O Romance Regionalista surgiu no Brasil no século XIX para retratar regiões afastadas da capital, descrevendo paisagens e costumes locais. Os personagens eram retratados de forma genérica como representantes do povo da região. Alguns exemplos importantes são "O Gaúcho", de José de Alencar, que descreve a Guerra dos Farrapos, e "Inocência", de Visconde de Taunay, que apresenta uma história de amor impossível no Mato Grosso do século XIX.
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Romance regional FB
1.
2.
Origem e características
O Romance Regionalista é uma escola literária que surgiu em meados do século
XIX no Brasil . As obras nacionalistas dos Romances Regionalistas buscavam
retratar regiões do Brasil afastadas da capital, como o sertão nordestino e os
Pampas gaúchos, descrevendo as paisagens e os costumes da população local.
Diferentemente de outros tipos de Romance, nos Romances Regionalistas o
homem recebe destaque enquanto a mulher tem papel secundário, o gaúcho, o
sertanejo. Os personagens são retratados de forma genérica, como retrato do
povo que pertence.
Os Romances regionais eram publicados primeiramente em folhetins nos jornais
e se fizessem sucesso eram organizados em um livro. Podemos observar que
tanto nos Romances Indianistas quanto nos Romances Regionais a natureza tem
grande importância e relação com os personagens do romance.
3.
O gaúcho
. O Gaúcho conta os acontecimentos
imediatamente anteriores à Guerra dos
Farrapos (1835) e à trajetória do coronel Bento
Gonçalves. Em meio aos acontecimentos
políticos, desenvolve-se a trama central: o
envolvimento amoroso entre Catita e Manuel
Canho, protagonista da história e exímio
conhecedor dos pampas, capaz de entender e
dominar a alma dos cavalos. História e ficção
se misturam, fazendo deste um livro em que
não faltam ação, aventura e romance -
ingredientes na medida certa para agradar aos
leitores.
4.
Inocência
"Inocência" é um marco do Romantismo e
também um dos melhores exemplos de literatura
regionalista, revelando detalhadamente a vida
sertaneja do interior do Mato Grosso na metade do
século passado. Fiel à tendência romântica, o
romance possui no seu núcleo uma história de
amor impossível: a jovem cabocla Inocência está
prometida por seu pai ao rude sertanejo Manecão,
mas apaixona-se pelo forasteiro Cirino, gerando
uma série de conflitos devido ao rigoroso código
de honra da época.
5.
O cabeleira
O Cabeleira é uma obra regionalista
escrita por Franklin Távora (1842 a 1888)
e publicada em 1876. A obra, que possuí
fatos históricos, aborda temas
relacionados ao sertão nordestino e à
história dos cangaceiros, à pobreza e à
ignorância.
O protagonista do enredo, José Gomes,
conhecido como o Cabeleira, foi o
antecessor do famigerado Lampião.
6.
O sertanejo
Um dos romances bastantes brasileiros em
que Alencar dá expansão ao seu gênero de
pincelador retratando com belas e radiantes
cores a paisagem do sertão um destemido
vaqueiro a serviço capitão-mor Arnaldo
Campelo que enfrenta os mais sérios riscos na
esperança de constar a simpatia da filha do
fazendeiro.
7.
O tronco do Ipê
História tem como o cenário a Fazenda Nossa
Senhora do boqueirão, na zona da mata fluminense.
Um velho tronco de ipê, outrora frondoso, representa a
decadência da fazenda. Bem próximo, numa cabana,
mora o negro Benedito, espécie de feiticeiro, que
guarda o segredo da família. Mário, o personagem
central, que viveu desde criança na fazenda,
juntamente com a amiga Alice, descobre que o pai da
moça, Joaquim, é o assassino de seu pai. Desesperado,
Mário tenta suicídio, pois não pode se casar com a filha
de um assassino. Mas o negro Benedito o impede,
contando-lhe o segredo: Joaquim não matou o pai de
Mário. Ele foi tragado pelas águas do Boqueirão e está
enterrado junto ao tronco do ipê. Mário reconcilia-se
com a vida e casa-se com Alice.
8.
José de Alencar
José Martiniano de Alencar nasceu em 1º
de maio de 1829, em Mecejana, Ceará. Foi
fruto do romance entre um padre e sua
prima. Contudo, o pai do autor, José
Martiniano, abandona o sacerdócio e casa-se
com a parenta Ana Josefina de Alencar e se
torna senador
o autor ingressou na carreira literária como
folhetinista no jornal Correio Mercantil com
“Ao correr da pena”
Senhora” foi, sem dúvida, um marco na
literatura e na vida de José de Alencar
José de Alencar faleceu em 1877 por causa
das complicações de sua tuberculose. Era
casado com Georgiana Cochrane e pai de
Mário de Alencar.
9.
Obras
Romances urbanos: Cinco minutos (1860); A
viuvinha (1860); Lucíola (1862); Diva (1864) ; A
pata da gazela (1870); Sonhos d’ouro (1720);
Senhora (1875); Encarnação (1877).
Romances históricos e indianistas: O Guarani
(1870); Iracema (1875); As Minas de prata
(1865); Alfarrábios (1873); A guerra dos
mascates (1873); Ubirajara (1874).
Romances regionalistas: O gaúcho (1870); O
tronco do Ipê (1871); Til (1872); O sertanejo
(1876).
10.
Visconde de Taunay
Alfredo d’Escragnolle Taunay nasceu no Rio de
Janeiro, em 1843. Estudou Humanidades no Colégio
Pedro II e cursou Ciências Físicas e Matemáticas na
Escola Militar. Foi nomeado segundo-tenente e
participou da guerra do Paraguai, além de campanhas
militares.
Ingressou na carreira política, mas abandonou
quando recebeu o título de visconde e afastou-se da
política com a proclamação da República, já que sua
visão era monárquica. Após deixar seu posto no exército
como major, dedicou-se não só à política, mas também
às letras.
Seu primeiro romance foi A Mocidade de Trajano
(1871), sob o pseudônimo de Sílvio Dinarte
. Romances: A mocidade de Trajano (1871); Inocência
(1872); Lágrimas do coração (1873); Ouro sobre azul
(1875); A retirada da Laguna (1872 em português)
11.
Franklin Távora
João Franklin da Silveira Távora nasceu na cidade de
Baturité-Ceará, no dia 13 de Janeiro de 1842;
Formou-se advogado em 1863;
Além desta profissão, durante sua tragetória de vida foi
também jornalista, político, romancista e teatrólogo, chegou
também a exercer alguns cargos públicos nas cidades onde
residiu;
Utilizou o pseudônimo de Semprônio para escrever as
“Cartas a Cincinato”, onde tentou denegrir a imagem de José
de Alencar e onde também iniciou uma campanha a favor da
literatura regionalista, pois acreditava que aí morava a
verdadeira nacionalidade que deveria ser expressada através
da literatura brasileira. Sua obra foi nacionalista e
regionalista, diferenciando-se da maioria dos outros autores
românticos. No final de sua vida, desiludido da literatura e
da política, queimou alguns textos inéditos. Faleceu na
cidade do Rio de Janeiro-RJ, no dia 18 de Agosto de 1888.