O documento discute as etapas e técnicas de remediação de solos e águas subterrâneas contaminadas. As principais etapas de gerenciamento de áreas contaminadas incluem a definição da área, identificação de potenciais contaminações, avaliações preliminares e de risco, projeto e execução da remediação. As técnicas de remediação podem ser in situ, como encapsulamento, ou ex situ, como remoção do solo contaminado. Técnicas comuns incluem bombeamento e tratamento da água
1. Remediação de Áreas
Contaminadas – Solos
e Águas Subterrâneas
Profa. Andrea Sell Dyminski
UFPR
2008
Ref. Bibl. Básica: Boscov, M.E. (2008), “Geotecnia Ambiental”, Ed.
Ed.
Oficina de Letras
Etapas do gerenciamento
de áreas contaminadas:
Definição da região de interesse;
Identificação de áreas potencialmente contaminadas;
Avaliação preliminar;
Investigação confirmatória (caso ainda não haja
certeza da contaminação);
Avaliação de risco;
Investigação para remediação;
Projeto de remediação;
Remediação propriamente dita; e
Monitoramento.
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2. Classificação das
técnicas de remediação
In situ: Tratamento do contaminante no próprio
situ:
solo (sem movimentação do solo)
OBS: são preferíveis, pois não envolvem
deslocamento de material contaminado
Ex situ: Remoção do material contaminado
situ:
(escavação do solo e bombeamento de água
subterrânea).
Ex situ (mas on site): O material conaminado é
site):
removido, mas tratado em estações instaladas
no local
Classificaç
ão das
tecnologia
s
de
remediaçã
o
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3. Destinação do Contaminante
em cada técnica
Freqüência de Utilização das
Técnicas no Estado de SP
OBS: Contaminantes mais encontrados:
Solventes aromáticos e combustíveis
líquidos (63%), PAHs (Hidrocarbonetos
policíclicos aromáticos) e metais (25%)
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4. Técnicas de Remediação
Encapsulamento Geotécnico (Imobilização – In
situ)
situ)
Consiste no confinamento de um local contaminado
usando barrreiras de baixa permeabilidade, que
podem ser:
Coberturas
Barreiras Verticais
Barreiras Horizontais
Em geral, é associado a outras técnicas para
contenção da pluma de contaminação
Coberturas
Camadas de baixa permeabilidade, que
impedem a entrada de chuva no material
confinado, bem como o escape de gases
e o acesso de animais e águas
superficiais
Em geral, construídas com solos,
misturas solo-aditivo e geossintéticos
Idem a coberturas de aterros sanitários
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5. Barreiras Verticais
Impedem o fluxo horizontal de
água contaminada
Em geral, construídas em todo
o perímetro da área
contaminada, podendo ser
engastadas em camada
(natural) de baixa
permeabilidade já existente
Ou podem ser executadas
somente à jusante da direção
de fluxo subterrâneo, ou à
montante, evitando entrada de
água limpa no local
contaminado
Alguns tipos de barreiras
verticais
Parede diafragma –
Etapas construtivas
Trincheira preenchida de bentonita
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7. Barreira de estacas
escavadas
Bombeamento e Tratamento
da água (pump-and-treat)
Objetivo: capturar a pluma de contaminação,
tratando as águas subterrâneas, para espois
descartá-las ou reintroduzí-las no aqüífero.
descartá- reintroduzí-
O tipo de tratamento da água dependerá dos
contaminantes:
Compostos orgânicos: oxidação ou adsorção em
carvão granular ativado
Orgânicos voláteis: captura com ar (air stripping)
Metais: Precipitação por ajuste de pH
O bombeamento em geral não “limpa” totalmente
o solo. A remediação é considerada finalizada
quando as concentrações dos contaminantes
atinguem níveis aceitáveis pela legislação.
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9. pump-
and-treat
Fonte:
http://www.heraldtribune.com
/assets/jpg/SH950369.JPG
Remoção de tratamento
do solo (Ex situ)
Em geral, este tipo de técnica é indicada para
solos de baixa permeabilidade, invibializando o
uso de outras alternativas
Principais técnicas:
Desorção Térmica
Incineração
Lavagem do solo
Solidificação
Inertização
Biorremediação, etc.
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10. Barreira Hidráulica
Objetivo: impedir o avanço da pluma de
contaminação, evitando sua chegada a
rios e nascentes
Consiste em executar poços ou
trincheiras no caminho do fluxo e
bombear a água subterrânea
contaminada, direcionando-a a
tratamento. A água pode ser descartada
ou devolvida ao aqüífero a posteriori.
Barreira Hidráulica
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11. Extração de Vapores
Utilizada para retirar compostos orgânciso
voláteis (Volatile Organic Compound – VOC)
da zona não saturada do subsolo.
Instalam-se poços na área contaminada com
Instalam-
aplicação de vácuo
A técnica é eficiente em solos de
permeabilidade relativamente alta.
OBS: VOC: originados dos constituintes do petróleo e da fabricação de
fabricação
pesticidas, plásticos, tintas, produtos farmacêuticos, solventes e têxteis.
Barreiras reativas
O material reativo permeável é colocado
dentro do aqüífero de modo a ser
atravessado pela água contaminada, que
se move pelo gradiente natural
O “reator” fica no caminho da pluma de
contaminação
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14. Biorremediação
Utiliza microorganismos (como fungos e
bactérias) para degradar e transformar
substâncias perigosas em outras menos
tóxicas ou não tóxicas.
Estes microorganismos podem ser
nativos (indígenas (?) ou indógenos) ou
exógenos, aplicados ao solo por
inoculação
Biorremediação
microorganisms from Fonte:
decomposing PCBs http://www.alabastercorp.com/remediatio
n.htm
(polychlorinated biphenyls)
Fonte:
http://www.purdue.edu/UNS/html4ever/021104.Bolin.biore
mediatn.html
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15. Biorremediação
In Situ – Consiste em: Ex Situ: Consiste em:
Estimular e aumentar a Escavar o solo contaminado
atividade de ou bombear a água
microorganismos, através de subterrânea
adição de mutrientes Levá-los a tratamento em
Levá-
(nitrogênio ou fósforo), reatores em batelada (slurry
(slurry
adequação de temperatura phase) ou em fase sólida
phase)
e/ou introdução de oxigênio, (landfarming, bioplihas e
landfarming,
que pode ser feito por: compostagem)
Sistemas de tubos ou
asperçores (sprinklers) ou
(sprinklers)
poços de injeção
Bioventilação (bioventing)
(bioventing)
Arperção subaquática (air
(air
sparging)
sparging)
Landfarming
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16. Atenuação Natural
Resposta natural à contaminação
Envolve processos destrutivos
(biorremediação) e não-destrutivos
(sorção, dispersão, diluição, etc.) dos
contaminantes
Se bem monitorada, pode ser uma
alternativa de remediação!!
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