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PRÁTICAS E MODELOS DA AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES

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Tarefa 2

            Análise Crítica ao Modelo de Auto-Avaliação das BEs


       O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria de melhoria. Conceitos
implicados.


       O modelo de auto-avaliação das bibliotecas escolares surge como um documento
pedagógico, orientador da qualidade do trabalho desenvolvido na BE. (…)É importante que
cada escola conheça o impacto que as actividades realizadas pela e com a BE vão tendo no
processo de ensino e na aprendizagem, bem como o grau de eficiência e de eficácia dos
serviços prestados e de satisfação dos utilizadores da BE.(Modelo de auto avaliação da
biblioteca escolar).
       Como instrumento pedagógico e de melhoria, este modelo tem como objectivo “avaliar o
trabalho da biblioteca escolar e o impacto desse trabalho no funcionamento global da escola e
nas aprendizagens dos alunos e identificar as áreas de sucesso e aquelas que, por
apresentarem resultados menores, requerem maior investimento, determinando, nalguns
casos, uma inflexão das práticas.” (Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares).
       Desenvolvido a partir de conceitos/ideias-chave orienta-nos na eficácia dos resultados
permitindo traçar estratégias que conduzam à mudança. O desenvolvimento de recolha de
evidências (evidence-based practice) associadas ao trabalho do dia-a-dia. Todd, ( 2008 ) leva-
nos a reconhecer os pontos fortes e críticos desse trabalho. Também a noção de valor a que o
documento se refere, e que se associa à avaliação, nos conduz muito para além dos recursos
e meios que uma BE disponibiliza. Esta noção leva-nos a reflectir sobre a evolução que a BE
provocou no processo ensino-aprendizagem e no desenvolvimento de competências para a
aprendizagem ao longo da vida.



       Pertinência da existência de um Modelo de Avaliação para as bibliotecas
escolares.



       A avaliação é um poderoso regulador de práticas, para a BE ou para qualquer serviço
em geral na medida em que, através da análise dos resultados das acções nos permite uma
permanente procura da melhoria em função das finalidades enunciados e dos contextos
específicos de intervenção.



Ana Luísa S. Fernandes               - Tarefa 2 -                   14/11/09              1/6
PRÁTICAS E MODELOS DA AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES

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       Dito de outra forma, a avaliação permite-nos conhecer melhor o que estamos a fazer e
perspectivar o que vamos fazer a seguir em função das metas estabelecidas e do seu
desenvolvimento. É, portanto, um instrumento de regulação e melhoria contínua, contribuindo
para a afirmação e reconhecimento da BE (interno e externo).

       Toda a avaliação deve ser objecto de reflexão orientada para uma mudança significativa
quer ao nível dos processos (nomeadamente organizacionais), quer ao nível dos resultados
numa perspectiva pluridimensional.

       - Como se organizam e trabalham as bibliotecas escolares?

       - Que impactos têm nas escolas e no sucesso educativo dos alunos?

       - Qual o seu papel no desenvolvimento e promoção de valores individuais e de
         cidadania?

       Apesar da inegável importância dada pela literatura e estudos internacionais dos
impactos da BE nas aprendizagens escolares e no sucesso educativo (muito ligados ao
currículo) dos alunos parece-me igualmente importante estudar também os impactos da BE
como local privilegiado de aprendizagens sociais e de promoção de valores estéticos ligados a
aspectos mais lúdicos do desenvolvimento dos alunos.



       Organização estrutural e funcional. Adequação e constrangimentos.


       A organização estrutural do modelo integra as diferentes funções que são atribuídas a
uma Biblioteca Escolar e organiza-se em quatro domínios e respectivos subdomínios:

   A – Apoio ao Desenvolvimento Curricular
       A.1 Articulação Curricular da BE com as estruturas de coordenação educativa e
   supervisão pedagógica e os docentes.
       A. 2 Desenvolvimento das literacias da informação, tecnológica e digital
   B - Leitura e literacia.
   C – Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade
       C.1 Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de enriquecimento curricular
       C.2 Projectos e parcerias
    D - Gestão da Biblioteca Escolar
       D.1 Articulação da BE com a escola/ agrupamento. Acesso e serviços prestados pela
       BE
       D.2 Condições humanas e materiais para a prestação dos serviços
       D.3 Gestão da colecção/da informação

Ana Luísa S. Fernandes                 - Tarefa 2 -                    14/11/09            2/6
PRÁTICAS E MODELOS DA AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES

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       Cada domínio/subdomínio é apresentado num quadro que inclui um conjunto de
indicadores temáticos que se concretizam em diversos factores críticos de sucesso. Os
indicadores apontam para as zonas nucleares de intervenção em cada domínio e permitem a
aplicação de elementos de medição que irão possibilitar uma apreciação sobre a qualidade da
BE. Os factores críticos de sucesso pretendem ser exemplos de situações, ocorrências e
acções que operacionalizam o respectivo indicador.
       A avaliação da BE deve apoiar-se em evidências, cuja leitura nos mostra os aspectos
positivos que devemos realçar e fazer sobressair comunicando os resultados, ou aspectos
menos positivos que nos podem obrigar a repensar formas de gestão e maneiras de
funcionamento. Essas evidências incidem,entre outros aspectos, sobre as condições de
funcionamento da BE, os serviços que a BE presta à escola/agrupamento, a utilização que é
feita da BE pelos seus vários utilizadores e os impactos no ensino e na aprendizagem.
       A avaliação realizada articula-se, em cada domínio/subdomínio, com os perfis de
desempenho que caracterizam o que se espera da BE, face à área analisada. Note-se que, na
maioria dos casos, esse desempenho não depende da acção isolada da própria BE, estando
envolvidos outros actores, como os órgãos de administração e gestão e os docentes em geral,
pelo que a avaliação da biblioteca escolar envolve e implica, de facto, toda a
escola/agrupamento.
       Na caracterização dos perfis de desempenho optou-se por uma escala de quatro níveis
que caracterizam o tipo de desempenho da BE em relação a cada domínio/subdomínio.
Considerou-se que esta escala será a que melhor corresponde aos propósitos da auto-
avaliação: fomentar a reflexão construtiva e contribuir para a procura da melhoria, através da
identificação de estratégias que permitam atingir o nível seguinte.
       Os descritores apresentados retratam o padrão de execução da BE em cada um dos
níveis. Pretende-se, com esses descritores, ajudar a identificar a situação em que a biblioteca
se encontra e a verificar onde é necessário actuar para melhorar de nível.(Modelo de Auto-
avaliação da biblioteca escolar – Novembro 2009).
       O relatório de auto-avaliação deve ser objecto de análise colectiva e de reflexão na
escola, originando a implementação de medidas adequadas aos resultados obtidos e delinear o
conjunto da acções a desenvolver no futuro.
       Anualmente, selecciona-se um dos domínios a ser objecto de avaliação, não deixando,
contudo os outros domínios de serem também objecto de análise e de reflexão.
       Este relatório vai dar uma visão holística do funcionamento da BE e assumir-se como
instrumento de sistematização e de difusão de resultados a ser apresentado junto dos órgãos
de gestão e de decisão pedagógica. Deve originar uma súmula a incorporar no relatório de


Ana Luísa S. Fernandes                - Tarefa 2 -                    14/11/09             3/6
PRÁTICAS E MODELOS DA AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES

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autoavaliação da escola e orientar o professor bibliotecário na entrevista a realizar pela
Inspecção-Geral de Educação. .(Modelo de Auto-avaliação da biblioteca escolar – Novembro
2009).
         No ano lectivo anterior, no âmbito de uma reunião e processos de contacto para a
implementação do modelo de avaliação das bibliotecas escolares, obrigatório apenas para os
Coordenadores sem componente lectiva, aceitei o desafio de o iniciar por considerar uma
excelente oportunidade para aprofundar a reflexão sobre diversos aspectos relativos ao
funcionamento da BE e sua integração na Escola e de, em simultâneo, rever e aprofundar as
metodologias de auto-avaliação que praticamos há muitos anos como processo regulador da
nossa intervenção. Contudo, as limitações que poderiam advir, dado o tempo disponível para a
realização de todas as tarefas, foram, desde o momento da decisão, uma permanente fonte de
preocupação. No entanto, também este ano, e apesar de não ter componente lectiva, se
mantém a mesma preocupação.



         Integração/ Aplicação à realidade da escola.



         É importante que a integração/aplicação do Modelo de auto-avaliação pressuponha
alguma flexibilidade e adaptabilidade à realidade e tipologia da escola. Tomando como
referência, mais uma vez, o texto desta sessão a integração e aplicação do modelo vai exigir
precisamente uma metodologia de sensibilização e de readiness que requer:

   1. A mobilização da equipa para a necessidade de fazer diagnósticos/ avaliar o impacto e
         o valor da BE na escola que serve;

   2. Jornadas formativas para a equipa e para outros na escola. Definição precisa de
         conceitos e processos. Realização de um processo de formação/ acção.

   3. A comunicação constante com o órgão directivo, justificando a necessidade e o valor da
         implementação do processo de avaliação.

   4. A apresentação e discussão do processo no Conselho Pedagógico.

   5. Aproximação/ diálogo com departamentos e professores. Criação e difusão de
         informação/ calendarização sobre o processo e sobre o contributo de cada um no
         processo.

         O Modelo de avaliação está directamente ligado ao processo de planeamento da BE
que deve corresponder em timing, objectivos, propriedades e estratégias definidas pela escola/

Ana Luísa S. Fernandes                - Tarefa 2 -                   14/11/09             4/6
PRÁTICAS E MODELOS DA AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES

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agrupamento. As decisões a tomar devem, assim, basear-se nas evidências e informação
recolhidas, mas devem sempre ter em conta o ambiente interno (condições estruturais) e
externo da biblioteca: oportunidades e ameaças, prioridades da escola, adequação aos
objectivos e estratégias de ensino/ aprendizagem.

        A avaliação da BE deve ser participada a nível da escola e ser conhecida e divulgada. A
informação resultante terá, assim, um valor estratégico para a escola, com a qual a biblioteca
escolar tem intersecções e links directos.



       Competências do professor bibliotecário e estratégias implicadas na sua
aplicação.



        O professor bibliotecário deve, neste processo, evidenciar as seguintes competências:


   a. Ser um comunicador efectivo no seio da instituição;
   b. Ser proactivo;
   c. Saber exercer influência junto de professores e do órgão directivo;
   d. Ser útil, relevante e considerado pelos outros membros da comunidade educativa;
   e. Ser observador e investigativo;
   f.   Ser capaz de ver o todo - “the big picture”;
   g. Saber estabelecer prioridades;
   h. Realizar uma abordagem construtiva aos problemas e à realidade;
   i.   Ser gestor de serviços de aprendizagem no seio da escola;
   j.   Saber gerir recursos no sentido lato do termo;
   k. Ser promotor dos serviços e dos recursos;
   l.   Ser tutor, professor e um avaliador de recursos, com o objectivo de apoiar e contribuir
        para as aprendizagens;
   m. Saber gerir e avaliar de acordo com a missão e objectivos da escola.
   n. Saber trabalhar com departamentos e colegas.

        O professor bibliotecário tem de ser estratégico e proactivo, com vista a alterar
percepções, o que não é fácil e, por isso, Eisenberg recomenda como princípios básicos
(ABC): Articulate a Vision and Agenda; Be Strategic; Communicate Continuously .

        Ao professor bibliotecário cabe-lhe, como Todd (2001) refere, transformar a biblioteca
escolar em “espaço de conhecimento, por oposição a um espaço de informação”. Cabe-lhe
entender a biblioteca escolar além da colecção, além do espaço. Cabe-lhe transformá-la “num
espaço de conexões de links e multi-referências”, seja ao nível das colecções, seja ao nível da
integração/ interacção com a escola. Cabe-lhe definir “acções, por oposição a posições e um

Ana Luísa S. Fernandes                 - Tarefa 2 -                   14/11/09               5/6
PRÁTICAS E MODELOS DA AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES

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trabalho persistente de demonstração do valor e do impacto da BE”. O sentido e a força desse
impacto têm que ser obtidos com recurso a evidências, num movimento cada vez mais
pertinente de mudança entre “dizer ou relatar (retórica)” e a necessidade de “demonstrar” o que
se faz (Todd 2008).

       Os constrangimentos que me parecem mais relevantes para a concretização desta
visão prendem-se com a natural imperfeição da natureza humana. Efectivamente, podemos
esforçar-nos para um desempenho eficiente em todas as competências enunciadas, mas
dificilmente um “comum mortal” será excelente em todas elas.

       Assim, as competências enunciadas são por mim entendidas como um desafio
permanente de desenvolvimento no exercício das minhas funções.




Ana Luísa S. Fernandes               - Tarefa 2 -                    14/11/09              6/6

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Comentário à análise do Carlos
 

Análise Crítica ao Modelo de Auto-Avaliação das BEs

  • 1. PRÁTICAS E MODELOS DA AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES _____________________________________________________________________________________________ Tarefa 2 Análise Crítica ao Modelo de Auto-Avaliação das BEs O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria de melhoria. Conceitos implicados. O modelo de auto-avaliação das bibliotecas escolares surge como um documento pedagógico, orientador da qualidade do trabalho desenvolvido na BE. (…)É importante que cada escola conheça o impacto que as actividades realizadas pela e com a BE vão tendo no processo de ensino e na aprendizagem, bem como o grau de eficiência e de eficácia dos serviços prestados e de satisfação dos utilizadores da BE.(Modelo de auto avaliação da biblioteca escolar). Como instrumento pedagógico e de melhoria, este modelo tem como objectivo “avaliar o trabalho da biblioteca escolar e o impacto desse trabalho no funcionamento global da escola e nas aprendizagens dos alunos e identificar as áreas de sucesso e aquelas que, por apresentarem resultados menores, requerem maior investimento, determinando, nalguns casos, uma inflexão das práticas.” (Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares). Desenvolvido a partir de conceitos/ideias-chave orienta-nos na eficácia dos resultados permitindo traçar estratégias que conduzam à mudança. O desenvolvimento de recolha de evidências (evidence-based practice) associadas ao trabalho do dia-a-dia. Todd, ( 2008 ) leva- nos a reconhecer os pontos fortes e críticos desse trabalho. Também a noção de valor a que o documento se refere, e que se associa à avaliação, nos conduz muito para além dos recursos e meios que uma BE disponibiliza. Esta noção leva-nos a reflectir sobre a evolução que a BE provocou no processo ensino-aprendizagem e no desenvolvimento de competências para a aprendizagem ao longo da vida. Pertinência da existência de um Modelo de Avaliação para as bibliotecas escolares. A avaliação é um poderoso regulador de práticas, para a BE ou para qualquer serviço em geral na medida em que, através da análise dos resultados das acções nos permite uma permanente procura da melhoria em função das finalidades enunciados e dos contextos específicos de intervenção. Ana Luísa S. Fernandes - Tarefa 2 - 14/11/09 1/6
  • 2. PRÁTICAS E MODELOS DA AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES _____________________________________________________________________________________________ Dito de outra forma, a avaliação permite-nos conhecer melhor o que estamos a fazer e perspectivar o que vamos fazer a seguir em função das metas estabelecidas e do seu desenvolvimento. É, portanto, um instrumento de regulação e melhoria contínua, contribuindo para a afirmação e reconhecimento da BE (interno e externo). Toda a avaliação deve ser objecto de reflexão orientada para uma mudança significativa quer ao nível dos processos (nomeadamente organizacionais), quer ao nível dos resultados numa perspectiva pluridimensional. - Como se organizam e trabalham as bibliotecas escolares? - Que impactos têm nas escolas e no sucesso educativo dos alunos? - Qual o seu papel no desenvolvimento e promoção de valores individuais e de cidadania? Apesar da inegável importância dada pela literatura e estudos internacionais dos impactos da BE nas aprendizagens escolares e no sucesso educativo (muito ligados ao currículo) dos alunos parece-me igualmente importante estudar também os impactos da BE como local privilegiado de aprendizagens sociais e de promoção de valores estéticos ligados a aspectos mais lúdicos do desenvolvimento dos alunos. Organização estrutural e funcional. Adequação e constrangimentos. A organização estrutural do modelo integra as diferentes funções que são atribuídas a uma Biblioteca Escolar e organiza-se em quatro domínios e respectivos subdomínios: A – Apoio ao Desenvolvimento Curricular A.1 Articulação Curricular da BE com as estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica e os docentes. A. 2 Desenvolvimento das literacias da informação, tecnológica e digital B - Leitura e literacia. C – Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade C.1 Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de enriquecimento curricular C.2 Projectos e parcerias D - Gestão da Biblioteca Escolar D.1 Articulação da BE com a escola/ agrupamento. Acesso e serviços prestados pela BE D.2 Condições humanas e materiais para a prestação dos serviços D.3 Gestão da colecção/da informação Ana Luísa S. Fernandes - Tarefa 2 - 14/11/09 2/6
  • 3. PRÁTICAS E MODELOS DA AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES _____________________________________________________________________________________________ Cada domínio/subdomínio é apresentado num quadro que inclui um conjunto de indicadores temáticos que se concretizam em diversos factores críticos de sucesso. Os indicadores apontam para as zonas nucleares de intervenção em cada domínio e permitem a aplicação de elementos de medição que irão possibilitar uma apreciação sobre a qualidade da BE. Os factores críticos de sucesso pretendem ser exemplos de situações, ocorrências e acções que operacionalizam o respectivo indicador. A avaliação da BE deve apoiar-se em evidências, cuja leitura nos mostra os aspectos positivos que devemos realçar e fazer sobressair comunicando os resultados, ou aspectos menos positivos que nos podem obrigar a repensar formas de gestão e maneiras de funcionamento. Essas evidências incidem,entre outros aspectos, sobre as condições de funcionamento da BE, os serviços que a BE presta à escola/agrupamento, a utilização que é feita da BE pelos seus vários utilizadores e os impactos no ensino e na aprendizagem. A avaliação realizada articula-se, em cada domínio/subdomínio, com os perfis de desempenho que caracterizam o que se espera da BE, face à área analisada. Note-se que, na maioria dos casos, esse desempenho não depende da acção isolada da própria BE, estando envolvidos outros actores, como os órgãos de administração e gestão e os docentes em geral, pelo que a avaliação da biblioteca escolar envolve e implica, de facto, toda a escola/agrupamento. Na caracterização dos perfis de desempenho optou-se por uma escala de quatro níveis que caracterizam o tipo de desempenho da BE em relação a cada domínio/subdomínio. Considerou-se que esta escala será a que melhor corresponde aos propósitos da auto- avaliação: fomentar a reflexão construtiva e contribuir para a procura da melhoria, através da identificação de estratégias que permitam atingir o nível seguinte. Os descritores apresentados retratam o padrão de execução da BE em cada um dos níveis. Pretende-se, com esses descritores, ajudar a identificar a situação em que a biblioteca se encontra e a verificar onde é necessário actuar para melhorar de nível.(Modelo de Auto- avaliação da biblioteca escolar – Novembro 2009). O relatório de auto-avaliação deve ser objecto de análise colectiva e de reflexão na escola, originando a implementação de medidas adequadas aos resultados obtidos e delinear o conjunto da acções a desenvolver no futuro. Anualmente, selecciona-se um dos domínios a ser objecto de avaliação, não deixando, contudo os outros domínios de serem também objecto de análise e de reflexão. Este relatório vai dar uma visão holística do funcionamento da BE e assumir-se como instrumento de sistematização e de difusão de resultados a ser apresentado junto dos órgãos de gestão e de decisão pedagógica. Deve originar uma súmula a incorporar no relatório de Ana Luísa S. Fernandes - Tarefa 2 - 14/11/09 3/6
  • 4. PRÁTICAS E MODELOS DA AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES _____________________________________________________________________________________________ autoavaliação da escola e orientar o professor bibliotecário na entrevista a realizar pela Inspecção-Geral de Educação. .(Modelo de Auto-avaliação da biblioteca escolar – Novembro 2009). No ano lectivo anterior, no âmbito de uma reunião e processos de contacto para a implementação do modelo de avaliação das bibliotecas escolares, obrigatório apenas para os Coordenadores sem componente lectiva, aceitei o desafio de o iniciar por considerar uma excelente oportunidade para aprofundar a reflexão sobre diversos aspectos relativos ao funcionamento da BE e sua integração na Escola e de, em simultâneo, rever e aprofundar as metodologias de auto-avaliação que praticamos há muitos anos como processo regulador da nossa intervenção. Contudo, as limitações que poderiam advir, dado o tempo disponível para a realização de todas as tarefas, foram, desde o momento da decisão, uma permanente fonte de preocupação. No entanto, também este ano, e apesar de não ter componente lectiva, se mantém a mesma preocupação. Integração/ Aplicação à realidade da escola. É importante que a integração/aplicação do Modelo de auto-avaliação pressuponha alguma flexibilidade e adaptabilidade à realidade e tipologia da escola. Tomando como referência, mais uma vez, o texto desta sessão a integração e aplicação do modelo vai exigir precisamente uma metodologia de sensibilização e de readiness que requer: 1. A mobilização da equipa para a necessidade de fazer diagnósticos/ avaliar o impacto e o valor da BE na escola que serve; 2. Jornadas formativas para a equipa e para outros na escola. Definição precisa de conceitos e processos. Realização de um processo de formação/ acção. 3. A comunicação constante com o órgão directivo, justificando a necessidade e o valor da implementação do processo de avaliação. 4. A apresentação e discussão do processo no Conselho Pedagógico. 5. Aproximação/ diálogo com departamentos e professores. Criação e difusão de informação/ calendarização sobre o processo e sobre o contributo de cada um no processo. O Modelo de avaliação está directamente ligado ao processo de planeamento da BE que deve corresponder em timing, objectivos, propriedades e estratégias definidas pela escola/ Ana Luísa S. Fernandes - Tarefa 2 - 14/11/09 4/6
  • 5. PRÁTICAS E MODELOS DA AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES _____________________________________________________________________________________________ agrupamento. As decisões a tomar devem, assim, basear-se nas evidências e informação recolhidas, mas devem sempre ter em conta o ambiente interno (condições estruturais) e externo da biblioteca: oportunidades e ameaças, prioridades da escola, adequação aos objectivos e estratégias de ensino/ aprendizagem. A avaliação da BE deve ser participada a nível da escola e ser conhecida e divulgada. A informação resultante terá, assim, um valor estratégico para a escola, com a qual a biblioteca escolar tem intersecções e links directos. Competências do professor bibliotecário e estratégias implicadas na sua aplicação. O professor bibliotecário deve, neste processo, evidenciar as seguintes competências: a. Ser um comunicador efectivo no seio da instituição; b. Ser proactivo; c. Saber exercer influência junto de professores e do órgão directivo; d. Ser útil, relevante e considerado pelos outros membros da comunidade educativa; e. Ser observador e investigativo; f. Ser capaz de ver o todo - “the big picture”; g. Saber estabelecer prioridades; h. Realizar uma abordagem construtiva aos problemas e à realidade; i. Ser gestor de serviços de aprendizagem no seio da escola; j. Saber gerir recursos no sentido lato do termo; k. Ser promotor dos serviços e dos recursos; l. Ser tutor, professor e um avaliador de recursos, com o objectivo de apoiar e contribuir para as aprendizagens; m. Saber gerir e avaliar de acordo com a missão e objectivos da escola. n. Saber trabalhar com departamentos e colegas. O professor bibliotecário tem de ser estratégico e proactivo, com vista a alterar percepções, o que não é fácil e, por isso, Eisenberg recomenda como princípios básicos (ABC): Articulate a Vision and Agenda; Be Strategic; Communicate Continuously . Ao professor bibliotecário cabe-lhe, como Todd (2001) refere, transformar a biblioteca escolar em “espaço de conhecimento, por oposição a um espaço de informação”. Cabe-lhe entender a biblioteca escolar além da colecção, além do espaço. Cabe-lhe transformá-la “num espaço de conexões de links e multi-referências”, seja ao nível das colecções, seja ao nível da integração/ interacção com a escola. Cabe-lhe definir “acções, por oposição a posições e um Ana Luísa S. Fernandes - Tarefa 2 - 14/11/09 5/6
  • 6. PRÁTICAS E MODELOS DA AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES _____________________________________________________________________________________________ trabalho persistente de demonstração do valor e do impacto da BE”. O sentido e a força desse impacto têm que ser obtidos com recurso a evidências, num movimento cada vez mais pertinente de mudança entre “dizer ou relatar (retórica)” e a necessidade de “demonstrar” o que se faz (Todd 2008). Os constrangimentos que me parecem mais relevantes para a concretização desta visão prendem-se com a natural imperfeição da natureza humana. Efectivamente, podemos esforçar-nos para um desempenho eficiente em todas as competências enunciadas, mas dificilmente um “comum mortal” será excelente em todas elas. Assim, as competências enunciadas são por mim entendidas como um desafio permanente de desenvolvimento no exercício das minhas funções. Ana Luísa S. Fernandes - Tarefa 2 - 14/11/09 6/6