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Componentes: Adriana Ferreira , Alethea Cristhiani Ferreira, Andréa
Carvalho, Edimeri Aparecida Santos Azeredo e Joana D Arc da Silva
Ferreira
Curso: Licenciatura em Pedagogia
Disciplina: Didática
Professores: Esther De Fátima Miranda De Souza/Valquíria Oscar
Teixeira Fonte:http://www.sonbola-ngo.com/
Fonte: http://sociedade-teia-digital.blogspot.com.br/2011/04/o-saudoso-paulo-freire.html
 Paulo Freire nasceu em 1921 em Recife, numa família de classe média. Com o
agravamento da crise econômica mundial iniciada em 1929 e a morte de seu pai,
quando tinha 13 anos, Freire passou a enfrentar dificuldades econômicas.
Formou-se em direito, mas não seguiu carreira, encaminhando a vida profissional
para o magistério. Suas idéias pedagógicas se formaram da observação da cultura
dos alunos - em particular o uso da linguagem - e do papel elitista da escola. Em
1963, em Angicos (RN), chefiou um programa que alfabetizou 300 pessoas em um
mês. No ano seguinte, o golpe militar o surpreendeu em Brasília, onde coordenava
o Plano Nacional de Alfabetização do presidente João Goulart. Freire passou 70
dias na prisão antes de se exilar. Em 1968, no Chile, escreveu seu livro mais
conhecido, Pedagogia do Oprimido. Também deu aulas nos Estados Unidos e na
Suíça e organizou planos de alfabetização em países africanos. Com a anistia, em
1979, voltou ao Brasil, integrando-se à vida universitária. Filiou-se ao Partido dos
Trabalhadores e, entre 1989 e 1991, foi secretário municipal de Educação de São
Paulo. Freire foi casado duas vezes e teve cinco filhos. Foi nomeado doutor
honores causa de 28 universidades em vários países e teve obras traduzidas em
mais de 20 idiomas. Morreu em 1997, de enfarte.
 Paulo Freire foi o mais célebre educador brasileiro, com atuação e reconhecimento
internacionais. Conhecido principalmente pelo método de alfabetização de adultos
que leva seu nome, ele desenvolveu um pensamento pedagógico assumidamente
político.
 Para Freire, o objetivo maior da educação é
conscientizar o aluno, para ele, a educação requer, de
forma permanente:
 a) O cultivo da curiosidade;
 b) As práticas horizontais mediadas pelo diálogo;
 c) Os atos de leitura do mundo;
 d) A problematização desse mundo;
 e) A ampliação do conhecimento que cada um detém
sobre o mundo problematizado;
 f) A interligação dos conteúdos apreendidos;
 g) O compartilhamento do mundo conhecido a partir
do processo de construção e reconstrução do
conhecimento.
 Suas obras são críticas, mas cheias de
esperança porque o homem e a mulher, como
seres inconclusos, sempre podem aprender
mais e mudar a sua realidade e a do mundo.
Não há destino, ninguém aprende sozinho,
aprende-se em comunhão. E isso se faz nas
práxis da ação, reflexão e ação. Por isso, ele
nos lembrava:
Fonte: http://kdfrases.com/frase/133248
 O método Paulo Freire não visa apenas tornar mais rápido e
acessível o aprendizado, mas pretende habilitar o aluno a "ler o
mundo", na expressão famosa do educador. "Trata-se de aprender a
ler a realidade (conhecê-la) para em seguida poder reescrever essa
realidade (transformá-la). A alfabetização é, para o educador, um
modo de os desfavorecidos romperem o que chamou de "cultura do
silêncio" e transformar a realidade, "como sujeitos da própria
história". Idéia de que tudo está em permanente transformação e
interação .
 A educação freireana pensa a prática pedagógica como ato de
criação, capaz de desenvolver outros atos criadores. Desenvolve a
impaciência, a vivacidade, a procura, a invenção e a reinvenção de
conceitos e significados. O importante na educação libertadora, para
Freire, é que os homens se “sintam sujeitos de seu pensar,
discutindo o seu pensar, sua própria visão de mundo, manifestada
implícita ou explicitamente, nas suas sugestões e nas de seus
companheiros.
 Para Paulo Freire, educar é um ato político, por isso
ele trouxe para a educação pós-moderna o desafio e
reinventar uma práxis pedagógica, política e
epistemológica profundamente democrática. A
preocupação fundamental dele era com as relações
entre professor/aluno e consciência crítica. No seu
livro "A importância do ato de ler", ele nos lembra
que a leitura do mundo precede a leitura da palavra e
nos dá seu próprio exemplo como prova disso, pois
aprendeu a ler em casa rodeado de árvores e
animais.
A leitura de mundo, ou melhor do seu mundo, foi
fundamental para a compreensão da importância do
ato de ler e escrever ou de reescrever,
transformando-se numa prática consciente.
 Segundo Freire tudo que vivenciamos em nossos
primeiros contatos com o mundo deveria fazer parte
do universo escolar de todas as pessoas e de todos
os grupos, expressando assim a realidade de cada
um através da sua linguagem, pois educar significa
assumir um compromisso com o outro, para que este
possa ser sujeito da sua história e do seu processo
de aprendizagem.
Freire não criou nenhum método, nem teoria, pois
estes termos dão idéia de algo pronto para ser
seguido, tudo que ele não queria, na verdade ele
lançou o desafio de reinventar uma práxis
pedagógica dialógica para libertar da opressão a
nossa sociedade. Para ele é impossível qualquer ação
humana se comunicação dialógica, mas não qualquer
diálogo e sim uma comunicação "horizontal" por se
tratar de sujeitos sociais que compartilham a
experiência de transformarem o mundo.
 Enfim, Paulo Freire atribui à Educação o papel de
contribuir para o processo de transformação social, pois,
para ele, a educação é dialógico-dialética, na medida em
que o ato educativo pode superar a prática de dominação
e construir uma prática da liberdade em que educador (a)
e educando(a) são os protagonistas do processo, dialogam
e constroem o conhecimento mediante a análise crítica das
relações entre os sujeitos e o mundo. Esse movimento
decorre da compreensão da Educação como ato de
conhecimento e como ato político. Sendo assim, ele vê na
educação a possibilidade de emancipação humana para
superar as diferentes formas de opressão e dominação
existentes na sociedade contemporânea, marcada por
políticas neoliberais e todo ser humano é construtor de
conhecimento; portanto, produtor de cultura. Sendo
assim, é importante que os processos educativos ofereçam
aos (às) estudantes oportunidades de confrontar seus
conhecimentos com informações mais amplas,
consistentes e significativas para a construção e ou
reconstrução de novos conhecimentos mediante o diálogo
crítico.
 Paulo Freire expressa que a escola deve ser um
lugar de trabalho, de ensino, de aprendizagem.
Um lugar em que a convivência permita estar
continuamente se superando, porque a escola é o
espaço privilegiado para pensar. Ele que sempre
acreditou na capacidade criadora dos homens e
mulheres, e pensando assim é que apresenta a
escola como instância da sociedade. Reconhece a
presença do oprimido e do opressor, ao que
convida-nos a essa libertação, inicialmente pela
libertação do opressor que reside em cada um,
para então conseguirmos pela marcha popular
libertar todos os homens.
 Acreditamos no professor capaz de coordenar a
ação educativa, no educando como agente
sujeito participante, na escola como currículo de
cultura e na sala de aula como espaço de
diálogo. É em função desses pressupostos que
queremos participar das reflexões para a
construção da escola que oferece uma educação
em que as pessoas vão se completando ao longo
da vida, uma educação capaz de ouvir as
pessoas, participando dessa realidade,
discutindo-a, e colocando como perspectiva a
possibilidade de mudar essa realidade.Uma
reflexão necessária e de certa forma ousada.
 Visto que hoje enfrentamos inúmeras
dificuldades no sistema educacional brasileiro. A
escola precisa redimensionar o seu pensar,
reformulando suas ações pela compreensão do
que a comunidade escolar (entendida aqui os
alunos, pais, professores, equipe pedagógica,
direção, funcionários) espera dela enquanto
função social,trazer a público, o que de fato é a
escola e a que ela se propõe já que precisa
reformular sua ação definindo prioridades frente
as diferentes exigências do contexto social em
que encontra-se inserida.
 Queremos uma escola capaz de trabalhar um currículo
significativo, preparada para que o ensino e a aprendizagem de
fato se efetivem em que a proposta político pedagógica esteja
alicerçada a uma pedagogia crítica, capaz de desafiar o
educando a pensar criticamente a realidade social, política e
histórica, e que o educador, na concepção de Paulo Freire, seja
aquele que “ensina os conteúdos de sua disciplina com rigor e
com rigor cobra a produção dos educandos, mas não esconde a
sua opção política na neutralidade impossível de seu que fazer.
 É essa escola que desejamos construir, uma escola humana,
capaz de compreender os desafios de seu tempo, e na luta pelo
melhor viver, reconhecer fatos, gestos, unir conhecimentos,
recordar. Uma escola comprometida com as gerações futuras.
Para Paulo Freire, uma escola em que “o direito de saber melhor
o que já sabem, ao lado de outro direito, o de participar, de
algum modo, da produção do saber ainda não existente”.
 FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos
que se completam. 26 ed. São Paulo: Cortez, 1991.
 À sombra desta mangueira. 2.. ed. São Paulo: Olho d'Água,
1995. 120 p.
 Educação como prática da liberdade. 25. ed. São Paulo:
Paz e Terra, 2001. 158 p.
 Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática
educativa. 30. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004. 148 p.
(Coleção leitura )
 Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia
do oprimido. 7. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000. 245
p.
 Pedagogia do oprimido. 11. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1982.

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Paulo Freire e suas contribuições para a didática

  • 1. Componentes: Adriana Ferreira , Alethea Cristhiani Ferreira, Andréa Carvalho, Edimeri Aparecida Santos Azeredo e Joana D Arc da Silva Ferreira Curso: Licenciatura em Pedagogia Disciplina: Didática Professores: Esther De Fátima Miranda De Souza/Valquíria Oscar Teixeira Fonte:http://www.sonbola-ngo.com/
  • 3.  Paulo Freire nasceu em 1921 em Recife, numa família de classe média. Com o agravamento da crise econômica mundial iniciada em 1929 e a morte de seu pai, quando tinha 13 anos, Freire passou a enfrentar dificuldades econômicas. Formou-se em direito, mas não seguiu carreira, encaminhando a vida profissional para o magistério. Suas idéias pedagógicas se formaram da observação da cultura dos alunos - em particular o uso da linguagem - e do papel elitista da escola. Em 1963, em Angicos (RN), chefiou um programa que alfabetizou 300 pessoas em um mês. No ano seguinte, o golpe militar o surpreendeu em Brasília, onde coordenava o Plano Nacional de Alfabetização do presidente João Goulart. Freire passou 70 dias na prisão antes de se exilar. Em 1968, no Chile, escreveu seu livro mais conhecido, Pedagogia do Oprimido. Também deu aulas nos Estados Unidos e na Suíça e organizou planos de alfabetização em países africanos. Com a anistia, em 1979, voltou ao Brasil, integrando-se à vida universitária. Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores e, entre 1989 e 1991, foi secretário municipal de Educação de São Paulo. Freire foi casado duas vezes e teve cinco filhos. Foi nomeado doutor honores causa de 28 universidades em vários países e teve obras traduzidas em mais de 20 idiomas. Morreu em 1997, de enfarte.  Paulo Freire foi o mais célebre educador brasileiro, com atuação e reconhecimento internacionais. Conhecido principalmente pelo método de alfabetização de adultos que leva seu nome, ele desenvolveu um pensamento pedagógico assumidamente político.
  • 4.  Para Freire, o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno, para ele, a educação requer, de forma permanente:  a) O cultivo da curiosidade;  b) As práticas horizontais mediadas pelo diálogo;  c) Os atos de leitura do mundo;  d) A problematização desse mundo;  e) A ampliação do conhecimento que cada um detém sobre o mundo problematizado;  f) A interligação dos conteúdos apreendidos;  g) O compartilhamento do mundo conhecido a partir do processo de construção e reconstrução do conhecimento.
  • 5.  Suas obras são críticas, mas cheias de esperança porque o homem e a mulher, como seres inconclusos, sempre podem aprender mais e mudar a sua realidade e a do mundo. Não há destino, ninguém aprende sozinho, aprende-se em comunhão. E isso se faz nas práxis da ação, reflexão e ação. Por isso, ele nos lembrava: Fonte: http://kdfrases.com/frase/133248
  • 6.  O método Paulo Freire não visa apenas tornar mais rápido e acessível o aprendizado, mas pretende habilitar o aluno a "ler o mundo", na expressão famosa do educador. "Trata-se de aprender a ler a realidade (conhecê-la) para em seguida poder reescrever essa realidade (transformá-la). A alfabetização é, para o educador, um modo de os desfavorecidos romperem o que chamou de "cultura do silêncio" e transformar a realidade, "como sujeitos da própria história". Idéia de que tudo está em permanente transformação e interação .  A educação freireana pensa a prática pedagógica como ato de criação, capaz de desenvolver outros atos criadores. Desenvolve a impaciência, a vivacidade, a procura, a invenção e a reinvenção de conceitos e significados. O importante na educação libertadora, para Freire, é que os homens se “sintam sujeitos de seu pensar, discutindo o seu pensar, sua própria visão de mundo, manifestada implícita ou explicitamente, nas suas sugestões e nas de seus companheiros.
  • 7.  Para Paulo Freire, educar é um ato político, por isso ele trouxe para a educação pós-moderna o desafio e reinventar uma práxis pedagógica, política e epistemológica profundamente democrática. A preocupação fundamental dele era com as relações entre professor/aluno e consciência crítica. No seu livro "A importância do ato de ler", ele nos lembra que a leitura do mundo precede a leitura da palavra e nos dá seu próprio exemplo como prova disso, pois aprendeu a ler em casa rodeado de árvores e animais. A leitura de mundo, ou melhor do seu mundo, foi fundamental para a compreensão da importância do ato de ler e escrever ou de reescrever, transformando-se numa prática consciente.
  • 8.  Segundo Freire tudo que vivenciamos em nossos primeiros contatos com o mundo deveria fazer parte do universo escolar de todas as pessoas e de todos os grupos, expressando assim a realidade de cada um através da sua linguagem, pois educar significa assumir um compromisso com o outro, para que este possa ser sujeito da sua história e do seu processo de aprendizagem. Freire não criou nenhum método, nem teoria, pois estes termos dão idéia de algo pronto para ser seguido, tudo que ele não queria, na verdade ele lançou o desafio de reinventar uma práxis pedagógica dialógica para libertar da opressão a nossa sociedade. Para ele é impossível qualquer ação humana se comunicação dialógica, mas não qualquer diálogo e sim uma comunicação "horizontal" por se tratar de sujeitos sociais que compartilham a experiência de transformarem o mundo.
  • 9.  Enfim, Paulo Freire atribui à Educação o papel de contribuir para o processo de transformação social, pois, para ele, a educação é dialógico-dialética, na medida em que o ato educativo pode superar a prática de dominação e construir uma prática da liberdade em que educador (a) e educando(a) são os protagonistas do processo, dialogam e constroem o conhecimento mediante a análise crítica das relações entre os sujeitos e o mundo. Esse movimento decorre da compreensão da Educação como ato de conhecimento e como ato político. Sendo assim, ele vê na educação a possibilidade de emancipação humana para superar as diferentes formas de opressão e dominação existentes na sociedade contemporânea, marcada por políticas neoliberais e todo ser humano é construtor de conhecimento; portanto, produtor de cultura. Sendo assim, é importante que os processos educativos ofereçam aos (às) estudantes oportunidades de confrontar seus conhecimentos com informações mais amplas, consistentes e significativas para a construção e ou reconstrução de novos conhecimentos mediante o diálogo crítico.
  • 10.  Paulo Freire expressa que a escola deve ser um lugar de trabalho, de ensino, de aprendizagem. Um lugar em que a convivência permita estar continuamente se superando, porque a escola é o espaço privilegiado para pensar. Ele que sempre acreditou na capacidade criadora dos homens e mulheres, e pensando assim é que apresenta a escola como instância da sociedade. Reconhece a presença do oprimido e do opressor, ao que convida-nos a essa libertação, inicialmente pela libertação do opressor que reside em cada um, para então conseguirmos pela marcha popular libertar todos os homens.
  • 11.  Acreditamos no professor capaz de coordenar a ação educativa, no educando como agente sujeito participante, na escola como currículo de cultura e na sala de aula como espaço de diálogo. É em função desses pressupostos que queremos participar das reflexões para a construção da escola que oferece uma educação em que as pessoas vão se completando ao longo da vida, uma educação capaz de ouvir as pessoas, participando dessa realidade, discutindo-a, e colocando como perspectiva a possibilidade de mudar essa realidade.Uma reflexão necessária e de certa forma ousada.
  • 12.  Visto que hoje enfrentamos inúmeras dificuldades no sistema educacional brasileiro. A escola precisa redimensionar o seu pensar, reformulando suas ações pela compreensão do que a comunidade escolar (entendida aqui os alunos, pais, professores, equipe pedagógica, direção, funcionários) espera dela enquanto função social,trazer a público, o que de fato é a escola e a que ela se propõe já que precisa reformular sua ação definindo prioridades frente as diferentes exigências do contexto social em que encontra-se inserida.
  • 13.  Queremos uma escola capaz de trabalhar um currículo significativo, preparada para que o ensino e a aprendizagem de fato se efetivem em que a proposta político pedagógica esteja alicerçada a uma pedagogia crítica, capaz de desafiar o educando a pensar criticamente a realidade social, política e histórica, e que o educador, na concepção de Paulo Freire, seja aquele que “ensina os conteúdos de sua disciplina com rigor e com rigor cobra a produção dos educandos, mas não esconde a sua opção política na neutralidade impossível de seu que fazer.  É essa escola que desejamos construir, uma escola humana, capaz de compreender os desafios de seu tempo, e na luta pelo melhor viver, reconhecer fatos, gestos, unir conhecimentos, recordar. Uma escola comprometida com as gerações futuras. Para Paulo Freire, uma escola em que “o direito de saber melhor o que já sabem, ao lado de outro direito, o de participar, de algum modo, da produção do saber ainda não existente”.
  • 14.  FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 26 ed. São Paulo: Cortez, 1991.  À sombra desta mangueira. 2.. ed. São Paulo: Olho d'Água, 1995. 120 p.  Educação como prática da liberdade. 25. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2001. 158 p.  Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 30. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004. 148 p. (Coleção leitura )  Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. 7. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000. 245 p.  Pedagogia do oprimido. 11. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.