Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Profilaxia de TEV
1. Profilaxia da TEV – como
podemos melhorar o cuidado?
Pablo Braga Gusman, MD, MSc, PhD
Comitê de Prevenção de Trombose
Médico do Comitê de Qualidade
Hospital Meridional
3. TEV: trombose venosa profunda e embolia pulmonar
3
PE occurs when parts of the clot
detach and travel in the blood
to block vessels in the lungs
As the venous
clot grows, it
extends along
the vein
TEP
Migração Êmbolo
Trombo
Trombose é a formação ou
presença de um trombo que
pode obstruir o fluxo
sanguíneo em uma veia ou
artéia1
TEV ocorre quando há
obstrução ao fluxo venoso
TEV compreende:
TVP
TEP
Grave problema de saúde2
1. Anderson FA, et al. Center for Outcomes Research, University of Massachusetts Medical Center; 1998
2. Goldhaber SZ. J Am Coll Cardiol 1992;19:246–247
TVP, trombose venosa profunda; TEP, tromboembolia pulmon
4. 4
TEV é a principal causa de óbito
A estimativa é de que o TEV cause >500.000
óbitos na europa anualmente1
1. Thromb Haemost 2007;98:756–764; 2. Rev. Col. Bras. Cir. 2014; 41(1): 002-006
~ 900.000 casos
relacionados a TEV
ocorrem nos
Estados Unidos
anualmente2
1/3 deles evoluiu para óbito. Dos sobreviventes, 4%
desenvolveram hipertensão pulmonar. 25- 50% dos
pacientes com trombose venosa profunda podem ter
desenvolvido síndrome pós-trombótica com redução da
qualidade de vida2
5. TEV: trombose venosa profunda e embolia pulmonar
• 2 milhões/ano desenvolvem TVP 1
• 600 mil/ano evoluem para embolia pulmonar 1
• 300 mil óbitos decorrentes da TVP e suas complicações 2
• $15.5 bilhões/ano são os gastos produzidos pela TEV3
• $25.554/paciente - média produzida pela TVP e EP4
1. Gerotziafas and Samama. Curr Opin Pulm Med. 2004;10:356-365.
2. Heit et al. Poster presented at the 47th Annual Meeting and Exposition, American Society for Hermatology. 2005. Poster 68.
3. Cundiff. Medscape General Med. 2004;6:5.
4. MacDougall et al. Am J Health-Syst Pharm. 2006;63(suppl 6):S5-S15.
Epidemiologia dos EUA
6. TEV: trombose venosa profunda e embolia pulmonar
Tromboembolismo Venoso
• EP fatal- nos primeiros 30 min.
• 10% das mortes hospitalares são atribuídas a EP
(fazendo com que TEV seja a maior causa evitável de morte
hospitalar e incapacidade)
• TEV é responsável pelo atraso nas altas hospitalares e
aumento na readmissão hospitalar
Morrison R. J Vasc Nurs 2006; 24(3): 82-90
Sandler DA. JR, et al. Soc Med 1989; 82: 203-205
7. TEV: trombose venosa profunda e embolia pulmonar
Condição TVP IC 95%
(%) (%)
AVCI 55,0 49,0-60,0
IAM 24,0 18,0-30,0
Outros 16,0 13,0-19,0
(IC, DPOC, infecção)
TEV – Incidência de TEV
Pacientes clínicos internados
Geerts et al. Chest. 2008;133(6 suppl):381S-453S.
33. • .Jun 2013 Jul 2013
História da Institucionalização do Protocolo
de Profilaxia de TEV
Set 2013 Out 2013 Dez 2013
34. TEV: trombose venosa profunda e embolia pulmonar
PROGRAMA DE DISTINÇÃO NA PREVENÇÃO DO
TROMBOEMBOLISMO VENOSO
• Padrões de excelência alcançados;
• Implementação de protocolos e diretrizes da prática clínica;
• Limites mínimos dos indicadores de desempenho;
• Compromisso com a inovação;
• Compromisso com a educação dos pacientes e seus familiares.
41. PROGRAMA DE DISTINÇÃO NA PREVENÇÃO DO
TROMBOEMBOLISMO VENOSO
Proporção de pacientes com avaliação de risco nas primeiras 24h
- Campanhas
- Auditoria clínica
- Cooperação coordenação médica e de enfermagem
- Comunicadores digitais
PS e UTI
42. PROGRAMA DE DISTINÇÃO NA PREVENÇÃO DO
TROMBOEMBOLISMO VENOSO
Proporção de pacientes cirúrgicos com avaliação de risco no pré-operatório
- Campanhas
- Auditoria clínica
- Consulta pré-anestésica obrigatória
- Pizzacolo
Anestesiologia
43. PROGRAMA DE DISTINÇÃO NA PREVENÇÃO DO
TROMBOEMBOLISMO VENOSO
Proporção de pacientes clínicos com indicação, uso e acompanhamento da
terapêutica, conforme protocolo institucional.
Proporção de pacientes com cirurgia de risco moderado e alto que
recebem a profilaxia adequada.
44. • .Jun 2013 Jul 2013
História da Institucionalização do Protocolo
de Profilaxia de TEV
Set 2013 Out 2013 Dez 2013 Jan 2014 Out 2014
45. Julho 2016
História da Institucionalização do Protocolo
de Profilaxia de TEV
Agosto 2016
46.
47. Julho 2016
História da Institucionalização do Protocolo
de Profilaxia de TEV
Agosto 2016
48.
49. Julho 2016
História da Institucionalização do Protocolo
de Profilaxia de TEV
Outubro 2016Agosto 2016
50. Julho 2016
História da Institucionalização do Protocolo
de Profilaxia de TEV
Outubro 2016Agosto 2016
51. Anticoagulantes – 1º opção
•Heparinas de baixo peso molecular
•Heparina não-fracionada
•Fondaparinux
9º ACCP
Recomendações
Gordon t al. Chest 2012;141;7S-47S
Anticoagulantes via oral
•Rivaroxabana
•Dabigatrana
• Apixabana
52. Novos anticoagulantes:
alvo na cascata de coagulação
Formação do coágulo
Iniciação
Propagação =
fase de geração de trombina
Trombina
Fibrinogênio Fibrina
Protrombina
X IX
IXa
IIa
TF VIIa
Fator inativo
Fator ativo
Transformação
Catálise
Va
Xa
Rivaroxabana
apixabana
edoxabana
e outros
Dabigatrana
e outros
Complexo
protrombinase
Adapted from: Kubitza D, Haas S. Expert Opin Investig Drugs 2006;15:843–855
II
TF, fator tissular
53. Novos anticoagulantes orais
• Farmacocinética e farmacodinâmica previsíveis
– Baixa incidência de interação medicamentosa
– Atuam em um único fator de coagulação
• Janela terapêutica ampla
– Não há necessidade de monitorização de rotina
– Podem ser utilizados em doses fixas
54. Absolutas
Hipersensibilidade aos anticoagulantes
TIH ˂ 100 d
Sangramento ativo ( AVCH – 2 a 4 dias)
Bloqueio espinhal ou coleta de LCR ≤ 2h
Contraindicações à profilaxia
Relativas
TIH > 100d
Plaquetopenia ˂ 100.000/mm3
Coagulopatia
HAS não controlada ( 180 X 110 mmHg)
Insuficiência renal ( clearance ˂ 30 ml/min)
55. Métodos Mecânicos > 90%
Vantagens
Não aumenta o risco de
sangramento
Pode ser usado por pacientes com
risco de sangramento
Pode reduzir o edema dos MMII
Limitações
Os estudos são pequenos e fracos
Não estão estabelecidos padrões
de tamanho e pressão (CPI)
Podem retardar o início da
profilaxia medicamentosa
Baixa adesão pelos pacientes e
equipe
Alto custo
61. Doses das Heparinas
Heparinas Dose SC Doses diárias
HNF 5.000 UI 8 – 8 h
Enoxaparina 40 mg 1x/ dia
Dalteparina 5.000 UI 1x/ dia
Nadroparina 3.800 UI (<70kg) 1x/dia
5.700 UI (>70kg) 1x/ dia
Manter no mínimo por 10 4 dias
Atenção! Pacientes com insuficiência renal, deve-se: utilizar doses
menores de HBPM, monitorar o nível sérico ou atentar para sinais
de sangramento (Grau 1B).
62. Doses das Heparinas
Anticoagulantes Dose VO Doses diárias
Apixabana 2,5 mg 12 – 12 h
Em casos de cirurgia, interromper 24hs antes do procedimento.
Em profilaxia de cirurgia ortopédica, reiniciar o uso da
rivaroxabana 6 a 10hs após o término da cirurgia, contanto que
tenha sido estabelecida a hemostasia.
Não é recomendado o uso em pacientes com ClCr < 15 ml/min.
5 semanas em ATQ e por 2 semanas ATJ
63. Troca de anticoagulantes:
– AVK para Apixabana: se o paciente estiver tomando algum
antagonista da vitamina K (ex.: Varfarina), suspender a
medicação, e iniciar assim que o INR estiver < ou = a 2,0.
– Apixabana para AVK: continuar a administração de apixabana
por 48hs após a primeira dose do AVK.
– Heparina de baixo peso molecular (HBPM) SC para Apixabana:
iniciar Apixabana no horário da próxima dose da HBPM.
– Apixabana para Heparina: iniciar heparina (HNF ou HBPM) no
horário da próxima dose da Apixabana.
64. Doses das Heparinas
Anticoagulantes Dose VO Doses diárias
Rivaroxabana 10 mg 1 x dia
Em casos de cirurgia, interromper 48hs antes do procedimento se
risco moderado a alto de sangramento, OU interromper 24hs se
baixo risco de sangramento ou localização em que o sangramento
possa ser facilmente controlado.
Em profilaxia de cirurgia ortopédica, reiniciar o uso da
Rivaroxabana 12 a 24hs após o término da cirurgia, contanto que
tenha sido estabelecida a hemostasia.
Não é recomendado utilizar em pacientes com ClCr < 30ml/min.
35 dias em ATQ e por 12 dias ATJ
65. Troca de anticoagulantes:
– AVK para Rivaroxabana: se o paciente estiver tomando
algum antagonista da vitamina K (ex.: varfarina),
suspender a medicação, e iniciar rivaroxabana assim que
o INR estiver < ou = a 3,0 se prevenção de AVC ou < ou =
a 2,5 para profilaxia de TVP ou TEP recorrentes.
– Rivaroxabana para AVK: nos primeiros dias tomar
junto Rivaroxabana e AVK. Suspender Rivaroxabana
quando INR > ou = a 2,0.
66. Troca de anticoagulantes:
– Heparina não fracionada (HNF) EV para Rivaroxabana:
iniciar Rivaroxabana assim que desligar a bomba de
infusão contínua da heparina.
– Heparina de baixo peso molecular (HBPM) SC para
Rivaroxabana: iniciar Rivaroxabana até 2hs antes do
horário da próxima dose da HBPM.
– Rivaroxabana para Heparina: iniciar heparina (HNF ou
HBPM) no horário da próxima dose da Rivaroxabana.
67. Dose das Heparinas
Cirurgia Bariátrica
Sugere-se considerar doses maiores em
cirurgias bariátricas (Grau 2C):
- Enoxaparina 40 mg 2x/ dia,
- HNF 5000U 3x/dia
Geerts et al. Chest 2008; 126(3): 338S-400S.
68. Cirurgia ortopédica
Iniciar no dia da cirurgia e persistir por 3 a 4 sem:
• Artroplastia de quadril (ATQ)
75% dos eventos após a alta
• Artroplastia de joelho (ATJ)
47% dos eventos após a alta
WHITE et al. Arch Intern Med 1998; 158(14):1525-31
Período crítico de TEV
69. EP sintomática (%)
Dias após a cirurgia
0 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91
1,0
0,8
0,5
0,3
0,0
Quadril
Joelho
TEV sintomático (%)
Dias após a cirurgia
0 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
Quadril
Joelho
Período crítico de TEV
WHITE et al. Arch Intern Med 1998; 158(14):1525-31
70. Gordon t al. Chest 2012;141;7S-47S
Recomendações da 9a ACCP
• Em cirurgia geral de alto risco, incluindo pacientes
submetidos a cirurgia por câncer ou com história prévia de
TEV, recomenda-se o uso rotineiro de profilaxia farmacológica
com HBPM (Grau 1 B). Nestes casos é sugerido o uso combinado
com meias de compressão ou CPI (Grau 2C)
• Sugere-se continuar a HBPM inclusive depois da alta
hospitalar por até 4 semanas (Grau 1 B).
71. Tempo de profilaxia no paciente cirúrgico
• Cirurgia geral 7 a 10 dias
• Cirurgia Ortopédica
Artroplastia de Quadril 4 a 5 semanas
Artroplastia de Joelho pelo menos 10 dias
• Cirurgia Oncológica Curativa 4 semanas
72. Papel da equipe multidisciplinar
Médico: Classifica o risco à partir de fluxograma próprio, avalia o risco e prescrever
esse risco como ítem de prescrição. Prescrever o método farmacológico e/ou mecânico
quando aplicável, de acordo com o risco classificado. Realiza orientação de alta.
Enfermeiro: Confere o risco do paciente conforme classificação de risco e prescrição
médica efetuadas pelo médico. Faz as medidas para a escolha correta de métodos
mecânicos (compressão pneumática intermitente e meia elástica).
Farmacêutico: Avalia a dose e frequência prescritas, acompanha a prescrição de
métodos mecânicos e sua data de instalação, confronta com a classificação do risco,
registra em prontuário e comunica ao médico discrepâncias. Realiza orientação de alta.
Nutricionista: Avalia a interação fármaco-nutrientes, adequa a dieta conforme
recomendação e realiza orientação de alta.
Fisioterapeuta: Implementa os métodos mecânicos (Compressão intermitente e
deambulação precoce), implanta o plano de mobilização, prescreve exercícios e
controla a progressão deste plano em conjunto com a equipe.
Laboratório: Comunicar equipe médica resultado crítico de TAP e PTTK (incoagulável) e
plaquetopenia (menor que 100.000 unidades e aglomerado de plaquetas) ao uso ou
não de heparina.