2. DR Leonardo Higashi
• Titular em Endocrinologia e Metabologia pela SBEM
• Especialista em Clinica Medica pela AMB
• Titular em Nutrologia pela ABRAN
• Pós graduado em Pratica Ortomolecular/FAPES
• Fellow em Endocrinologia do Envelhecimento pela Hertoghe Medical School/
WOSSAM Bélgica
• Diretor Médico da Clinica Higashi
Ortomoleculardrhigashi.med.br
Clinicahigashi.com.br
Centromedicoathenas.com.br
DR. LEONARDO HIGASHI
3. 1. Definição do GH
2. Como é a sua ação ?
3. Como é a sua regulação ?
4. História do GH.
5. Sinais clínicos da deficiência de GH
6. Como é o diagnostico da deficiência de GH ?
7. Quais são as Indicações absolutas e as indicações off Label ?
8. Quais são os benefícios ?
9. Quais são as contra indicações e malefícios ?
OBJETIVO
5. • GH é um Hormônio
predominante Pituitário
• 5 genes relacionados ao GH
localizado no cromossomo
17q24.2
• Expresso na Hipófise, Placenta e
Linfócitos (Parácrina e
Autócrina).
• A forma predominante de GH é
Monomérica (forma mais ativa
em relação as Oligoméricas),
com 191 aa, com peso de 22 k
• Pertence a super família das
proteínas Citocínas
14. • A secreção é pulsátil a cada 2-3 hs.
• Com maiores pulsos a noite, no estagio 4 do sono (ondas lentas).
• Tipicamente no inicio do ciclo do sono.
• Secreção ultra diurna é diferente entre os sexos (efeito do
estrogênio)
• Na mulheres os níveis de secreção são maiores, erráticos e com
diferenças Inter picos mais amplos.
• Inicio da secreção é na vida fetal, e o pico é na puberdade de 150
mcg/kg, aos 55 anos secreção média de 25 mcg/kg.
• Ocorre um declínio paralelo a diminuição da massa muscular
• Média de decréscimo de 50 % a cada 7 anos.
REGULAÇÃO DO EIXO HGH
15. • A obesidade atenua a secreção de GH
• Stress, exercício, sono e jejum estimulam a secreção do
GH.
• A metabolização e a excreção é principalmente renal e
hepática.
• A meia vida do GH livre e ligado a proteína em torno 11
a 27 min.
• O IGF 1 tem ações anabólicas, mitogênicas, porém a
ação lipolítica e mediada pelo GH.
• Endocr Rev. 1998;19(6):717.
16.
17. História do GH
• Em 1886, Mairie associou tumores da hipófise com
sinais de acromegalia.
AAAAA
21. História do GH
• 1909, Aschner após retirada da Hipófise de filhotes de cachorros, que promoviam um
severo retardo de crescimento, veio a hipótese de que Pituitária tinha importância no
crescimento.
• 1921, Evans e Long, demostram que o extrato do lobo anterior da Hipófise injetado
no peritônio de ratos promoveu o crescimento dos animais.
• 1930, uma serie de estudos realizado por Smith, comprovou definitivamente que
Hipófise anterior era necessária para o crescimento. Estudos realizados com a retirada
da Hipófise de animais causando a deficiência do crescimento, que após o
retransplante reestabeleciam o déficit.
• Até 1984 utilizava-se hormônio retirado da Hipófise de cadáveres.
• Em 1984 primeiro caso de doença Creutzfeld-Jakob relacionada com o uso do PITGH
• Em 1985 inicio produção de GH Recombinante.
• Ampliação das indicações do GH, que era restrita somente ao crianças com DGH.
• J Clin Endocrinol Metab, October 2011, 96(10):3042–3047
22. Sinais Clínicos da Deficiência de GH
• Crianças: O principal sintoma é baixa estatura.
1. Congênita:
Nasce um pouco menor e a deficiência do crescimento não é muito
evidente no inicio.
Hipoglicemia e icterícia
Maior frequência de asfixia perinatal e partos pélvicos
Pode vir com Hipospádia, Micro pênis, e Criptorquidia
(principalmente quando associado a deficiência de gonadotrofinas.
23. Sinais clínicos da deficiência de GHSinaisclínicosdadeficiênciadeGH
• Adquirida
Deficiência severa de
crescimento com idade óssea
atrasada.
Fácies angelical ou de boneca
Voz infantil, cabelos finos e
escassos.
Pênis pequeno e puberdade
usualmente atrasada.
Relação de peso/altura e
percentual de gordura
aumentados.
24. Sinais Clínicos da DGH no Adulto
• Diminuição da massa magra
• Aumento da massa de gordura
• Diminuição da massa óssea com aumento do risco de fraturas
• Aumento do risco cardiovascular
• Aumento da inflamação e disfunção endotelial
• Aumento da mortalidade
• Diminuição da qualidade de vida (queixa mais comum é sensação de
estar doente e com pouca energia)
25. Diagnóstico
• Padrão-ouro são os testes provocativos como: ITT e GHRH combinado
com arginina.
• Valores abaixo de 5 ng/ml em crianças e 3 ng/ml adulto são
considerados insuficientes
• Dosagem de IGF 1 pode estar baixa ou normal mesmo em deficientes.
• IGF 1 pode baixar devido a distúrbios do fígado, mesmo em pacientes
sem deficiência.
• Confiar no IGF 1 como diagnóstico quando o paciente tem um motivo
evidente de deficiência ex: TU de hipófise.
26. Indicações Clássicas do GH
• Crianças com DGH
• Crianças com baixa estatura sem deficiência de GH
1.Síndrome de Tunner
2.Doença renal crônica
3.Síndrome de Prader Willi
4.Crianças PIG que não fizeram cat up
5.Baixa estatura Idiopática
6.Baixa estatura associada a mutação no gene SHOX
7.Baixa estatura na Síndrome de Noonan
• Adultos com deficiência de GH
27. Benefícios da Terapia com GH em Crianças
• Objetivo principal: Melhorar a estatura final das crianças que estavam
com o crescimento prejudicado.
28. O início da terapia com GH deve ser
introduzida o mais rápido possível, assim
que for diagnosticado a deficiência.
29. Benefícios da terapia com GH em crianças
• Objetivo secundário: Melhorar a massa óssea
e qualidade do osso, prevenindo a
osteoporose.
O GH não deve ser descontinuado
após o termino do crescimento
devido ao maior risco de
osteoporose.
33. Conclusão
• A importância do GH na vida adulta é agora inequivocamente
aceito. Deficiência de GH é reconhecido por resultar em
alterações na composição corporal, desempenho físico, bem-estar
psicológico, e no metabolismo da glicose. Muitas destas
alterações pode ser melhorada ou até corrigida com a terapia de
reposição de GH. É provável que a reposição deste hormônio num
futuro próximo tornara-se tão rotineiro quanto de esteroides,
hormônio da tireoide, e reposição hormônios sexuais no manejo
do hipopituitárismo no adulto. A principal restrição ao uso
generalizado GH é o custo. Espera-se que uma vez que a indústria
farmacêutica recuperando suas despesas de desenvolvimento do
produto, o custo do GH diminua.
34. Melhora da Força Muscular
Melhora da força e
prevenção do declínio
neuromuscular
36. GH nos Parâmetros Cardiovasculares
O tratamento com GH tem efeitos
benéficos na massa muscular, massa
gorda, no perfil de LDL, pressão diastólica.
Além de benéficos em outros fatores de
risco cardiovascular como: fibrinogênio,
inflamação, função cardíaca e
espessamento da intima média.
37. GH - Câncer e Doença Cardiovascular
O tratamento
com GH diminui
o risco de
infartos e não
aumenta o risco
de câncer
38. Qualidade de Vida
A diminuição da qualidade
de vida é evidente nos
pacientes com DGH e os
benéficos da reposição está
bem documentada.
39. GH e Aterosclerose
O tratamento com GH
melhorou a função
endotelial e reverteu os
sinais iniciais da
aterosclerose
40. Efeitos do GH na Homocisteína
A Reposição do GH diminui a Homocisteína,
que é um mecanismo potencial de prevenção
da aterosclerose
41. Tratamento da Deficiência do GH
• Crianças: 0,1-0,3 ui/kg/dia ou 0,03-0,09mg/kg/dia ( 1ui de GH = 0,3
mg) e controlar pelo IGF 1 comparável com a idade, sempre buscando
o quartil superior da normalidade.
• Adultos: iniciar com 0,2- 0,3 mg/dia e ajustar pelo IGF 1.
• Níveis ideais de IGF1: em torno 350 em homens e de 300 em
mulheres.
43. GH e ou T na Prevenção da Sarcopênia
Objetivo desse estudo
era provar que
pacientes com níveis
relativamente baixos
de IGF 1 e Testo a,
reposição em baixas
doses, reverteriam
alguns dos efeitos
relacionados com o
envelhecimento sem
causar grandes efeitos
colaterais
44. Protocolo do Estudo
• Estudo foi randomizado em 4 grupos: placebo + placebo, placebo de
GH + T, GH + placebo de T, e GH + T.
• Testosterona administrada de 5 mg em adesivo transdérmico
• GH iniciado a 0,1 mg (0.2, 0.4, 0.6, e 1.2 mg) e aumentado conforme
os níveis de IGF 1 com o objetivo de no mínimo entre 141-252 ng/ml
e máximo de 380.
• Média da dose de GH utilizada foi de 0,5 mg/dia
47. Conclusão
Apesar de um curto período de uso do GH e da
Testosterona, o tratamento mostrou benefícios
tanto com GH isolado ou adicionado a T em
conjunto, na composição corporal e na função
cardiorrespiratória.
Com melhor efeito no grupo T + GH.
Sugerindo que a reposição de GH com ou sem T
de maneira fisiológica pode ter feito benéfico
em idosos, mesmo sem franca deficiência
hormonal.
48. Uso de GH + Testosterona em Idosos Saudáveis
A Suplementação de testosterona melhora a
massa muscular, força, capacidade aeróbica e
diminui a gordura e com melhor efeito quando
adicionado o GH.
50. Melhora da Gordura Visceral
Efeito sinérgico do GH
+ TH feminina na
diminuição da
gordura visceral
51. O GH tem um efeito benéfico na gordura
visceral do homem. Já na mulher existe sim
um efeito sinérgico do GH + TH feminina em
diminuir a gordura abdominal podendo ser
uma terapia preventiva cardiovascular
58. Conclusão
• Que a diminuição dos hormônios anabólicos como: GH,
Testosterona e DHEA são os grandes responsáveis por alguns
efeitos do envelhecimento levando a diminuição da massa
magra, aumento da gordura, diminuição da força e da mobilidade
e afetando a qualidade de vida.
• A terapia com GH e a testosterona são os principais hormônios
para evitar este processo.
• A reposta é dose e tempo dependente.
• O exercício sozinho não consegue evitar este processo, mas ele é
necessário estar em conjunto com o tratamento.
• A grande maioria dos estudos mostrou benefícios com o
tratamento.
• E o terapia de ambos é segura, pelo menos no tempo e doses
estudadas
59. GH na Doença Hepática
Um certo efeito
benéfico no catabolismo
muscular, sem alteração
da função hepática
61. Os obesos com níveis de secreção menores
de GH tem um fenótipo metabólico mais
doente como: aumento do espessamento da
carótida, dislipidemia, resistência insulínica, e
inflamação.
62. GH na Obesidade Abdominal em Homens Jovens
Grupo estudado de 21 a 45 anos
64. Melhora dos Fatores de Risco Cardiovasculares
A terapia com GH melhorou a
composição corporal, incluindo a gordura
hepática, função mitocondrial, e
diminuiu os marcadores de risco
cardiovascular. Porem teve um leve
aumento da glicose pós prandial.
65. GH na Obesidade Abdominal em Mulheres na Pré
Menopausa
O tratamento com GH
melhora a composição
corporal, e os marcadores
cardiovasculares.
76. Tratamento com GH na Osteoporose e no Metabolismo
Ósseo
• Grande variabilidade entre os estudos:
1.Idade entre 22-81 anos
2.0,0015 mg/kg ate 0,75 mg/kg
3.3 dias até 3 anos
• Foram estudados pessoas saudáveis, mulheres com osteoporose pós
menopausa, e homens com osteoporose idiopática.
• Na maioria dos estudos foi demostrada uma significativa aumento
dos marcadores de reabsorção e formação óssea.
• Não foram todos os estudos que o BMD foi analisado por DEXA.
77. Conclusão
• Em grande parte dos estudos houve aumento significativo da formação
óssea, do BMC, e BMD.
• Maior estudo foi de 3 anos com melhora de 14 % do BMC em conjunto
com E2 em mulheres pós menopausa.
• Alguns estudos não mostraram benefícios, e geralmente por dose baixa,
fatores nutricionais e tempo insuficiente de tratamento.
• O GH não consegue melhorar o BMD em pacientes com deficiência de
esteroides sexuais.
• O efeito colateral mais comum foi por retenção hídrica e as vezes síndrome
do túnel do carpo que foi facilmente resolvido do parada ou diminuição do
GH.
• O efeito é tempo (mínimo de 1 ano ou mais) e dose dependente.
• É um tratamento que pode ser considerado, mas ainda necessita de
maiores estudos para uma indicação precisa.
78. GH na Fratura Óssea
Poucos estudos
existentes,
porem com um
claro benefícios
na recuperação
da fratura óssea
79. Efeitos Colaterais e Contra Indicações
• Aumento de risco de Hipertensão intra craniana idiopática (pseudo tumor
cerebri), mas que melhora com a diminuição da dosagem ou suspensão do
tratamento.
• Deslizamento da cabeça do fêmur e escoliose pode ocorrer quando um aumento
muito rápido de crescimento.
• Diabetes descompensada está contra indicado o uso de GH.
• Diabetes ou intolerância a glicose em alguns casos, estudo publicado no Lancet
demonstrou que de 23.333 crianças tratadas 18 tiveram diagnostico de DM 2 e 14
com intolerância a glicose.
• Efeitos de retenção hídrica como síndrome do túnel do carpo, artralgia, edema
são mais comuns em adultos e são resolvidos com a ajuste de dosagem.
• A retinopatia diabética é uma contra indicação absoluta e deve ser sempre
pesquisada nos diabéticos.
• Câncer ativo é uma contra indicação ao uso.