Este documento descreve a papeira, uma doença viral que causa inchaço nas glândulas salivares. É transmitida por gotículas respiratórias e tem um período de incubação de cerca de 19 dias. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça e inchaço das glândulas parotídeas, dificultando a fala e mastigação. A vacinação é a melhor forma de prevenção.
2. O que é ?
A parotidite epidémica,
também conhecida por
papeira, é uma doença
transmitida por um vírus pela
via aérea. É uma doença que
se caracteriza pelo aumento uni
ou bilateral das glândulas
salivares, em particular das
glândulas parotídeas,
localizadas junto da mandibula.
Nas crianças, a doença é
geralmente autolimitada, mas
no adulto pode causar
complicações.
3. Como se
transmite ?
O vírus da parotidite é altamente
infecioso. A sua transmissão faz-se
por gotículas (de espirros, tosse, fala)
ou por contacto direto com a saliva
infectada. Geralmente, os casos são
contagiosos desde 1 semana antes
a 1 semana após o inicio dos
sintomas, mas as infeções silenciosas
também podem ser fontes de
contágio. O período de incubação,
isto é, o período decorrido entre a
aquisição do vírus e o início dos
sintomas, é de cerca de 19 dias.
4. Quais são os
sinais e sintomas
mais comuns?
Antes da inflamação da parótida, podem surgir
sintomas inespecíficos, como febre baixa, mau estar e
falta de apetite, dores musculares e de cabeça.
Com o aumento do tamanho das parótidas, surgem a
dor localizada e as dificuldadesem comer e falar. O
edema glandular desaparece em 1 semana.
Outra manifestação da infeção pelo vírus da
parotidite é a epidídimo-orquite, ou seja, a inflamação
testicular, que ocorre sobretudo em homens infetados
após a puberdade. Ainda que pouco comum, o maior
risco desta forma de doença é a infertilidade.
Outros órgãos e sistemas podem ser afectados pelo
vírus da parotidite, nomeadamente o sistema nervoso
central, o pâncreas, a tiróide e o coração.
5. Como é possível
prevenir o
contágio ?
Atualmente, a prevenção primária via
vacinação é a melhor estratégia. Em
Portugal, são realizadas duas doses
vacinais anti-parotidite: a primeira, aos
12 meses e a segunda, aos 5-6 anos de
idade. Esta vacina é aplicada em
combinação com
outras, designadamente, o sarampo e
a rubéola (VASPR).
Uma vez contraída a doença, devem
ser aplicadas medidas de etiqueta
respiratória, incluído o uso de máscara.
O isolamento dos casos com proteção
respiratória deve ser feito durante 9
dias.
6. Como se trata?
A parotidite geralmente é uma
doença benigna e
autolimitada. O tratamento a
aplicar limita-se ao alívio dos
sintomas e deve ser sempre
prescrito pelo médico, uma vez
que alguns fármacos, como o
ácido acetilsalicílico
(vulgarmente conhecimento
pelo nome da marca Aspirina)
e outros medicamentos, estão
contraindicados nas crianças
com doença vírica.