i. Bactérias - São desprovidas de clorofila. Em geral, com-
pem-se apenas de citoplasma e membrana, não tendo núcleo distin-
to. Seu tamanho varia entre 0,2 a 5 micra. Reproduzem-se por cissi-
paridade, isto é, mediante um estrangulamento cada vez mais acen-
tuado, que aparece no centro da célula, terminando por dividi-la em
duas partes iguais. Distinguem-se os seguintes tipos de bactérias: pa-
rasitas ou patogênicas, saprófitas e zimogên“cas.
- Bactérias patogênicas - São causadoras de doenças. Distin-
guem-se os cocos (monococos, diplococos, estreptococos, estafiloco-
cos, sárcinas), bacilos, vÃbrios, espirilos.
- Bactérias saprófitas - Atuam sobre substãncias em decomposi-
ção, transformando-as em sais minerais.
- Bactérias zimogênicas - Produzem fermentação.
<012>
,,
RA /Z secundária
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/J
(` axial ou
aprumada
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adventÃcias
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,
4
,,
420
zonas da raiz
zono p i I Ã fe ra
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zona I isa
coi fa.
RAÓZES SUBTERRÓNEAS
s:::::r
fosciculada '
grampiformes
- ç:-
"
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tuberoso pivotada
e
Vf-1 V L !
gomo terminal
gomo oxilar
ramo
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entrenó
Colo
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haste
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M:wN,t 1
' f;w;r.,;,y'
.
tronco
* `
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.
dextorso sinistorso
' rostejonte prostrado uolúvel, trepador ou sarmentoso
421
75 - A Fiora
sugadoras
respirotórios
<012>
FOLHA
baÃnha
FOLHAS I NCOMPLETAS
folha invaginante ou amplexicaule
filódios
folhas
adunadas.
coadunadas
ou
concrescentes
422
fÃmbo
folhas sésseÃs
I:
CLA SSlFICAGÓO DASFOLHAS OUANTO Ó FORMA DO LI M BO
"/;,
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1
apilor su5u;ada aciculada lineor lonceolar oblanceolado ovoda obovoda
`
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( I::.::.:.
oval oblonga oblonga-aguda cuneiforme espotulado orbicuIar arredondoda
/ , . ';

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i
renifbrme rombiforme ensiforme corditorme hostada
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.
/
sagitoda cieltiforrne pcrfurada
423
, z :
;;./:;:.: .,
perfoliada
FOLHA COMPLETA
<012>
CLASSIFICAÓÓO DAS FOLHAS QUANTO AO SEU CONTORNO
.:. ./,
a
. . /
u u u
inteira denteado serreoda crenada sinuada
.. .
ua.iviu
brácteas
palmatÃfidn

penuiiivwuv
rvnfro r
espinhos
/.
;; /:,
;, ... 7 .
'
filódio
estÃpula
FOLHA SIMPLES
FOLHAS COMPOSTAS
polmodo
fololo
pÃnulas :
,.
ráquis
poripenado imparipenoda
CLASSIFICAÓÓO DAS FOLHAS QUANTO Ó DISPOSICÓO
alternadas verticiladas
(
/. .
'
opostas geminodas opostos cruzados
CLASSIFICAÓÓO DAS FOLHAS SEGUNDO SUA NERVACÓO
i
uninervada
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tr
it:
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'
i t J
l.l
I
peninervada retinervada pdminervodo. curvinervodo peltinérveo
424 425
<012>
PARTES
FLO R OMPONENTES
DA FLOR
V
--- pétal a-
péta la p i sti I o -.
I
corolo estame-
ovári o - -.
} cálice pedúnculo,
séPa Ia .. . . ,
PISTILO OU CARPELO
( gineceu )
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estigma
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ESTAME
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' - antera
( sacos polÃnicos) ;
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conectivo
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filete
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ovário pluricarpelar
ovário pluricarpelar plurilocular
unilocular
GAMOPÓTALA DIALIPÓTALA CÓLICES
I
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tubular campanulada I
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I
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I
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I I
I
afunilada ! Irregular
dialissépalo
urceolodo
umbela
FLORES ISOLADAS
flor terminal
FLORES AGRUPADAS
N
-,
Y
espiga ponÃcula racimo
flor axilar
cimeira
426 427
corimbo copÃtulo cacho
<012>
PLANTAS MEDICINAIS 429
FRU TO
pericorpo
epicarpo
mesocorpo
endocarpo
semente
infrutescência
FRUTOS DEISCENTES
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I
vagem folÃculo pixÃdio capsula sÃliquo
FRUTOS INDEISCENTES
I
sâmora

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s.. ,. : i 1
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r
aquênio drupa bago cariope noz
428
1 - ABIU (Lucuma caimito)
FamÃlia: Sapotáceas.
SinonÃmia: rlbieiro.
Outro idioma: Caimito (Peru).
CaracterÃsticas: Órvore. Fruto ovóide, da grossura de um ovo de
galinha, ou esférico como uma laranja, de pele lisa, amarela. Por in-
cisão, o tronco fornece um látex que contém guta-percha.
Valor terapêutico: Usam-se os frutos, que são doces e gomosos,
nas afecções pulmonares.
2 - ABOBOREIRA-DO-MATO [Melothria fluminensis, Druparia race-
mosa)
FamÃlia: Cucurbitáceas.
SinonÃmia: Guardião.
CaracterÃsticas: Planta trepadeira. Flores amarelas. Baga alonga-
da. Há várias outras cucurbitáceas conhecidas pelo mesmo nome de
aboboreira do mato.
Valor terapêutico: As folhas e flores são usadas nos casos de
afecções uterinas, desarranjos menstruais, leucorréia.
3 - ABRICÓ-DO-PARÓ (Mammea americana)
FamÃlia: Gutiferáceas.
SinonÃmia: Abricó-de-são-domingos, abricó-selvagem, abricó-das-
-antilhas.
Outro idioma: Mammee apple (Antilhas).
CaracterÃsticas: Órvore. Folhas obovais, obtusas. Fruto do tama-
nho de uma laranja, contendo uma massa doce, cor de abóbora.
Valor terapêutico: As sementes encerram propriedades vermÃfugas.
4 - ABUTUA (Cissampelos pareira, Cissampelos vitis)
FamÃlia: Menispermáceas.
SinonÃmia: Parreira-brava, parreira-do-mato, uva-do-rio-apa, bu-
tua, abuta, caapeba [não confundir com a verdadeira caapeba).
CaracterÃsticas: Bela trepadeira. Dá muitos cachos semelhantes
ao da videira, com bagas pretas, de gosto adocicado, e que se pare-
cem com a uva. Não se comem, porém, essas frutas.
Habitat: Amazônia.
Valor terapêutico: A abutua é diurética e febrÃfuga.
<012>
430 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA
Tendo grande ação sobre os órgãos do aparelho urinário, usa-se
com bom resultado contra os cálculos renais.
Ó também indicada contra as cólicas que podem aparecer durante
o sobreparto, e, bem assim, contra a menstruação difÃcil e a supressão
dos lóquios.
Ó eficaz contra as más digestões, acompanhadas de prisão de
ventre, dor de cabeça, tontura, etc.
Provoca a desopilação (desobstrução) nas afecções hepáticas.
Também se usa no tratamento da hidropisia.
Da casca da raiz preparam-se cataplasmas resolutivas contra con-
tusões e inflamações.
Na medicina doméstica é muito conhecida a raiz da abutua, que
se tornou famosa ultimamente por seus efeitos curativos nos casos de
reumatismo. Ó, efetivamente, um excelente remédio para os que so-
frem desta enfermidade.
Partes usadas: Raiz e casca do caule, em decocção.
Dose: 10 a 15 gramas para um litro de água; 4 a 5 xÃcaras por dia.
5 - ABUTUA-MIÓDA (cocculus filipendula)
FamÃlia: Menispermáceas.
SinonÃmia: Butua-miúda.
CaracterÃsticas: Arbusto. Folhas coriáceas, em forma de palmas,
alternas. Flores grandes, em cachos, amarelas. Não se deve confundir
a butua com a butua-miúda. A butua, conhecida também por parrei-
ra-brava, tem raiz delgada, lisa e branda. A butua-miúda tem raiz
grossa na base e dura. Ó desta que aqui estamos falando.
Valor terapêutico: Ó uma planta febrÃfuga.
Usa-se para combater a amenorréia, a clorose, as cólicas mens-
truais, a metrite.
Partes usadas: Casca e raiz, em decocção.
Dose: 10 gramas para um litro de água; 3 a 4 xÃcaras por dia.
6 - ABUTUA-PEQUENA (Cissampelos ovalifolia)
FamÃlia: Men ispermáceas.
SinonÃmia: Orelha-de-onça.
CaracterÃsticas: Arbusto. Folhas ovais. Flores em cachos.
Habitat: Nos campos secos de Minas, Goiás, Amaz&nia, etc.
3 = abricó - do - pará
I5- agriáo-da-ilha-de-frança
IO -acoita - cavalo
431
7- acofro
<012>
432 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA
Valor terapêutico: O decocto das raÃzes é empregado contra as
febres palustres.
De modo geral a abutua-pequena tem as mesmas propriedades da
abutua, sendo porém menos enérgica.
Parte usada: Raiz.
7 - AÓAFRÓO (Crocus sativus, Crocus officinalis, Crocus automnalis,
Crocus hispanicus, Crocus verus)
FamÃlia: I ridáceas.
SinonÃmia: Açafrão-verdadeiro.
Outros idiomas: Azafran (Argentina), Safran (França), Zafron (In-
glaterra), Saffran (Alemanha).
CaracterÃsticas: Planta herbácea, bulbosa. Folhas compridas, ar-
roxeadas. Flor amarela ou vermelha. Os estigmas dessecados forne-
cem o "açafrão" conhecido no comércio, e que é uma matéria amare-
la usada como corante e condimento.
Valor terapêutico: Os estigmas encerram propriedades emenago-
gas, antiespasmódicas, eupépticas, sedativas. São empregados nos ca-
sos de asma, coqueluche, histeria, bem como contra os cálculos dos
rins, do fÃgado e da bexiga. Oito a dez estigmas, em infusão, são su-
ficientes para um chá.
Para combater as hemorróidas, aplicam-se cataplasmas quentes,
preparados com o infuso desta planta (três gramas para uma xÃcara de
água).
8 - ACAPURANA (Campsiandra laurifolia)
FamÃlia: Leguminosas.
SinonÃmia: Manaiara, Cumandá, Comondá-açu (Rio Negro), ca-
poerana (Rio Tocantins), acapurana-vermelha (Rio Tapajós).
CaracterÃsticas: Órvore pequena ou média. Flores róseas, vistosas.
O fruto é uma vagem.
Habitat: Nas margens inundáveis dos rios e lagos, na Amazônia.
Valor terapêutico: O infuso concentrado do fruto, com sal e vina-
gre, aplicado topicamente, cura as impigens. O infuso da casca é
bom para curar feridas.
Parte usada: Fruto.
PLANTAS MEDICINAIS 433
9 - ACARIÓOBA (Hydrocotyle umbellata, Hydrocotyle bonariensis)
A segunda é sub-espécie da primeira.
FamÃlia: UmbelÃferas.
SinonÃmia: Erva-do-capitão, barbarosa, acaciroba, acaricaba.
CaracterÃsticas: Planta rasteira, com grandes folhas longipeciola-
das, crespas, peltadas. Inflorescência ramosa. Flores esbranquiçadas.
Habitat: Nas proximidades das águas (Rio de )aneiro, Buenos
Aires).
Valor terapêutico: Ó aperiente, desobstruente, diurética, emética
(em dose elevada), tônica.
O decocto da raiz usa-se para: afecções do haço, fÃgado e intesti-
no, diarréia, hidropisia, reumatismo, sÃfilis.
Das folhas não se faz uso interno. Afirma-se que são venenosas.
Exteriormente se usa o decocto da planta toda para combater as
sardas e outras manchas da pele.
Parte usada: Toda a planta.
Dose: 20 gramas para 1 litro de água; 4 a 5 xÃcaras por dia.
10 - AÓOITA-CAVALO (Luhea grandiflora)
FamÃlia: Tiliáceas.
SinonÃmia: Mutamba-preta, ivitinga, ivantiji, caa-abeti, papeá-
-guaçu.
CaracterÃsticas: Órvore muito alta. Folhas grandes, obovais, cla-
ras. Flóres grandes, brancas ou rajadas, dispostas em panÃculas termi-
nais. Fruto redondo, oblongo, capsular, pentalocular. Sementes ala-
das. Os camponeses usam os galhos, que são muito flexÃveis, para fa-
zer chicotes e armações de cangalha.
Habitat: Na terra firme e alta, no Pará.
Valor terapéutico: Emprega-se em casos de disenteria e hemor-
ragia (banhos ou clisteres); também em casos de artrite, diarréia, leu-
corréia, reumatismo, tumores (chás).
<012>
434 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA
Atirma conhecido autor:
"Acredita-se que o decocto da entrecasca" ". . serve para comba-
ter a leucorréia. Para resolver tumores, limpar úlceras e feridas gan-
grenosas é excelente. Os vários empregos que as tÃlias têm na medici-
na, conhecem todos. Elas são empregadas contra cãibras, úlceras,
queimaduras, disenterias e uma infinidade de mazelas humanas."
F. C. Hoehne, Plantas e Substâncias Vegetais Tóxicas e Medicinais,
pág. 191.
Parte usada: Casca, em decocção.
Dose: 20 gramas para 1 litro de água; 4 a 5 xÃcaras por dia.
11 - AÓOITA-CAVALO (Luhea ochrophylla)
FamÃlia: Tiliáceas.
CaracterÃsticas: Órvore. Folhas amareladas. Flores pequenas,
amarelas.
Habitat: Rio de )aneiro e outros Estados.
Valor terapêutico: O decocto da casca é empregado, em clisteres,
contra as hemorragias e disenterias.
12 - AGLAIA (Aglaia odorata)
FamÃlia: Meliáceas.
CaracterÃsticas: Arvoreta de folhas compostas e flores pequeninas,
amarelas, muito aromáticas.
Valor teraputico: Ó antiespasmódica.
13 - AGONIADA (Plumeria lancifolia)
FamÃlia: Apocináceas.
SinonÃmia: Agonium, Arapué.
CaracterÃsticas: Órvore grande. Casca muito amarga. Folhas oval-
-alongadas, lanceoladas, peninervadas. Flores de corola de cinco pé-
talas, de forma semelhante à das folhas.
Habitat: Nos estados do Sul do Brasil, principalmente na Serra do
Mar.
PLANTAS MEDICINAIS
Valor terapêutico: Emprega-se nas afecções histéricas, na
nas atonias gastro-intestinais, nos catarros crônicos, na clorose, n,
bres intermitentes, nas menstruações difÃceis, na adenite.
Parte usada: Folhas, em infusão.
;
Dose: 20 gramas para um litro de água; 4 a 5 xÃcaras por
14 - AGRIÓO (Sisymbrium nasturtium, Nasturtium officinale)
FamÃlia: CrucÃferas.
SinonÃmia: Agrião-d'água.
CaracterÃsticas: Planta herbácea. Hasté ramosa, espessa, suc
ta, verde-avermelhada, rasteira. Folhas alternas, pecioladas, alg
parsas, compostas, imparipenadas. FolÃolos quase sésseis, pirifoi
opostos.
Habitat: Muito comum nos córregos. Cultivado.
;
` Valor terapêutico: Ó uma planta conhecida, boa para sal
Deve-se usá-la crua, porque, quando cozida, suas propriedades r
cinais se perdem.
0 agrião contém um óleo essencial, iodo, ferro, fosfato e á
sais.
Seu uso prolongado tem eficaz efeito depuador do sangue e
escorbútico.
Emprega-se, outrossim, como ótimo remédio contra a atoni
órgãos digestivos; como estimulante no escorbuto, escrofulose e r
tismo; como diurético nas hidropisias, nas enfermidades das via
nárias, nos cálculos; como expectorante nos catarros pulmonares
nicos; como desopilante do fÃgado. Tomam-se, diariamente,3 a
Iheres das de sopa de suco de agrião puro ou diluÃdo em água.
0 agrião convém aos diabéticos, porque encerra poucos p
pios amiláceos.
Aplicado, em cataplasmas, sobre úlceras escorbúticas, escrc
sas, etc., apressa sua cicatrização.
Em resultado das experiências do Dr. Zalakas, atribuem-se ao a
propriedades antÃdotas dos efeitos tóxicos da nicotina.
0 suco desta planta, misturado com mel, dá um bom xarope
combater a bronquite, tosse, tuberculose pulmonar.
Os que sofrem de ácido úrico, em virtude de terem comido r
carne, especialmente carne de porco, toicinho, salsichas, etc., d
comer diariamente uma salada de agrião.
<012>
PLANTAS MEDICINAIS 437
enfermides da vias
urinãrias
úlceros
;
1
r
tonio dos rgáos
digestivos
bronquite
tubeculose
)
? C
Y
a
ir
catarros pulmonares
opiloção do ffgado escorbuto
I4 - AGRIAO (Nasturtium officinaIe)
43 6
Eis uma boa receita: Escolhem-se uns punhados de agrião, em
quantidade suficiente para encher um prato. Lavam-se bem. Tempe-
ram-se com limão, azeitonas, um pouco de azeite, e um pouco de
sal.
A cura desejada - bem entendido - só se alcança sob a condi-
ção de se remover completamente a causa do ácido úrico, a saber, as
condenadas substâncias venenosas, que acima mencionamos, e que
erroneamente soem ser chamadas "alimento". O agrião nada pode fa-
zer quando se prossegue no abuso causador do ácido úrico; mas ace-
lera grandemente a cura quando os alimentos cárneos, principalmente
os de origem suÃna, são abandonados.
As mulheres grávidas, não devem comer agrião em grandes quantida-
des, pois, em virtude de sua ação sobre a matriz, pode provocar o aborto.
Não se deve usar o agrião que cresce junto às águas paradas ou
pouco movimentadas, pois que ao mesmo podem prender-se insetos
aquáticos, portadores do bacilo de Eberth, causador do tifo.
Lavando-se bem o agrião e espremendo-se bastante suco de limão,
em cima, pode-se comê-lo com bem menos perigo; mas, de qual-
quer maneira, é preferÃvel obter sempre o agrião das águas correntes.
15 - AGRIÓO-DA-ILHA-DE-FRANÓA (Spilanthes acmella, Acmalia
mauritiana)
FamÃlia: Compostas.
SinonÃmia: Acmela, abecedária, agrião-do-pará, jambu-açu, mastru-
ço, erva-de-malaca, agrião-do-brasil, botão-de-ouro, jambu-rana.
CaracterÃsticas: Planta herbácea. Hastes tenras, ramosas. Folhas
pequenas, opostas.
Valor terapêutico: O infuso das flores é reputado como tônico e
estomáquico.
16 - AGRIÓO-DO-PARÓ (Spilanthes oleracea)
FamÃlia: Compostas.
SinonÃmia: Agrião-do-brasil, jambu, jambu-açu.
CaracterÃsticas: Planta de hastes ramosas, rasteiras. Folhas opos-
tas, pecioladas, cordiformes, ovaladas, sinuadas, denteadas. Inflores-
cência em pequenos capÃtulos. Flores a princÃpio amareladas, depois
pardacentas.
Habitat: Comum nos lugares úmidos. Ós vezes cultivado.
<012>
438 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA
Valor terapêutico: O agrião-do-pará é de sabor acre, picante.
Provoca a salivação quando se mastiga.
As folhas comem-se cruas, em saladas. Como são muito pican-
tes, podem misturar-se com outras ervas.
Podem também comer-se ensopadas.
Tem muitas aplicações na medicina doméstica.
O agrião-do-pará é considerado como bom sucedâneo do agrião
comum (Sisymbrium nasturtium), podendo ser usado para os mesmos
casos que este, porém, especialmente, no escorbuto, na anemia e na
dispepsia.
O extrato das flores se emprega contra dor de dente. Com um
palito, mergulha-se um pedacinho de algodão no lÃquido e pe-se na
cárie do dente.
17 - AGRIPALMA (Leonurus cardiaca)
FamÃlia: Labiadas.
SinonÃmia: Cauda-de-leão, cordão-de-frade, cardÃaca, totanga.
Caracteristicas: Planta herbácea, vivaz. Folhas pecioladas, as in-
feriores penatipartites e as superiores cuneiformes. Flores róseas ou
vermelhas, em verticilos.
Valor terapêutico: Ó uma planta tônica, adstringente, estomáquica
e estimulante. Usa-se também contra a asma, as anginas do peito e
as palpitações do coração. Tomam-se três xÃcaras de chá por dia.
Usam-se as folhas, em infusão.
As sumidades floridas são úteis para preparar um infuso com que
se lavam chagas e feridas.
18 - AGUARAQUIÓ-AÓU (Solanum pterocaulum)
FamÃlia: Solanáceas.
SinonÃmia: Aguará-quinhá.
CaracterÃsticas: Planta herbácea. Folhas comestÃveis.
Valor terapêutico: Aplicam-se as folhas, machucadas, sobre as fe-
ridas, as rachaduras dos seios, etc. Tem aplicação também nas úlce-
ras sifilÃticas.
19 - AILANTO (Ailantus glandulosa)
FamÃlia: Simarubáceas.
SinonÃmia: Verniz-do-japão, sumagre-chinês.
PLANTAS MEDICINAIS 439
Outro idioma: Ailante, Faux vernis du Japon (França).
CaracterÃsticas: Órvore grande. Folhas pinadas. FolÃolos oblon-
gos, agudos. Flores verdes, em panÃculas. Floresce em fevereiro
Habitat: Oriunda do Japão, aclimatada no Brasil.
Valor terapêutico: "A casca amarga, nauseante, vomitiva e tóxica
em alta dose, tem sido preconizada como antidisentérica e tenÃfu-
ga." - Dr. L. Beille.
"O pó da casca da raiz tem sido empregado como antelmÃnti-
co." - Prof. L. Trabut.
20 - ALAMANDA-DE-FLOR-GRANDE (Allamanda cathartica, orelia
grandiflora)
FamÃlia: Apocináceas.
SinonÃmia: Santa-maria, cipó-de-leite, camendara, dedal-de-dama,
buiuçu (não confundir com uma árvore também chamada buiuçu).
CaracterÃsticas: Arbusto sarmentoso. Folhas verticiladas. Flores em
cimeiras, amarelas ou violáceas. Sementes aladas.
Habitat: Nas capoeiras úmidas, à beira d'água.
Valor terapêutico: Emprega-se, em banhos, para combater a sar-
na, os piolhos, etc.
Parte usada: A casca ou a seiva da casca.
Dose: 100 gramas para um litro de água.
21 - ALBINA (Turnera ulmifolia)
FamÃlia: Turneráceas.
CaracterÃstica: Planta herbácea.
Habitat: Encontra-se nos campos altos, úmidos, do Norte.
Valor terapêutico: Ó uma planta adstringente, tônica, expectoran-
te, e útil contra a albuminúria e a diabete. Usa-se em infusão.
22 - ALCAÓUZ (Periandra dulcis)
FamÃlia: Leguminosas.
SinonÃmia: Periandra, uruçu-huê, alcaçuz-do-cerrado, alcaçuz-da-
terra, raiz-doce, cipó-em-pau-doce.
CaracterÃsticas: Órvore pequena ou arbusto. Folhas compostas.
FolÃolos oblongos ou lanceolados, glabros, com nervura saliente. Flo-
res em racimos terminais. Raiz adocicada.
Habitat: Nos campos altos e pedregosos. Freqiiente. no Brasil
central.
<012>
PLANTAS MEDICINAIS 441
20 - olomanda-de - flor- gronde
Valor terapêutico: Ó uma planta resolutiva, laxativa, diurética, ex-
pectorante, calmante. Usa-se nas inflamações do ventre e das vias
urinárias, nos defiuxos, catarros crônicos, congestão hepática, disp-
néia.
A raiz seca, reduzida a pó, e misturada com um pouco de fari-
nha de trigo, aplica-se, em forma de cataplasma, sobre as partes afe-
tadas pela erisipela, para acalmar a dor.
Parte usada: Raiz, em decocção.
Dose: 20 gramas para 1 litro de água; 4 a 5 xÃcaras por dia.
23 - ALCAÓUZ-DA-EUROPA (Glycyrrhiza glabra, Liquiritia officinalis)
FamÃlia: Leguminosas.
SinonÃmia: Raiz-doce.
CaracterÃsticas: Ó um arbusto de 1 a 2 metros. Folhas compostas,
imparipenadas; 4 a 7 pars de folÃolos oblongos ou elÃpticos, obtusos.
Flores róseo-arroxeadas, em cachos axilares. O fruto é uma vagem
alongada, .contendo várias sementes.
Valor terapêutico: Emprega-se na bronquite, rouquidão, tosse, la-
ringite.
Parte usada: Raiz, em decocção.
Dose: 20 gramas para 1 litro de água; 4 a 5 xÃcaras por dia.
24 - ALCAÓUZ-DA-TERRA (Glycyrrhiza americana)
FamÃlia: Leguminosas.
CaracterÃsticas: Arbusto. Folhas em palmas pequenas. Fruto: va
gem.
Valor terapêutico: Ó usado em virtude das suas propriedades diu-
réticas e emolientes. Tem emprego nas doenças inflamatórias.
I6 - agrio - do - paró
440
25 - ALECRIM-DA-PRAIA (Bulbostyles capillaris)
FamÃlia: Ciperáceas.
CaracterÃsticas: Planta herbácea, pequena. Folhas estreitas, luzen-
tes, dotadas de acúleo nas pontas. Flores brancas, em espigas. Fru-
to: pequena cariopse.
Habitat: Medra nas areias da praia.
Valor terapêutico: O infuso ou decocto, em banhos quentes, é
útil contra o reumatismo.
<012>
442 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA
26 - ALECRIM=DA-SERRA (Dichiptera aromatica)
FamÃlia: Acantáceas.
CaracterÃsticas: Arbusto pequeno. Caule cilÃndrico. Folhas cres-
pas, pequenas, ovais, pubescentes, assemelhando-se às do alecrim-de-
-jardim. Flores axilares. Fruto: cápsula.
Habitat: Medra nas caatingas e nos taboleiros do Nordeste.
Valor terapêutico: Utiliza-se, em banhos, contra o reumatismo.
27 - ALECRIM-DE-)ARDIM (Rosmarinus officinalis, Rosmarinus hor-
tensis, Rosmarinus latifolius)
FamÃlia: Labiadas.
SinonÃmia: Alecrim-romarinho, alecrim, libanotis.
CaracterÃsticas: Subarbusto. Folhas opostas cruzadas, sésseis, en-
siformes, coriáceas, de bordas voltadas para baixo; verde-escuras, lus-
trosas na face superior; esbranquiçadas, empubescidas na face infe-
rior. Flores labiadas em pequenos cachos axilares e terminais.
Habitat: Cultivado nos jardins.
Valor terapêutico: As sumidades floridas têm aplicação nos se-
guintes casos: clorose, dismenorréia, dispepsia, debilidade cardÃaca,
escrofulose, febres tifóides, gases intestinais, histeria, inapetência, tos-
se.
Dose: 15 gramas para 1 litro de água, por infusão; 4 a 5 xÃcaras
por dia.
O decocto das folhas é usado, em loção, contra as chagas gan-
grenosas; em banhos, contra o reumatismo articular.
As folhas secas, reduzidas a pó, são boas para cicatrizar feridas.
As gotas do suco das folhas também são boas para o mesmo fim.
O chá também se usa, com bom resultado, para lavar feridas.
Para combater a sarna, prepara-se uma pomada tomando-se 10
partes de gordura vegetal para uma parte de suco de alecrim.
28 - ALECRIM-DO-MATO (Baccharis macrodonta)
FamÃlia: Compostas.
CaracterÃstica: .Arbusto.
Habitat: Terras cansadas
Valor terapêutico: Usa-se, em infusão, para combater os catarros;
e, em banhos, no tratamento do reumatismo.
W
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- . I l.
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debilidode cardioco
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,
reumatismo
feridas
.
histeria
27 - ALECRIM - DE- JARDIM
,
tosse
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,
febre tifóide
goses intestinais
, Rosmorinus officinali>)
443
<012>
444 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA
29 - ALFAFA (Medicago sativa)
FamÃlia: Legumi nosas-papi I ionáceas.
SinonÃmia: Luzerna, alfafa-verdadeira, alfafa-de-flor-roxa, alfafa-
Outros idiomas: Mielga, Altata [tspanna), uzerne rrança, niTaiia
(Estados Unidos), Luzerne (Alemanha).
CaracterÃsticas: Planta herbácea, forrageira. Folhas compostas de
três folÃolos oblongos, denteados na extremidade. Flores violáceas,
pequeninas, em cachos.
Habitat: Nos Estados do Sul.
Valor terapêutico: O infuso das flores é recomendado como re-
constituinte. Graças ao seu conteúdo em vitaminas, o suco fresco da
planta é excelente antiescorbútico, segundo recomendação do Dr. Pio
Font Quer. O Dr. Leclerc recomenda a alfafa contra o raquitismo.
Em barros e fricções, o decocto da alfafa é bom para estimular
as pernas cartsadas e doloridas.
30 = ALFAVACA (Ocimum basilicum)
FamÃlia: Labiadas.
SinonÃmia: Alfavaca-da-américa, remédio-de-vaqueiro, manjericão-
-de-folha-larga, manjericão-de-molho, manjericão-dos-cozinheiros,
manjericão-grande, erva-real, basÃlico-grande.
CaracterÃsticas: Planta herbácea, muito cheirosa. Folhas ovais ou
oval-elÃpticas, longipecioladas. Inflorescência em espigas. Fruto:
aquênios.
Valor terapêutico: As folhas são aromáticas, estimulantes, carmi-
nativas, antieméticas, sudorÃficas e diuréticas. Aplicam-se nos seguin-
ts casos: Ardor na urinação; debilidade dos nervos; digestão dificul-
tosa; enfermidades dos intestinos, estômago e rins; febres, tosse, ven-
tosidades. Empregam-se 10 a 15 gramas, por infusão.
Externamente usa-se para gargarejos em casos de dor de garganta,
anginas, aftas, etc.
As folhas amassadas são boas para curar feridas.
Com o chá das folhas, ou com o chá das sementes em macera-
ção, preparam-se compressas que as mães lactantes aplicam sobre os
bicos dos seios afetados.
Com a raiz prepara-se um xarope para combater a tuberculose
pulmonar.
,
ofecções do estmogo
ofeccões do intestino
ardor na urino
..1
v
bico doseio rachodo
tosse
1
febre
i
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afecçóes da gargonta
c U-
J
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tuberculose
J
feridas
30 -ALFAVACA C ocimum óasiicum)
445
<012>
446 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA
Partes usadas: Folhas e sementes.
Dose: 10 a 15 gramas por litro de água; 4 a 5 xÃcaras por dia
31 - ALFAVACA-DE-CHEIRO (Ocimum incanum fluminensis)
FamÃlia: Labiadas.
CaracterÃstica: Planta herbácea.
Valor terapêutico: Com o decocto desta planta prepara-se um xa-
rope eficaz contra a coqueluche. Esta alfavaca é também útil para
combater o reumatismo.
32 - ALFAVACA-DE-COBRA (Monnieria trifolia)
FamÃlia: Rutáceas.
SinonÃmia: )aborandi-do-pará, jaborandi-de-três-folhas, alfavaca-
-brava (Maranhão).
CaracterÃsticas: Planta herbácea. Flores brancas. Cheiro forte.
Habitat: Nas capoeiras e campinas da Amazônia.
Valor terapêutico: Tem propriedades diaforéticas, diuréticas, siala-
gogas e expectorantes.
Emprega-se o decocto nas enfermidades dos rins, da bexiga e da
uretra.
Em banhos, dá bom resultado contra o reumatismo.
Parte usada: Toda a planta.
Dose: 20 gramas para 1 litro de água; 4 a 5 xÃcaras por dia.
33 - ALFAVACA-DO-CAMPO (Ocimum incanescens)
FamÃlia: Labiadas.
SinonÃmia: Alfavaca-de-vaqueiro, remédio-de-vaqueiro, segurelha.
CaracterÃsticas: Planta herbácea. Folhas opostas, ovais, finamente
dentadas. Flores pequenas, brancas, em espigas.
Habitat: Em vários Estados.
Valor terapêutico: Tem virtudes sudorÃficas, peitorais, carminati-
vas, estimulantes. Ó útil na coqueluche, na cólica renal e nas areias
dos rins.
Parte usada: Folhas.
Dose: 20 gramas para 1 litro de água; 4 a 5 xÃcaras por dia.
34 - ALFAZEMA (Lavandula vera, Lavandula officinalis)
FamÃlia: Labiadas.
SinonÃmia: Lavande.
ofeeções do fÃgado
tonturas
onuria
reumatismo
T
inapeteência
clicas intestinais
amenorreio
blenorragia
dispepsia
ventosidades
34- ALFAZEMA C LavanduIa vera)
luC i V4
n ,
asma
447
<012>
448 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA
CaracterÃsticas: Erva européia, aclimatada no Brasil. Caule estira-
do, esgalhado. Folhas sésseis, ensiformes. Flores amarelas, violáceas,
dispostas em cÃrculos.
Valor terapêutico: Recomenda-se para os seguintes casos:. anúria,
amenorréia, apoplexia, asma, afecções do fÃgado e do baço, blenor-
ragia, cãibras, clorose, cólicas intestinais, dispepsia, dores de cabe-
ça, enxaqueca, escrófulas, gota, hipocondria, inapetência, icterÃcia,
leucorréia, nervosismo, neurose cardÃaca, reumatismo, tonturas, vento-
sidades.
Aplicam-se topicamente cataplasmas quentes, com folhas cozidas,
para acalmar as nevralgias e dores reumáticas.
Parte usada: Toda a planta.
Dose: Uso interno - 8 gramas para um litro de água; 3 a 4 xÃca-
ras por dia.
35 - ALFAZEMA-DE-CABOCLO (Hyssopus officinalis)
FamÃlia: Labiadas.
SinonÃmia: Hissopo-comum.
CaracterÃstica: Planta herbácea.
Valor terapêutico: Usa-se como estimulante, sudorÃfica e béquica.
Parte usada: Sumidades floridas, em infusão.
36 - ALGODOEIRO (Gossypium herbaceum)
FamÃlia: Malváceas.
SinonÃmia: Amaniú.
CaracterÃstica: Planta herbácea.
Valor terapêutico: A planta toda tem muitas aplicações na medi-
cina doméstica.
Folhas: Empregam-se, por infusão, para os seguintes casos: catar-
ros, disenteria, diarréia, enterite. O sumo das folhas cura feridas. As
folhas machucadas, postas sobre queimaduras, proporcionam alÃvio
imediato.
Flores: Usam-se para os mesmos fins que as folhas.
Sementes: Preparadas por infusão, são úteis na amenorréia e dis-
menorréia.
Raiz: A casca da raiz fresca, por decocção, emprega-se nas afec-
ções das vias urinárias. Tem propriedades diuréticas. Pelo seu poder
e contratilidade das fibras musculares lisas, produz contrações uteri-
nas.
PLANTAS MEDICINAIS 449
Tem igualmente boa ação hemostática, pelo que se emprega nas
metrorragias.
Parte usada: Toda a planta.
Dose: 10 gramas em um litro de água; 4 a 5 xÃcaras por dia.
37 - ALMÓCEGA-AÓU (Icica altissima)
FamÃlia: Terebintáceas.
SinonÃmia: Igtaicica-dos-Ãndios, igtaigeica.
CaracterÃstica: Órvore corpulenta, semelhante ao almecegueiro
“gcica.
Valor terapêutico: A casca e as folhas, em'decocção, servem para
lavar feridas crônicas e combater o reumatismo.
38 - ALMECEGUEIRO-MANSO-DAS-ALAGOAS (Elaphrium alagoense)
FamÃlia: Terebi ntáceas.
CaracterÃsticas: Órvore ramosa. Folhas em palmas opostas e lus-
trosas. Flores miúdas, verde-esbranquiçadas, estreladas. Fruto peque-
no, contendo dois caroços envoltos numa massa comestÃvel.
Habitat: Medra nos Estados do Nordeste.
Valor terapêutico: O suco resinoso do almecegueiro tem aplica-
ção no curativo das úlceras.
39 - ALTÓIA (Althaea officinalis, Althaea medicamentosa)
FamÃlia: Malváceas.
SinonÃmia: MalvaÃsco, malvarisco.
CaracterÃsticas: Erva vivaz, de 50 cm a 1 metro e meio de eleva-
ção, ligeiramente tomentosa, macia ao tato. Haste erecta, cilÃndrica,
de ramos alternos, verde ou verde avermelhada. Folhas numerosas,
alternas, pecioladas, mais ou menos cordiformes, irregularmente loba-
das, serreadas, aveludadas. Flores esbranquiçadas, purpúreas ou ligei-
ramente rosadas, quase sésseis.
Valor terapêutico: As flores empregam-se nas enfermidades das
vias respiratórias. São boas para curar a tosse, especialmente nas
crianças e pessoas idosas. Usa-se também contra a laringite.
As folhas e raÃzes são utilizadas como emolientes nas irritações
da membrana mucosa. Em chás, usam-se nas úlceras grastroduode-
nais.
<012>
450 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA
Em forma de loção e fomentação, a altéia é um bom remédio pa-
ra acalmar dores, erupções cutâneas, etc.
Em clisteres, dá bom resultado nas inflamações intestinais e na
prisão de ventre.
A raiz se dá a mastigar às crianças, para favorecer a dentição.
Partes usadas: Folhas, flores e raÃzes.
Dose: 20 gramas para 1 litro de água; 4 a 5 xÃcaras por dia.
40 - AMAPÓ (Parahancornia amapa)
FamÃlia: Apocináceas.
CaracterÃsticas: Órvore grande. Madeira branca. Fruto roxo e es-
curo quando maduro, de polpa doce, comestÃvel.
Habitat: Na mata de terra firme, nos Estados do Pará e Amazo-
nas.
Valor terapêutico: O látex amargo que escorre da casca cortada,
tem emprego como resolutivo (em emplastros, nas contusões), como
cicatrizante (nas feridas), como peitoral (nas afecçôes das vias respira-
tórias), e como tônico (contra a debilidade geral).
41 - AMAPÓ-DOCE (Brosimum potabile)
FamÃlia: Moráceas.
CaracterÃstica: Órvore grande.
Habitat: Na terra firme da Amazônia.
Valor terapêutico: O látex branco, muito abundante, que se
obtém da casca ferida, é tidn como tônico. Não possui gosto espe-
cial. Bebe-se em pequena quantidade.
42 - AMAPÓ-RANA (Brosimum parinarioides)
FamÃlia: Moráceas.
SinonÃmia: Muraré-rana (Óbidos), Amapá (Manaus).
CaracterÃsticas: Órvore muito grande. Madeira branco-amarelada.
Habitat: Na terra firme, alta, da Amazônia.
Valor terapêutico: O látex da casca ferida é tônico.
43 - AMBRETE (Hibiscus abelmoschus)
FamÃlia: Quingombô-de-cheiro, quiabo-de-cheiro, musquié.
CaracterÃsticas: Arbusto. Caule hÃspido. Folhas peltato-cordifor-
mes, com 5 a 7 lóbulos acuminados. Fruto: cápsula espinhosa, con-
tendo sementes reniformes.
PLANTAS MEDICI NAIS 451
Valor terapêutico: As sementes tostadas e moÃdas, preparadas em
forma de café, são estomáquicas e cordiais.
44 - AMBUIA-EMBÓ (Aristolochia labiosa)
FamÃlia: Aristoloquiáceas.
CaracterÃstica: Assemelha-se à angelicó.
Valor terapêutico: Ó útil nas úlceras malignas dos pés.
45 - AMONGEABA (Panicum spicatum)
FamÃlia: GramÃneas. '
CaracterÃstica: Um tipo de capim.
Valor terapêutico: Como emoliente, usa-se, não só internamente,
mas também externamente, em fomentações e banhos, nos casos de
tenesmo e dores.
46 - AMOR-CRESCIDO (Portulaca pillosa)
FamÃlia: Portulacáceas.
CaracterÃsticas: Planta herbácea. Tipo de alecrim.
Valor terapêutico: Emprega-se contra as diarréias e disenterias.
47 - AMOR-DOS-HOMENS (Chaptalia tomentosa)
FamÃlia: Compostas.
SinonÃmia: LÃngua-de-vaca, dente-de-leão.
CaracterÃsticas: Planta herbácea. Folhas e pedúnculos tomento-
sos. Flor terminal., cujos aquênios, quando secos, formam um globo
sedoso, que voa ao menor sopro. Floresce em dezembro.
Valor terapêutico: O decocto das folhas é usado para lavar úlce-
ras e tumores linfáticos. Aquecidas e aplicadas às têmporas, as folhas
aliviam a cefalalgia e convidam o sono.
48 - AMOR-PERFEITO (Viola tricolor, Viola arvensis)
FamÃlia: Violáceas.
SinonÃmia: Flor-da-trindade, violeta-de-três-cores, violeta tricolor,
amor-perfeito-bravo.
CaracterÃsticas: Planta glabra ou aveludada, dum verde-amarelo-
-pálido. Haste ramosa, especialmente na base, difusa, mais ou menos
erecta, angulosa, triangular, tenra, fistulosa, lisa. Folhas alternas, de
pecÃolo triangular, algo canaliculado superiormente, ovais, obtusas,
<012>
452 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA
crenadas. Flores solitárias, inclinadas sobre longos pedúnculos axila-
res. Apresentam diversas cores: amarelo, violeta, róseo, etc.
Habitat: Cultivado nos jardins.
Valor terapêutico: Ó um vegetal de bom efeito como depurativo e
peitoral. Ó indicado nas afecções cutâneas: erupções miliares, ecze-
ma, herpes, impetigem, manifestações escrofulosas, etc. Para estes
fins, toma-se chá e reforça-se a ação interna, fazendo-se loções ou apli-
cando-se compressas.
Emprega-se também o amor-perfeito, com sucesso, contra o reu-
matismo, especialmente contra o reumatismo articular, aumentando-se
um pouco a dose.
Partes usadas: Folhas e flores.
Dose: Folhas, 20 gramas; flores, 10 gramas em 1 litro de água; 3
a 4 xÃcaras por dia.
49 - AMORES-DO-CAMPO (Desmodium axillare)
FamÃlia: Leguminosas.
SinonÃmia: Mandubirana, mindubirana, mundurana, barba-de-boi,
carrapicho, desmódio.
CaracterÃsticas: Planta herbácea. Haste ramosa, pubescente. Fo-
Ihas pinadas, trifoliadas, alternas. FolÃolos alongados, obtusos, avelu-
dados no dorso. Flores nas axilas dos folÃolos. Fruto oval, que se
prende ao pêlo dos animais.
Valor teraputico: O decocto da haste e das folhas, em banhos,
tem aplicação contra a leucorréia.
50 - ANABI (Potalia amara)
FamÃlia: Loganiáceas.
SinonÃmia: Pau-de-cobra.
Outro idioma: Mavévé (Cuiana Francesa).
CaracterÃsticas: Arbusto. Folhas coriáceas, muito grandes.
Habitat: Na submata de terra firme, nos Estados do Pará e Ama-
zonas.
Valor teraputico: As folhas têm aplicação como antissifilÃtico. O
decocto das folhas, em banhos, dá bons resultados contra as uretrites
e as oftalmias.
Parte usada: Folhas.
54 - andó - açu
lb - A Flora
453
48 - omor - perfeito
39 oltéio
35 - olfozema - de - coboco
36 - olçodoeiro
<012>
454 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA
51 - ANANI (Leopoldinia imperialis, Symphonia globulifera)
FamÃlia: Clusiáceas.
SinonÃmia: Ananim, oanani, anambi.
CaracterÃstica: Bela árvore que produz um látex chamado breu de
anani.
Habitat: Amazônia.
Valor terapêutico: A seiva, enquanto amarela, é útil para resolver
tumores e combater o reumatismo.
52 - ANAUERÓ (Licania macrophylla)
FamÃlia: Rosáceas.
SinonÃmia: Anauirá.
CaracterÃsticas: Órvore frondosa. Madeira vermelha.
Habitat: Ó comum nas matas alagadas do litoral e do estuário, na
Amazônia.
Valor terapêutico: O infuso da casca é bom para curar úlceras.
53 - ANAVINGA (Casearia ovata)
FamÃlia: Flacurtiáceas.
CaracterÃstica: Órvore.
Habitat: No alto Amazonas.
Valor terapêutico: O infuso das folhas é empregado para comba-
ter o reumatismo. Os frutos são diuréticos. A casca é tônica.
54 - ANDÓ-AÓU (Joannesia princeps)
FamÃlia: Euforbiáceas.
SinonÃmia: Coco-de-purga, purga-de-gentio, purga-dos-paulistas,
cutieira, cutieiro, fruta-de-arara, fruta-de-cutia, fruteira-de-arara, indá-
-guaçu, indaÃ-açu, andá.
CaracterÃsticas: Órvore imponente, muito copada. Folhas grandes,
em palmas, nas pontas dos galhos. Fruto bicapsular, contendo duas
amêndoas.
Valor terapêutico: As amêndoas contêm um óleo fortemente pur-
gativo. O decocto de três amêndoas dá um bom purgante. O mesmo
é também indicado nas perturbações menstruais, nas febres pernicio-
sas, na sÃfilis, na escrofulose, na inchação.
55 - ANDIRA (Andira anthelmintica, Andira ormosioides)
FamÃlia: Leguminosas-papilionáceas.
PLANTAS MEDICINAIS 455
SinonÃmia: Angelim-de-folha-grande, angelim-amargo, aracuÃ. ara-
cium, lumbricida, morcegueira, pau-de-morcego, andira-iba.
CaracterÃsticas: Órvore grande, de cerne amarelo. Flores roxas em
cachos compactos.
Valor terapêutico: As sementes, torradas e reduzidas a pó, são
empregadas, em pequenas doses, para expulsar vermes intestinais. Pe-
la manhã, em jejum, tomam-se 2 a 3 gramas (dose para adultos) em
meia xÃcara de leite ou de água adoçada. Em dose elevada são tóxi-
cas, produzindo vômitos violentos, diarréia, febre, delÃrio.
56 - ANDIRA-RÓSEA (Andira fraxinifolia)
FamÃlia: Leguminosas-papilionáceas.
SinonÃmia: Angelim-doce, ibiariba-de-pison.
CaracterÃsticas: Órvore. Folhas opostas, compostas. FolÃolos elÃp-
ticos. Flores paniculadas, de cálice roxo. Gruto: drupa oval.
Habitat: Na mata virgem de Pernambuco e de outros Estados do
Brasil.
Valor terapêutico: As sementes, torradas e reduzidas a pó, são
úteis para expulsar vermes intestinais e curar úlceras. "As sementes",
diz, ainda, o Dr. L. Beille, "são purgativas".
57 - ANDIRÓ-UCHI (Andira inermis)
FamÃlia: Leguminosas.
SinonÃmia: Angelim-da-várzea, umari, avineira (Macapá), cumaru-
rana (Óbidos).
Outros idiomas: Saint Martin (Guiana Francesa), Cabbage tree (In-
glaterra).
CaracterÃsticas: Órvore grande. Folhas compostas.
Habitat: Na mata de várzea ou terra firme, baixa, do Pará.
Valor terapêutico: A casca é um poderoso vermÃfugo, mas deve
ser aplicado com muito cuidado, pois provoca vômitos e abundantes
dejeções. Ó tóxica em alta dose.
Reduzida a pó, a casca é cicatrizante.
A semente (o caroço) também tem propriedades antelmÃnticas.
O óleo da amêndoa tem indicação contra as inchações provenien-
tes da erisipela.
58 - ANDIROBA (Carapa guianensis)
FamÃlia: Meliáceas.
<012>
PLANTAS MEDICI NAIS 457
J vc .? li
UG
J , ' C
.lr
n.
bronquite e outros
ofecções do peito
cl i cas ventosidode
i
debilidade e dilatoção
do estmago
reumatismo
enfermidodes das vias urinãrfos
 `,
i '
` /
dfspepsia
)i ; r
cefalalgio
digestões difÃceis
,' ,r
;:ir
-
ofecções do fTgodo
59 - ANGÓLICA ( .Archangellca oÃficinais )
456
SinonÃmia: Andiroba-aruba, andiroba-saruba, carapa.
Outros idiomas: Carapá (Guiana Francesa), Crabwood (Inglaterra).
CaracterÃsticas: Órvore grande. Folhas imparipenadas, grandes,
com numerosos folÃolos.
Habitat: Amazônia.
do, internamente, como vermÃfugo e febrÃfugo, e, externamente, con-
tra as afecções crônicas da pele, e, bem assim, para lavar úlceras. As
amêndoas são purgativas. O azeite é aplicado nas picaduras de inse-
tos venenosos e nas feridas.
59 - ANGÓLICA (Archangelica officinalis, Angelica archangelica)
FamÃlia: UmbelÃferas.
SinonÃmia: Arcangélica, raiz-do-espÃrito-santo, angélica-do-jardim,
angélica-da-boêmia.
CaracterÃsticas: Planta herbácea. Haste cerrada, fistulosa, sucu-
lenta. Folhas compostas. FolÃolos opostos. Flores brancas; volumo-
sas, de bordos lancinados.
Valor terapêutico: Ó estimulante, carminativa, depurativa, diuréti-
ca, estomacal, emenagoga.
Usa-se para: bronquites, cãibras, cefalalgia, clorose, convulsões,
cólicas, debilidade e dilatação do estômago, digestões difÃceis, enfer-
midades do peito e da garganta, dos pulmões, fÃgado, rins e bexiga,
escorbuto, gota, hipo, histerismo, paludismo, reumatismo, rouquidão,
tétano, tifo, ventosidades, vômitos.
O chá das raÃzes de angélica, em mistura com chá de losna, é
muito bom para cãibras do baixo ventre, disenterias e mucosidades
pulmonares.
Nas afecções da pele, dores dorsais, reumatismo, emprega-se tam-
bém o chá de angélica, topicamente, em forma de loções, fricções e
compressas.
Parte usada: Toda a planta.
Dose: 20 gramas para 1 litro de água; 4 a 5 xÃcaras por dia.
60 - ANGÓLICA-DO-MATO [Guettarda angelica, Canthium febrifugum)
FamÃlia: Rubiáceas.
SinonÃmia: Angélica-mansa.
<012>
458 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA
CaracterÃsticas: Arbusto ramoso. Casca escura. Folhas ovais,
opostas. Flores em cachos, amarelas. Fruto: drupa globosa, pequena,
com duas sementes no interior.
Habitat: No litoral.
Valor terapêutico: A raiz é recomendada, em decocção, nos casos
de anemia, febre amarela, febre puerperal, febre tÃfica.
61 - ANGELICÓ (Aristolochia cymbifera)
FamÃlia: Aristoloquiáceas.
SinonÃmia: Jarrinha, mil-homens, papo-de-peru, mata-porco, capa-
-homem, calunga, patinho, caçaú, cipó-mata-cobras, urubu-caá.
CaracterÃsticas: Há perto de 50 espécies de aristolóquias. Afirma-
-se que todas têm as mesmas propriedades medicinais. "As aristoló-
quias são geralmente plantas escalantes (trepadeiras ou cipós), com
troncos em muitos casos lignificados, raras vezes herbáceas e, então,
dotadas de um tronco subterrâneo mais ou menos desenvolvidó."-
João S. Decker, Aspectos Biológicos da Flora Brasileira, pág. 24.
Valor terapêutico: Emprega-se como antisséptico, diaforético, es-
tomacal, esurino, sedativo (nos casos de histeria, convulsões, epilepsia
e cistite).
Ó empregado com êxito contra a falta de apetite.
Usa-se no tratamento da falta de menstruação, para provocar o
aparecimento das regras.
Ó aplicado com êxito surpreendente em casos de clorose.
Aplica-se com magnÃficos resultados contra os males do estômago
em geral, prisão de ventre, gastralgia (dor de estômago), indigestão,
diarréia, etc.
Usa-se também para combater as febres intermitentes da malária.
Externamente, em banhos de assento, emprega-se com bons resul-
tados, para desinflamar os testÃculos, em caso de orquite.
"Acreditou-se sempre e continua-se acreditando em todo o inte-
rior, que o extrato etéreo, como as alcoolaturas e os próprios decoc-
tos das raÃzes e do caule destas plantas são anti-ofÃdicos. . . admitimos
a possibilidade de que o extrato fresco e ainda vivo, de raÃzes e cau-
les destas plantas, poderá realizar curas, como anti-ofÃdico. . .
"MuitÃssimas são as aristolóquias que já figuram nas farmacopéias
oficiais e que são receitadas de quando em quando pelos médicos
mais inclinados para a fitoterapia. Elas atuam mui beneficamente so-
PLANTAS MEDICINAIS 459
bre a mucosa estomacal e sobre os gânglios internos que facilitam a
digestão e assimilação dos alimentos que ingerimos. E esses seus efei-
tos mostram-se de modo apreciável quando se usa o extrato conforme
referido. Em álcool, muitas vezes, os resultados são prejudiciais gra-
ças ao efeito desse. Os rins, o fÃgado, o baço e mesmo o coração,
são estimulados por estas plantas. Muitas pessoas as prescrevem co-
modepurativas, como diuréticas, vulnerárias, anti-reumáticas, anti-fe-
bris, emenagogas, etc.
"Esta última recomendação nos deve interessar aqui mais espe-
cialmente, porque nos aponta o motivo por que foram chamadas 'aris-
tolóquias', isto é, 'bom-parto' ou 'facilitadoras-dos-lóquios', conforme
as conheciam os antigos gregos e os egÃpcios." - F. C. Hoehne,
Plantas e Substãncias Vegetais Tóxicas e Medicinais, pág. 106.
Uma advertência torna-se, entretanto, necessária: Em doses ex-
cessivas as aristolóquias são tóxicas. As mulheres grávidas não devem
usar esta planta, pois pode provocar aborto. Efetivamente, acredita-se
que muitos dos preparados que se usam para acarretar este criminoso
resultado, tenham por base o extrato de raÃzes ou sementes de aristo-
lóquias.
Parte usada: Raiz, em decocção.
Dose: 10 a 15 gramas para um litro de água fervendo. Tomam-se
não mais de duas a três xÃcaras de chá por dia. Em doses mais eleva-
das produz náuseas, dejeções, perturbações cerebrais.
Externamente, emprega-se a casca, em pó, nas úlceras crônicas e
no lupo.
O cozimento da raiz (25-50:1000) usa-se contra as úlceras, a sarna
e as orquites.
62 - ANGELIM (Machaerium heteropterum)
FamÃlia: Leguminosas-papilionáceas.
CaracterÃstica: Órvore.
Valor terapêutico: O pó da serragem, em decocção, é considera-
do como drástico e vermÃfugo.
63 - ANGELIM-COCO (Andira stipulacea)
FamÃlia: Leguminosas-papilionáceas.
SinonÃmia: Urarema, pau-pintado, angelim-doce, lumbricida, mui-
rarema.
66 - angustura- verdadeiro
6I - ongelicó
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58-andiroba
FUMARIA GSj
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CAVALINHA, I31
<012>
PLANTAS MEDICINAIS 461
;
CaracterÃstica: Órvore semelhante ao angelim-verdadeiro.
Habitat: Em vários Estados do Brasil.
Valor teraputico: A casca e as sementes encerram propriedades
antelmÃnticas.
64 - ANGELÓNIA (Angelonia integerrima)
FamÃlia: Escrofulariáceas.
SinonÃmia: Violeta-de-petrópolis.
CaracterÃstica: Planta herbácea.
Habitat: Nos Estados do Sul e no Rio de )aneiro.
Valor terapêutico: A angelnia é calmante e antiespasmódica.
Utiliza-se no preparo de xaropes peitorais e béquicos.
65 - ANGUSTURA (Cusparia trifoliata)
FamÃlia: Rutáceas.
SinonÃmia: Amarelo, amarelinho-da-serra, cuspare.
CaracterÃstica: Órvore.
Valor terapêutico: Fornece a "casca de angustura", que é tônica,
febrÃfuga e antidisentérica.
66 - ANGUSTURA-VERDADEIRA (Galipea cusparia, Galipea febrifuga,
Galipea alba)
FamÃlia: Rutáceas.
CaracterÃsticas: Órvore bem alta. Folhas alternas, compostas, lon-
gipecioladas. Três folÃolos sésseis, oval-lanceolados, inteiros. Flores
em cachos axilares e terminais.
Habitat: Estados do Norte e Nordeste.
Valor terapêutico: A casca é tônica, antidisentérica e febrÃfuga.
67 - ANIL (Indigofera anil)
FamÃlia: Leguminosas.
SinonÃmia: Caá-chica (Amazonas), timbó-mirim (Mato Grosso).
CaracterÃsticas: Planta herbácea, sub-lenhosa, ramosa, de cor ver-
de-esbranquiçada. Folhas em palmas, elÃpticas e compridas. Flores
róseas, miúdas, em pequenos cachos. O fruto é uma vagem.
Com esta planta fabrica-se uma matéria corante conhecida por
anil.
<012>
462 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA
Habitat: Comum nos terrenos abandonados após a cultura.
Valor terapêutico: Diz-se que esta planta serve como antÃdoto do
mercúrio e do arsênico.
O chá que se obtém por infusão das folhas e raÃzes, é antiespas-
módico, diurético, estomáquico, febrÃfugo, purgativo, sedativo.
O mesmo chá emprega-se com bons efeitos contra a epilepsia e a
icterÃcia.
As folhas machucadas empregam-se topicamente contra a sarna.
As raÃzes e as sementes, secas, pulverizadas, usam-se para afu-
gentar i nsetos.
Partes usadas: Folhas, raÃzes, sementes.
Dose: 5 gramas para um litro de água; uma ou duas xÃcaras por
dia.
68 - ANIL-TREPADOR (Vitis sicyoides, Cissus tinctoria)
FamÃlia: Vitáceas.
SinonÃmia: Tinta-dos-gentios, uva-brava, caà vurana-de-cunhã.
CaracterÃstica: Planta trepadeira de flores amarelas.
Habitat: Do Ceará ao Rio de )aneiro.
Valor terapêutico: Ó empregado no tratamento da hidropisia e dc
reumatismo. Usa-se a raiz, em decocção.
69 - ANINGA (Montrichardia arborescens)
FamÃlia: Aráceas.
SinonÃmia: Aninga-uba, aninga-uva, aninga-de-espinho, aninga-do-
-pará, aninga-perê, banana-de-macaco, imbê-da-praia, imberana.
Outro idioma: Mucu-mucu (Guiana Francesa).
CaracterÃsticas: Planta herbácea. As fibras grossas e compridas,
da haste, são empregadas na fabricação de cordas.
Habitat: Nas margens pantanosas dos rios e lagos, e nas depres-
sões das várzeas.
Valor terapêutico: As folhas machucadas, em cataplasmas, são
empregadas como resolutivas.
A raiz, reduzida a pó, tem aplicação como drástico e diurético.
70 - ANINGA [Arum leniferum)
FamÃlia: Aráceas.
SinonÃmia: Aninga-açu, aninga-uba.
PLANTAS MEDICINAIS 463
CaracterÃsticas: Arbusto de 2 a 3 m de altura. Folhas de uns 35
cm de comprimento.
Habitat: Comum nos brejos e lugares úmidos,
Valor terapêutico: O suco é útil para curar úlceras. O decocto
das folhas é indicado no tratamento do reumatismo.
71 - ANINGA-D'ÓGUA (Caladium spinescens)
FamÃlia: Aráceas.
CaracterÃsticas: Planta parecida com o tinhorão. Sementes comes-
tÃveis quando assadas.
Habitat: Norte do Brasil.
Valor terapêutico: Aplicam-se as folhas nas úlceras gangrenosas.
72 - ANINGA-PÓRA (Dieffembachia seguine)
FamÃlia: Aráceas.
SinonÃmia: Cana-marona, cana-de-imbê.
CaracterÃstica: Planta herbácea.
Habitat: Nos terrenos pantanosos e abertos, na Amazônia.
Valor terapêutico: Por ser extremamente tóxica, não se faz uso in-
terno desta planta.
O suco das folhas, aplicado topicamente, acalma a dor em caso
de picada da formiga tekandera.
O decocto das folhas, em gargarejos, é útil na angina, mas é pre-
ciso ter o cuidado de não ingeri-lo.
O mesmo decocto, em loções, é bom para combater as inflama-
ções edematosas.
A tintura da raiz, em loções, é usada contra o prurido das partes
genitais.
73 - ANINGA-PARI (Melastoma parviflora)
FamÃlia: Melastomáceas.
CaracterÃsticas: Arbusto. Folhas opostas, elÃpticas. Flores róseas.
Fruto: cápsula contendo inúmeras sementes miúdas.
Valor terapêutico: As folhas frescas e amassadas ou secas e pulve-
rizadas têm aplicação no curativo das úlceras.
74 - ANIS (Pimpinella anisum, Anisum officinalis, Carum anisum)
FamÃlia: UmbelÃferas.
<012>
PLANTAS MEDICINAIS 465
SinonÃmia: Erva-doce.
CaracterÃsticas: Planta de 30 a 50 cm de elevação. Haste erecta,
cilÃndrica, estriada, canaliculada, pubescente, ramificada superiormen-
te. Folhas alternas, amplexicaules, verde-escuras. Inflorescência em
umbelas de 8 a 12 pedúnculos. Flores brancas, pequenas.
Habitat: Cultivado nas hortas.
87- oraticum - alvadio
74 - anis
Valor terapêutico: Combate os gases do estômago e intestinos e
as cólicas do ventre, e favorece a ação digestiva. Ó bom contra a
azia.
Aumenta o leite das lactantes.
O azeite das sementes, com que se fricciona a cabeça, é bom pa-
ra matar piolhos.
Com o azeite fricciona-se o ventre para acalmar as cólicas.
O anis também dá bom resultado nas diarréias, especialmente das
crianças.
Parte usada: Sementes, por infusão.
Dose: 10 a 15 gramas para 1 litro de água; 4 a 5 xÃcaras por dia.
75 - APÓ (Urospatha caudata)
FamÃlia: Aráceas.
CaracterÃstica: Planta herbácea.
Habitat: Pará e Amazonas.
Valor terapêutico: O suco do apé, especialmente do rizoma, é
útil no tratamento das impigens.
80 - araçá- vermelho
464
76 - APEÓBA (Apeiba tibourbou)
FamÃlia: Tiliáceas.
SinonÃmia: Jangada, jangadeira, pau-de-jangada, pau-fofo, embira-
-branca.
Outro idioma: Tibourbou (Guiana Francesa).
CaracterÃsticas: Órvore alta. Madeira esponjosa, leve. Folhas cor-
diformes, lanceoladas, serrilhadas. Fruto espinhoso.
Habitat: Comum em muitas partes do Brasil.
Valor terapêutico: O decocto da entrecasca é vermÃfugo eficaz.
<012>
466 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA PLANTAS MEDICINAIS 467
I.
77 - APERTA-RUÓO [Piper aduncum, Piper scabrum, Piper
celtidifolium, Piper lanceolatum, Piper arborescens, Stephensia
adunca, Arthante adunca)
FamÃlia: Piperáceas.
SinonÃmia: Tapa-buraco, jaborandi-do-mato, jaborandi-falso, pi-
menta-de-fruto-ganchoso, erva-de-jabuti, matico-falso.
CaracterÃsticas: Arbusto de até 1 metro de altura. Folhas ovais.
Fruto em forma de espiga.
Valor terapêutico: O aperta-ruão é adstringente. Os frutos são
diuréticos e resolutivos.
Em banhos usam-se as sementes no tratamento das feridas.
As folhas, em banhos demorados, têm sido usadas nos casos de
queda do útero.
Com as folhas prepara-se um chá (20:1000) bom para combater as
hemorragias.
O mesmo chá é igualmente indicado contra, as diarréias. Nos ca-
sos mais rebeldes, fazem-se lavagens intestinais com o chá, acrescen-
tando-se uma colherinha de pó das mesmas folhas.
Também nas moléstias do fÃgado e na blenorragia este chá presta
bom serviço.
Ern casos de mau hálito, mascam-se folhas, cascas ou raÃzes de
aperta-ruão. para perfumar a boca.
78 - APUÓ (Clusia insignis, Clusia grandiflora)
FamÃlia: GutÃferas ou gutiferáceas.
SinonÃmia: Mata-pau, cebola-grande-da-mata, guapoÃ, figueira-
-amaldiçoada.
CaracterÃsticas: Trepadefra epÃfita, que se enrosca nas árvores,
matando-as. Flores grandes, lindas, brancas por fora e castanho-pur-
púreas por dentro (Clusia insignis) ou róseo-pálidas [Clusia grandiflo-
ra).
Habitat: Amazôn ia.
Valor terapêutico: A resina que exsuda das Clusias, e de que se
servem os Ãndios para besuntar suas canoas, é purgativa.
Das flores se extrai uma resina amarelo-avermelhada que, mistura-
da com manteiga de cacau, se aplica sobre os bicos dos seios racha-
dos, nas lactantes.
79 - ARAÓÓ-DA-PRAIA (Psidium littorale)
FamÃlia: Mirtáceas.
CaracterÃsticas: Órvore alta. Fruto piriforme, agridoce.
Habitat: Vegeta nas proximidades do mar.
Valor terapêutico: Usa-se contra a hemorragia.
80 - ARAÓÓ-VERMELHO (Psidium cattleyanum, Psidium variabile)
FamÃlia: Mirtáceas.
SinonÃmia: Araçá-da-praia, araçá-de-comer, araçá-do-campo, ara-
çá-do-mato, araçá-pêra, araçá-piranga, araçá-rosa, araçá-de-coroa.
CaracterÃsticas: Arvore ou arbusto. Fruto: cerea vermena ou
amarela.
Habitat: Freqüente nas zonas litorâneas.
Valor terapêutico: Ó uma planta apregoada por suas virtudes anti-
hemorrágicas.
81 - ARAMINA (Urena lobata)
FamÃlia: Malváceas.
SinonÃmia: Guaxuma, uaicima, uaixima, uacima, guaxima-macho,
guaxima-roxa, ibaxama, malva-roxa-recortada, malvaÃsco, rabo-de-fo-
guete, caquibosa.
CaracterÃsticas: Planta herbácea, arbustiva. Folhas alternas, ar-
redondadas, lobuladas (com uns 8 lóbulos), algo aveludadas. Flores
róseas, roxas ou violáceas. Fruto: carrapicho. As fibras servem para
cordas e estopa.
Habitat: Em quase todo o PaÃs.
Valor terapêutico: As folhas são emolientes: utilizam-se em todas
as inflamações.
A raiz, em decocção, é empregada contra as cólicas abdominais.
As flores são expectorantes: usam-se- especialmente nas tosses se-
cas e inveteradas.
0 decocto das sementes trituradas é um antelmÃntico eficaz.
82- ARAPABACA (Spigelia anthelmia)
FamÃlia: Loganiáceas.
SinonÃmia: Arapacaba, lombrigueira, erva-lombrigueira.
; Outro idioma: Brinvilli“re (Guiana Francesa).
<012>
468 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA
CaracterÃsticas: Arbusto. As folhas, ovais, se cruzam no topo do
caule. Flores róseas, em espigas terminais.
Valor terapêutico: As folhas frescas, espalhadas pelo chão, servem
para afugentar baratas.
A planta toda, mormente a raiz, é empregada como vermÃfugo,
mas convém saber que é tóxica em dose superior a 3 gramas.
83 - ARAPARI-DA-VÓRZEA (Macrolobium acaciaefolium)
FamÃlia: Leguminosas.
SinonÃmia: aveira, fava-de-tambaqui.
CaracterÃsticas: Órvore média ou grande, muito elegante. Madeira
ruiva. Flores esbranquiçadas, com estames purpúreos.
Habitat: Nas margens dos rios e lagos, na Amazônia.
Valor terapêutico: A casca, adstringente, é útil contra a diarréia.
84 - ARAPOCA-VERMELHA (Galipea rubra)
FamÃlia: Rutáceas.
CaracterÃsticas: Órvore. Folhas lanceoladas, alternas.
Valor terapêutico: A casca e o fruto têm larga aplicação na medi-
cina caseira, no tratamento das febres palustres.
85 - ARARACANGA (Aspidosperma desmanthum)
FamÃlia: Apocináceas.
SinonÃmia: Araraúba-da-terra-firme.
CaracterÃsticas: Órvore grande. Madeira castanho-amarela, clara.
Habitat: Na terra firme, úmida, da Amazônia.
Valor terapêutico: A araracanga encerra propriedades febrÃfugas.
Parte usada: Folhas.
86 - ARARA-TUCUPÓ (Parkia oppositifolia)
FamÃlia: Leguminosas-mimosáceas.
SinonÃmia: Arara-tucupi, japacanim, paricá (Pará), visgueiro (Pa-
rá).
CaracterÃsticas: Órvore grande. Madeira branca, leve. Copa lar- ,
ga, chata, em forma de chapéu-de-sol. Flores brancas e amareladas,
em capÃtulos.
Habitat: Na mata de terra firme, arenosa, na Amazônia.
PLANTAS MEDICINAIS 469
Valor terapêutico: A casca fresca, adstringente e anti-hemorrági-
ca, é empregada para lavar feridas e úlceras.
- ARATICUM-ALVADIO (Anona exalbida, Rol linia exalbida)
FamÃlia: Anonáceas.
SinonÃmia: Araticum-de-santa-catarina, fruta-de-conde-pequena,
87
imbira.
CaracterÃstica: Órvore pequena.
Habitat: Nos estados do Sul.
Valor terapêutico: O fruto é emoliente
ticas.
As folhas são anti-reumá-
88 - ARATICUM-APÓ (Anona silvatica)
FamÃlia: Anonáceas.
SinonÃmia: Araticum-da-mata.
CaracterÃsticas: Órvore. Fruto parecido com o fruto-do-conde.
Habitat: Nas florestas, em diversos Estados do Brasil.
Valorterapêutico: As folhas, aplicadas quentes, apressam a supu-
ração. O banho de vapor, com o decocto das folhas, é bom para
combater as febres intermitentes. As folhas encerram, outrossim, pro-
priedades antissifilÃticas. Os grelos, em infusão, aliviam as cólicas.
89 - ARATICUM-DA-MATA (Rollinia silvatica)
FamÃlia: Anonáceas.
SinonÃmia: Araticum-do-mato, araticum-do-morro, araticum-gran-
de, pasmada-do-mato.
CaracterÃstica: Órvore pequena.
Habitat: Em vários Estados do Brasil.
Valor terapêutico: Os frutos servem para a fabricação de uma be-
bida refrigerante e estomáquica. Os frutos e as folhas são úteis con-
tra a disenteria, as anginas e as aftas.
90 - ARATICUM-DE-ESPINHO (Anona spinescens)
FamÃlia: Anonáceas.
SinonÃmia: Araticum-da-beira-do-rio, araticum-do-alagadiço, arati-
cum-do-brejo, araticum-do-rio.
CaracterÃstica: Arbusto.
Habitat: Nos Estados do Sul do Brasil.
<012>
470 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA
Valor terapêutico: A polpa do fruto é emoliente e depurativa. O
decocto quente das folhas e das cascas, em banhos, é útil contra o
reumatismo.
91 - ARATICUM-DO-BREJO (Anona glabra, Anona palustris)
FamÃlia: Anonáceas.
SinonÃmia: Araticum-paná, araticum-caca, araticum-cortiça, arati-
cum-de-boi, araticum-de-jangada, araticum-do-mangue, araticum-da-
-praia, araticum-da-água, araticum-da-lagoa, cortiça, maçã-de-cobra,
mulolo. .
Outros idiomas: Corossol sauvage (Guiana Francesa), Alligator
apple ()amaica).
CaracterÃsticas: Órvore pequena ou arbusto. Madeira pardo-escu-
ra. Fruto parecido com a graviola ou jaca-do-pará, porém muito me-
nor e arredondado.
Habitat: Nos manguezais da costa, na Amazônia.
Valor terapêutico: O fruto é vermÃfugo e emoliente. As folhas,
em infusão, são antelmÃnticas. Também nos casos de reumatismo as
folhas dão bons resultados.
92 - ARATICUM-DO-CAMPO (Anona coriacea)
FamÃlia: Anonáceas.
SinonÃmia: Araticum-dos-lisos.
CaracterÃstica: Órvore pequena.
Valor terapêutico: As sementes raladas são adstringentes. Têm
aplicação contra a diarréia crônica.
93 - ARATICUM-DOS-GRANDES (Anona dioica)
FamÃlia: Anonáceas.
SinonÃmia: Araticum-grande, araticum-do-campo, ata, marolinho,
pinha.
CaracterÃstica: Órvore pequena.
Habitat: Em muitos Estados do Brasil.
Valor terapêutico: O fruto é emoliente. As folhas são emprega-
das como anti-reumáticas.
94 - ARATICUM-DO-MATO (Anona longifolia)
FamÃlia: Anonáceas.
PLANTAS MEDICINAIS 471
SinonÃmia: Envireira.
Outro idioma: Corossol pinaioua (Guiana Francesa).
CaracterÃsticas Órvore média. Madeira branca. Fruto da grossura
de uma maçã, de polpa vermelha, deliciosa.
Habitat: Amazônia.
Valor terapêutico: O araticum-do-mato tem aplicação como anti-
-reumático.
Partes usadas: Folhas e frutos verdes.
95 - ARATICUM-DO-PARÓ (Anona sericea)
FamÃlia: Anonáceas.
Outro idioma: Guimané savane (Guiana Francesa).
CaracterÃstica: Órvore pequena.
Habitat: Amazônia.
Valor terapêutico: O araticum-do-pará é empregado como anti-
-reumático.-
Partes usadas: Casca e folhas.
96 - ARATICUM-MANSO (Anona asiatica)
FamÃlia: Anonáceas.
Outro idioma: Anon (Haiti).
CaracterÃsticas: Órvore pequena. Fruto comestÃvel, mucilaginoso
e aromático.
Valor terapêutico: Os frutos são aconselhados aos convalescentes
das enfermidades febris. Verdes, são adstringentes e recomendados
contra as aftas. As folhas cozidas são empregadas contra o reumatis-
mo.
97 - ARATICUM-PONHÓ (Anona Marcgravii)
FamÃlia: Anonáceas.
SinonÃmia: Araticum-de-paca, araticum-panã.
CaracterÃstica: Órvore.
Valor terapêutico: O decocto dos frutos verdes é útil contra as
aftas.
98 - ARIÓ (Thalia lutea, Maranta lutea, Calathea alluia)
FamÃlia: Marantáceas.
SinonÃmia: Uariá.
<012>
472 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA
Outro idioma: Topinambour blanc [Martinica).
CaracterÃsticas: Planta herbácea. Tubérculos piriformes, brancos,
comestÃveis depois de cozidos.
Habitat: Amaznia.
Valor terapêutico: Emprega-se contra a retenção da urina, em ca-
so de cistite.
Parte usada: Folhas, por decocção.
99 - ARICURI (Cocos coronata)
FamÃlia: Palmáceas.
SinonÃmia: Aracuri, alicuri, ariri, aracui, nicori, coqueiro-dicori,
ouricuri, uricuri.
CaracterÃsticas: Palmeira mediana. Tronco eriçado de fragmentos
de folhas velhas.
Habitat: Comum na Bahia, em Alagoas e em outros Estados.
Valor terapêutico: O suco deste coco, verde, espremido, tem apli-
cação na cura da oftalmia.
100 - ARINGA-IBA (Caladium arborescens)
FamÃlia: Aráceas.
CaracterÃstica: Arbusto parecido com o tinhorão, porém mais al-
to.
Valor terapêutico: Tem propriedades resolutivas e combate as do-
res articulares.
Parte usada: Folhas.
101 - AROEIRA (Schinus terebinthifólius, Schinus antarthritica,
Sthinus aroeira)
FamÃlia: Anacardiáceas.
SinonÃmia: Aroeira-mansa, aroeira-vermelha, araguaraÃba, corneÃ-
ba, cambuÃ, fruto-de-sabiá.
CaracterÃsticas: Órvore pequena. Ramos foliosos, mais ou menos
empubescidos. Folhas compostas, imparipenadas. FolÃolos (2 a 7 pa-
res) sésseis, oblongos, serreados. Inflorescência em panÃculas termi-
nais. Frutos globulosos, avermelhados, pequenos.
Valor teraputico: A aroeira é boa para combater as febres, o reu-
matismo e a sÃfilis.
PLANTAS MEDICINAIS 473
Os homeopatas aconselham esta planta nos casos de atonia mus-
cular, distensão dos tendões, artrite, reumatismo, fraqueza dos órgãos
digestivos, tumores.
Emprega-se empiricamente, em fomentações, para combater afec-
ções reumáticas e tumores linfáticos.
As folhas são dotadas de propriedades balsâmicas, pelo que se
usam para curar úlceras.
Devido aos seus efeitos adstringentes, as cascas são contra a diar-
réia e as hemoptises. Usam-se 100 gramas para 1 litro de água. Pode
adoçar-se com açúcar. Tomam-se 3 a 4 colheres, das de sopa, ao
dia.
Aplica-se também contra a ciática, a gota e o reumatismo. Pre-
para-se um cozimento na proporção de 25 gramas de cascas para 1 li-
tro de água. Toma-se diariamente um banho de 15 minutos, tão
quente como se possa suportar.
A aroeira de que aqui estamos falando, não deve ser confundida
com as aróeiras bravas ou trroeiras brancas, entre as quais se destaca
a Lithraea molleoides. Estas são extremamente cáusticas. O simples
cheiro das mesmas, ou as partÃculas que delas se desprendem ao se-
rem cortadas, a seiva ou a madeira seca, ou mesmo a terra em que
crescem suas raÃzes podem causar uma afecção cutânea semelhante Ã
urticária, edema ou eritema. Para estes casos, as lavagens com o de-
cocto das folhas da aroeira mansa são um remédio eficaz.
Estas lavagens são boas também contra a erisipela e outras molés-
tias provocadas por bactérias e que se manifestam em forma de ede-
ma ou eritema.
Há também outras espécies de aroeiras mansas: a Schinus wein-
manniafolius, conhecida pelos nomes populares de aroeira-rasteira,
aroeira do campo, almecegueira e lentisco; a Schinus molle, popular-
mente conhecida por aroeira, aroeira mole; e outras. Prestam-se para
os mesmos fins curativos.
102 - AROEIRA-DO-SERTÓO (Astronium orindeuva)
famÃlia: Anacardiáceas.
SinonÃmia: Aroeira-orundeuva, aroeira-preta, orundei-iba, orundei-
-pita.
CaracterÃsticas: Órvore excelsa. Lenho muito durável.
<012>
474 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA
Valor terapêutico: O decocto da casca é bom contra a diarréia.
Em banhos, usa-se para combater úlceras de mau caráter.
103 - ARRAIA-DO-MATO (Bignonia echinata)
FamÃlia: Bignoniáceas.
SinonÃmia: Arcunã.
CaracterÃsticas: Arbusto cor de rosa. Flores róseas. Fruto: Cápsu-
la.
Valor terapêutico: Ó uma planta vulnerária, anti-sifilÃtica, sudorÃfi-
ca
Parte usada: Raiz.
104 - ARREBENTA-CAVALOS (Solanum arrebenta, Solanum aculea-
tissimum, Solanum agrarium)
FamÃlia: Solanáceas.
SinonÃmia: Melancia-da-praia (Pernambuco), baba (Bahia), mingo-
la (Alagoas), arrebenta-boi, bobó, juati. Em S. Paulo, Minas e Rio é
que se chama arrebenta-cavalos.
CaracterÃsticas: Erva espinhosa, cujos ramos se elevam até uns 50
cm. Haste e folhas cheias de espinhos. Folhas pecioladas, lobadas,
relativamente grandes. Flores reunidas em pequenos grupos, forman-
do estrelas verde-amareladas. O fruto contém uma massa branca,
prateada, semi-esponjosa, muito doce, e muitas sementes reniformes.
F. C. Hoehne, em sua obra "Plantas e Substâncias Vegetais Tóxi-
cas e Medicinais", pág. 256, alega que as crianças comem a casca
"sem dano para si". E acrescenta que, "se existem princÃpios tóxicos,
os mesmos devem existir nas sementes".
M. Penna, em seu livro "Notas Sobre Plantas Brasileiras", pág.
417, diz: "Os cavalos, quando comem os frutos, morrem; e as vacas,
se não morrem, transmitem pelo leite todas as propriedades tóxicas."
Valor terapêutico: Emprega-se exteriormente para fazer desapare-
cer os panos (manchas) da pele; na urticária também se aplica.
Parte usada: Fruto.
105 - ARROZ (Oryza sativa)
9I - araticum -do - brejo
475
92- araticum-do-campo
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A flora nacional na medicina doméstica vol. 2 - prof. afons balbach

  • 1. A FLORA NACIONAL NA MEDICINA . DOMESTICA - VOL.I I ; ; ;. i PRÓF. ALFONS BALBAH 15a EDIÓÓO EDIÓÓES "A EDIFICAÓÓO DO LAR" R. Amaro B. Cavalcanti, 624 - Tel. 295-3353 - C. P. 483l1 - 01000 S. Paulo, SP <012> 3. a Parte PLANTAS MEDICI NAI S <012> A A P L I CAção DAS PLANTAS NA MEDICINA DOM Ó ST I CA Os antigos egÃpcios, que se desenvolveram na arte de e balsamar os cadáveres para guardá-los da deterioração, experimentaram itas plantas, cujo poder curativo descobriram ou confirmaram. Nascia, as- sim, a fitoterapia. Naqueles velhos tempos, as plantas eram muitas vezes escolhidas por seu cheiro, pois que se cria que certos aromas afugentavam os es- pÃritos das enfermidades. Essa crença continuou até à Idade Média, quando os médicos usavam, no nariz, um aparelho para perfumar o ar que respiravam. Os egÃpcios, que então estavam relativamente adiantados também na arte de curar, usavam, além das plantas aromáticas, muitas outras, cujos efeitos bem conheciam, como seja a papoula (sonÃfera) a cila (cardÃaca), a babosa e o óleo de rÃcino (catárticos), etc. O papiro descoberto por Ebers, em 1873, está repleto de receitas médicas em que entravam plantas em mistura com outras substâncias.
  • 2. Em medicina, os velhos babilônios eram tão adiantados como os egÃpcios. No código de Hamurabi, que viveu mais ou menos no tem- po do patriarca Abraão, encontra-se uma importante regulamentação sobre o exercÃcio da medicina e da prescrição de remédios. A lei pre- via rigorosa punição para quem exercesse impropriamente a profissão médica. Havia até pena de morte para o médico que cometesse um erro grave ou não tratasse devidamente alguma pessoa de destaque na sociedade. Como no Egito, também na Babilônia a medicina combinava o poder curativo (ou supostamente curativo) de certas substâncias com (405) <012> % / / )/ ! 406 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA asses de magia. Dos espÃritos invocados, um tinha, por exemplo, a P , missão de expulsar, ou ajudar a expulsar, o 'verme que causava dor de dente". Os assÃrios, que também eram adiantados em medicina, incluÃam, no seu receituário, nada menos de 250 plantas terapêuticas, entre as quais o açafrão, a assa-fétida, o cardamomo, a papoula, o tremoço, etc. Hi ócrates (460-361 a.C.), da Grécia, que é considerado o pai da P medicina, empregava centenas de drogas de origem vegetal. Teofrasto (372-285 a. C.), em sua história das plantas, catalogou nada menos de 500 espécimens vegetais. Crateus, que viveu no século I antes de Cristo, publicou a primei- ra obra de que se tem conhecimento na história - o Rhizotomi- kon - sobre plantas medicinais, com ilustrações. Dioscórides, o fundador da "matéria médica", no século I da era cristã, publicou um livro em que fez uma lista de 600 plantas medici- nais. PlÃnio, o Velho, que também viveu no século I da nossa era, e cuja enciclopédia constava de 37 volumes, catalogou igualmente as espécies vegetais úteis à medicina. Foi talvez em base da teoria PlÃnio - segundo a qual havia para cada enfermidade uma planta especÃfica - que se desenvolveu a dou- trina dos signos, cujos paladinos afirmavam que cada planta trazia em si mesma o sinal de sua utilidade na medicina. Tratava-se apenas de saber interpretar corretamente os indÃcios existentes. Da ciência fitoterápica dos gregos, romanos e outros povos, to- maram conhecimento os árabes. Abd-Allah Ibn AI-Baitar, que viveu no século XIII, e que foi o maior especialista árabe no campo da bo- tânica aplicada à medicina, viajou por muitos paÃses em busca de da- dos que necessitava para seu livro. Produziu uma obra muito valiosa, em que descreveu mais de 800 plantas. A Botânica sempre andou de mãos dadas com a Medicina, numa união indissolúvel, e nunca poderÃamos pensar em divorciar uma da outra. Em todo o mundo se conhecem hoje inúmeros remédios vegetais
  • 3. de iricalculável valor para a farmacopéia moderna. Foram recentemente publicados diversos trabalhos que insistem numa investigação mais profunda das propriedades medicinais das PLANTAS MEDICINAIS 407 plantas, e o que é especialmente importante para nós é que a Flora Brasileira é focalizada nos estudos de âmbito internacional no terreno da fitoterapia. A própria UNESCO tem estimulado programas mun- diais de pesquisa nesse campo. No que diz respeito, por exemplo, aos estudos sobre a terapêutica do câncer, lemos no "Estado" de 2/4/1967 que "mais de 1500 extratos de lantas foram estudados pelo Serviço Nacional Central de Quimio- p , g " á se co- ; terapia do Câncer dos Estados Unidos', e que, até a orá, j i nhecem cerca de 750 espéc e plan i ies d tas que apresentjm atividades I sobre o câncer experimental". Fazemos votos para que, um dia, a rica flora nacionáIeja apro- veitada, muito mais do que está sendo, para abençoar a hu anidade. , , 0 que os pais de famÃlia e as donas de casa devem saber A terapêutica vegetal tem acusado crescente sucesso, pelo que não poucos médicos, desiludidos com a medicina oficial, alópata, usam as plantas com grande proveito na cura das moléstias. As plantas, exceto as venenosas, só podem fazer bem. Nutrem o corpo, purificam o sangue e preparam o organismo para resistir contra a doença. Por isso, toda pessoa, especialmente os pais de famÃlia e as donas de casa, deviam entender do preparo e aplicação de remédios caseiros da rica e variada flora medicinal brasileira. Para que as plantas medicinais nada percam do seu valor curati- vo, devem ser colhidas quando não estão molhadas de orvalho. Se- camse à sombra, porque os fortes raios solares tiram das plantas, de- pois de arrancadas, uma parte das substâncias curativas, que se eva- _ poram quando expostas ao sol. As raÃzes devem ser bem lavadas e picadas em pedacinhos, antes de serem postas a secar. Quando já secas as ervas, à sombra, como dissemos, examinam- -se é separam-se as partes estragadas. Conserva-se somente o que é bom. As folhas, flores, talos e raÃzes picados guardam-se então em caixas, em lugar seco. De vez em quando é bom tornar a examiná-las, a ver se estão apanhando umidade, caso em que é necessário secá-las de novo. As que cheiram a mof.o,já não servem para fins curativos. <012> 408 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA Deve-se rotular as caixas cuidadosamente, indicando em cada ca- so a espécie de erva contida, para evitar confusão. Deste modo cada qual pode ter, em casa sua própria farmácia herbácea. As ervas curativas podem ser aplicadas de diversas maneiras, e é muito importante que toda pessoa que pretenda adotar este sistema de cura conheça bem seus vários modos de aplicação.
  • 4. Citamos os seguintes: 1. Chás De várias maneiras se prepara um chá, a saber: a. Como tisana - Pe-se água numa panela e, quando estiver fervendo, acrescentam-se as ervas. Tapa-se de novo. Deixa-se ferver mais uns cinco minutos, e tira-se do fogo. Deixa-se repousar alguns minutos, bem tapado, coa-se e pronta está a tisana. b. Em infusão - Esta forma consiste em despejar água fervendo sobre as ervas, numa vasilha, e deixá-las repousar assim, bem tapa- das, durante uns 10 minutos. Para este preparo são mais apropriadas as folhas e flores. Os talos e raÃzes também podem preparar-se por infusão, mas devem ser picados bem fino e ficar em repouso durante uns vinte ou trinta minutos, depois de se deitar água fervendo em ci- ma. c. Em decocção - Deitam-se as plantas numa vasilha e verte-se água fria em cima. A duração do cozimento pode variar entre 5 a 30 minutos. Flores, folhas e partes tenras basta cozer 5 a 10 minutos. Partes duras, como sejam: raÃzes, cascas, talos, picam-se em pedaci- nhos e cozinham-se 15 a 30 minutos. Tira-se a vasilha do fogo e con- serva-se tapada durante alguns minutos mais; depois coa-se. Esta for- ma é mais recomendável para as cascas, raÃzes e talos. d. Em maceração - Pem-se de molho as ervas em água fria, durante 10 a 24 horas, segundo o que se queira empregar. Folhas, flores, sementes e partes tenras ficam 10 a 12 horas. Talos, cascas e raÃzes brandos, picados, 16 a 18 horas. Talos, cascas e raÃzes duros, picados, 22 a 24 horas. Coa-se. O método da maceração oferece a vantagem de que os sais minerais e as vitaminas das ervas são apro- veitados. Não só para fins medicinais se usam os chás, senão também co- mo bebida, quente ou fria, em substituição ao chá preto e ao chá mate, que são prejudiciais. PLANTAS MEDICINAIS 409 Como as raÃzes, talos e cascas requerem, para cozinhar, mais mpo que as flores, folhas e partes tenras, recomendamos que estas r guardadasem separado daqueles. Pelo mesmo motivo, o pre- , chá também deve ser feito em separado, isto é, flores e to- ca co s e cozinham juntamente com talos; raÃzes e cascas, assim cozinha o arroz junto com o feijão. `e, salvo casos especiais, a dose diária para os c"ás é: J c 6 qa'o um litro de água, ou seja, uma colher (de sopa) F e o f e chá. Tomam-se quatro ou cinco xÃcaras por dia. Es. 4 ao a' adultos. Para jovens de 10 a 15 anos, três a A a quat ã1,. co 310 anos duas a três xÃcaras crianças de 2 a 5 anos, l'o , crianças de 1 a 2 anos, meia xÃcara a uma xÃca- ra; para ci, dis novas, diminui-se aiida mais a quantidade. As indica, ,ue acabamos de fazer, valem para as folhas fres- cas. As secas sbem mais leves, pelo que a dose deve ser reduzida para a metade. Assim, por exemplo, em vez de se empregarem 20 gramas de folhas verdes, empregam-se 10 gramas de folhas secas. E como irá o leitor, não tendo balança própria, arranjar-se com estes pesoc - 5, 10, 15, 20 gramas, étc.? Ó muito fácil. Usará ape- rÃas uma colher das de sopa. Uma colherada de folhas verdes pesa 5 gramas aproximadamente; Uma colherada de folhas secas pesa 2 gramas aproximadamente. Boa praxe é começar com uma quantidade menor e aumentá-la, aos poucos, dia a dia. Fazemos esta indicação para que as pessoas inexperientes no tra- tamento com ervas, e acostumadas a observar doseamentos exatos pa-
  • 5. ra remédios farmacêuticos, tenham alguma orientação. Em geral, to- davia, em se tratando de plantas, a dose não necessita ser muito exa- ta. As ervas medicinais não oferecem os perigos que espreitam nos produtos quÃmicos. Salvo casos excepcionais, a quantidade pode va- riar sem dano algum. Ninguém morrerá envenenado se tomar algu- mas xÃcaras a mais ou a menos. Para gargarejos, inalações, compressas e outros fins externos, usam-se naturalmente doses mais tortes. Os chás de ervas devem ser tomados, preferivelmente, de manhã, em jejum, é à noite, antes de deitar-se. Bom efeito têm também quando tomados aos poucos, a saber, um gole (ou uma colherada) de hora em hora. <012> 410 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA Para preparar os chás nunca devem empregar-se utensÃlios de metal, senão de barro, louça ou esmaltados. O mesmo vale também para o preparo de sucos de frutas ou verduras. Por ser perigosa, nun- ca deve deixar-se uma colher de alpaca dentro do chá ou suco. Não se devem adoçar os chás com açúcar, pois o melhor é tomá- -Gos ao natural. Quem, todavia, quiser adoçá-los, deve empregar mel, que é também um meio curativo. O mel tem efeito medicinal. Recomendamos, portanto, adoçar o chá com mel no tratamento da garganta e do peito, para combater os catarros. O mel é bom dissolvente nas obstruções várias. Ó também emoliente, laxativo, sudorÃfico, depurativo. O açúcar, principalmente o quimicamente branqueado, não o re- comendamos. Sempre que possÃvel, deve-se preferir o mel. Para resfriados, catarros, afecções da garganta e do peito, obstru- ções e cãibras, e para dissolver mucosidades, bem como para esquen- tar o corpo e provocar a transpiração, tomam-se chás quentes. Os chás de um dia para outro fermentam. Deve-se, por isso, pre- parar diariamente a porção necessária para um dia. Não se devem tomar chás ou outras bebidas quaisquer, nem água, juntamente com as refeições, senão uma hora antes ou duas horas depois, porque os lÃquidos tomados na refeição estorvam a digestão. Não se deve tomar o mesmo chá por tempo muito prolongado. De dez em dez dias, mais ou menos, é bom variar o tipo de chá, por- que a mesma qualidade, depois de algum uso, tem seu efeito curativo diminuÃdo. 2. Sucos Se os chás são benéficos, muito mais o são os sucos crus das er- vas. Infelizmente, nem sempre podemos obtê-las frescas. A estação do ano ou o lugar em que moramos muitas vezes só nos permitem obter inúmeras delas em estado seco, da provisão que temos em casa ou da ervanaria. Mas, sempre que possÃvel, devemos usá-las frescas. O suco se obtém facilmente triturando as ervas com um pilão ou moendo-as na máquina de moer carne. Passam-se, em seguida, por um coador. A dosagem normal para os sucos é a seguinte: PLANTAS MEDICINAIS 411 Adultos: cinco gotas de suco em uma colher com água, de duas em duas horas; 10 a 15 anos: três gotas; infantes de 5 a 10 anos: duas
  • 6. gotas; crianças de 2 a 5 anos: uma gota; crianças de 1 a 2 anos: pin- ga-se uma gota de suco numa colher com água e dá-se só meia co- Iher; crianças de seis meses a um ano: um quarto de colher. Com a diminuição da idade, diminui-se a quantidade de suco, mas o interva- lo no tomar o remédio convém que seja sempre o mesmo: de duas em duas horas. Para facilitar ao leitor que muitas vezes não terá conta-gotas à mão, acrecentamos que, numa colherinha das de café, cabem mais ou menos 25 gotas. Os sucos se preparam no próprio momento em que se tomam; nunca se espremem com antecedência. 3. Saladas Ótimo resultado dá também o uso de ervas curativas em forma de saladas cruas. Para este fim, só servem os brotos e as folhas ten- ras. Diversos tipos de ervas misturados dão ainda melhor resultado. Certas ervas têm um gosto muito forte. Umas são amargas; outras são picantes. Neste caso pe-se mais de uma qualidade ou mais de outra qualidade, na mistura. Faça cada qual suas próprias experiências nes- te sentido, para ver o que Ihe vai melhor. A experiência adquirida é quase sempre o melhor mestre. "In medicina plus valet experimentia quam ratio", disse Boglive. Mas, advertimos outra vez, deve-se to- mar muito cuidado para não apanhar, por engano, ervas venenosas. Também aqui a experiência é essencial. Ótimas saladas cruas podem preparar-se com as seguintes ervas: dente-de-leão, lÃngua-de-boi, lÃngua-de-vaca, tanchagem, borragem, beldroega, salva, mil-em-rama, hortelã, cominho e muitas outras, apresentadas neste livro. 4. Sopas, guisados, etc. r Muitas ervas silvestres podem ser também preparadas em forma 1 de sopas, ensopados, guisados, omeletes, virados, etc. <012> (((((1)()(((()`,',1;n"""" r. 412 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA As refeições de ervas silvestres, além de salutares e nutritivas, têm a g s P vanta em de ser baratas. usar-se as mesmas ervas indicada ara Nestes preparos, podem p "saladas", e muitas outras, segundo recomendar a ex eriência. 5. Xaropes
  • 7. elos seus efeitos peitorais, e usadas Muitas plantas conhecidas P ecções das vias respira contra a tosse, a bronquite, e outras af qórias, P ue são medicamentos là uidos, podem entrar no preparo de xaro es, Q cos, decoctos ou misturando certos su viscosos, os quais se obtêm uente ou frio e to- macerados,.meio a meio, com mel. Prepara-se q ma-se à s colheradas. 6. Banhos e prestam, com bons resultaddilúvios et ex- As ervas também s , de assento, pe O terno, em forma de banhos de tronco é randemente ajudado quando acom- usu " elouso externo. Freqiientemente, uu -- panhado p p interno e exter- ples não consegue, consegue-o um ataque du lo- Desta maneira se pode obter uma ex- no - contra a causa do mal. venenosas, e conseqi.ente- pulsão mais rápida e eficaz das substãncias mente se apressa a cura. as para um bal- 0 gramas de erv A dosagem normal é de 500 a de d'água (30 a 60 gramas para um litro de água). Cozem-se as ervas durante 20 a 40 minutos, coam-se e deita-se o decocto na água que vai ser usada para o banho. Ó muito bo m acrescentar plantas medicinais - folhas de eucalip- to, cavalinha - à água do banho de vapor, para tratar inúmeras , etc. enfermidades. / chás --- sa I adas ,." xaropes /
  • 8. cataplasmas / / , Ij ! sucos : sopos r nhos r ga rga rejos 7. Cataplasmas As cataplasmas se empregam de vários modos, a sabe énte à par- a. Ervas frescas, ao natural, podem aplicar-se diretam te dolorida, inchada ou ferida. i ó / Ir , lavagens inolaçóes
  • 9. , , ,, ;, , l,/ ÓZEIT<028> azeites ungentos 413 <012> 414 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA b. Ervas secas em saquinhos, frias ou quentes, conforme o caso, usam-se para cãibras, nevralgias, dor de ouvido, etc. c. Em forma de pasta. Socam-se as plantas, formando uma pa- pa que se coloca sobre o lugar dolorido, diretamente ou entre dois panos. Quando não se tem ervas frescas para este fim, podem-se usar também ervas secas. Neste caso se deita água fervendo em cima das ervas, numa vasilha, tanta quanta necessária for para formar uma pas- ta. As cataplasmas têm efeito calmante sobre os inchaços, nevralgias, contusões, reumatismo, gota, furúnculos, supurações, etc. No preparo das mesmas, não se devem usar colheres de metal, especialmente as de alpaca, mas sim de madeira, pois as primeiras poderiam provocar envenenamento se permanecessem durante muito tempo na massa. d. Compressas. Usam-se, para este fim, panos bem limpos, bran- cos, finos. Cozinham-se as ervas em dose forte isto é, usa-se, para um litro de água, duas, três ou quatro vezes mais ervas que para um chá. Coa-se. No cozimento mergulha-se o pano, torce-se bem e apli- ca-se sobre a parte dolorida. 8. Gargarejos Prepara-se um chá por decocção de ervas medicinais. E, várias vezes por dia, preferivelmente de manhã, ao levantar-se, e de noite, antes de se deitar, enxágua-se bem a garganta, gargarejando. 9. Inalações Pem-se ervas medicinais em água, numa vasilha, a ferver. Ao l“vantar fervura, aproveita-se o vapor, aspirando-o por meio de um fu- nil de cartolina, previamente improvisado. Quem quiser, poderá tam- bém fazer um funil próprio, duradouro, de folhas de zinco. O cuidado que aqui se deve ter é o de não escaldar, porque o bafo da fervura é muito quente. 10. Lavagens Prepara-se um chá de ervas medicinais. Coa-se muito bem. In- troduz-se então por via anal, vaginal ou uretral, conforme o caso, usando-se para este fim um irrigador com bico próprio ou uma serin- PLANTAS MEDICINAIS 415 De preferéncia, deve-se injetar o lÃauido logo depois de o pacien- te ter evacuado ou urinado. Para facilitar a retenção, por algum tempo, do lÃquido introduzi- do, enfaixa-se, apertando bem, as nádegas do paciente. O que ainda ajuda a retenção é o paciente deitar-se de bruços se o lÃquido for in- jetado por via anal; e de costas se por outra via.
  • 10. Para os enférmos que não podem locomover-se para o banheiro, deve-se ter, à mão, um recipiente - como seja uma aparadeira (coma- dre) - para receber o lÃquido em devolução, ao ser expelido. Para adultos, a quantidade de lÃquido para uma lavagem intestinal é de dois litros. 11. Ungüentos Podem também preparar-se ungiientos com certas plantas curati- vas. Tomam-se diversas ervas frescas, como sejam: tanchagem, arni- ca, calêndula, hipericão, bardana, etc., e trituram-se, misturadas, com um pilão, óu passam-se pela máquina de moer carne. O suco que se obtém, mistura-se à gordura vegetal, de coco ou amendoim, ou à manteiga fresca. Aquece-se sobre o fogo até derreter. A isto pode-se acrescentar um pouco de cera de abelha, para formar ungiiento mais espesso. 12. Azeites Ao azeite também se podem misturar folhas, sementes e flores de ervas medicinais - por exemplo: de camomila, hipericão, alfaze- ma - para se obter um bom óleo curativo. Tapa-se bem a garrafa que contenha a mistura e expe-se diariamente ao sol, durante uns 15 dias. Coa-se depois. O óleo assim preparado serve para diversos fins de cura, internos e externos. ga <012> PLANTAS MEDICINAIS 417 CLASS I F I CAÓAO DOS V EG ETA I S Ao conjunto das plantas de uma determinada região dá-se o no- me de flora, e a ciência que estuda os vegetais é a Botânica. Há no mundo muitos milhares de plantas distintas, e precisamos classificá-las; do contrário, não poderemos reconhecer cada uma de- las, dentro do tão grande número que existe. Daà a necessidade de classificação. Para entendermos melhor em que consiste o ato de classificar, su- ponhamos que alguém que esteja no exterior, queira enviar uma carta a um parente radicado em qualquer parte deste vasto paÃs. Faz, pois, indicações do mais geral para o mais particular: a nação (Brasil), o es- tado (S. Paulo), a cidade (Santos), o bairro (Ponta da Praia), a rua (???), o número do prédio, o número do apartamento, o código pos- tal, o nome do indivÃduo. No reino vegetal, também recorremos a um processo de particula- rização crescente, classificando as plantas em grupos cada vez mais
  • 11. restritos. Assim, o reino vegetal se subdivide em ramos, estes em classes, estas em ordens, estas em famÃlias, estas emgêneros, estes em espécies. Quando caminhamos da espécie para o reino, vamos generalizan- do cada vez mais; e quando, ao contrário, caminhamos do reino para a espécie, vamos particularizando cada vez mais. As diferentes espécies de plantas atualmente conhecidas, são esti- madas em cerca de 350000. Distribuem-se os vegetais, inicialmente, em dois grandes ramos: 1. Fanerógamos ou espermatófitos (416) 2. Criptógamos Cada um desses ramos se subdivide em classes: 1. FANERÓGAMOS - Têm raiz, caule, folha e flor. Distin- guem-se as classes: angiospermos e gimnospermos. a. Angiospermos = Possuem os óvulos fechados num ovário en- cimado por pistilo, apresentando, pois, sementes no interior do fruto. Distinguem-se as ordens: monocotiledôneos e dicotiledôneos. - Monocotiledôneos - Têm um só cotilédone. Distinguem-se as famÃlias: liliáceas, gramÃneas, palmáceas. - Dicotiledôneos - Têm dois cotilédones. Distinguem-se as sub-ordens: dicotiledôneos dialipétalos, dicotiledôneos gamopétalos. d icoti ledôneos apétalos. Dicotiledôneos dialipétalos: Têm corola de pétalas livres umas das outras. Distinguem-se as famÃlias: ranunculáceas, rosáceas, legumino- sas, cariofiláceas, crucÃferas. Dicotiledôneos gamopétalos: Têm corola cujas pétalas são solda- das umas à s outras. Distinguem-se as famÃlias: solanáceas, labiadas, compostas. Dicotiledôneos apétalos: Não têm corola distinta. Distinguem-se as famÃlias: amentáceas, quenopodiáceas, urticáceas. b. Gimnospermos - Flores unissexuadas. Carpelos em que não se diferenciam estigma, estilete, ovário. As folhas carpelares são abertas, de modo que não se formam frutos verdadeiros. Óvulo ortó- tropo e recoberto de um só tegumento. Distinguem-se as famÃlias: gnetáceas (carpelo envolvendo o óvulo), cicadáceas (flores isoladas, não acompanhadas de brácteas, eixo vegetativo não ramificado), conÃ- feras. Esta última é a mais importante. 2. CRIPTÓGAMOS - Podem ter raiz, caule e folha, mas não se reproduzem por meio de flores, das quais são desprovidos. O apare- Iho reprodutor acha-se, por assim dizer, disfarçado, daà o serem essas plantas chamadas criptógamos, por alusão à sua "reprodução oculta". Os criptógamos vasculares, denominados pteridófitos, compreendem as classes: filicÃneas, eqiiissetÃneas, licopodÃneas; os criptógamos celu- lares constituÃdos de caule e folhas rudimentares chamam-se briófitos ou muscÃneas (umas 25000 espécies) e se distribuem em duas classes: musgos e hepáticas; os criptógamos celulares simplesmente formados por um talo. e por isso conhecidos como talófitos, compreendem as <012> 418 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA classes: fungos ou cogumelos (95000 espécies), algas (20000 espécies), lÃqu“ns, bactérias. Os pteridófitos, dos quais há umas 10000 espécies, têm gerações sexuada e assexuada alternantes. São, todavia, dotados de caules, raÃ- zes e folhas verdadeiros. Modernamente são reunidos aos angiosper- mos e gimnospermos, formando a divisão dos traqueófitos. a. FilicÃneas, filicales ou fetos - Caracterizam-se pela presença de folhas bem desenvolvidas, nas quais estão os esporângios, órgãos onde se formam os espórios, que são as células reprodutoras. O cau-
  • 12. le apresenta ramificação lateral. Compreendem as samambaias e avencas. b. EqüissetÃneas - Recebem o nome popular de cavalinhas. São plantas isosporadas, de pequeno porte, da grossura de um polegar e de alguns decÃmetros de altura, podendo à s vezes atingir mais de um metro. São formadas por rizomas subterrâneos que emitem brotos aéreos, articulados em nós sólidos e internódiós ocos. Os nós sólidos estão encaixados na extremidade superior do tubo formado pelo inter- nódio oco. Em redor de cada nó existe um verticilo de folhas alternas (pequenas escamas triangulares), de cujas axilas nascem ramificações de construção semelhante ao do broto principal. c. LicopodÃneas - São plantas pequenas, de folhas miúdas (mi- crofilas). São isosporadas, dotadas de um esporângio na axila de cada folha. Representadas por duas famÃlias: Iicopodiáceas e selaginelá- ceas. Os briofitos são dotados de caule e folha, mas não têm raiz ou flor. Na extremidade do caule se encontram os órgãos sexuais mascu- linos e femininos, rodeados de pequeninas folhas. Da fecundação da oosfera resulta o ovo que se desenvolve dando origem ao esporogô- nio, em cuja cápsula se formam os esporos. Graças à ruptura da cáp- sula, os esporos se libertam, e, no solo, germinam, dando origem a um protonema (filamento verde, ramificado), no qual se formam vá- rios brotos que se desenvolvem em novos briófitos. Distinguem-se as classes: musgos e hepáticas. d. Musgos - São plantinhas verdes, modestas, compostas duma espécie de caule primitivo rodeado de folhas primitivas e preso ao so- lo por meio de rizóides. Constituem o limo dos lugares úmidos e sombrios. PLANTAS MEDICINAIS 419 e. Hepáticas - Têm forma dum talo achatado, verde, com ra- mificação dicotômica, e são presos ao substrato por meio de filamen- tos aclorofilados, denominados rizóides. Algumas espécies possuem caulesw,aulóides) e folhas (filóides) muito primitivas. Vivem na su- perfÃcie da água ou nos lugares úmidos, na terra, em pedras, nas árvo- res e nos pastos, escondidos entre as gramÃneas. ' Os talófitos são vegetais de organização mais simples possÃvel, f“rmados de um tecido homogêneo, que é o talo. São desprovidos de vasos, raÃzes, caules, flores e folhas. Calcula-se em mais de 300000 as espécies de talófitos existentes, distribuÃdos nas classes: fungos, al- gas e lÃquenes. Alguns autores incluem também as bactérias entre os talófitos. f. Fungos - Não têm clorofila. g. Algas - Possuem clorofila distribuÃda por toda a planta. h. LÃquenes - São constituÃdos pela união simbiótica de uma alga com um fungo. A clorofila que possuem reparte-se entre fila- mentos articulados. i. Bactérias - São desprovidas de clorofila. Em geral, com- pem-se apenas de citoplasma e membrana, não tendo núcleo distin- to. Seu tamanho varia entre 0,2 a 5 micra. Reproduzem-se por cissi- paridade, isto é, mediante um estrangulamento cada vez mais acen- tuado, que aparece no centro da célula, terminando por dividi-la em duas partes iguais. Distinguem-se os seguintes tipos de bactérias: pa- rasitas ou patogênicas, saprófitas e zimogên“cas. - Bactérias patogênicas - São causadoras de doenças. Distin- guem-se os cocos (monococos, diplococos, estreptococos, estafiloco- cos, sárcinas), bacilos, vÃbrios, espirilos. - Bactérias saprófitas - Atuam sobre substãncias em decomposi- ção, transformando-as em sais minerais. - Bactérias zimogênicas - Produzem fermentação. <012>
  • 13. ,, RA /Z secundária ----.- primória /J (` axial ou aprumada . adventÃcias , , 4 ,, 420 zonas da raiz zono p i I à fe ra " zona I isa coi fa. RAÓZES SUBTERRÓNEAS s:::::r fosciculada ' grampiformes
  • 14. - ç:- " r tuberoso pivotada e Vf-1 V L ! gomo terminal gomo oxilar ramo . entrenó Colo clodódio nr haste l w :.i".,1, i ., . M:wN,t 1 ' f;w;r.,;,y' . tronco * `
  • 15. ': . dextorso sinistorso ' rostejonte prostrado uolúvel, trepador ou sarmentoso 421 75 - A Fiora sugadoras respirotórios <012> FOLHA baÃnha FOLHAS I NCOMPLETAS folha invaginante ou amplexicaule filódios folhas adunadas. coadunadas ou concrescentes 422
  • 16. fÃmbo folhas sésseÃs I: CLA SSlFICAGÓO DASFOLHAS OUANTO Ó FORMA DO LI M BO "/;, :. 1 apilor su5u;ada aciculada lineor lonceolar oblanceolado ovoda obovoda ` , ( I::.::.:. oval oblonga oblonga-aguda cuneiforme espotulado orbicuIar arredondoda / , . '; ' . .( ;/ ` ` i renifbrme rombiforme ensiforme corditorme hostada ;i /.i ,
  • 17. . / sagitoda cieltiforrne pcrfurada 423 , z : ;;./:;:.: ., perfoliada FOLHA COMPLETA <012> CLASSIFICAÓÓO DAS FOLHAS QUANTO AO SEU CONTORNO .:. ./, a . . / u u u inteira denteado serreoda crenada sinuada .. . ua.iviu brácteas palmatÃfidn penuiiivwuv
  • 18. rvnfro r espinhos /. ;; /:, ;, ... 7 . ' filódio estÃpula FOLHA SIMPLES FOLHAS COMPOSTAS polmodo fololo pÃnulas : ,. ráquis poripenado imparipenoda CLASSIFICAÓÓO DAS FOLHAS QUANTO Ó DISPOSICÓO alternadas verticiladas ( /. . ' opostas geminodas opostos cruzados CLASSIFICAÓÓO DAS FOLHAS SEGUNDO SUA NERVACÓO
  • 19. i uninervada .l. !Ó ;'' tr it: :....i ' i t J l.l I peninervada retinervada pdminervodo. curvinervodo peltinérveo 424 425 <012> PARTES FLO R OMPONENTES DA FLOR V --- pétal a- péta la p i sti I o -. I corolo estame- ovári o - -. } cálice pedúnculo, séPa Ia .. . . , PISTILO OU CARPELO ( gineceu ) ; ta! i. :a estigma ``ii l 4' I ' l,` l, ' 1 `` estilete- ' ovário
  • 20. lt: ESTAME (androceul ' - antera ( sacos polÃnicos) ; lC( / `` `,, conectivo ; , filete J ovário pluricarpelar ovário pluricarpelar plurilocular unilocular GAMOPÓTALA DIALIPÓTALA CÓLICES I I I I I “ a,r I I / ( gamo5sépalo I I tubular campanulada I I regular , I i I I : I I I I I I afunilada ! Irregular dialissépalo urceolodo umbela FLORES ISOLADAS flor terminal FLORES AGRUPADAS
  • 21. N -, Y espiga ponÃcula racimo flor axilar cimeira 426 427 corimbo copÃtulo cacho <012> PLANTAS MEDICINAIS 429 FRU TO pericorpo epicarpo mesocorpo endocarpo semente infrutescência FRUTOS DEISCENTES .r r o f Lt; o *
  • 22. I vagem folÃculo pixÃdio capsula sÃliquo FRUTOS INDEISCENTES I sâmora , i s.. ,. : i 1 4 . , ?. . 1 ,s f u. r aquênio drupa bago cariope noz 428 1 - ABIU (Lucuma caimito) FamÃlia: Sapotáceas. SinonÃmia: rlbieiro. Outro idioma: Caimito (Peru). CaracterÃsticas: Órvore. Fruto ovóide, da grossura de um ovo de galinha, ou esférico como uma laranja, de pele lisa, amarela. Por in- cisão, o tronco fornece um látex que contém guta-percha. Valor terapêutico: Usam-se os frutos, que são doces e gomosos, nas afecções pulmonares. 2 - ABOBOREIRA-DO-MATO [Melothria fluminensis, Druparia race- mosa) FamÃlia: Cucurbitáceas. SinonÃmia: Guardião. CaracterÃsticas: Planta trepadeira. Flores amarelas. Baga alonga- da. Há várias outras cucurbitáceas conhecidas pelo mesmo nome de aboboreira do mato. Valor terapêutico: As folhas e flores são usadas nos casos de afecções uterinas, desarranjos menstruais, leucorréia. 3 - ABRICÓ-DO-PARÓ (Mammea americana) FamÃlia: Gutiferáceas. SinonÃmia: Abricó-de-são-domingos, abricó-selvagem, abricó-das- -antilhas. Outro idioma: Mammee apple (Antilhas). CaracterÃsticas: Órvore. Folhas obovais, obtusas. Fruto do tama- nho de uma laranja, contendo uma massa doce, cor de abóbora. Valor terapêutico: As sementes encerram propriedades vermÃfugas. 4 - ABUTUA (Cissampelos pareira, Cissampelos vitis) FamÃlia: Menispermáceas.
  • 23. SinonÃmia: Parreira-brava, parreira-do-mato, uva-do-rio-apa, bu- tua, abuta, caapeba [não confundir com a verdadeira caapeba). CaracterÃsticas: Bela trepadeira. Dá muitos cachos semelhantes ao da videira, com bagas pretas, de gosto adocicado, e que se pare- cem com a uva. Não se comem, porém, essas frutas. Habitat: Amazônia. Valor terapêutico: A abutua é diurética e febrÃfuga. <012> 430 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA Tendo grande ação sobre os órgãos do aparelho urinário, usa-se com bom resultado contra os cálculos renais. Ó também indicada contra as cólicas que podem aparecer durante o sobreparto, e, bem assim, contra a menstruação difÃcil e a supressão dos lóquios. Ó eficaz contra as más digestões, acompanhadas de prisão de ventre, dor de cabeça, tontura, etc. Provoca a desopilação (desobstrução) nas afecções hepáticas. Também se usa no tratamento da hidropisia. Da casca da raiz preparam-se cataplasmas resolutivas contra con- tusões e inflamações. Na medicina doméstica é muito conhecida a raiz da abutua, que se tornou famosa ultimamente por seus efeitos curativos nos casos de reumatismo. Ó, efetivamente, um excelente remédio para os que so- frem desta enfermidade. Partes usadas: Raiz e casca do caule, em decocção. Dose: 10 a 15 gramas para um litro de água; 4 a 5 xÃcaras por dia. 5 - ABUTUA-MIÓDA (cocculus filipendula) FamÃlia: Menispermáceas. SinonÃmia: Butua-miúda. CaracterÃsticas: Arbusto. Folhas coriáceas, em forma de palmas, alternas. Flores grandes, em cachos, amarelas. Não se deve confundir a butua com a butua-miúda. A butua, conhecida também por parrei- ra-brava, tem raiz delgada, lisa e branda. A butua-miúda tem raiz grossa na base e dura. Ó desta que aqui estamos falando. Valor terapêutico: Ó uma planta febrÃfuga. Usa-se para combater a amenorréia, a clorose, as cólicas mens- truais, a metrite. Partes usadas: Casca e raiz, em decocção. Dose: 10 gramas para um litro de água; 3 a 4 xÃcaras por dia. 6 - ABUTUA-PEQUENA (Cissampelos ovalifolia) FamÃlia: Men ispermáceas. SinonÃmia: Orelha-de-onça. CaracterÃsticas: Arbusto. Folhas ovais. Flores em cachos. Habitat: Nos campos secos de Minas, Goiás, Amaz&nia, etc. 3 = abricó - do - pará I5- agriáo-da-ilha-de-frança IO -acoita - cavalo 431
  • 24. 7- acofro <012> 432 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA Valor terapêutico: O decocto das raÃzes é empregado contra as febres palustres. De modo geral a abutua-pequena tem as mesmas propriedades da abutua, sendo porém menos enérgica. Parte usada: Raiz. 7 - AÓAFRÓO (Crocus sativus, Crocus officinalis, Crocus automnalis, Crocus hispanicus, Crocus verus) FamÃlia: I ridáceas. SinonÃmia: Açafrão-verdadeiro. Outros idiomas: Azafran (Argentina), Safran (França), Zafron (In- glaterra), Saffran (Alemanha). CaracterÃsticas: Planta herbácea, bulbosa. Folhas compridas, ar- roxeadas. Flor amarela ou vermelha. Os estigmas dessecados forne- cem o "açafrão" conhecido no comércio, e que é uma matéria amare- la usada como corante e condimento. Valor terapêutico: Os estigmas encerram propriedades emenago- gas, antiespasmódicas, eupépticas, sedativas. São empregados nos ca- sos de asma, coqueluche, histeria, bem como contra os cálculos dos rins, do fÃgado e da bexiga. Oito a dez estigmas, em infusão, são su- ficientes para um chá. Para combater as hemorróidas, aplicam-se cataplasmas quentes, preparados com o infuso desta planta (três gramas para uma xÃcara de água). 8 - ACAPURANA (Campsiandra laurifolia) FamÃlia: Leguminosas. SinonÃmia: Manaiara, Cumandá, Comondá-açu (Rio Negro), ca- poerana (Rio Tocantins), acapurana-vermelha (Rio Tapajós). CaracterÃsticas: Órvore pequena ou média. Flores róseas, vistosas. O fruto é uma vagem. Habitat: Nas margens inundáveis dos rios e lagos, na Amazônia. Valor terapêutico: O infuso concentrado do fruto, com sal e vina- gre, aplicado topicamente, cura as impigens. O infuso da casca é bom para curar feridas. Parte usada: Fruto. PLANTAS MEDICINAIS 433 9 - ACARIÓOBA (Hydrocotyle umbellata, Hydrocotyle bonariensis) A segunda é sub-espécie da primeira. FamÃlia: UmbelÃferas. SinonÃmia: Erva-do-capitão, barbarosa, acaciroba, acaricaba. CaracterÃsticas: Planta rasteira, com grandes folhas longipeciola- das, crespas, peltadas. Inflorescência ramosa. Flores esbranquiçadas. Habitat: Nas proximidades das águas (Rio de )aneiro, Buenos Aires). Valor terapêutico: Ó aperiente, desobstruente, diurética, emética
  • 25. (em dose elevada), tônica. O decocto da raiz usa-se para: afecções do haço, fÃgado e intesti- no, diarréia, hidropisia, reumatismo, sÃfilis. Das folhas não se faz uso interno. Afirma-se que são venenosas. Exteriormente se usa o decocto da planta toda para combater as sardas e outras manchas da pele. Parte usada: Toda a planta. Dose: 20 gramas para 1 litro de água; 4 a 5 xÃcaras por dia. 10 - AÓOITA-CAVALO (Luhea grandiflora) FamÃlia: Tiliáceas. SinonÃmia: Mutamba-preta, ivitinga, ivantiji, caa-abeti, papeá- -guaçu. CaracterÃsticas: Órvore muito alta. Folhas grandes, obovais, cla- ras. Flóres grandes, brancas ou rajadas, dispostas em panÃculas termi- nais. Fruto redondo, oblongo, capsular, pentalocular. Sementes ala- das. Os camponeses usam os galhos, que são muito flexÃveis, para fa- zer chicotes e armações de cangalha. Habitat: Na terra firme e alta, no Pará. Valor terapéutico: Emprega-se em casos de disenteria e hemor- ragia (banhos ou clisteres); também em casos de artrite, diarréia, leu- corréia, reumatismo, tumores (chás). <012> 434 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA Atirma conhecido autor: "Acredita-se que o decocto da entrecasca" ". . serve para comba- ter a leucorréia. Para resolver tumores, limpar úlceras e feridas gan- grenosas é excelente. Os vários empregos que as tÃlias têm na medici- na, conhecem todos. Elas são empregadas contra cãibras, úlceras, queimaduras, disenterias e uma infinidade de mazelas humanas." F. C. Hoehne, Plantas e Substâncias Vegetais Tóxicas e Medicinais, pág. 191. Parte usada: Casca, em decocção. Dose: 20 gramas para 1 litro de água; 4 a 5 xÃcaras por dia. 11 - AÓOITA-CAVALO (Luhea ochrophylla) FamÃlia: Tiliáceas. CaracterÃsticas: Órvore. Folhas amareladas. Flores pequenas, amarelas. Habitat: Rio de )aneiro e outros Estados. Valor terapêutico: O decocto da casca é empregado, em clisteres, contra as hemorragias e disenterias. 12 - AGLAIA (Aglaia odorata) FamÃlia: Meliáceas. CaracterÃsticas: Arvoreta de folhas compostas e flores pequeninas,
  • 26. amarelas, muito aromáticas. Valor teraputico: Ó antiespasmódica. 13 - AGONIADA (Plumeria lancifolia) FamÃlia: Apocináceas. SinonÃmia: Agonium, Arapué. CaracterÃsticas: Órvore grande. Casca muito amarga. Folhas oval- -alongadas, lanceoladas, peninervadas. Flores de corola de cinco pé- talas, de forma semelhante à das folhas. Habitat: Nos estados do Sul do Brasil, principalmente na Serra do Mar. PLANTAS MEDICINAIS Valor terapêutico: Emprega-se nas afecções histéricas, na nas atonias gastro-intestinais, nos catarros crônicos, na clorose, n, bres intermitentes, nas menstruações difÃceis, na adenite. Parte usada: Folhas, em infusão. ; Dose: 20 gramas para um litro de água; 4 a 5 xÃcaras por 14 - AGRIÓO (Sisymbrium nasturtium, Nasturtium officinale) FamÃlia: CrucÃferas. SinonÃmia: Agrião-d'água. CaracterÃsticas: Planta herbácea. Hasté ramosa, espessa, suc ta, verde-avermelhada, rasteira. Folhas alternas, pecioladas, alg parsas, compostas, imparipenadas. FolÃolos quase sésseis, pirifoi opostos. Habitat: Muito comum nos córregos. Cultivado. ; ` Valor terapêutico: Ó uma planta conhecida, boa para sal Deve-se usá-la crua, porque, quando cozida, suas propriedades r cinais se perdem. 0 agrião contém um óleo essencial, iodo, ferro, fosfato e á sais. Seu uso prolongado tem eficaz efeito depuador do sangue e escorbútico. Emprega-se, outrossim, como ótimo remédio contra a atoni órgãos digestivos; como estimulante no escorbuto, escrofulose e r tismo; como diurético nas hidropisias, nas enfermidades das via nárias, nos cálculos; como expectorante nos catarros pulmonares nicos; como desopilante do fÃgado. Tomam-se, diariamente,3 a Iheres das de sopa de suco de agrião puro ou diluÃdo em água. 0 agrião convém aos diabéticos, porque encerra poucos p pios amiláceos. Aplicado, em cataplasmas, sobre úlceras escorbúticas, escrc sas, etc., apressa sua cicatrização. Em resultado das experiências do Dr. Zalakas, atribuem-se ao a propriedades antÃdotas dos efeitos tóxicos da nicotina. 0 suco desta planta, misturado com mel, dá um bom xarope combater a bronquite, tosse, tuberculose pulmonar. Os que sofrem de ácido úrico, em virtude de terem comido r carne, especialmente carne de porco, toicinho, salsichas, etc., d comer diariamente uma salada de agrião. <012> PLANTAS MEDICINAIS 437
  • 27. enfermides da vias urinãrias úlceros ; 1 r tonio dos rgáos digestivos bronquite tubeculose ) ? C Y a ir catarros pulmonares opiloção do ffgado escorbuto I4 - AGRIAO (Nasturtium officinaIe) 43 6 Eis uma boa receita: Escolhem-se uns punhados de agrião, em
  • 28. quantidade suficiente para encher um prato. Lavam-se bem. Tempe- ram-se com limão, azeitonas, um pouco de azeite, e um pouco de sal. A cura desejada - bem entendido - só se alcança sob a condi- ção de se remover completamente a causa do ácido úrico, a saber, as condenadas substâncias venenosas, que acima mencionamos, e que erroneamente soem ser chamadas "alimento". O agrião nada pode fa- zer quando se prossegue no abuso causador do ácido úrico; mas ace- lera grandemente a cura quando os alimentos cárneos, principalmente os de origem suÃna, são abandonados. As mulheres grávidas, não devem comer agrião em grandes quantida- des, pois, em virtude de sua ação sobre a matriz, pode provocar o aborto. Não se deve usar o agrião que cresce junto à s águas paradas ou pouco movimentadas, pois que ao mesmo podem prender-se insetos aquáticos, portadores do bacilo de Eberth, causador do tifo. Lavando-se bem o agrião e espremendo-se bastante suco de limão, em cima, pode-se comê-lo com bem menos perigo; mas, de qual- quer maneira, é preferÃvel obter sempre o agrião das águas correntes. 15 - AGRIÓO-DA-ILHA-DE-FRANÓA (Spilanthes acmella, Acmalia mauritiana) FamÃlia: Compostas. SinonÃmia: Acmela, abecedária, agrião-do-pará, jambu-açu, mastru- ço, erva-de-malaca, agrião-do-brasil, botão-de-ouro, jambu-rana. CaracterÃsticas: Planta herbácea. Hastes tenras, ramosas. Folhas pequenas, opostas. Valor terapêutico: O infuso das flores é reputado como tônico e estomáquico. 16 - AGRIÓO-DO-PARÓ (Spilanthes oleracea) FamÃlia: Compostas. SinonÃmia: Agrião-do-brasil, jambu, jambu-açu. CaracterÃsticas: Planta de hastes ramosas, rasteiras. Folhas opos- tas, pecioladas, cordiformes, ovaladas, sinuadas, denteadas. Inflores- cência em pequenos capÃtulos. Flores a princÃpio amareladas, depois pardacentas. Habitat: Comum nos lugares úmidos. Ós vezes cultivado. <012> 438 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA Valor terapêutico: O agrião-do-pará é de sabor acre, picante. Provoca a salivação quando se mastiga. As folhas comem-se cruas, em saladas. Como são muito pican- tes, podem misturar-se com outras ervas. Podem também comer-se ensopadas. Tem muitas aplicações na medicina doméstica. O agrião-do-pará é considerado como bom sucedâneo do agrião comum (Sisymbrium nasturtium), podendo ser usado para os mesmos casos que este, porém, especialmente, no escorbuto, na anemia e na dispepsia. O extrato das flores se emprega contra dor de dente. Com um palito, mergulha-se um pedacinho de algodão no lÃquido e pe-se na cárie do dente. 17 - AGRIPALMA (Leonurus cardiaca) FamÃlia: Labiadas. SinonÃmia: Cauda-de-leão, cordão-de-frade, cardÃaca, totanga. Caracteristicas: Planta herbácea, vivaz. Folhas pecioladas, as in- feriores penatipartites e as superiores cuneiformes. Flores róseas ou vermelhas, em verticilos. Valor terapêutico: Ó uma planta tônica, adstringente, estomáquica
  • 29. e estimulante. Usa-se também contra a asma, as anginas do peito e as palpitações do coração. Tomam-se três xÃcaras de chá por dia. Usam-se as folhas, em infusão. As sumidades floridas são úteis para preparar um infuso com que se lavam chagas e feridas. 18 - AGUARAQUIÓ-AÓU (Solanum pterocaulum) FamÃlia: Solanáceas. SinonÃmia: Aguará-quinhá. CaracterÃsticas: Planta herbácea. Folhas comestÃveis. Valor terapêutico: Aplicam-se as folhas, machucadas, sobre as fe- ridas, as rachaduras dos seios, etc. Tem aplicação também nas úlce- ras sifilÃticas. 19 - AILANTO (Ailantus glandulosa) FamÃlia: Simarubáceas. SinonÃmia: Verniz-do-japão, sumagre-chinês. PLANTAS MEDICINAIS 439 Outro idioma: Ailante, Faux vernis du Japon (França). CaracterÃsticas: Órvore grande. Folhas pinadas. FolÃolos oblon- gos, agudos. Flores verdes, em panÃculas. Floresce em fevereiro Habitat: Oriunda do Japão, aclimatada no Brasil. Valor terapêutico: "A casca amarga, nauseante, vomitiva e tóxica em alta dose, tem sido preconizada como antidisentérica e tenÃfu- ga." - Dr. L. Beille. "O pó da casca da raiz tem sido empregado como antelmÃnti- co." - Prof. L. Trabut. 20 - ALAMANDA-DE-FLOR-GRANDE (Allamanda cathartica, orelia grandiflora) FamÃlia: Apocináceas. SinonÃmia: Santa-maria, cipó-de-leite, camendara, dedal-de-dama, buiuçu (não confundir com uma árvore também chamada buiuçu). CaracterÃsticas: Arbusto sarmentoso. Folhas verticiladas. Flores em cimeiras, amarelas ou violáceas. Sementes aladas. Habitat: Nas capoeiras úmidas, à beira d'água. Valor terapêutico: Emprega-se, em banhos, para combater a sar- na, os piolhos, etc. Parte usada: A casca ou a seiva da casca. Dose: 100 gramas para um litro de água. 21 - ALBINA (Turnera ulmifolia) FamÃlia: Turneráceas. CaracterÃstica: Planta herbácea. Habitat: Encontra-se nos campos altos, úmidos, do Norte. Valor terapêutico: Ó uma planta adstringente, tônica, expectoran- te, e útil contra a albuminúria e a diabete. Usa-se em infusão. 22 - ALCAÓUZ (Periandra dulcis) FamÃlia: Leguminosas. SinonÃmia: Periandra, uruçu-huê, alcaçuz-do-cerrado, alcaçuz-da- terra, raiz-doce, cipó-em-pau-doce. CaracterÃsticas: Órvore pequena ou arbusto. Folhas compostas. FolÃolos oblongos ou lanceolados, glabros, com nervura saliente. Flo- res em racimos terminais. Raiz adocicada. Habitat: Nos campos altos e pedregosos. Freqiiente. no Brasil central. <012>
  • 30. PLANTAS MEDICINAIS 441 20 - olomanda-de - flor- gronde Valor terapêutico: Ó uma planta resolutiva, laxativa, diurética, ex- pectorante, calmante. Usa-se nas inflamações do ventre e das vias urinárias, nos defiuxos, catarros crônicos, congestão hepática, disp- néia. A raiz seca, reduzida a pó, e misturada com um pouco de fari- nha de trigo, aplica-se, em forma de cataplasma, sobre as partes afe- tadas pela erisipela, para acalmar a dor. Parte usada: Raiz, em decocção. Dose: 20 gramas para 1 litro de água; 4 a 5 xÃcaras por dia. 23 - ALCAÓUZ-DA-EUROPA (Glycyrrhiza glabra, Liquiritia officinalis) FamÃlia: Leguminosas. SinonÃmia: Raiz-doce. CaracterÃsticas: Ó um arbusto de 1 a 2 metros. Folhas compostas, imparipenadas; 4 a 7 pars de folÃolos oblongos ou elÃpticos, obtusos. Flores róseo-arroxeadas, em cachos axilares. O fruto é uma vagem alongada, .contendo várias sementes. Valor terapêutico: Emprega-se na bronquite, rouquidão, tosse, la- ringite. Parte usada: Raiz, em decocção. Dose: 20 gramas para 1 litro de água; 4 a 5 xÃcaras por dia. 24 - ALCAÓUZ-DA-TERRA (Glycyrrhiza americana) FamÃlia: Leguminosas. CaracterÃsticas: Arbusto. Folhas em palmas pequenas. Fruto: va gem. Valor terapêutico: Ó usado em virtude das suas propriedades diu- réticas e emolientes. Tem emprego nas doenças inflamatórias. I6 - agrio - do - paró 440 25 - ALECRIM-DA-PRAIA (Bulbostyles capillaris) FamÃlia: Ciperáceas. CaracterÃsticas: Planta herbácea, pequena. Folhas estreitas, luzen- tes, dotadas de acúleo nas pontas. Flores brancas, em espigas. Fru- to: pequena cariopse. Habitat: Medra nas areias da praia. Valor terapêutico: O infuso ou decocto, em banhos quentes, é útil contra o reumatismo. <012> 442 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA 26 - ALECRIM=DA-SERRA (Dichiptera aromatica)
  • 31. FamÃlia: Acantáceas. CaracterÃsticas: Arbusto pequeno. Caule cilÃndrico. Folhas cres- pas, pequenas, ovais, pubescentes, assemelhando-se à s do alecrim-de- -jardim. Flores axilares. Fruto: cápsula. Habitat: Medra nas caatingas e nos taboleiros do Nordeste. Valor terapêutico: Utiliza-se, em banhos, contra o reumatismo. 27 - ALECRIM-DE-)ARDIM (Rosmarinus officinalis, Rosmarinus hor- tensis, Rosmarinus latifolius) FamÃlia: Labiadas. SinonÃmia: Alecrim-romarinho, alecrim, libanotis. CaracterÃsticas: Subarbusto. Folhas opostas cruzadas, sésseis, en- siformes, coriáceas, de bordas voltadas para baixo; verde-escuras, lus- trosas na face superior; esbranquiçadas, empubescidas na face infe- rior. Flores labiadas em pequenos cachos axilares e terminais. Habitat: Cultivado nos jardins. Valor terapêutico: As sumidades floridas têm aplicação nos se- guintes casos: clorose, dismenorréia, dispepsia, debilidade cardÃaca, escrofulose, febres tifóides, gases intestinais, histeria, inapetência, tos- se. Dose: 15 gramas para 1 litro de água, por infusão; 4 a 5 xÃcaras por dia. O decocto das folhas é usado, em loção, contra as chagas gan- grenosas; em banhos, contra o reumatismo articular. As folhas secas, reduzidas a pó, são boas para cicatrizar feridas. As gotas do suco das folhas também são boas para o mesmo fim. O chá também se usa, com bom resultado, para lavar feridas. Para combater a sarna, prepara-se uma pomada tomando-se 10 partes de gordura vegetal para uma parte de suco de alecrim. 28 - ALECRIM-DO-MATO (Baccharis macrodonta) FamÃlia: Compostas. CaracterÃstica: .Arbusto. Habitat: Terras cansadas Valor terapêutico: Usa-se, em infusão, para combater os catarros; e, em banhos, no tratamento do reumatismo. W , ,v, - . I l. r II debilidode cardioco .5..; , reumatismo
  • 32. feridas . histeria 27 - ALECRIM - DE- JARDIM , tosse = r , febre tifóide goses intestinais , Rosmorinus officinali>) 443 <012> 444 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA 29 - ALFAFA (Medicago sativa) FamÃlia: Legumi nosas-papi I ionáceas. SinonÃmia: Luzerna, alfafa-verdadeira, alfafa-de-flor-roxa, alfafa- Outros idiomas: Mielga, Altata [tspanna), uzerne rrança, niTaiia (Estados Unidos), Luzerne (Alemanha). CaracterÃsticas: Planta herbácea, forrageira. Folhas compostas de
  • 33. três folÃolos oblongos, denteados na extremidade. Flores violáceas, pequeninas, em cachos. Habitat: Nos Estados do Sul. Valor terapêutico: O infuso das flores é recomendado como re- constituinte. Graças ao seu conteúdo em vitaminas, o suco fresco da planta é excelente antiescorbútico, segundo recomendação do Dr. Pio Font Quer. O Dr. Leclerc recomenda a alfafa contra o raquitismo. Em barros e fricções, o decocto da alfafa é bom para estimular as pernas cartsadas e doloridas. 30 = ALFAVACA (Ocimum basilicum) FamÃlia: Labiadas. SinonÃmia: Alfavaca-da-américa, remédio-de-vaqueiro, manjericão- -de-folha-larga, manjericão-de-molho, manjericão-dos-cozinheiros, manjericão-grande, erva-real, basÃlico-grande. CaracterÃsticas: Planta herbácea, muito cheirosa. Folhas ovais ou oval-elÃpticas, longipecioladas. Inflorescência em espigas. Fruto: aquênios. Valor terapêutico: As folhas são aromáticas, estimulantes, carmi- nativas, antieméticas, sudorÃficas e diuréticas. Aplicam-se nos seguin- ts casos: Ardor na urinação; debilidade dos nervos; digestão dificul- tosa; enfermidades dos intestinos, estômago e rins; febres, tosse, ven- tosidades. Empregam-se 10 a 15 gramas, por infusão. Externamente usa-se para gargarejos em casos de dor de garganta, anginas, aftas, etc. As folhas amassadas são boas para curar feridas. Com o chá das folhas, ou com o chá das sementes em macera- ção, preparam-se compressas que as mães lactantes aplicam sobre os bicos dos seios afetados. Com a raiz prepara-se um xarope para combater a tuberculose pulmonar. , ofecções do estmogo ofeccões do intestino ardor na urino ..1 v bico doseio rachodo tosse
  • 34. 1 febre i . ) afecçóes da gargonta c U- J ,n; tuberculose J feridas 30 -ALFAVACA C ocimum óasiicum) 445 <012> 446 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA Partes usadas: Folhas e sementes. Dose: 10 a 15 gramas por litro de água; 4 a 5 xÃcaras por dia 31 - ALFAVACA-DE-CHEIRO (Ocimum incanum fluminensis) FamÃlia: Labiadas. CaracterÃstica: Planta herbácea. Valor terapêutico: Com o decocto desta planta prepara-se um xa- rope eficaz contra a coqueluche. Esta alfavaca é também útil para combater o reumatismo. 32 - ALFAVACA-DE-COBRA (Monnieria trifolia) FamÃlia: Rutáceas. SinonÃmia: )aborandi-do-pará, jaborandi-de-três-folhas, alfavaca- -brava (Maranhão). CaracterÃsticas: Planta herbácea. Flores brancas. Cheiro forte. Habitat: Nas capoeiras e campinas da Amazônia. Valor terapêutico: Tem propriedades diaforéticas, diuréticas, siala- gogas e expectorantes. Emprega-se o decocto nas enfermidades dos rins, da bexiga e da uretra. Em banhos, dá bom resultado contra o reumatismo. Parte usada: Toda a planta. Dose: 20 gramas para 1 litro de água; 4 a 5 xÃcaras por dia.
  • 35. 33 - ALFAVACA-DO-CAMPO (Ocimum incanescens) FamÃlia: Labiadas. SinonÃmia: Alfavaca-de-vaqueiro, remédio-de-vaqueiro, segurelha. CaracterÃsticas: Planta herbácea. Folhas opostas, ovais, finamente dentadas. Flores pequenas, brancas, em espigas. Habitat: Em vários Estados. Valor terapêutico: Tem virtudes sudorÃficas, peitorais, carminati- vas, estimulantes. Ó útil na coqueluche, na cólica renal e nas areias dos rins. Parte usada: Folhas. Dose: 20 gramas para 1 litro de água; 4 a 5 xÃcaras por dia. 34 - ALFAZEMA (Lavandula vera, Lavandula officinalis) FamÃlia: Labiadas. SinonÃmia: Lavande. ofeeções do fÃgado tonturas onuria reumatismo T inapeteência clicas intestinais amenorreio blenorragia dispepsia ventosidades 34- ALFAZEMA C LavanduIa vera) luC i V4 n , asma 447 <012>
  • 36. 448 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA CaracterÃsticas: Erva européia, aclimatada no Brasil. Caule estira- do, esgalhado. Folhas sésseis, ensiformes. Flores amarelas, violáceas, dispostas em cÃrculos. Valor terapêutico: Recomenda-se para os seguintes casos:. anúria, amenorréia, apoplexia, asma, afecções do fÃgado e do baço, blenor- ragia, cãibras, clorose, cólicas intestinais, dispepsia, dores de cabe- ça, enxaqueca, escrófulas, gota, hipocondria, inapetência, icterÃcia, leucorréia, nervosismo, neurose cardÃaca, reumatismo, tonturas, vento- sidades. Aplicam-se topicamente cataplasmas quentes, com folhas cozidas, para acalmar as nevralgias e dores reumáticas. Parte usada: Toda a planta. Dose: Uso interno - 8 gramas para um litro de água; 3 a 4 xÃca- ras por dia. 35 - ALFAZEMA-DE-CABOCLO (Hyssopus officinalis) FamÃlia: Labiadas. SinonÃmia: Hissopo-comum. CaracterÃstica: Planta herbácea. Valor terapêutico: Usa-se como estimulante, sudorÃfica e béquica. Parte usada: Sumidades floridas, em infusão. 36 - ALGODOEIRO (Gossypium herbaceum) FamÃlia: Malváceas. SinonÃmia: Amaniú. CaracterÃstica: Planta herbácea. Valor terapêutico: A planta toda tem muitas aplicações na medi- cina doméstica. Folhas: Empregam-se, por infusão, para os seguintes casos: catar- ros, disenteria, diarréia, enterite. O sumo das folhas cura feridas. As folhas machucadas, postas sobre queimaduras, proporcionam alÃvio imediato. Flores: Usam-se para os mesmos fins que as folhas. Sementes: Preparadas por infusão, são úteis na amenorréia e dis- menorréia. Raiz: A casca da raiz fresca, por decocção, emprega-se nas afec- ções das vias urinárias. Tem propriedades diuréticas. Pelo seu poder e contratilidade das fibras musculares lisas, produz contrações uteri- nas. PLANTAS MEDICINAIS 449 Tem igualmente boa ação hemostática, pelo que se emprega nas metrorragias. Parte usada: Toda a planta. Dose: 10 gramas em um litro de água; 4 a 5 xÃcaras por dia. 37 - ALMÓCEGA-AÓU (Icica altissima) FamÃlia: Terebintáceas. SinonÃmia: Igtaicica-dos-Ãndios, igtaigeica. CaracterÃstica: Órvore corpulenta, semelhante ao almecegueiro “gcica. Valor terapêutico: A casca e as folhas, em'decocção, servem para lavar feridas crônicas e combater o reumatismo. 38 - ALMECEGUEIRO-MANSO-DAS-ALAGOAS (Elaphrium alagoense) FamÃlia: Terebi ntáceas.
  • 37. CaracterÃsticas: Órvore ramosa. Folhas em palmas opostas e lus- trosas. Flores miúdas, verde-esbranquiçadas, estreladas. Fruto peque- no, contendo dois caroços envoltos numa massa comestÃvel. Habitat: Medra nos Estados do Nordeste. Valor terapêutico: O suco resinoso do almecegueiro tem aplica- ção no curativo das úlceras. 39 - ALTÓIA (Althaea officinalis, Althaea medicamentosa) FamÃlia: Malváceas. SinonÃmia: MalvaÃsco, malvarisco. CaracterÃsticas: Erva vivaz, de 50 cm a 1 metro e meio de eleva- ção, ligeiramente tomentosa, macia ao tato. Haste erecta, cilÃndrica, de ramos alternos, verde ou verde avermelhada. Folhas numerosas, alternas, pecioladas, mais ou menos cordiformes, irregularmente loba- das, serreadas, aveludadas. Flores esbranquiçadas, purpúreas ou ligei- ramente rosadas, quase sésseis. Valor terapêutico: As flores empregam-se nas enfermidades das vias respiratórias. São boas para curar a tosse, especialmente nas crianças e pessoas idosas. Usa-se também contra a laringite. As folhas e raÃzes são utilizadas como emolientes nas irritações da membrana mucosa. Em chás, usam-se nas úlceras grastroduode- nais. <012> 450 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA Em forma de loção e fomentação, a altéia é um bom remédio pa- ra acalmar dores, erupções cutâneas, etc. Em clisteres, dá bom resultado nas inflamações intestinais e na prisão de ventre. A raiz se dá a mastigar à s crianças, para favorecer a dentição. Partes usadas: Folhas, flores e raÃzes. Dose: 20 gramas para 1 litro de água; 4 a 5 xÃcaras por dia. 40 - AMAPÓ (Parahancornia amapa) FamÃlia: Apocináceas. CaracterÃsticas: Órvore grande. Madeira branca. Fruto roxo e es- curo quando maduro, de polpa doce, comestÃvel. Habitat: Na mata de terra firme, nos Estados do Pará e Amazo- nas. Valor terapêutico: O látex amargo que escorre da casca cortada, tem emprego como resolutivo (em emplastros, nas contusões), como cicatrizante (nas feridas), como peitoral (nas afecçôes das vias respira- tórias), e como tônico (contra a debilidade geral). 41 - AMAPÓ-DOCE (Brosimum potabile) FamÃlia: Moráceas. CaracterÃstica: Órvore grande. Habitat: Na terra firme da Amazônia. Valor terapêutico: O látex branco, muito abundante, que se obtém da casca ferida, é tidn como tônico. Não possui gosto espe- cial. Bebe-se em pequena quantidade. 42 - AMAPÓ-RANA (Brosimum parinarioides) FamÃlia: Moráceas. SinonÃmia: Muraré-rana (Óbidos), Amapá (Manaus). CaracterÃsticas: Órvore muito grande. Madeira branco-amarelada. Habitat: Na terra firme, alta, da Amazônia. Valor terapêutico: O látex da casca ferida é tônico. 43 - AMBRETE (Hibiscus abelmoschus) FamÃlia: Quingombô-de-cheiro, quiabo-de-cheiro, musquié.
  • 38. CaracterÃsticas: Arbusto. Caule hÃspido. Folhas peltato-cordifor- mes, com 5 a 7 lóbulos acuminados. Fruto: cápsula espinhosa, con- tendo sementes reniformes. PLANTAS MEDICI NAIS 451 Valor terapêutico: As sementes tostadas e moÃdas, preparadas em forma de café, são estomáquicas e cordiais. 44 - AMBUIA-EMBÓ (Aristolochia labiosa) FamÃlia: Aristoloquiáceas. CaracterÃstica: Assemelha-se à angelicó. Valor terapêutico: Ó útil nas úlceras malignas dos pés. 45 - AMONGEABA (Panicum spicatum) FamÃlia: GramÃneas. ' CaracterÃstica: Um tipo de capim. Valor terapêutico: Como emoliente, usa-se, não só internamente, mas também externamente, em fomentações e banhos, nos casos de tenesmo e dores. 46 - AMOR-CRESCIDO (Portulaca pillosa) FamÃlia: Portulacáceas. CaracterÃsticas: Planta herbácea. Tipo de alecrim. Valor terapêutico: Emprega-se contra as diarréias e disenterias. 47 - AMOR-DOS-HOMENS (Chaptalia tomentosa) FamÃlia: Compostas. SinonÃmia: LÃngua-de-vaca, dente-de-leão. CaracterÃsticas: Planta herbácea. Folhas e pedúnculos tomento- sos. Flor terminal., cujos aquênios, quando secos, formam um globo sedoso, que voa ao menor sopro. Floresce em dezembro. Valor terapêutico: O decocto das folhas é usado para lavar úlce- ras e tumores linfáticos. Aquecidas e aplicadas à s têmporas, as folhas aliviam a cefalalgia e convidam o sono. 48 - AMOR-PERFEITO (Viola tricolor, Viola arvensis) FamÃlia: Violáceas. SinonÃmia: Flor-da-trindade, violeta-de-três-cores, violeta tricolor, amor-perfeito-bravo. CaracterÃsticas: Planta glabra ou aveludada, dum verde-amarelo- -pálido. Haste ramosa, especialmente na base, difusa, mais ou menos erecta, angulosa, triangular, tenra, fistulosa, lisa. Folhas alternas, de pecÃolo triangular, algo canaliculado superiormente, ovais, obtusas, <012> 452 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA crenadas. Flores solitárias, inclinadas sobre longos pedúnculos axila- res. Apresentam diversas cores: amarelo, violeta, róseo, etc. Habitat: Cultivado nos jardins. Valor terapêutico: Ó um vegetal de bom efeito como depurativo e peitoral. Ó indicado nas afecções cutâneas: erupções miliares, ecze- ma, herpes, impetigem, manifestações escrofulosas, etc. Para estes fins, toma-se chá e reforça-se a ação interna, fazendo-se loções ou apli- cando-se compressas. Emprega-se também o amor-perfeito, com sucesso, contra o reu- matismo, especialmente contra o reumatismo articular, aumentando-se um pouco a dose. Partes usadas: Folhas e flores. Dose: Folhas, 20 gramas; flores, 10 gramas em 1 litro de água; 3
  • 39. a 4 xÃcaras por dia. 49 - AMORES-DO-CAMPO (Desmodium axillare) FamÃlia: Leguminosas. SinonÃmia: Mandubirana, mindubirana, mundurana, barba-de-boi, carrapicho, desmódio. CaracterÃsticas: Planta herbácea. Haste ramosa, pubescente. Fo- Ihas pinadas, trifoliadas, alternas. FolÃolos alongados, obtusos, avelu- dados no dorso. Flores nas axilas dos folÃolos. Fruto oval, que se prende ao pêlo dos animais. Valor teraputico: O decocto da haste e das folhas, em banhos, tem aplicação contra a leucorréia. 50 - ANABI (Potalia amara) FamÃlia: Loganiáceas. SinonÃmia: Pau-de-cobra. Outro idioma: Mavévé (Cuiana Francesa). CaracterÃsticas: Arbusto. Folhas coriáceas, muito grandes. Habitat: Na submata de terra firme, nos Estados do Pará e Ama- zonas. Valor teraputico: As folhas têm aplicação como antissifilÃtico. O decocto das folhas, em banhos, dá bons resultados contra as uretrites e as oftalmias. Parte usada: Folhas. 54 - andó - açu lb - A Flora 453 48 - omor - perfeito 39 oltéio 35 - olfozema - de - coboco 36 - olçodoeiro <012> 454 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA 51 - ANANI (Leopoldinia imperialis, Symphonia globulifera) FamÃlia: Clusiáceas. SinonÃmia: Ananim, oanani, anambi. CaracterÃstica: Bela árvore que produz um látex chamado breu de anani. Habitat: Amazônia. Valor terapêutico: A seiva, enquanto amarela, é útil para resolver tumores e combater o reumatismo. 52 - ANAUERÓ (Licania macrophylla) FamÃlia: Rosáceas. SinonÃmia: Anauirá.
  • 40. CaracterÃsticas: Órvore frondosa. Madeira vermelha. Habitat: Ó comum nas matas alagadas do litoral e do estuário, na Amazônia. Valor terapêutico: O infuso da casca é bom para curar úlceras. 53 - ANAVINGA (Casearia ovata) FamÃlia: Flacurtiáceas. CaracterÃstica: Órvore. Habitat: No alto Amazonas. Valor terapêutico: O infuso das folhas é empregado para comba- ter o reumatismo. Os frutos são diuréticos. A casca é tônica. 54 - ANDÓ-AÓU (Joannesia princeps) FamÃlia: Euforbiáceas. SinonÃmia: Coco-de-purga, purga-de-gentio, purga-dos-paulistas, cutieira, cutieiro, fruta-de-arara, fruta-de-cutia, fruteira-de-arara, indá- -guaçu, indaÃ-açu, andá. CaracterÃsticas: Órvore imponente, muito copada. Folhas grandes, em palmas, nas pontas dos galhos. Fruto bicapsular, contendo duas amêndoas. Valor terapêutico: As amêndoas contêm um óleo fortemente pur- gativo. O decocto de três amêndoas dá um bom purgante. O mesmo é também indicado nas perturbações menstruais, nas febres pernicio- sas, na sÃfilis, na escrofulose, na inchação. 55 - ANDIRA (Andira anthelmintica, Andira ormosioides) FamÃlia: Leguminosas-papilionáceas. PLANTAS MEDICINAIS 455 SinonÃmia: Angelim-de-folha-grande, angelim-amargo, aracuÃ. ara- cium, lumbricida, morcegueira, pau-de-morcego, andira-iba. CaracterÃsticas: Órvore grande, de cerne amarelo. Flores roxas em cachos compactos. Valor terapêutico: As sementes, torradas e reduzidas a pó, são empregadas, em pequenas doses, para expulsar vermes intestinais. Pe- la manhã, em jejum, tomam-se 2 a 3 gramas (dose para adultos) em meia xÃcara de leite ou de água adoçada. Em dose elevada são tóxi- cas, produzindo vômitos violentos, diarréia, febre, delÃrio. 56 - ANDIRA-RÓSEA (Andira fraxinifolia) FamÃlia: Leguminosas-papilionáceas. SinonÃmia: Angelim-doce, ibiariba-de-pison. CaracterÃsticas: Órvore. Folhas opostas, compostas. FolÃolos elÃp- ticos. Flores paniculadas, de cálice roxo. Gruto: drupa oval. Habitat: Na mata virgem de Pernambuco e de outros Estados do Brasil. Valor terapêutico: As sementes, torradas e reduzidas a pó, são úteis para expulsar vermes intestinais e curar úlceras. "As sementes", diz, ainda, o Dr. L. Beille, "são purgativas". 57 - ANDIRÓ-UCHI (Andira inermis) FamÃlia: Leguminosas. SinonÃmia: Angelim-da-várzea, umari, avineira (Macapá), cumaru- rana (Óbidos). Outros idiomas: Saint Martin (Guiana Francesa), Cabbage tree (In- glaterra). CaracterÃsticas: Órvore grande. Folhas compostas. Habitat: Na mata de várzea ou terra firme, baixa, do Pará. Valor terapêutico: A casca é um poderoso vermÃfugo, mas deve ser aplicado com muito cuidado, pois provoca vômitos e abundantes dejeções. Ó tóxica em alta dose.
  • 41. Reduzida a pó, a casca é cicatrizante. A semente (o caroço) também tem propriedades antelmÃnticas. O óleo da amêndoa tem indicação contra as inchações provenien- tes da erisipela. 58 - ANDIROBA (Carapa guianensis) FamÃlia: Meliáceas. <012> PLANTAS MEDICI NAIS 457 J vc .? li UG J , ' C .lr n. bronquite e outros ofecções do peito cl i cas ventosidode i debilidade e dilatoção do estmago reumatismo enfermidodes das vias urinãrfos `, i ' ` / dfspepsia )i ; r
  • 42. cefalalgio digestões difÃceis ,' ,r ;:ir - ofecções do fTgodo 59 - ANGÓLICA ( .Archangellca oÃficinais ) 456 SinonÃmia: Andiroba-aruba, andiroba-saruba, carapa. Outros idiomas: Carapá (Guiana Francesa), Crabwood (Inglaterra). CaracterÃsticas: Órvore grande. Folhas imparipenadas, grandes, com numerosos folÃolos. Habitat: Amazônia. do, internamente, como vermÃfugo e febrÃfugo, e, externamente, con- tra as afecções crônicas da pele, e, bem assim, para lavar úlceras. As amêndoas são purgativas. O azeite é aplicado nas picaduras de inse- tos venenosos e nas feridas. 59 - ANGÓLICA (Archangelica officinalis, Angelica archangelica) FamÃlia: UmbelÃferas. SinonÃmia: Arcangélica, raiz-do-espÃrito-santo, angélica-do-jardim, angélica-da-boêmia. CaracterÃsticas: Planta herbácea. Haste cerrada, fistulosa, sucu- lenta. Folhas compostas. FolÃolos opostos. Flores brancas; volumo- sas, de bordos lancinados. Valor terapêutico: Ó estimulante, carminativa, depurativa, diuréti- ca, estomacal, emenagoga. Usa-se para: bronquites, cãibras, cefalalgia, clorose, convulsões, cólicas, debilidade e dilatação do estômago, digestões difÃceis, enfer- midades do peito e da garganta, dos pulmões, fÃgado, rins e bexiga, escorbuto, gota, hipo, histerismo, paludismo, reumatismo, rouquidão, tétano, tifo, ventosidades, vômitos. O chá das raÃzes de angélica, em mistura com chá de losna, é muito bom para cãibras do baixo ventre, disenterias e mucosidades pulmonares. Nas afecções da pele, dores dorsais, reumatismo, emprega-se tam- bém o chá de angélica, topicamente, em forma de loções, fricções e compressas. Parte usada: Toda a planta. Dose: 20 gramas para 1 litro de água; 4 a 5 xÃcaras por dia. 60 - ANGÓLICA-DO-MATO [Guettarda angelica, Canthium febrifugum) FamÃlia: Rubiáceas. SinonÃmia: Angélica-mansa. <012>
  • 43. 458 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA CaracterÃsticas: Arbusto ramoso. Casca escura. Folhas ovais, opostas. Flores em cachos, amarelas. Fruto: drupa globosa, pequena, com duas sementes no interior. Habitat: No litoral. Valor terapêutico: A raiz é recomendada, em decocção, nos casos de anemia, febre amarela, febre puerperal, febre tÃfica. 61 - ANGELICÓ (Aristolochia cymbifera) FamÃlia: Aristoloquiáceas. SinonÃmia: Jarrinha, mil-homens, papo-de-peru, mata-porco, capa- -homem, calunga, patinho, caçaú, cipó-mata-cobras, urubu-caá. CaracterÃsticas: Há perto de 50 espécies de aristolóquias. Afirma- -se que todas têm as mesmas propriedades medicinais. "As aristoló- quias são geralmente plantas escalantes (trepadeiras ou cipós), com troncos em muitos casos lignificados, raras vezes herbáceas e, então, dotadas de um tronco subterrâneo mais ou menos desenvolvidó."- João S. Decker, Aspectos Biológicos da Flora Brasileira, pág. 24. Valor terapêutico: Emprega-se como antisséptico, diaforético, es- tomacal, esurino, sedativo (nos casos de histeria, convulsões, epilepsia e cistite). Ó empregado com êxito contra a falta de apetite. Usa-se no tratamento da falta de menstruação, para provocar o aparecimento das regras. Ó aplicado com êxito surpreendente em casos de clorose. Aplica-se com magnÃficos resultados contra os males do estômago em geral, prisão de ventre, gastralgia (dor de estômago), indigestão, diarréia, etc. Usa-se também para combater as febres intermitentes da malária. Externamente, em banhos de assento, emprega-se com bons resul- tados, para desinflamar os testÃculos, em caso de orquite. "Acreditou-se sempre e continua-se acreditando em todo o inte- rior, que o extrato etéreo, como as alcoolaturas e os próprios decoc- tos das raÃzes e do caule destas plantas são anti-ofÃdicos. . . admitimos a possibilidade de que o extrato fresco e ainda vivo, de raÃzes e cau- les destas plantas, poderá realizar curas, como anti-ofÃdico. . . "MuitÃssimas são as aristolóquias que já figuram nas farmacopéias oficiais e que são receitadas de quando em quando pelos médicos mais inclinados para a fitoterapia. Elas atuam mui beneficamente so- PLANTAS MEDICINAIS 459 bre a mucosa estomacal e sobre os gânglios internos que facilitam a digestão e assimilação dos alimentos que ingerimos. E esses seus efei- tos mostram-se de modo apreciável quando se usa o extrato conforme referido. Em álcool, muitas vezes, os resultados são prejudiciais gra- ças ao efeito desse. Os rins, o fÃgado, o baço e mesmo o coração, são estimulados por estas plantas. Muitas pessoas as prescrevem co- modepurativas, como diuréticas, vulnerárias, anti-reumáticas, anti-fe- bris, emenagogas, etc. "Esta última recomendação nos deve interessar aqui mais espe- cialmente, porque nos aponta o motivo por que foram chamadas 'aris- tolóquias', isto é, 'bom-parto' ou 'facilitadoras-dos-lóquios', conforme as conheciam os antigos gregos e os egÃpcios." - F. C. Hoehne, Plantas e Substãncias Vegetais Tóxicas e Medicinais, pág. 106. Uma advertência torna-se, entretanto, necessária: Em doses ex- cessivas as aristolóquias são tóxicas. As mulheres grávidas não devem usar esta planta, pois pode provocar aborto. Efetivamente, acredita-se que muitos dos preparados que se usam para acarretar este criminoso resultado, tenham por base o extrato de raÃzes ou sementes de aristo- lóquias. Parte usada: Raiz, em decocção. Dose: 10 a 15 gramas para um litro de água fervendo. Tomam-se não mais de duas a três xÃcaras de chá por dia. Em doses mais eleva-
  • 44. das produz náuseas, dejeções, perturbações cerebrais. Externamente, emprega-se a casca, em pó, nas úlceras crônicas e no lupo. O cozimento da raiz (25-50:1000) usa-se contra as úlceras, a sarna e as orquites. 62 - ANGELIM (Machaerium heteropterum) FamÃlia: Leguminosas-papilionáceas. CaracterÃstica: Órvore. Valor terapêutico: O pó da serragem, em decocção, é considera- do como drástico e vermÃfugo. 63 - ANGELIM-COCO (Andira stipulacea) FamÃlia: Leguminosas-papilionáceas. SinonÃmia: Urarema, pau-pintado, angelim-doce, lumbricida, mui- rarema. 66 - angustura- verdadeiro 6I - ongelicó 67-onil 460 58-andiroba FUMARIA GSj i I CRAVO (390) f. : ` . t, . t :,lb. . re f ^ i t
  • 45. . t . ,F! CIPRESTE (353) n t t :. CAVALINHA, I31 <012> PLANTAS MEDICINAIS 461 ; CaracterÃstica: Órvore semelhante ao angelim-verdadeiro. Habitat: Em vários Estados do Brasil. Valor teraputico: A casca e as sementes encerram propriedades antelmÃnticas. 64 - ANGELÓNIA (Angelonia integerrima) FamÃlia: Escrofulariáceas. SinonÃmia: Violeta-de-petrópolis. CaracterÃstica: Planta herbácea. Habitat: Nos Estados do Sul e no Rio de )aneiro. Valor terapêutico: A angelnia é calmante e antiespasmódica. Utiliza-se no preparo de xaropes peitorais e béquicos. 65 - ANGUSTURA (Cusparia trifoliata)
  • 46. FamÃlia: Rutáceas. SinonÃmia: Amarelo, amarelinho-da-serra, cuspare. CaracterÃstica: Órvore. Valor terapêutico: Fornece a "casca de angustura", que é tônica, febrÃfuga e antidisentérica. 66 - ANGUSTURA-VERDADEIRA (Galipea cusparia, Galipea febrifuga, Galipea alba) FamÃlia: Rutáceas. CaracterÃsticas: Órvore bem alta. Folhas alternas, compostas, lon- gipecioladas. Três folÃolos sésseis, oval-lanceolados, inteiros. Flores em cachos axilares e terminais. Habitat: Estados do Norte e Nordeste. Valor terapêutico: A casca é tônica, antidisentérica e febrÃfuga. 67 - ANIL (Indigofera anil) FamÃlia: Leguminosas. SinonÃmia: Caá-chica (Amazonas), timbó-mirim (Mato Grosso). CaracterÃsticas: Planta herbácea, sub-lenhosa, ramosa, de cor ver- de-esbranquiçada. Folhas em palmas, elÃpticas e compridas. Flores róseas, miúdas, em pequenos cachos. O fruto é uma vagem. Com esta planta fabrica-se uma matéria corante conhecida por anil. <012> 462 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA Habitat: Comum nos terrenos abandonados após a cultura. Valor terapêutico: Diz-se que esta planta serve como antÃdoto do mercúrio e do arsênico. O chá que se obtém por infusão das folhas e raÃzes, é antiespas- módico, diurético, estomáquico, febrÃfugo, purgativo, sedativo. O mesmo chá emprega-se com bons efeitos contra a epilepsia e a icterÃcia. As folhas machucadas empregam-se topicamente contra a sarna. As raÃzes e as sementes, secas, pulverizadas, usam-se para afu- gentar i nsetos. Partes usadas: Folhas, raÃzes, sementes. Dose: 5 gramas para um litro de água; uma ou duas xÃcaras por dia. 68 - ANIL-TREPADOR (Vitis sicyoides, Cissus tinctoria) FamÃlia: Vitáceas. SinonÃmia: Tinta-dos-gentios, uva-brava, caà vurana-de-cunhã. CaracterÃstica: Planta trepadeira de flores amarelas. Habitat: Do Ceará ao Rio de )aneiro. Valor terapêutico: Ó empregado no tratamento da hidropisia e dc reumatismo. Usa-se a raiz, em decocção. 69 - ANINGA (Montrichardia arborescens) FamÃlia: Aráceas. SinonÃmia: Aninga-uba, aninga-uva, aninga-de-espinho, aninga-do- -pará, aninga-perê, banana-de-macaco, imbê-da-praia, imberana. Outro idioma: Mucu-mucu (Guiana Francesa). CaracterÃsticas: Planta herbácea. As fibras grossas e compridas, da haste, são empregadas na fabricação de cordas. Habitat: Nas margens pantanosas dos rios e lagos, e nas depres- sões das várzeas. Valor terapêutico: As folhas machucadas, em cataplasmas, são empregadas como resolutivas.
  • 47. A raiz, reduzida a pó, tem aplicação como drástico e diurético. 70 - ANINGA [Arum leniferum) FamÃlia: Aráceas. SinonÃmia: Aninga-açu, aninga-uba. PLANTAS MEDICINAIS 463 CaracterÃsticas: Arbusto de 2 a 3 m de altura. Folhas de uns 35 cm de comprimento. Habitat: Comum nos brejos e lugares úmidos, Valor terapêutico: O suco é útil para curar úlceras. O decocto das folhas é indicado no tratamento do reumatismo. 71 - ANINGA-D'ÓGUA (Caladium spinescens) FamÃlia: Aráceas. CaracterÃsticas: Planta parecida com o tinhorão. Sementes comes- tÃveis quando assadas. Habitat: Norte do Brasil. Valor terapêutico: Aplicam-se as folhas nas úlceras gangrenosas. 72 - ANINGA-PÓRA (Dieffembachia seguine) FamÃlia: Aráceas. SinonÃmia: Cana-marona, cana-de-imbê. CaracterÃstica: Planta herbácea. Habitat: Nos terrenos pantanosos e abertos, na Amazônia. Valor terapêutico: Por ser extremamente tóxica, não se faz uso in- terno desta planta. O suco das folhas, aplicado topicamente, acalma a dor em caso de picada da formiga tekandera. O decocto das folhas, em gargarejos, é útil na angina, mas é pre- ciso ter o cuidado de não ingeri-lo. O mesmo decocto, em loções, é bom para combater as inflama- ções edematosas. A tintura da raiz, em loções, é usada contra o prurido das partes genitais. 73 - ANINGA-PARI (Melastoma parviflora) FamÃlia: Melastomáceas. CaracterÃsticas: Arbusto. Folhas opostas, elÃpticas. Flores róseas. Fruto: cápsula contendo inúmeras sementes miúdas. Valor terapêutico: As folhas frescas e amassadas ou secas e pulve- rizadas têm aplicação no curativo das úlceras. 74 - ANIS (Pimpinella anisum, Anisum officinalis, Carum anisum) FamÃlia: UmbelÃferas. <012> PLANTAS MEDICINAIS 465 SinonÃmia: Erva-doce. CaracterÃsticas: Planta de 30 a 50 cm de elevação. Haste erecta, cilÃndrica, estriada, canaliculada, pubescente, ramificada superiormen- te. Folhas alternas, amplexicaules, verde-escuras. Inflorescência em umbelas de 8 a 12 pedúnculos. Flores brancas, pequenas. Habitat: Cultivado nas hortas.
  • 48. 87- oraticum - alvadio 74 - anis Valor terapêutico: Combate os gases do estômago e intestinos e as cólicas do ventre, e favorece a ação digestiva. Ó bom contra a azia. Aumenta o leite das lactantes. O azeite das sementes, com que se fricciona a cabeça, é bom pa- ra matar piolhos. Com o azeite fricciona-se o ventre para acalmar as cólicas. O anis também dá bom resultado nas diarréias, especialmente das crianças. Parte usada: Sementes, por infusão. Dose: 10 a 15 gramas para 1 litro de água; 4 a 5 xÃcaras por dia. 75 - APÓ (Urospatha caudata) FamÃlia: Aráceas. CaracterÃstica: Planta herbácea. Habitat: Pará e Amazonas. Valor terapêutico: O suco do apé, especialmente do rizoma, é útil no tratamento das impigens. 80 - araçá- vermelho 464 76 - APEÓBA (Apeiba tibourbou) FamÃlia: Tiliáceas. SinonÃmia: Jangada, jangadeira, pau-de-jangada, pau-fofo, embira- -branca. Outro idioma: Tibourbou (Guiana Francesa). CaracterÃsticas: Órvore alta. Madeira esponjosa, leve. Folhas cor- diformes, lanceoladas, serrilhadas. Fruto espinhoso. Habitat: Comum em muitas partes do Brasil. Valor terapêutico: O decocto da entrecasca é vermÃfugo eficaz. <012> 466 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA PLANTAS MEDICINAIS 467 I. 77 - APERTA-RUÓO [Piper aduncum, Piper scabrum, Piper celtidifolium, Piper lanceolatum, Piper arborescens, Stephensia adunca, Arthante adunca) FamÃlia: Piperáceas. SinonÃmia: Tapa-buraco, jaborandi-do-mato, jaborandi-falso, pi- menta-de-fruto-ganchoso, erva-de-jabuti, matico-falso. CaracterÃsticas: Arbusto de até 1 metro de altura. Folhas ovais. Fruto em forma de espiga. Valor terapêutico: O aperta-ruão é adstringente. Os frutos são diuréticos e resolutivos. Em banhos usam-se as sementes no tratamento das feridas. As folhas, em banhos demorados, têm sido usadas nos casos de
  • 49. queda do útero. Com as folhas prepara-se um chá (20:1000) bom para combater as hemorragias. O mesmo chá é igualmente indicado contra, as diarréias. Nos ca- sos mais rebeldes, fazem-se lavagens intestinais com o chá, acrescen- tando-se uma colherinha de pó das mesmas folhas. Também nas moléstias do fÃgado e na blenorragia este chá presta bom serviço. Ern casos de mau hálito, mascam-se folhas, cascas ou raÃzes de aperta-ruão. para perfumar a boca. 78 - APUÓ (Clusia insignis, Clusia grandiflora) FamÃlia: GutÃferas ou gutiferáceas. SinonÃmia: Mata-pau, cebola-grande-da-mata, guapoÃ, figueira- -amaldiçoada. CaracterÃsticas: Trepadefra epÃfita, que se enrosca nas árvores, matando-as. Flores grandes, lindas, brancas por fora e castanho-pur- púreas por dentro (Clusia insignis) ou róseo-pálidas [Clusia grandiflo- ra). Habitat: Amazôn ia. Valor terapêutico: A resina que exsuda das Clusias, e de que se servem os Ãndios para besuntar suas canoas, é purgativa. Das flores se extrai uma resina amarelo-avermelhada que, mistura- da com manteiga de cacau, se aplica sobre os bicos dos seios racha- dos, nas lactantes. 79 - ARAÓÓ-DA-PRAIA (Psidium littorale) FamÃlia: Mirtáceas. CaracterÃsticas: Órvore alta. Fruto piriforme, agridoce. Habitat: Vegeta nas proximidades do mar. Valor terapêutico: Usa-se contra a hemorragia. 80 - ARAÓÓ-VERMELHO (Psidium cattleyanum, Psidium variabile) FamÃlia: Mirtáceas. SinonÃmia: Araçá-da-praia, araçá-de-comer, araçá-do-campo, ara- çá-do-mato, araçá-pêra, araçá-piranga, araçá-rosa, araçá-de-coroa. CaracterÃsticas: Arvore ou arbusto. Fruto: cerea vermena ou amarela. Habitat: Freqüente nas zonas litorâneas. Valor terapêutico: Ó uma planta apregoada por suas virtudes anti- hemorrágicas. 81 - ARAMINA (Urena lobata) FamÃlia: Malváceas. SinonÃmia: Guaxuma, uaicima, uaixima, uacima, guaxima-macho, guaxima-roxa, ibaxama, malva-roxa-recortada, malvaÃsco, rabo-de-fo- guete, caquibosa. CaracterÃsticas: Planta herbácea, arbustiva. Folhas alternas, ar- redondadas, lobuladas (com uns 8 lóbulos), algo aveludadas. Flores róseas, roxas ou violáceas. Fruto: carrapicho. As fibras servem para cordas e estopa. Habitat: Em quase todo o PaÃs. Valor terapêutico: As folhas são emolientes: utilizam-se em todas as inflamações. A raiz, em decocção, é empregada contra as cólicas abdominais. As flores são expectorantes: usam-se- especialmente nas tosses se- cas e inveteradas. 0 decocto das sementes trituradas é um antelmÃntico eficaz. 82- ARAPABACA (Spigelia anthelmia) FamÃlia: Loganiáceas. SinonÃmia: Arapacaba, lombrigueira, erva-lombrigueira. ; Outro idioma: Brinvilli“re (Guiana Francesa). <012>
  • 50. 468 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA CaracterÃsticas: Arbusto. As folhas, ovais, se cruzam no topo do caule. Flores róseas, em espigas terminais. Valor terapêutico: As folhas frescas, espalhadas pelo chão, servem para afugentar baratas. A planta toda, mormente a raiz, é empregada como vermÃfugo, mas convém saber que é tóxica em dose superior a 3 gramas. 83 - ARAPARI-DA-VÓRZEA (Macrolobium acaciaefolium) FamÃlia: Leguminosas. SinonÃmia: aveira, fava-de-tambaqui. CaracterÃsticas: Órvore média ou grande, muito elegante. Madeira ruiva. Flores esbranquiçadas, com estames purpúreos. Habitat: Nas margens dos rios e lagos, na Amazônia. Valor terapêutico: A casca, adstringente, é útil contra a diarréia. 84 - ARAPOCA-VERMELHA (Galipea rubra) FamÃlia: Rutáceas. CaracterÃsticas: Órvore. Folhas lanceoladas, alternas. Valor terapêutico: A casca e o fruto têm larga aplicação na medi- cina caseira, no tratamento das febres palustres. 85 - ARARACANGA (Aspidosperma desmanthum) FamÃlia: Apocináceas. SinonÃmia: Araraúba-da-terra-firme. CaracterÃsticas: Órvore grande. Madeira castanho-amarela, clara. Habitat: Na terra firme, úmida, da Amazônia. Valor terapêutico: A araracanga encerra propriedades febrÃfugas. Parte usada: Folhas. 86 - ARARA-TUCUPÓ (Parkia oppositifolia) FamÃlia: Leguminosas-mimosáceas. SinonÃmia: Arara-tucupi, japacanim, paricá (Pará), visgueiro (Pa- rá). CaracterÃsticas: Órvore grande. Madeira branca, leve. Copa lar- , ga, chata, em forma de chapéu-de-sol. Flores brancas e amareladas, em capÃtulos. Habitat: Na mata de terra firme, arenosa, na Amazônia. PLANTAS MEDICINAIS 469 Valor terapêutico: A casca fresca, adstringente e anti-hemorrági- ca, é empregada para lavar feridas e úlceras. - ARATICUM-ALVADIO (Anona exalbida, Rol linia exalbida) FamÃlia: Anonáceas. SinonÃmia: Araticum-de-santa-catarina, fruta-de-conde-pequena, 87 imbira. CaracterÃstica: Órvore pequena. Habitat: Nos estados do Sul. Valor terapêutico: O fruto é emoliente ticas. As folhas são anti-reumá- 88 - ARATICUM-APÓ (Anona silvatica) FamÃlia: Anonáceas.
  • 51. SinonÃmia: Araticum-da-mata. CaracterÃsticas: Órvore. Fruto parecido com o fruto-do-conde. Habitat: Nas florestas, em diversos Estados do Brasil. Valorterapêutico: As folhas, aplicadas quentes, apressam a supu- ração. O banho de vapor, com o decocto das folhas, é bom para combater as febres intermitentes. As folhas encerram, outrossim, pro- priedades antissifilÃticas. Os grelos, em infusão, aliviam as cólicas. 89 - ARATICUM-DA-MATA (Rollinia silvatica) FamÃlia: Anonáceas. SinonÃmia: Araticum-do-mato, araticum-do-morro, araticum-gran- de, pasmada-do-mato. CaracterÃstica: Órvore pequena. Habitat: Em vários Estados do Brasil. Valor terapêutico: Os frutos servem para a fabricação de uma be- bida refrigerante e estomáquica. Os frutos e as folhas são úteis con- tra a disenteria, as anginas e as aftas. 90 - ARATICUM-DE-ESPINHO (Anona spinescens) FamÃlia: Anonáceas. SinonÃmia: Araticum-da-beira-do-rio, araticum-do-alagadiço, arati- cum-do-brejo, araticum-do-rio. CaracterÃstica: Arbusto. Habitat: Nos Estados do Sul do Brasil. <012> 470 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA Valor terapêutico: A polpa do fruto é emoliente e depurativa. O decocto quente das folhas e das cascas, em banhos, é útil contra o reumatismo. 91 - ARATICUM-DO-BREJO (Anona glabra, Anona palustris) FamÃlia: Anonáceas. SinonÃmia: Araticum-paná, araticum-caca, araticum-cortiça, arati- cum-de-boi, araticum-de-jangada, araticum-do-mangue, araticum-da- -praia, araticum-da-água, araticum-da-lagoa, cortiça, maçã-de-cobra, mulolo. . Outros idiomas: Corossol sauvage (Guiana Francesa), Alligator apple ()amaica). CaracterÃsticas: Órvore pequena ou arbusto. Madeira pardo-escu- ra. Fruto parecido com a graviola ou jaca-do-pará, porém muito me- nor e arredondado. Habitat: Nos manguezais da costa, na Amazônia. Valor terapêutico: O fruto é vermÃfugo e emoliente. As folhas, em infusão, são antelmÃnticas. Também nos casos de reumatismo as folhas dão bons resultados. 92 - ARATICUM-DO-CAMPO (Anona coriacea) FamÃlia: Anonáceas. SinonÃmia: Araticum-dos-lisos. CaracterÃstica: Órvore pequena. Valor terapêutico: As sementes raladas são adstringentes. Têm aplicação contra a diarréia crônica. 93 - ARATICUM-DOS-GRANDES (Anona dioica) FamÃlia: Anonáceas. SinonÃmia: Araticum-grande, araticum-do-campo, ata, marolinho, pinha. CaracterÃstica: Órvore pequena. Habitat: Em muitos Estados do Brasil. Valor terapêutico: O fruto é emoliente. As folhas são emprega-
  • 52. das como anti-reumáticas. 94 - ARATICUM-DO-MATO (Anona longifolia) FamÃlia: Anonáceas. PLANTAS MEDICINAIS 471 SinonÃmia: Envireira. Outro idioma: Corossol pinaioua (Guiana Francesa). CaracterÃsticas Órvore média. Madeira branca. Fruto da grossura de uma maçã, de polpa vermelha, deliciosa. Habitat: Amazônia. Valor terapêutico: O araticum-do-mato tem aplicação como anti- -reumático. Partes usadas: Folhas e frutos verdes. 95 - ARATICUM-DO-PARÓ (Anona sericea) FamÃlia: Anonáceas. Outro idioma: Guimané savane (Guiana Francesa). CaracterÃstica: Órvore pequena. Habitat: Amazônia. Valor terapêutico: O araticum-do-pará é empregado como anti- -reumático.- Partes usadas: Casca e folhas. 96 - ARATICUM-MANSO (Anona asiatica) FamÃlia: Anonáceas. Outro idioma: Anon (Haiti). CaracterÃsticas: Órvore pequena. Fruto comestÃvel, mucilaginoso e aromático. Valor terapêutico: Os frutos são aconselhados aos convalescentes das enfermidades febris. Verdes, são adstringentes e recomendados contra as aftas. As folhas cozidas são empregadas contra o reumatis- mo. 97 - ARATICUM-PONHÓ (Anona Marcgravii) FamÃlia: Anonáceas. SinonÃmia: Araticum-de-paca, araticum-panã. CaracterÃstica: Órvore. Valor terapêutico: O decocto dos frutos verdes é útil contra as aftas. 98 - ARIÓ (Thalia lutea, Maranta lutea, Calathea alluia) FamÃlia: Marantáceas. SinonÃmia: Uariá. <012> 472 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA Outro idioma: Topinambour blanc [Martinica). CaracterÃsticas: Planta herbácea. Tubérculos piriformes, brancos, comestÃveis depois de cozidos. Habitat: Amaznia. Valor terapêutico: Emprega-se contra a retenção da urina, em ca- so de cistite. Parte usada: Folhas, por decocção. 99 - ARICURI (Cocos coronata) FamÃlia: Palmáceas.
  • 53. SinonÃmia: Aracuri, alicuri, ariri, aracui, nicori, coqueiro-dicori, ouricuri, uricuri. CaracterÃsticas: Palmeira mediana. Tronco eriçado de fragmentos de folhas velhas. Habitat: Comum na Bahia, em Alagoas e em outros Estados. Valor terapêutico: O suco deste coco, verde, espremido, tem apli- cação na cura da oftalmia. 100 - ARINGA-IBA (Caladium arborescens) FamÃlia: Aráceas. CaracterÃstica: Arbusto parecido com o tinhorão, porém mais al- to. Valor terapêutico: Tem propriedades resolutivas e combate as do- res articulares. Parte usada: Folhas. 101 - AROEIRA (Schinus terebinthifólius, Schinus antarthritica, Sthinus aroeira) FamÃlia: Anacardiáceas. SinonÃmia: Aroeira-mansa, aroeira-vermelha, araguaraÃba, corneÃ- ba, cambuÃ, fruto-de-sabiá. CaracterÃsticas: Órvore pequena. Ramos foliosos, mais ou menos empubescidos. Folhas compostas, imparipenadas. FolÃolos (2 a 7 pa- res) sésseis, oblongos, serreados. Inflorescência em panÃculas termi- nais. Frutos globulosos, avermelhados, pequenos. Valor teraputico: A aroeira é boa para combater as febres, o reu- matismo e a sÃfilis. PLANTAS MEDICINAIS 473 Os homeopatas aconselham esta planta nos casos de atonia mus- cular, distensão dos tendões, artrite, reumatismo, fraqueza dos órgãos digestivos, tumores. Emprega-se empiricamente, em fomentações, para combater afec- ções reumáticas e tumores linfáticos. As folhas são dotadas de propriedades balsâmicas, pelo que se usam para curar úlceras. Devido aos seus efeitos adstringentes, as cascas são contra a diar- réia e as hemoptises. Usam-se 100 gramas para 1 litro de água. Pode adoçar-se com açúcar. Tomam-se 3 a 4 colheres, das de sopa, ao dia. Aplica-se também contra a ciática, a gota e o reumatismo. Pre- para-se um cozimento na proporção de 25 gramas de cascas para 1 li- tro de água. Toma-se diariamente um banho de 15 minutos, tão quente como se possa suportar. A aroeira de que aqui estamos falando, não deve ser confundida com as aróeiras bravas ou trroeiras brancas, entre as quais se destaca a Lithraea molleoides. Estas são extremamente cáusticas. O simples cheiro das mesmas, ou as partÃculas que delas se desprendem ao se- rem cortadas, a seiva ou a madeira seca, ou mesmo a terra em que crescem suas raÃzes podem causar uma afecção cutânea semelhante à urticária, edema ou eritema. Para estes casos, as lavagens com o de- cocto das folhas da aroeira mansa são um remédio eficaz. Estas lavagens são boas também contra a erisipela e outras molés- tias provocadas por bactérias e que se manifestam em forma de ede- ma ou eritema. Há também outras espécies de aroeiras mansas: a Schinus wein- manniafolius, conhecida pelos nomes populares de aroeira-rasteira, aroeira do campo, almecegueira e lentisco; a Schinus molle, popular- mente conhecida por aroeira, aroeira mole; e outras. Prestam-se para
  • 54. os mesmos fins curativos. 102 - AROEIRA-DO-SERTÓO (Astronium orindeuva) famÃlia: Anacardiáceas. SinonÃmia: Aroeira-orundeuva, aroeira-preta, orundei-iba, orundei- -pita. CaracterÃsticas: Órvore excelsa. Lenho muito durável. <012> 474 A FLORA NACIONAL NA MEDICINA DOMÓSTICA Valor terapêutico: O decocto da casca é bom contra a diarréia. Em banhos, usa-se para combater úlceras de mau caráter. 103 - ARRAIA-DO-MATO (Bignonia echinata) FamÃlia: Bignoniáceas. SinonÃmia: Arcunã. CaracterÃsticas: Arbusto cor de rosa. Flores róseas. Fruto: Cápsu- la. Valor terapêutico: Ó uma planta vulnerária, anti-sifilÃtica, sudorÃfi- ca Parte usada: Raiz. 104 - ARREBENTA-CAVALOS (Solanum arrebenta, Solanum aculea- tissimum, Solanum agrarium) FamÃlia: Solanáceas. SinonÃmia: Melancia-da-praia (Pernambuco), baba (Bahia), mingo- la (Alagoas), arrebenta-boi, bobó, juati. Em S. Paulo, Minas e Rio é que se chama arrebenta-cavalos. CaracterÃsticas: Erva espinhosa, cujos ramos se elevam até uns 50 cm. Haste e folhas cheias de espinhos. Folhas pecioladas, lobadas, relativamente grandes. Flores reunidas em pequenos grupos, forman- do estrelas verde-amareladas. O fruto contém uma massa branca, prateada, semi-esponjosa, muito doce, e muitas sementes reniformes. F. C. Hoehne, em sua obra "Plantas e Substâncias Vegetais Tóxi- cas e Medicinais", pág. 256, alega que as crianças comem a casca "sem dano para si". E acrescenta que, "se existem princÃpios tóxicos, os mesmos devem existir nas sementes". M. Penna, em seu livro "Notas Sobre Plantas Brasileiras", pág. 417, diz: "Os cavalos, quando comem os frutos, morrem; e as vacas, se não morrem, transmitem pelo leite todas as propriedades tóxicas." Valor terapêutico: Emprega-se exteriormente para fazer desapare- cer os panos (manchas) da pele; na urticária também se aplica. Parte usada: Fruto. 105 - ARROZ (Oryza sativa) 9I - araticum -do - brejo 475 92- araticum-do-campo