"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
Cultivo do arroz no Brasil
1. UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO - UNEMAT
CAMPUS UNIVERSITARIO “JANE VANINI“
DEPARTAMENTO DE AGRONOMIA
DISCIPLINA DE: FITOTECNIA III
A CULTURA DO ARROZ
DOCENTE: VALDETE CAMPOS
DISCENTES: ANDRÉ VINICIUS
RODRIGO DO CARMO
CACERES- MT JUNHO/2014
3. ORIGEM HISTORIA________________
• A origem do arroz é bastante controversa.
Estudos apresentados à revista “Nature” desenvolvidos
por Bin Han, da Academia Chinesa de Ciências, e seus
colegas analisaram o genoma de mais de 1.000
variedades de arroz cultivado, assim como cerca de 500
variedades de arroz selvagem.
Eles também demonstraram que o arroz Oryza sativa
japonica foi o primeiro domesticado a partir de uma
pequena população de arroz selvagem no sul da China,
e depois foi cruzado com o arroz selvagem local no sul
da Ásia e no sudeste asiático para produzir o
arroz Oryza sativa indica. (G1., 2012)
4.
5. NO BRASIL____________________
• Capitania de São Vicente. na Bahia antes de 1587.
• A orizicultura praticada como atividade organizada e com
fundamentos econômicos, teve início em meados do século
18.
• No Maranhão, 1745
• Pernanbuco 1750
• Pará em 1772
• A primeira exportação de arroz pelo Brasil ocorreu em
1773, com arroz produzido no Pará, num total de 13
toneladas destinadas à Portugal.
• No RS, 1832 variedades “de montanha” ( de sequeiro).
6. NO BRASIL____________________
• A cultura só tomou incremento após o início da
irrigação mecânica, fazendo-se a elevação da água por
meio de bombas.
• A primeira lavoura irrigada foi instalada em 1904 nas
proximidades de Pelotas, pelos irmãos Lang.
• A segunda em 1905, por Oscar Loevens, em Gravataí
(Cachoeirinha), nos campos onde hoje está situada a
Estação Experimental do IRGA.
• No mesmo ano inicia-se a irrigação mecânica em
Cachoeira do Sul, onde rápidamente se expandiu,
tornando-a por muito anos o município maior produtor
do RS.
7. Importância Econômica e Social_____
• Arroz é o cereal mais consumido no mundo
CHINA 29% produção, 184.070 mil ton
ÍNDIA 21,5%.
BRASIL 1,8% (10 milhões de toneladas)
8. • Três tipos para consumo na mesa são
• Integral;
• Branco Polido;
• Parboilizado.
11. A estrutura de uma
planta de arroz pode
ser agrupada em
duas partes:
• Órgãos vegetativos:
Raiz, colmo e folhas.
• Órgãos reprodutivos:
Panícula, flor, fruto.
12. RAÍZES
DOIS TIPOS
- Seminal ou primária.
- Adventícias ou secundárias.
RAÍZ SEMINAL: É apenas
uma raiz. Se origina do
primórdio existente no
embrião. Cresce até mais ou
menos o estádio de 7 folhas.
13. • RAÍZES ADVENTÍCIAS: Ramificam-
se abundantemente
concentrando-se, geralmente, até
uma profundidade de 0,15 m. As 3
primeiras saem da parte inferior
do nó do coleóptilo, 3 dias após a
seminal.
14. Fatores que afetam o sistema radicular___
• CONDIÇÕES FÍSICAS E MORFOLOGICAS DO
SOLO Solos profundos e bem drenados resultam
raízes mais profundas.
• CLIMA
• UMIDADE afetam o comprimento final das
raízes.
• Porém o fator determinante é o GENÓTIPO
ou cultivar.
15. FATORES QUE AFETAM O SISTEMA RADICULAR__
• Adubação: O nitrogênio é o elemento que mais
influencia a formação do sistema radicular do arroz. A
concentração de N na base da planta deve ser maior
que 1% para não sofrer deficiência. Níveis mais altos
ocasionam um maior número de eixos e mais
superficiais, enquanto que níveis mais baixos
ocasionam raízes mais longas.
• Densidade de semeadura: Um maior o número de
plantas por m² aumentam o número de eixos principais
com menor diâmetro e menor comprimento.
16. Morfologia ideal do sistema radicular_____
• O número, o comprimento e o diâmetro dos
eixos principais deve ser grande.
• As raízes laterais e os pêlos absorventes
devem ser bem desenvolvidos.
• Raízes superficiais abundantes e bem
desenvolvidas.
• Distribuição de raízes mais profundas.
17. COLMO______________________
• De acordo com a altura de uma planta
classifica-se em:
• CURTO: menos de 0,70 m
• MÉDIO: de 0,70 a 1,10 m
• LONGO: maior de 1,10 m
18. COLMO______________________
• Os colmos são constituídos de nó e entrenós.
• Em cada nó há uma folha e uma gema capaz
de emitir afilhos e raízes caulinares.
• O septo nodal separa dois entrenós.
• Os entrenós maduros são ocos, levemente
sulcados e sem pilosidade.
• os entrenós inferiores são curtos, mais grossos
e os superiores mais longos e mais finos.
19. COLMO______________________
• A estatura da planta é função do número e do
comprimento dos entrenós.
• Uma planta possui de 12 a 2 entrenós, porém
de 4 a 9, dos superiores, podem ultrapassar 5
cm de comprimento.
• O número e o comprimento dos entrenós
varia com a cultivar e com o ambiente.
• As tardias formam maior número de entrenós.
20. Afilhos_______________________
• Os afilhos saem dos nós inferiores,
alternadamente, sendo que do colmo principal
saem os afilhos primários, destes saem os afilhos
secundários, que por sua fez podem emitir os
afilhos terciários.
• Os afilho formados quando surge a quarta e a
quinta folha são os que provavelmente irão
produzir grão.
• Na produção de sementes o afilhamento pode
atrapalhar pela diferença de maturação.
• 1 a 30 por planta
21. FOLHAS______________________
• A primeira folha que nasce do colmo principal
e dos afilhos é uma bráctea = prophillum.
• O número de folhas varia de 6 a 12.
• Os colmos principais possuem mais folhas que
os afilhos.
• A folha completa possui: Bainha, lâmina, lígula
(6 a 15 m) e aurícula.
22. FOLHAS______________________
• FOLHA BANDEIRA: É a última folha,
geralmente é mais curta e mais larga. Nas cvs.
modernas permanece ereta sobre a panícula.
• ÂNGULO DE INSERÇÃO DAS FOLHAS: Plantas
com folhas espessas e eretas, aproveitam
melhor a radiação solar.
> número de plantas por área = > índice de
área foliar = aumento de produção.
23. FLOR________________________
• São formadas por dois
pares de brácteas ou
glumas, que envolvem
a flor do arroz
• As espiguetas ligam-se
às ramificações da
panícula por meio de
pedicelos curtos
• T ° C 30 e e32°
• < 15°C, se ocorrer até
1 hora após a abertura
das glumelas, impede
a fertilização.
24. PANÍCULA____________________
• É a inflorescência do arroz,
constituída por um grupo de
espiguetas uniflorais.
• A ramificação é do tipo racimosa.
• As panículas podem ser:
• ABERTAS
• COMPACTAS
• INTERMEDIÁRIAS
25. PANÍCULA____________________
• De acordo com o ângulo de inserção das
ramificações primárias :
• ERETAS
• PENDENTES
• INTERMEDIÁRIAS
• T 25°C a 30°C
• Baixas T. redução
Das espiguetas.
26. ESTRUTURA INTERNA DA CARIOPSE (GRÃO)____
• Embrião (contém os primórdios)
• Endosperma ( tecido de reserva)
• Tegumento (envolve os outros)
• Pericarpo (é removido no
beneficiamento)
27. Fases e estádios de desenvolvimento da planta_
• O ciclo de desenvolvimento do arroz é
dividido em várias etapas que vão desde a
germinação até a maturação.
28. Fases e estádios de desenvolvimento da planta_
• Ciclo 115 a 160 dias.
• O ciclo apresenta 3 FASES fisiológica e
morfologicamente bem distintas:
• - Fase vegetativa (50-60 dias)
• - Fase reprodutiva (30-40 dias)
• - Fase de Maturação (35-40 dias)
29. Fase vegetativa
• Inicia com a germinação e termina quando
ocorre a diferenciação do primórdio floral
(DPF).
• V0 Germinação e emergência: Ocorre de 5 a até 20 DAS
• V1 Plântula: 18 a 20 dias.
• V2 Afilhamento: Inicia com a quarta folha,Dura de 40 a 60
dias (precoces 45 e tardias até 90 dias).
• V3 Afilhamento máximo: Fase em que o afilhamento ocorre
com maior intensidade.
• V4 Alongamento ou elongação do colmo: Estádio final da
fase vegetativa.
30. Fase reprodutiva
• Inicia com a DPF e vai até o início da maturação. A
DPF ocorre de 70 a 75 dias antes da maturação e
dura de 30 a 40 dias.
• R1 Difernciação do primórdio floral (panícula).
• R2 Desenvolvimento da panícula:
• R3 Floração:
31. Fase de Maturação
• Inicia após a fertilização e vai até o amadurecimento, quando
90% dos grãos da panícula estão maduros. O
desenvolvimento do grão passa por 3 estádios.
• M1 Grão leitoso: Consiste no início do enborrachamento do
grão. Os carboidratos são canalizados para o grão.
• M2 Grão pastoso: O grão fica pastoso, endurecendo em 3 a 5
dias. A coloração caminha do verde para o amarelo. O teor de
umidade no grão vai diminuindo até atingir de 30 a 26%.
• M3 Maduro: Ocorre em aproximadamente 30 dias após a
floração. Em regiões mais frias pode durar até 65 dias. Os
grãos do terço inferior da panícula são os últimos a completar
o amadurecimento e no início da colheita podem apresentar
a cariopse no final do estádio grão pastoso (massa firme).
33. Componente da produção de grãos__
• Número de panícula/m2;
• Número de grão/panícula;
• % de grãos cheios;
• Pesode 100 grãos.
• Produção de grãos(t/ha)= nº de panículas/m2
x nº de grãos/panícula x % de grãos cheios x
peso de 100grãos(g)x104.
34. Estabelecimento e Condução da Lavoura__
• O arroz irrigado por inundação exige o
condicionamento do solo antes do cultivo.
• Remoção de detritos;
• Abertura de canais de drenagem e irrigação;
• Construção de estradas internas;
• Regularização da superfície do terreno;
• Entaipamento.
36. Estabelecimento e Condução da Lavoura__
• Praticados principalmente
na região sul
• tradicional (gaúcha);
• intermediária
(americana),
• semi-anã/filipina
(moderna/filipina)
• semi-anã/americana
(moderna/americana).
37. cultivares de arroz de terras altas
• Hoje temos cultivares que se adaptam ao plantio
de arroz em áreas velhas, no entanto a escolha da
variedade deve seguir alguns parâmetros
• 1. Gradagem ou subsolagem
• 2. Nivelamento
• 3. Formação de biomassa
• 4. Dessecação
• 5. Plantio
• 6. Herbicida graminicida pré ou pós emergente
• 7. Herbicida latifolicidas.
39. CULTIVARES___________________
• CVS CICLO MÉDIO: 01/10 a 20/1 T°C 20°
• CVS CICLO PRECOCE :1/10 a 10/12: É atrasada de
10 a 15 dias para evitar que o período crítico da
planta ao frio ocorra em dezembro.
• CVS CICLO SUPER PRECOCE :21/10 a 20/12: É
atrasada cerca de 10 dias o início e o fim de
semeadura em relação às precoces.
• CVS CICLO TARDIO :21/9 a 10/1: É antecipada
cerca de 10 dias a data final de semeadura em
relação às cvs ciclo médio.
40. CULTIVARES___________________
• BRS Ligeirinho
• super-precoce, 100 dias da emergência à completa
maturação. Apresenta folhas e espiguetas com
superfície lisa, grãos tipo "patna“;
• controle da população de arroz "daninho" (vermelho e
preto) em lavouras altamente infestadas por ser
colhida antes da maturação da invasora;
• Contudo deve-se salientar que esta cultivar tem menor
teto produtivo do que as demais do tipo moderno.
Apresenta baixa temperatura de gelatinização e alto
conteúdo de amilose.
41. CULTIVARES___________________
• BRS Atalanta
• super-precoce.
• tipo "moderno-filipino" de folhas lisas, tem ciclo
biológico ao redor de 100 dias.
• O rendimento industrial é superior a 62% de
grãos inteiros-polidos, variando de 58 a 65%.
• O seu grão classificado como grão longo-fino
("agulhinha") de casca lisa-clara.
• Em algumas situações de cultivo, pode mostrar reações
de suscetibilidade à toxicidade por ferro, na fase
vegetativa, e ao frio na fase reprodutiva das plantas.
42. CULTIVARES___________________
• IRGA 421
• Precoce,
• Porte baixo, folhas curtas, eretas e pilosas,
panículas protegidas pela folha bandeira, grãos
longos, finos e pilosos, casca de colaração
amarelo-palha, alto vigor inicial, alta capacidade
de afilhamento,
• sensibilidade à baixas temperaturas. Em relação a
reação à doenças a variedade apresenta-se
suscetível para a brusone e médio resistente para
a mancha dos grãos.
46. Brusone (Pyricularia grisea)
• Possui capacidade de infectar várias gramíneas como
arroz "vermelho" e "preto", trigo, aveia, azevém,
cevada, centeio, capim arroz (Echinochloa spp.), grama
boiadeira (Leersia hexandra), Brachiaria mutica, etc.
• A enfermidade desenvolve rapidamente quando existe
condições adequada como: períodos longos de
orvalho, nublados e associada as chuvas leves, as quais
mantêm a umidade sobre as folhas.
47.
48. Sintomas
• folhas. As lesões possuem um formato
alongado, com bordos irregulares, de
coloração marrom, com centro grizáceo, onde
aparecem as frutificações do fungo.
49. Controle
- Dimensionamento adequado das fontes de água;
- Uso de sementes de boa qualidade fitossanitária;
- Semeaduras na época recomendada;
- Uso cultivares mais resistente ou tolerantes;
- Troca de cultivares suscetíveis a cada 3-4 anos;
- Adubação equilibrada, sem provocar um crescimento
vegetativo muito vigoroso das plantas;
- Destruição dos restos de cultura;
- Uso de fungicidas.
60. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
• Melhoramentos da Rizicultura no Rio Grande do Sul. Secretaria da
Agricultura, Indústria e Comércio do RS, maio de 1945. Porto
Alegre, 1946. 429p.
• ARROZ IRRIGADO. Recomendações Técnicas da Pesquisa para o Sul
do Brasil. Itajaí, SC: EPAGRI/EMBRAPA-CPACT/IRGA, 2001. 80p.
• BARRA, A. C. V. Cultivo de arroz irrigado através do sistema Mix. In:
ENCONTRO ESTADUAL DO SISTEMA DE ARROZ PRÉ-GERMINADO, 2.;
Seminário do arroz pré-germinado do Mercosul, 1., 1998, Torres.
Anais. Pelotas: Grupo do Arroz Pré-germinado, 1999. p.85-87
• EMBRAPA CLIMA TEMPERADO. Arroz irrigado: recomendações
técnicas da pesquisa para o Sul do Brasil. Pelotas: Embrapa Clima
Temperado/ /IRGA/EPAGRI, 1999. 124p.