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ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO CRUZ
Assunto: Artigo de divulgação científica com base na leitura do livro “A espiral
Dourada”, de Nuno Crato, Carlos Pereira dos Santos e Luis Tirápicos.
Tema: Estudo sobre a Igreja de Saint Sulpice e sua importância para os estudos
astronômicos, matemáticos e geográficos.
Aluna: Ana Carolina Santos Deodato N° 05
Série: 3° Ano do Ensino Médio A
Professores: Ms Maria Piedade Teodoro Da Silva
Carlos Ossamu Cardoso Narita
Disciplinas: Língua Portuguesa
Matemática
Jacareí, novembro de 2015
1 INTRODUÇÃO
O “livro “A espiral Dourada”, discute sobre as referências retiradas por Dan Brown
para escrever” “O Código da Vinci”, onde se mostra que algumas são precisas e
respeitam a realidade enquanto outras são meras invenções do autor.
O artigo em questão intenciona abordar sobre a importância da Igreja de Saint
Sulpice, localizada na França, para o estudo matemático, astronômico e geográfico
nos dias de hoje, com esclarecimento de alguns enganos equivocamente escritos
por Dan Brown, o escritor do livro “O Código da Vinci” sobre o assunto, trazendo
consigo mais informações e esclarecimento nestas três áreas. A pesquisa foi
formulada utilizando como referência as seguintes questões: “O que seria os
meridianos e qual sua importância para a localização geográfica?” e “Qual seria a
importância da Igreja de Saint Sulpice para diversos estudos tanto matemáticos,
como astronômicos e geográficos?”, como já foi citado anteriormente.
2 MERIDIANOS
2.1 O que são os meridianos?
Os meridianos são linhas imaginárias que são traçadas verticalmente sobre o
globo terrestre, utilizados para medir as longitudes, que podem variar de -180° a 0° a
oeste e de 0°a 180° a leste.
Figura 1. Meridianos.Retirado de http://yedaseveral.com.br/yeda-several/wp-
content/uploads/2011/01/7-longitude.jpg
No final do século XIX, foi criado o Meridiano de Greenwich, que apresenta
longitude de 0°, dividindo a Terra no sentido vertical, originando desta forma o lado
leste ou oriental, com longitudes positivas e, ocidental ou oeste, com longitudes
negativas. De acordo com PENA (2015), O Meridiano de Greenwich “corta” a cidade
de Londres ao meio, representando, de certa forma, a visão de mundo na época de
seu estabelecimento, nitidamente eurocêntrica, ou seja, com a Europa colocada no
cerne principal do mundo.
Com a criação de Greenwich, atribuí-se outra função aos meridianos, a relação entre
os fusos horários, que são contados a partir da longitude 0°, dividindo-se em 24
eixos, sendo 12 a leste e 12 a oeste, cada um apresentando uma alteração de uma
hora em relação ao meridiano mencionado, ou seja, somando horários quando se
desloca ao leste e diminuindo quando se desloca a oeste.
2.2 A meridiana de Saint Sulpice
“De acordo com o fragmento de Dan Brown, do ‘O Código da Vinci”, uma das cenas
mais decisivas ocorreu na igreja de St. Sulpice, na qual o monge procurava uma
chave secreta para o priorado, onde observa uma linha em que chama de “linha da
rosa”. Que seria esta linha?
“Ajoelhado na primeira fila de bancos, Silas fingia rezar
enquanto estudava o interior da igreja de Saint Sulpice.
Embebida no granito do soalho brilhava uma fina tira de latão
que atravessava o chão da igreja, indo-se prolongar num
obelisco por onde trepava verticalmente até ao topo. Era na
sua base que a irmandade tinha escondido a Chave da
Abóbada...”(BROWN,DAN, “O Código da Vinci”)
Em tempos, a Igreja de Saint Sulpice, assim como várias igrejas ao sul da Europa,
foi utilizada como observatórios solares. A marca estaria em seu assoalho onde há
uma linha vertical feita de latão, que dividia perfeitamente a direção norte- sul,
incluindo os orifícios feitos na abóbada para a entrada da luz e projeção do disco
solar efetuada sobre o chão da igreja.
Além de um observatório solar, a igreja era considerada uma espécie de “relógio
natural”, pois em um lado escurecido existia uma janela superior, onde se
encontrava uma lente colocada por cima da linha meridiana, onde a luz projetada
passava pela tira de latão exatamente no meio-dia solar, e quando isto ocorria,
acertavam-se diariamente os relógios mecânicos.
2.3 Muito mais do que uma igreja: Um objeto de estudo geográfico, matemático
e astronômico
A Idéia de construir este engenhoso aparelho partiu do cura da paróquia de Saint
Sulpice, Jean-Bapiste- Joseph Languet, quando a igreja começou a ser construída
de uma escala maior e ampla, no início do século XVIII, para marcar a hora exata
para a realização dos rituais da igreja nos momentos próprios, porém quem realizou
o projeto foi o matemático parisiense Pierre-Charles Lemonnier (1715-1799), onde o
mesmo tinha ambições muito mais arrojadas, incluindo a instalação de uma lente no
orifício do teto possibilitando uma focagem melhor da luz solar, de forma que a
imagem do sol projetado no inverno pudesse aparecer menos distorções, pois no
inverno, a luz é projetada ainda mais longe e por isto apresenta distorções, então
Lemmonier diminui a distorção colocando o obelisco no enfiamento da meridiana
para maior precisão no inverno.
Nos extremos na linha de latão, foram colocadas as marcas dos solstícios- no
obelisco, o de inverno; e na outra extremidade, o de verão e nos pontos
intermediários apropriados, as marcas dos equinócios, de primavera e outono. De
acordo com Crato (2004), a precisão do aparelho era tão grande que, Lemmonier
dizia conseguir calcular o meio - dia solar em um quarto de segundo. Porém suas
ambições eram ainda maiores, como estudar a mudança de direção dos raios
solares causadas pela atmosfera, os chamados periféricos e afélicos,
respectivamente.
Também foi colocada em questão a obliqüidade da elíptica- a inclinação do eixo de
rotação da Terra em relação ao plano e sua órbita e que teria uma variação secular,
na qual Lemmonier não acreditava de princípio, mas passou a observar
regularmente os solstícios em St. Sulpice, de 1743 a 1791 e relatou que havia uma
oscilação,com um período de 18,6 anos, um movimento que já havia sido
descoberto por uma astrônomo inglês James Bradley (1692-1786) , chamado
nutação.
Ao fazê-lo, Lemmonier embasa-se em investigações feitas em várias igrejas
européias onde, o ajudou na escolha entre o modelo heliocêntrico de Copérnico, em
sua visão de Kepler na qual resulta na forma elíptica das órbitas dos planetas, e o
antigo modelo geocêntrico de Aristóteles e Ptolomeu onde se tratava na posição
excêntrica da circunferência em que o sol se moveria.
Durante muitos anos, os astrônomos tentaram medir estes parâmetros, mas sem
resultados conclusivos. A conclusão é que nas igrejas do século XVII e XVIII, a
verdade foi revelada nas meridianas dos soalhos das igrejas, onde os céus
manifestaram-se a favor de Kepler.
2.4 Os erros de “O Código da Vinci” em relação à Meridiana de St. Sulpice
Ao contrário do que Dan Brown diz a linha meridiana da igreja não é um gnómon-
nome habitualmente reservado a um ponteiro ou uma haste que marca a sombra
solar, mas sim a lente no teto e o próprio sistema como um relógio solar.
E a respeito do nome “Linha da Rosa”, é um termo inventado pelo próprio autor, pois
a meridiana desta igreja nunca serviu como marca do meridiano de referência de
Paris, pois o meridiano de referência, ou longitude zero, foi usado de 1669 a 1884
pelos marinheiros e cartógrafos franceses, e está cerca de 110 metros a oeste do
verdadeiro Meridiano de Paris.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao final deste artigo concluiu-se que o estudo sobre a Igreja de Saint Sulpice foi
essencial para o desenvolvimento do estudo matemático, astronômico e geográfico.
Conclui-se que todas as perguntas de pesquisa foram respondidas e com dúvidas
esclarecidas sobre os capítulos em que se cita sobre a Igreja de Saint Sulpice e sua
“meridiana”. Além de desmitificar alguns fatos colocados por Brown em seu livro e
mostrando que a realidade é mais interessante que a ficção.
4 REFERÊNCIAS BIBILHOGRÁFICAS
4. REFERÊNCIAS
CRATO, Nuno. SANTOS, Carlos Pereira dos. TIRAPICOS. Luís et al. A Espiral
Dourada. Lisboa. Portugal. Gradiva 1ª Edição, de Maio de 2006.
PENA, Rodolfo F. Alves. "Paralelos e meridianos"; Brasil Escola. Disponível em
<http://www.brasilescola.com/geografia/paralelos-meridianos.htm>. Acesso em 07
de novembro de 2015.
P. DAVID. Ciência: Expresso - Actual 16/10/2004. A meridiana de Saint Sulpice:
Texto de Nuno Crato.Disponível em
<http://pascal.iseg.utl.pt/~ncrato/Expresso/MeridianaStSulpice_Expresso_20041016.
htm.> Acesso em 08 de novembro de 2015.

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  • 1. ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO CRUZ Assunto: Artigo de divulgação científica com base na leitura do livro “A espiral Dourada”, de Nuno Crato, Carlos Pereira dos Santos e Luis Tirápicos. Tema: Estudo sobre a Igreja de Saint Sulpice e sua importância para os estudos astronômicos, matemáticos e geográficos. Aluna: Ana Carolina Santos Deodato N° 05 Série: 3° Ano do Ensino Médio A Professores: Ms Maria Piedade Teodoro Da Silva Carlos Ossamu Cardoso Narita Disciplinas: Língua Portuguesa Matemática Jacareí, novembro de 2015
  • 2. 1 INTRODUÇÃO O “livro “A espiral Dourada”, discute sobre as referências retiradas por Dan Brown para escrever” “O Código da Vinci”, onde se mostra que algumas são precisas e respeitam a realidade enquanto outras são meras invenções do autor. O artigo em questão intenciona abordar sobre a importância da Igreja de Saint Sulpice, localizada na França, para o estudo matemático, astronômico e geográfico nos dias de hoje, com esclarecimento de alguns enganos equivocamente escritos por Dan Brown, o escritor do livro “O Código da Vinci” sobre o assunto, trazendo consigo mais informações e esclarecimento nestas três áreas. A pesquisa foi formulada utilizando como referência as seguintes questões: “O que seria os meridianos e qual sua importância para a localização geográfica?” e “Qual seria a importância da Igreja de Saint Sulpice para diversos estudos tanto matemáticos, como astronômicos e geográficos?”, como já foi citado anteriormente.
  • 3. 2 MERIDIANOS 2.1 O que são os meridianos? Os meridianos são linhas imaginárias que são traçadas verticalmente sobre o globo terrestre, utilizados para medir as longitudes, que podem variar de -180° a 0° a oeste e de 0°a 180° a leste. Figura 1. Meridianos.Retirado de http://yedaseveral.com.br/yeda-several/wp- content/uploads/2011/01/7-longitude.jpg No final do século XIX, foi criado o Meridiano de Greenwich, que apresenta longitude de 0°, dividindo a Terra no sentido vertical, originando desta forma o lado leste ou oriental, com longitudes positivas e, ocidental ou oeste, com longitudes negativas. De acordo com PENA (2015), O Meridiano de Greenwich “corta” a cidade de Londres ao meio, representando, de certa forma, a visão de mundo na época de
  • 4. seu estabelecimento, nitidamente eurocêntrica, ou seja, com a Europa colocada no cerne principal do mundo. Com a criação de Greenwich, atribuí-se outra função aos meridianos, a relação entre os fusos horários, que são contados a partir da longitude 0°, dividindo-se em 24 eixos, sendo 12 a leste e 12 a oeste, cada um apresentando uma alteração de uma hora em relação ao meridiano mencionado, ou seja, somando horários quando se desloca ao leste e diminuindo quando se desloca a oeste. 2.2 A meridiana de Saint Sulpice “De acordo com o fragmento de Dan Brown, do ‘O Código da Vinci”, uma das cenas mais decisivas ocorreu na igreja de St. Sulpice, na qual o monge procurava uma chave secreta para o priorado, onde observa uma linha em que chama de “linha da rosa”. Que seria esta linha? “Ajoelhado na primeira fila de bancos, Silas fingia rezar enquanto estudava o interior da igreja de Saint Sulpice. Embebida no granito do soalho brilhava uma fina tira de latão que atravessava o chão da igreja, indo-se prolongar num obelisco por onde trepava verticalmente até ao topo. Era na sua base que a irmandade tinha escondido a Chave da Abóbada...”(BROWN,DAN, “O Código da Vinci”) Em tempos, a Igreja de Saint Sulpice, assim como várias igrejas ao sul da Europa, foi utilizada como observatórios solares. A marca estaria em seu assoalho onde há uma linha vertical feita de latão, que dividia perfeitamente a direção norte- sul, incluindo os orifícios feitos na abóbada para a entrada da luz e projeção do disco solar efetuada sobre o chão da igreja.
  • 5. Além de um observatório solar, a igreja era considerada uma espécie de “relógio natural”, pois em um lado escurecido existia uma janela superior, onde se encontrava uma lente colocada por cima da linha meridiana, onde a luz projetada passava pela tira de latão exatamente no meio-dia solar, e quando isto ocorria, acertavam-se diariamente os relógios mecânicos. 2.3 Muito mais do que uma igreja: Um objeto de estudo geográfico, matemático e astronômico A Idéia de construir este engenhoso aparelho partiu do cura da paróquia de Saint Sulpice, Jean-Bapiste- Joseph Languet, quando a igreja começou a ser construída de uma escala maior e ampla, no início do século XVIII, para marcar a hora exata para a realização dos rituais da igreja nos momentos próprios, porém quem realizou o projeto foi o matemático parisiense Pierre-Charles Lemonnier (1715-1799), onde o mesmo tinha ambições muito mais arrojadas, incluindo a instalação de uma lente no orifício do teto possibilitando uma focagem melhor da luz solar, de forma que a imagem do sol projetado no inverno pudesse aparecer menos distorções, pois no inverno, a luz é projetada ainda mais longe e por isto apresenta distorções, então Lemmonier diminui a distorção colocando o obelisco no enfiamento da meridiana para maior precisão no inverno.
  • 6. Nos extremos na linha de latão, foram colocadas as marcas dos solstícios- no obelisco, o de inverno; e na outra extremidade, o de verão e nos pontos intermediários apropriados, as marcas dos equinócios, de primavera e outono. De acordo com Crato (2004), a precisão do aparelho era tão grande que, Lemmonier dizia conseguir calcular o meio - dia solar em um quarto de segundo. Porém suas ambições eram ainda maiores, como estudar a mudança de direção dos raios solares causadas pela atmosfera, os chamados periféricos e afélicos, respectivamente. Também foi colocada em questão a obliqüidade da elíptica- a inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao plano e sua órbita e que teria uma variação secular, na qual Lemmonier não acreditava de princípio, mas passou a observar regularmente os solstícios em St. Sulpice, de 1743 a 1791 e relatou que havia uma oscilação,com um período de 18,6 anos, um movimento que já havia sido descoberto por uma astrônomo inglês James Bradley (1692-1786) , chamado nutação.
  • 7. Ao fazê-lo, Lemmonier embasa-se em investigações feitas em várias igrejas européias onde, o ajudou na escolha entre o modelo heliocêntrico de Copérnico, em sua visão de Kepler na qual resulta na forma elíptica das órbitas dos planetas, e o antigo modelo geocêntrico de Aristóteles e Ptolomeu onde se tratava na posição excêntrica da circunferência em que o sol se moveria. Durante muitos anos, os astrônomos tentaram medir estes parâmetros, mas sem resultados conclusivos. A conclusão é que nas igrejas do século XVII e XVIII, a verdade foi revelada nas meridianas dos soalhos das igrejas, onde os céus manifestaram-se a favor de Kepler. 2.4 Os erros de “O Código da Vinci” em relação à Meridiana de St. Sulpice Ao contrário do que Dan Brown diz a linha meridiana da igreja não é um gnómon- nome habitualmente reservado a um ponteiro ou uma haste que marca a sombra solar, mas sim a lente no teto e o próprio sistema como um relógio solar. E a respeito do nome “Linha da Rosa”, é um termo inventado pelo próprio autor, pois a meridiana desta igreja nunca serviu como marca do meridiano de referência de Paris, pois o meridiano de referência, ou longitude zero, foi usado de 1669 a 1884 pelos marinheiros e cartógrafos franceses, e está cerca de 110 metros a oeste do verdadeiro Meridiano de Paris.
  • 8. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao final deste artigo concluiu-se que o estudo sobre a Igreja de Saint Sulpice foi essencial para o desenvolvimento do estudo matemático, astronômico e geográfico. Conclui-se que todas as perguntas de pesquisa foram respondidas e com dúvidas esclarecidas sobre os capítulos em que se cita sobre a Igreja de Saint Sulpice e sua “meridiana”. Além de desmitificar alguns fatos colocados por Brown em seu livro e mostrando que a realidade é mais interessante que a ficção.
  • 9. 4 REFERÊNCIAS BIBILHOGRÁFICAS 4. REFERÊNCIAS CRATO, Nuno. SANTOS, Carlos Pereira dos. TIRAPICOS. Luís et al. A Espiral Dourada. Lisboa. Portugal. Gradiva 1ª Edição, de Maio de 2006. PENA, Rodolfo F. Alves. "Paralelos e meridianos"; Brasil Escola. Disponível em <http://www.brasilescola.com/geografia/paralelos-meridianos.htm>. Acesso em 07 de novembro de 2015. P. DAVID. Ciência: Expresso - Actual 16/10/2004. A meridiana de Saint Sulpice: Texto de Nuno Crato.Disponível em <http://pascal.iseg.utl.pt/~ncrato/Expresso/MeridianaStSulpice_Expresso_20041016. htm.> Acesso em 08 de novembro de 2015.