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1. FICHA INFORMATIVA DE PORTUGUÊS 10º ANO
ASSUNTO: CATEGORIAS DA NARRATIVA
A narrativa, como qualquer outro texto literário, obedece ao esquema apresentado
atrás: pressupõe sempre a existência de um emissor (autor) e de recetores(leitores),
enquanto o texto narrativo é a mensagem.
Mas a narração é também ela um ato comunicativo. Encontramos aí um emissor
(designado narrador), recetores (os narratários), uma mensagem (o discurso narrativo
que recria a história). Essa história recriada pelo discurso do narrador contempla uma
ação, envolvendo personagens e decorrendo em certos espaços e ao longo de um
certo período de tempo. Narrador, narratário, ação, personagens, espaço e tempo são
as chamadas categorias da narrativa.
Portanto, no género narrativo encontramos de facto dois atos comunicativos, estando
um encaixado no outro. É o que se pretende mostrar com o seguinte esquema:
Autor --> Narrativa --> Leitor Narrador > Discurso > Narratário
Analisemos mais pormenorizadamente cada uma dessas categorias.
Narrador - É a entidade responsável pelo discurso narrativo, através do qual uma
"história" é contada. O narrador nunca se identifica com o autor: este é um ser real,
enquanto aquele é um ser de ficção, uma "personagem de papel" que só existe na
narrativa. Pode ser exterior à "história" que narra ou identificar-se com uma das
personagens(presença) e só pode contar aquilo de que teve conhecimento (ciência).
2. Presença NARRADOR PARTICIPANTE Autodiegético O narrador identifica-se com a
personagem principal. A narração é feita na 1ª pessoa.Homodiegético O narrador identifica-se
com uma personagem secundária. A narração é feita na 1ª pessoa. NARRADOR NÃO
PARTICIPANTEHeterodiegético O narrador é totalmente alheio aos acontecimentos que narra.
A narração é feita na 3ª pessoa. Ciência (ponto de vista) Focalização O narrador revela um
conhecimento absoluto, quer dos omnisciente acontecimentos, quer das motivações. É capaz
de penetrar no íntimo das personagens, revelando os seus pensamentos e as suas emoções.
Focalização O narrador é um mero observador, exterior aos acontecimentos. externa Narra
aquilo que pode apreender através dos sentidos: descreve os espaços, narra os
acontecimentos, mas não penetra no interior das personagens. Focalização Este tipo de
focalização distingue-se da "focalização externa, interna porque o narrador adopta o ponto de
vista de uma personagem, narrando os acontecimentos tal como eles foram vistos por essa
personagem.NarratárioEnquanto a existência do narrador é evidente, a do narratário é menos
visível. Éque o narrador revela sempre a sua presença, através do discurso que elabora
(seexiste uma narração, ela é da responsabilidade de alguém), enquanto o narratáriopode ser
explicitamente identificado pelo narrador, ou, o que é mais frequente, terapenas uma
existência implícita. Normalmente, não encontramos ao longo dodiscurso do narrador
nenhuma referência ao destinatário do discurso (narratário), oque leva a que a sua existência
seja frequentemente ignorada. Mas na realidadeexiste sempre um narratário, cuja existência é
exigida pela própria existència donarrador, já que quem narra narra para alguém. O narratário
nunca se confundecom o leitor/ouvinte.C. da Narrativa/3º Período /Contos de Autores do séc.
XX Vanda Sousa Página 2
3. AcçãoPor acção, entendemos o conjunto de acontecimentos que se desenrolam
emdeterminados espaços e ao longo de um período de tempo mais ou menos extenso.Acção
principal – É constituída pelo conjunto das sequências narrativas queassumem maior
relevo.Acção secundária – É constituída por sequências narrativas consideradasmarginais,
relativamente à acção principal, embora geralmente se articulem comela. Permitem
caracterizar melhor os contextos sociais, culturais, ideológicos emque a acção se insere.Sendo
a acção um conjunto de sequências narrativas, existem vários possibilidadesde articulação
dessas sequências.Encadeamento – As sequências sucedem-se segundo a ordem cronológica
dosacontecimentos: S1 --> S2 --> S3 --> S4 --> SnEncaixe – Uma acção é introduzida no meio de
outra, cuja narração éinterrompida, para ser retomada mais tarde: A --> B --> AAlternância –
Duas ou mais acções vão sendo narradas alternadamente: A --> B --> A --> B -->
APersonagensAs personagens suportam a acção, visto que é através delas que a acção
seconcretiza. Elas vão adquirindo "forma" à medida que a narração evolui, numprocesso
designado por caracterização.Caracterização directa – Os traços físicos e/ou psicológicos da
personagem
sãofornecidos
explicitamente,
quer
pela
própria
personagem
(autocaracterização),
querpelo
narrador
ou
por
outras
personagens
(heterocaracterização).Caracterização indirecta – Os traços característicos da personagem
sãodeduzidos a partir das suas atitudes e comportamentos. É observando aspersonagens em
acção que o leitor constrói o seu retrato físico e psicológico.C. da Narrativa/3º Período /Contos
de Autores do séc. XX Vanda Sousa Página 3
4. Relevo Personagem Assume um papel central no desenrolar da acção e por isso principal
ocupa maior espaço textual. (protagonista) Personagem Participa na acção, sem no entanto
desempenhar um papel secundária decisivo. Figurante Não tem qualquer participação no
desenrolar da acção, cabendo-lhe apenas ajudar a compor um ambiente ou espaço social.
Composição Personagem É dinâmica; possui densidade psicológica, vida interior, e por isso
redonda surpreende o leitor pelo seu comportamento. (modelada) Personagem É estática;
caracteriza-se por possuir um conjunto limitado de plana traços que se mantêm inalterados ao
longo da narração. (desenhada) Frequentemente assume a forma de personagem-tipo, na
medida em que representa determinado grupo social ou profissional. Personagem Representa
um conjunto de indivíduos, que age como se fosse colectiva movido por uma vontade única.
Funções (estrutura actancial) destinador 4 objecto 4 destinatário 5 adjuvante 4 sujeito 3
oponenteDestinador Entidade ou força superior que permite (ou não) ao sujeito alcançar o
objecto.Destinatário Personagem ou entidade sobre quem recaem os benefícios ou malefícios
da decisão do destinador. Sujeito Personagem ou entidade que procura alcançar determinado
objecto.C. da Narrativa/3º Período /Contos de Autores do séc. XX Vanda Sousa Página 4
5. Objecto Personagem, entidade ou aquilo que o sujeito procura alcançar. Adjuvante
Personagem ou entidade que ajuda o sujeito a alcançar o objecto. Oponente Personagem ou
entidade que dificulta a obtenção do objecto por parte do sujeito.EspaçoEspaço físico É o
espaço real, exterior ou interior, onde as personagens se movem.Espaço social Designa o
ambiente social em que as personagens se integram. A caracterização deste espaço é feita
principalmente pelo recurso aos figurantes. Espaço É o espaço interior da personagem, o
conjunto das suas vivências, psicológico emoções e pensamentos.Tempo Tempo da Aquele ao
longo do qual decorrem os acontecimentos narrados. história(cronológico) Tempo do Resulta
do modo como o narrador trata o tempo da história. O discurso narrador pode respeitar a
ordem cronológica ou alterá-la, recuando no tempo (analepse) ou antecipando
acontecimentos posteriores (prolepse). Pode ainda narrar ao ritmo dos acontecimentos,
recorrendo ao diálogo (isocronia), fazer uma narração abreviada (resumo ou sumário), ou até
omitir alguns acontecimentos (elipse). Tempo É de natureza subjectiva; designa o modo como
a personagem psicológico sente o fluir do tempo.Clica no link, para aplicares os conhecimentos
adquiridos sobre este conteúdo

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Ficha informativa de português 10º ano

  • 1. 1. FICHA INFORMATIVA DE PORTUGUÊS 10º ANO ASSUNTO: CATEGORIAS DA NARRATIVA A narrativa, como qualquer outro texto literário, obedece ao esquema apresentado atrás: pressupõe sempre a existência de um emissor (autor) e de recetores(leitores), enquanto o texto narrativo é a mensagem. Mas a narração é também ela um ato comunicativo. Encontramos aí um emissor (designado narrador), recetores (os narratários), uma mensagem (o discurso narrativo que recria a história). Essa história recriada pelo discurso do narrador contempla uma ação, envolvendo personagens e decorrendo em certos espaços e ao longo de um certo período de tempo. Narrador, narratário, ação, personagens, espaço e tempo são as chamadas categorias da narrativa. Portanto, no género narrativo encontramos de facto dois atos comunicativos, estando um encaixado no outro. É o que se pretende mostrar com o seguinte esquema: Autor --> Narrativa --> Leitor Narrador > Discurso > Narratário Analisemos mais pormenorizadamente cada uma dessas categorias. Narrador - É a entidade responsável pelo discurso narrativo, através do qual uma "história" é contada. O narrador nunca se identifica com o autor: este é um ser real, enquanto aquele é um ser de ficção, uma "personagem de papel" que só existe na narrativa. Pode ser exterior à "história" que narra ou identificar-se com uma das personagens(presença) e só pode contar aquilo de que teve conhecimento (ciência). 2. Presença NARRADOR PARTICIPANTE Autodiegético O narrador identifica-se com a personagem principal. A narração é feita na 1ª pessoa.Homodiegético O narrador identifica-se com uma personagem secundária. A narração é feita na 1ª pessoa. NARRADOR NÃO PARTICIPANTEHeterodiegético O narrador é totalmente alheio aos acontecimentos que narra. A narração é feita na 3ª pessoa. Ciência (ponto de vista) Focalização O narrador revela um conhecimento absoluto, quer dos omnisciente acontecimentos, quer das motivações. É capaz de penetrar no íntimo das personagens, revelando os seus pensamentos e as suas emoções. Focalização O narrador é um mero observador, exterior aos acontecimentos. externa Narra aquilo que pode apreender através dos sentidos: descreve os espaços, narra os acontecimentos, mas não penetra no interior das personagens. Focalização Este tipo de focalização distingue-se da "focalização externa, interna porque o narrador adopta o ponto de vista de uma personagem, narrando os acontecimentos tal como eles foram vistos por essa personagem.NarratárioEnquanto a existência do narrador é evidente, a do narratário é menos visível. Éque o narrador revela sempre a sua presença, através do discurso que elabora (seexiste uma narração, ela é da responsabilidade de alguém), enquanto o narratáriopode ser explicitamente identificado pelo narrador, ou, o que é mais frequente, terapenas uma existência implícita. Normalmente, não encontramos ao longo dodiscurso do narrador nenhuma referência ao destinatário do discurso (narratário), oque leva a que a sua existência seja frequentemente ignorada. Mas na realidadeexiste sempre um narratário, cuja existência é exigida pela própria existència donarrador, já que quem narra narra para alguém. O narratário nunca se confundecom o leitor/ouvinte.C. da Narrativa/3º Período /Contos de Autores do séc. XX Vanda Sousa Página 2
  • 2. 3. AcçãoPor acção, entendemos o conjunto de acontecimentos que se desenrolam emdeterminados espaços e ao longo de um período de tempo mais ou menos extenso.Acção principal – É constituída pelo conjunto das sequências narrativas queassumem maior relevo.Acção secundária – É constituída por sequências narrativas consideradasmarginais, relativamente à acção principal, embora geralmente se articulem comela. Permitem caracterizar melhor os contextos sociais, culturais, ideológicos emque a acção se insere.Sendo a acção um conjunto de sequências narrativas, existem vários possibilidadesde articulação dessas sequências.Encadeamento – As sequências sucedem-se segundo a ordem cronológica dosacontecimentos: S1 --> S2 --> S3 --> S4 --> SnEncaixe – Uma acção é introduzida no meio de outra, cuja narração éinterrompida, para ser retomada mais tarde: A --> B --> AAlternância – Duas ou mais acções vão sendo narradas alternadamente: A --> B --> A --> B --> APersonagensAs personagens suportam a acção, visto que é através delas que a acção seconcretiza. Elas vão adquirindo "forma" à medida que a narração evolui, numprocesso designado por caracterização.Caracterização directa – Os traços físicos e/ou psicológicos da personagem sãofornecidos explicitamente, quer pela própria personagem (autocaracterização), querpelo narrador ou por outras personagens (heterocaracterização).Caracterização indirecta – Os traços característicos da personagem sãodeduzidos a partir das suas atitudes e comportamentos. É observando aspersonagens em acção que o leitor constrói o seu retrato físico e psicológico.C. da Narrativa/3º Período /Contos de Autores do séc. XX Vanda Sousa Página 3 4. Relevo Personagem Assume um papel central no desenrolar da acção e por isso principal ocupa maior espaço textual. (protagonista) Personagem Participa na acção, sem no entanto desempenhar um papel secundária decisivo. Figurante Não tem qualquer participação no desenrolar da acção, cabendo-lhe apenas ajudar a compor um ambiente ou espaço social. Composição Personagem É dinâmica; possui densidade psicológica, vida interior, e por isso redonda surpreende o leitor pelo seu comportamento. (modelada) Personagem É estática; caracteriza-se por possuir um conjunto limitado de plana traços que se mantêm inalterados ao longo da narração. (desenhada) Frequentemente assume a forma de personagem-tipo, na medida em que representa determinado grupo social ou profissional. Personagem Representa um conjunto de indivíduos, que age como se fosse colectiva movido por uma vontade única. Funções (estrutura actancial) destinador 4 objecto 4 destinatário 5 adjuvante 4 sujeito 3 oponenteDestinador Entidade ou força superior que permite (ou não) ao sujeito alcançar o objecto.Destinatário Personagem ou entidade sobre quem recaem os benefícios ou malefícios da decisão do destinador. Sujeito Personagem ou entidade que procura alcançar determinado objecto.C. da Narrativa/3º Período /Contos de Autores do séc. XX Vanda Sousa Página 4 5. Objecto Personagem, entidade ou aquilo que o sujeito procura alcançar. Adjuvante Personagem ou entidade que ajuda o sujeito a alcançar o objecto. Oponente Personagem ou entidade que dificulta a obtenção do objecto por parte do sujeito.EspaçoEspaço físico É o espaço real, exterior ou interior, onde as personagens se movem.Espaço social Designa o ambiente social em que as personagens se integram. A caracterização deste espaço é feita principalmente pelo recurso aos figurantes. Espaço É o espaço interior da personagem, o conjunto das suas vivências, psicológico emoções e pensamentos.Tempo Tempo da Aquele ao longo do qual decorrem os acontecimentos narrados. história(cronológico) Tempo do Resulta do modo como o narrador trata o tempo da história. O discurso narrador pode respeitar a
  • 3. ordem cronológica ou alterá-la, recuando no tempo (analepse) ou antecipando acontecimentos posteriores (prolepse). Pode ainda narrar ao ritmo dos acontecimentos, recorrendo ao diálogo (isocronia), fazer uma narração abreviada (resumo ou sumário), ou até omitir alguns acontecimentos (elipse). Tempo É de natureza subjectiva; designa o modo como a personagem psicológico sente o fluir do tempo.Clica no link, para aplicares os conhecimentos adquiridos sobre este conteúdo