O documento analisa um álbum de fotografias da Revolução Constitucionalista de 1932 no estado de São Paulo. O álbum pertenceu a Paulo Camilher Florençano e contém 180 imagens de eventos que ocorreram na capital paulista, como comícios, funerais de líderes e participação de batalhões. As fotografias fornecem detalhes sobre momentos cotidianos durante os dois meses de revolta e ajudam a compreender este período histórico.
1. Retratos de uma Guerra Civil: fatos da Revolução
Constitucionalista de 1932 contados por um álbum
de fotografias
André Petris Gollner | Roberta Baldo Bacelar
Faculdade Anhanguera de Taubaté
2. • Expectativas por uma nova Constituição Federal e
equívocos políticos de Vargas em relação a São Paulo
resultaram no levante armado que tentou destituí-lo.
• A Revolução Constitucionalista de 1932 durou apenas
dois meses, de 9 de julho a 02 de outubro, e não obteve
êxito.
• Contudo, é ainda comemorada com um feriado estadual
e serve como tema para vários tipos de publicação.
A Insurgência Paulista
3. • Objeto de estudo:
Álbum temático que pertenceu à coleção pessoal de
Paulo Camilher Florençano (1913-1988).
Peça integrante do Arquivo Histórico Dr. Félix
Guisard Filho, em Taubaté (SP).
As 180 fotografias do documento também compõem
o acervo digital do Museu da Imagem e do Som de
Taubaté (Mistau).
Metodologia
4. • Objetivo: fazer uma análise do álbum de Florençano e
averiguar seu conteúdo como memória histórica da
Revolução Paulista ocorrida em 1932.
• Pesquisa: qualitativa que se utilizou da pesquisa
bibliográfica, análise documental, entrevista pessoal e
análise de imagem (KOSSOY, 2004; COUTINHO, 2010).
Metodologia
5. Resultados
• Fatos históricos e momentos cotidianos ocorridos na
capital paulista durante a Revolução de 1932 compõem
o tema da série de fotografias reunidas por Florençano.
• Abaixo de cada fotografia, a maioria sem datação,
Florençano fez anotações, de próprio punho, para
identificar o evento a que se refere.
6. Resultados
• As primeiras 22 fotografias apresentam comícios antes de
9 de julho de 1932.
• As imagens refletem o momento de euforia, a exaltação
da identidade regionalista e o engajamento à causa
descritas nos livros.
• Ao retratar as cerimônias de
posse de secretários do
governo provisório o autor (ou
autores) das fotografias
parece ser próximo das
autoridades.
7. Resultados
• Os enterros de Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo são
retratados no material.
• Fatos relevantes, como a ocupação da Companhia
Telefônica e os comícios na Faculdade de Direito,
também foram registrados.
• Diferentes batalhões envolvidos
na revolta armada figuram em
fotografias do álbum.
8. Resultados
• A participação feminina na
insurreição pode ser constatada
numa sequencia de oito fotografias.
• O luto é expresso em dez imagens
que registram velórios e funerais.
• Duas imagens chamam a atenção
por documentarem a presença
indígena no conflito.
10. Considerações Finais
• Pôde-se observar que os eventos retratados no
documento coincidem com a história oficial.
• Os retratos são de episódios que ocorreram na capital
paulista um pouco antes e depois de 9 de julho de 1932,
mas não mostram o final do conflito ou cenas de
batalha campal.
• O álbum representa mais uma peça histórica que pode
auxiliar pesquisadores e historiadores na compreensão
da Revolução de 1932.
11. Agradecemos a atenção
Por gentileza, sugestões
e críticas
E-mails:
andre.gollner@aedu.com
roberta.baldo@anhanguera.com