GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
Queimaduras
1. CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE- UNIBH
Assistência de Enfermagem em Lesões Cutâneas
Curso: ENFERMAGEM
Professora: Fabiana Costa Sampaio
BELO HORIZONTE
2014
2. CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE- UNIBH
Assistência de Enfermagem em Lesões Cutâneas
Anderson da Silva Dias
Fabiane Mansur
Flávia Martinho Pereira
Macelli Prado
Pâmella Alvarenga
BELO HORIZONTE
2014
3.
4. Queimaduras
As queimaduras são feridas traumáticas
causadas, na maioria das vezes, por
agentes térmicos, químicos, elétricos ou
radioativos. Atuam nos tecidos de
revestimento do corpo humano,
determinando destruição parcial ou total
da pele e seus anexos, podendo atingir
camadas mais profundas como tecido
celular subcutâneo, músculos, tendões e
ossos.
(S.B.Q - Sociedade Brasileira de Queimaduras)
14. Queimadura de 1º grau
Acometimento da camada
externa da pele, epiderme, sem
modificar os padrões da
circulação sanguínea. Aparece o
que se chama de eritema, que é
uma coloração avermelhada na
pela decorrente da dilatação dos
vasos seguida de inchaço e dor
variável. Não há formação de
bolhas e a pele não se
desprende. Na evolução não
surgem cicatrizes.
15. Queimadura de 2º grau
Há destruição maior da epiderme e
derme, com dor mais intensa.
Normalmente aparecem bolhas no
local ou desprendimento total ou
parcial da pele afetada. A
recuperação dos tecidos é mais lenta
e podem deixar cicatrizes e manchas
claras ou escuras.
Dividida em dois tipos:
Lesão de 2º grau superficial: acomete
a epiderme e um pouco da derme,
com bolhas e eritema.
Lesão de 2º grau profunda: atinge a
derme em sua parte mais interna. As
bolhas possuem cor esbranquiçada
ou violácea. (Podem ser
diferenciadas das de 3º grau por
serem dolorosas).
16. Queimadura de 3º grau
Agride todas as camadas da pele,
podendo atingir outros tecidos,
como os subcutâneos, músculos e
ossos. A lesão possui um aspecto
duro, esbranquiçado ou marmóreo,
redução da elasticidade tecidual,
perda de sensibilidade no local e
trombose nos vasos (coágulo
sanguíneo).
19. REGRA DOS 9
ÁREA ADULTO CRIANÇA
Cabeça e Pescoço 9% 18%
Membro Sup. Dir. 9% 9%
Membro Sup. Esq. 9% 9%
Tronco Anterior 18% 18%
Tronco Posterior 18% 18%
Coxa Dir. 9% 4,5%
Coxa Esq. 9% 4,5%
Perna e pé Dir. 9% 4,5%
Perna e Pé Esq. 9% 4,5%
Genitália 1% 1%
20.
21. Extensão/profundidade maior do que 20% de SCQ em adultos.
Extensão/profundidade maior do que 10% de SCQ em crianças.
Idade menor do que 3 anos ou maior do que 65 anos.
Presença de lesão inalatória.
Politrauma e doenças prévias associadas.
Queimadura química.
Trauma elétrico.
Áreas nobres/especiais (Ocular, Auricular, face, pescoço, mão, pé, região
inguinal, grandes articulações (ombro, axila, cotovelo, punho, coxo femoral,
joelho, tornozelo), genital; assim como queimaduras profundas, que atingem
estrutura profunda como osso, músculo, tendão, nervo e/ou vaso
desvitalizado. )
Violência, maus-tratos, tentativa de autoextermínio (suicídio), entre outras.
24. Afastar a vítima do agente da queimadura;
Encharcá-la com água e extrair as roupas queimadas não aderentes;
Se tratar de uma queimadura química, retirar cuidadosamente as roupas e
despejar grandes quantidades de água sobre a ferida;
Se tratar de uma queimadura eléctrica e a vítima ainda estiver em contato com a
corrente eléctrica, não tocar na vítima. Interromper o contato com um objeto
seco não condutor;
Estabelecer a permeabilidade das vias aéreas e avaliar as lesões provocadas
por inalação. Administrar oxigénio se possível;
Avaliar e iniciar o tratamento das lesões que requeiram atenção imediata;
Retirar jóias ou roupas apertadas;
Cobrir a queimadura com uma cobertura húmida esterilizada ou limpa;
Cobrir a vítima com uma cobertura seca e quente, para evitar a perda de calor;
Transportar a vítima para o centro hospitalar mais próximo.
25. O tratamento irá depender do tipo de queimadura.
Queimadura de 1º grau
Compressas frias nas primeiras horas após o acidente; não colocar pasta de
dentes, nem manteiga. Use óleo mineral ou vaselina líquida para manter a
queimadura hidratada; tome analgésico se necessário e use filtro solar
regularmente.
Queimadura de 2º grau superficial
As bolhas devem ser drenadas, mas não devem ser retiradas, pois servem de
curativo biológico. O procedimento deve ser feito preferencialmente por um
médico. Após o rompimento da bolha, curativos com sulfadiazina de prata ou
nitrato de cério, e limpeza com água corrente e clorexidina devem ser feitos. Após
a cicatrização, deve-se usar filtro solar para evitar o surgimento de manchas.
26. Queimadura de 2º grau profunda e 3º grau
Na maioria das vezes, há necessidade de internação hospitalar, pois geralmente
ocorrem manifestações sistêmicas, como desequilíbrio acentuado dos níveis de
sódio, potássio e/ou cálcio, e desidratação; necessidade de retirada de tecidos
necrosados, partículas estranhas na ferida; e até realizar enxertia.
Todos os pacientes com queimaduras de 2º e 3º graus devem tomar vacina
contra o tétano, ingerir muito líquido e manter os membros acometidos
elevados, para alívio da dor e do edema.
Se forem queimaduras significativas na face, mãos, pés e genitália,
queimaduras elétricas ou de vias aéreas superiores, procure imediatamente
uma emergência hospitalar.
27. Balneoterapia
As sessões de balneoterapia são uma das formas mais antigas de tratamento
de queimaduras, consistindo numa terapia por meio de banhos. Tem como
principal objetivo a limpeza por meio da aplicação de água corrente e/ou
desbridamento mecânico do tecido desvitalizado, assim como desinfecção da
área queimada (por meio da aplicação de antissépticos), contribuindo para a
prevenção da infecção no doente queimado, por redução ou eliminação de
agentes patogênicos na ferida.
28. Complicações
Quebra da barreira de proteção contra germes do ambiente, favorecendo a
infecção das feridas por bactérias da pele e o desenvolvimento da sepse.
Grande perda de líquidos dos tecidos queimados. Quando a queimadura é
extensa, a saída de água dos vasos é tão intensa que o paciente pode entrar em
choque circulatório.
A insuficiência renal aguda também é uma complicação grave nos grandes
queimados
Quando a área do tórax e do pescoço são acometidas por queimaduras mais
profundas, a cicatrização torna a pele muito rígida e retraída, o que pode
atrapalhar os movimentos da respiração. Neste caso é necessária a
escarotomia, uma incisão cirúrgica da pele de modo a impedir a que a falta
de elasticidade da mesma cause compressão das estruturas internas. Como
as mãos são áreas de intensa articulação e movimento, cicatrizações de
queimaduras podem ser muito limitantes. Por isso, este tipo de queimadura
deve sempre ser avaliada por um médico.
Queimaduras circunferenciais são perigosas pois há risco de compressão de
estruturas internadas devido ao inchaço que qualquer queimadura provoca.
No membros podem comprimir nervos e vasos. No pescoço podem
comprimir as vias aéreas.
29.
30. Anamnese;
Monitorar a estabilização física e psicológica do paciente, além de intervir
nas necessidades psicológicas também da família;
Planejar uma assistência adequada de acordo com as necessidades afetadas
do queimado, deve analisar e acompanhar os exames com periodicidade;
O exame físico é primordial na avaliação do paciente queimado, levando em
conta suas limitações, pelas lesões que sofreu, deve ser realizado de forma
criteriosa, atentando-se com frequência aos sinais vitais, dando ênfase aos
pulsos periféricos em que, por sua vez, pode ser inviável a verificação,
devido à presença de edema;
Manter uma comunicação efetiva com o doente e seus familiares e com a
equipe de saúde.
31.
32. REFERÊNCIAS
Gomes DR, Serra MCVF, Macieira L Jr. Condutas atuais em queimaduras. Rio de
Janeiro: Revinter;2001.
Revista Brasileira de Queimaduras: http://www.rbqueimaduras.com.br/
Sociedade Brasileira de Queimaduras
Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica: http://www.sbcd.org.br/
Hinweis der Redaktion
CENTRO UNIVERSITARIO DE BELO HORIZONTE- UNIBH
Assistência de Enfermagem em Lesões Cutâneas
BELO HORIZONTE
2014
Anamnese
monitorando a estabilização física e psicológica do paciente, além de intervir nas necessidades psicológicas também da família
planejando uma assistência adequada de acordo com as necessidades afetadas do queimado, deve analisar e acompanhar os exames com periodicidade.
O exame físico é primordial na avaliação do paciente queimado, levando em conta suas limitações, pelas lesões que sofreu, deve ser realizado de forma criteriosa, atentando-se com frequência aos sinais vitais, dando ênfase aos pulsos periféricos em que, por sua vez, pode ser inviável a verificação, devido à presença de edema.