1. QUANDO A ONÇA SE DEITA COM A OVELHA:
A arte com mídias úmidas e a cultura pós-biológica.
2. MÍDIA ÚMIDA:
Ascott, em 2003 disse que o universo seco do digital iria se
juntar com o molhado do universo biológico: Surge assim uma
consciência dupla que permite perceber tanto a dinâmica interna
das coisas como sua aparência externa. Arte, ciência, tecnologia
e mitologia serão hibridizadas e isso dará condições para se
viver num contexto de realidade mista, uma realidade que
integra o mundo real e o virtual.
3. Ele porém argumenta que tanto o conhecimento tecnológico
quanto o farmacológico têm campos de consciência que não
correspondem a nossa realidade cotidiana. Ele propõe então
considerar o espaço da consciência dentro de três realidades:
(1)Realidade Virtual, (2) Realidade Validada e (3)Realidade Vegetal.
Combina elementos reais e virtuais, por meio de recursos como
1.
telepresença que permite mudar a visão de si mesmo, de condutas e
dos ambientes habitados.
É a experiência diária. É a realidade do mundo estabelecida a partir de
2.
consensos. É a que controla as coordenadas da vida diária.
É uma possível transformação da consciência pela tecnologia vegetal.
3.
Essa tecnologia se apóia em práticas e percepções bastante arcaicas
e que são bastante conhecidas por meio do trabalho dos
xamãs, considerados por Ascott amplamente visionários e que operam
muitas vezes num contexto de cura diferenciado da Realidade
Validada da medicina ocidental.
4. CONCLUINDO:
Ele afirma que tanto as artes quanto as ciências biológicas
podem ganhar muito “a partir da pesquisa que busca
correspondências e colaborações entre as duas tecnologias, de
máquinas e plantas, dentro do espaço claro das três realidades. Ele
finaliza:” o problema não é da ciência, e sim do preconceito desta
com a física quântica e até mesmo a inteligência das plantas .
Para Ascott, quando esse tempo chegar, o planeta se
conforma de modo a que a onça do espaço natural da floresta possa
se deitar ao lado da ovelha clonada.