SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 19
Downloaden Sie, um offline zu lesen
Analogia de 
Lighthill 
Premissas B´asicas 
Deduc¸ ˜ao 
Lei v8 Fundamentos de Aeroac´ ustica 
Teoria de Lighthill: Parte 1 
Prof. Andrey R. da Silva 
Programa de P´os-graduac¸ ˜ao em Engenharia Mecˆanica 
Universidade Federal de Santa Catarina 
email: andrey.rs@ufsc.br 
5 de dezembro de 2014
Analogia de 
Lighthill 
Premissas B´asicas 
Deduc¸ ˜ao 
Lei v8 
Outline 
1 Analogia de Lighthill 
Premissas B´asicas 
Deduc¸ ˜ao 
Lei v8
Analogia de 
Lighthill 
Premissas B´asicas 
Deduc¸ ˜ao 
Lei v8 
Outline 
1 Analogia de Lighthill 
Premissas B´asicas 
Deduc¸ ˜ao 
Lei v8
Analogia de 
Lighthill 
Premissas B´asicas 
Deduc¸ ˜ao 
Lei v8 
Analogia de Lighthill 
O cerne do trabalho de Lighthill (1952) foi escrever, a partir da equac¸ ˜ao da 
continuidade e a Equac¸ ˜ao da quantidade de movimento uma forma exata da 
equac¸ ˜ao de onda n˜ao homogˆenea com termos fonte que s˜ao apenas importantes 
na regi ˜ao turbulenta do fluido. Algumas premissas: 
 A influˆencia do som gerado pelo escoamento no pr ´oprio escoamento pode 
ser ignorada; 
 As propriedades relativas a regi ˜ao de instabilidade podem ser 
determinadas, ignorando nessa regi ˜ao a produc¸ ˜ao e propagac¸ ˜ao de som. 
 De fato, a premissa de Lighthill ´e a de que toda a diferenc¸a entre um fluido 
real e um fluido ideal pode ser visto como uma fonte sonora.
Analogia de 
Lighthill 
Premissas B´asicas 
Deduc¸ ˜ao 
Lei v8 
Analogia de Lighthill 
Problema inicial abordado por Lighthill (Howe (2002)).
Analogia de 
Lighthill 
Premissas B´asicas 
Deduc¸ ˜ao 
Lei v8 
Analogia de Lighthill 
Problema previsto pela teoria de Lighthill (Howe (2002)).
Analogia de 
Lighthill 
Premissas B´asicas 
Deduc¸ ˜ao 
Lei v8 
Deduc¸ ˜ao da Equac¸ ˜ao de 
Lighthill 
Conte´udo exposto em sala - quadro negro.
Analogia de 
Lighthill 
Premissas B´asicas 
Deduc¸ ˜ao 
Lei v8 
Lei v8 
A Equac¸ ˜ao de Lighthill, expressa abaixo pode ser resolvida em 
termos de c2 
0 (  0) quando conhecemos o termo Tij . 
 
1 
c2 
0 
@2 
@t2  r2 
 
[c2 
0 (  0)] = 
@2Tij 
@xi@xj 
; (1) 
Para tanto, a soluc¸ ˜ao ´e obtida atrav´es da integral de Green, dada 
por: 
c2 
0 (  0)(x; t) = 
1 
4 
@2 
@xi@xj 
Z 1 
1 
Tij (y; t  jx  yj=c0) 
jx  yj 
dy3 (2)
Analogia de 
Lighthill 
Premissas B´asicas 
Deduc¸ ˜ao 
Lei v8 
Lei v8 
No entanto, o tensor de Reynolds Tij , dado por 
Tij = vivj + ((p  p0)  c2 
0 (  0))ij  ij ; (3) 
pode ser simplificado mediante a algumas premissas importantes 
e, ainda assim, prover uma razo´avel aproximac¸ ˜ao.
Analogia de 
Lighthill 
Premissas B´asicas 
Deduc¸ ˜ao 
Lei v8 
Lei v8 
Para s simplificac¸ ˜ao de Tij partiremos da seguintes premissas: 
1 O fluido ´e levemente compress´ıvel, tal que M2  1; 
2 O escoamento ´e frio, ou seja, as regi ˜oes de instabilidade 
possuem a mesma temperatura que a regi ˜ao onde se 
encontra o ouvinte (regi ˜ao linear e ideal); 
3 O n´umero de Reynolds ´e alto; 
4 O campo de flutuac¸ ˜ao ac´ ustica produzido n˜ao interfere no 
comportamento do escoamento. 
5 A fonte ´e compacta, ou seja, a sua dimens˜ao caracter´ıstica 
D  .
Analogia de 
Lighthill 
Premissas B´asicas 
Deduc¸ ˜ao 
Lei v8 
Lei v8 
Baseando-se na primeira premissa: 
Neste caso, as flutuac¸ ˜oes de densidade c2 
0 (  0) ter ˜ao 
O(0M2). Assim, podemos simplificar o termos de tens˜ao de 
Reynolds da Eq. (3) da seguinte forma 
vivj = 0(1 + O(M2))vivj  0vivj
Analogia de 
Lighthill 
Premissas B´asicas 
Deduc¸ ˜ao 
Lei v8 
Lei v8 
Baseando-se na primeira e segunda premissas: 
A entropia ´e constante. 
Al ´em disso, as poss´ıveis flutuac¸ ˜oes da velocidade do som na 
regi ˜ao de instabilidade ser˜ao baixas, tal que 
c2 
0 
c2  1 + O(M2) 
Portanto, podemos escrever 
p  p0  c2 
0 (  0)  (p  p0)(1  c2 
0=c)  O(0M2) 
extremamente pequeno 
Portanto, 
p  p0  c2 
0 (  0) ! 0
Analogia de 
Lighthill 
Premissas B´asicas 
Deduc¸ ˜ao 
Lei v8 
Lei v8 
Baseando-se na terceira premissa: 
Para altos valores de Re, nas forc¸a internas h´a o predom´ınio das 
forc¸as inerciais `as forc¸as relativas `a tens˜ao viscosa. 
Portanto, pode-se ignorar a dissipac¸ ˜ao sonora gerada pelo tensor 
de tens˜ao viscosa ij , tal que: 
ij ! 0 
Desta forma, o nosso tensor de Lighthill assumir´a a seguinte 
forma: 
Tij  0vivj 
Esta simplificac¸ ˜ao representa uma imensa vantagem!!!
Analogia de 
Lighthill 
Premissas B´asicas 
Deduc¸ ˜ao 
Lei v8 
Lei v8 
Considerac¸ ˜ao das premissas 1, 2 e 3: 
Dessa maneira, assumindo todas as simplificac¸ ˜oes, a Eq.(1) se 
reduz a: 
p0 
(x; t) = 
1 
4 
@2 
@xi@xj 
Z 
V 
0vivj (y; t  jx  yj=c0) 
jx  yj 
dV (4) 
ou simplesmente, 
p0 
(x; t) = 
1 
4r 
@2 
@xi@xj 
Z 
V 
0vivjdV (5) 
sendo r = jx  yj.
Analogia de 
Lighthill 
Premissas B´asicas 
Deduc¸ ˜ao 
Lei v8 
Lei v8 
Podemos assumir ainda que o som ´e produzido por 
instabilidades de grandes escalas, cuja dimens˜ao caracter´ıstica ´e 
 D, sendo D o di ˆametro do jato. 
A frequˆencia de gerac¸ ˜ao destas perturbac¸ ˜oes ´e obtida atrav´es do 
n´umero de Strouhal para um jato livre e dada por: 
f = 
U0 
D ; sendo U0 a velocidade na sa´ıda do jato 
Portanto, a raz˜ao entre o di ˆametro do jato e o comprimento de 
onda ac´ ustico ser´a 
Df 
c0 
= 
U0 
c0 
= M
Analogia de 
Lighthill 
Premissas B´asicas 
Deduc¸ ˜ao 
Lei v8 
Lei v8 
Pode-se assumir ainda que se D ´e a dimens˜ao caracter´ıstica, o 
volume da fonte ser´a  D3. 
Assumimos ainda que v  U0, pode-se escrever a tens˜ao de 
Reynolds como 0U2 
0 e, em campo distante, pode-se aproximar 
@=@xi = @=c0@t  2f =c0. 
Desta forma, a Eq.(5) aproxima-se de: 
p0 
0M2D 
(x; t)  0U2 
r 
(6) 
OBS.: A simplificac¸ ˜ao acima ignora o efeito da convec¸ ˜ao na produc¸ ˜ao do som, pois 0vi vj  0U2 
0 .
Analogia de 
Lighthill 
Premissas B´asicas 
Deduc¸ ˜ao 
Lei v8 
Lei v8 
Agora, lembrando que a potˆencia sonora em campo livre ´e dada 
por: 
 I = 4jxj2  p0vr ; 
tem-se que, 
 I  0U3 
0M5D2  U8 
Esta ´e a Lei da oitava potˆencia de Lighthill !!!
Analogia de 
Lighthill 
Premissas B´asicas 
Deduc¸ ˜ao 
Lei v8 
Lei v8 
A Lei da Oitava Pot ˆencia ´e bastante precisa para jatos frios. 
Ela ´e respons´avel ”Revoluc¸ ˜ao do Turbofan”nos anos 60 e 70. 
´E 
preciso lembrar que a presenc¸a de forc¸as externas produzir´a 
divergˆencias significativas da Lei v8, pois a press˜ao sonora 
produzida por monopolos e dipolos e quadrupolos cresce na 
proporc¸ ˜ao M2, M3 e M4, respectivamente.
Analogia de 
Lighthill 
Premissas B´asicas 
Deduc¸ ˜ao 
Lei v8 
Fim da aula.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Introduction to machinery principles
Introduction to machinery principlesIntroduction to machinery principles
Introduction to machinery principles
Angelo Hafner
 
Coment obf nivel3_3fase
Coment obf nivel3_3faseComent obf nivel3_3fase
Coment obf nivel3_3fase
Thommas Kevin
 

Was ist angesagt? (20)

Apontamento quantica
Apontamento quanticaApontamento quantica
Apontamento quantica
 
Ex8
Ex8Ex8
Ex8
 
Ex9
Ex9Ex9
Ex9
 
Lista1 amazonas
Lista1 amazonasLista1 amazonas
Lista1 amazonas
 
Reguladores Auto-ajustáveis (SELF-TUNING REGULATORS)
Reguladores Auto-ajustáveis (SELF-TUNING REGULATORS)Reguladores Auto-ajustáveis (SELF-TUNING REGULATORS)
Reguladores Auto-ajustáveis (SELF-TUNING REGULATORS)
 
Fases de berry
Fases de berryFases de berry
Fases de berry
 
Aula 19: O operador momento angular
Aula 19: O operador momento angularAula 19: O operador momento angular
Aula 19: O operador momento angular
 
Aula 20: O átomo de hidrogênio
Aula 20: O átomo de hidrogênioAula 20: O átomo de hidrogênio
Aula 20: O átomo de hidrogênio
 
Aula 21: Exercícios
Aula 21: ExercíciosAula 21: Exercícios
Aula 21: Exercícios
 
Aplicações da equação de Schrödinger independente do tempo
Aplicações da equação de Schrödinger independente do tempoAplicações da equação de Schrödinger independente do tempo
Aplicações da equação de Schrödinger independente do tempo
 
Iezzi24 35
Iezzi24 35Iezzi24 35
Iezzi24 35
 
30 lei inducao-faraday
30 lei inducao-faraday30 lei inducao-faraday
30 lei inducao-faraday
 
Aula 10: Exercícios
Aula 10: ExercíciosAula 10: Exercícios
Aula 10: Exercícios
 
Capitulo15
Capitulo15Capitulo15
Capitulo15
 
Aula 17: Separação da equação de Schrödinger em coordenadas cartesianas. Part...
Aula 17: Separação da equação de Schrödinger em coordenadas cartesianas. Part...Aula 17: Separação da equação de Schrödinger em coordenadas cartesianas. Part...
Aula 17: Separação da equação de Schrödinger em coordenadas cartesianas. Part...
 
Introduction to machinery principles
Introduction to machinery principlesIntroduction to machinery principles
Introduction to machinery principles
 
Aula 9: O degrau de potencial. Caso II: Energia maior que o degrau
Aula 9: O degrau de potencial. Caso II: Energia maior que o degrauAula 9: O degrau de potencial. Caso II: Energia maior que o degrau
Aula 9: O degrau de potencial. Caso II: Energia maior que o degrau
 
Coment obf nivel3_3fase
Coment obf nivel3_3faseComent obf nivel3_3fase
Coment obf nivel3_3fase
 
Redes de Primeira Ordem
Redes de Primeira OrdemRedes de Primeira Ordem
Redes de Primeira Ordem
 
Aula 8: O degrau de potencial. Caso I: Energia menor que o degrau
Aula 8: O degrau de potencial. Caso I: Energia menor que o degrauAula 8: O degrau de potencial. Caso I: Energia menor que o degrau
Aula 8: O degrau de potencial. Caso I: Energia menor que o degrau
 

Andere mochten auch

Tempo reverberação
Tempo reverberaçãoTempo reverberação
Tempo reverberação
leandrounip
 
Conforto ambiental 1(1)
Conforto ambiental 1(1)Conforto ambiental 1(1)
Conforto ambiental 1(1)
Ana Mello
 
Atributos do som
Atributos do somAtributos do som
Atributos do som
sofialmeida
 
DefiniçãO De AcúStica
DefiniçãO De AcúSticaDefiniçãO De AcúStica
DefiniçãO De AcúStica
antonielson
 
Conforto acústico
Conforto acústicoConforto acústico
Conforto acústico
leandrounip
 

Andere mochten auch (19)

Sonare - janelas anti-ruídos
Sonare - janelas anti-ruídosSonare - janelas anti-ruídos
Sonare - janelas anti-ruídos
 
Vai ver se estou na esquina!
Vai ver se estou na esquina!Vai ver se estou na esquina!
Vai ver se estou na esquina!
 
Teoria da Relatividade de NEWTON
Teoria da Relatividade de NEWTONTeoria da Relatividade de NEWTON
Teoria da Relatividade de NEWTON
 
Tempo reverberação
Tempo reverberaçãoTempo reverberação
Tempo reverberação
 
Acustica da sala de cinema
Acustica da sala de cinemaAcustica da sala de cinema
Acustica da sala de cinema
 
Conforto ambiental pp
Conforto ambiental ppConforto ambiental pp
Conforto ambiental pp
 
Conforto ambiental 1(1)
Conforto ambiental 1(1)Conforto ambiental 1(1)
Conforto ambiental 1(1)
 
Acustica
AcusticaAcustica
Acustica
 
Atributos do som
Atributos do somAtributos do som
Atributos do som
 
Espetro sonoro e fenómenos acústicos
Espetro sonoro e fenómenos acústicosEspetro sonoro e fenómenos acústicos
Espetro sonoro e fenómenos acústicos
 
O Som
O SomO Som
O Som
 
Acustica
AcusticaAcustica
Acustica
 
conforto ambiental acústico - arquitetura e urbanismo
conforto ambiental acústico - arquitetura e urbanismo conforto ambiental acústico - arquitetura e urbanismo
conforto ambiental acústico - arquitetura e urbanismo
 
Acustica isolamento
Acustica isolamentoAcustica isolamento
Acustica isolamento
 
DefiniçãO De AcúStica
DefiniçãO De AcúSticaDefiniçãO De AcúStica
DefiniçãO De AcúStica
 
Acústica
AcústicaAcústica
Acústica
 
Acústica
AcústicaAcústica
Acústica
 
Alexandria sem muros monografia 2016
Alexandria sem muros   monografia 2016Alexandria sem muros   monografia 2016
Alexandria sem muros monografia 2016
 
Conforto acústico
Conforto acústicoConforto acústico
Conforto acústico
 

Ähnlich wie Fundamentos de Aeroacústica - teoria de Lighthill: Parte 1

[Mfl ii] relatório 2 (4)
[Mfl ii] relatório 2 (4)[Mfl ii] relatório 2 (4)
[Mfl ii] relatório 2 (4)
toninho250393
 
Física – eletricidade corrente elétrica 01 – 2013
Física – eletricidade corrente elétrica 01 – 2013Física – eletricidade corrente elétrica 01 – 2013
Física – eletricidade corrente elétrica 01 – 2013
Jakson Raphael Pereira Barbosa
 
Unicamp1998 2fase (1) parte_001
Unicamp1998 2fase (1) parte_001Unicamp1998 2fase (1) parte_001
Unicamp1998 2fase (1) parte_001
Thommas Kevin
 

Ähnlich wie Fundamentos de Aeroacústica - teoria de Lighthill: Parte 1 (20)

Ivo mit
Ivo mitIvo mit
Ivo mit
 
18 laplace aplicada a circuitos
18 laplace aplicada a circuitos18 laplace aplicada a circuitos
18 laplace aplicada a circuitos
 
Exame unificado de fisica 2012 2 - solution
Exame unificado de fisica 2012 2 - solutionExame unificado de fisica 2012 2 - solution
Exame unificado de fisica 2012 2 - solution
 
Exame unificado de fisica 2012 2 - solution
Exame unificado de fisica 2012 2 - solutionExame unificado de fisica 2012 2 - solution
Exame unificado de fisica 2012 2 - solution
 
60 transformadores cap6
60 transformadores cap660 transformadores cap6
60 transformadores cap6
 
Conversores
ConversoresConversores
Conversores
 
Rc rl rlc
Rc rl rlcRc rl rlc
Rc rl rlc
 
Lei de kirchoff
Lei de kirchoffLei de kirchoff
Lei de kirchoff
 
Defesa Doutorado de Erica de Liandra Salvador
Defesa Doutorado de Erica de Liandra SalvadorDefesa Doutorado de Erica de Liandra Salvador
Defesa Doutorado de Erica de Liandra Salvador
 
Cap2 retificadores a diodo
Cap2 retificadores a diodoCap2 retificadores a diodo
Cap2 retificadores a diodo
 
Algebra linear exercicios_resolvidos
Algebra linear exercicios_resolvidosAlgebra linear exercicios_resolvidos
Algebra linear exercicios_resolvidos
 
Cap8 termo ciclo gas
Cap8  termo ciclo gasCap8  termo ciclo gas
Cap8 termo ciclo gas
 
Quinta aula
Quinta aulaQuinta aula
Quinta aula
 
[Mfl ii] relatório 2 (4)
[Mfl ii] relatório 2 (4)[Mfl ii] relatório 2 (4)
[Mfl ii] relatório 2 (4)
 
4a aula
4a aula4a aula
4a aula
 
Relacoes gas perfeito
Relacoes gas perfeitoRelacoes gas perfeito
Relacoes gas perfeito
 
Sinais senoidais
Sinais senoidaisSinais senoidais
Sinais senoidais
 
Física – eletricidade corrente elétrica 01 – 2013
Física – eletricidade corrente elétrica 01 – 2013Física – eletricidade corrente elétrica 01 – 2013
Física – eletricidade corrente elétrica 01 – 2013
 
Prática_3_Circuitos elétricos^.docx.pdf
Prática_3_Circuitos elétricos^.docx.pdfPrática_3_Circuitos elétricos^.docx.pdf
Prática_3_Circuitos elétricos^.docx.pdf
 
Unicamp1998 2fase (1) parte_001
Unicamp1998 2fase (1) parte_001Unicamp1998 2fase (1) parte_001
Unicamp1998 2fase (1) parte_001
 

Fundamentos de Aeroacústica - teoria de Lighthill: Parte 1

  • 1. Analogia de Lighthill Premissas B´asicas Deduc¸ ˜ao Lei v8 Fundamentos de Aeroac´ ustica Teoria de Lighthill: Parte 1 Prof. Andrey R. da Silva Programa de P´os-graduac¸ ˜ao em Engenharia Mecˆanica Universidade Federal de Santa Catarina email: andrey.rs@ufsc.br 5 de dezembro de 2014
  • 2. Analogia de Lighthill Premissas B´asicas Deduc¸ ˜ao Lei v8 Outline 1 Analogia de Lighthill Premissas B´asicas Deduc¸ ˜ao Lei v8
  • 3. Analogia de Lighthill Premissas B´asicas Deduc¸ ˜ao Lei v8 Outline 1 Analogia de Lighthill Premissas B´asicas Deduc¸ ˜ao Lei v8
  • 4. Analogia de Lighthill Premissas B´asicas Deduc¸ ˜ao Lei v8 Analogia de Lighthill O cerne do trabalho de Lighthill (1952) foi escrever, a partir da equac¸ ˜ao da continuidade e a Equac¸ ˜ao da quantidade de movimento uma forma exata da equac¸ ˜ao de onda n˜ao homogˆenea com termos fonte que s˜ao apenas importantes na regi ˜ao turbulenta do fluido. Algumas premissas: A influˆencia do som gerado pelo escoamento no pr ´oprio escoamento pode ser ignorada; As propriedades relativas a regi ˜ao de instabilidade podem ser determinadas, ignorando nessa regi ˜ao a produc¸ ˜ao e propagac¸ ˜ao de som. De fato, a premissa de Lighthill ´e a de que toda a diferenc¸a entre um fluido real e um fluido ideal pode ser visto como uma fonte sonora.
  • 5. Analogia de Lighthill Premissas B´asicas Deduc¸ ˜ao Lei v8 Analogia de Lighthill Problema inicial abordado por Lighthill (Howe (2002)).
  • 6. Analogia de Lighthill Premissas B´asicas Deduc¸ ˜ao Lei v8 Analogia de Lighthill Problema previsto pela teoria de Lighthill (Howe (2002)).
  • 7. Analogia de Lighthill Premissas B´asicas Deduc¸ ˜ao Lei v8 Deduc¸ ˜ao da Equac¸ ˜ao de Lighthill Conte´udo exposto em sala - quadro negro.
  • 8. Analogia de Lighthill Premissas B´asicas Deduc¸ ˜ao Lei v8 Lei v8 A Equac¸ ˜ao de Lighthill, expressa abaixo pode ser resolvida em termos de c2 0 ( 0) quando conhecemos o termo Tij . 1 c2 0 @2 @t2 r2 [c2 0 ( 0)] = @2Tij @xi@xj ; (1) Para tanto, a soluc¸ ˜ao ´e obtida atrav´es da integral de Green, dada por: c2 0 ( 0)(x; t) = 1 4 @2 @xi@xj Z 1 1 Tij (y; t jx yj=c0) jx yj dy3 (2)
  • 9. Analogia de Lighthill Premissas B´asicas Deduc¸ ˜ao Lei v8 Lei v8 No entanto, o tensor de Reynolds Tij , dado por Tij = vivj + ((p p0) c2 0 ( 0))ij ij ; (3) pode ser simplificado mediante a algumas premissas importantes e, ainda assim, prover uma razo´avel aproximac¸ ˜ao.
  • 10. Analogia de Lighthill Premissas B´asicas Deduc¸ ˜ao Lei v8 Lei v8 Para s simplificac¸ ˜ao de Tij partiremos da seguintes premissas: 1 O fluido ´e levemente compress´ıvel, tal que M2 1; 2 O escoamento ´e frio, ou seja, as regi ˜oes de instabilidade possuem a mesma temperatura que a regi ˜ao onde se encontra o ouvinte (regi ˜ao linear e ideal); 3 O n´umero de Reynolds ´e alto; 4 O campo de flutuac¸ ˜ao ac´ ustica produzido n˜ao interfere no comportamento do escoamento. 5 A fonte ´e compacta, ou seja, a sua dimens˜ao caracter´ıstica D .
  • 11. Analogia de Lighthill Premissas B´asicas Deduc¸ ˜ao Lei v8 Lei v8 Baseando-se na primeira premissa: Neste caso, as flutuac¸ ˜oes de densidade c2 0 ( 0) ter ˜ao O(0M2). Assim, podemos simplificar o termos de tens˜ao de Reynolds da Eq. (3) da seguinte forma vivj = 0(1 + O(M2))vivj 0vivj
  • 12. Analogia de Lighthill Premissas B´asicas Deduc¸ ˜ao Lei v8 Lei v8 Baseando-se na primeira e segunda premissas: A entropia ´e constante. Al ´em disso, as poss´ıveis flutuac¸ ˜oes da velocidade do som na regi ˜ao de instabilidade ser˜ao baixas, tal que c2 0 c2 1 + O(M2) Portanto, podemos escrever p p0 c2 0 ( 0) (p p0)(1 c2 0=c) O(0M2) extremamente pequeno Portanto, p p0 c2 0 ( 0) ! 0
  • 13. Analogia de Lighthill Premissas B´asicas Deduc¸ ˜ao Lei v8 Lei v8 Baseando-se na terceira premissa: Para altos valores de Re, nas forc¸a internas h´a o predom´ınio das forc¸as inerciais `as forc¸as relativas `a tens˜ao viscosa. Portanto, pode-se ignorar a dissipac¸ ˜ao sonora gerada pelo tensor de tens˜ao viscosa ij , tal que: ij ! 0 Desta forma, o nosso tensor de Lighthill assumir´a a seguinte forma: Tij 0vivj Esta simplificac¸ ˜ao representa uma imensa vantagem!!!
  • 14. Analogia de Lighthill Premissas B´asicas Deduc¸ ˜ao Lei v8 Lei v8 Considerac¸ ˜ao das premissas 1, 2 e 3: Dessa maneira, assumindo todas as simplificac¸ ˜oes, a Eq.(1) se reduz a: p0 (x; t) = 1 4 @2 @xi@xj Z V 0vivj (y; t jx yj=c0) jx yj dV (4) ou simplesmente, p0 (x; t) = 1 4r @2 @xi@xj Z V 0vivjdV (5) sendo r = jx yj.
  • 15. Analogia de Lighthill Premissas B´asicas Deduc¸ ˜ao Lei v8 Lei v8 Podemos assumir ainda que o som ´e produzido por instabilidades de grandes escalas, cuja dimens˜ao caracter´ıstica ´e D, sendo D o di ˆametro do jato. A frequˆencia de gerac¸ ˜ao destas perturbac¸ ˜oes ´e obtida atrav´es do n´umero de Strouhal para um jato livre e dada por: f = U0 D ; sendo U0 a velocidade na sa´ıda do jato Portanto, a raz˜ao entre o di ˆametro do jato e o comprimento de onda ac´ ustico ser´a Df c0 = U0 c0 = M
  • 16. Analogia de Lighthill Premissas B´asicas Deduc¸ ˜ao Lei v8 Lei v8 Pode-se assumir ainda que se D ´e a dimens˜ao caracter´ıstica, o volume da fonte ser´a D3. Assumimos ainda que v U0, pode-se escrever a tens˜ao de Reynolds como 0U2 0 e, em campo distante, pode-se aproximar @=@xi = @=c0@t 2f =c0. Desta forma, a Eq.(5) aproxima-se de: p0 0M2D (x; t) 0U2 r (6) OBS.: A simplificac¸ ˜ao acima ignora o efeito da convec¸ ˜ao na produc¸ ˜ao do som, pois 0vi vj 0U2 0 .
  • 17. Analogia de Lighthill Premissas B´asicas Deduc¸ ˜ao Lei v8 Lei v8 Agora, lembrando que a potˆencia sonora em campo livre ´e dada por: I = 4jxj2 p0vr ; tem-se que, I 0U3 0M5D2 U8 Esta ´e a Lei da oitava potˆencia de Lighthill !!!
  • 18. Analogia de Lighthill Premissas B´asicas Deduc¸ ˜ao Lei v8 Lei v8 A Lei da Oitava Pot ˆencia ´e bastante precisa para jatos frios. Ela ´e respons´avel ”Revoluc¸ ˜ao do Turbofan”nos anos 60 e 70. ´E preciso lembrar que a presenc¸a de forc¸as externas produzir´a divergˆencias significativas da Lei v8, pois a press˜ao sonora produzida por monopolos e dipolos e quadrupolos cresce na proporc¸ ˜ao M2, M3 e M4, respectivamente.
  • 19. Analogia de Lighthill Premissas B´asicas Deduc¸ ˜ao Lei v8 Fim da aula.