1. COLÉGIO MARISTA CRICIÚMA
Professora: Angélica Manenti
Redação ENEM 2013
Proposta #5
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,
redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da Língua Portuguesa sobre o tema QUEM DETÉM O
PODER DE DECIDIR QUEM VIVE E QUEM MORRE?, apresentando proposta de conscientização social que respeite os
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
Mar Adentro, de Alejandro Amenabar
Mar Adentro conta a história verídica de Ramón Sampedro, um espanhol que ficou tetraplégico após um mergulho, e
viveu 29 anos após o acidente sendo cuidado por seus familiares e lutando pelo direito de “morrer dignamente”,
como ele mesmo dizia. Seu caso foi levado aos tribunais em 1993 para conseguir a legalidade da eutanásia, mas o
pedido foi negado. Na carta de Sampedro destinada aos juízes, em 13 de novembro de 1996, desdobra-se uma ideia
que aparece repetidas vezes no filme: “viver é um direito, não uma obrigação”. Assim, Ramón coloca em cheque a
regulação da vida e da morte pelo Estado e pela Igreja e acusa “a hipocrisia do Estado laico diante da moral
religiosa”.
(Fonte: trecho da resenha do filme Mar Adentro, disponível em <http://www.comciencia.br/resenhas/2005/05/resenha1.htm>, acesso em 04
abr 2013.)
2. Doutora Morte é acusada de matar o marido na UTI do Hospital Evangélico de Curitiba
Uma técnica em enfermagem que trabalha há dois anos na UTI do Hospital Evangélico de Curitiba informou ao Terra
que presenciou a médica Virgínia Helena Soares Souza, chefe da UTI geral, presa na última terça-feira, agindo para
antecipar óbitos de pacientes graves de sua unidade. Segundo a técnica, que não quis se identificar, o procedimento
era corriqueiro, ao menos, nos dois últimos anos.
A funcionária contou que o próprio marido da médica, o ex-chefe da UTI Nelson Mozachi, a quem Virgínia substituiu
após sua morte, em 2006, também teria tido sua morte antecipada pela médica.
“É quase que domínio público dentro do hospital que o marido dela, com câncer terminal, teve a morte antecipada
por esses mesmos procedimentos”, disse. “Ela reduzia os parâmetros do respirador, que tinham que ficar entre 40%
a 60%, para 21%, que era o mínimo. Ela também baixava o ‘peep’ (mecanismo de ventilação assistida) para zero,
baixava a frequência respiratória e aplicava sedativos fortes, como o sentanil, ketalar ou propofol. Isso acontecia
quase toda a semana”, contou.
Segundo a funcionária, muitos colegas sabiam da prática, mas não podiam denunciar, nem evitar. “Ela era a chefe e
tinha muito poder no hospital, poder para transferir funcionários, mudar a equipe e ninguém queria isso. Assim, ela
dava a ordem e os enfermeiros e técnicos tinham que cumprir. Eles cumpriam o que estava prescrito, mesmo
sabendo das consequências. Muitos colegas meus acabarão indiciados por causa disso, mas eles não tinham
alternativa”, disse.
(Fonte: Jornal do Brasil [com adaptações])
INSTRUÇÕES:
O rascunho da redação deve ser feito antes da versão final.
O texto definitivo deve ser escrito a tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
A redação com até 7 (sete) linhas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas
desconsiderado para efeito de correção.