2. Primeiro conceito
Visão de mundo na qual nosso próprio grupo
é tomado como centro de tudo e todos os
outros são pensados e sentidos através de
nossos valores.
Dificuldade de pensar a diferença.
Estranheza, medo e hostilidade em relação a
outro grupo.
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3. Composição do etnocentrismo
Elementos intelectuais.
Elementos racionais.
Elementos emocionais.
Elementos afetivos.
Categorias dicotômicas:
Nós- Outros.
Progresso- Atraso.
Civilização- Selvageria, barbárie.
Sociedade- Natureza.
Igual- Diferente.
Sociedade complexa- Sociedade tradicional.
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4. Questões iniciais
Busca pelos mecanismos, formas, caminhos e
razões que provocam as distorções nas imagens,
representações, pensamentos e emoções em
torno de outros grupos.
Choque cultural: constatação das diferenças com o
reforço da identidade do “nosso” grupo.
“A diferença é ameaçadora porque fere nossa
própria identidade cultural”.
O grupo do “outro” é visto como engraçado,
absurdo, anormal ou ininteligível.
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5. A interpretação das
culturas
O julgamento de valor da cultura do “outro” nos termos da
cultura do grupo do “eu”.
O etnocentrismo implica uma apreensão do “outro” que se
reveste de forma bastante violenta.
A lógica do extermínio.
As representações nos
livros didáticos: índio enquanto
“selvagem”, “primitivo”,
“pré-histórico”, “antropófago”, “inocente”, “infantil”,“almas
virgens”.
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6. Estereotipia e
etnocentrismo
“Rotulamos e aplicamos estereótipos através dos quais nos guiamos para o confronto cotidiano
com a diferença”. P.18.
“negros”.
“empregados”.
“os paraíba”.
“os doidões”.
“os colunáveis”.
“os surfistas”.
“as dondocas”.
“os velhos”.
“os caretas”.
“as patricinhas”.
“os emos”.
“os vagabundos”.
“os gays”.
“a loira”
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7. O conceito de relativização
“Quando vemos que as verdades da vida são menos uma questão
de essência das coisas e mais uma questão de posição: estamos
relativizando”.p. 20.
Perceber o contexto que produz os atos é uma forma de relativizar
nosso ponto de vista.
Compreender o outro dentro de seus próprios valores e sistema de
crenças é uma maneira de praticar o relativismo.
Relativizar é: “ver que a verdade está mais no olhar que naquilo que
é olhado”. p.20.
“Relativizar é não transformar a diferença em hierarquia, em
superiores e inferiores ou em bem e mal, mas vê-la na sua dimensão
de riqueza por ser diferente”. p. 20.
Na antropologia social a diferença é vista como alternativa, como
variedade de soluções para situações existenciais comuns.
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8. A descoberta do “outro”
Marco Polo e o Livro das maravilhas.
As Grandes Navegações e a conquista do
Novo Mundo:
Espanto, violência, perplexidade:
etnocentrismo.
Cristóvão Colombo: o paraíso do Éden.
Américo Vespúcio: As cartas que batizaram a
América.
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9. O Evolucionismo
A diferença é explicada nos séculos XVIII e XIX como a existência de
diferentes graus de evolução.
O conceito de evolução preconiza: desenvolvimento, transformação,
processo, progresso, realização.
A noção biológica de evolução foi defendida na obra A Origem das Espécies,
do inglês Charles Darwin.
“O evolucionismo biológico e o evolucionismo social se encontram e o
segundo passa ser o novo modelo explicador da diferença entre o “eu” e o
“outro”.p. 27.
No evolucionismo antropológico a noção de progresso torna-se
fundamental.
Objetivo dos antropólogos evolucionistas: transformar sociedades
contemporâneas em retratos do passado.
Postulado da unidade cultural.
“O etnocentrismo estava em achar que o “outro” era completamente
dispensável como elemento de transformação da teoria. A relativização não
tinha espaço”. p. 32.
Divisão sugerida por Lewis Morgan das sociedades humanas em estágios:
selvageria, barbárie e civilização. atenasregina@yahoo.com.br
10. A Antropologia Social: pioneiros
A Antropologia é capaz de relativizar as noções de tempo,
indivíduo, identidade entre outros conceitos.
Franz Boas: reflexão relativista do conceito de cultura, dando
importância as suas particularidades. Percepção da importância do
estudo da pluralidade de culturas diferentes.
Boas enfatizou que os processos de mudança, de troca e
empréstimo cultural são capazes de repercutir nos caminhos
traçados por cada cultura humana.
Influência da Escola Culturalista de Boas nos trabalhos de Gilberto
Freyre.
Ruth Benedict e Margaret Mead foram expoentes da Escola
Personalidade e cultura: objetivo de estabelecer a relação entre a
cultura e as personalidades individuais.
O problema do reducionismo.
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11. A Antropologia clássica no século XX
Radcliffe-Brown: Funcionalismo: pensar a sociedade em seus próprios
termos. Busca de rigor teórico e conceitual no estudo das culturas humanas.
O funcionalismo faz a ligação entre “processo” e “estrutura”.
Émile Durkheim: “ o social não se explica pelo individual”. p. 65.
“É fato social toda maneira de agir fixa ou não, suscetível de exercer sobre o
indivíduo uma coerção exterior; ou então ainda, que é geral na extensão de
uma sociedade dada, apresentando uma existência própria, independente
das manifestações individuais que possa ter”. In: As regras do método
sociológico.
O fato social é coercitivo, extenso e externo.
Bronislaw Malinowski: o trabalho de campo enquanto viagem ao “outro”: a
comparação relativizadora.
Pensar antropologicamente é buscar compreender o sentido positivo da
diferença.
“A antropologia é uma pequena ilha num oceano de pensamentos e prátcas
sociais marcadamente etnocêntricas”. p. 92.
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