2.
A placa-mãe é o principal componente do
computador. É através da placa-mãe que
todos os dispositivos que fazem parte de um
pc funcional são conectados. Se olharmos
atentamente para uma placa-mãe, vemos fios
embutidos na placa sob a forma de caminhos
que atravessam o sistema.
Fazendo uma analogia, estes caminhos são
como estradas, e é justamente por ela que os
sinais de dados circulam de um lado para
outro.
3.
A primeira coisa que chama a atenção numa
placa-mãe é o socket do processador, onde
por cima do mesmo se localiza um dissipador
de calor ou ventilador.
As placas clássicas do Pentium possuem um
slot socket 7, onde o processador é inserido.
Este tipo de socket é chamado de ZIF (Zero
Insertion Force), que como o próprio nome
indica, o processador poderá ser encaixado
ou desencaixado sem a utilização de força
para isto.
5.
Olhando mais atentamente, percebemos
outro detalhe que chama a atenção: os slots
de memória, onde usualmente instalamos a
RAM. Há tipicamente dois tipos de sockets
para se instalarem memórias: SIMM (Single
InLine Memory) e DIMM (Dual InLine Memory
Module).
Os sistemas originais Pentium possuem tanto
sockets SIMM de 73 pinos quanto sockets
DIMM de 168 pinos.
6. A maioria das placasmãe possui um ou mais
slots de expansão, que
visa adicionar
funcionalidades ao
computador. Estes slots
apresentam-se de
várias formas diferentes.
7.
Placas de sistema possuem portas de
comunicação integradas diretamente na sua
estrutura. Estas portas também são
conhecidas como COM.
Frequentemente, encontramos duas portas
COM em cada sistema, COM1 e COM2.
Portas COM também são chamadas de portas
série, por enviarem dados em séries – um bit
de cada vez.
8.
Existe à mais de 20 anos e rege-se pela
norma RS232C;
◦ RS-232 é um protocolo que define comunicação
serial ponto a ponto entre dois dispositivos. Deixou
gradualmente de ter importância com o
aparecimento do protocolo USB.
Era uma porta de comunicação utilizada para
conectar modems, ratos, algumas
impressoras e outros equipamentos de
hardware. Os bits eram enviados em série.
9.
Apesar de substituído na maior parte dos
casos por portas USB, alguns dos modems ou
outros equipamentos específicos ainda usam
portas série.
No inicio tinha 25 pinos mas mais tarde a
IBM conseguiu reduzir para 9 pinos
eliminando muitos não utilizados, no entanto
manteve os dois tipos no mercado.
10. Os pinos têm funções específicas como se pode ver abaixo em
relação a um modem:
11.
A porta paralela é também conhecida como
LPT1. Uma das suas principais características
é o envio de 8 bits de cada vez. Trata-se de
um conector de 25 pinos, que também é
conhecido como DB25-femea.
Criada inicialmente pela IBM para conectar
impressoras da marca Centronics , acabou
tornando-se um padrão alternativo (à porta
Série) usado para outras marcas e até mesmo
outros equipamentos.
12.
Transmitia bits em paralelo uns aos
outros, em oposição aos mesmos bits que
são transmitidos em série (todos numa única
linha) através de uma porta série.
Tal como as portas Série, hoje em dia foram
praticamente substituídas pelas Portas USB.
13.
Criada em 1987 para substituir
especificamente as portas série no teclado e
no rato;
Usavam código de cores (verde para rato e
lilás para teclado) pois embora o sistema
eletrónico fosse semelhante, os comandos
eram diferentes e os cabos não podiam ser
trocados.
Hoje em dia são cada vez mais substituídas
pelas Portas USB, embora ainda estejam
disponíveis em muitos computadores.
14.
O padrão USB foi desenvolvido por um
consórcio de empresas, entre as quais
destacam-se: Microsoft, Apple, HewlettPackard, NEC, Intel e Agere.
É um tipo de conexão PnP - Plug and Play
(ligar e usar) que permite a conexão de
periféricos sem a necessidade de desligar o
computador.
15.
Foi projetada de maneira que possam ser
ligados vários periféricos pelo mesmo
canal, é possível ligar até 127 dispositivos a
uma única porta USB do
computador, utilizando, para a
derivação, hubs especialmente concebidos.
16.
Cabos individuais USB podem ter até 5
metros; com hubs, os dispositivos podem
ficar até 30 metros de distância do
computador (o equivalente a seis cabos).
Os dispositivos USB são hot-swappable
(conectáveis "a quente"), ou seja, podem ser
conectados e desconectados a qualquer
momento.
17. Versões do USB:
O USB eliminou em grande parte a necessidade de uso de
outros tipos de portas
18.
Muito semelhante ao USB e possuindo várias
das mesmas características foi desenvolvido
pela Apple.
Graças à Sony que o adotou como padrão é
muito utilizado para transferências de áudio e
vídeo entre o computador e as câmaras
firewire.
19.
Na sua versão mais recente consegue atingir
3,2 Gbps de taxa de
transferência, aproximando-se assim à
performance do USB 3.0 (4,8 Gbps).
Ao contrário do USB, funciona em série, não
necessita do computador como host e podese ligar duas câmaras firewire entre si e
transferir dados.
21. Os conectores PS/2, encontrados na grande
maioria das placas-mãe, servem para
conectarmos o rato e o teclado do sistema.
Placas-mãe antigas (como Baby-AT) possuíam
um conector DIN para o teclado embutido. Em
alguns casos, também possuíam uma porta de
rato na placa. Caso não houvesse, o conector
do rato era encontrado no próprio
gabinete, e era ligado à placa através de cabos.
22.
Este conector serve para conectarmos a fonte
de alimentação na placa-mãe, pois todos os
dispositivos conectados à placa precisam de
energia para funcionar.
Conector ATX
23. Conector AT
Placas-mãe modernas, padrão
ATX, possuem um conector de 20 ou
24
vias para realizar este procedimento.
Antigamente, no padrão AT, os
conectores (P8 e P9) tinham uma
peculiaridade especial: os fios pretos
deveriam estar no meio em ambos os
lados, pois caso contrário, a placa
fatalmente seria queimada. Com o
conector ATX este problema já não
existe, impedindo que o utilizador
faça a conexão de forma invertida.
24.
Um controlador de disco rígido é um
dispositivo responsável por receber a
informação do processador, convertê-las e
interpretá-las em sinais que o disco rígido
possa entender.
Depois, envia de volta para o processador a
informação já convertida em sinais que o
processador também possa entender.
Hoje, as interfaces SATA começam a dominar
o mercado. Antes, eram as interfaces IDE que
predominavam.
25.
Localizar o chip BIOS numa placa é fácil:
geralmente possuem o formato retangular e
apresenta o nome do fabricante. Fabricantes
populares incluem AMI, AWARD e
PhoenixBIOS.
O BIOS (Basic Input Output System) é um
programa de baixo nível que permite que
todos os dispositivos do sistema possam
comunicar uns com os outros.
26.
Trata-se de um chip ROM, significando que
podemos ler as informações nele
contidas, porém em circunstâncias
normais, não poderá realizar operações de
escrita.
Hoje, encontramos chips EEPROM (Electrically
Erasable Programmable ROM), onde podemos
obter um software especial do fabricante do
BIOS para escrever no chip.
27.
O chip do BIOS também contém um código
que controla o processo de boot do sistema.
Trata-se do POST, onde o micro passa por
um série de testes. Logo depois, caso tenha
passado no teste, o BIOS localiza a partição
master de boot e, em seguida, o sistema
operativo é carregado.
28.
O computador mantém um relatório do seu
“inventário” que é conhecido como CMOS
(Complementary Metal Oxide Semiconductor).
No CMOS encontramos uma “listagem” dos
componentes do sistema, como o tamanho
do disco rígido instalado no
computador, quantidade de RAM etc.
29.
A listagem do “inventário” é armazenada na
CMOS RAM, o que é um problema porque a
RAM perde o seu conteúdo quando a
máquina é desligada.
Para resolver este inconveniente, uma
pequena bateria é inserida na placa-mãe que
fornece energia suficiente para que o
conteúdo do CMOS RAM não se perca.
30. A forma de uma
placa-mãe
descreve as
dimensões ou
tamanho da
placa-mãe e como
será o layout dos
componentes da
placa.
31.
O antigo padrão Full AT possuía 30.48cm x
27.94cm. Este padrão era bastante
problemático em relação à instalação e
manutenção dos componentes. As placas de
expansão quando eram inseridas no sistema
ficavam quase sempre por cima do
processador. Esta situação ocasionava
problemas de aquecimento, devido à
insuficiência no processo de ventilação.
32.
Este padrão de placa-mãe
foi um dos mais populares
já lançados. Medindo
21.59cm x 25.4cm, esta
placa pode ser facilmente
identificada porque
geralmente possui um
conector DIN para o
teclado, no cantinho da
mesma. A placa
incorporou também o
socket ZIF 7, para os
clássicos processadores
Pentium.
33.
Em 1995, a Intel desejava uma placa de
sistema que suportasse o processador
Pentium II e o novo slot
AGP, então, construíram o formato ATX.
Medindo 19.05cm x 30.48cm, as placas-mãe
ATX possuem todas as portas de I/O
integradas diretamente na placa, incluindo
portas USB. Uma das curiosidades integradas
neste novo padrão é que o sistema podia ser
desligado pelo sistema operativo.
34.
Slots de expansão foram idealizados para
expandirmos as características das nossas
máquinas. O problema é que há vários tipos
diferentes de slots de expansão no
sistema, fazendo com que ao comprar uma
nova placa tenhamos que nos certificar que
comprámos o modelo correto.
35.
A ISA (Industry Standard Architecture) foi a
primeira arquitetura de
barramento, desenvolvida originalmente
sobre uma arquitetura de 8 bits e 16 bits.
Possui a velocidade de 8 MHz, que é
extremamente lento para os padrões de hoje.
36.
Placas de expansão ISA de 16 bits (ex.: placas
de som) devem ser conectadas em slots ISA
de 16 bits, mas as placas de expansão ISA de
8 bits (ex.: placas fax/modem) podem ser
conectadas, tanto em slots de 8 como de 16
bits.
A figura seguinte mostra placas de expansão
ISA de 8 e 16 bits, bem como os seus slots.
37.
38.
A MCA (Micro Channel Architecture), foi
desenvolvida pela IBM, e era uma arquitetura
de 32 bits e corria a 10 MHz. O interessante é
que a MCA não era compatível com o padrão
ISA. Com a MCA, a IBM trouxe uma novidade
chamada Bus Mastering, que permitia aos
dispositivos, quando “conversavam”, enviar
informações diretamente de uns para os
outros, sem ter que passar pelo processador.
40.
A EISA (Extended Industry Standard
Architecture) foi desenvolvida sob a
arquitetura de 16 e 32 bits. A grande
vantagem da EISA é que manteve
compatibilidade com as antigas placas ISA. A
EISA também manteve o conceito de bus
mastering introduzido pela MCA. Como
ambas as placas encaixavam no mesmo
slot, eles tiveram que manter os 8 MHz de
velocidade.
41.
Em 1992, a VESA (Video Electronics Standard
Association) desenvolveu uma arquitetura de
barramento que era superior ao ISA. VESA era
uma arquitetura de 32 bits, suportando o bus
mastering e corria na mesma velocidade do
processador, que na época rondava os 25 a
33 MHz. Os seus slots eram mais utilizados
para placas de vídeo e são facilmente
identificados, já que possuem uma cor
parecida com cor de canela, agindo como
uma extensão do slot ISA.
42.
O PCI (Peripheral Component Interconnect) foi
um grande avanço relativamente às
tecnologias anteriores. Suporta placas de 32
e 64 bits. Possui uma velocidade de 33 MHz
e, mais uma vez, suporta o bus mastering.
As placas de expansão PCI possuem um
recurso muito interessante, além da sua
elevada velocidade de transferência de dados.
43.
Trata-se da autoconfiguração obtida com o
padrão PnP (Plug and Play). Essas placas são
reconhecidas e configuradas
automaticamente pelo BIOS (todas as placas
de CPU equipadas com slots PCI possuem um
BIOS PnP) e pelo sistema operativo sem
necessitarem que o utilizador precise
posicionar jumpers para realizar
manualmente a sua configuração, como
ocorria com as placas de expansão.
44.
A AGP (Advanced Graphics Port) corre a 66
MHz, ou seja, o dobro do barramento PCI.
Elas foram idealizadas para a conexão de
placas de vídeo. O aumento do desempenho
não vem somente da velocidade, mas
também pelo facto do barramento AGP
possuir um caminho direto para o
processador, logo, a informação circula
rapidamente do processador para a placa
AGP.
45.
Chipset é um conjunto de chips usado na
placa-mãe. As grandes empresas fabricantes
de chipset são: Intel, VIA, SiS, ATI e NVIDIA.
Os chipsets podem ser divididos em duas
pontes: MCH e ICH.
46.
47.
MCH (Memory Controller Hub): Também
conhecido como ponte norte, o MCH é
conectado diretamente à CPU e as suas
principais funções são: controlador do
barramento AGP, PCI Express x16 e interface
para transferência de dados com a ponte sul.
O MCH também funciona como um
controlador de memória, exceto para
processadores socket 754, 939 e 940.
48.
ICH (I/O Controller Hub): Também conhecido
como ponte sul, o ICH é conectado à ponte
norte e a sua função é basicamente controlar
os dispositivos on-board e de entrada e
saída, como discos rígidos, portas
USB, barramento PCI, barramento PCI
Express, RTC (relógio de tempo real) etc .
49.
A grande curiosidade em relação ao ICH, é
que o mesmo determina a quantidade (e
velocidade) das portas USB e a quantidade e
tipo das portas do disco rígido que a placamãe possui.
Já a curiosidade referente ao MCH é
justamente em relação à memória. Como o
controlador de memória está no MCH, é este
chip que limita o tipo e quantidade máxima
de memória que podemos instalar no micro.