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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE 
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR 
UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS 
CAMPUS DE POMBAL – PB 
Discente: Anderson dos Santos Formiga 
Disciplina: Fenômenos de Transporte II 
Doscente: Georgiana Maria Vasconcelos 
Martins
 A difusão atômica pode ser definida como um 
mecanismo pelo qual a matéria é transportada através 
da matéria. 
 Os átomos em gases, líquidos e sólidos estão em 
constante movimento. 
 No caso dos sólidos, o movimento atômico é bastante 
restrito, em função das elevadas forças de ligação 
atômica e da existência de posições de equilíbrio bem 
definidas. Todavia, as vibrações atômicas de origem 
térmica existentes em sólidos permitem movimentos 
atômicos limitados.
 A difusão atômica em metais e ligas é 
particularmente importante, pois a maioria das 
reações no estado sólido, que são 
fundamentais em metalurgia, envolve 
movimentos atômicos. 
 Exemplos de reações de estado sólido 
ocorrem: na nucleação e crescimento de novas 
fases em sólidos cristalinos, na cementação 
dos aços, na produção de semicondutores 
(difusão de dopantes) etc.
 Em um cristal, os átomos somente ficam estáticos 
no zero absoluto (-273ºC). Nestas condições, os 
átomos permanecem na posição correspondente ao 
mínimo de energia. 
 Acima desta temperatura os átomos começam a 
vibrar e, à medida que a temperatura se eleva, as 
vibrações térmicas tornam-se mais intensas, 
fazendo com que os átomos se dispersem ao acaso 
em torno da posição de menor energia. 
 Deslocamentos atômicos podem também ocorrer 
sob ação de campos elétricos ou magnéticos, se as 
cargas dos átomos interagem com o campo (átomos 
na forma de íons são facilmente deslocados em um 
campo elétrico).
 Existem dois mecanismos básicos de difusão 
de átomos em um sólido cristalino, e ambos 
envolvem defeitos pontuais: 
 Mecanismo substitucional ou de vazios ; 
 Mecanismo intersticial. 
 Além desses dois, o movimento atômico pode 
se dá por meio do mecanismo de anel, de 
ocorrência mais difícil, pois envolve maior 
gasto de energia.
 Mecanismo substitucional ou de vazios 
 Os átomos podem mover-se no interior do cristal, de 
uma posição atômica para outra, se apresentarem 
energia de vibração suficiente e se existirem 
posições atômicas vazias (lacunas) ou outros 
defeitos cristalinos na estrutura atômica. 
 Em metais, com o aumento da temperatura, mais 
lacunas podem ser observadas (a concentração de 
vacâncias é termicamente ativada) e mais energia 
térmica estará disponível. Assim, a taxa de difusão 
atômica aumentará com a temperatura.
 Mecanismo substitucional ou de vazios 
 Na Figura 01, se um átomo próximo à lacuna tem 
energia suficiente, ele poderá mover-se até essa 
posição vazia. 
Figura 01 – Mecanismos de vazios
 Mecanismo intersticial 
 Para que o mecanismo de difusão intersticial seja 
ativo, o tamanho do átomo em difusão deve ser 
pequeno comparativamente aos átomos da matriz. 
 Pequenos átomos como o hidrogênio, o carbono, 
o nitrogênio e o oxigênio podem apresentar 
difusão intersticial em alguns sólidos cristalinos.
 Mecanismo intersticial 
 O mecanismo intersticial em sólidos cristalinos ocorre 
quando um átomo se move de uma posição intersticial para 
outra posição intersticial vizinha, sem que exista 
deslocamento de átomos da matriz cristalina, como mostra 
a Figura 02. 
Figura 02 – Mecanismo intersticial
Mecanismo de difusão em anel 
 A difusão em anel envolve o movimento simultâneo de três ou 
quatro átomos, como mostra a Figura 03. Este mecanismo é 
mais raro devido às suas particularidades. 
 Uma simples troca entre dois átomos vizinhos é teoricamente 
possível; entretanto, seria mais difícil que a difusão em anel, 
em função da necessidade de altos níveis de energia para 
ocorrer. 
Figura 03 - Mecanismo de difusão em anel. (a) Anel de três átomos; (b) anel de quatro 
átomos.
 Em condições uniformes, cada um dos átomos 
adjacentes à lacuna tem a mesma probabilidade de 
se mover para ela. Analogamente, o átomo 
intersticial tem a mesma probabilidade de se mover 
em cada um dos interstícios à sua volta. 
 Se os átomos devem mudar de posições, as “barreiras 
de energia” devem ser superadas. 
 Energia de ativação é a energia requerida para 
superar tais barreiras, somada à energia de formação 
do defeito, quando houver.
 Portanto, necessita-se de energia para retirar o 
átomo dos seus vizinhos originais. A energia de 
ativação varia com diversos fatores. Por exemplo: 
 Um átomo pequeno tem uma energia de ativação 
menor que um átomo grande ou molécula; 
 Os movimentos intersticiais requerem mais energia 
que os movimentos de vazios; 
 São necessárias elevadas energias de ativação para 
a difusão em materiais fortemente ligados e de alto 
ponto de fusão, como o tungstênio, o carbeto de 
boro e outros.
 A análise estatística de Boltzmann aplicada ao 
movimento atômico permite estabelecer a intensidade de 
difusão atômica em materiais. 
 A difusão de um material A (soluto) dentro da estrutura de 
um material B (solvente) é representada pelo coeficiente 
de difusão (D), definido pela equação de Arrhenius: 
onde D = coeficiente de difusão; Do= 
constante do sistema soluto/solvente; Q = 
energia de ativação; R = constante molar dos 
gases (8,314 J/mol.K ou 1,987 cal/mol.K); T = 
temperatura absoluta.
 A difusividade atômica depende de diversos fatores, 
sendo que os mais importantes são: 
 Tipo de mecanismo de difusão: Dependendo dos 
tamanhos atômicos envolvidos, o mecanismo de difusão 
influencia a intensidade de difusão (átomos de tamanhos 
próximos têm difusão elevada quando o mecanismo é 
substitucional; quando os átomos apresentam tamanhos 
muito diferentes, o mecanismo apropriado é o intersticial); 
 Temperatura na qual a difusão ocorre 
 Tipo de estrutura cristalina do solvente: Estruturas 
compactas (CFC e HC) dificultam a difusão atômica por 
serem mais compactas; 
 Tipo e quantidade de imperfeições presentes na rede 
cristalina: Defeitos como discordâncias e lacunas 
aumentam a intensidade de difusão.
 Alguns processos (por ex.: purificação de gases) exigem 
a utilização de adsorventes que apresentam poros 
seletivos a um determinado gás (peneiras moleculares). 
 Podemos notar, então, que qualquer que seja o processo, 
o soluto (gasoso ou líquido) difunde por uma matriz onde 
a configuração geométrica é determinante para o 
fenômeno de difusão. 
Figura 04 – Difusão em sólidos porosos
 A difusão em um sólido poroso apresenta 
distribuição de poros e geometria externas 
peculiares que determinam a mobilidade do 
difundente, sendo classificadas como: 
 Difusão de Fick; 
 Difusão de Knudsen; 
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 Difusão de Fick 
 Difusão de um soluto em um sólido com poros 
relativamente grandes, maiores do que o caminho livre 
média das moléculas difundentes, sendo descrita de 
acordo com a primeira lei de Fick em termos de 
coeficiente e efetivo de difusão:
 Difusão de Fick 
 O coeficiente efetivo (Def) aparece em razão da 
tortuosidade do sólido poroso. Ele depende das 
variáveis que influenciam a difusão como, T, P e das 
propriedades da matriz porosa: porosidade ( 휀푝) , 
esfericidade (Φ) e a tortuosidade (τ).
Difusão de Knudsen 
 Quando se trata de gases leves, pressão baixa ou poros 
estreitos, o soluto irá colidir com as paredes dos poros ao 
invés de colidir com outras moléculas, de modo a ser 
desprezível o efeito de corrente das colisões entre as 
moléculas no fenômeno difusivo. Neste caso, cada 
molécula se difunde independente das demais. Neste 
caso, o coeficiente é análogo ao obtido pela teoria 
cinética dos gases: 
onde, 
Ω - Velocidade média molecular 
푑푝 – diâmetro médio dos poros
Difusão de Knudsen 
 Quando a tortuosidade é considerada na 
difusão de Knudsen, o coeficiente 
fenomenológico é corrigido para:
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 A difusão configuracional ocorre em matrizes 
porosas, macro- e mesoporosas devido aos 
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A difusão é dada por:
 Os eletrólitos constituem-se de solução 
composta de solvente, normalmente água, na 
qual uma determinada substância decompõe-se 
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sais. 
 Quando se dissolve o sal de cozinha (NaCl) 
em água, não ocorre a difusão da “molécula” 
de sal, há a sua dissolução nos íons 푁푎+ 
(cátion) e 퐶푙−(ânion) , os quais difundirão como 
se fossem “moléculas” independentes , mas 
fluindo na mesma direção.
 As velocidades dos íons são descritas 
analogamente à teoria de Stokes-Einstein. 
 Em se tratando de eletrólitos, a velocidade do íon 
está associada tanto com o potencial químico 
quanto com o eletrostático. 
(Velocidade) = (mobilidade)[diferença de potencial 
químico) + (diferença de potencial eletrostático)]
Obtenção do coeficiente de difusão de eletrólitos em soluções 
líquidas diluídas 
Ex: Estime o valor do coeficiente de difusão em diluição 
infinita a 25°C do NaCl em água. 
NaCl  푁푎+1 + 퐶푙−1 ; Z1= +1 e Z2 = -1
Tabela 01 – Coeficiente de difusão iônica em diluição infinita em água a 25°C
Obtenção do coeficiente de difusão de eletrólitos em 
soluções líquidas diluídas 
Da tabela 01 temos que: 
D1 = 퐷푁푎+ = 1,33x10−5 푐푚2/s 
e D2 = 퐷퐶푙− = 2,03x10−5 푐푚2/s 
퐷0퐴 =[ 
(⃓+1⃓ +⃓−1⃓)(1,33)(2,03) 
(⃓+1⃓ 1,33 + ⃓−1⃓(2,03)) 
]x10−5 = 1,607 x 10−5 푐푚2/s
 A difusão de eletrólitos em soluções líquidas 
concentradas apresenta o mesmo problema da difusão 
de não-eletrólitos em líquidos concentrados, não há, 
no momento, teoria capaz de descrever o fenômeno na 
sua totalidade. O que se tem são informações 
experimentais que mostram o aumento do valor do 
coeficiente de difusão para altos valores de 
normalidade.
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Difusão atômica em sólidos

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS CAMPUS DE POMBAL – PB Discente: Anderson dos Santos Formiga Disciplina: Fenômenos de Transporte II Doscente: Georgiana Maria Vasconcelos Martins
  • 2.  A difusão atômica pode ser definida como um mecanismo pelo qual a matéria é transportada através da matéria.  Os átomos em gases, líquidos e sólidos estão em constante movimento.  No caso dos sólidos, o movimento atômico é bastante restrito, em função das elevadas forças de ligação atômica e da existência de posições de equilíbrio bem definidas. Todavia, as vibrações atômicas de origem térmica existentes em sólidos permitem movimentos atômicos limitados.
  • 3.  A difusão atômica em metais e ligas é particularmente importante, pois a maioria das reações no estado sólido, que são fundamentais em metalurgia, envolve movimentos atômicos.  Exemplos de reações de estado sólido ocorrem: na nucleação e crescimento de novas fases em sólidos cristalinos, na cementação dos aços, na produção de semicondutores (difusão de dopantes) etc.
  • 4.  Em um cristal, os átomos somente ficam estáticos no zero absoluto (-273ºC). Nestas condições, os átomos permanecem na posição correspondente ao mínimo de energia.  Acima desta temperatura os átomos começam a vibrar e, à medida que a temperatura se eleva, as vibrações térmicas tornam-se mais intensas, fazendo com que os átomos se dispersem ao acaso em torno da posição de menor energia.  Deslocamentos atômicos podem também ocorrer sob ação de campos elétricos ou magnéticos, se as cargas dos átomos interagem com o campo (átomos na forma de íons são facilmente deslocados em um campo elétrico).
  • 5.  Existem dois mecanismos básicos de difusão de átomos em um sólido cristalino, e ambos envolvem defeitos pontuais:  Mecanismo substitucional ou de vazios ;  Mecanismo intersticial.  Além desses dois, o movimento atômico pode se dá por meio do mecanismo de anel, de ocorrência mais difícil, pois envolve maior gasto de energia.
  • 6.  Mecanismo substitucional ou de vazios  Os átomos podem mover-se no interior do cristal, de uma posição atômica para outra, se apresentarem energia de vibração suficiente e se existirem posições atômicas vazias (lacunas) ou outros defeitos cristalinos na estrutura atômica.  Em metais, com o aumento da temperatura, mais lacunas podem ser observadas (a concentração de vacâncias é termicamente ativada) e mais energia térmica estará disponível. Assim, a taxa de difusão atômica aumentará com a temperatura.
  • 7.  Mecanismo substitucional ou de vazios  Na Figura 01, se um átomo próximo à lacuna tem energia suficiente, ele poderá mover-se até essa posição vazia. Figura 01 – Mecanismos de vazios
  • 8.  Mecanismo intersticial  Para que o mecanismo de difusão intersticial seja ativo, o tamanho do átomo em difusão deve ser pequeno comparativamente aos átomos da matriz.  Pequenos átomos como o hidrogênio, o carbono, o nitrogênio e o oxigênio podem apresentar difusão intersticial em alguns sólidos cristalinos.
  • 9.  Mecanismo intersticial  O mecanismo intersticial em sólidos cristalinos ocorre quando um átomo se move de uma posição intersticial para outra posição intersticial vizinha, sem que exista deslocamento de átomos da matriz cristalina, como mostra a Figura 02. Figura 02 – Mecanismo intersticial
  • 10. Mecanismo de difusão em anel  A difusão em anel envolve o movimento simultâneo de três ou quatro átomos, como mostra a Figura 03. Este mecanismo é mais raro devido às suas particularidades.  Uma simples troca entre dois átomos vizinhos é teoricamente possível; entretanto, seria mais difícil que a difusão em anel, em função da necessidade de altos níveis de energia para ocorrer. Figura 03 - Mecanismo de difusão em anel. (a) Anel de três átomos; (b) anel de quatro átomos.
  • 11.  Em condições uniformes, cada um dos átomos adjacentes à lacuna tem a mesma probabilidade de se mover para ela. Analogamente, o átomo intersticial tem a mesma probabilidade de se mover em cada um dos interstícios à sua volta.  Se os átomos devem mudar de posições, as “barreiras de energia” devem ser superadas.  Energia de ativação é a energia requerida para superar tais barreiras, somada à energia de formação do defeito, quando houver.
  • 12.  Portanto, necessita-se de energia para retirar o átomo dos seus vizinhos originais. A energia de ativação varia com diversos fatores. Por exemplo:  Um átomo pequeno tem uma energia de ativação menor que um átomo grande ou molécula;  Os movimentos intersticiais requerem mais energia que os movimentos de vazios;  São necessárias elevadas energias de ativação para a difusão em materiais fortemente ligados e de alto ponto de fusão, como o tungstênio, o carbeto de boro e outros.
  • 13.  A análise estatística de Boltzmann aplicada ao movimento atômico permite estabelecer a intensidade de difusão atômica em materiais.  A difusão de um material A (soluto) dentro da estrutura de um material B (solvente) é representada pelo coeficiente de difusão (D), definido pela equação de Arrhenius: onde D = coeficiente de difusão; Do= constante do sistema soluto/solvente; Q = energia de ativação; R = constante molar dos gases (8,314 J/mol.K ou 1,987 cal/mol.K); T = temperatura absoluta.
  • 14.  A difusividade atômica depende de diversos fatores, sendo que os mais importantes são:  Tipo de mecanismo de difusão: Dependendo dos tamanhos atômicos envolvidos, o mecanismo de difusão influencia a intensidade de difusão (átomos de tamanhos próximos têm difusão elevada quando o mecanismo é substitucional; quando os átomos apresentam tamanhos muito diferentes, o mecanismo apropriado é o intersticial);  Temperatura na qual a difusão ocorre  Tipo de estrutura cristalina do solvente: Estruturas compactas (CFC e HC) dificultam a difusão atômica por serem mais compactas;  Tipo e quantidade de imperfeições presentes na rede cristalina: Defeitos como discordâncias e lacunas aumentam a intensidade de difusão.
  • 15.  Alguns processos (por ex.: purificação de gases) exigem a utilização de adsorventes que apresentam poros seletivos a um determinado gás (peneiras moleculares).  Podemos notar, então, que qualquer que seja o processo, o soluto (gasoso ou líquido) difunde por uma matriz onde a configuração geométrica é determinante para o fenômeno de difusão. Figura 04 – Difusão em sólidos porosos
  • 16.  A difusão em um sólido poroso apresenta distribuição de poros e geometria externas peculiares que determinam a mobilidade do difundente, sendo classificadas como:  Difusão de Fick;  Difusão de Knudsen;  Difusão configuracional.
  • 17.  Difusão de Fick  Difusão de um soluto em um sólido com poros relativamente grandes, maiores do que o caminho livre média das moléculas difundentes, sendo descrita de acordo com a primeira lei de Fick em termos de coeficiente e efetivo de difusão:
  • 18.  Difusão de Fick  O coeficiente efetivo (Def) aparece em razão da tortuosidade do sólido poroso. Ele depende das variáveis que influenciam a difusão como, T, P e das propriedades da matriz porosa: porosidade ( 휀푝) , esfericidade (Φ) e a tortuosidade (τ).
  • 19. Difusão de Knudsen  Quando se trata de gases leves, pressão baixa ou poros estreitos, o soluto irá colidir com as paredes dos poros ao invés de colidir com outras moléculas, de modo a ser desprezível o efeito de corrente das colisões entre as moléculas no fenômeno difusivo. Neste caso, cada molécula se difunde independente das demais. Neste caso, o coeficiente é análogo ao obtido pela teoria cinética dos gases: onde, Ω - Velocidade média molecular 푑푝 – diâmetro médio dos poros
  • 20. Difusão de Knudsen  Quando a tortuosidade é considerada na difusão de Knudsen, o coeficiente fenomenológico é corrigido para:
  • 21. Difusão configuracional  A difusão configuracional ocorre em matrizes porosas, macro- e mesoporosas devido aos saltos energéticos do soluto pelos microporos. A difusão é dada por:
  • 22.  Os eletrólitos constituem-se de solução composta de solvente, normalmente água, na qual uma determinada substância decompõe-se em íons, como por exemplo a dissolução de sais.  Quando se dissolve o sal de cozinha (NaCl) em água, não ocorre a difusão da “molécula” de sal, há a sua dissolução nos íons 푁푎+ (cátion) e 퐶푙−(ânion) , os quais difundirão como se fossem “moléculas” independentes , mas fluindo na mesma direção.
  • 23.  As velocidades dos íons são descritas analogamente à teoria de Stokes-Einstein.  Em se tratando de eletrólitos, a velocidade do íon está associada tanto com o potencial químico quanto com o eletrostático. (Velocidade) = (mobilidade)[diferença de potencial químico) + (diferença de potencial eletrostático)]
  • 24. Obtenção do coeficiente de difusão de eletrólitos em soluções líquidas diluídas Ex: Estime o valor do coeficiente de difusão em diluição infinita a 25°C do NaCl em água. NaCl  푁푎+1 + 퐶푙−1 ; Z1= +1 e Z2 = -1
  • 25. Tabela 01 – Coeficiente de difusão iônica em diluição infinita em água a 25°C
  • 26. Obtenção do coeficiente de difusão de eletrólitos em soluções líquidas diluídas Da tabela 01 temos que: D1 = 퐷푁푎+ = 1,33x10−5 푐푚2/s e D2 = 퐷퐶푙− = 2,03x10−5 푐푚2/s 퐷0퐴 =[ (⃓+1⃓ +⃓−1⃓)(1,33)(2,03) (⃓+1⃓ 1,33 + ⃓−1⃓(2,03)) ]x10−5 = 1,607 x 10−5 푐푚2/s
  • 27.  A difusão de eletrólitos em soluções líquidas concentradas apresenta o mesmo problema da difusão de não-eletrólitos em líquidos concentrados, não há, no momento, teoria capaz de descrever o fenômeno na sua totalidade. O que se tem são informações experimentais que mostram o aumento do valor do coeficiente de difusão para altos valores de normalidade.
  • 28. Correlação de Gordon (usada para estimar o coeficiente de difusão) Correlação de Agar/Hartley e Crank