SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 19
PERFIL DOS AGENTES
COMUNITÁRIOS DE SAÚDE
ACS: Aline Braúna
COMO INICIOU O PROGRAMA DE AGENTES
COMUNITÁRIOS DE SAÚDE?
• Já na década de 80 existiram várias
experiências em algumas regiões do
Brasil com agentes de saúde, mais na
área rural (nordeste do Brasil, São
Paulo).
Principais objetivos dos Agentes de Saúde na
década de 80:
• Proporcionar a extensão do atendimento aos problemas de
saúde da população rural, por meio da aplicação de
conhecimentos e execução de atividades específicas.
• Adotar uma visão global do indivíduo e seu papel na
comunidade.
• Incorporar um componente de discussão desses problemas
de saúde em função das condições gerais de vida da
população.
• Melhorar a capacidade da comunidade de cuidar da própria
saúde.
• Organizar a comunidade para lutar pela saúde.
• Contribuir na redução da mortalidade infantil e materna.
• Aumentar a proporção de mães que alimentam os filhos
exclusivamente ao seio até 4 meses de vida.
Como eram selecionados os
Agentes de Saúde:
• Eram escolhidos por indicação e votação
nas reuniões de moradores nos bairros,
após discussão dos critérios e
características do Agente de Saúde.
QUAIS CARACTERÍSTICAS DO AGENTE DE
SAÚDE ERAM ESPERADAS ?
(destaques de falas em reuniões de comunidade):
• Não fazer distinção entre as pessoas (tratar
todo mundo igual).
• Saber ler e escrever.
• Ser responsável.
• Ser maior de idade.
• Ter comprometimento com a comunidade.
• Ter boa vontade.
• Ter tempo.
CARACTERÍSTICAS ESPERADAS:
• Ser educado, calmo, atencioso.
• Ser decidido.
• Não beber.
• Ser morador do bairro.
• Não ser idoso.
QUEM FOI ESCOLHIDO?
• Pessoas que já eram conhecidas dos
moradores por desempenharem uma função
similar à esperada para o agente.
• Pessoas que desenvolviam atividades
comunitárias.
• Pessoas que já eram habitualmente procuradas
para prestar serviços como aplicação de
injeção, orientações em geral, curativos,
remédios e chás caseiros, etc.
RESULTADOS ALCANÇADOS:
• Ampliação do acesso das pessoas;
• Confiança depositada pela população;
• Atitude e compromisso evidenciado no trabalho;
• Melhoria de determinados indicadores
(cobertura vacinal, controle do câncer cérvico-
uterino, redução de doenças imunopreveníveis,
queda da mortalidade infantil por diarréia.
PROGRAMA NACIONAL DE AGENTES
COMUNITÁRIOS DE SAÚDE
• Iniciou em 1991 na região Nordeste.
• Integrar o agente à equipe, não apenas como
um elo entre o sistema de saúde e a população.
• Capacidade de resolver ou evitar parte dos
problemas que ocasionavam o
congestionamento do sistema de assistência à
saúde.
• Impactos positivos em diversos locais
• Contribuição dos agentes no combate à
epidemia de cólera.
OBJETIVO GERAL
• Transmitir informações e conhecimentos,
aumentando assim a capacidade da população
de cuidar da sua saúde.
• Proporcionar a ligação entre a comunidade e os
serviços de saúde locais.
• Ampliar o acesso à informação sobre saúde na
comunidade.
• Cooperar com a organização comunitária, no
trato com os problemas de saúde.
1994
DOCUMENTO DE ORIENTAÇÃO DO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
• Contribuir na redução da mortalidade materno-
infantil.
• Provocar a discussão da organização e ou
reorganização dos sistemas locais de saúde
• Um aglutinador de forças sociais para viabilizar
a criação e ou a implementação dos conselhos
municipais de saúde.
• Uma ponta de lança para mobilização e
organização das comunidades.
Principais propostas de
atribuição do ACS, desde 1991
• Estimular continuamente a organização
comunitária;
• Participar da vida da comunidade,
principalmente através das organizações,
estimulando a discussão das questões relativas
à melhoria da qualidade de vida;
• Fortalecer os elos de ligação entre a
comunidade e os serviços de saúde;
• Informar aos demais integrantes da equipe de
saúde da disponibilidade, necessidade e
dinâmica social da comunidade;
Principais propostas de
atribuição do ACS, desde 1991
• Orientar a comunidade para utilização
adequada dos serviços de saúde;
• Registrar nascimentos, doenças de
notificação compulsória e de vigilância
epidemiológica e óbitos;
• Cadastrar todas as famílias de sua área
de abrangência;
Principais propostas de
atribuição do ACS, desde 1991
• Identificar e registrar todas as gestantes e
crianças de 0 a 6 anos, hipertensos, diabéticos,
portadores de hanseníase, tuberculose (e em
Florianópolis, serão incluídos os idosos), por
meio de visitas domiciliares.
• Promoção e ações de saneamento e melhoria
do meio ambiente;
• Promoção da educação em saúde.
IDENTIDADE DO AGENTE
COMUNITÁRIO
Não se pretende que os Agentes
Comunitários de Saúde venham a substituir ou
preencher o papel de outros profissionais de
saúde que lutam no sentido de garantir uma
melhor assistência à população. Acredita-se que
por serem pessoas do povo não só se
assemelham nas características e anseios deste
povo como também preenchem lacunas,
justamente por conhecerem as necessidades
desta população.
IDENTIDADE DO AGENTE COMUNITÁRIO
(depoimentos de ACS)
• “Não substituir o papel de outros profissionais”
• “Conhecem a necessidade do povo”
• “É viver dia a dia a vida da comunidade”
• “É passar pela rua, pela favela, pelo barraco, e
sentir que o seu povo necessita do seu trabalho
e com o seu trabalho ele pode ajudar a viver
melhor.”
• “É conhecer todas as famílias, e sentir em todas
elas a sua família. É sentir que os filhos de
todas as mães são um pouco seus filhos.”
ATUAÇÃO DO ACS NO PSF
• Realizar mapeamento da sua área de
atuação;
• Visita domiciliar e acompanhamento
mensal das famílias;
• Participação no processo de
planejamento e programação local, junto
às equipes de Saúde da Família.
COMPETÊNCIA PROFISSIONAL DOS AGENTES
COMUNITÁRIOS DE SAÚDE
a) interagir com os indivíduos e seu grupo social, com
coletividades e a população;
b) respeitar valores, culturas e individualidades ao
pensar e propor as práticas de saúde;
c)buscar alternativas frente a situações adversas, com
postura ativa;
d) recorrer à equipe de trabalho para a solução ou
encaminhamento de problemas identificados;
COMPETÊNCIA PROFISSIONAL DOS AGENTES
COMUNITÁRIOS DE SAÚDE
e)levar em conta pertinência, oportunidade e precisão das
ações e procedimentos que realiza, medindo-se pelos
indivíduos, grupos e populações a que refere sua prática
profissional;
f)colocar-se em equipe de trabalho em prol da organização
e eficácia das práticas de saúde;
g) pensar criticamente seus compromissos e
responsabilidades como cidadão e trabalhador.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

SISTEMA UNICO DE SAUDE - RESUMAO
SISTEMA UNICO DE SAUDE - RESUMAOSISTEMA UNICO DE SAUDE - RESUMAO
SISTEMA UNICO DE SAUDE - RESUMAOJorge Samuel Lima
 
Aula saúde-da-família[1][1]
Aula saúde-da-família[1][1]Aula saúde-da-família[1][1]
Aula saúde-da-família[1][1]Monica Mamedes
 
Saude da familia
Saude da familiaSaude da familia
Saude da familiakarensuelen
 
Manual do agente comunitário de saúde
Manual do agente comunitário de saúdeManual do agente comunitário de saúde
Manual do agente comunitário de saúdeAlinebrauna Brauna
 
Estrategia de Saúde da Família (ESF) e Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NA...
Estrategia de Saúde da Família (ESF) e Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NA...Estrategia de Saúde da Família (ESF) e Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NA...
Estrategia de Saúde da Família (ESF) e Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NA...Mateus Clemente
 
Aula 1 saúde coletiva i slides aula - cópia
Aula 1 saúde coletiva i   slides aula - cópiaAula 1 saúde coletiva i   slides aula - cópia
Aula 1 saúde coletiva i slides aula - cópiaKarla Toledo
 
O papel do enfermeiro em Saúde Mental e Psiquiatria
O papel do enfermeiro em Saúde Mental e PsiquiatriaO papel do enfermeiro em Saúde Mental e Psiquiatria
O papel do enfermeiro em Saúde Mental e PsiquiatriaAliny Lima
 
Portaria 2.436 21 de setembro 2017 nova pnab
Portaria 2.436 21 de setembro 2017 nova pnabPortaria 2.436 21 de setembro 2017 nova pnab
Portaria 2.436 21 de setembro 2017 nova pnabNadja Salgueiro
 
1. Introdução pratica ESF e APS
1. Introdução pratica ESF e APS1. Introdução pratica ESF e APS
1. Introdução pratica ESF e APSLeonardo Savassi
 
Estratégia saúde da família
Estratégia saúde da famíliaEstratégia saúde da família
Estratégia saúde da famíliaRuth Milhomem
 
Atenção básica e redes de atenção à saúde
Atenção básica e redes de atenção à saúdeAtenção básica e redes de atenção à saúde
Atenção básica e redes de atenção à saúdeFelipe Assan Remondi
 

Was ist angesagt? (20)

SISTEMA UNICO DE SAUDE - RESUMAO
SISTEMA UNICO DE SAUDE - RESUMAOSISTEMA UNICO DE SAUDE - RESUMAO
SISTEMA UNICO DE SAUDE - RESUMAO
 
Aula saúde-da-família[1][1]
Aula saúde-da-família[1][1]Aula saúde-da-família[1][1]
Aula saúde-da-família[1][1]
 
Lei 8080.90
Lei 8080.90Lei 8080.90
Lei 8080.90
 
Apresentação atenção básica esf
Apresentação atenção básica   esfApresentação atenção básica   esf
Apresentação atenção básica esf
 
Saude da familia
Saude da familiaSaude da familia
Saude da familia
 
Aula 3 - SUS
Aula 3 - SUSAula 3 - SUS
Aula 3 - SUS
 
Historico sus
Historico susHistorico sus
Historico sus
 
Aula Introdutória de Saúde Coletiva
Aula Introdutória de Saúde ColetivaAula Introdutória de Saúde Coletiva
Aula Introdutória de Saúde Coletiva
 
Manual do agente comunitário de saúde
Manual do agente comunitário de saúdeManual do agente comunitário de saúde
Manual do agente comunitário de saúde
 
Estrategia de Saúde da Família (ESF) e Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NA...
Estrategia de Saúde da Família (ESF) e Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NA...Estrategia de Saúde da Família (ESF) e Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NA...
Estrategia de Saúde da Família (ESF) e Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NA...
 
SUS - Aula
SUS - AulaSUS - Aula
SUS - Aula
 
Aula 1 saúde coletiva i slides aula - cópia
Aula 1 saúde coletiva i   slides aula - cópiaAula 1 saúde coletiva i   slides aula - cópia
Aula 1 saúde coletiva i slides aula - cópia
 
O papel do enfermeiro em Saúde Mental e Psiquiatria
O papel do enfermeiro em Saúde Mental e PsiquiatriaO papel do enfermeiro em Saúde Mental e Psiquiatria
O papel do enfermeiro em Saúde Mental e Psiquiatria
 
Aula Saúde Mental
Aula Saúde MentalAula Saúde Mental
Aula Saúde Mental
 
História da saúde pública no brasill
História da saúde pública no brasillHistória da saúde pública no brasill
História da saúde pública no brasill
 
Portaria 2.436 21 de setembro 2017 nova pnab
Portaria 2.436 21 de setembro 2017 nova pnabPortaria 2.436 21 de setembro 2017 nova pnab
Portaria 2.436 21 de setembro 2017 nova pnab
 
1. Introdução pratica ESF e APS
1. Introdução pratica ESF e APS1. Introdução pratica ESF e APS
1. Introdução pratica ESF e APS
 
O trabalho do ACS.
O trabalho do ACS.O trabalho do ACS.
O trabalho do ACS.
 
Estratégia saúde da família
Estratégia saúde da famíliaEstratégia saúde da família
Estratégia saúde da família
 
Atenção básica e redes de atenção à saúde
Atenção básica e redes de atenção à saúdeAtenção básica e redes de atenção à saúde
Atenção básica e redes de atenção à saúde
 

Ähnlich wie Aula 5 perfil dos agentes comunitários de saúde

PSF PROGRAMA E SAUDE DA FAMILIA.ppt
PSF PROGRAMA E SAUDE DA FAMILIA.pptPSF PROGRAMA E SAUDE DA FAMILIA.ppt
PSF PROGRAMA E SAUDE DA FAMILIA.pptLucianaSousa469679
 
Apresentação ILPI - Maria Francisca (1).pptx
Apresentação ILPI - Maria Francisca (1).pptxApresentação ILPI - Maria Francisca (1).pptx
Apresentação ILPI - Maria Francisca (1).pptxAdmilsonSoares3
 
Bases legais na saúde pública
Bases legais na saúde públicaBases legais na saúde pública
Bases legais na saúde públicabel_c
 
Política Nacional de Atenção Integral á Saúde da Mulher
Política Nacional de Atenção Integral á Saúde da MulherPolítica Nacional de Atenção Integral á Saúde da Mulher
Política Nacional de Atenção Integral á Saúde da MulherKarina Pereira
 
Um Enfoque sobre Visita Domiciliar ao Idoso
Um Enfoque sobre Visita Domiciliar ao IdosoUm Enfoque sobre Visita Domiciliar ao Idoso
Um Enfoque sobre Visita Domiciliar ao IdosoKatia Dos Santos Barbosa
 
Apresentação do caps
Apresentação do capsApresentação do caps
Apresentação do capsAdriana Emidio
 
Seminário saúde coletiva enfermagem 8º período
Seminário saúde coletiva enfermagem 8º períodoSeminário saúde coletiva enfermagem 8º período
Seminário saúde coletiva enfermagem 8º períodoLaíz Coutinho
 
POLÍTICAS PÚBLICAS SAUDE DO IDOSO.pptx
POLÍTICAS PÚBLICAS SAUDE DO IDOSO.pptxPOLÍTICAS PÚBLICAS SAUDE DO IDOSO.pptx
POLÍTICAS PÚBLICAS SAUDE DO IDOSO.pptxNgelaNascimento11
 
POLÍTICAS PÚBLICAS SAUDE DO IDOSO.pptx
POLÍTICAS PÚBLICAS SAUDE DO IDOSO.pptxPOLÍTICAS PÚBLICAS SAUDE DO IDOSO.pptx
POLÍTICAS PÚBLICAS SAUDE DO IDOSO.pptxNgelaNascimento11
 

Ähnlich wie Aula 5 perfil dos agentes comunitários de saúde (20)

ACS 2.pptx
ACS 2.pptxACS 2.pptx
ACS 2.pptx
 
Trabalho sobre o Programa de Saúde da Família
Trabalho sobre o Programa de Saúde da FamíliaTrabalho sobre o Programa de Saúde da Família
Trabalho sobre o Programa de Saúde da Família
 
SlidesdoPSF.ppt
SlidesdoPSF.pptSlidesdoPSF.ppt
SlidesdoPSF.ppt
 
PSF PROGRAMA E SAUDE DA FAMILIA.ppt
PSF PROGRAMA E SAUDE DA FAMILIA.pptPSF PROGRAMA E SAUDE DA FAMILIA.ppt
PSF PROGRAMA E SAUDE DA FAMILIA.ppt
 
Aula1
Aula1Aula1
Aula1
 
Apresentação ILPI - Maria Francisca (1).pptx
Apresentação ILPI - Maria Francisca (1).pptxApresentação ILPI - Maria Francisca (1).pptx
Apresentação ILPI - Maria Francisca (1).pptx
 
Sp4 hupe-psf
Sp4 hupe-psfSp4 hupe-psf
Sp4 hupe-psf
 
Bases legais na saúde pública
Bases legais na saúde públicaBases legais na saúde pública
Bases legais na saúde pública
 
psf
psfpsf
psf
 
Política Nacional de Atenção Integral á Saúde da Mulher
Política Nacional de Atenção Integral á Saúde da MulherPolítica Nacional de Atenção Integral á Saúde da Mulher
Política Nacional de Atenção Integral á Saúde da Mulher
 
Um Enfoque sobre Visita Domiciliar ao Idoso
Um Enfoque sobre Visita Domiciliar ao IdosoUm Enfoque sobre Visita Domiciliar ao Idoso
Um Enfoque sobre Visita Domiciliar ao Idoso
 
Apresentação do caps
Apresentação do capsApresentação do caps
Apresentação do caps
 
Seminário saúde coletiva enfermagem 8º período
Seminário saúde coletiva enfermagem 8º períodoSeminário saúde coletiva enfermagem 8º período
Seminário saúde coletiva enfermagem 8º período
 
Serviços
ServiçosServiços
Serviços
 
POLÍTICAS PÚBLICAS SAUDE DO IDOSO.pptx
POLÍTICAS PÚBLICAS SAUDE DO IDOSO.pptxPOLÍTICAS PÚBLICAS SAUDE DO IDOSO.pptx
POLÍTICAS PÚBLICAS SAUDE DO IDOSO.pptx
 
POLÍTICAS PÚBLICAS SAUDE DO IDOSO.pptx
POLÍTICAS PÚBLICAS SAUDE DO IDOSO.pptxPOLÍTICAS PÚBLICAS SAUDE DO IDOSO.pptx
POLÍTICAS PÚBLICAS SAUDE DO IDOSO.pptx
 
Aula 1 sus resumido
Aula 1 sus resumidoAula 1 sus resumido
Aula 1 sus resumido
 
CAPS.pptx
CAPS.pptxCAPS.pptx
CAPS.pptx
 
Apresentação - Mapa Vivo: Conhecendo e Transformando o Cuidado em Saúde na "C...
Apresentação - Mapa Vivo: Conhecendo e Transformando o Cuidado em Saúde na "C...Apresentação - Mapa Vivo: Conhecendo e Transformando o Cuidado em Saúde na "C...
Apresentação - Mapa Vivo: Conhecendo e Transformando o Cuidado em Saúde na "C...
 
caps.pptx
caps.pptxcaps.pptx
caps.pptx
 

Mehr von Alinebrauna Brauna (20)

Pnab
PnabPnab
Pnab
 
Orientacoes coleta analise_dados_antropometricos
Orientacoes coleta analise_dados_antropometricosOrientacoes coleta analise_dados_antropometricos
Orientacoes coleta analise_dados_antropometricos
 
Livro completo senad5
Livro completo senad5Livro completo senad5
Livro completo senad5
 
Radis 131 web
Radis 131 webRadis 131 web
Radis 131 web
 
Copia de radis_129_23maio2013
Copia de radis_129_23maio2013Copia de radis_129_23maio2013
Copia de radis_129_23maio2013
 
O que são conferências 21.05.2012
O que são conferências 21.05.2012O que são conferências 21.05.2012
O que são conferências 21.05.2012
 
Pmaq
PmaqPmaq
Pmaq
 
Pmaq
PmaqPmaq
Pmaq
 
Violência sexual contra crianças e adolescentes
Violência sexual contra crianças e adolescentesViolência sexual contra crianças e adolescentes
Violência sexual contra crianças e adolescentes
 
Todo sentimento
Todo sentimentoTodo sentimento
Todo sentimento
 
Suas os desafios da assistencia social
Suas   os desafios da assistencia socialSuas   os desafios da assistencia social
Suas os desafios da assistencia social
 
Slides infanto completo
Slides infanto completoSlides infanto completo
Slides infanto completo
 
Saúde mental
Saúde mentalSaúde mental
Saúde mental
 
O papel do cuidador e seus aspectos psicossociais
O papel do cuidador e seus aspectos psicossociaisO papel do cuidador e seus aspectos psicossociais
O papel do cuidador e seus aspectos psicossociais
 
Mpcda
MpcdaMpcda
Mpcda
 
Histórico sobre o eca
Histórico sobre o ecaHistórico sobre o eca
Histórico sobre o eca
 
Politica de ad
Politica de adPolitica de ad
Politica de ad
 
Perguntas e-respostas-crack
Perguntas e-respostas-crackPerguntas e-respostas-crack
Perguntas e-respostas-crack
 
Palestra álcool
Palestra álcoolPalestra álcool
Palestra álcool
 
O que é violência sexual
O que é violência sexualO que é violência sexual
O que é violência sexual
 

Aula 5 perfil dos agentes comunitários de saúde

  • 1. PERFIL DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE ACS: Aline Braúna
  • 2. COMO INICIOU O PROGRAMA DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE? • Já na década de 80 existiram várias experiências em algumas regiões do Brasil com agentes de saúde, mais na área rural (nordeste do Brasil, São Paulo).
  • 3. Principais objetivos dos Agentes de Saúde na década de 80: • Proporcionar a extensão do atendimento aos problemas de saúde da população rural, por meio da aplicação de conhecimentos e execução de atividades específicas. • Adotar uma visão global do indivíduo e seu papel na comunidade. • Incorporar um componente de discussão desses problemas de saúde em função das condições gerais de vida da população. • Melhorar a capacidade da comunidade de cuidar da própria saúde. • Organizar a comunidade para lutar pela saúde. • Contribuir na redução da mortalidade infantil e materna. • Aumentar a proporção de mães que alimentam os filhos exclusivamente ao seio até 4 meses de vida.
  • 4. Como eram selecionados os Agentes de Saúde: • Eram escolhidos por indicação e votação nas reuniões de moradores nos bairros, após discussão dos critérios e características do Agente de Saúde.
  • 5. QUAIS CARACTERÍSTICAS DO AGENTE DE SAÚDE ERAM ESPERADAS ? (destaques de falas em reuniões de comunidade): • Não fazer distinção entre as pessoas (tratar todo mundo igual). • Saber ler e escrever. • Ser responsável. • Ser maior de idade. • Ter comprometimento com a comunidade. • Ter boa vontade. • Ter tempo.
  • 6. CARACTERÍSTICAS ESPERADAS: • Ser educado, calmo, atencioso. • Ser decidido. • Não beber. • Ser morador do bairro. • Não ser idoso.
  • 7. QUEM FOI ESCOLHIDO? • Pessoas que já eram conhecidas dos moradores por desempenharem uma função similar à esperada para o agente. • Pessoas que desenvolviam atividades comunitárias. • Pessoas que já eram habitualmente procuradas para prestar serviços como aplicação de injeção, orientações em geral, curativos, remédios e chás caseiros, etc.
  • 8. RESULTADOS ALCANÇADOS: • Ampliação do acesso das pessoas; • Confiança depositada pela população; • Atitude e compromisso evidenciado no trabalho; • Melhoria de determinados indicadores (cobertura vacinal, controle do câncer cérvico- uterino, redução de doenças imunopreveníveis, queda da mortalidade infantil por diarréia.
  • 9. PROGRAMA NACIONAL DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE • Iniciou em 1991 na região Nordeste. • Integrar o agente à equipe, não apenas como um elo entre o sistema de saúde e a população. • Capacidade de resolver ou evitar parte dos problemas que ocasionavam o congestionamento do sistema de assistência à saúde. • Impactos positivos em diversos locais • Contribuição dos agentes no combate à epidemia de cólera.
  • 10. OBJETIVO GERAL • Transmitir informações e conhecimentos, aumentando assim a capacidade da população de cuidar da sua saúde. • Proporcionar a ligação entre a comunidade e os serviços de saúde locais. • Ampliar o acesso à informação sobre saúde na comunidade. • Cooperar com a organização comunitária, no trato com os problemas de saúde.
  • 11. 1994 DOCUMENTO DE ORIENTAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE • Contribuir na redução da mortalidade materno- infantil. • Provocar a discussão da organização e ou reorganização dos sistemas locais de saúde • Um aglutinador de forças sociais para viabilizar a criação e ou a implementação dos conselhos municipais de saúde. • Uma ponta de lança para mobilização e organização das comunidades.
  • 12. Principais propostas de atribuição do ACS, desde 1991 • Estimular continuamente a organização comunitária; • Participar da vida da comunidade, principalmente através das organizações, estimulando a discussão das questões relativas à melhoria da qualidade de vida; • Fortalecer os elos de ligação entre a comunidade e os serviços de saúde; • Informar aos demais integrantes da equipe de saúde da disponibilidade, necessidade e dinâmica social da comunidade;
  • 13. Principais propostas de atribuição do ACS, desde 1991 • Orientar a comunidade para utilização adequada dos serviços de saúde; • Registrar nascimentos, doenças de notificação compulsória e de vigilância epidemiológica e óbitos; • Cadastrar todas as famílias de sua área de abrangência;
  • 14. Principais propostas de atribuição do ACS, desde 1991 • Identificar e registrar todas as gestantes e crianças de 0 a 6 anos, hipertensos, diabéticos, portadores de hanseníase, tuberculose (e em Florianópolis, serão incluídos os idosos), por meio de visitas domiciliares. • Promoção e ações de saneamento e melhoria do meio ambiente; • Promoção da educação em saúde.
  • 15. IDENTIDADE DO AGENTE COMUNITÁRIO Não se pretende que os Agentes Comunitários de Saúde venham a substituir ou preencher o papel de outros profissionais de saúde que lutam no sentido de garantir uma melhor assistência à população. Acredita-se que por serem pessoas do povo não só se assemelham nas características e anseios deste povo como também preenchem lacunas, justamente por conhecerem as necessidades desta população.
  • 16. IDENTIDADE DO AGENTE COMUNITÁRIO (depoimentos de ACS) • “Não substituir o papel de outros profissionais” • “Conhecem a necessidade do povo” • “É viver dia a dia a vida da comunidade” • “É passar pela rua, pela favela, pelo barraco, e sentir que o seu povo necessita do seu trabalho e com o seu trabalho ele pode ajudar a viver melhor.” • “É conhecer todas as famílias, e sentir em todas elas a sua família. É sentir que os filhos de todas as mães são um pouco seus filhos.”
  • 17. ATUAÇÃO DO ACS NO PSF • Realizar mapeamento da sua área de atuação; • Visita domiciliar e acompanhamento mensal das famílias; • Participação no processo de planejamento e programação local, junto às equipes de Saúde da Família.
  • 18. COMPETÊNCIA PROFISSIONAL DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE a) interagir com os indivíduos e seu grupo social, com coletividades e a população; b) respeitar valores, culturas e individualidades ao pensar e propor as práticas de saúde; c)buscar alternativas frente a situações adversas, com postura ativa; d) recorrer à equipe de trabalho para a solução ou encaminhamento de problemas identificados;
  • 19. COMPETÊNCIA PROFISSIONAL DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE e)levar em conta pertinência, oportunidade e precisão das ações e procedimentos que realiza, medindo-se pelos indivíduos, grupos e populações a que refere sua prática profissional; f)colocar-se em equipe de trabalho em prol da organização e eficácia das práticas de saúde; g) pensar criticamente seus compromissos e responsabilidades como cidadão e trabalhador.