O documento discute as motivações iniciais e objetivos de atualizar a geografia à luz do desenvolvimento das redes digitais. Seu objetivo é atualizar o conceito de redes na geografia e demonstrar como as redes digitais mudaram a integração espacial do mundo e criaram novos contextos geográficos.
ATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docx
DIMENSÃO GEOGRAFICA DA INTERNET
1. MOTIVAÇÕES Uma percepção da afinidade e
INICIAIS da proximidade das discussões a
respeito das tecnologias da
informação e da comunicação
com as teorias e os movimentos
próprios da geografia
Um incômodo com os usos do
termo virtual e com as teses que
o opunham a existência de um
REAL ou simplesmente com o
desaparecimento ou perda da
importância da materialidade que
constituí a superfície terrestre
A necessidade de atualização da
Geografia diante da intensa
renovação e aprofundamento da
integração espacial do mundo a
partir do desenvolvimento das
redes digitais
2. OBJETIVOS Buscar uma atualização do conceito de redes,
seguindo uma epistemologia de seu uso em
geografia a partir da noção de redes urbanas, e
da categoria região para sua atualização como
redes digitais mundiais.
Evidenciar os contextos geográficos
propiciados pelo desenvolvimento e difusão
destas redes digitais pelo mundo, associadas a
um processo de mundialização da economia e
de intensas inovações técnicas aplicadas a
uma ocupação do território e gestão de novos
sistemas de produção, além de sua propria
difusão cultural.
Demonstrar a indissociabilidade do meio
material daquele chamado de imaterial (ou de
sua característica, a virtualidade), entendendo
a geografia do mundo como um complexo de
camadas que se interpõem: sociedade-
natureza-fluxos informacionais. O virtual assim
como uma extensão do mundo denominado
genericamente como realidade.
3. OBJETIVOS Expressar através de um conjunto de mapas
e dados a infraestrutura da rede, bem como
a multiplicidade de investimentos e políticas
públicas e/ou corporativas que dão forma e
existência REAL ao chamado imaterial.
Realizar uma crítica da chamada sociedade
da Informação, demonstrando o seu caráter
incompleto diante da ausência de políticas
que ativem uma redução das disparidades
sócio econômicas entre países e classes
sociais, além da fragilidade da construção
de uma sociedade “incluída digitalmente”
sem uma real preparação educativa e fora
dos imperativos e lógicas e uma economia
de mercado.
4. AUTORES QUE FUNDAMENTAM ESTE TRABALHO
Pelas características do chamado
MILTON SANTOS período técnico científico informacional,
além de suas reflexões a respeito das
redes e de sua crítica às formas
perversas como os processos de
globalização se desenvolvem no mundo.
RUY MOREIRA Pela sua clareza metodológica na
expressão dos princípios lógicos
espaciais que resultam na afirmação de
uma geograficidade dos fenômenos,
além da própria forma como caracteriza
a força do conceito de rede como
expressão de uma geografia do atual.
CLAUDE RAFFESTIN Pela sua construção teórica que
relaciona a importância do par
comunicação-circulação com a geografia
bem como por sua expressão política
através dos conceitos de centralidade e
marginalidade, abrindo possibilidades
para ações não hegemônicas neste
contexto.
5. AUTORES QUE FUNDAMENTAM ESTE TRABALHO
LEILA C. DIAS Geógrafos que já trabalham em
um contexto de redes eletrônicas
ALEXANDER S. EVASO e já desenvolvem uma produção
HINDENBURGO PIRES crítica em Geografia com relação
à Internet.
Pela sua ampla pesquisa em
torno de uma sociedade em rede,
MANUEL CASTELLS bem como sua defesa pela
importância de uma geografia no
contexto das redes
Pela riqueza e inédita obra de
MARCELO SAVIO CARVALHO historização do fenômeno da
Internet no Brasil e no Mundo em
língua portuguesa
Pela visão crítica com que tratam
MARCOS DANTAS a constituição de uma sociedade
da informação, demonstrando
ARMAND MATTELART suas contradições e interesses
políticos e econômicos.
6. AUTORES QUE FUNDAMENTAM ESTE TRABALHO
ANTONIO NEGRI, Autores das áreas da semiótica,
MICHAEL HARDT, psicanálise e das comunicões que
ANDRE PARENTE, trabalham numa perspectiva também
GILES DELEUZE, espacial do tema, no entanto, pensado a
MARC GUILLAUME partir do exercício de uma subjetividade
em sua relação com o mundo, na
perspectiva geográfia uma coexistência
que se atualiza no espaço do vivido.
Revistas, forúns e publicações do
CONVERGE COM,
Estado, de ONGs e empresas de
COMITÊ GESTOR DA
comunicações especializadas no setor
INTERNET, RNP,
das telecomunicações que garantiram
MINISTÉRIOS, FNDC
uma atualização de dados e um de
contexto econômico e político dos
principais atores dentro do que a tese
tratava.
7. CAP. 1 AS MÚLTIPLAS DIMENSÕES DA REDE
Gênese e Filosofia fundamentar as relações da rede com a
do Conceito Geografia, assim como a pluralidade de suas
definições e usos.
Redes como normatizadores Redes digitais como a expressão de uma
técnicos no território através evolução das redes pré-existentes, ampliando
de sua capacidade de as escalas de sua extensão ao mundo todo.
dispersão e integração Uma ampliação de seu poder de troca, mais
espacial. complexa e rápida, uma convergência de
tecnologiais num padrão unificável
tecnologicamente.
8. integração de mercados em escalas globais
Redes digitais (FDTs) sob o comando de determinadas
centralidades estabelecendo relações de
poder entre diferentes lugares do mundo.
Reafirmação dos lugares fortalecimento do sentido de localização na
e das cidades no contexto atualidade.
mundial e histórico
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12. CAP. 2 – A GEOGRAFIA DAS REDES MUNDIAIS DIGITAIS
Os processos históricos que
HISTORICIDADE constituíram a estruturação, difusão e
expansão da Internet no Brasil e no
mundo, destacando seus principais
atores e não uniformidade ou seu
caráter plural.
A tecnologia das redes em sua
GEOGRAFICIDADE extrema relação com aspectos
geográficos, ou seja, a forma como ele
implanta-se acaba por criar contextos
que expressam uma distribuição de
localizações que podem ser
sintetizadas através de suas
topologias ou dos mapas de rede.
19. CAP. 3 – CONTEXTOS GEOGRÁFICOS DA SOCIEDADE
DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
EMPRESAS E PRIVATIZAÇÕES
PRINCIPAIS GRUPOS
ATUANTES NO BRASIL
MAPAS DOS BACKBONES
OU INFOVIAS
CAPILARIDADE E TIPOS DE
CONEXÃO
DADOS SOCIEDADE DA
INFORMAÇÃO
CRÍTICA SOCIEDADE DA
INFORMAÇÃO
A GOVERNANÇA NA INCLUSÃO DIGITAL OU
INTERNET APROPRIAÇÃO TÉCNICA E
SOCIAL
O USO DOS RECURSOS NA
ECONOMIA DO IMATERIAL
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27. Conclusão
A comunicação e o espaço são dimensões que se interpõem e
completam uma visão de todo no meio geográfico. A aparente separação
do meio informacional ou imaterial, de sua espacialidade material, física
não permitem a compreensão de uma totalidade contemporânea.
E ainda, a comunicação e o espaço devem ser compreendidos dentro de
uma esfera pública, de participação aberta e não restrita a uma
organização de mercado que limita as formas de uso e apropriação dos
mesmos.
A compreensão geográfica da ordem e dos processos de funcionamento
da rede permite o domínio deste fenômeno em diferentes escalas
geográficas. A rede possui domínio local (acesso), está distribuída pelo
território país-mundo adquirindo extensão e portanto conferindo
possibilidades de trocas e conexões em todas as escalas espaciais.
28. Informação e Mobilidade e Proximidade e
Geografia, os SIGs Localização Afastamento
a cartografia do O compartilhamento O meio virtual, assim,
território real e a simultâneo de vários constitui-se como um
localização geográfica lugares ao mesmo prolongamento das
combinam-se com a tempo, uma possibilidades do lugar.
abstração do tratamento continuidade temporal A tentativa de aproximar
informacional, um do vínculo o remoto forjada para
tratamento sintético comunicacional a uma designar o uso local
informatizado, que se plurilocalização através de um meio
torna um orgão de instantânea, uma global (Internet). A
compreensão e de ubiquidade possibilidade de
organização comunicacional, extensão das ações e
geoestratégica, uma constituindo espaços de decisões do Homem.
forma de sumários topo- territorialidades e fluxos
informacionais, um comunicativos
revelador carto- associados.
semântico.