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Las casas & Topper
GUIA DO VIAJANTE
AÉREO
2008
Guilherme Topper e Thiago Las Casas
Índice
Escolhendo o destino1 10
Data da Viagem2 17
Verificando documentação3 26
Fazer a reserva4 37
Escolhendo a companhia
aérea5 63
Comprando a passagem6 81
Um mês antes de partir7 88
Uma semana antes8 104
Dia da viagem9 116
Introdução 06
Embarque doméstico11 139
Atrasos e cancelamentos12 150
No avião13 159
Em conexão14 182
Na chegada15 194
Adaptação ao destino16 202
Dia do retorno17 206
Mala perdida18 212
Problemas no check-in19 218
Códigos da aviação civíl20 229
No check-in10 125
Direitos do consumidor22 234
Organizações da aviação
civíl no mundo
21 232
Curiosidades23 236
Traduções24 240
6
	 Viagens foram feitas para serem
aproveitadas. Feitas para trazerem conhe-
cimento e sabedoria. Para proporcionarem
momentos eternos de alegria e recorda-
ções. Para te assoprarem bons negócios
e crescimento na carreira. Para tirarem a
distância que possa te impossibilitar de
conviver todo dia com pessoas que ama.
Com tudo que escrevemos a seguir, que-
remos garantir que a paz e a tranqüilida-
de também reinem nos momentos em que
estiver em aeroportos e aviões, cruzando
os céus do Brasil e do mundo para chegar
aonde quer ir.
	 As empresas aéreas têm operações
extremamente complexas, integradas por
redes mundiais e funcionando todos os
minutos do ano, em todo o mundo. Nós,
clientes, nos vimos obrigados a compre-
ender esta complexidade ou observar, atô-
nitos, toda vez que algo dá errado e não
entendemos o porquê.
	 Não é uma tarefa simples, tampou-
co fácil lembrar de todos os detalhes de
Introdução
6
7
uma viagem de avião antes de estarmos
no aeroporto, prontos para decolar, lidando
com todas as emoções que uma viagem
pode gerar e sem saber quais as opções
que temos e como resolver problemas que
de repente surgem.
	 Para piorar, não bastasse tamanha
complexidade, o setor é extremamente
dinâmico. Regras deixam de ser regras e
permissões e exceções são abolidas da
noite para o dia. E mudanças ocorrem qua-
se diariamente!
A menos que trabalhe com isso, é virtual-
mente impossível se manter atualizado em
todos os detalhes. Para se ter uma idéia,
enquanto fazíamos a pesquisa sobre a
franquia de bagagem, houve mudanças no
mundo duas vezes em um único mês.
	 Enfim, este guia prático busca ser
informativo, divertido, e o seu melhor auxí-
lio para lembrar de todos os detalhes para
uma viagem tranqüila e enriquecedora, in-
dependente do motivo que o leva a viajar.
E mais importante ainda: ser uma fonte de
inspiração para viajar ainda mais, afinal, o
jogo é bem mais divertido quando se co-
nhece as regras.
7
8
	 Devemos acrescentar que nosso
maior desafio ao escrever foi justamente a
linguagem. Qual linguagem seria a ideal?
Devemos ser didáticos? Devemos usar lin-
guagem jovem?  Culta? Enfim, decidimos
por jornalística. Casual, descomprometida,
acessível, divertida e de fácil leitura. Afinal,
é um guia prático.
Nosso objetivo é que você o carregue em
suas viagens, e tenha acesso rápido a
questões que possam promover seu bem-
estar, ou minimize qualquer estresse que
possa ter (tomara que nunca tenha).
	 E que tenha uma ótima viagem!
guilherme topper e thiago las casas
8
9
Agradecemos a Antônio José
Novaes, Fernanda Lima, Fre-
derico Novaes, Liane Boe-
mer de Mesquita e Ana Isabel
Azevedo pela dedicação e
paciência ao prestarem suas
opiniões à respeito do livro.
9
10
	 Escrever sobre a escolha de um
destino não é o tema principal deste guia
prático. Mas, uma boa viagem depende da
escolha perfeita do destino certo. Por esta
razão, decidimos dedicar uma atenção ao
assunto e providenciar dicas básicas. Afi-
nal, nosso foco é o bem-estar – a viagem
aérea bem sucedida.
	 Vamos então passar rapidamente
sobre alguns aspectos indispensáveis na
escolha do destino, que vão além da bele-
za do lugar ou de sua vontade de conhe-
cer um país. Trata-se de fatores esqueci-
dos na hora de escolher, que em alguns
casos, esquecer estes detalhes provocam
decepção, quando deveria ser diversão ou
trabalho.
Clima
	 Já pensou em conhecer as mara-
vilhas caribenhas? Mar azul, transparente
- único e especial! Talvez mergulhar nas
Escolhendo o destino1
10
11
águas de Cancun, com visibilidade de mer-
gulho de 50 metros, uma das maiores do
mundo.
	 Mas, que tal fazer isso na época
errada e passar vários dias de medo, se
escondendo e fugindo dos furacões? Pois
esse é um pesadelo que você vai querer
evitar. Durante dois meses do ano ocorre a
temporada dos furacões no Caribe.
	 Por coincidência, durante esta épo-
ca os preços dos pacotes turísticos são
reduzidos para atrair os desavisados e
melhorar a ocupação dos hotéis e vôos.
Portanto, olho aberto!
	 O mesmo ocorre naquela maravi-
lhosa visita ao Taj Mahal, a peregrinação
para conhecer o Sai Baba Hindu. Viajar
para a Índia é uma experiência fabulosa
para alguns e chocantes para outros. Mas,
experimente fazer o passeio na época das
monções, e sua viagem penderá muito
para o lado ruim.
	 As monções, que estudamos nas
aulas de geografia, são um período de
grandes chuvas. A umidade vinda do ocea-
no Índico fica retida, represada, sem poder
atravessar os colossais Montes do Hima-
11
12
laia. É um chuveiro ligado sobre sua cabe-
ça, por dois meses. Nada agradável.
Que tal visitar o Canadá? As enormes flo-
restas, as cidades-modelo? Um país se-
dutor, com seus dois idiomas nativos e
enorme extensão de terra virgem e deso-
cupada. A região dos grandes lagos, e as
esplêndidas cataratas do Niagara, fonte da
lendária “queda de barril” cinematográfica.
Mas, fazer isso durante o inverno rigoroso
é pedir uma aventura radical. As cataratas
enormes estarão congeladas, assim como
os lagos. A temperatura comum é de -30ºc,
algo absurdamente frio para nós tupini-
quins.
	 Muitas histórias assustadoras ilus-
tram a intensidade do frio canadense. Uma
comissária da Varig, no início dos vôos ao
país, lavou os cabelos e saiu para passear,
sem secá-los. Algum tempo depois teve de
voltar pelo frio insuportável e perceber que
seus cabelos “já eram”, congelados e que-
brados.
	 Então, fique de olho no clima do
destino que pretende visitar antes de ir,
mesmo que os preços estejam bem mais
atraentes nestes períodos desfavoráveis
12
13
ao turismo. Isto induz alguns de nós a cair
no conto do vigário e filmar nossa própria
versão de Férias Frustradas.
Hemisférios e as estações do ano.
	 Um fato sabido por muitos, mas es-
quecido nas horas importantes é a época
do ano. Ir durante o verão brasileiro para
a Inglaterra, achando que estará salvo do
frio do inverno, é o segredo para conseguir
o oposto.
	 Lembre-se que as estações do ano
são invertidas nos hemisférios Sul e Nor-
te. Nosso verão é o inverno inglês. Esse
é mais um dos motivos da facilidade com
que algumas pessoas caem no conto do
preço mais barato. Conhecer os países
nórdicos durante as férias de verão é pedir
para congelar o traseiro.
	 Falando dos nórdicos, se você tem
o sonho de conhecer os países escandi-
navos, onde populam loiras e loiros, tome
ainda mais cuidado para não se dar mal. Lá
o sol se põe às 16 horas em certas épocas
do ano, e quanto mais próximo do pólo, a
noite (ou o dia) podem durar seis meses
13
14
inteiros!
Festas populares
	 Conhecer um país durante festivais
pode ser uma experiência dúbia. As festas
populares podem ser únicas, cheias de
gente e euforia. Um prato cheio para curti-
ção e azaração.
	 Ir a Blumenau durante a “Oktober-
fest” é um evento e tanto. Mas se você
não bebe e vai para conhecer a arquitetura
germânica, bom, talvez esteja no momento
errado por lá.
	 Quem já esteve em Cannes e Nice,
na França, pode dizer que viu um dos mais
belos lugares do Mediterrâneo! Mas ir por
lá na época do festival de cinema é um
tanto quanto enervante! Grupos de tietes
gritando nas portas de hotel, atores provo-
cando arrastões. Muita gente pelas ruas.
Pode até passar pelo constrangimento de
ser confundido com alguém famoso.
	 Mas, se o seu objetivo é tirar cas-
quinha dos famosos, a escolha é campeã.
Portanto, pense bem se o motivo da via-
15
gem é realmente conhecer o lugar, ou o
festival. Se o objetivo for o lugar, melhor
fugir correndo de festivais e eventos de re-
nome, pois os preços batem no teto e o
estresse pode sair de controle.
Promoções de companhias aéreas e
baixa temporada.
	 Vale a pena viajar de momento. Pro-
moções do tipo ida-e-volta por quase nada,
são o convite para aventura. Sim, exige es-
pírito de aventura. Mas, pegar a mochila
para curtir um final de semana em algum
canto do país, é muito especial! Boas re-
cordações surgem destas experiências
inesperadas. Então, aproveite o impulso
do preço mais barato, e viva uma aventura
de final de semana.
	 Já nos vôos internacionais, a coisa
muda de figura, e com razão! A burocra-
cia fala mais alto e todo cuidado deve ser
tomado para não passar por apertos. Um
conselho, porém, é buscar por datas quan-
do os aviões costumam estar vazios e os
preços melhores. Exemplo é a noite de na-
tal ou de ano novo. Quem quer fazer con-
16
tagem regressiva da virada com estranhos
no avião, certo?
	 O alerta que fizemos sobre preços e
épocas ruins de viagem pode às vezes ser
interessante, se você não tiver outra for-
ma de conseguir “patrocinar” seu passeio.
Viagens na baixa temporada são sempre
uma opção, não precisa ser na época de
furacões, mas pode ser no meio termo. O
fato é que na alta temporada os preços são
restritivos para o viajante que quer econo-
mizar.
Outros meios de transporte
	 É importante, ou melhor, muito im-
portante você planejar bem sua viagem
caso utilize também outros meios de trans-
porte para chegar ao destino final.  Se você
pretende pegar um navio, um trem ou um
ônibus após o desembarque do vôo, nun-
ca escolha horários apertados, com pouca
margem de erro. Escolha horários que o
permita ter folga para realizar todos os pro-
cedimentos nos aeroportos e contar com
possíveis atrasos nos vôos.
17
Dias críticos
	 Escolher a data de viagem: uma eta-
pa indispensável para qualquer viajante.
Mas, é comum ao viajante de primeira via-
gem não considerar importante a escolha
da data. Escolhe apenas de acordo com
a vontade; “ah, quero chegar lá na sexta à
noite!”.
	 Mas a escolha da data, na verda-
de, pode ser a diferença entre uma viagem
calma ou uma viagem de estresse. A causa
dessa diferença está no “congestionamen-
to”.
	 Os congestionamentos dos vôos
podem ser causados por vários motivos,
na maioria dos casos os principais pontos
a serem levados em conta são; o dia da
semana, horários do rush do aeroporto, fe-
riados, época do ano, feiras, convenções
ou eventos de porte.
	 Os mais relevantes, pois sempre de-
vem ser considerados, são os “dias-chave”
da semana e os “horários do rush”, quando
Data da viagem2
18
o trânsito de passageiros pelos aeroportos
pode dobrar em comparação com outros
dias e horários.
	 Nos vôos domésticos os dias con-
gestionados são fáceis de perceber, pois
são bastante lógicos. Imagine que os exe-
cutivos fazem suas malinhas e pegam seus
laptops e saem logo pela manhã de segun-
da para pegar seus aviões, e como seria
de se esperar, na sexta à noite, retornam
para casa.
	 É nestes horários, de segunda e
sexta, que o aeroporto está sempre com
passageiros de sobra circulando. Costuma
ser o dia do estresse também para quem
trabalha no aeroporto.
	 Aos domingos à noite e sábados
pela manhã, também podemos ver um flu-
xo maior de pessoas. Tanto de executivos
evitando o exagero de segunda e sexta,
quanto turistas voltando ao trabalho, ou
aproveitando o final de semana.
	 Nos vôos internacionais, é bom
evitar os mesmos dias da semana, acres-
centando quinta à noite, data eleita pelos
executivos em retorno a seus países de
origem.
19
	 Os executivos internacionais costu-
mam escolher quintas à noite para data de
retorno, para poder trabalhar em suas ma-
trizes na sexta e apresentar seus relatórios
de trabalho realizado durante a semana, a
seus superiores.
	 Então, tenha em mente ao escolher
de sua data de viagem, evitar os dias críti-
cos da semana, em especial nos horários
de rush. Busque se informar sobre a lota-
ção dos vôos para data escolhida.
	 Veja se há um movimento incomum
ou qual dia da semana costuma estar mais
cheio. Uma simples pergunta pode sanar
estas dúvidas e evitar complicações no dia
da viagem.
	 Nas datas de maior movimento, é
comum passageiro “sobrando”. O famoso
“overbooking” que tanto assombra as man-
chetes dos jornais sem assunto. Na verda-
de o dito overbooking não é nada de outro
mundo, um monstro que vai devorar sua
viagem ou coisa do tipo.
	 De fato é bem fácil evitar ser vítima
da “sobra”. A primeira coisa é escolher com
critério a data de viagem. Pensar bem se
é necessário enfrentar os aeroportos nos
20
dias críticos. Buscar evitar as segundas
pela manhã e sextas à noite a todo custo.
Se for à segunda ou sexta, tente ir à tar-
de.
	 Óbvio, nem sempre é possível evitar
os aeroportos em momentos críticos. Nes-
tes casos, ainda podemos evitar “sobrar”.
Basta chegar mais cedo. O mais cedo pos-
sível. Chegar duas horas antes, em vôos
domésticos, é infalível. Os que sobram no
overbooking são os “retardatários”, che-
gando muito em cima da hora do vôo. Nos
vôos internacionais, chegar quatro horas
antes também é infalível.
	 É chegar o quanto antes ao aero-
porto, e ir direto ao check-in. A chance de
haver problemas com estas precauções
simples, é mínima! Contratempos? Sem-
pre há casos imprevisíveis, a exemplo de
cancelamento do vôo e fechamento de ae-
roportos, que veremos mais adiante.
Overbooking
	 Sim. Este é o motivo para os maio-
res ataques de fúria nos aeroportos. Não
é para menos! Você planeja sua viagem,
21
faz a reserva, compra a passagem, pega
dinheiro no banco, prepara as malas, pede
pro primo te levar ao aeroporto, já conse-
gue sentir o clima de estar no destino, e
vem um sujeito e te diz que talvez você
não vá?
	 As companhias aéreas têm per-
missão dos órgãos que regulamentam a
aviação civil, em todo o mundo, para fazer
mais reservas naquele vôo que o número
de assentos disponíveis no avião. E, em
escala menor, vender mais passagens que
o número de assentos do vôo. A razão para
isso são os passageiros que fazem reser-
vas, ou mesmo compram passagens, e
não aparecem no aeroporto para embarcar
(o termo usado na aviação para os passa-
geiros que não aparecem para embarque
é no show).
	 As companhias aéreas buscam
sempre 100% de ocupação em todos os
seus vôos. E podemos dizer que 95% dos
vôos em overbooking não costumam apre-
sentar problemas, pois os passageiros que
estavam “sobrando” são compensados por
aqueles que não vieram ao aeroporto, e re-
cebem seus assentos para embarque.
22
	 Os “ataques de fúria” costumam
ocorrer em 5% dos vôos que todos os pas-
sageiros do vôo estão no aeroporto. Sim-
plesmente, falta lugar. Não há viagem de
avião com gente em pé, no corredor! Vere-
mos mais adiante o que fazer, e o que es-
perar da empresa aérea, nesta situação.
Feriados, Época do ano, Feiras, Even-
tos e Convenções
	 Viajar em feriados, ou “feriadões”
exige cuidado especial. Pense nas estra-
das para a praia no início e volta de feriado.
Os aeroportos sofrem do mesmo proble-
ma. Todo mundo querendo viajar no mes-
mo dia para curtir ao máximo os poucos
dias de folga.
O primeiro cuidado para escolher viajar
de avião no feriado é a compra da passa-
gem com antecedência. No ano novo, por
exemplo, para conseguir preços acessí-
veis, a compra da passagem deve ser com
seis meses de antecedência para conse-
guir lugar.
	 Em feriados menos importantes,
podemos comprar de três a dois meses
23
de antecedência. Esperar mais é abusar
da sorte e do bolso. Quanto mais perto da
data pretendida, maior o valor da tarifa e
menor a chance de encontrar lugar, como
veremos melhor no Capítulo 4.
	 Por exemplo, se a compra da pas-
sagem dois meses antes sai por um valor,
na véspera do feriado a mesma tarifa facil-
mente dobra. E ainda assim, se tiver sorte
de achar passagem. Uma semana antes
do feriado é bem possível não encontrar
disponibilidade de lugar.
	 Mas, feriados nem sempre são as
únicas datas para se preocupar. Festi-
vais como o de Cinema de Gramado ou a
Festa do Boi Bumbá em Parintins exigem
o cuidado da compra com antecedência.
Em Parintins, por exemplo o cuidado deve
ser ainda maior, pois não há alternativas
de transporte. Perder a chance é perder o
passeio. A compra deve ser feita de dois
a três meses de antecedência, como em
feriados.
	 A soma de feriado e festival, como
o carnaval no Rio, é o prato cheio para ter
problemas com a viagem. É indispensável
planejar o passeio nestes casos. Não fazer
24
a compra com antecedência simplesmente
impossibilita o passeio.
Se você planeja ir a um simpósio profis-
sional, ou algo do gênero, recomendamos
também um cuidado maior. É comum a
compra da passagem na última hora, pois
não se espera a falta de lugar, mas muitas
vezes são centenas de pessoas fazendo a
mesma coisa.
	 As empresas não prevêem deman-
da extra de jogos de futebol relevantes,
corridas ou encontros políticos, tornando
maior o risco da falta de lugar para os “re-
tardatários”. Eventos mundiais, a exemplo
de Olimpíadas, Copas mundiais esportivas,
congressos da ONU, etc. exigem a mesma
atenção, mas normalmente as empresas
aumentam a disponibilidade de vôos, em-
bora ainda haja riscos com falta de dispo-
nibilidade de lugar e valor de tarifas.
	 Outro período que requer atenção
são a alta e baixa estações turísticas, nor-
malmente relacionada a estação do ano. É
comum o viajante a negócios, acostumado
aos vôos, esquecer deste detalhe.
Comprar a passagem para o Rio Grande
do Sul, por exemplo, durante o ano, não
25
requer cuidados extras, mas durante o in-
verno, a alta estação turística, os preços
sobem e a disponibilidade diminui, exigindo
maior antecedência na compra de bilhetes
aéreos. O mesmo se aplica a cidades lito-
râneas no verão.
26
	 A menos que você pretenda visitar
os países vizinhos de nuestros hermanos,
que graças ao Mercosul e aos acordos in-
ternacionais basta levar seu RG com as-
sinatura de criança, foto irreconhecível e
bordas rasgadas, na maioria das viagens
internacionais você precisará mesmo do
seu passaporte.
	 Passaporte é um documento pesso-
al e intransferível. Emitido pela autoridade
de um Estado para permitir o trânsito de
seus cidadãos por países onde são manti-
das relações diplomáticas. Possui caracte-
rísticas de segurança que previnem falsifi-
cação e fraude e é o principal documento
do viajante aéreo. Sozinho ele pode não
ser suficiente, mas ele é válido em qual-
quer lugar do mundo, ou ao menos com
quem o Brasil tem relações diplomáticas.
	 No Brasil, o passaporte é emitido
pela Polícia Federal. Vale a pena consultar
qual o posto emissor de passaporte mais
perto de você. Uma boa fonte para a pes-
quisa é www.dpf.gov.br/passaporte. Neste
Verificando
documentação3
27
site você também terá acesso a todos os
requisitos e documentos necessários para
a emissão.
	 Por ser um documento internacio-
nal, todo passaporte, de qualquer lugar do
mundo, tem prazo de validade. O passa-
porte brasileiro é válido por 5 anos. En-
tão, é vital que você verifique a validade
ao iniciar o planejamento da viagem. Você
não tem idéia de quantas pessoas felizes
e contentes, que estão prontas para viajar,
têm suas férias interrompidas no aeroporto
porque o passaporte está expirado.
	 Ou, ainda pior, passam reto ao avião,
porque ninguém viu, e só descobrem que
o documento não está válido quando che-
gam ao destino. E aí, não tem choro nem
vela, é deportação imediata. E dispensa
comentar o tempo e dinheiro perdidos,
além da frustração de passar por uma ex-
periência destas.
	 Caso você tenha parentes nascidos
no exterior, e boa parte de nós tupiniquins
tem, é possível que você consiga naciona-
lidade do país de onde vieram seus paren-
tes. Quase sempre o benefício é dado, no
máximo, a quem tinha avós nascidos no
28
exterior. Mas se você, por exemplo, tem
uma avó italiana, vale a pena contatar a
embaixada italiana no Brasil e tentar obter
a segunda nacionalidade.
	 Ao ter a dupla cidadania, neste caso,
ser brasileiro e “italiano”, você terá autori-
zação da Itália para emitir passaporte ita-
liano. E te garantimos uma coisa: possuir
nacionalidade de países do 1º mundo faci-
lita muito as coisas em imigrações mundo
afora e diminui bastante a chance de preci-
sar tirar um “visto” ou ser deportado.
	 Uma curiosidade: alguns países
possuem regras para a adoção de nomes
próprios. No Japão, apenas podem ser re-
gistrados cidadãos com nomes tradicional-
mente japoneses. Portanto, uma brasileira
que obtenha dupla nacionalidade japone-
sa, chamada Letícia, terá que mudar seu
nome no registro japonês, para Yoko ou
Massae.
	 Ok, agora que já possui um passa-
porte em mãos, talvez até dois, é hora de
explicar porque escrevemos, no início do
capítulo, que sozinho ele pode não ser su-
ficiente.  A razão para isso é que muitos
países do mundo solicitam mais um docu-
29
mento para permitir a entrada do visitante.
E os motivos para isso são inúmeros, mas
tem sua natureza nas relações diplomáti-
cas entre países.
	 Este documento solicitado em di-
versos países é o visto. O visto é um do-
cumento que certifica ao país visitado que
pessoas de sua confiança previamente
“qualificaram” e “liberaram” o visitante para
viajar àquele país. Isto pode parecer “frio”,
mas que a verdade seja dita em todos os
momentos!
	 O visto de entrada é emitido pelas
embaixadas e consulados-gerais do país
onde se quer visitar – e essas são as pes-
soas de confiança.  E é possível que eles
queiram devassar sua vida para te dar o
visto. Entre declarações de imposto de
renda, históricos escolares e atestados de
bons antecedentes criminais, pode ser até
solicitada uma entrevista pessoal com o
“candidato” a viagem antes de conseguir a
aprovação.
	 Visto é complicado por si só, pois
há países que requerem visto de entrada
para cidadãos de uns, mas não de outros.
Mas, tem fatores que os tornam ainda mais
30
complexos. Exemplo: você pode não pre-
cisar de visto para entrar num país, caso
sua viagem seja de lazer, mas ele poderá
ser obrigatório em caso de viagem de estu-
dos ou trabalho. Além disso, ele pode não
ser obrigatório para viagens de duração
até um mês, mas se ficar um dia a mais, o
visto deverá ser apresentado.
	 Uma vez que as relações diplomá-
ticas entre países são dinâmicas, fatos e
acontecimentos recentes podem mudar re-
gras de vistos de entrada. Países podem
adotar a necessidade de vistos ou exintin-
gui-los de um dia para o outro.
Portanto, sempre contate a embaixada ou
o consulado-geral do país onde quer visi-
tar sobre a necessidade de vistos de entra-
da, mesmo que conhecidos e queridos te
digam que “para lá não precisa de visto”.
Seguro morreu de velho, é o antigo ditado,
e teu caso pode ser tão específico que só
pra você seja necessário o tal visto.
	 O visto é igual a um selo, preenchi-
do com seus dados pessoais, e em alguns
casos, sua foto. Ele está repleto de carac-
terísticas de segurança, para evitar fraudes
e falsificações.  Em alguns países, o visto
31
já é eletrônico, mas ainda é raro. Vistos
também têm prazo de validade. Portanto,
mesmo que já possua visto para entrar no
país aonde quer ir, olhe a validade logo no
início dos planos de viagem. E, natural-
mente, para ter sua vida devassada, você
paga mais taxas. Importante: só é possí-
vel aplicar para um visto se teu passaporte
tiver ao menos 6 meses de validade!
	 Outro lembrete muito importante:
verifique com ainda mais cuidado ao viajar
para territórios pertencentes às Colônias.
Alguns países do mundo não são indepen-
dentes, e as regras das relações diplomá-
ticas são ditadas pelo Estado que o admi-
nistra, e podem diferenciar, inclusive, das
regras criadas ao próprio Estado adminis-
trador. Você pode saber que para a Fran-
ça o turista brasileiro não precisa de visto
para viagens de lazer de 90 dias, mas será
que para Martinica ou Guadalupe, colônias
francesas, é a mesma coisa?
	 Mais um lembrete: um brasileiro que
estudará na Universidade de Sorbonne, ao
solicitar o visto de estudante às autoridades
francesas, deverá informar se pretende re-
alizar viagens de lazer para outros países
32
europeus, caso contrário, poderá receber
um visto que o impede de ultrapassar as
fronteiras da França.  Enfim, sempre expli-
que à representação do país que visitará
os seus planos de viagem, para evitar pro-
blemas futuros e inconvenientes.
	 Para viajar a Fernando de Noronha,
por exemplo, há a TPA (Taxa de Preserva-
ção Ambiental), que deve ser paga relativa
ao número de dias em que permanecerá
na ilha. A taxa é exponencial, e quanto
mais tempo fica, mais cara ela é.  O má-
ximo tempo de permanência permitido na
ilha para visitantes é de 30 dias.
	 Em alguns casos, outros documen-
tos podem ser utilizados no lugar do visto.
É o caso de cartão de residência, tempo-
rário ou permanente, laissez-passez, entre
outros. Todos estes documentos têm o va-
lor equivalente ao do visto.
	 Os únicos países para os quais o
brasileiro poderá viajar somente com seu
RG, sem necessidade de passaporte, são:
Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Chi-
le e Peru.
	 Mais um motivo pelo qual você deve
buscar a representação do país aonde quer
33
ir: alguns países exigem do visitante uma
quantidade mínima de dinheiro em mãos
para permitir a entrada.
	 Agora, além de passaporte e visto
válidos e dinheiro, alguns países também
exigem do visitante declarações de boa
saúde e caderneta de vacinas para permi-
tir a entrada.
	 A Índia, por exemplo, apenas permi-
te a entrada de um brasileiro que possua
vacina contra a febre amarela. A vacina é
válida por 10 anos e o país exige que o
visitante seja inoculado com uma antece-
dência mínima de 10 dias a data prevista
de entrar no país. Enfim, seu corpo precisa
deste tempo para desenvolver os anticor-
pos combativos à doença. Portanto, nada
de tomá-la ao chegar ao aeroporto para
embarcar.
	 Lembrete importante: o Certificado
Internacional de Vacinação (CIV) é emitido
pela Anvisa . Mais informações sobre os
cuidados que devem ser tomados antes de
viajar em www.anvisa.gov.br/paf/viajantes/
antes_viajar.htm.
É importante que faça uma pesquisa com-
pleta dos casos em que atestados de saú-
34
de e vacinas são necessários para garantir
uma viagem tranqüila.
	 À parte de todas estas exigên-
cias observadas até agora, ainda há do-
cumentação de suporte necessária para
a permissão de entrada ao destino e até
seguro-saúde obrigatório ao viajante. São
exemplos de documentos de suporte: os
vouchers de hotel (um certificado que as-
segura crédito com futuras despesas em
mercadorias e serviços emitido pelo hotel),
carteira de motorista internacional, cartão
de visita (em caso de viagens de negó-
cios), carteira de membro de associação
profissional, comprovante de matrícula de
instituição de ensino, entre tantos outros.
Todos deverão ter as originais, em mãos,
para apresentar às autoridades quando
solicitados.
	 Para finalizar este capítulo, quere-
mos citar o bem-sucedido primeiro caso no
mundo de extinção de fronteiras nacionais
para estimular a livre circulação de pesso-
as e mercadorias: a União Européia (UE).
Há quase nenhuma burocracia para sair
de um país e entrar em outro, por qualquer
via de transporte. Naturalmente que para
35
aproveitar ao máximo este benefício, você
deve possuir alguma cidadania européia,
de país que pertença à comunidade. No
entanto, para os brasileiros há o schengen
visa. O acordo de Schengen, apesar de
distinto do acordo da EU, é uma conven-
ção entre países europeus para permitir a
livre circulação de pessoas pela Europa.
Em 15 países da Europa não há burocra-
cia para transpor fronteiras nacionais.
	 Há ainda em alguns casos a possi-
bilidade de obter um visto de trânsito. Ou
seja, o país emite um visto que apenas
permite ao passageiro permanecer por até
72h (pode variar) antes de embarcar para
o país de destino.   Desta forma, ele fica
em trânsito neste país até pegar o próxi-
mo vôo. Consulte seu agente de viagens
ou o departamento de reserva da empresa
aérea para saber se este procedimento é
aplicável.
	 Aqui, oferecemos nosso primeiro
check-list, a lista de verificação que te aju-
da a lembrar de pesquisar tudo que é im-
portante sobre documentação de viagem:
-	 Passaporte ou RG?
36
-	 Qual a data de validade do seu(s)
passaporte(s) atual(is)?
-	 Vistos de entrada ou trânsito?
-	 Cartão de residência para estran-
geiros?
-	 Vacinas? Atestados de saúde?
-	 Seguro-saúde é obrigatório?
-	 Quantidade mínima de dinheiro?
-	 Documentos de suporte (cartão de
visita, voucher de hotel, comprovante de
matrícula, carteira de motorista)?
37
Fazer a reserva4
	 Este capítulo é muito importante,
e extenso!  No fim há um guia rápido, um
checklist que cobre todos os pontos que
você deverá lembrar para uma reserva
bem-feita.
Oi, qual o seu nome?
	 Para fazer uma reserva, a primeira
coisa que deve fazer, por mais incrível que
pareça, é escolher um nome! Sim, nós ex-
plicamos o porquê.
	 1º caso: mulher recém-casada. O
noivo se sentiu tão orgulhoso de passar
seu sobrenome à noiva amada que ao fa-
zer a reserva, 9 meses antes de casar, es-
queceu de pensar que no passaporte dela
ainda não constaria a mudança do nome
assinada com choros de alegria e a pre-
sença de tantas testemunhas. E ao chegar
ao aeroporto descobre um erro considera-
do grave pelas autoridades: o nome escrito
na passagem difere do nome presente no
documento. E dor de cabeça bem no co-
38
meço da lua-de-mel!
	 2º caso: citamos no capítulo anterior
que, em casos de dupla nacionalidade, al-
guns países dispõem de regras para o re-
gistro de nomes de seus cidadãos. Este
caso é ainda mais sutil, porque gera a dú-
vida no passageiro de qual nome deverá
utilizar, entre os dois genuínos que possui.
Enfim, a nossa sugestão é sempre fazer a
reserva com o nome escrito no passaporte
que utilizará ao desembarcar no destino.
Exemplo: um brasileiro, com dupla cidada-
nia alemã, viajando para a Grécia, entrará
no país utilizando o passaporte alemão, e
não o brasileiro. Então, deve fazer a re-
serva com o nome descrito no passaporte
alemão.
	 Curiosidade: todos aqueles que tra-
balham com turismo adotaram o Código Fo-
nético Internacional para soletrar palavras.
Este código padronizou a soletração, mes-
mo em países diferentes. As companhias
aéreas e agências de viagem também o
utilizam.  Sabe a dificuldade de entender
“C” de “casa” e “B” de “bola”? Muito bem,
aqui está o Código Fonético Internacional:
39
LETRA	
	
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
K
L
M
N
O
P
Q
R
S
T
U
V
X
Z
Y
CÓDIGO
Alfa
Bravo
Charlie
Delta
Eco
Fox-trot
Golf
Hotel
Índia
Juliet
Quilômetro
Lima
Mike
November
Oscar
Papa
Quebéc
Romeo
Sierra
Tango
Uniform
Victor
X-ray
Whisky
Yankee
40
Com este código, ao soletrar “Al-
meida” a alguém, você diria: “alfa-lima-
mike-eco-índia-delta-alfa”, e assim, teria
certeza que sua reserva foi feita certa.
Em caso de nomes compostos, é possível
escolher o 2º nome. Ex: Maria Carolina –
nome: Carolina. Mas, é essencial que seja
descrito o último sobrenome. Ex: Maria
Carolina Santos da Silva – nome na reser-
va: Carolina da Silva.
Os códigos são muito usados no
setor. O volume de dados gerido por uma
empresa aérea é gigantesco, e as compa-
nhias usam códigos para diminuir o tama-
nho das palavras, e assim economizar com
a gestão do banco de dados. Para tudo há
códigos, acrônimos e simplificações.  To-
das as companhias aéreas do mundo tam-
bém possuem códigos alfanuméricos que
as distinguem das outras. No capítulo 20,
colocamos uma lista de códigos de empre-
sas para sua curiosidade.
Para Donde Vás?
Depois de escolhidos o nome, o
último sobrenome e o itinerário (termo da
41
aviação para roteiro da viagem), é impor-
tante ter a certeza que os aeroportos es-
colhidos são as melhores opções para
você. Por quê? Porque algumas cidades
do mundo possuem mais de um aeroporto
internacional, e isto faz muita diferença!
Imagina a confusão de um passa-
geiro que viajará de Porto Alegre a Milão,
fazendo conexão em São Paulo. Ele não
perguntou e o agente que fez a reserva
também não confirmou, mas o vôo que
saiu de Porto Alegre pousará em Congo-
nhas, na zona sul da cidade, a 35 km do
aeroporto de Cumbica, que fica em Guaru-
lhos, ao norte.
Além da apurrinhação da troca de
aeroporto, saindo com malas atrás de um
táxi ou ônibus para levá-lo, o vôo pode ter
chegado a São Paulo no meio da hora de
rush, chovendo, que podem significar pre-
ciosas 3 horas de trânsito e uma possível
perda de vôo, tudo porque um “mero” deta-
lhe passou batido durante a reserva.
Imagine tudo isso acontecendo em
um país aonde você nunca tinha ido antes,
e ainda sem falar nada do idioma local? Re-
ceita de confusão. Por isso é vital em uma
42
viagem aérea tranqüila, saber em quais
aeroportos passará! Há uma lista dos có-
digos de aeroportos do Brasil e do mundo
no capítulo 20 – mais curiosidades!
	
Milhas e milhas de qualquer lu-
gar
Forneça o seu número de milha-
gem / fidelidade, caso a empresa ofereça
este benefício. O número de milhagem
não precisa ser, necessariamente, da em-
presa aérea que utiliza no itinerário, decida
qual gostaria de usar e pergunte ao agente
se pode ser esse.
What’s up DOC ?
Tenha em mãos o passaporte e vis-
to ou outro documento equivalente para a
reserva, pois dados podem ser solicitados
para o preenchimento no sistema. Para
alguns países você tem que fornecer o en-
dereço completo do local de permanência
no destino, podendo ser o endereço do ho-
tel ou da casa do amigo ou parente.
43
Alô? Tem alguém em casa?
	 Também escolha o nome e o
telefone de alguém próximo a você, para o
caso de emergência. E é possível que te
solicitem um número pessoal para contato,
tanto no local de origem, quanto no local
de destino, caso queiram entrar em conta-
to com o passageiro.
Janela ou corredor, senhor?
Peça a configuração dos assentos
no avião e solicite seu assento de prefe-
rência. Sobre dicas de como escolher o
assento veja o Capítulo 13. Pedir a reser-
va de assento é a principal medida contra
overbooking. Descubra também o tempo
de duração do vôo e o avião utilizado na
rota.
Você é especial!
Durante o ato da reserva, solicite
serviços especiais para maior conforto de
sua viagem. Passageiros idosos ou porta-
dores de deficiência precisam de serviços
44
que lhe oferecem conforto e que eles este-
jam prontos no momento em que chegam
ao aeroporto, a exemplo da cadeira de ro-
das. Estes serviços não são cobrados pe-
las companhias aéreas.
Por menores...
Menores desacompanhados de-
vem ter o serviço de acompanhamento so-
licitado no momento da reserva. Em caso
de viagens internacionais fique atento para
a necessidade de autorização de viagem
assinado por ambos os pais, que deve ter
firma reconhecida!   Consulte os procedi-
mentos com a Polícia Federal antes de ir
ao aeroporto.
Em vôos comerciais, menores de
cinco anos não podem ir desacompanha-
dos. Deverá haver autorização de ambos
os pais, se acompanhado por pessoa sem
parentesco, ou do pai ausente, se de ape-
nas um dos pais. A firma deve ser reconhe-
cida em cartório. O serviço de menor de-
sacompanhado é cobrado pelas empresas
aéreas. Pesquise com antecedência os
procedimentos corretos.
45
Poucos vivem de luz
É também no ato da reserva que
você deve solicitar refeições especiais,
caso o vôo escolhido forneça alimentação.
Passageiro de origem hebraica que deseja
saborear a kosher ou um vegetariano que
queira a certeza da opção de salada no
menu, devem solicitar com antecedência à
companhia aérea sua opção de preferên-
cia. Pergunte as opções e o tempo neces-
sário para prepará-las ao agente de reser-
vas. Este serviço costuma ser gratuito.
Cães, Gatos & Cia.
Você ama seu bichinho de estima-
ção o suficiente para levá-lo em suas via-
gens? Então, se informe muito sobre isso!
Existe uma série de regras e condições
para levar o bichano, portanto, os proce-
dimentos são restritos, complicados e lon-
gos. Incluem atestado de saúde, vacinas
e uma gaiola especial, denominada kennel
e, claro, o valor pago pelo serviço.
É essencial levantar a lista de pa-
íses que NÃO aceitam o desembarque de
46
animais de estimação como bagagem, a
exemplo da Inglaterra. Avigilância sanitária
inglesa não só não permite o desembarque
de animais de estimação em aeroportos
ingleses, mas também os ELIMINAM SU-
MARIAMENTE, por meio de incineração.
Devo comentar o destino do teu bichinho
por causa do descuido? Para evitar até
risco de morte, pergunte tudo ao agente de
reservas e tenha cuidado em dobro com os
planos de viagem, porque hotéis também
têm restrições.
Enfim, algumas companhias aére-
as aceitam animais de estimação na cabi-
ne de passageiros em vôos internacionais.
Nas demais, são todos transportados em
uma parte especial climatizada do porão,
chamada de bulk.
Mala sem alça
Com certeza você já pensava em
nos perguntar qual a franquia de baga-
gem? Boa pergunta! Simplesmente, não
sabemos respondê-la, ao menos não mais!
As regras têm mudado frequentemente.
Por acordos internacionais, exis-
47
tiam 2 sistemas: o da franquia de bagagem
que somava até 20 kg por passageiro, in-
dependente do número de volumes. E ha-
via o sistema de 64 kg por passageiro, di-
vidido obrigatoriamente em 2 volumes de
até 32 kg em cada.
Agora tem franquias de até 23 kg
por passageiro, tem cobranças de volume
a partir do segundo que carrega, tem isso,
tem aquilo. É melhor perguntar à empresa
aérea.
– Pode levar um só com 35 kg? -
Pode! Mas é passível de cobrança de ex-
cesso.
Mas, além do peso, o tamanho da
bagagem influencia a cobrança do exces-
so também. Pesquise sobre as dimensões
máximas permitidas no volume despacha-
do.
Consulte também o valor do ex-
cesso. Ele pode ser bastante salgado!
Enfim, fique atento.   Os procedi-
mentos sobre bagagem despachada mu-
dam constantemente.
Capitão Gancho e sua prancha
48
Mais um detalhe essencial: os
amantes de esportes radicais e esportes
praticados com armas. O transporte de
itens especiais, a exemplo de pranchas de
surf, wakeboard e arco-e-flecha são regu-
lamentados e variam de empresa a empre-
sa. Informe quais itens deseja transportar
no ato de reserva e pergunte os procedi-
mentos necessários e qual o valor do ser-
viço, que é pago.
Fique atento! Dependendo do ta-
manho do avião, pranchas simplesmente
não cabem no compartimento de carga.
Tenha certeza que os vôos que pegará, in-
clusive na conexão, admitem o transporte
de itens especiais.
Veja mais detalhes no Capítulo 7.
Mercadorias Perigosas
Os órgãos que regulamentam a
aviação civil internacional estipularam uma
lista de mercadorias perigosas à seguran-
ça do transporte aéreo, e alguns dos itens
das listas são condicionados para embar-
car, outros são expressamente proibidos.
49
Vale a pena tirar dúvidas no ato da
reserva, ou fazer uma pesquisa na internet
sobre os itens proibidos para embarque no
avião, para evitar constrangimentos ou pri-
vações. Alguns itens você até pode des-
pachar, mas nunca pode levá-los na mão,
outros não pode nem despachar!
Veja mais detalhes no Capítulo 7.
Codeshare
Ele é definitivamente uma das fon-
tes de intensa confusão dos passageiros
no mundo da aviação. Codeshare vem do
inglês, e pode ser traduzido por “comparti-
lhamento de código”. Mas, o que realmen-
te significa é uma ação de marketing que
promove um acordo operacional entre em-
presas aéreas que as permitam comparti-
lharem um mesmo vôo, uma mesma rota,
um mesmo trecho. A companhia aérea
que opera aquele vôo com seu avião e seu
pessoal permite uma segunda companhia
aérea a vender passagens a passageiros
para voar naquele vôo, como se fosse o
seu próprio. Este é o compartilhamento do
vôo.
50
As companhias aéreas buscam
este tipo de acordo para alcançar um dos
principais objetivos de toda empresa do
setor: vôos com 100% de ocupação dos
assentos. Para a segunda empresa aé-
rea, o codeshare é importante para alcan-
çar outro objetivo importante: maximizar o
lucro ganhando comissão por passagens
vendidas nos vôos de outras empresas.
O “código” contido na expressão
se refere ao partilhamento do código in-
ternacional da IATA, de duas letras, para
definir a empresa aérea. No Brasil, na épo-
ca da falência da Varig, a TAM e a Varig
operaram por dois anos nesta parceria de
codeshare, onde os aviões, e a venda de
lugares, foram partilhados.
Para intensificar o acordo e trazer
mais benefícios ao passageiro, os benefí-
cios referentes ao uso da milhagem podem
ser convertidos em passagens gratuitas
tanto em uma empresa, quanto na outra.
Também podem ser utilizados para acesso
às filas preferenciais no check-in e à sala
VIP em aeroportos. Normalmente, os co-
deshares não permitem o uso de benefício
de milhagem para upgrades.
51
Mas, nem tudo é um mar de rosas,
e os codeshares costumam ser fonte de
muita confusão e incômodo ao passageiro
na hora do embarque. A razão pra isso é
que é difícil identificar um vôo codeshare,
e não costuma ficar claro para o passa-
geiro a diferença. E, de fato, não existe
uma regra para identificar vôos codeshare.  
Não considerem isso uma regra descrita
pelos autores, porque é só um indício de
codeshare, mas normalmente, vôos com
números muito altos (vôo número 6.000,
7.000 e assim por diante) podem ser ope-
rado por outra empresa aérea, não aquela
em que foi comprada a passagem. Outra
forma de identificar codeshare na passa-
gem é olhar na cópia do bilhete eletrônico,
abaixo do número de vôo, uma “pequena-
quase-oculta” informação de “operado por
companhia X”.
Mas, se informar durante a reserva
é a melhor maneira de saber. Importante:
pergunte onde deverá ser feito o check-in.
Se deve ser feito na empresa em que com-
prou, ou na empresa que viajará.
Outro ponto que gera confusão nas
viagens aéreas é a hora de partida e a hora
52
de chegada dos vôos. O problema princi-
pal ocorre quando os vôos partem após a
meia-noite. Se o vôo está marcado para a
meia-noite e quinze (00h15min) do dia “13
de dezembro”, vá à noite do dia “12 de de-
zembro” ao aeroporto para embarcar.
Tarifas e Regras
Acreditamos que você deve ter um
curso-relâmpago nos fatores que influen-
ciam o valor da tarifa em uma rota aérea.
Tarifa representa o valor cobrado
pela empresa aérea pelo serviço de trans-
porte entre dois aeroportos, isento das ta-
xas aeroportuárias, de segurança, gover-
namentais e serviços acessórios (excesso
de bagagem e seguro de conteúdo de ba-
gagem). No entanto, a tarifa não é igual
para todos os assentos do mesmo vôo, e
vamos explicar detalhado os porquês.
Grosso modo, a empresa aérea
conclui que tal avião oferece 100 assen-
tos. Então, na teoria a companhia sepa-
ra estes 100 assentos em 10 lotes de 10
assentos cada e disponibiliza estes lotes
à venda. Os primeiros 10 assentos serão
53
vendidos pela menor tarifa possível, mas
também pelo maior número de restrições.
Vendido o primeiro lote, o 2º lote será um
pouco mais caro, com um pouco menos
de restrições, e assim prossegue até estar
no último lote, que apresenta a tarifa mais
cara, mas sem restrição.
Na aviação civil, quanto maior a an-
tecedência, melhor, porque maior a chance
de obter assentos “do primeiro lote”. Mas,
tomara que seu planejamento funcione,
porque se você quebrar uma restrição da
tarifa, terá que pagar caro por isso, em for-
ma de multa. A exceção é para “grandes
feriados”, pois mesmo um ano antes da
data a tarifa já é cara!
Esses diferentes lotes são repre-
sentados (adivinhe?) por códigos – uma
letra do alfabeto. Normalmente, “Y” repre-
senta a tarifa cheia (mais cara) da classe
econômica, “T” representa bilhete adquiri-
do com milhagem, “B” a segunda mais cara
da econômica, “F” para a primeira classe
(First class) e assim por diante. Entretanto,
cada empresa aérea tem sua hierarquia de
códigos para os lotes de tarifas.
54
Mudanças de data da viagem•	
Mudança de rota e itinerário•	
Pedido de reembolso•	
Pedido de endosso•	
Possibilidade de upgrades (pág. X)•	
Data e hora limites para efetuar a com-•	
pra da passagem após a realização da
reserva
Antecedência máxima à data do em-•	
barque para efetuar a compra da pas-
sagem
Para que você entenda o pensa-
mento de um analista da empresa aérea,
aqui estão alguns princípios da construção
tarifária do setor, que levam em conside-
ração:
O avião utilizado: quanto maior o avião,•	
mais alto é seu preço, mais tripulantes e
55
equipe em terra precisa, mais combus-
tível consome, e requer mais cuidado
com a manutenção, mais equipamen-
tos de apoio, mais espaço nos portões
e mais tempo em solo.
A distância entre os aeroportos, em mi-•	
lhas, que é a unidade-padrão do setor.
Quanto maior a distância, mais alta a
tarifa.
A moeda utilizada no país ou território•	
incluído na rota. Pois, um vôo brasileiro
para Londres exige altos custos de ma-
nutenção por causa do câmbio da libra
esterlina.
Os impostos, taxas e contribuições co-•	
brados.
A forma de pagamento habitualmente•	
utilizada pelos clientes. A utilização de
cartões de crédito aumenta o valor da
tarifa.
Os benefícios oferecidos ao passagei-•	
ro. Desde refeições a sala VIP em ae-
56
roportos, e filas preferenciais no balcão
de check-in.
O preço praticado pela concorrência.•	
O preço da tarifa influencia muito a
sua decisão de compra. Então, as empre-
sas costumam analisar.
Qual o valor máximo que o cliente está•	
disposto a pagar?
O cliente que utiliza a rota é de lazer ou•	
de negócios?
O que o cliente espera da prestação de•	
serviço da empresa?
Quantas classes de serviço são ofere-•	
cidas no vôo?
Tradicionalmente, há 3 níveis de
serviços de companhias aéreas você po-
derá optar por uma das classes:
Classe Econômica: tarifas mais baixas,•	
porém, assentos pouco confortáveis,
57
com poucas alternativas para esperas
em aeroportos, para alimentação e en-
tretenimento durante o vôo.
Classe Executiva: mais cara que a clas-•	
se econômica, há alternativas para a
espera em aeroportos, prioridade em
filas no balcão de check-in, prioridade
na entrega de bagagens despachadas,
opções mais variadas de alimentação e
entretenimento durante o vôo.
Primeira Classe: tarifa bastante eleva-•	
da, luxo e sofisticação no serviço ofe-
recido, opções ainda melhores que a
classe executiva.
Há variações nos nomes dados às
classes e quais são oferecidas no avião.
Upgrades
O upgrade vem do inglês, e define
a substituição de uma classe de serviço no
avião por outra considerada superior, mais
confortável e luxuosa. O cliente pode op-
tar por pagar a diferença ou usar milhas
58
para conseguir seu upgrade, mas há algu-
mas situações especiais em que a empre-
sa oferece o benefício, que serão vistas no
capítulo 10.
Passe a regua!
Enfim, depois de passar muito
tempo ao telefone fazendo sua reserva,
chegou a hora de confirmá-la e encerrá-la.  
Reconfirme todas as informações
com o agente. Especialmente, se todos os
trechos estão confirmados, ou se estão em
lista de espera. Às vezes, você pensa que
sua reserva está ok, efetua a compra da
passagem, e somente no aeroporto desco-
bre que sua reserva está em lista, e que
você tanto pode embarcar, quanto não.
Mas, até aí já fez planos de viagem, pagou
hotel, agendou carro alugado, conseguiu
folga no trabalho.  Assim, não dá!  Confir-
me todos os trechos ANTES de comprar
a passagem, porque seus direitos apenas
estarão garantidos se a reserva estiver
confirmada.
Localizador
59
Ao encerrar a reserva, será forne-
cido um código, único, que identifica sua
viagem em todo o sistema global da em-
presa: o localizador. Trata-se de um códi-
go, que pode ser alfabético ou alfanuméri-
co, normalmente com 6 caracteres. Anote
com cuidado seu localizador, e guarde-o
com mais cuidado ainda. Ele será solicita-
do caso queira fazer qualquer alteração na
reserva, ou se decidir comprar a passagem
algumas horas ou dias mais tarde.
Ele também pode ser chamado de
PNR (Passenger Name Record), ou em
português, histórico do nome do passagei-
ro).
Checklist
ATO DA RESERVA
Confirme se o agente anotou certo seu•	
nome e sobrenome
Informe o número de milhagem•	
informe o itinerário•
60
informe as datas de viagem•	
Informe a classe de serviço escolhida•	
Confirme os aeroportos•	
Confirme as datas•	
Certifique-se que os trechos estão con-•	
firmados no sistema
Confirme horário de saída e chegada•	
dos vôos
Pergunte o avião utilizado•	
Pergunte a configuração dos assentos•	
no avião e reserve seu assento de pre-
ferência
Pergunte a duração do vôo•	
Confirme se há refeições•	
Confirme valor da tarifa•
61
Confirme se todas as taxas estão inclu-•	
ídas e qual o seu valor
Questione sobre vôos codeshare•	
Pergunte a franquia da bagagem•	
Informe telefones de contato•	
Informe nome e telefone de alguém•	
próximo, em caso de emergência
Tenha em mãos o número do passa-•	
porte (caso solicitado)
Tenha em mãos o endereço completo•	
no local de destino (caso solicitado)
Solicite serviços especiais (em caso de•	
portadores de deficiência)
Informe sobre itens especiais nas ba-•	
gagens (pranchas e skis, se houver)
Informe sobre menores desacompa-•	
nhados (se houver)
62
Pergunte o procedimento para levar•	
animal de estimação (se o levar)
Anote o código do localizador (em in-•	
glês, locator)
63
Escolhendo a
companhia aerea5
Direto com a companhia aérea ou por
meio de agências de viagens?
Quando decidimos por viajar, po-
demos optar por duas possibilidades:
comprar as passagens diretamente com a
empresa aérea, ou procurar um agente de
viagens / agência de turismo. Essa escolha
pode ou não ser relevante. Vamos estudar
um pouco esses casos.
Se você está em São Paulo e quer
ir para Curitiba, é muito simples surfar na
Internet e descobrir horários e preços, to-
mar a decisão mais prática e efetuar a com-
pra da passagem. Requer apenas alguma
experiência de Internet e compras virtuais,
além de tempo disponível. Nestes casos,
uma agência seria desnecessária.
Quando porém, envolve um vôo
do Rio de Janeiro a Manaus e de Manaus
para Parintins, com troca de empresa e,
por conseqüência, uma conexão, as coi-
sas podem ficar mais complexas.
64
O risco de um erro pode causar
problemas. A escolha, no caso do exem-
plo, de um vôo do Rio de Janeiro a Manaus
deve ter “cronometrada” a chegada, de for-
ma a viabilizar o embarque no segundo
vôo, para Parintins. Um agente de viagens
faria com facilidade esta operação, pela
experiência de trabalho.
As diferenças de valor na maior
parte das vezes é mínima, ou nula, na op-
ção de fazer a compra pela agência. Na
verdade, é possível que a agência descole
preços melhores, com descontos de tarifa,
por saber eleger melhores rotas, dias, em-
presas etc. Vale a pena enfim, fazer uma
cotação, com uma agência.
Recomendamos ainda mais a op-
ção por uso de uma agência no caso de
vôos para países distantes, com conexões
internacionais. O risco de errar com fuso
horário, documentos de viagem, franquias
de bagagem, taxas de embarque, entre
outros fatores, sobe exponencialmente.
Porém, é possível fazer a compra
diretamente, sem intermediários. Ainda é
mais fácil quando se escolhe uma empre-
sa com ampla malha viária. Por exemplo,
65
precisa ir a Hong-kong? Será relativamen-
te fácil comprar uma passagem pela Bri-
tish Airways, com vôo São Paulo / Londres,
Londres / Hong-Kong. É a mesma empresa
aérea por todo trajeto, e a complexidade
cai bastante nestes casos. Basta comprar
os bilhetes.
Se comprar pela agência porém, o
preço é basicamente o mesmo, pois quem
paga o agente é a empresa aérea, com a
vantagem de ter ajuda com as escolhas e
ainda ser lembrado dos documentos e pre-
cauções necessárias para viagem, a exem-
plo de visto de trânsito ou vacina contra a
febre amarela.
Nosso veredito é de que viagens
curtas domésticas, ou trechos internacio-
nais com os quais está acostumado a fa-
zer, uma agência pode não fazer diferença,
mas na maior parte dos casos vale a pena
consultar um agente de sua confiança.
Vale salientar que tentar fazer so-
zinho pode ser arriscado. Se você comprar
passagens através de uma empresa aérea
americana, por exemplo, vai precisar de
visto americano. Sem ele, não vai poder
transitar nos aeroportos de lá para reali-
66
zar sua conexão ao Japão, por exemplo!
E como saber quais os casos? O agente
responde.
Qual Companhia Aérea?
Mesmo que você opte por fazer
sua compra em uma agência de viagens,
poderá escolher uma empresa em detri-
mento de outras tantas. Existem muitos
fatores que podem influenciar sua escolha,
e te ajudaremos enumerando alguns e ex-
plicando sua importância.
Segurança
A preocupação mais constante dos
viajantes é a segurança. Não estamos es-
crevendo sobre bombas em sapatos ou lí-
quidos perigosos, mas aquele velho medo
de queda de aviões. Mas vale dizer que, por
mais batido que seja, o avião é infinitamen-
te mais seguro que diversos outros meios
de transporte. Na verdade, é o segundo
meio de transporte mais seguro, perdendo
apenas para o elevador! No Brasil, tivemos
mais de 1 milhão de vôos comerciais em
67
2007, destes apenas um se acidentou. De
1990 até 2008, foram três apenas os aci-
dentes com mais de 50 vitimas fatais.
O medo causado pelos acidentes
aéreos é provocado pela mídia e a super
exposição. Sempre nos choca a morte si-
multânea de 200 pessoas. Mas, no trânsi-
to é absurdo o número médio de mais de
20 mil vítimas anuais. Vale lembrar que no
Brasil, nos últimos 20 anos morreram em
acidentes aéreos quaisquer, 1.429 pesso-
as ao todo!
Em vinte anos, apenas mil e qui-
nhentas pessoas. Neste mesmo período,
no trânsito, os números foram de mais de
400 mil vítimas.
Ou seja, a desproporção de tempo
dedicado pela mídia aos acidentes aéreos
é visível ao tempo dedicado aos acidentes
de trânsito nas rodovias e cidades brasilei-
ras. As horas e dias ininterruptos de trans-
missão sobre o acidente da TAM em Con-
gonhas em 2007, poderíamos até apostar,
supera a soma do tempo de toda cobertura
de acidentes de trânsito transmitidas na úl-
tima década.
Por isso, quando embarcar em
68
um avião, seja destemido. Você tem mais
chance de morrer indo até a padaria.
A escolha de empresas baseada
em fator de segurança é quase sem rele-
vância. As empresas nacionais são, sem
exceção, exemplares e tradicionais pelo
mundo afora nas questões de segurança
aérea.
Se estiver em dúvida, cheque a
“lista negra” da União Européia. Nela cons-
tam as empresas aéreas não recomenda-
das por fatores de risco. No Brasil, a manu-
tenção aeronáutica é imprescindível.
Obviamente, há empresas com
mais carinho e zelo pela questão. Dedicam
mais verba, tempo e treinamento em se-
gurança. A extinta Viação Aérea Rio Gran-
dense (Varig antiga) era premiada pelo
mundo na questão de segurança, sendo
seu antigo departamento de manutenção,
com oitenta anos de experiência, utilizado
por mais de trinta empresas ao redor do
mundo.
Ainda hoje existe o despojo des-
te departamento, sobre o nome de VEM,
comprado pela TAP portuguesa no perío-
do pré-falência. Atendendo empresas ao
69
redor do mundo, incluindo antigas concor-
rentes diretas da antiga Varig.
Seria prudente, entretanto, manter
os olhos abertos apenas para os menores
aviões, ou companhias regionais de pe-
queno porte.
Pontualidade
A manutenção de aeronaves influi
especialmente em um fator importantíssi-
mo – a pontualidade. Se não se dedicas-
sem à segurança, empresas precisariam
atrasar ou cancelar vôos, devido a proble-
mas técnicos, algumas vezes inevitáveis,
outras porém totalmente evitáveis com um
esforço maior de manutenção.
Outro fator é o uso contínuo exces-
sivo dos aviões, com pouco tempo de solo
entre vôos. Pense que o avião que você
embarcou pela manhã continuará em ou-
tros vôos pelo Brasil no decorrer do dia. Se
há um atraso de 10 minutos em cada vôo,
ao final do dia, este avião pode estar até
uma ou duas horas fora do cronograma.
Por isso, cheque as empresas com
maior pontualidade. Estatísticas podem ser
70
encontradas na Internet.
Qualidade
Já quando o assunto é qualidade,
é tudo bem diferente. Há muito contraste,
inclusive dentro de uma mesma empresa
aérea. Voar um mesmo modelo de avião,
com configurações diferentes, pode deixar
claro ao viajante a diferença de qualidade.
Primeiramente, é muito relevante
o espaçamento dos assentos nas aerona-
ves. Principalmente para quem é grande e
alto. Nada mais frustrante que embarcar,
e ao sentar, descobrir que seu assento é
terrivelmente apertado, quase insuficiente
para caber. Em um vôo de uma hora isso é
suportável, mas estenda para três horas e
seu humor e bem-estar escoam pelo ralo.
Também concordariam imediata-
mente os gordinhos sobre a importância
da largura dos assentos.
Mesmo que a estatura física do via-
jante seja pequena, o espaço maior entre
assentos torna a experiência de voar muito
menos “claustrofóbica”.
Um avião, no ato da compra, pode
71
ser “configurado”, e tem muito mais opcio-
nais que um carro. Essa configuração pode
incluir telas de cristal líquido individuais e
assentos extras.
Quer fiação para terminais de ali-
mentação individuais (tomada para lap-
tops)? Ainda bem que o ar condicionado
é de série.
O fato determinante, porém, é que
com freqüência aviões são comprados
de “segunda mão”. Não por questões de
economia de preço necessariamente, mas
pela disponibilidade baixa no mercado
de aeronaves “zero km”, com grande fila
de espera. Muitas vezes, é comprado um
avião zero, mas é recebido outro “temporá-
rio”, até ser fabricado o modelo pedido.
No entanto, comprar um avião
usado, com configuração limitada, talvez
despadronize a frota de uma empresa aé-
rea. O departamento de manutenção de
empresas aéreas pode fazer adaptações,
mas são restritas. Mexer com a rede de
força por exemplo é muito delicado. Se não
veio de fábrica, acessório muitas vezes não
pode ser colocado depois, por questões de
segurança.
72
Com a alta da expansão e deman-
da de transporte aéreo em nosso País,
empresas aéreas foram obrigadas a diver-
sificar sua frota conforme a disponibilidade
de aviões no mercado. Por isso, sua expe-
riência de voar em um Airbus 330 ou um
MD-11, em um 737-800 ou 737-300, pode
ser bem diferente, mesmo na mesma em-
presa.
Outro fator relevante é o atendi-
mento. Voar é o momento principal, mas é
no check-in que o passageiro interage com
mais intensidade junto à empresa aérea de
sua escolha.
Sendo assim, o bom atendimento
da equipe de terra é muito importante para
sua experiência ser completamente satis-
fatória. Ninguém quer ter uma mala mal
etiquetada, mandada para Rio Grande do
Norte em vez de Rio Grande do Sul. Ou
ser atendido com nome trocado, ter os do-
cumentos mal checados e ser deportado e
outras tantas situações vexatórias.
A tripulação de vôo, sem sombra
de dúvidas, pode também influenciar em
muito sua experiência. Uma comissária
que derruba bebida em seu colo faz par-
73
te das experiências não-desejadas, já um
pouso suave e imperceptível vale a pena
sentir.
Infelizmente, estes fatores também
podem oscilar dentro de uma mesma em-
presa. Mas a diferença entre as concorren-
tes é grande. Recomendamos que pergun-
te a amigos e conhecidos, quando não o
próprio agente de viagens, suas experiên-
cias de vôo, para saber a melhor escolha
de atendimento a bordo.
Freqüências
Um ponto importante na escolha
da empresa é o numero de vôos para um
dado destino. Empresas com apenas um
vôo por semana a certa localidade podem
sair perdendo para uma empresa, que
apesar da pior qualidade de serviço, faça
vôos diários.
A mesma coisa ocorre com relação
ao horário dos vôos. Um executivo que ne-
cessita estar pela manhã em Brasília não
pode pegar o vôo de uma empresa que
saia ao meio-dia, descartando a escolha
muitas vezes mais barata.
74
Então, ao escolher, lembre de che-
car a disponibilidade de vôos e horários,
pois este pode ser o fator definitivo da sua
escolha.
Conexões
Como vimos anteriormente, nossas
viagens podem exigir conexões no Brasil
ou no exterior. Uma questão relevante na
escolha da empresa aérea é a opção que
exija menos conexões possíveis.
Conexões são cansativas e au-
mentam muito a chance de dar alguma
coisa errada. A começar pela possibilidade
de um atraso nos vôos provocar a perda
da conexão. Isso é muito comum em cone-
xões curtas, onde o tempo entre a chega-
da de um vôo e a decolagem do outro é de
menos de uma hora.
Conexões também aumentam a
chance de extravio de bagagem. A cada
troca de aeronave, mais uma chance da
bagagem se perder ou não chegar a tem-
po. Em aeroportos muito movimentados, a
bagagem pode demorar mais a chegar ao
próximo avião, o suficiente para não em-
75
barcar no mesmo vôo que você.
Outro fator importante: A franquia
de bagagem nos vôos domésticos, é de
23 kg. Nos vôos internacionais, é de 2 ba-
gagens de 64 kg, sendo cada uma com
o máximo de 32 kg. Apesar de inúmeras
variações de franquias existentes. Mas, o
problema comum é o seguinte:
Você mora em Salvador e vai para
Nova York com a empresa aérea Continen-
tal, partindo de São Paulo. Na compra da
passagem doméstica, encontra o vôo mais
barato pela Gol, de Salvador para São
Paulo.
Ao chegar ao Aeroporto de Salva-
dor, suas bagagens de 64 kg são barradas
pela atendente da Ocean Air, alegando
que o peso é maior que o limite de 23 Kg.
Você terá de pagar o peso de 41 kg a mais,
sem choro. O mesmo ocorrerá no retorno
ao Brasil.
Portanto, é muito mais interes-
sante escolher empresas com alianças e
acordos entre si, ou ir com a mesma em-
presa, se possível, ate o destino final. Se
fosse uma conexão de dois vôos TAM, o
problema com a bagagem não ocorreria. A
76
mesma vantagem existiria se a Ocean Air
tivesse alguma aliança ou acordo interna-
cional com a Continental.
Programas de Milhagem
Os programas de milhagem, larga-
mente usados ao redor do mundo, são na
verdade uma forma de fidelizar o cliente.
Milhagem vem de milhas , a unidade-pa-
drão de distância nos países de coloniza-
ção britânica. Esta escolha de nome seria
mais entendível por “programa de quilo-
metragem”, por nós, adeptos ao Sistema
Internacional de Unidades.
Voe tantos quilômetros de avião
com a gente e ganhe uma passagem.
Grosso modo, esta é a lógica dos progra-
mas. As empresas européias e americanas
usam o sistema baseado em milhagens.
No Brasil, atualmente, temos o
programa Smiles, herdado pela nova Varig
, baseado em milhas acumuladas (basta
saber quantas milhas seu vôo percorre) e
o programa de Fidelidade TAM que é ba-
seado em pontos, por trechos, e não em
distância percorrida.
77
São números diferentes de pontos,
para trechos domésticos, ou internacio-
nais, e por classe de serviço (econômica,
executiva ou primeira classe). Em termos
simples, de cada dez vôos nacionais, você
ganha um.
Isso significa que a toda compra
na TAM você “receberá” 10% de desconto.
Afinal, a cada 10 trechos você recebe um
de graça. Vale a pena colocar na ponta do
lápis na hora de pesquisar diferenças de
preço entre as empresas, se ela oferecer
um programa de milhagem.
Mas, o programa só vale se você
pretende viajar com certa freqüência ou
fizer vôos internacionais, com acúmulo
grande de pontos ou milhas. Ou se você
gasta muito no cartão de crédito que tem o
programa de milhagem de benefício. Caso
contrário, não há vantagens de fato.
Para o viajante freqüente, há a
oportunidade de tornar-se “VIP”. Ao tornar-
se “VIP”, devido ao grande acúmulo de mi-
lhas / pontos, o passageira goza de uma
série de vantagens.
Há variações, mas entre as van-
tagens há o aumento da franquia de ba-
78
gagem, acesso a sala “VIP”, prioridade de
embarque, prioridade de check-in (fila es-
pecial) e o eventual complimentary upgra-
de (prioridade de transferências gratuitas
para classes de serviço superiores, em ca-
sos especiais), assim como prioridade de
reacomodação em outros vôos ou empre-
sas aéreas em casos de cancelamentos
ou grandes atrasos.
Alianças Mundiais
Vale dizer que as empresas aéreas
costumam integrar alianças aéreas. Nestas
alianças, os pontos e milhas acumulados
pelo cliente de uma empresa são unifica-
dos para aproveitar benefícios em todas
as empresas pertencentes àquela aliança,
aumentando as vantagens pela escolha de
um grupo em detrimento de outro. Estas
alianças acima de tudo se baseiam na prá-
tica de codeshare.
O codeshare surgiu na década de
90, fruto de uma aliança entre a American
Airlines (EUA) e a Qantas (Austrália). Nes-
ta prática, uma empresa podia vender lu-
gares no avião da outra, como se fosse um
79
vôo próprio. Depois desta experiência, sur-
giram as demais alianças internacionais.
É muito comum a existência des-
tes acordos. Mas, o cliente pode sair per-
dendo com a falta de informação. Imagine
comprar uma passagem em vôo de sua
empresa preferida e descobrir na hora de
embarcar que na verdade está embarcan-
do em outra? Vale manter o olho aberto e
se informar em caso de dúvida.
Decisão de compra
Lembre que no final das contas a
viagem aérea é apenas transporte. Chegar
de um lugar a outro, na hora prevista, ín-
tegro e com saúde. A praticidade fala mais
alto.
Segurança é commodity na maio-
ria dos casos. Sobram então questões de
qualidade e preço. Qualidade importa mui-
to nos vôos mais longos. Em vôos rápidos,
vale mais a disponibilidade de horários e
preços, alem de claro, a pontualidade da
empresa aérea
Lembre também, que dedicar um
tempo a planejar sua viagem com antece-
80
dência, você terá em mãos os melhores
preços e bastante disponibilidade de lu-
gares e horários para poder priorizar pela
qualidade!
Check-list: os critérios para a esco-
lha da companhia aérea.
-	 Aeronave utilizada, classes de ser-
viço e configuração de assentos.
-	 Preço x Programa de milhagem
-	 Preço x Refeições a bordo
-	 Freqüências diárias/semanais do
vôo ao destino escolhido
-	 Disponibilidade de horários ao des-
tino escolhido
-	 Conexões ou escalas?
-	 As empresas escolhidas possuem
acordos operacionais, alianças mundiais
ou codeshare?
81
Comprando a passagem6
Bilhete eletrônico x bilhete de papel
Hoje em dia, os bilhetes de papel
estão em extinção no setor de aviação ci-
vil. Além da demanda por práticas ecolo-
gicamente corretas, o custo com o controle
dos bilhetes de papel é alto e a possibilida-
de de fraude com bilhetes roubados é uma
constante. Para substituí-lo, desde 1996
as empresas têm desenvolvido o bilhete
eletrônico ou e-tkt. (contração, em inglês,
de electronic ticket).
Sobre o bilhete eletrônico
Obilheteeletrônicoéhospedadono
sistema da empresa aérea. Para o passa-
geiro, o maior benefício é não se preocupar
com o bilhete depois de comprado. Você
obtém um e-mail ou uma cópia em papel
do seu bilhete, mas nem precisa levá-lo ao
aeroporto. A única informação relevante
para manter é o número do bilhete. Com
82
o número, seu bilhete pode ser encontrado
de qualquer computador da empresa, em
qualquer lugar do mundo. Além do número
do bilhete, guardando com carinho o loca-
lizador você não precisa carregar nenhum
outro documento da empresa aérea.
Reconfirmando a reserva antes de efe-
tuar a compra
Feitas as cotações com seu agen-
te de viagem, ou com as diferentes compa-
nhias aéreas que disputam a sua preferên-
cia ao destino escolhido, é hora de comprar
a passagem. A compra da passagem é a
etapa mais importante da viagem aérea,
não apenas porque representa a hora do
dinheiro deixar as suas mãos, mas tam-
bém porque as empresas aéreas conside-
83
ram na compra, a assinatura do contrato
para o transporte aéreo. É aí que passam
a valer todas as regras da tarifa acordadas
pelo preço cobrado.
Mas, reforçamos: é essencial que
se reconfirme toda a reserva, inclusive
certificando-se que todos os trechos foram
confirmados em sistema, antes de efetuar
a compra.
Forma de pagamento
Os cartões de crédito são ampla-
mente aceitos por todas as empresas aé-
reas. Para aproveitar benefícios de par-
celamento da passagem, cartão de crédito
é a melhor opção, já que pagamento com
cheques é bastante restrito. No entanto,
pela internet é possível realizar débito em
conta, e dependendo da empresa, oferece
até financiamento bancário.   Já entre as
agências existe a possibilidade que as em-
presas aéreas não oferecem, de emissão
de boleto bancário com alguns dias para
pagamento.
84
Taxas de embarque
As taxas de embarque são tributos
cobrados pelo serviço público de seguran-
ça e administração dos aeroportos. Paga-
se taxas de segurança aeroportuária, uso
dos sanitários, iluminação, sinalização, en-
tre outros. Todos os aeroportos no Brasil,
e acreditamos que em todo o mundo, co-
bram taxas dos passageiros.
Juridicamente, as taxas de embar-
que são questionáveis no Brasil, porque
por definição jurídica ela deve ser quantifi-
cável, e é impossível medir quanto um pas-
sageiro extraiu dos serviços de infra-estru-
tura do aeroporto. Tampouco faz sentido o
fato de a taxa de embarque internacional
ser muito mais cara que a taxa domésti-
ca, uma vez que a estrutura dos serviços é
exatamente a mesma e imigração e recei-
ta federal não são de responsabilidade do
administrador aeroportuário.
Apesar de na maioria dos casos as
taxas estarem incluídas no valor final pago
pelo bilhete, ocorre às vezes, de uma ou
outra taxa não ter sido cobrada. Com o de-
senvolvimento do bilhete eletrônico, estas
85
falhas têm sido cada vez menos recorren-
tes, no entanto, vale a pena checar com o
agente responsável pela emissão de pas-
sagem se realmente estão inclusas todas
as taxas de embarque, de todos os países
incluídos no itinerário.
Sobretaxa de combustível
	 Em resposta à escalada do
preço do petróleo, as companhias aére-
as passaram a cobrar uma sobretaxa dos
passageiros para minimizar os prejuízos
com a aquisição do combustível das aero-
naves. Não há regulamentação, tampouco
padronização, e cada empresa decide o
valor a ser cobrado
Reembolso
	
Éimportantecompraraspassagens
apenas quando tiver certeza que viajará,
porque a desistência torna o procedimento
de reaver o dinheiro gasto uma verdadeira
tortura. Primeiro, porque a maior parte das
tarifas tem restrições ao reembolso, e ele
vem cheios de multas e descontos, além
86
de ser demorado e restrito. É demorado
por tomar no mínimo 30 dias para ocorrer.
É restrito porque só pode ser feito por meio
da mesma forma de pagamento utilizada.
Se usou um cartão de crédito, o reembolso
será realizado no mesmo cartão.
Caso seja necessário o reembolso,
entre em contato com o departamento de
reservas da companhia aérea, seu agente
de viagens ou a loja de passagens.
PTA
Os bilhetes eletrônicos estão ex-
terminando os PTAs atualmente. PTA vem
do inglês, e quer dizer Prepaid Ticketing
Advice. O PTA é um procedimento para
compra de passagem, no qual uma pessoa
paga pelo bilhete para que outro passagei-
ro possa voar de outro aeroporto.
O PTA era uma facilidade oferecida
pelas empresas aéreas para evitar que o
comprador tivesse que enviar a passagem
pelo correio, por exemplo, ao passageiro
que viajaria de outra cidade. O bilhete ele-
trônico excluiu a necessidade do bilhete fí-
sico, e agora ninguém mais precisa andar
87
com o documento ou transportá-lo para
uso..
88
Confirmando documentos
Recomendamos que um mês an-
tes da viagem cheque toda sua documen-
tação. Separe uma bolsa ou pasta especial
para mantê-los acondicionados de forma
prática e segura.
Se precisar tomar vacinas, este
seria o melhor momento. A vacina de febre
amarela o deixa “baqueado” por alguns
dias, vale tomar com antecedência. Aten-
ção à caderneta de vacinação, tem sem-
pre de ser a internacional. Escrita em in-
glês, normalmente de coloração amarela.
Se estiver faltando documentos
para viajar, providencie já! Alguns docu-
mentos, a exemplo de visto e passaporte,
podem não dar mais tempo para providen-
ciar. Esperar é pedir para passar sufoco e
estresse, muitas vezes em vão. Remarcar
uma viagem pode sair muito caro, e até
mesmo impossível sem dias de espera.
Conhecemos casos de indisponibilidade
Um mês antes de partir7
89
de remarcação por mais de um mês, estra-
gando qualquer passeio.
Para os menores desacompanha-
dos de responsável, lembramos que as
autorizações têm de ser de ambos os pais,
autenticadas em cartório, e é imprescind-
ível que tenham menos de seis meses da
data da viagem.
Planejando a Bagagem
Já é hora de decidir aquilo que
você levará na viagem, especialmente se
for a lazer ou internacional. Dependendo
das escolhas, cabe cuidado especial e pe-
culiar. Se for levar uma prancha de surf,
um violão, um cachorro, produtos tóxicos
ou inflamáveis, etc.
Vimos no Capítulo 4 que é
necessário muitas vezes checar com a em-
presa aérea, no ato da reserva, as pecu-
liaridades de transporte e os cuidados es-
peciais. Mas de todo jeito, a atenção maior
é com a franquia de bagagem.
Cabe lembrar que bebês de colo
(menos de 2 anos) não tem direito à fran-
quia.
90
Se você for passageiro “VIP” de
alguma empresa aérea, pode receber “bô-
nus” na franquia de bagagem. Confira an-
tes de viajar, quais vantagens extras em
relação à bagagem lhe confere seu cartão
de fidelidade / milhagem.
Você deve planejar sua “carga” le-
vando em conta o limite de peso. Peque-
nos excessos podem ser ignorados, mas
querer levar 40 kg quando o limite é 23
kg, é bom se preparar para pagar o peso
adicional. Se desejar fazer uma estima-
tiva, pense que em média cada quilo custa
0,5% do valor da passagem econômica,
tarifa “cheia” .
Se levar cinqüenta quilos a mais,
pode pagar 25% do valor de sua passagem
promocional. Algumas empresas limitam
o “tamanho” dos excessos a um máximo,
que normalmente é bem alto.
Bagagens frágeis não são de re-
sponsabilidade da empresa aérea. Se você
despachar uma TV 50”, cheia de adesivos
de frágil e ela chegar destruída ao destino,
sinto muito, a empresa lavará as mãos. Ju-
ridicamente, não há muito que falar sobre
isso, as empresas costumam levar a mel-
91
hor.
Pode-se fazer seguro da baga-
gem. Costuma ser caro e exige a nota fis-
cal no momento do despacho, para fazer
a apólice. Recomendamos evitar materiais
frágeis no despacho da bagagem.
É comum a concertistas, por exem-
plo, pagar um lugar a mais no avião para
seu instrumento, a exemplo do violoncelo.
O mesmo vale para o seu computador lap-
top (nos raros casos que for um desktop,
compre as alças de transporte para levá-lo
a bordo), evite despachá-lo.
Já tivemos a experiência de enviar
objetos frágeis, e chegarem intactos. Mas
também já vimos pranchas de surf chega-
rem rachadas, ou laptops com HDs parti-
dos. Vale a precaução. Se enviar, deixe
bem ostensiva a fragilidade e embale
bem.
Toda bagagem “especial” deve ter
cuidado extra. São considerados “itens es-
peciais”: bicicletas, wakeboards, botas de
esqui, esquis, kite, windsurf, arco-e-flecha,
caiaques, patins, varas de pescar, tacos
de golfe, bote salva-vidas e bolas em geral
(tem de estar vazias devido à mudança de
92
pressão do vôo).
Espadas, mesmo que ornamen-
tais, também devem ser levadas em con-
sideração, pois não podem ir a bordo. En-
tão precisam de embalagem especial para
transporte no porão. Bicicletas normal-
mente são aceitas como bagagem, mas os
pneus devem estar vazios, pedais removi-
dos e guidão alinhado ao garfo.
	 Alguns objetos podem ser co-
brados, ou não aceitos, mesmo que dentro
de sua franquia de bagagem, a exemplo
do windsurf e a prancha de surf. Empresas
que operam aeronaves de pequeno porte
não carregam objetos assim, por causa da
falta de espaço no porão da aeronave.
Outra dica, o limite de volumes é
levado a sério. Não importa se são duas
pesadas e uma quase vazia. O mesmo vale
para a distribuição de peso. Uma de 50 e
outra de 10 não são admitidas na maioria
das empresas. Ou quer mesmo contar com
a sorte de encontrar uma alma caridosa
para te livrar dos excessos?
O melhor, em última análise, é pe-
gar uma fita adesiva grande e “amarrar”
duas malas pequenas, para virar uma só.
93
Isto é meio primário, mas faz milagre com
as mentes “quadradas” que implicam com
o peso das bagagens. Pode também usar
o “protec bag” nos aeroportos, e mandar
empacotar 2 em 1. Assim três malas viram
duas. Funciona na maior parte das vezes.
Toda empresa aérea recomenda o
transporte de objetos de valor na bagagem
de mão. Essa recomendação é para evi-
tar furtos de bagagem e danos a objetos
frágeis, a exemplo de sua filmadora.
Mantenha seu i-pod e sua máqui-
na fotográfica na bagagem de mão. Jóias
também. Mesmo que consiga provar que
tais itens estavam na bagagem na hora do
despacho, o preço pago em caso de furto
é muito pequeno.
É muito importante que cheque se
há danos ou violação na mala assim que
você pegá-la na esteira de desembarque.
O código aeronáutico brasileiro alerta que
“O recebimento da bagagem, sem protes-
to, faz presumir o seu bom estado”.
A melhor coisa é evitar o problema.
Só na justiça para resolver casos de baga-
gem violada ou roubada, pois os prejuízos
sempre ultrapassam os valores indeniza-
94
tórios oferecidos pelas empresas.
A mala de mão
A mala de mão tem limite de peso
de 5 kg em vôos domésticos e 10 kg para
internacionais. As dimensões máximas
são de 115 cm, devendo caber no compar-
timento superior ou embaixo da poltrona
da frente, e nunca nos corredores, no colo,
no assento do lado etc.
Instrumentos musicais podem ser
aceitos por bagagem de cabine desde que
o volume se enquadre no peso e dimen-
sões da franquia permitida para bagagem
de mão.
Um cuidado moderno e indispen-
sável são os objetos cortantes: tesouras,
facas, alicates, canivetes, garfos, estiletes,
navalhas, etc. Estes itens não podem ser
transportados na mão em hipótese algu-
ma. Devem ser despachados para não
correr sério risco de perder seus produtos
de higiene confiscados durante a inspeção
de raio-x, na segurança.
Atualmente, há uma regra exigindo
o despacho de qualquer líquido com mais
95
de 100 mL para vôos internacionais. Isso
mesmo! O seu creme especial de R$ 200
com 150 mL não poderá ser levado na mão,
tem de ir na mala despachada. Caso con-
trário eles vão apreendê-lo no embarque,
sem choro.
Estão sujeitas a esta restrição ex-
agerada as substâncias líquidas, incluindo
gel, aerossol, pasta, creme, e similares na
bagagem de mão. Todos os líquidos de-
vem ser colocados em frascos com tampa
e capacidade máxima de 100 ml, em uma
embalagem (saco) plástica transparente
vedada, com capacidade máxima de 1
litro, não excedendo as dimensões de 20
X 20 cm. Caso contrário, não podem ser
transportados.
Os frascos devem ser acondi-
cionados dentro da embalagem plástica
transparente completamente vedada. Só
permitem uma embalagem por pessoa.
Deve apresentar na inspeção do raio-x, de
forma visual, separada do resto da baga-
gem de mão.
Conforme regulamentação inter-
nacional, estes outros itens também não
podem ser transportados como bagagem
96
de mão; fósforos e isqueiro (para ser carre-
gado junto de você); materiais magnéticos,
oxidantes, radioativos, polimerizáveis,
gases comprimidos, lâmpadas de Flash,
armas de fogo, armas brancas, explosivos,
munições e fogos de artifício, líquidos e
sólidos inflamáveis.
Para finalizar, escolha malas com
rodas. Elas podem te prevenir dores e
desconfortos.
Mercadorias perigosas
Existe uma extensa lista de objetos
que são considerados como não passíveis
de despachar. Sabe aquela maravilhosa
pinga de alambique que comprou para o
seu amigo mexicano? Pode ser barrada se
não apresentar a graduação alcoólica no
rótulo.
São de transporte restrito:
Explosivos, armas, munições ou fogos•	
de artifícios.
Gases comprimidos (inflamáveis,•	
não-inflamáveis e/ou venenosos):
97
aerossóis.
Líquidos inflamáveis: recarregadores•	
de isqueiros, tintas e dissolventes.
Sólidos inflamáveis: fósforo, artigos de•	
fácil ignição, combustão espontânea ou
que ao contato com água emitam gas-
es inflamáveis. Isqueiros de qualquer
tipo estão proibidos de embarcar em
malas despachadas e ou de mão para
os EUA.
Materiais oxidantes.•	
Venenos e substâncias infecciosas.•	
Material radioativo.•	
Materiais Corrosivos, mercúrio (ter-•	
mômetros), ácido, pilhas. Materiais
magnetizados e outros artigos perigo-
sos.
Garrafas de oxigênio.•	
Substâncias líquidas. Barômetros,•
98
manômetros e fotômetros.
Há restrições ao gelo seco, na questão•	
de quantidade.
Escolhendo a mala
Malas de viagem podem fazer
muita diferença no seu bem-estar. Escol-
her a mala errada pode trazer vários prob-
lemas: perda de pertences, dor na coluna,
roubo, danos etc. Uma boa mala garante a
integridade e evita contratempos. Vejamos
o porquê.
As malas nos aeroportos costu-
mam transitar em esteiras automáticas.
Cansamos de ver estas inofensivas estei-
ras “devorar” bagagens. Sabe aquela mala
bem “gorda”, de tecido fininho, que quase
parece um saco? Basta uma bordinha de
tecido, uma alça, prender na esteira, e
suas “entranhas” são jogadas para todos
os lados. E lá se vai sua bagagem e parte
de seus pertences.
Ou sua bela mala de zíper? Bas-
ta uma caneta enfiada no meio do zíper
fechado e se consegue abrir e expor todo
99
o conteúdo de sua mala para ser levado
pelo ladrãozinho de bagagem. Depois bas-
ta correr o fecho e pronto! Nem se perce-
be o arrombamento. Não importa se tinha
cadeado ou lacre.
Por isso as melhores malas são
de “capa dura”, com mecanismo de trava,
sem zíper. São talvez menos “maleáveis”
para socar conteúdo, mas bem resistentes
e seguras.
Se for levar uma mala com alças,
tranque-as ou amarre-as na hora de
despachar, evitando ficarem presas na es-
teira e rasgarem sua mala ao meio. É sim-
ples, rápido e faz toda diferença.
Despachar sacolas é muito inse-
guro. Se for o caso, enrole todo o pacote
com fita adesiva. Sacolas sempre rasgam
na esteira ou no manuseio dos operadores
de bagagem. São fáceis de permitir o furto
de conteúdo. Melhor levar caixas (cuidado
com limite de volume ou restrições para o
transporte de caixas).
Malas com puxador também são
bastante práticas, mas fique de olho na
qualidade da marca. Marca “desconheci-
da” tem a qualidade muito baixa, e muito
100
rápido quebra-se as rodinhas e estraga-se
a trava do puxador. E malas com rodinhas,
sempre! Mesmo uma mala leve pesa 5
kg. Carregá-la unilateralmente trará muito
desconforto e possíveis dores. Rodas nas
malas ajudam muito!
Depois de escolhida a mala, lem-
bre de identificá-la com nome, endereço,
telefone etc. Isso facilita muito a localiza-
ção da mala, em caso de extravio.
Animais de estimação
Não é todo animal que pode ser le-
vado no avião com você. Na verdade, só
gato e cachorro, e não é em todos os casos.
No restante das vezes, terá de despachar
seu bichinho como carga, no setor de car-
ga das empresas aéreas ou transportado-
ras, com um procedimento especial e em
separado de sua viagem. O seu cachorro
ou gato, dependendo do tamanho e do
tempo de vôo, pode ir para a cabine princi-
pal, mas dentro de uma gaiola da qual não
pode sair um momento sequer, e dopado
pelo veterinário (com atestado de prova, a
ser apresentado no check-in).
101
Se for um animal grande, o des-
tino é o porão da aeronave, em um com-
partimento especial, onde será mantido o
“clima” e “atmosfera”. O animal precisa de
uma série de documentos, inclusive per-
missão da empresa que você escolher.
Não são todas as empresas que aceitam
levar animais na cabine ou até mesmo no
porão.
Um truque, ou cuidado especial,
é avisar ao chefe-de-equipe (comissário
principal), que há um animal vivo no porão,
e pedir para avisar ao comandante. O
motivo é simples: a equipe que ficará em
terra é responsável por informar o coman-
dante sobre a presença de um animal no
porão. Mas, por erro interno, a informação
pode não chegar ao comandante. Se isso
ocorrer, a climatização não será ligada no
porão, e isso faria seu pobre animalzinho
não resistir ao frio e falta de oxigênio.
Esteserrossãoraros,masachance
existe. Há uma vida em jogo. Avise!
Confirmando ou alterando a reserva
O sistema de informação de reser-
102
va, nas empresas aéreas, pode “dar pau”.
Ocorrem, eventualmente, erros no registro
de sua reserva, e ela “cai”, ou seja, parte
da informação é acidentalmente apagada
do sistema. Desta forma, o passageiro não
constará na listagem do vôo comprado.
Para impedir este problema, ligue
para confirmar sua reserva e os dados de
assento, refeições especiais, bagagem
diferenciada, aeroportos de conexão etc.
Se não tiver ainda se informado sobre uma
refeição ou condição especial, aproveite a
ligação.
Se precisar alterar a data da via-
gem, este é o momento ideal para remar-
car. A mudança normalmente implica em
multa, como visto no capítulo 4. Essa mul-
ta pode ficar ainda mais salgada caso não
esteja disponível a mesma tarifa que você
comprou para a nova data. Você será cob-
rado pela troca de tarifa também.
Quanto mais você demorar para
remarcar, menos tarifas baratas estarão
disponíveis, e mais complicada ficará sua
situação. Pode até mesmo dobrar o preço
da passagem na remarcação “em cima do
laço”.
103
Cancelando a viagem
Se precisar cancelar a viagem, faça
antes da saída do vôo marcado. Antes!
Mais uma vez: antes! Tarifas promocionais
implicam na famosa “taxa administrativa”,
onde um valor ficará retido no cancela-
mento da passagem. É como a multa de
remarcação. Esta multa é BEM maior se
cancelada a passagem após a saída do 1º
vôo comprado.
Estes valores podem variar con-
forme a tarifa e o trajeto, mas são sempre
“salgadas”. Em casos de “super” promoção
até inviabilizam o reembolso, é como jogar
dinheiro no lixo.
Portanto, fique de olho no ato da
compra para restrições de tarifa se você
está comprando sem estar muito certo se
vai ou não.
104
Oferecemos uma lista prática de itens que
devem ser revistos ou realizados para ga-
rantir uma viagem aérea tranqüila e com-
pleta:
Bagagem
Pesquise o que é proibido para levar na•	
bagagem de mão .
Consulte problemas para desembarcar•	
com itens in natura: frutas, frutos do
mar, verduras, amostras de madeira,
laticínios etc.
Liste os itens considerados perigosos•	
para o transporte aéreo e substitua
aqueles que não poderá levar por out-
ros permitidos.
Separe as roupas sujas que quer levar•	
e as lave.
Uma semana antes8
105
Não use as roupas limpas que quer le-•	
var.
Existem seguros de viagem que cobrem•	
o valor perdido em caso de extravio da
bagagem. A Assist Card é a mais con-
hecida, e também oferece assistência
médica no destino durante a viagem.
Vale a pena uma cotação se for uma
pessoa que aprecie segurança. O valor
pago pelas empresas aéreas em casos
de extravio é bastante irrisório.
Vantagens de levar apenas mala de
mão
Dá menos trabalho para carregar.•	
Menor chance de furtos e roubos•	
Acaba com o risco de ser cobrado ex-•	
cesso de bagagem.
Elimina o risco de ter sua mala perdida,•	
ao menos fora de seu controle.
Extingue o risco de ter a mala danifi-•
106
cada.
Mas, além disso:
Poderá pedir acesso às filas preferenci-•	
ais no check-in.
Check-in é mais rápido•	
Se o vôo for cancelado, é mais fácil a•	
reacomodação em outro vôo ou empre-
sa aérea.
Caso teu vôo esteja atrasado, será mais•	
fácil acomodar em outro vôo.
Não precisará aguardar a bagagem no•	
desembarque, que chega a demorar
mais de 1h, às vezes.
Mais fácil conseguir carona!•	
Documentação
Tire cópia simples dos seguintes documen-
tos:
107
Passaporte1.	
RG2.	
Carteira de motorista3.	
Visto4.	
Vouchers de hotel5.	
Documentos de suporte6.	
Autorização para menores7.	
Reserva8.	
Bilhete eletrônico9.	
Roupas
	
A primeira consideração impor-
tante: qual o clima do destino na hora de
chegada? Este é o grande “lance” para
promover seu bem-estar!
Durante vôos longos (acima de 3
horas) recomendamos que viaje vestindo
calça. Não apenas porque a maioria dos
passageiros costuma se vestir melhor para
viajar, o que torna a calça mais adequada,
mas também porque a privacidade, caso
você durma durante o vôo, impede que
deixe “suas partes à mostra” durante o
sono.
	 Use roupas confortáveis! Lembre-
se também que os sanitários são apertados
108
em aviões, então evite usar roupas compli-
cadas e difíceis de tirar. O ar condicionado
do avião também está ligado no “super
hiper frio”! Pense que na classe econômica
o cobertor fornecido não é suficiente para
mantê-lo aquecido. Leve agasalho.
	 Use meias em bom estado de con-
servação, para evitar constrangimento ao
retirar o calçado.
	 Aos homens, recomendamos usar
roupa com muitos bolsos. Isto facilita o
transporte dos diversos documentos de
viagem.
	 Além disso, já tratamos sobre os cri-
térios de imigração dos países para a per-
missão de entrada de visitantes, em vôos
internacionais. Então, estar bem vestido
auxilia na sua boa imagem e impressão.
Pelo mesmo motivo, deixe em casa as
roupas com dizeres ofensivos ou de cores
vibrantes.
	 É importante considerar o perfil
da viagem. Viagens de negócios exigem
roupas mais formais, ao contrário da infor-
malidade das viagens de lazer. Também
faz parte do perfil a duração da viagem.
As malas preparadas para viagens de 15
109
dias ou de 3 meses são exatamente iguais,
partindo do preposto que poderá lavá-las.
	 A propósito, não confunda viagens
de turismo com viagens de lazer, pois é in-
completo. Por definição existe turismo de
negócios, que inclui congressos, feiras e
convenções.  Enfim, dizer que o propósito
da sua viagem é turismo está, ainda, incor-
reto.
	 Quanto ao calçado: separe 2 pares.
Um será usado durante a viagem, o outro
vai para a mala. E mais o chinelo. Se a vi-
agem for de negócios, serão necessários
3: um para o trabalho, um para eventos e
jantares de trabalho e outro para possíveis
passeios e até esportes que pratique du-
rante a viagem. Para as mulheres, será
um para cada situação. Escolha cores
versáteis e nunca leve mais de 05 pares.
	 Lembre de considerar o Tênis Pé
Baruel caso tenha mau cheiro nos pés. E
Importante: não leve calçados novos! Cos-
tumamos andar mais ao viajar, só faltava
levar um que machuque o pé!
	 Para viagens de negócios, deixe em
casa as roupas justas ou curtas. Escolha
roupas sóbrias e discretas. Talvez seja es-
110
sencial levar um ferro de passar portátil
para garantir a boa aparência da roupa.
Uma dica para substituir o ferro é pendurar
as roupas amassadas no banheiro durante
o banho quente.
	 O vapor eliminará o problema! Outra
dica legal é usar as etiquetas de bagagens
das empresas aéreas para tirar “bolinhas e
pêlos” das roupas! Sua cola é ótima para
isso, sem estragar a roupa.
	 E as roupas íntimas? Sempre con-
sidere que o número de dias de viagem
inclui o dia da partida, saindo de casa.
Portanto, sempre leve um par de meias e
roupa íntima a mais que o número de dias
da viagem. Homens: escolha apenas cores
de meias que combinem com os calçados
que escolheu.
	 Outra coisa importante para consid-
erar é o local de estadia. Se for a um hotel,
é mais fácil. Mas, se for à casa de amigos
ou parentes, ou uma casa alugada, há
mais itens que precisa levar. Por exemplo:
deverá levar uma toalha para viagens de
até uma semana, e duas para viagens por
mais tempo que isso. Evite utilizar toalhas
dos outros!
111
	 Outro ponto: num hotel não há prob-
lema dormir com sua roupa íntima ou mes-
mo nu. Já na casa de parentes isto é de-
saconselhado. Então, deverá levar pijama.
Leve também todos os artigos de higiene,
incluindo xampu, condicionador, perfume,
sabonete, desodorante e pasta de dente. É
incrível o quanto eles podem ser úteis du-
rante sua estadia na casa dos outros. Em
alguns casos, será necessário inclusive le-
var roupa de cama.
	 Outros fatores fundamentais, em
caso de viagens de lazer, pois todas exi-
gem roupas específicas:
Está frio ou calor?
É praia ou montanha?
Praticará esportes?
Curtirá a vida noturna?
	 Quanto às camisetas, blusas, saias
ou bermudas, não leve uma para cada dia
de viagem, a menos que sue muito! Po-
demos te garantir que costuma se repetir
112
roupas enquanto está viajando, principal-
mente em climas frios. A única exceção à
regra é para os fumantes, pois a fumaça
impregna na roupa de tal jeito que é impos-
sível usá-la de novo sem lavar.
	 Lembre-se, levar tudo possível para
qualquer situação não é sinal de pessoa
sensata e precavida. Carregar malas é
chato demais, às vezes não tem lugar para
guardar tantas malas aonde você vai e você
não usa nem metade do que leva. Portan-
to, pense e planeje as atividades que fará
no destino antes de arrumar a mala.
	 Detalhe: estar na praia ou em algu-
ma embarcação no mar são as situações
em que precisa de menos roupas de to-
das. Sungas, bermudas e biquínis são as
peças mais usadas durante o dia, e mais
repetidas também. Lugares frios, apesar
das roupas volumosas, também favorecem
malas menores, pois se utiliza a mesma ja-
queta ou similar quase todos os dias, vari-
ando apenas o que está embaixo dela. De
qualquer maneira, cuidado com exageros!
Não seja econômico demais nas roupas
porque pode haver pequenos acidentes:
uma bebida derrubada na roupa, barro,
113
pó ou outras situações que se agarram na
nossa roupa e não largam, para terminar
com as opções do vestuário.
Para reforçar o porquê de levar pouca rou-
pa, outro lembrete: costumamos voltar de
viagem com mais roupas do que fomos!
Nada mais inspirador às compras que uma
viagem!
	 Quanto às cores e estilos, prefira
cores neutras e roupas básicas que com-
binem bastante! E que possam ser usadas
noite ou dia! Se puder, leve muitas roupas
de tecido que não amassem.
Aeroporto
Planeje um meio de transporte ao aero-•	
porto.
Pesquise o mapa do aeroporto para•	
identificar a localização da empresa.
Certifique-se se o vôo é codeshare.•	
Descubra os limites alfandegários e de•	
duty free shop.
114
Faça a declaração da Receita Federal•	
para artigos eletrônicos que levará,
caso não tenha um posto no aeroporto
onde embarcará.
Se levar animais de estimação, separe•	
os documentos necessários.
Ligue ao departamento de reservas da•	
empresa aérea e reconfirme a reserva.
Destino
Tenha moedas que são usadas no país•	
de destino .
Pesquise os meios de transporte pos-•	
síveis para sair do aeroporto.
Escreva na agenda o número de tele-•	
fone de parentes, polícia, consulados e
embaixadas, hotel, meios de transporte
e departamento de reserva da compan-
hia aérea da cidade de destino.
115
Saúde
Separe a caderneta internacional de•	
vacinas.
Em caso de gestantes, obtenha o at-•	
estado médico.
Consulte seu médico caso sofra de si-•	
nusite, rinite alérgica, dores de ouvido,
enjôos ou outros distúrbios similares.
Durante o vôo, o desconforto pode ser
potencializado devido à mudança de
temperatura e pressão atmosférica.
116
Dia da viagem9
	 Este capítulo é composto exclusiva-
mente de check-lists, para auxiliá-lo a lem-
brar de ter tudo em mãos antes de sair de
casa.
Roupas
Calçados•	
Meias e/ou meia-calça•	
Roupa íntima•	
Ternos, tailleurs ou peças de gala.•	
Camisetas, blusas e tops.•	
Calças, bermudas, vestidos ou saias.•	
Cintos e/ou gravatas•	
Jaquetas, moletons, casacos, suéteres•	
e abrigos.
117
Gorros, cachecóis e luvas.•	
Higiene e beleza•	
Xampu1.	
Condicionador2.	
Sabonete3.	
Pasta e escova de dente4.	
Protetor solar5.	
Protetor labial6.	
Hidratante7.	
Desodorante8.	
Perfume9.	
Cotonete10.	
Fio dental11.	
Repelente de insetos12.	
Maquiagem e removedor13.	
Aparelho e lâmina de barbear14.	
Ziplocs, em caso de vôos internacio-•	
nais.
Toalha•	
Pijama•	
Óculos escuros•
118
Chapéus e bonés•	
Sungas, bermudas ou biquínis.•	
Canga•	
Roupa de cama•	
Roupas especiais para a prática de es-•	
portes (tornozeleira, kimono, snorkel,
neoprenes e dry fits).
Acessórios (brincos, pulseiras, co-•	
lares).
Bolsas versáteis•	
Artigos infantis•	
Fralda1.	
Lenços umedecidos2.	
Chupeta3.	
Brinquedos4.	
Talco e loção5.	
Creme anti-assadura6.	
Medicação7.	
Cobertor8.
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  • 1. 1 Las casas & Topper
  • 2. GUIA DO VIAJANTE AÉREO 2008 Guilherme Topper e Thiago Las Casas
  • 3. Índice Escolhendo o destino1 10 Data da Viagem2 17 Verificando documentação3 26 Fazer a reserva4 37 Escolhendo a companhia aérea5 63 Comprando a passagem6 81 Um mês antes de partir7 88 Uma semana antes8 104 Dia da viagem9 116 Introdução 06
  • 4. Embarque doméstico11 139 Atrasos e cancelamentos12 150 No avião13 159 Em conexão14 182 Na chegada15 194 Adaptação ao destino16 202 Dia do retorno17 206 Mala perdida18 212 Problemas no check-in19 218 Códigos da aviação civíl20 229 No check-in10 125
  • 5. Direitos do consumidor22 234 Organizações da aviação civíl no mundo 21 232 Curiosidades23 236 Traduções24 240
  • 6. 6 Viagens foram feitas para serem aproveitadas. Feitas para trazerem conhe- cimento e sabedoria. Para proporcionarem momentos eternos de alegria e recorda- ções. Para te assoprarem bons negócios e crescimento na carreira. Para tirarem a distância que possa te impossibilitar de conviver todo dia com pessoas que ama. Com tudo que escrevemos a seguir, que- remos garantir que a paz e a tranqüilida- de também reinem nos momentos em que estiver em aeroportos e aviões, cruzando os céus do Brasil e do mundo para chegar aonde quer ir. As empresas aéreas têm operações extremamente complexas, integradas por redes mundiais e funcionando todos os minutos do ano, em todo o mundo. Nós, clientes, nos vimos obrigados a compre- ender esta complexidade ou observar, atô- nitos, toda vez que algo dá errado e não entendemos o porquê. Não é uma tarefa simples, tampou- co fácil lembrar de todos os detalhes de Introdução 6
  • 7. 7 uma viagem de avião antes de estarmos no aeroporto, prontos para decolar, lidando com todas as emoções que uma viagem pode gerar e sem saber quais as opções que temos e como resolver problemas que de repente surgem. Para piorar, não bastasse tamanha complexidade, o setor é extremamente dinâmico. Regras deixam de ser regras e permissões e exceções são abolidas da noite para o dia. E mudanças ocorrem qua- se diariamente! A menos que trabalhe com isso, é virtual- mente impossível se manter atualizado em todos os detalhes. Para se ter uma idéia, enquanto fazíamos a pesquisa sobre a franquia de bagagem, houve mudanças no mundo duas vezes em um único mês. Enfim, este guia prático busca ser informativo, divertido, e o seu melhor auxí- lio para lembrar de todos os detalhes para uma viagem tranqüila e enriquecedora, in- dependente do motivo que o leva a viajar. E mais importante ainda: ser uma fonte de inspiração para viajar ainda mais, afinal, o jogo é bem mais divertido quando se co- nhece as regras. 7
  • 8. 8 Devemos acrescentar que nosso maior desafio ao escrever foi justamente a linguagem. Qual linguagem seria a ideal? Devemos ser didáticos? Devemos usar lin- guagem jovem? Culta? Enfim, decidimos por jornalística. Casual, descomprometida, acessível, divertida e de fácil leitura. Afinal, é um guia prático. Nosso objetivo é que você o carregue em suas viagens, e tenha acesso rápido a questões que possam promover seu bem- estar, ou minimize qualquer estresse que possa ter (tomara que nunca tenha). E que tenha uma ótima viagem! guilherme topper e thiago las casas 8
  • 9. 9 Agradecemos a Antônio José Novaes, Fernanda Lima, Fre- derico Novaes, Liane Boe- mer de Mesquita e Ana Isabel Azevedo pela dedicação e paciência ao prestarem suas opiniões à respeito do livro. 9
  • 10. 10 Escrever sobre a escolha de um destino não é o tema principal deste guia prático. Mas, uma boa viagem depende da escolha perfeita do destino certo. Por esta razão, decidimos dedicar uma atenção ao assunto e providenciar dicas básicas. Afi- nal, nosso foco é o bem-estar – a viagem aérea bem sucedida. Vamos então passar rapidamente sobre alguns aspectos indispensáveis na escolha do destino, que vão além da bele- za do lugar ou de sua vontade de conhe- cer um país. Trata-se de fatores esqueci- dos na hora de escolher, que em alguns casos, esquecer estes detalhes provocam decepção, quando deveria ser diversão ou trabalho. Clima Já pensou em conhecer as mara- vilhas caribenhas? Mar azul, transparente - único e especial! Talvez mergulhar nas Escolhendo o destino1 10
  • 11. 11 águas de Cancun, com visibilidade de mer- gulho de 50 metros, uma das maiores do mundo. Mas, que tal fazer isso na época errada e passar vários dias de medo, se escondendo e fugindo dos furacões? Pois esse é um pesadelo que você vai querer evitar. Durante dois meses do ano ocorre a temporada dos furacões no Caribe. Por coincidência, durante esta épo- ca os preços dos pacotes turísticos são reduzidos para atrair os desavisados e melhorar a ocupação dos hotéis e vôos. Portanto, olho aberto! O mesmo ocorre naquela maravi- lhosa visita ao Taj Mahal, a peregrinação para conhecer o Sai Baba Hindu. Viajar para a Índia é uma experiência fabulosa para alguns e chocantes para outros. Mas, experimente fazer o passeio na época das monções, e sua viagem penderá muito para o lado ruim. As monções, que estudamos nas aulas de geografia, são um período de grandes chuvas. A umidade vinda do ocea- no Índico fica retida, represada, sem poder atravessar os colossais Montes do Hima- 11
  • 12. 12 laia. É um chuveiro ligado sobre sua cabe- ça, por dois meses. Nada agradável. Que tal visitar o Canadá? As enormes flo- restas, as cidades-modelo? Um país se- dutor, com seus dois idiomas nativos e enorme extensão de terra virgem e deso- cupada. A região dos grandes lagos, e as esplêndidas cataratas do Niagara, fonte da lendária “queda de barril” cinematográfica. Mas, fazer isso durante o inverno rigoroso é pedir uma aventura radical. As cataratas enormes estarão congeladas, assim como os lagos. A temperatura comum é de -30ºc, algo absurdamente frio para nós tupini- quins. Muitas histórias assustadoras ilus- tram a intensidade do frio canadense. Uma comissária da Varig, no início dos vôos ao país, lavou os cabelos e saiu para passear, sem secá-los. Algum tempo depois teve de voltar pelo frio insuportável e perceber que seus cabelos “já eram”, congelados e que- brados. Então, fique de olho no clima do destino que pretende visitar antes de ir, mesmo que os preços estejam bem mais atraentes nestes períodos desfavoráveis 12
  • 13. 13 ao turismo. Isto induz alguns de nós a cair no conto do vigário e filmar nossa própria versão de Férias Frustradas. Hemisférios e as estações do ano. Um fato sabido por muitos, mas es- quecido nas horas importantes é a época do ano. Ir durante o verão brasileiro para a Inglaterra, achando que estará salvo do frio do inverno, é o segredo para conseguir o oposto. Lembre-se que as estações do ano são invertidas nos hemisférios Sul e Nor- te. Nosso verão é o inverno inglês. Esse é mais um dos motivos da facilidade com que algumas pessoas caem no conto do preço mais barato. Conhecer os países nórdicos durante as férias de verão é pedir para congelar o traseiro. Falando dos nórdicos, se você tem o sonho de conhecer os países escandi- navos, onde populam loiras e loiros, tome ainda mais cuidado para não se dar mal. Lá o sol se põe às 16 horas em certas épocas do ano, e quanto mais próximo do pólo, a noite (ou o dia) podem durar seis meses 13
  • 14. 14 inteiros! Festas populares Conhecer um país durante festivais pode ser uma experiência dúbia. As festas populares podem ser únicas, cheias de gente e euforia. Um prato cheio para curti- ção e azaração. Ir a Blumenau durante a “Oktober- fest” é um evento e tanto. Mas se você não bebe e vai para conhecer a arquitetura germânica, bom, talvez esteja no momento errado por lá. Quem já esteve em Cannes e Nice, na França, pode dizer que viu um dos mais belos lugares do Mediterrâneo! Mas ir por lá na época do festival de cinema é um tanto quanto enervante! Grupos de tietes gritando nas portas de hotel, atores provo- cando arrastões. Muita gente pelas ruas. Pode até passar pelo constrangimento de ser confundido com alguém famoso. Mas, se o seu objetivo é tirar cas- quinha dos famosos, a escolha é campeã. Portanto, pense bem se o motivo da via-
  • 15. 15 gem é realmente conhecer o lugar, ou o festival. Se o objetivo for o lugar, melhor fugir correndo de festivais e eventos de re- nome, pois os preços batem no teto e o estresse pode sair de controle. Promoções de companhias aéreas e baixa temporada. Vale a pena viajar de momento. Pro- moções do tipo ida-e-volta por quase nada, são o convite para aventura. Sim, exige es- pírito de aventura. Mas, pegar a mochila para curtir um final de semana em algum canto do país, é muito especial! Boas re- cordações surgem destas experiências inesperadas. Então, aproveite o impulso do preço mais barato, e viva uma aventura de final de semana. Já nos vôos internacionais, a coisa muda de figura, e com razão! A burocra- cia fala mais alto e todo cuidado deve ser tomado para não passar por apertos. Um conselho, porém, é buscar por datas quan- do os aviões costumam estar vazios e os preços melhores. Exemplo é a noite de na- tal ou de ano novo. Quem quer fazer con-
  • 16. 16 tagem regressiva da virada com estranhos no avião, certo? O alerta que fizemos sobre preços e épocas ruins de viagem pode às vezes ser interessante, se você não tiver outra for- ma de conseguir “patrocinar” seu passeio. Viagens na baixa temporada são sempre uma opção, não precisa ser na época de furacões, mas pode ser no meio termo. O fato é que na alta temporada os preços são restritivos para o viajante que quer econo- mizar. Outros meios de transporte É importante, ou melhor, muito im- portante você planejar bem sua viagem caso utilize também outros meios de trans- porte para chegar ao destino final. Se você pretende pegar um navio, um trem ou um ônibus após o desembarque do vôo, nun- ca escolha horários apertados, com pouca margem de erro. Escolha horários que o permita ter folga para realizar todos os pro- cedimentos nos aeroportos e contar com possíveis atrasos nos vôos.
  • 17. 17 Dias críticos Escolher a data de viagem: uma eta- pa indispensável para qualquer viajante. Mas, é comum ao viajante de primeira via- gem não considerar importante a escolha da data. Escolhe apenas de acordo com a vontade; “ah, quero chegar lá na sexta à noite!”. Mas a escolha da data, na verda- de, pode ser a diferença entre uma viagem calma ou uma viagem de estresse. A causa dessa diferença está no “congestionamen- to”. Os congestionamentos dos vôos podem ser causados por vários motivos, na maioria dos casos os principais pontos a serem levados em conta são; o dia da semana, horários do rush do aeroporto, fe- riados, época do ano, feiras, convenções ou eventos de porte. Os mais relevantes, pois sempre de- vem ser considerados, são os “dias-chave” da semana e os “horários do rush”, quando Data da viagem2
  • 18. 18 o trânsito de passageiros pelos aeroportos pode dobrar em comparação com outros dias e horários. Nos vôos domésticos os dias con- gestionados são fáceis de perceber, pois são bastante lógicos. Imagine que os exe- cutivos fazem suas malinhas e pegam seus laptops e saem logo pela manhã de segun- da para pegar seus aviões, e como seria de se esperar, na sexta à noite, retornam para casa. É nestes horários, de segunda e sexta, que o aeroporto está sempre com passageiros de sobra circulando. Costuma ser o dia do estresse também para quem trabalha no aeroporto. Aos domingos à noite e sábados pela manhã, também podemos ver um flu- xo maior de pessoas. Tanto de executivos evitando o exagero de segunda e sexta, quanto turistas voltando ao trabalho, ou aproveitando o final de semana. Nos vôos internacionais, é bom evitar os mesmos dias da semana, acres- centando quinta à noite, data eleita pelos executivos em retorno a seus países de origem.
  • 19. 19 Os executivos internacionais costu- mam escolher quintas à noite para data de retorno, para poder trabalhar em suas ma- trizes na sexta e apresentar seus relatórios de trabalho realizado durante a semana, a seus superiores. Então, tenha em mente ao escolher de sua data de viagem, evitar os dias críti- cos da semana, em especial nos horários de rush. Busque se informar sobre a lota- ção dos vôos para data escolhida. Veja se há um movimento incomum ou qual dia da semana costuma estar mais cheio. Uma simples pergunta pode sanar estas dúvidas e evitar complicações no dia da viagem. Nas datas de maior movimento, é comum passageiro “sobrando”. O famoso “overbooking” que tanto assombra as man- chetes dos jornais sem assunto. Na verda- de o dito overbooking não é nada de outro mundo, um monstro que vai devorar sua viagem ou coisa do tipo. De fato é bem fácil evitar ser vítima da “sobra”. A primeira coisa é escolher com critério a data de viagem. Pensar bem se é necessário enfrentar os aeroportos nos
  • 20. 20 dias críticos. Buscar evitar as segundas pela manhã e sextas à noite a todo custo. Se for à segunda ou sexta, tente ir à tar- de. Óbvio, nem sempre é possível evitar os aeroportos em momentos críticos. Nes- tes casos, ainda podemos evitar “sobrar”. Basta chegar mais cedo. O mais cedo pos- sível. Chegar duas horas antes, em vôos domésticos, é infalível. Os que sobram no overbooking são os “retardatários”, che- gando muito em cima da hora do vôo. Nos vôos internacionais, chegar quatro horas antes também é infalível. É chegar o quanto antes ao aero- porto, e ir direto ao check-in. A chance de haver problemas com estas precauções simples, é mínima! Contratempos? Sem- pre há casos imprevisíveis, a exemplo de cancelamento do vôo e fechamento de ae- roportos, que veremos mais adiante. Overbooking Sim. Este é o motivo para os maio- res ataques de fúria nos aeroportos. Não é para menos! Você planeja sua viagem,
  • 21. 21 faz a reserva, compra a passagem, pega dinheiro no banco, prepara as malas, pede pro primo te levar ao aeroporto, já conse- gue sentir o clima de estar no destino, e vem um sujeito e te diz que talvez você não vá? As companhias aéreas têm per- missão dos órgãos que regulamentam a aviação civil, em todo o mundo, para fazer mais reservas naquele vôo que o número de assentos disponíveis no avião. E, em escala menor, vender mais passagens que o número de assentos do vôo. A razão para isso são os passageiros que fazem reser- vas, ou mesmo compram passagens, e não aparecem no aeroporto para embarcar (o termo usado na aviação para os passa- geiros que não aparecem para embarque é no show). As companhias aéreas buscam sempre 100% de ocupação em todos os seus vôos. E podemos dizer que 95% dos vôos em overbooking não costumam apre- sentar problemas, pois os passageiros que estavam “sobrando” são compensados por aqueles que não vieram ao aeroporto, e re- cebem seus assentos para embarque.
  • 22. 22 Os “ataques de fúria” costumam ocorrer em 5% dos vôos que todos os pas- sageiros do vôo estão no aeroporto. Sim- plesmente, falta lugar. Não há viagem de avião com gente em pé, no corredor! Vere- mos mais adiante o que fazer, e o que es- perar da empresa aérea, nesta situação. Feriados, Época do ano, Feiras, Even- tos e Convenções Viajar em feriados, ou “feriadões” exige cuidado especial. Pense nas estra- das para a praia no início e volta de feriado. Os aeroportos sofrem do mesmo proble- ma. Todo mundo querendo viajar no mes- mo dia para curtir ao máximo os poucos dias de folga. O primeiro cuidado para escolher viajar de avião no feriado é a compra da passa- gem com antecedência. No ano novo, por exemplo, para conseguir preços acessí- veis, a compra da passagem deve ser com seis meses de antecedência para conse- guir lugar. Em feriados menos importantes, podemos comprar de três a dois meses
  • 23. 23 de antecedência. Esperar mais é abusar da sorte e do bolso. Quanto mais perto da data pretendida, maior o valor da tarifa e menor a chance de encontrar lugar, como veremos melhor no Capítulo 4. Por exemplo, se a compra da pas- sagem dois meses antes sai por um valor, na véspera do feriado a mesma tarifa facil- mente dobra. E ainda assim, se tiver sorte de achar passagem. Uma semana antes do feriado é bem possível não encontrar disponibilidade de lugar. Mas, feriados nem sempre são as únicas datas para se preocupar. Festi- vais como o de Cinema de Gramado ou a Festa do Boi Bumbá em Parintins exigem o cuidado da compra com antecedência. Em Parintins, por exemplo o cuidado deve ser ainda maior, pois não há alternativas de transporte. Perder a chance é perder o passeio. A compra deve ser feita de dois a três meses de antecedência, como em feriados. A soma de feriado e festival, como o carnaval no Rio, é o prato cheio para ter problemas com a viagem. É indispensável planejar o passeio nestes casos. Não fazer
  • 24. 24 a compra com antecedência simplesmente impossibilita o passeio. Se você planeja ir a um simpósio profis- sional, ou algo do gênero, recomendamos também um cuidado maior. É comum a compra da passagem na última hora, pois não se espera a falta de lugar, mas muitas vezes são centenas de pessoas fazendo a mesma coisa. As empresas não prevêem deman- da extra de jogos de futebol relevantes, corridas ou encontros políticos, tornando maior o risco da falta de lugar para os “re- tardatários”. Eventos mundiais, a exemplo de Olimpíadas, Copas mundiais esportivas, congressos da ONU, etc. exigem a mesma atenção, mas normalmente as empresas aumentam a disponibilidade de vôos, em- bora ainda haja riscos com falta de dispo- nibilidade de lugar e valor de tarifas. Outro período que requer atenção são a alta e baixa estações turísticas, nor- malmente relacionada a estação do ano. É comum o viajante a negócios, acostumado aos vôos, esquecer deste detalhe. Comprar a passagem para o Rio Grande do Sul, por exemplo, durante o ano, não
  • 25. 25 requer cuidados extras, mas durante o in- verno, a alta estação turística, os preços sobem e a disponibilidade diminui, exigindo maior antecedência na compra de bilhetes aéreos. O mesmo se aplica a cidades lito- râneas no verão.
  • 26. 26 A menos que você pretenda visitar os países vizinhos de nuestros hermanos, que graças ao Mercosul e aos acordos in- ternacionais basta levar seu RG com as- sinatura de criança, foto irreconhecível e bordas rasgadas, na maioria das viagens internacionais você precisará mesmo do seu passaporte. Passaporte é um documento pesso- al e intransferível. Emitido pela autoridade de um Estado para permitir o trânsito de seus cidadãos por países onde são manti- das relações diplomáticas. Possui caracte- rísticas de segurança que previnem falsifi- cação e fraude e é o principal documento do viajante aéreo. Sozinho ele pode não ser suficiente, mas ele é válido em qual- quer lugar do mundo, ou ao menos com quem o Brasil tem relações diplomáticas. No Brasil, o passaporte é emitido pela Polícia Federal. Vale a pena consultar qual o posto emissor de passaporte mais perto de você. Uma boa fonte para a pes- quisa é www.dpf.gov.br/passaporte. Neste Verificando documentação3
  • 27. 27 site você também terá acesso a todos os requisitos e documentos necessários para a emissão. Por ser um documento internacio- nal, todo passaporte, de qualquer lugar do mundo, tem prazo de validade. O passa- porte brasileiro é válido por 5 anos. En- tão, é vital que você verifique a validade ao iniciar o planejamento da viagem. Você não tem idéia de quantas pessoas felizes e contentes, que estão prontas para viajar, têm suas férias interrompidas no aeroporto porque o passaporte está expirado. Ou, ainda pior, passam reto ao avião, porque ninguém viu, e só descobrem que o documento não está válido quando che- gam ao destino. E aí, não tem choro nem vela, é deportação imediata. E dispensa comentar o tempo e dinheiro perdidos, além da frustração de passar por uma ex- periência destas. Caso você tenha parentes nascidos no exterior, e boa parte de nós tupiniquins tem, é possível que você consiga naciona- lidade do país de onde vieram seus paren- tes. Quase sempre o benefício é dado, no máximo, a quem tinha avós nascidos no
  • 28. 28 exterior. Mas se você, por exemplo, tem uma avó italiana, vale a pena contatar a embaixada italiana no Brasil e tentar obter a segunda nacionalidade. Ao ter a dupla cidadania, neste caso, ser brasileiro e “italiano”, você terá autori- zação da Itália para emitir passaporte ita- liano. E te garantimos uma coisa: possuir nacionalidade de países do 1º mundo faci- lita muito as coisas em imigrações mundo afora e diminui bastante a chance de preci- sar tirar um “visto” ou ser deportado. Uma curiosidade: alguns países possuem regras para a adoção de nomes próprios. No Japão, apenas podem ser re- gistrados cidadãos com nomes tradicional- mente japoneses. Portanto, uma brasileira que obtenha dupla nacionalidade japone- sa, chamada Letícia, terá que mudar seu nome no registro japonês, para Yoko ou Massae. Ok, agora que já possui um passa- porte em mãos, talvez até dois, é hora de explicar porque escrevemos, no início do capítulo, que sozinho ele pode não ser su- ficiente. A razão para isso é que muitos países do mundo solicitam mais um docu-
  • 29. 29 mento para permitir a entrada do visitante. E os motivos para isso são inúmeros, mas tem sua natureza nas relações diplomáti- cas entre países. Este documento solicitado em di- versos países é o visto. O visto é um do- cumento que certifica ao país visitado que pessoas de sua confiança previamente “qualificaram” e “liberaram” o visitante para viajar àquele país. Isto pode parecer “frio”, mas que a verdade seja dita em todos os momentos! O visto de entrada é emitido pelas embaixadas e consulados-gerais do país onde se quer visitar – e essas são as pes- soas de confiança. E é possível que eles queiram devassar sua vida para te dar o visto. Entre declarações de imposto de renda, históricos escolares e atestados de bons antecedentes criminais, pode ser até solicitada uma entrevista pessoal com o “candidato” a viagem antes de conseguir a aprovação. Visto é complicado por si só, pois há países que requerem visto de entrada para cidadãos de uns, mas não de outros. Mas, tem fatores que os tornam ainda mais
  • 30. 30 complexos. Exemplo: você pode não pre- cisar de visto para entrar num país, caso sua viagem seja de lazer, mas ele poderá ser obrigatório em caso de viagem de estu- dos ou trabalho. Além disso, ele pode não ser obrigatório para viagens de duração até um mês, mas se ficar um dia a mais, o visto deverá ser apresentado. Uma vez que as relações diplomá- ticas entre países são dinâmicas, fatos e acontecimentos recentes podem mudar re- gras de vistos de entrada. Países podem adotar a necessidade de vistos ou exintin- gui-los de um dia para o outro. Portanto, sempre contate a embaixada ou o consulado-geral do país onde quer visi- tar sobre a necessidade de vistos de entra- da, mesmo que conhecidos e queridos te digam que “para lá não precisa de visto”. Seguro morreu de velho, é o antigo ditado, e teu caso pode ser tão específico que só pra você seja necessário o tal visto. O visto é igual a um selo, preenchi- do com seus dados pessoais, e em alguns casos, sua foto. Ele está repleto de carac- terísticas de segurança, para evitar fraudes e falsificações. Em alguns países, o visto
  • 31. 31 já é eletrônico, mas ainda é raro. Vistos também têm prazo de validade. Portanto, mesmo que já possua visto para entrar no país aonde quer ir, olhe a validade logo no início dos planos de viagem. E, natural- mente, para ter sua vida devassada, você paga mais taxas. Importante: só é possí- vel aplicar para um visto se teu passaporte tiver ao menos 6 meses de validade! Outro lembrete muito importante: verifique com ainda mais cuidado ao viajar para territórios pertencentes às Colônias. Alguns países do mundo não são indepen- dentes, e as regras das relações diplomá- ticas são ditadas pelo Estado que o admi- nistra, e podem diferenciar, inclusive, das regras criadas ao próprio Estado adminis- trador. Você pode saber que para a Fran- ça o turista brasileiro não precisa de visto para viagens de lazer de 90 dias, mas será que para Martinica ou Guadalupe, colônias francesas, é a mesma coisa? Mais um lembrete: um brasileiro que estudará na Universidade de Sorbonne, ao solicitar o visto de estudante às autoridades francesas, deverá informar se pretende re- alizar viagens de lazer para outros países
  • 32. 32 europeus, caso contrário, poderá receber um visto que o impede de ultrapassar as fronteiras da França. Enfim, sempre expli- que à representação do país que visitará os seus planos de viagem, para evitar pro- blemas futuros e inconvenientes. Para viajar a Fernando de Noronha, por exemplo, há a TPA (Taxa de Preserva- ção Ambiental), que deve ser paga relativa ao número de dias em que permanecerá na ilha. A taxa é exponencial, e quanto mais tempo fica, mais cara ela é. O má- ximo tempo de permanência permitido na ilha para visitantes é de 30 dias. Em alguns casos, outros documen- tos podem ser utilizados no lugar do visto. É o caso de cartão de residência, tempo- rário ou permanente, laissez-passez, entre outros. Todos estes documentos têm o va- lor equivalente ao do visto. Os únicos países para os quais o brasileiro poderá viajar somente com seu RG, sem necessidade de passaporte, são: Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Chi- le e Peru. Mais um motivo pelo qual você deve buscar a representação do país aonde quer
  • 33. 33 ir: alguns países exigem do visitante uma quantidade mínima de dinheiro em mãos para permitir a entrada. Agora, além de passaporte e visto válidos e dinheiro, alguns países também exigem do visitante declarações de boa saúde e caderneta de vacinas para permi- tir a entrada. A Índia, por exemplo, apenas permi- te a entrada de um brasileiro que possua vacina contra a febre amarela. A vacina é válida por 10 anos e o país exige que o visitante seja inoculado com uma antece- dência mínima de 10 dias a data prevista de entrar no país. Enfim, seu corpo precisa deste tempo para desenvolver os anticor- pos combativos à doença. Portanto, nada de tomá-la ao chegar ao aeroporto para embarcar. Lembrete importante: o Certificado Internacional de Vacinação (CIV) é emitido pela Anvisa . Mais informações sobre os cuidados que devem ser tomados antes de viajar em www.anvisa.gov.br/paf/viajantes/ antes_viajar.htm. É importante que faça uma pesquisa com- pleta dos casos em que atestados de saú-
  • 34. 34 de e vacinas são necessários para garantir uma viagem tranqüila. À parte de todas estas exigên- cias observadas até agora, ainda há do- cumentação de suporte necessária para a permissão de entrada ao destino e até seguro-saúde obrigatório ao viajante. São exemplos de documentos de suporte: os vouchers de hotel (um certificado que as- segura crédito com futuras despesas em mercadorias e serviços emitido pelo hotel), carteira de motorista internacional, cartão de visita (em caso de viagens de negó- cios), carteira de membro de associação profissional, comprovante de matrícula de instituição de ensino, entre tantos outros. Todos deverão ter as originais, em mãos, para apresentar às autoridades quando solicitados. Para finalizar este capítulo, quere- mos citar o bem-sucedido primeiro caso no mundo de extinção de fronteiras nacionais para estimular a livre circulação de pesso- as e mercadorias: a União Européia (UE). Há quase nenhuma burocracia para sair de um país e entrar em outro, por qualquer via de transporte. Naturalmente que para
  • 35. 35 aproveitar ao máximo este benefício, você deve possuir alguma cidadania européia, de país que pertença à comunidade. No entanto, para os brasileiros há o schengen visa. O acordo de Schengen, apesar de distinto do acordo da EU, é uma conven- ção entre países europeus para permitir a livre circulação de pessoas pela Europa. Em 15 países da Europa não há burocra- cia para transpor fronteiras nacionais. Há ainda em alguns casos a possi- bilidade de obter um visto de trânsito. Ou seja, o país emite um visto que apenas permite ao passageiro permanecer por até 72h (pode variar) antes de embarcar para o país de destino. Desta forma, ele fica em trânsito neste país até pegar o próxi- mo vôo. Consulte seu agente de viagens ou o departamento de reserva da empresa aérea para saber se este procedimento é aplicável. Aqui, oferecemos nosso primeiro check-list, a lista de verificação que te aju- da a lembrar de pesquisar tudo que é im- portante sobre documentação de viagem: - Passaporte ou RG?
  • 36. 36 - Qual a data de validade do seu(s) passaporte(s) atual(is)? - Vistos de entrada ou trânsito? - Cartão de residência para estran- geiros? - Vacinas? Atestados de saúde? - Seguro-saúde é obrigatório? - Quantidade mínima de dinheiro? - Documentos de suporte (cartão de visita, voucher de hotel, comprovante de matrícula, carteira de motorista)?
  • 37. 37 Fazer a reserva4 Este capítulo é muito importante, e extenso! No fim há um guia rápido, um checklist que cobre todos os pontos que você deverá lembrar para uma reserva bem-feita. Oi, qual o seu nome? Para fazer uma reserva, a primeira coisa que deve fazer, por mais incrível que pareça, é escolher um nome! Sim, nós ex- plicamos o porquê. 1º caso: mulher recém-casada. O noivo se sentiu tão orgulhoso de passar seu sobrenome à noiva amada que ao fa- zer a reserva, 9 meses antes de casar, es- queceu de pensar que no passaporte dela ainda não constaria a mudança do nome assinada com choros de alegria e a pre- sença de tantas testemunhas. E ao chegar ao aeroporto descobre um erro considera- do grave pelas autoridades: o nome escrito na passagem difere do nome presente no documento. E dor de cabeça bem no co-
  • 38. 38 meço da lua-de-mel! 2º caso: citamos no capítulo anterior que, em casos de dupla nacionalidade, al- guns países dispõem de regras para o re- gistro de nomes de seus cidadãos. Este caso é ainda mais sutil, porque gera a dú- vida no passageiro de qual nome deverá utilizar, entre os dois genuínos que possui. Enfim, a nossa sugestão é sempre fazer a reserva com o nome escrito no passaporte que utilizará ao desembarcar no destino. Exemplo: um brasileiro, com dupla cidada- nia alemã, viajando para a Grécia, entrará no país utilizando o passaporte alemão, e não o brasileiro. Então, deve fazer a re- serva com o nome descrito no passaporte alemão. Curiosidade: todos aqueles que tra- balham com turismo adotaram o Código Fo- nético Internacional para soletrar palavras. Este código padronizou a soletração, mes- mo em países diferentes. As companhias aéreas e agências de viagem também o utilizam. Sabe a dificuldade de entender “C” de “casa” e “B” de “bola”? Muito bem, aqui está o Código Fonético Internacional:
  • 40. 40 Com este código, ao soletrar “Al- meida” a alguém, você diria: “alfa-lima- mike-eco-índia-delta-alfa”, e assim, teria certeza que sua reserva foi feita certa. Em caso de nomes compostos, é possível escolher o 2º nome. Ex: Maria Carolina – nome: Carolina. Mas, é essencial que seja descrito o último sobrenome. Ex: Maria Carolina Santos da Silva – nome na reser- va: Carolina da Silva. Os códigos são muito usados no setor. O volume de dados gerido por uma empresa aérea é gigantesco, e as compa- nhias usam códigos para diminuir o tama- nho das palavras, e assim economizar com a gestão do banco de dados. Para tudo há códigos, acrônimos e simplificações. To- das as companhias aéreas do mundo tam- bém possuem códigos alfanuméricos que as distinguem das outras. No capítulo 20, colocamos uma lista de códigos de empre- sas para sua curiosidade. Para Donde Vás? Depois de escolhidos o nome, o último sobrenome e o itinerário (termo da
  • 41. 41 aviação para roteiro da viagem), é impor- tante ter a certeza que os aeroportos es- colhidos são as melhores opções para você. Por quê? Porque algumas cidades do mundo possuem mais de um aeroporto internacional, e isto faz muita diferença! Imagina a confusão de um passa- geiro que viajará de Porto Alegre a Milão, fazendo conexão em São Paulo. Ele não perguntou e o agente que fez a reserva também não confirmou, mas o vôo que saiu de Porto Alegre pousará em Congo- nhas, na zona sul da cidade, a 35 km do aeroporto de Cumbica, que fica em Guaru- lhos, ao norte. Além da apurrinhação da troca de aeroporto, saindo com malas atrás de um táxi ou ônibus para levá-lo, o vôo pode ter chegado a São Paulo no meio da hora de rush, chovendo, que podem significar pre- ciosas 3 horas de trânsito e uma possível perda de vôo, tudo porque um “mero” deta- lhe passou batido durante a reserva. Imagine tudo isso acontecendo em um país aonde você nunca tinha ido antes, e ainda sem falar nada do idioma local? Re- ceita de confusão. Por isso é vital em uma
  • 42. 42 viagem aérea tranqüila, saber em quais aeroportos passará! Há uma lista dos có- digos de aeroportos do Brasil e do mundo no capítulo 20 – mais curiosidades! Milhas e milhas de qualquer lu- gar Forneça o seu número de milha- gem / fidelidade, caso a empresa ofereça este benefício. O número de milhagem não precisa ser, necessariamente, da em- presa aérea que utiliza no itinerário, decida qual gostaria de usar e pergunte ao agente se pode ser esse. What’s up DOC ? Tenha em mãos o passaporte e vis- to ou outro documento equivalente para a reserva, pois dados podem ser solicitados para o preenchimento no sistema. Para alguns países você tem que fornecer o en- dereço completo do local de permanência no destino, podendo ser o endereço do ho- tel ou da casa do amigo ou parente.
  • 43. 43 Alô? Tem alguém em casa? Também escolha o nome e o telefone de alguém próximo a você, para o caso de emergência. E é possível que te solicitem um número pessoal para contato, tanto no local de origem, quanto no local de destino, caso queiram entrar em conta- to com o passageiro. Janela ou corredor, senhor? Peça a configuração dos assentos no avião e solicite seu assento de prefe- rência. Sobre dicas de como escolher o assento veja o Capítulo 13. Pedir a reser- va de assento é a principal medida contra overbooking. Descubra também o tempo de duração do vôo e o avião utilizado na rota. Você é especial! Durante o ato da reserva, solicite serviços especiais para maior conforto de sua viagem. Passageiros idosos ou porta- dores de deficiência precisam de serviços
  • 44. 44 que lhe oferecem conforto e que eles este- jam prontos no momento em que chegam ao aeroporto, a exemplo da cadeira de ro- das. Estes serviços não são cobrados pe- las companhias aéreas. Por menores... Menores desacompanhados de- vem ter o serviço de acompanhamento so- licitado no momento da reserva. Em caso de viagens internacionais fique atento para a necessidade de autorização de viagem assinado por ambos os pais, que deve ter firma reconhecida! Consulte os procedi- mentos com a Polícia Federal antes de ir ao aeroporto. Em vôos comerciais, menores de cinco anos não podem ir desacompanha- dos. Deverá haver autorização de ambos os pais, se acompanhado por pessoa sem parentesco, ou do pai ausente, se de ape- nas um dos pais. A firma deve ser reconhe- cida em cartório. O serviço de menor de- sacompanhado é cobrado pelas empresas aéreas. Pesquise com antecedência os procedimentos corretos.
  • 45. 45 Poucos vivem de luz É também no ato da reserva que você deve solicitar refeições especiais, caso o vôo escolhido forneça alimentação. Passageiro de origem hebraica que deseja saborear a kosher ou um vegetariano que queira a certeza da opção de salada no menu, devem solicitar com antecedência à companhia aérea sua opção de preferên- cia. Pergunte as opções e o tempo neces- sário para prepará-las ao agente de reser- vas. Este serviço costuma ser gratuito. Cães, Gatos & Cia. Você ama seu bichinho de estima- ção o suficiente para levá-lo em suas via- gens? Então, se informe muito sobre isso! Existe uma série de regras e condições para levar o bichano, portanto, os proce- dimentos são restritos, complicados e lon- gos. Incluem atestado de saúde, vacinas e uma gaiola especial, denominada kennel e, claro, o valor pago pelo serviço. É essencial levantar a lista de pa- íses que NÃO aceitam o desembarque de
  • 46. 46 animais de estimação como bagagem, a exemplo da Inglaterra. Avigilância sanitária inglesa não só não permite o desembarque de animais de estimação em aeroportos ingleses, mas também os ELIMINAM SU- MARIAMENTE, por meio de incineração. Devo comentar o destino do teu bichinho por causa do descuido? Para evitar até risco de morte, pergunte tudo ao agente de reservas e tenha cuidado em dobro com os planos de viagem, porque hotéis também têm restrições. Enfim, algumas companhias aére- as aceitam animais de estimação na cabi- ne de passageiros em vôos internacionais. Nas demais, são todos transportados em uma parte especial climatizada do porão, chamada de bulk. Mala sem alça Com certeza você já pensava em nos perguntar qual a franquia de baga- gem? Boa pergunta! Simplesmente, não sabemos respondê-la, ao menos não mais! As regras têm mudado frequentemente. Por acordos internacionais, exis-
  • 47. 47 tiam 2 sistemas: o da franquia de bagagem que somava até 20 kg por passageiro, in- dependente do número de volumes. E ha- via o sistema de 64 kg por passageiro, di- vidido obrigatoriamente em 2 volumes de até 32 kg em cada. Agora tem franquias de até 23 kg por passageiro, tem cobranças de volume a partir do segundo que carrega, tem isso, tem aquilo. É melhor perguntar à empresa aérea. – Pode levar um só com 35 kg? - Pode! Mas é passível de cobrança de ex- cesso. Mas, além do peso, o tamanho da bagagem influencia a cobrança do exces- so também. Pesquise sobre as dimensões máximas permitidas no volume despacha- do. Consulte também o valor do ex- cesso. Ele pode ser bastante salgado! Enfim, fique atento. Os procedi- mentos sobre bagagem despachada mu- dam constantemente. Capitão Gancho e sua prancha
  • 48. 48 Mais um detalhe essencial: os amantes de esportes radicais e esportes praticados com armas. O transporte de itens especiais, a exemplo de pranchas de surf, wakeboard e arco-e-flecha são regu- lamentados e variam de empresa a empre- sa. Informe quais itens deseja transportar no ato de reserva e pergunte os procedi- mentos necessários e qual o valor do ser- viço, que é pago. Fique atento! Dependendo do ta- manho do avião, pranchas simplesmente não cabem no compartimento de carga. Tenha certeza que os vôos que pegará, in- clusive na conexão, admitem o transporte de itens especiais. Veja mais detalhes no Capítulo 7. Mercadorias Perigosas Os órgãos que regulamentam a aviação civil internacional estipularam uma lista de mercadorias perigosas à seguran- ça do transporte aéreo, e alguns dos itens das listas são condicionados para embar- car, outros são expressamente proibidos.
  • 49. 49 Vale a pena tirar dúvidas no ato da reserva, ou fazer uma pesquisa na internet sobre os itens proibidos para embarque no avião, para evitar constrangimentos ou pri- vações. Alguns itens você até pode des- pachar, mas nunca pode levá-los na mão, outros não pode nem despachar! Veja mais detalhes no Capítulo 7. Codeshare Ele é definitivamente uma das fon- tes de intensa confusão dos passageiros no mundo da aviação. Codeshare vem do inglês, e pode ser traduzido por “comparti- lhamento de código”. Mas, o que realmen- te significa é uma ação de marketing que promove um acordo operacional entre em- presas aéreas que as permitam comparti- lharem um mesmo vôo, uma mesma rota, um mesmo trecho. A companhia aérea que opera aquele vôo com seu avião e seu pessoal permite uma segunda companhia aérea a vender passagens a passageiros para voar naquele vôo, como se fosse o seu próprio. Este é o compartilhamento do vôo.
  • 50. 50 As companhias aéreas buscam este tipo de acordo para alcançar um dos principais objetivos de toda empresa do setor: vôos com 100% de ocupação dos assentos. Para a segunda empresa aé- rea, o codeshare é importante para alcan- çar outro objetivo importante: maximizar o lucro ganhando comissão por passagens vendidas nos vôos de outras empresas. O “código” contido na expressão se refere ao partilhamento do código in- ternacional da IATA, de duas letras, para definir a empresa aérea. No Brasil, na épo- ca da falência da Varig, a TAM e a Varig operaram por dois anos nesta parceria de codeshare, onde os aviões, e a venda de lugares, foram partilhados. Para intensificar o acordo e trazer mais benefícios ao passageiro, os benefí- cios referentes ao uso da milhagem podem ser convertidos em passagens gratuitas tanto em uma empresa, quanto na outra. Também podem ser utilizados para acesso às filas preferenciais no check-in e à sala VIP em aeroportos. Normalmente, os co- deshares não permitem o uso de benefício de milhagem para upgrades.
  • 51. 51 Mas, nem tudo é um mar de rosas, e os codeshares costumam ser fonte de muita confusão e incômodo ao passageiro na hora do embarque. A razão pra isso é que é difícil identificar um vôo codeshare, e não costuma ficar claro para o passa- geiro a diferença. E, de fato, não existe uma regra para identificar vôos codeshare. Não considerem isso uma regra descrita pelos autores, porque é só um indício de codeshare, mas normalmente, vôos com números muito altos (vôo número 6.000, 7.000 e assim por diante) podem ser ope- rado por outra empresa aérea, não aquela em que foi comprada a passagem. Outra forma de identificar codeshare na passa- gem é olhar na cópia do bilhete eletrônico, abaixo do número de vôo, uma “pequena- quase-oculta” informação de “operado por companhia X”. Mas, se informar durante a reserva é a melhor maneira de saber. Importante: pergunte onde deverá ser feito o check-in. Se deve ser feito na empresa em que com- prou, ou na empresa que viajará. Outro ponto que gera confusão nas viagens aéreas é a hora de partida e a hora
  • 52. 52 de chegada dos vôos. O problema princi- pal ocorre quando os vôos partem após a meia-noite. Se o vôo está marcado para a meia-noite e quinze (00h15min) do dia “13 de dezembro”, vá à noite do dia “12 de de- zembro” ao aeroporto para embarcar. Tarifas e Regras Acreditamos que você deve ter um curso-relâmpago nos fatores que influen- ciam o valor da tarifa em uma rota aérea. Tarifa representa o valor cobrado pela empresa aérea pelo serviço de trans- porte entre dois aeroportos, isento das ta- xas aeroportuárias, de segurança, gover- namentais e serviços acessórios (excesso de bagagem e seguro de conteúdo de ba- gagem). No entanto, a tarifa não é igual para todos os assentos do mesmo vôo, e vamos explicar detalhado os porquês. Grosso modo, a empresa aérea conclui que tal avião oferece 100 assen- tos. Então, na teoria a companhia sepa- ra estes 100 assentos em 10 lotes de 10 assentos cada e disponibiliza estes lotes à venda. Os primeiros 10 assentos serão
  • 53. 53 vendidos pela menor tarifa possível, mas também pelo maior número de restrições. Vendido o primeiro lote, o 2º lote será um pouco mais caro, com um pouco menos de restrições, e assim prossegue até estar no último lote, que apresenta a tarifa mais cara, mas sem restrição. Na aviação civil, quanto maior a an- tecedência, melhor, porque maior a chance de obter assentos “do primeiro lote”. Mas, tomara que seu planejamento funcione, porque se você quebrar uma restrição da tarifa, terá que pagar caro por isso, em for- ma de multa. A exceção é para “grandes feriados”, pois mesmo um ano antes da data a tarifa já é cara! Esses diferentes lotes são repre- sentados (adivinhe?) por códigos – uma letra do alfabeto. Normalmente, “Y” repre- senta a tarifa cheia (mais cara) da classe econômica, “T” representa bilhete adquiri- do com milhagem, “B” a segunda mais cara da econômica, “F” para a primeira classe (First class) e assim por diante. Entretanto, cada empresa aérea tem sua hierarquia de códigos para os lotes de tarifas.
  • 54. 54 Mudanças de data da viagem• Mudança de rota e itinerário• Pedido de reembolso• Pedido de endosso• Possibilidade de upgrades (pág. X)• Data e hora limites para efetuar a com-• pra da passagem após a realização da reserva Antecedência máxima à data do em-• barque para efetuar a compra da pas- sagem Para que você entenda o pensa- mento de um analista da empresa aérea, aqui estão alguns princípios da construção tarifária do setor, que levam em conside- ração: O avião utilizado: quanto maior o avião,• mais alto é seu preço, mais tripulantes e
  • 55. 55 equipe em terra precisa, mais combus- tível consome, e requer mais cuidado com a manutenção, mais equipamen- tos de apoio, mais espaço nos portões e mais tempo em solo. A distância entre os aeroportos, em mi-• lhas, que é a unidade-padrão do setor. Quanto maior a distância, mais alta a tarifa. A moeda utilizada no país ou território• incluído na rota. Pois, um vôo brasileiro para Londres exige altos custos de ma- nutenção por causa do câmbio da libra esterlina. Os impostos, taxas e contribuições co-• brados. A forma de pagamento habitualmente• utilizada pelos clientes. A utilização de cartões de crédito aumenta o valor da tarifa. Os benefícios oferecidos ao passagei-• ro. Desde refeições a sala VIP em ae-
  • 56. 56 roportos, e filas preferenciais no balcão de check-in. O preço praticado pela concorrência.• O preço da tarifa influencia muito a sua decisão de compra. Então, as empre- sas costumam analisar. Qual o valor máximo que o cliente está• disposto a pagar? O cliente que utiliza a rota é de lazer ou• de negócios? O que o cliente espera da prestação de• serviço da empresa? Quantas classes de serviço são ofere-• cidas no vôo? Tradicionalmente, há 3 níveis de serviços de companhias aéreas você po- derá optar por uma das classes: Classe Econômica: tarifas mais baixas,• porém, assentos pouco confortáveis,
  • 57. 57 com poucas alternativas para esperas em aeroportos, para alimentação e en- tretenimento durante o vôo. Classe Executiva: mais cara que a clas-• se econômica, há alternativas para a espera em aeroportos, prioridade em filas no balcão de check-in, prioridade na entrega de bagagens despachadas, opções mais variadas de alimentação e entretenimento durante o vôo. Primeira Classe: tarifa bastante eleva-• da, luxo e sofisticação no serviço ofe- recido, opções ainda melhores que a classe executiva. Há variações nos nomes dados às classes e quais são oferecidas no avião. Upgrades O upgrade vem do inglês, e define a substituição de uma classe de serviço no avião por outra considerada superior, mais confortável e luxuosa. O cliente pode op- tar por pagar a diferença ou usar milhas
  • 58. 58 para conseguir seu upgrade, mas há algu- mas situações especiais em que a empre- sa oferece o benefício, que serão vistas no capítulo 10. Passe a regua! Enfim, depois de passar muito tempo ao telefone fazendo sua reserva, chegou a hora de confirmá-la e encerrá-la. Reconfirme todas as informações com o agente. Especialmente, se todos os trechos estão confirmados, ou se estão em lista de espera. Às vezes, você pensa que sua reserva está ok, efetua a compra da passagem, e somente no aeroporto desco- bre que sua reserva está em lista, e que você tanto pode embarcar, quanto não. Mas, até aí já fez planos de viagem, pagou hotel, agendou carro alugado, conseguiu folga no trabalho. Assim, não dá! Confir- me todos os trechos ANTES de comprar a passagem, porque seus direitos apenas estarão garantidos se a reserva estiver confirmada. Localizador
  • 59. 59 Ao encerrar a reserva, será forne- cido um código, único, que identifica sua viagem em todo o sistema global da em- presa: o localizador. Trata-se de um códi- go, que pode ser alfabético ou alfanuméri- co, normalmente com 6 caracteres. Anote com cuidado seu localizador, e guarde-o com mais cuidado ainda. Ele será solicita- do caso queira fazer qualquer alteração na reserva, ou se decidir comprar a passagem algumas horas ou dias mais tarde. Ele também pode ser chamado de PNR (Passenger Name Record), ou em português, histórico do nome do passagei- ro). Checklist ATO DA RESERVA Confirme se o agente anotou certo seu• nome e sobrenome Informe o número de milhagem• informe o itinerário•
  • 60. 60 informe as datas de viagem• Informe a classe de serviço escolhida• Confirme os aeroportos• Confirme as datas• Certifique-se que os trechos estão con-• firmados no sistema Confirme horário de saída e chegada• dos vôos Pergunte o avião utilizado• Pergunte a configuração dos assentos• no avião e reserve seu assento de pre- ferência Pergunte a duração do vôo• Confirme se há refeições• Confirme valor da tarifa•
  • 61. 61 Confirme se todas as taxas estão inclu-• ídas e qual o seu valor Questione sobre vôos codeshare• Pergunte a franquia da bagagem• Informe telefones de contato• Informe nome e telefone de alguém• próximo, em caso de emergência Tenha em mãos o número do passa-• porte (caso solicitado) Tenha em mãos o endereço completo• no local de destino (caso solicitado) Solicite serviços especiais (em caso de• portadores de deficiência) Informe sobre itens especiais nas ba-• gagens (pranchas e skis, se houver) Informe sobre menores desacompa-• nhados (se houver)
  • 62. 62 Pergunte o procedimento para levar• animal de estimação (se o levar) Anote o código do localizador (em in-• glês, locator)
  • 63. 63 Escolhendo a companhia aerea5 Direto com a companhia aérea ou por meio de agências de viagens? Quando decidimos por viajar, po- demos optar por duas possibilidades: comprar as passagens diretamente com a empresa aérea, ou procurar um agente de viagens / agência de turismo. Essa escolha pode ou não ser relevante. Vamos estudar um pouco esses casos. Se você está em São Paulo e quer ir para Curitiba, é muito simples surfar na Internet e descobrir horários e preços, to- mar a decisão mais prática e efetuar a com- pra da passagem. Requer apenas alguma experiência de Internet e compras virtuais, além de tempo disponível. Nestes casos, uma agência seria desnecessária. Quando porém, envolve um vôo do Rio de Janeiro a Manaus e de Manaus para Parintins, com troca de empresa e, por conseqüência, uma conexão, as coi- sas podem ficar mais complexas.
  • 64. 64 O risco de um erro pode causar problemas. A escolha, no caso do exem- plo, de um vôo do Rio de Janeiro a Manaus deve ter “cronometrada” a chegada, de for- ma a viabilizar o embarque no segundo vôo, para Parintins. Um agente de viagens faria com facilidade esta operação, pela experiência de trabalho. As diferenças de valor na maior parte das vezes é mínima, ou nula, na op- ção de fazer a compra pela agência. Na verdade, é possível que a agência descole preços melhores, com descontos de tarifa, por saber eleger melhores rotas, dias, em- presas etc. Vale a pena enfim, fazer uma cotação, com uma agência. Recomendamos ainda mais a op- ção por uso de uma agência no caso de vôos para países distantes, com conexões internacionais. O risco de errar com fuso horário, documentos de viagem, franquias de bagagem, taxas de embarque, entre outros fatores, sobe exponencialmente. Porém, é possível fazer a compra diretamente, sem intermediários. Ainda é mais fácil quando se escolhe uma empre- sa com ampla malha viária. Por exemplo,
  • 65. 65 precisa ir a Hong-kong? Será relativamen- te fácil comprar uma passagem pela Bri- tish Airways, com vôo São Paulo / Londres, Londres / Hong-Kong. É a mesma empresa aérea por todo trajeto, e a complexidade cai bastante nestes casos. Basta comprar os bilhetes. Se comprar pela agência porém, o preço é basicamente o mesmo, pois quem paga o agente é a empresa aérea, com a vantagem de ter ajuda com as escolhas e ainda ser lembrado dos documentos e pre- cauções necessárias para viagem, a exem- plo de visto de trânsito ou vacina contra a febre amarela. Nosso veredito é de que viagens curtas domésticas, ou trechos internacio- nais com os quais está acostumado a fa- zer, uma agência pode não fazer diferença, mas na maior parte dos casos vale a pena consultar um agente de sua confiança. Vale salientar que tentar fazer so- zinho pode ser arriscado. Se você comprar passagens através de uma empresa aérea americana, por exemplo, vai precisar de visto americano. Sem ele, não vai poder transitar nos aeroportos de lá para reali-
  • 66. 66 zar sua conexão ao Japão, por exemplo! E como saber quais os casos? O agente responde. Qual Companhia Aérea? Mesmo que você opte por fazer sua compra em uma agência de viagens, poderá escolher uma empresa em detri- mento de outras tantas. Existem muitos fatores que podem influenciar sua escolha, e te ajudaremos enumerando alguns e ex- plicando sua importância. Segurança A preocupação mais constante dos viajantes é a segurança. Não estamos es- crevendo sobre bombas em sapatos ou lí- quidos perigosos, mas aquele velho medo de queda de aviões. Mas vale dizer que, por mais batido que seja, o avião é infinitamen- te mais seguro que diversos outros meios de transporte. Na verdade, é o segundo meio de transporte mais seguro, perdendo apenas para o elevador! No Brasil, tivemos mais de 1 milhão de vôos comerciais em
  • 67. 67 2007, destes apenas um se acidentou. De 1990 até 2008, foram três apenas os aci- dentes com mais de 50 vitimas fatais. O medo causado pelos acidentes aéreos é provocado pela mídia e a super exposição. Sempre nos choca a morte si- multânea de 200 pessoas. Mas, no trânsi- to é absurdo o número médio de mais de 20 mil vítimas anuais. Vale lembrar que no Brasil, nos últimos 20 anos morreram em acidentes aéreos quaisquer, 1.429 pesso- as ao todo! Em vinte anos, apenas mil e qui- nhentas pessoas. Neste mesmo período, no trânsito, os números foram de mais de 400 mil vítimas. Ou seja, a desproporção de tempo dedicado pela mídia aos acidentes aéreos é visível ao tempo dedicado aos acidentes de trânsito nas rodovias e cidades brasilei- ras. As horas e dias ininterruptos de trans- missão sobre o acidente da TAM em Con- gonhas em 2007, poderíamos até apostar, supera a soma do tempo de toda cobertura de acidentes de trânsito transmitidas na úl- tima década. Por isso, quando embarcar em
  • 68. 68 um avião, seja destemido. Você tem mais chance de morrer indo até a padaria. A escolha de empresas baseada em fator de segurança é quase sem rele- vância. As empresas nacionais são, sem exceção, exemplares e tradicionais pelo mundo afora nas questões de segurança aérea. Se estiver em dúvida, cheque a “lista negra” da União Européia. Nela cons- tam as empresas aéreas não recomenda- das por fatores de risco. No Brasil, a manu- tenção aeronáutica é imprescindível. Obviamente, há empresas com mais carinho e zelo pela questão. Dedicam mais verba, tempo e treinamento em se- gurança. A extinta Viação Aérea Rio Gran- dense (Varig antiga) era premiada pelo mundo na questão de segurança, sendo seu antigo departamento de manutenção, com oitenta anos de experiência, utilizado por mais de trinta empresas ao redor do mundo. Ainda hoje existe o despojo des- te departamento, sobre o nome de VEM, comprado pela TAP portuguesa no perío- do pré-falência. Atendendo empresas ao
  • 69. 69 redor do mundo, incluindo antigas concor- rentes diretas da antiga Varig. Seria prudente, entretanto, manter os olhos abertos apenas para os menores aviões, ou companhias regionais de pe- queno porte. Pontualidade A manutenção de aeronaves influi especialmente em um fator importantíssi- mo – a pontualidade. Se não se dedicas- sem à segurança, empresas precisariam atrasar ou cancelar vôos, devido a proble- mas técnicos, algumas vezes inevitáveis, outras porém totalmente evitáveis com um esforço maior de manutenção. Outro fator é o uso contínuo exces- sivo dos aviões, com pouco tempo de solo entre vôos. Pense que o avião que você embarcou pela manhã continuará em ou- tros vôos pelo Brasil no decorrer do dia. Se há um atraso de 10 minutos em cada vôo, ao final do dia, este avião pode estar até uma ou duas horas fora do cronograma. Por isso, cheque as empresas com maior pontualidade. Estatísticas podem ser
  • 70. 70 encontradas na Internet. Qualidade Já quando o assunto é qualidade, é tudo bem diferente. Há muito contraste, inclusive dentro de uma mesma empresa aérea. Voar um mesmo modelo de avião, com configurações diferentes, pode deixar claro ao viajante a diferença de qualidade. Primeiramente, é muito relevante o espaçamento dos assentos nas aerona- ves. Principalmente para quem é grande e alto. Nada mais frustrante que embarcar, e ao sentar, descobrir que seu assento é terrivelmente apertado, quase insuficiente para caber. Em um vôo de uma hora isso é suportável, mas estenda para três horas e seu humor e bem-estar escoam pelo ralo. Também concordariam imediata- mente os gordinhos sobre a importância da largura dos assentos. Mesmo que a estatura física do via- jante seja pequena, o espaço maior entre assentos torna a experiência de voar muito menos “claustrofóbica”. Um avião, no ato da compra, pode
  • 71. 71 ser “configurado”, e tem muito mais opcio- nais que um carro. Essa configuração pode incluir telas de cristal líquido individuais e assentos extras. Quer fiação para terminais de ali- mentação individuais (tomada para lap- tops)? Ainda bem que o ar condicionado é de série. O fato determinante, porém, é que com freqüência aviões são comprados de “segunda mão”. Não por questões de economia de preço necessariamente, mas pela disponibilidade baixa no mercado de aeronaves “zero km”, com grande fila de espera. Muitas vezes, é comprado um avião zero, mas é recebido outro “temporá- rio”, até ser fabricado o modelo pedido. No entanto, comprar um avião usado, com configuração limitada, talvez despadronize a frota de uma empresa aé- rea. O departamento de manutenção de empresas aéreas pode fazer adaptações, mas são restritas. Mexer com a rede de força por exemplo é muito delicado. Se não veio de fábrica, acessório muitas vezes não pode ser colocado depois, por questões de segurança.
  • 72. 72 Com a alta da expansão e deman- da de transporte aéreo em nosso País, empresas aéreas foram obrigadas a diver- sificar sua frota conforme a disponibilidade de aviões no mercado. Por isso, sua expe- riência de voar em um Airbus 330 ou um MD-11, em um 737-800 ou 737-300, pode ser bem diferente, mesmo na mesma em- presa. Outro fator relevante é o atendi- mento. Voar é o momento principal, mas é no check-in que o passageiro interage com mais intensidade junto à empresa aérea de sua escolha. Sendo assim, o bom atendimento da equipe de terra é muito importante para sua experiência ser completamente satis- fatória. Ninguém quer ter uma mala mal etiquetada, mandada para Rio Grande do Norte em vez de Rio Grande do Sul. Ou ser atendido com nome trocado, ter os do- cumentos mal checados e ser deportado e outras tantas situações vexatórias. A tripulação de vôo, sem sombra de dúvidas, pode também influenciar em muito sua experiência. Uma comissária que derruba bebida em seu colo faz par-
  • 73. 73 te das experiências não-desejadas, já um pouso suave e imperceptível vale a pena sentir. Infelizmente, estes fatores também podem oscilar dentro de uma mesma em- presa. Mas a diferença entre as concorren- tes é grande. Recomendamos que pergun- te a amigos e conhecidos, quando não o próprio agente de viagens, suas experiên- cias de vôo, para saber a melhor escolha de atendimento a bordo. Freqüências Um ponto importante na escolha da empresa é o numero de vôos para um dado destino. Empresas com apenas um vôo por semana a certa localidade podem sair perdendo para uma empresa, que apesar da pior qualidade de serviço, faça vôos diários. A mesma coisa ocorre com relação ao horário dos vôos. Um executivo que ne- cessita estar pela manhã em Brasília não pode pegar o vôo de uma empresa que saia ao meio-dia, descartando a escolha muitas vezes mais barata.
  • 74. 74 Então, ao escolher, lembre de che- car a disponibilidade de vôos e horários, pois este pode ser o fator definitivo da sua escolha. Conexões Como vimos anteriormente, nossas viagens podem exigir conexões no Brasil ou no exterior. Uma questão relevante na escolha da empresa aérea é a opção que exija menos conexões possíveis. Conexões são cansativas e au- mentam muito a chance de dar alguma coisa errada. A começar pela possibilidade de um atraso nos vôos provocar a perda da conexão. Isso é muito comum em cone- xões curtas, onde o tempo entre a chega- da de um vôo e a decolagem do outro é de menos de uma hora. Conexões também aumentam a chance de extravio de bagagem. A cada troca de aeronave, mais uma chance da bagagem se perder ou não chegar a tem- po. Em aeroportos muito movimentados, a bagagem pode demorar mais a chegar ao próximo avião, o suficiente para não em-
  • 75. 75 barcar no mesmo vôo que você. Outro fator importante: A franquia de bagagem nos vôos domésticos, é de 23 kg. Nos vôos internacionais, é de 2 ba- gagens de 64 kg, sendo cada uma com o máximo de 32 kg. Apesar de inúmeras variações de franquias existentes. Mas, o problema comum é o seguinte: Você mora em Salvador e vai para Nova York com a empresa aérea Continen- tal, partindo de São Paulo. Na compra da passagem doméstica, encontra o vôo mais barato pela Gol, de Salvador para São Paulo. Ao chegar ao Aeroporto de Salva- dor, suas bagagens de 64 kg são barradas pela atendente da Ocean Air, alegando que o peso é maior que o limite de 23 Kg. Você terá de pagar o peso de 41 kg a mais, sem choro. O mesmo ocorrerá no retorno ao Brasil. Portanto, é muito mais interes- sante escolher empresas com alianças e acordos entre si, ou ir com a mesma em- presa, se possível, ate o destino final. Se fosse uma conexão de dois vôos TAM, o problema com a bagagem não ocorreria. A
  • 76. 76 mesma vantagem existiria se a Ocean Air tivesse alguma aliança ou acordo interna- cional com a Continental. Programas de Milhagem Os programas de milhagem, larga- mente usados ao redor do mundo, são na verdade uma forma de fidelizar o cliente. Milhagem vem de milhas , a unidade-pa- drão de distância nos países de coloniza- ção britânica. Esta escolha de nome seria mais entendível por “programa de quilo- metragem”, por nós, adeptos ao Sistema Internacional de Unidades. Voe tantos quilômetros de avião com a gente e ganhe uma passagem. Grosso modo, esta é a lógica dos progra- mas. As empresas européias e americanas usam o sistema baseado em milhagens. No Brasil, atualmente, temos o programa Smiles, herdado pela nova Varig , baseado em milhas acumuladas (basta saber quantas milhas seu vôo percorre) e o programa de Fidelidade TAM que é ba- seado em pontos, por trechos, e não em distância percorrida.
  • 77. 77 São números diferentes de pontos, para trechos domésticos, ou internacio- nais, e por classe de serviço (econômica, executiva ou primeira classe). Em termos simples, de cada dez vôos nacionais, você ganha um. Isso significa que a toda compra na TAM você “receberá” 10% de desconto. Afinal, a cada 10 trechos você recebe um de graça. Vale a pena colocar na ponta do lápis na hora de pesquisar diferenças de preço entre as empresas, se ela oferecer um programa de milhagem. Mas, o programa só vale se você pretende viajar com certa freqüência ou fizer vôos internacionais, com acúmulo grande de pontos ou milhas. Ou se você gasta muito no cartão de crédito que tem o programa de milhagem de benefício. Caso contrário, não há vantagens de fato. Para o viajante freqüente, há a oportunidade de tornar-se “VIP”. Ao tornar- se “VIP”, devido ao grande acúmulo de mi- lhas / pontos, o passageira goza de uma série de vantagens. Há variações, mas entre as van- tagens há o aumento da franquia de ba-
  • 78. 78 gagem, acesso a sala “VIP”, prioridade de embarque, prioridade de check-in (fila es- pecial) e o eventual complimentary upgra- de (prioridade de transferências gratuitas para classes de serviço superiores, em ca- sos especiais), assim como prioridade de reacomodação em outros vôos ou empre- sas aéreas em casos de cancelamentos ou grandes atrasos. Alianças Mundiais Vale dizer que as empresas aéreas costumam integrar alianças aéreas. Nestas alianças, os pontos e milhas acumulados pelo cliente de uma empresa são unifica- dos para aproveitar benefícios em todas as empresas pertencentes àquela aliança, aumentando as vantagens pela escolha de um grupo em detrimento de outro. Estas alianças acima de tudo se baseiam na prá- tica de codeshare. O codeshare surgiu na década de 90, fruto de uma aliança entre a American Airlines (EUA) e a Qantas (Austrália). Nes- ta prática, uma empresa podia vender lu- gares no avião da outra, como se fosse um
  • 79. 79 vôo próprio. Depois desta experiência, sur- giram as demais alianças internacionais. É muito comum a existência des- tes acordos. Mas, o cliente pode sair per- dendo com a falta de informação. Imagine comprar uma passagem em vôo de sua empresa preferida e descobrir na hora de embarcar que na verdade está embarcan- do em outra? Vale manter o olho aberto e se informar em caso de dúvida. Decisão de compra Lembre que no final das contas a viagem aérea é apenas transporte. Chegar de um lugar a outro, na hora prevista, ín- tegro e com saúde. A praticidade fala mais alto. Segurança é commodity na maio- ria dos casos. Sobram então questões de qualidade e preço. Qualidade importa mui- to nos vôos mais longos. Em vôos rápidos, vale mais a disponibilidade de horários e preços, alem de claro, a pontualidade da empresa aérea Lembre também, que dedicar um tempo a planejar sua viagem com antece-
  • 80. 80 dência, você terá em mãos os melhores preços e bastante disponibilidade de lu- gares e horários para poder priorizar pela qualidade! Check-list: os critérios para a esco- lha da companhia aérea. - Aeronave utilizada, classes de ser- viço e configuração de assentos. - Preço x Programa de milhagem - Preço x Refeições a bordo - Freqüências diárias/semanais do vôo ao destino escolhido - Disponibilidade de horários ao des- tino escolhido - Conexões ou escalas? - As empresas escolhidas possuem acordos operacionais, alianças mundiais ou codeshare?
  • 81. 81 Comprando a passagem6 Bilhete eletrônico x bilhete de papel Hoje em dia, os bilhetes de papel estão em extinção no setor de aviação ci- vil. Além da demanda por práticas ecolo- gicamente corretas, o custo com o controle dos bilhetes de papel é alto e a possibilida- de de fraude com bilhetes roubados é uma constante. Para substituí-lo, desde 1996 as empresas têm desenvolvido o bilhete eletrônico ou e-tkt. (contração, em inglês, de electronic ticket). Sobre o bilhete eletrônico Obilheteeletrônicoéhospedadono sistema da empresa aérea. Para o passa- geiro, o maior benefício é não se preocupar com o bilhete depois de comprado. Você obtém um e-mail ou uma cópia em papel do seu bilhete, mas nem precisa levá-lo ao aeroporto. A única informação relevante para manter é o número do bilhete. Com
  • 82. 82 o número, seu bilhete pode ser encontrado de qualquer computador da empresa, em qualquer lugar do mundo. Além do número do bilhete, guardando com carinho o loca- lizador você não precisa carregar nenhum outro documento da empresa aérea. Reconfirmando a reserva antes de efe- tuar a compra Feitas as cotações com seu agen- te de viagem, ou com as diferentes compa- nhias aéreas que disputam a sua preferên- cia ao destino escolhido, é hora de comprar a passagem. A compra da passagem é a etapa mais importante da viagem aérea, não apenas porque representa a hora do dinheiro deixar as suas mãos, mas tam- bém porque as empresas aéreas conside-
  • 83. 83 ram na compra, a assinatura do contrato para o transporte aéreo. É aí que passam a valer todas as regras da tarifa acordadas pelo preço cobrado. Mas, reforçamos: é essencial que se reconfirme toda a reserva, inclusive certificando-se que todos os trechos foram confirmados em sistema, antes de efetuar a compra. Forma de pagamento Os cartões de crédito são ampla- mente aceitos por todas as empresas aé- reas. Para aproveitar benefícios de par- celamento da passagem, cartão de crédito é a melhor opção, já que pagamento com cheques é bastante restrito. No entanto, pela internet é possível realizar débito em conta, e dependendo da empresa, oferece até financiamento bancário. Já entre as agências existe a possibilidade que as em- presas aéreas não oferecem, de emissão de boleto bancário com alguns dias para pagamento.
  • 84. 84 Taxas de embarque As taxas de embarque são tributos cobrados pelo serviço público de seguran- ça e administração dos aeroportos. Paga- se taxas de segurança aeroportuária, uso dos sanitários, iluminação, sinalização, en- tre outros. Todos os aeroportos no Brasil, e acreditamos que em todo o mundo, co- bram taxas dos passageiros. Juridicamente, as taxas de embar- que são questionáveis no Brasil, porque por definição jurídica ela deve ser quantifi- cável, e é impossível medir quanto um pas- sageiro extraiu dos serviços de infra-estru- tura do aeroporto. Tampouco faz sentido o fato de a taxa de embarque internacional ser muito mais cara que a taxa domésti- ca, uma vez que a estrutura dos serviços é exatamente a mesma e imigração e recei- ta federal não são de responsabilidade do administrador aeroportuário. Apesar de na maioria dos casos as taxas estarem incluídas no valor final pago pelo bilhete, ocorre às vezes, de uma ou outra taxa não ter sido cobrada. Com o de- senvolvimento do bilhete eletrônico, estas
  • 85. 85 falhas têm sido cada vez menos recorren- tes, no entanto, vale a pena checar com o agente responsável pela emissão de pas- sagem se realmente estão inclusas todas as taxas de embarque, de todos os países incluídos no itinerário. Sobretaxa de combustível Em resposta à escalada do preço do petróleo, as companhias aére- as passaram a cobrar uma sobretaxa dos passageiros para minimizar os prejuízos com a aquisição do combustível das aero- naves. Não há regulamentação, tampouco padronização, e cada empresa decide o valor a ser cobrado Reembolso Éimportantecompraraspassagens apenas quando tiver certeza que viajará, porque a desistência torna o procedimento de reaver o dinheiro gasto uma verdadeira tortura. Primeiro, porque a maior parte das tarifas tem restrições ao reembolso, e ele vem cheios de multas e descontos, além
  • 86. 86 de ser demorado e restrito. É demorado por tomar no mínimo 30 dias para ocorrer. É restrito porque só pode ser feito por meio da mesma forma de pagamento utilizada. Se usou um cartão de crédito, o reembolso será realizado no mesmo cartão. Caso seja necessário o reembolso, entre em contato com o departamento de reservas da companhia aérea, seu agente de viagens ou a loja de passagens. PTA Os bilhetes eletrônicos estão ex- terminando os PTAs atualmente. PTA vem do inglês, e quer dizer Prepaid Ticketing Advice. O PTA é um procedimento para compra de passagem, no qual uma pessoa paga pelo bilhete para que outro passagei- ro possa voar de outro aeroporto. O PTA era uma facilidade oferecida pelas empresas aéreas para evitar que o comprador tivesse que enviar a passagem pelo correio, por exemplo, ao passageiro que viajaria de outra cidade. O bilhete ele- trônico excluiu a necessidade do bilhete fí- sico, e agora ninguém mais precisa andar
  • 87. 87 com o documento ou transportá-lo para uso..
  • 88. 88 Confirmando documentos Recomendamos que um mês an- tes da viagem cheque toda sua documen- tação. Separe uma bolsa ou pasta especial para mantê-los acondicionados de forma prática e segura. Se precisar tomar vacinas, este seria o melhor momento. A vacina de febre amarela o deixa “baqueado” por alguns dias, vale tomar com antecedência. Aten- ção à caderneta de vacinação, tem sem- pre de ser a internacional. Escrita em in- glês, normalmente de coloração amarela. Se estiver faltando documentos para viajar, providencie já! Alguns docu- mentos, a exemplo de visto e passaporte, podem não dar mais tempo para providen- ciar. Esperar é pedir para passar sufoco e estresse, muitas vezes em vão. Remarcar uma viagem pode sair muito caro, e até mesmo impossível sem dias de espera. Conhecemos casos de indisponibilidade Um mês antes de partir7
  • 89. 89 de remarcação por mais de um mês, estra- gando qualquer passeio. Para os menores desacompanha- dos de responsável, lembramos que as autorizações têm de ser de ambos os pais, autenticadas em cartório, e é imprescind- ível que tenham menos de seis meses da data da viagem. Planejando a Bagagem Já é hora de decidir aquilo que você levará na viagem, especialmente se for a lazer ou internacional. Dependendo das escolhas, cabe cuidado especial e pe- culiar. Se for levar uma prancha de surf, um violão, um cachorro, produtos tóxicos ou inflamáveis, etc. Vimos no Capítulo 4 que é necessário muitas vezes checar com a em- presa aérea, no ato da reserva, as pecu- liaridades de transporte e os cuidados es- peciais. Mas de todo jeito, a atenção maior é com a franquia de bagagem. Cabe lembrar que bebês de colo (menos de 2 anos) não tem direito à fran- quia.
  • 90. 90 Se você for passageiro “VIP” de alguma empresa aérea, pode receber “bô- nus” na franquia de bagagem. Confira an- tes de viajar, quais vantagens extras em relação à bagagem lhe confere seu cartão de fidelidade / milhagem. Você deve planejar sua “carga” le- vando em conta o limite de peso. Peque- nos excessos podem ser ignorados, mas querer levar 40 kg quando o limite é 23 kg, é bom se preparar para pagar o peso adicional. Se desejar fazer uma estima- tiva, pense que em média cada quilo custa 0,5% do valor da passagem econômica, tarifa “cheia” . Se levar cinqüenta quilos a mais, pode pagar 25% do valor de sua passagem promocional. Algumas empresas limitam o “tamanho” dos excessos a um máximo, que normalmente é bem alto. Bagagens frágeis não são de re- sponsabilidade da empresa aérea. Se você despachar uma TV 50”, cheia de adesivos de frágil e ela chegar destruída ao destino, sinto muito, a empresa lavará as mãos. Ju- ridicamente, não há muito que falar sobre isso, as empresas costumam levar a mel-
  • 91. 91 hor. Pode-se fazer seguro da baga- gem. Costuma ser caro e exige a nota fis- cal no momento do despacho, para fazer a apólice. Recomendamos evitar materiais frágeis no despacho da bagagem. É comum a concertistas, por exem- plo, pagar um lugar a mais no avião para seu instrumento, a exemplo do violoncelo. O mesmo vale para o seu computador lap- top (nos raros casos que for um desktop, compre as alças de transporte para levá-lo a bordo), evite despachá-lo. Já tivemos a experiência de enviar objetos frágeis, e chegarem intactos. Mas também já vimos pranchas de surf chega- rem rachadas, ou laptops com HDs parti- dos. Vale a precaução. Se enviar, deixe bem ostensiva a fragilidade e embale bem. Toda bagagem “especial” deve ter cuidado extra. São considerados “itens es- peciais”: bicicletas, wakeboards, botas de esqui, esquis, kite, windsurf, arco-e-flecha, caiaques, patins, varas de pescar, tacos de golfe, bote salva-vidas e bolas em geral (tem de estar vazias devido à mudança de
  • 92. 92 pressão do vôo). Espadas, mesmo que ornamen- tais, também devem ser levadas em con- sideração, pois não podem ir a bordo. En- tão precisam de embalagem especial para transporte no porão. Bicicletas normal- mente são aceitas como bagagem, mas os pneus devem estar vazios, pedais removi- dos e guidão alinhado ao garfo. Alguns objetos podem ser co- brados, ou não aceitos, mesmo que dentro de sua franquia de bagagem, a exemplo do windsurf e a prancha de surf. Empresas que operam aeronaves de pequeno porte não carregam objetos assim, por causa da falta de espaço no porão da aeronave. Outra dica, o limite de volumes é levado a sério. Não importa se são duas pesadas e uma quase vazia. O mesmo vale para a distribuição de peso. Uma de 50 e outra de 10 não são admitidas na maioria das empresas. Ou quer mesmo contar com a sorte de encontrar uma alma caridosa para te livrar dos excessos? O melhor, em última análise, é pe- gar uma fita adesiva grande e “amarrar” duas malas pequenas, para virar uma só.
  • 93. 93 Isto é meio primário, mas faz milagre com as mentes “quadradas” que implicam com o peso das bagagens. Pode também usar o “protec bag” nos aeroportos, e mandar empacotar 2 em 1. Assim três malas viram duas. Funciona na maior parte das vezes. Toda empresa aérea recomenda o transporte de objetos de valor na bagagem de mão. Essa recomendação é para evi- tar furtos de bagagem e danos a objetos frágeis, a exemplo de sua filmadora. Mantenha seu i-pod e sua máqui- na fotográfica na bagagem de mão. Jóias também. Mesmo que consiga provar que tais itens estavam na bagagem na hora do despacho, o preço pago em caso de furto é muito pequeno. É muito importante que cheque se há danos ou violação na mala assim que você pegá-la na esteira de desembarque. O código aeronáutico brasileiro alerta que “O recebimento da bagagem, sem protes- to, faz presumir o seu bom estado”. A melhor coisa é evitar o problema. Só na justiça para resolver casos de baga- gem violada ou roubada, pois os prejuízos sempre ultrapassam os valores indeniza-
  • 94. 94 tórios oferecidos pelas empresas. A mala de mão A mala de mão tem limite de peso de 5 kg em vôos domésticos e 10 kg para internacionais. As dimensões máximas são de 115 cm, devendo caber no compar- timento superior ou embaixo da poltrona da frente, e nunca nos corredores, no colo, no assento do lado etc. Instrumentos musicais podem ser aceitos por bagagem de cabine desde que o volume se enquadre no peso e dimen- sões da franquia permitida para bagagem de mão. Um cuidado moderno e indispen- sável são os objetos cortantes: tesouras, facas, alicates, canivetes, garfos, estiletes, navalhas, etc. Estes itens não podem ser transportados na mão em hipótese algu- ma. Devem ser despachados para não correr sério risco de perder seus produtos de higiene confiscados durante a inspeção de raio-x, na segurança. Atualmente, há uma regra exigindo o despacho de qualquer líquido com mais
  • 95. 95 de 100 mL para vôos internacionais. Isso mesmo! O seu creme especial de R$ 200 com 150 mL não poderá ser levado na mão, tem de ir na mala despachada. Caso con- trário eles vão apreendê-lo no embarque, sem choro. Estão sujeitas a esta restrição ex- agerada as substâncias líquidas, incluindo gel, aerossol, pasta, creme, e similares na bagagem de mão. Todos os líquidos de- vem ser colocados em frascos com tampa e capacidade máxima de 100 ml, em uma embalagem (saco) plástica transparente vedada, com capacidade máxima de 1 litro, não excedendo as dimensões de 20 X 20 cm. Caso contrário, não podem ser transportados. Os frascos devem ser acondi- cionados dentro da embalagem plástica transparente completamente vedada. Só permitem uma embalagem por pessoa. Deve apresentar na inspeção do raio-x, de forma visual, separada do resto da baga- gem de mão. Conforme regulamentação inter- nacional, estes outros itens também não podem ser transportados como bagagem
  • 96. 96 de mão; fósforos e isqueiro (para ser carre- gado junto de você); materiais magnéticos, oxidantes, radioativos, polimerizáveis, gases comprimidos, lâmpadas de Flash, armas de fogo, armas brancas, explosivos, munições e fogos de artifício, líquidos e sólidos inflamáveis. Para finalizar, escolha malas com rodas. Elas podem te prevenir dores e desconfortos. Mercadorias perigosas Existe uma extensa lista de objetos que são considerados como não passíveis de despachar. Sabe aquela maravilhosa pinga de alambique que comprou para o seu amigo mexicano? Pode ser barrada se não apresentar a graduação alcoólica no rótulo. São de transporte restrito: Explosivos, armas, munições ou fogos• de artifícios. Gases comprimidos (inflamáveis,• não-inflamáveis e/ou venenosos):
  • 97. 97 aerossóis. Líquidos inflamáveis: recarregadores• de isqueiros, tintas e dissolventes. Sólidos inflamáveis: fósforo, artigos de• fácil ignição, combustão espontânea ou que ao contato com água emitam gas- es inflamáveis. Isqueiros de qualquer tipo estão proibidos de embarcar em malas despachadas e ou de mão para os EUA. Materiais oxidantes.• Venenos e substâncias infecciosas.• Material radioativo.• Materiais Corrosivos, mercúrio (ter-• mômetros), ácido, pilhas. Materiais magnetizados e outros artigos perigo- sos. Garrafas de oxigênio.• Substâncias líquidas. Barômetros,•
  • 98. 98 manômetros e fotômetros. Há restrições ao gelo seco, na questão• de quantidade. Escolhendo a mala Malas de viagem podem fazer muita diferença no seu bem-estar. Escol- her a mala errada pode trazer vários prob- lemas: perda de pertences, dor na coluna, roubo, danos etc. Uma boa mala garante a integridade e evita contratempos. Vejamos o porquê. As malas nos aeroportos costu- mam transitar em esteiras automáticas. Cansamos de ver estas inofensivas estei- ras “devorar” bagagens. Sabe aquela mala bem “gorda”, de tecido fininho, que quase parece um saco? Basta uma bordinha de tecido, uma alça, prender na esteira, e suas “entranhas” são jogadas para todos os lados. E lá se vai sua bagagem e parte de seus pertences. Ou sua bela mala de zíper? Bas- ta uma caneta enfiada no meio do zíper fechado e se consegue abrir e expor todo
  • 99. 99 o conteúdo de sua mala para ser levado pelo ladrãozinho de bagagem. Depois bas- ta correr o fecho e pronto! Nem se perce- be o arrombamento. Não importa se tinha cadeado ou lacre. Por isso as melhores malas são de “capa dura”, com mecanismo de trava, sem zíper. São talvez menos “maleáveis” para socar conteúdo, mas bem resistentes e seguras. Se for levar uma mala com alças, tranque-as ou amarre-as na hora de despachar, evitando ficarem presas na es- teira e rasgarem sua mala ao meio. É sim- ples, rápido e faz toda diferença. Despachar sacolas é muito inse- guro. Se for o caso, enrole todo o pacote com fita adesiva. Sacolas sempre rasgam na esteira ou no manuseio dos operadores de bagagem. São fáceis de permitir o furto de conteúdo. Melhor levar caixas (cuidado com limite de volume ou restrições para o transporte de caixas). Malas com puxador também são bastante práticas, mas fique de olho na qualidade da marca. Marca “desconheci- da” tem a qualidade muito baixa, e muito
  • 100. 100 rápido quebra-se as rodinhas e estraga-se a trava do puxador. E malas com rodinhas, sempre! Mesmo uma mala leve pesa 5 kg. Carregá-la unilateralmente trará muito desconforto e possíveis dores. Rodas nas malas ajudam muito! Depois de escolhida a mala, lem- bre de identificá-la com nome, endereço, telefone etc. Isso facilita muito a localiza- ção da mala, em caso de extravio. Animais de estimação Não é todo animal que pode ser le- vado no avião com você. Na verdade, só gato e cachorro, e não é em todos os casos. No restante das vezes, terá de despachar seu bichinho como carga, no setor de car- ga das empresas aéreas ou transportado- ras, com um procedimento especial e em separado de sua viagem. O seu cachorro ou gato, dependendo do tamanho e do tempo de vôo, pode ir para a cabine princi- pal, mas dentro de uma gaiola da qual não pode sair um momento sequer, e dopado pelo veterinário (com atestado de prova, a ser apresentado no check-in).
  • 101. 101 Se for um animal grande, o des- tino é o porão da aeronave, em um com- partimento especial, onde será mantido o “clima” e “atmosfera”. O animal precisa de uma série de documentos, inclusive per- missão da empresa que você escolher. Não são todas as empresas que aceitam levar animais na cabine ou até mesmo no porão. Um truque, ou cuidado especial, é avisar ao chefe-de-equipe (comissário principal), que há um animal vivo no porão, e pedir para avisar ao comandante. O motivo é simples: a equipe que ficará em terra é responsável por informar o coman- dante sobre a presença de um animal no porão. Mas, por erro interno, a informação pode não chegar ao comandante. Se isso ocorrer, a climatização não será ligada no porão, e isso faria seu pobre animalzinho não resistir ao frio e falta de oxigênio. Esteserrossãoraros,masachance existe. Há uma vida em jogo. Avise! Confirmando ou alterando a reserva O sistema de informação de reser-
  • 102. 102 va, nas empresas aéreas, pode “dar pau”. Ocorrem, eventualmente, erros no registro de sua reserva, e ela “cai”, ou seja, parte da informação é acidentalmente apagada do sistema. Desta forma, o passageiro não constará na listagem do vôo comprado. Para impedir este problema, ligue para confirmar sua reserva e os dados de assento, refeições especiais, bagagem diferenciada, aeroportos de conexão etc. Se não tiver ainda se informado sobre uma refeição ou condição especial, aproveite a ligação. Se precisar alterar a data da via- gem, este é o momento ideal para remar- car. A mudança normalmente implica em multa, como visto no capítulo 4. Essa mul- ta pode ficar ainda mais salgada caso não esteja disponível a mesma tarifa que você comprou para a nova data. Você será cob- rado pela troca de tarifa também. Quanto mais você demorar para remarcar, menos tarifas baratas estarão disponíveis, e mais complicada ficará sua situação. Pode até mesmo dobrar o preço da passagem na remarcação “em cima do laço”.
  • 103. 103 Cancelando a viagem Se precisar cancelar a viagem, faça antes da saída do vôo marcado. Antes! Mais uma vez: antes! Tarifas promocionais implicam na famosa “taxa administrativa”, onde um valor ficará retido no cancela- mento da passagem. É como a multa de remarcação. Esta multa é BEM maior se cancelada a passagem após a saída do 1º vôo comprado. Estes valores podem variar con- forme a tarifa e o trajeto, mas são sempre “salgadas”. Em casos de “super” promoção até inviabilizam o reembolso, é como jogar dinheiro no lixo. Portanto, fique de olho no ato da compra para restrições de tarifa se você está comprando sem estar muito certo se vai ou não.
  • 104. 104 Oferecemos uma lista prática de itens que devem ser revistos ou realizados para ga- rantir uma viagem aérea tranqüila e com- pleta: Bagagem Pesquise o que é proibido para levar na• bagagem de mão . Consulte problemas para desembarcar• com itens in natura: frutas, frutos do mar, verduras, amostras de madeira, laticínios etc. Liste os itens considerados perigosos• para o transporte aéreo e substitua aqueles que não poderá levar por out- ros permitidos. Separe as roupas sujas que quer levar• e as lave. Uma semana antes8
  • 105. 105 Não use as roupas limpas que quer le-• var. Existem seguros de viagem que cobrem• o valor perdido em caso de extravio da bagagem. A Assist Card é a mais con- hecida, e também oferece assistência médica no destino durante a viagem. Vale a pena uma cotação se for uma pessoa que aprecie segurança. O valor pago pelas empresas aéreas em casos de extravio é bastante irrisório. Vantagens de levar apenas mala de mão Dá menos trabalho para carregar.• Menor chance de furtos e roubos• Acaba com o risco de ser cobrado ex-• cesso de bagagem. Elimina o risco de ter sua mala perdida,• ao menos fora de seu controle. Extingue o risco de ter a mala danifi-•
  • 106. 106 cada. Mas, além disso: Poderá pedir acesso às filas preferenci-• ais no check-in. Check-in é mais rápido• Se o vôo for cancelado, é mais fácil a• reacomodação em outro vôo ou empre- sa aérea. Caso teu vôo esteja atrasado, será mais• fácil acomodar em outro vôo. Não precisará aguardar a bagagem no• desembarque, que chega a demorar mais de 1h, às vezes. Mais fácil conseguir carona!• Documentação Tire cópia simples dos seguintes documen- tos:
  • 107. 107 Passaporte1. RG2. Carteira de motorista3. Visto4. Vouchers de hotel5. Documentos de suporte6. Autorização para menores7. Reserva8. Bilhete eletrônico9. Roupas A primeira consideração impor- tante: qual o clima do destino na hora de chegada? Este é o grande “lance” para promover seu bem-estar! Durante vôos longos (acima de 3 horas) recomendamos que viaje vestindo calça. Não apenas porque a maioria dos passageiros costuma se vestir melhor para viajar, o que torna a calça mais adequada, mas também porque a privacidade, caso você durma durante o vôo, impede que deixe “suas partes à mostra” durante o sono. Use roupas confortáveis! Lembre- se também que os sanitários são apertados
  • 108. 108 em aviões, então evite usar roupas compli- cadas e difíceis de tirar. O ar condicionado do avião também está ligado no “super hiper frio”! Pense que na classe econômica o cobertor fornecido não é suficiente para mantê-lo aquecido. Leve agasalho. Use meias em bom estado de con- servação, para evitar constrangimento ao retirar o calçado. Aos homens, recomendamos usar roupa com muitos bolsos. Isto facilita o transporte dos diversos documentos de viagem. Além disso, já tratamos sobre os cri- térios de imigração dos países para a per- missão de entrada de visitantes, em vôos internacionais. Então, estar bem vestido auxilia na sua boa imagem e impressão. Pelo mesmo motivo, deixe em casa as roupas com dizeres ofensivos ou de cores vibrantes. É importante considerar o perfil da viagem. Viagens de negócios exigem roupas mais formais, ao contrário da infor- malidade das viagens de lazer. Também faz parte do perfil a duração da viagem. As malas preparadas para viagens de 15
  • 109. 109 dias ou de 3 meses são exatamente iguais, partindo do preposto que poderá lavá-las. A propósito, não confunda viagens de turismo com viagens de lazer, pois é in- completo. Por definição existe turismo de negócios, que inclui congressos, feiras e convenções. Enfim, dizer que o propósito da sua viagem é turismo está, ainda, incor- reto. Quanto ao calçado: separe 2 pares. Um será usado durante a viagem, o outro vai para a mala. E mais o chinelo. Se a vi- agem for de negócios, serão necessários 3: um para o trabalho, um para eventos e jantares de trabalho e outro para possíveis passeios e até esportes que pratique du- rante a viagem. Para as mulheres, será um para cada situação. Escolha cores versáteis e nunca leve mais de 05 pares. Lembre de considerar o Tênis Pé Baruel caso tenha mau cheiro nos pés. E Importante: não leve calçados novos! Cos- tumamos andar mais ao viajar, só faltava levar um que machuque o pé! Para viagens de negócios, deixe em casa as roupas justas ou curtas. Escolha roupas sóbrias e discretas. Talvez seja es-
  • 110. 110 sencial levar um ferro de passar portátil para garantir a boa aparência da roupa. Uma dica para substituir o ferro é pendurar as roupas amassadas no banheiro durante o banho quente. O vapor eliminará o problema! Outra dica legal é usar as etiquetas de bagagens das empresas aéreas para tirar “bolinhas e pêlos” das roupas! Sua cola é ótima para isso, sem estragar a roupa. E as roupas íntimas? Sempre con- sidere que o número de dias de viagem inclui o dia da partida, saindo de casa. Portanto, sempre leve um par de meias e roupa íntima a mais que o número de dias da viagem. Homens: escolha apenas cores de meias que combinem com os calçados que escolheu. Outra coisa importante para consid- erar é o local de estadia. Se for a um hotel, é mais fácil. Mas, se for à casa de amigos ou parentes, ou uma casa alugada, há mais itens que precisa levar. Por exemplo: deverá levar uma toalha para viagens de até uma semana, e duas para viagens por mais tempo que isso. Evite utilizar toalhas dos outros!
  • 111. 111 Outro ponto: num hotel não há prob- lema dormir com sua roupa íntima ou mes- mo nu. Já na casa de parentes isto é de- saconselhado. Então, deverá levar pijama. Leve também todos os artigos de higiene, incluindo xampu, condicionador, perfume, sabonete, desodorante e pasta de dente. É incrível o quanto eles podem ser úteis du- rante sua estadia na casa dos outros. Em alguns casos, será necessário inclusive le- var roupa de cama. Outros fatores fundamentais, em caso de viagens de lazer, pois todas exi- gem roupas específicas: Está frio ou calor? É praia ou montanha? Praticará esportes? Curtirá a vida noturna? Quanto às camisetas, blusas, saias ou bermudas, não leve uma para cada dia de viagem, a menos que sue muito! Po- demos te garantir que costuma se repetir
  • 112. 112 roupas enquanto está viajando, principal- mente em climas frios. A única exceção à regra é para os fumantes, pois a fumaça impregna na roupa de tal jeito que é impos- sível usá-la de novo sem lavar. Lembre-se, levar tudo possível para qualquer situação não é sinal de pessoa sensata e precavida. Carregar malas é chato demais, às vezes não tem lugar para guardar tantas malas aonde você vai e você não usa nem metade do que leva. Portan- to, pense e planeje as atividades que fará no destino antes de arrumar a mala. Detalhe: estar na praia ou em algu- ma embarcação no mar são as situações em que precisa de menos roupas de to- das. Sungas, bermudas e biquínis são as peças mais usadas durante o dia, e mais repetidas também. Lugares frios, apesar das roupas volumosas, também favorecem malas menores, pois se utiliza a mesma ja- queta ou similar quase todos os dias, vari- ando apenas o que está embaixo dela. De qualquer maneira, cuidado com exageros! Não seja econômico demais nas roupas porque pode haver pequenos acidentes: uma bebida derrubada na roupa, barro,
  • 113. 113 pó ou outras situações que se agarram na nossa roupa e não largam, para terminar com as opções do vestuário. Para reforçar o porquê de levar pouca rou- pa, outro lembrete: costumamos voltar de viagem com mais roupas do que fomos! Nada mais inspirador às compras que uma viagem! Quanto às cores e estilos, prefira cores neutras e roupas básicas que com- binem bastante! E que possam ser usadas noite ou dia! Se puder, leve muitas roupas de tecido que não amassem. Aeroporto Planeje um meio de transporte ao aero-• porto. Pesquise o mapa do aeroporto para• identificar a localização da empresa. Certifique-se se o vôo é codeshare.• Descubra os limites alfandegários e de• duty free shop.
  • 114. 114 Faça a declaração da Receita Federal• para artigos eletrônicos que levará, caso não tenha um posto no aeroporto onde embarcará. Se levar animais de estimação, separe• os documentos necessários. Ligue ao departamento de reservas da• empresa aérea e reconfirme a reserva. Destino Tenha moedas que são usadas no país• de destino . Pesquise os meios de transporte pos-• síveis para sair do aeroporto. Escreva na agenda o número de tele-• fone de parentes, polícia, consulados e embaixadas, hotel, meios de transporte e departamento de reserva da compan- hia aérea da cidade de destino.
  • 115. 115 Saúde Separe a caderneta internacional de• vacinas. Em caso de gestantes, obtenha o at-• estado médico. Consulte seu médico caso sofra de si-• nusite, rinite alérgica, dores de ouvido, enjôos ou outros distúrbios similares. Durante o vôo, o desconforto pode ser potencializado devido à mudança de temperatura e pressão atmosférica.
  • 116. 116 Dia da viagem9 Este capítulo é composto exclusiva- mente de check-lists, para auxiliá-lo a lem- brar de ter tudo em mãos antes de sair de casa. Roupas Calçados• Meias e/ou meia-calça• Roupa íntima• Ternos, tailleurs ou peças de gala.• Camisetas, blusas e tops.• Calças, bermudas, vestidos ou saias.• Cintos e/ou gravatas• Jaquetas, moletons, casacos, suéteres• e abrigos.
  • 117. 117 Gorros, cachecóis e luvas.• Higiene e beleza• Xampu1. Condicionador2. Sabonete3. Pasta e escova de dente4. Protetor solar5. Protetor labial6. Hidratante7. Desodorante8. Perfume9. Cotonete10. Fio dental11. Repelente de insetos12. Maquiagem e removedor13. Aparelho e lâmina de barbear14. Ziplocs, em caso de vôos internacio-• nais. Toalha• Pijama• Óculos escuros•
  • 118. 118 Chapéus e bonés• Sungas, bermudas ou biquínis.• Canga• Roupa de cama• Roupas especiais para a prática de es-• portes (tornozeleira, kimono, snorkel, neoprenes e dry fits). Acessórios (brincos, pulseiras, co-• lares). Bolsas versáteis• Artigos infantis• Fralda1. Lenços umedecidos2. Chupeta3. Brinquedos4. Talco e loção5. Creme anti-assadura6. Medicação7. Cobertor8.