Este documento discute os desafios da habitação e mobilidade na região de Lisboa, especialmente para os jovens. A habitação em Lisboa é cara e difícil de obter, forçando muitos jovens a viverem mais tempo com os pais. Além disso, a rede de transportes públicos na área metropolitana de Lisboa é ineficiente, tornando difícil para os jovens viverem fora do centro da cidade. A JSD Distrital de Lisboa quer propor soluções estruturais para estes problemas, como incentivos ao ar
4. A tónica do mandato Lisboa Forte marca inevitavelmente os objetivos da candidatura Esta-
mos Juntos. Em 2016 quisemos iniciar um caminho que visa condições aos jovens para se
emanciparem, focando-nos na Educação e no Emprego, em 2018 estas preocupações man-
têm-se atuais. Queremos dar corpo às ideias e propostas que lançámos nos últimos dois
anos, efetivando e aprofundando as nossas preocupações de sempre com a emancipação e
a conquista da independência de cada jovem.
Queremos que cada jovem que se emancipe tenha condições para o fazer com Qualidade de
Vida. A prossecução da felicidade e do projeto de vida de cada um são o foco da nossa ação
para o mandato 2018-2020 da JSD Distrital de Lisboa.
A qualidade de vida é ditada pela conjugação de múltiplos fatores. Aspetos como educação,
serviços públicos, saúde pública, economia, ambiente social e político ou o dinamismo
cultural são frequentemente alvo de avaliação em rankings internacionais, tal como a habi-
tação e os transportes, que queremos destacar e apresentar as nossas ideias nos próximos
dois anos.
Hoje, enfrentamos desafios ímpares na procura de uma casa para arrendar ou para comprar
e não dispomos de um sistema de mobilidade que satisfaça as condições dos milhões de
pessoas que vivem na Área Metropolitana de Lisboa.
Tendo em conta a realidade da habitação no nosso Distrito, temos sido forçados a viver mais
e mais anos na casa dos nossos pais, sendo membros de uma geração que não se consegue
emancipar. Nunca defenderemos a visão de que temos todos de viver no centro da Cidade
de Lisboa, onde tendencialmente a maioria trabalha ou estuda. Aliás, em muitas capitais
europeias, os centros da cidade não são efetivamente os sítios onde as novas gerações
conseguem aceder a Habitação.
No caso do nosso Distrito, o problema de procurar habitação longe dos centros urbanos são
as fracas acessibilidades e a ineficiente rede de transportes públicos. Este é um dos grandes
problemas do Distrito de Lisboa. Quem quer fazer política com impacto em Lisboa, tem de
colocar a Habitação e a Mobilidade como grandes bandeiras da sua atividade. É o que a JSD
Distrital de Lisboa fará nos próximos dois anos.
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5. Hoje, não só enfrentamos custos excessivos de habitação face ao salário médio da nossa
geração, como também, ao sermos forçados a residir longe dos centros nevrálgicos da
atividade económica, enfrentamos períodos demasiado longos de deslocação diária, com
redes de transportes obsoletas, pouco fiáveis, poluentes, caras e não integradas. E é esta
combinação de pressão sobre a habitação e fraca mobilidade, associada a salários médios
baixos, que dita a ameaça à nossa Qualidade de Vida.
Numa época em que as nossas cidades têm crescido, existe cada vez mais o desafio de
redefinir a zona urbana como polo de desenvolvimento e dinamismo, evitando os malefícios
tradicionais da poluição, tempos longos de viagem diária entre casa e o trabalho e perda de
qualidade de vida associada. Não é sustentável que a qualidade de vida seja atingida só para
quem tem condições para viver no centro de Lisboa, enquanto quem vive nos Concelhos
vizinhos está sujeito a fracas opções de mobilidade, frequentemente não sincronizadas,
pouco fiáveis e caras.
É desejável que a habitação seja descentralizada, para equilibrar a pressão imobiliária sobre
as zonas limítrofes de Lisboa. Mas a descentralização da habitação sem perda de qualidade
de vida só é possível com uma profunda reforma dos transportes na área metropolitana de
Lisboa. A reforma dos transportes, a sustentabilidade das nossas cidades e a reconquista da
qualidade de vida a que tanto ambicionamos também passam indubitavelmente pela
adoção de um Distrito Inteligente.
As Smart Cities continuam assim na nossa ordem do dia, porque queremos comunidades
desenvolvidas, modernas e inteligentemente geridas, utilizando a informação e os dados
que a Cidade emite com a vivência de cada um dos seus cidadãos. O desenvolvimento de
Smart Cities deve promover a integração das redes de transportes, a utilização responsável
dos recursos dos nossos municípios, a diminuição dos impactos que resultam de viver numa
grande Metrópole e a melhoria do serviço aos cidadãos e, consequentemente, da sua quali-
dade de vida.
A Cidadania continuará também uma área forte da JSD Distrital de Lisboa, porque um
cidadão só o é por inteiro quando se preocupa com a sua comunidade e acreditamos que na
Sociedade Civil existem respostas, movimentos e causas que merecem a nossa defesa,
valorização e incentivo. A JSD terá de ser sempre a juventude partidária da Sociedade, que a
defende e promove.
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6. Além dos novos desafios aos quais nos propomos, entendemos que “em projeto que vence,
não se mexe”, pelo que iremos continuar as nossas iniciativas de sucesso, a forma ímpar e
inovadora como comunicamos e potenciar as centenas de propostas que apresentámos nos
últimos dois anos. Queremos passar das “palavras aos atos” e continuar a batalhar nos temas
e bandeiras que já defendemos, seja na Educação, na Competitividade e Emprego, na
Cidadania ou na Coordenação Autárquica dos mais de 30 autarcas que a JSD tem hoje no
Distrito de Lisboa.
Com o nosso contributo, dinamização e dedicação, iremos também ajudar o PSD a ter suces-
so nos desafios eleitorais do próximo ano: as Europeias e as Legislativas de 2019. O PSD
poderá contar com uma JSD Distrital de Lisboa mobilizada para realizar o necessário virar de
página e devolver o caminho reformista, sustentável e de desenvolvimento ao futuro de
Portugal.
Entre 2016 e 2018, demos Força a Lisboa, no interior e mais importante, no exterior da JSD.
Hoje, acredito que Juntos iremos mais longe, iremos fazer história, iremos fazer deste o
melhor projeto de sempre na Distrital de Lisboa da JSD.
Estamos Juntos!
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8. A Habitação é naturalmente um dos pilares da emancipação jovem e nela culmina a nossa
independência. Os jovens portugueses são dos últimos a nível europeu a conseguir dar este
derradeiro passo para a sua emancipação.
A dificuldade no acesso à habitação é, no entanto, uma preocupação nacional e transversal
a todas as faixas etárias. A escalada de preços dos imóveis e rendas é explicada, em parte,
pela falta de oferta no mercado de arrendamento, dado que mais de 70% dos fogos estão
ocupados como casa própria, e pela estagnação da nova construção durante os vários anos
de crise. Em 2016, a quantidade de novas habitações iniciada ou terminada em Portugal foi
cerca de um terço da média internacional.
Todos sentimos que, hoje, o desafio no Distrito de Lisboa é crescente. Contudo, se é verdade
que, em média, se paga mais de renda ou pela compra de uma habitação no nosso distrito do
que antes da crise, também é um facto que somos a área metropolitana do país com maior
dispersão de preço de habitação entre concelhos. O arrendamento por m2 em Lisboa é duas
vezes mais alto do que em Mafra e a avaliação bancária das habitações também tem sofrido
fortes disparidades. Enquanto alguns concelhos recuperaram os valores pré-crise, concel-
hos como Oeiras ou Cascais estão 20% mais valorizados face a 2011.
Perante os problemas da habitação, em particular nos grandes centros urbanos, o Governo
propõe-se a influenciar e direcionar a oferta privada. A Nova Geração de Políticas de Habi-
tação proposta pelo Governo Socialista estabelece, por exemplo, que os proprietários que
aceitem arrendar imóveis com contratos de duração superior a 10 anos paguem 14% de IRS,
em vez dos atuais 28%. O alargamento do período de contrato não é, em qualquer um dos
casos, atrativo para a generalidade dos proprietários, sendo esperado que tenha poucos
efeitos práticos.
Enquanto se discutem inventivos pouco realistas e efetivos, é inegável que um lisboeta
pode deixar cerca de metade do seu rendimento na renda mensal e que para estudar se
alugam quartos por 350€ por mês. Também é verdade que o fluxo de estudantes e o cresci-
mento do Alojamento Local são parte da pressão sobre a habitação na cidade de Lisboa.
Independentemente dos motivos para a atual realidade da habitação no Distrito de Lisboa,
para os jovens, que ganhamos em média €750 euros, pagar 600€ por um T0 esmaga
qualquer objetivo de investimento e de poupança, condicionando também a nossa liber-
dade de escolha em termos de constituição de família.
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9. Ainda assim, não negamos o facto de o Turismo ter motivado, em larga escala, o dinamismo
económico e a reabilitação do edificado de Lisboa e das áreas circundantes. Não podemos
ser uma geração condenada a viver na casa onde nascemos, mas também não podemos
abdicar do desenvolvimento no nosso distrito. Na Habitação são necessárias novas respos-
tas, novos desafios, porque as respostas de sempre, conduziram-nos até aqui.
Vamos refletir nos
(des)equilíbrios entre
habitação permanente,
habitação temporária e
alojamento local que
competem no nosso
distrito, bem como analisar
as disparidades entre
concelhos.
Vamos apostar em
soluções estruturais de
realinhamento de incen-
tivos ao arrendamento
para habitação perma-
nente e à compra de
habitação por jovens.
Queremos criar uma
Agenda para a Habitação
que reflita a visão da nossa
geração.
Vamos aprofundar o
problema da habitação
de diversas óticas - de
quem é proprietário, de
quem é inquilino, de quem
é investidor e de quem é
turista, bem como de
quem tem contratos de
curto prazo e de quem
ainda está ao abrigo do
antigo sistema de arrenda-
mento.
Iremos avaliar as práti-
cas dos vários concelhos
de Lisboa e de outras
áreas metropolitanas
europeias que enfren-
taram os mesmos desafios,
como ponto de partida
para as soluções que
podemos equacionar para
o Distrito de Lisboa.
Acreditamos que as
Câmaras Municipais, a
Santa Casa da Misericór-
dia e as entidades
ligadas ao turismo e ao
investimento no imo-
biliário devem ser parte
das soluções, até pelos
benefícios que advêm da
fixação de jovens.
Os sistemas de subsid-
iação, apesar de meritórios,
não constituem por si só
soluções estruturais para a
generalidade dos jovens.
Queremos propor refor-
mas dos regimes de
subsidiação já existentes,
nomeadamente, o Porta
65, que atualmente assen-
ta em pressupostos
desfasados da realidade de
mercado.
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11. Durante o século XX, Lisboa cresceu além das fronteiras do município da Capital. Hoje, 1 em
cada 4 portugueses vive na Área Metropolitana de Lisboa e, ao contrário da tendência nacio-
nal, a percentagem jovem desta população tem aumentado. Assim, tendo em conta a eleva-
da concentração da população, a mobilidade a nível metropolitano deverá ser uma priori-
dade, sendo crucial para uma eficiente ocupação do nosso território e para a qualidade de
vida de todos os que vivem, estudam ou trabalho no nosso Distrito.
Consideramos também relevante refletir no facto de, entre 200 cidades do mundo consid-
eradas de pequena dimensão, Lisboa ser considerada a 9ª mais congestionada. Em média,
perdemos 40 minutos por dia no trânsito, tempo que nos retira qualidade de vida e marca
determinantemente a ineficiência na mobilidade da nossa capital.
Para que a habitação no Distrito de Lisboa seja descentralizada, viver nas zonas mais periféri-
cas da Área Metropolitana de Lisboa deverá permitir a deslocação pendular diária para o
trabalho de forma eficiente, rápida e ecologicamente sustentável, de forma a que possamos
optar por viver fora em qualquer ponto do Distrito sem perder qualidade de vida.
Cerca de 40% dos habitantes da área metropolitana desloca-se diariamente entre diferentes
municípios. Na vasta zona metropolitana na qual Lisboa está implantada, estas deslocações
implicam a necessidade de cobrir grandes distâncias de forma eficiente, conciliando os
serviços existentes em diferentes zonas. Resolver o problema da mobilidade em Lisboa é,
por isso, também caminhar para resolver o problema da habitação na Área Metropolitana de
Lisboa.
A atual rede de mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa e dentro da cidade de Lisboa
tem graves carências na sua capacidade, sustentabilidade, acessibilidade e fiabilidade. No
entanto, o caminho seguido tem sido exclusivamente o da deterioração das condições de
utilização do transporte privado individual em Lisboa, não tendo sido incrementada a oferta
coletiva para suprir as novas necessidades da população metropolitana ou para se constituir
como uma boa alternativa ao uso individual do carro.
As opções de transporte coletivo têm de ser verdadeiramente uma alternativa de qualidade
ao transporte privado individual. O transporte coletivo tem inúmeras vantagens, sendo
ambientalmente mais responsável, utilizando menos área e colocando menos barreiras
físicas. O transporte coletivo acessível e fiável é também o garante da coesão social e territo-
rial.
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12. Por esta ser uma questão tão importante para os jovens, e por só se conseguir resolver ao
nível metropolitano, tem que ser uma prioridade para a JSD Distrital de Lisboa.
É necessário promover um
debate aberto, descom-
plexado, com investi-
gação, estudo de mod-
elos comparativos a
nível internacional,
revele como a mobilidade
se interrelaciona com o
quotidiano e as opções de
vida dos jovens.
Proximidade:
Ainda existem
vastas zonas da
Área Metropoli-
tana de Lisboa
que estão isola-
das das linhas
principais do
transporte
coletivo. O maior
salto qualitativo
do sistema será
cumprido quando
todas estiverem
servidas por ele.
As expansões das
redes de trans-
porte mais
eficientes em
cada caso e a
aposta na coesão
entre diferentes
alternativas de
mobilidade são
cruciais.
Desta análise, onde queremos ouvir a opinião de todos os
agentes, devem resultar propostas de soluções para os
desafios da mobilidade coletiva no âmbito de uma
Agenda para a Mobilidade, que garanta a:
Fiabilidade: O
sistema de
transporte
coletivo deverá
oferecer um
serviço fiável,
sem percalços.
Devem procu-
rar-se formas de
dar ao sistema as
condições para
cumprir regular-
mente os com-
promissos e
manter condições
técnicas suste-
ntáveis.
Acessibilidade:
O sistema de
pagamento e
acesso ao trans-
porte tem que ser
profundamente
simplificado,
eliminando as
barreiras logísti-
cas, espaciais e
monetárias do
utilizador, entre
diferentes zonas e
tipos de trans-
porte, com
especial consider-
ação para a
gestão da mobili-
dade das famílias
que residem na
Área Metropoli-
tana de Lisboa.
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14. Dando corpo a um tema que tem vindo a ser fulcral para a JSD Distrital de Lisboa, queremos
continuar a dar destaque às Smart Cities. Pensar as nossas cidades para os desafios do futuro
responde às nossas principais preocupações: defender os interesses dos jovens e pensar um
Distrito que proporcione, a todos, uma melhor qualidade de vida.
Para nós, viver numa Smart City é sinónimo de viver melhor e de forma mais sustentável,
com uma utilização mais eficiente dos recursos. Vemos com urgência a necessidade de
tornar as nossas cidades sustentáveis, não só do ponto de vista ambiental, mas também em
termos da mobilidade. Deste modo, queremos manter no centro da discussão a inovação
tecnológica que beneficia a gestão do nosso espaço coletivo.
A abordagem das Smart Cities à gestão da Polis visa otimizar os serviços e aumentar a
capacidade operacional de forma eficiente e racional, melhorando não só os sistemas de
iluminação pública, rega e gestão de resíduos como também a recolha de dados de circu-
lação automóvel, estacionamento, otimização e calibração de sinalização rodoviária, entre
outros.
A análise e cruzamento de dados neste contexto tem um potencial infinito, afirmando-se
como uma das chaves para a melhoria da qualidade de vida de todos os que habitam espaço
urbano, bem como de poupanças significativas para os municípios. Por exemplo, a gestão de
resíduos gera poupanças de 40% nos custos de recolha de lixo, a iluminação inteligente
pode poupar até 60% do custo com eletricidade e a gestão de estacionamento pode evitar
até 30% do trânsito da cidade.
Chamar os Cidadãos a pronunciar-se sobre problemas que encontram no seu dia-a-dia e a
fornecerem informação que auxilie na organização do espaço público também continuam a
ser para nós uma prioridade, de modo a promover a inclusão, a participação cívica e a aproxi-
mação dos cidadãos aos decisores públicos na definição das escolhas que importam ao
futuro de todos.
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15. Acreditamos também na forte ligação entre a visão de Smart Cities e a Sustentabilidade
ambiental das nossas cidades, por isso iremos abordar a necessidade de harmonizar o
desenvolvimento económico com uma visão que respeite e preserve o meio ambiente,
porque queremos fazer do nosso Distrito uma referência Green a nível mundial.
As JSD Talks on Smart
Cities são já uma marca do
dinamismo da nossa
Distrital. Queremos man-
ter-nos na linha da frente
neste tema, diversificando
áreas de debate que
permitam ter uma aborda-
gem global na construção
de uma Smart City.
Pretendemos criar um Caderno sobre Cidades Inteli-
gentes, que reúna os principais objetivos de reconversão
das nossas cidades. Com este documento visamos
promover junto dos autarcas do Distrito e dos Depu-
tados eleitos na Assembleia da República a urgência
da reconversão das cidades e os nossos municípios em
cidades inteligentes para promover a sua sustentabilidade
e competitividade.
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17. O desenvolvimento de cada jovem, de cada cidadão é fortemente influenciado pela
Educação que tem desde criança, pelo acompanhamento ao nível da Saúde e pelo acesso à
Cultura ao longo da sua vida. Entendemos estas três áreas como fundamentais para o desen-
volvimento da cada individuo.
A Educação é uma das mais poderosas e eficazes armas contra um futuro acinzentado e por
isso mesmo mantém-se como prioridade estratégica da candidatura Estamos Juntos.
Importa que, enquanto estrutura política e de juventude, a JSD Distrital de Lisboa continue o
caminho em matéria de política educativa. Ambicionamos efetivar as propostas mais
centrais que resultaram da reflexão dos últimos dois anos e que nos parecem basilares para
garantir o futuro da educação em Portugal.
Mantemo-nos convictos de que os princípios de liberdade de ensinar e aprender, descentral-
ização de competências e gestão, acesso universal, inovação na pedagogia e organização,
qualidade e avaliação transversais do sistema que temos vindo a defender são a chave para
uma educação de excelência.
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18. É crucial manter a defesa da atualização do modelo de ensino em Portugal, em todos
os níveis de aprendizagem. O nosso sistema educativo tem várias décadas, e o nosso
modelo de sala de aula tem vários séculos, sendo urgente a sua reforma e adoção de
maior flexibilidade.
Vamos defender a criação de planos curriculares sérios e coerentes para a educação
para a cidadania, empreendedorismo e tecnologias da informação, áreas que temos
entendido como sendo chave na formação obrigatória de todos os jovens e sobre as
quais apresentámos propostas concretas que devem ser efetivadas.
A política educativa para o pré-escolar e para a infância também vai continuar na
nossa agenda, tendo como preocupações centrais garantir que o ensino de qualidade
começa ainda antes da escola e que os jovens têm condições, se esse for o seu desejo,
de conciliar a família e a sua atividade profissional.
Iremos sensibilizar para a necessidade de promover a Saúde e a prevenção em contex-
to escolar e ao longo da vida, tanto na ótica da formação curricular como através do
apoio prestado pelas unidades de saúde, a par da defesa da qualidade no acesso aos
SNS por parte dos utentes e à sustentabilidade de todo o sistema.
Apostar na promoção da produção e acesso à cultura das novas gerações como área
crucial para o desenvolvimento e realização pessoais.
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20. O Emprego Jovem foi e continua a ser uma das nossas grandes prioridades, por ser o pilar
essencial da transição da vida de estudante para a vida adulta. Apenas o emprego com
condições dignas pode garantir verdadeiramente a nossa independência e, como tal, é uma
necessidade absoluta para a nossa geração.
Queremos uma sociedade na qual a realização pessoal de um jovem passa por trabalhar ou
concretizar o seu potencial empreendedor, num mercado de trabalho flexível, dinâmico e
que premeie o mérito e iniciativa individual.
Em 2017, 1 em cada 4 jovens portugueses abaixo dos 25 anos estava desempregado. Só
Espanha, Grécia e Itália competem com Portugal nesta estatística, claramente distante da
média da OCDE. Para os 75% dos jovens portugueses com emprego, os salários médios são
de cerca de 750€, abaixo da média nacional.
Nem o facto de sermos a geração mais qualificada de sempre contorna esta realidade: hoje
em dia, um licenciado ganha cerca de 20% menos do que antes da crise. Numa realidade de
contratos precários e elevada carga fiscal, nada indica que esta disparidade seja ultrapassada
ou minimizada. Esta realidade condiciona e aprisiona a nossa geração, ditando rendimentos
líquidos baixos, privando-nos de capacidade de investimento e causando profundas
desigualdades sociais e geracionais.
Os baixos salários portugueses são em parte reflexo da produtividade inferior face aos pares
europeus. Continuamos a defender que se deve apostar fortemente no aumento da Com-
petitividade da economia, uma das bandeiras da Distrital de Lisboa dos últimos dois anos.
Apenas o incremento da produtividade, inovação, investimento e exportação podem impul-
sionar o desenvolvimento económico e, consequentemente, permitir que o progresso cole-
tivo que todos ambicionamos seja sustentável e transversal.
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21. Continuar a defender a
diminuição da carga
fiscal que um jovem
enfrenta, bem como a
carga fiscal suportada por
quem emprega jovens
(TSU), criando-se
condições para que o setor
privado invista na formação
e retenção de mão-de-obra
jovem, áreas que pautaram
a intervenção da JSD
Distrital de Lisboa nos
últimos dois anos.
Efetivar as propostas já
apresentadas no âmbito da
aposta na formação
digital da força de
trabalho empregada, na
reconversão de jovens
desempregados e na
diminuição de custos de
contexto.
Continuaremos a nossa
batalha sobre o sistema
dual de contratação, na
medida em que acredita-
mos que um mercado de
trabalho rígido, baseado
em fortes direitos adquiri-
dos ou, em alternativa, à
quase ausência de direitos
não corresponde aos
desafios do futuro e
continuará a sacrificar as
novas gerações.
Na perspetiva de promover
a primeira integração no
mercado de trabalho,
queremos propor refor-
mas ao sistema de
estágios vigente que hoje
não respondem verdadeira-
mente às necessidades dos
jovens e empregadores,
bem como pensar o
estatuto Trabalhador-Estu-
dante
A 4ª Revolução Industri-
al, as transformações no
mercado de trabalho e na
sociedade impulsionadas
pela tecnologia, pela crise
demográfica ou pelo papel
do trabalho no presente e
futuro serão igualmente
alvo da nossa reflexão,
porque queremos ter uma
palavra a dizer sobre os
grandes temas do nosso
futuro.
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23. A Cidadania e a Participação são, hoje, dois conceitos fundamentais para a política portugue-
sa. Podemos ir mais longe e dizer mesmo que a falta destes dois conceitos numa sociedade
pode, seriamente, atentar contra a democracia e contra o nosso modelo civilizacional.
Quanto maior for o conhecimento dos sistemas democrático e dos direitos e deveres que
lhe são implícitos, mais sólido será o edifício democrático nacional e europeu.
Uma das grandes preocupações da JSD Distrital de Lisboa tem sido a descrença em relação
à política; 2 em cada 5 portugueses afirmam não ter qualquer interesse por política,
proporção semelhante na faixa etária dos 15 aos 29 anos. A face mais visível deste afasta-
mento generalizado da política é a abstenção em atos eleitorais.
Ao longo dos últimos dois anos, a Cidadania foi uma grande bandeira da Distrital de Lisboa,
catapultando a nossa atividade para o mediatismo nacional com formatos inovadores e
parcerias realizadas pela primeira vez na história da JSD.
Queremos potenciar a Participação das novas gerações, porque acreditamos que é crucial
para a nossa geração a maior participação cívica e política, em particular no momento do
Voto. Acreditamos que pode estar em causa um enviesamento em termos de prioridades da
ação política; se a nossa geração continuar a não votar, as nossas convicções e necessidades
podem perder prioridade, o que gerará um alheamento dos agentes políticos face a um
segmento da população que não vota.
Consideramos assim que a JSD Distrital de Lisboa deve continuar a pautar-se pela defesa de
uma das causas mais urgentes da cidadania, a participação eleitoral, promovendo também a
proximidade à União Europeia.
Adicionalmente, a participação cívica solidária também irá continuar como uma bandeira da
JSD Distrital de Lisboa. Entendemos que enquanto agentes políticos temos a obrigação de
dar o exemplo, prosseguindo a nossa atividade em estreita ligação com associações de
solidariedade social e incrementando os esforços no sentido de potenciar a atividade da
sociedade civil na área da cidadania.
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24. Entendemos que devemos continuar a criar ligações entre as associações e o poder político,
bem como entre as centenas de entidades que operam no Distrito.
Continuar a aprofundar o conhecimento
dos sistemas democráticos a nível
nacional e ao nível da União Europeia,
bem como os valores de cidadania e
pertença nacional e europeia.
Defender a inovação dos meios de voto e
na maior transparência e proximidade aos
órgãos políticos, combatendo a
abstenção eleitoral nas próximas
eleições de 2019 e o afastamento dos
jovens.
Vamos continuar a nossa parceria ímpar
e inovadora com a Comunidade Vida e
Paz, bem como perceber se existem outras
organizações com as quais a JSD Distrital
de Lisboa se possa associar para fortalecer
o nosso papel junto da comunidade.
Promover a atualização constante do
Guia do Associativismo, criado em 2016,
documento agregador dos principais
aspetos legais da constituição e gestão de
uma associação juvenil.
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26. É para a JSD Distrital de Lisboa um fator de orgulho e motivação para futuro o aumento do
número de autarcas da JSD, decorrente das eleições autárquicas 2017, o que realça o valor
dos quadros existentes na JSD. Iremos promover todos os esforços necessários no sentido
de potenciar a atividade dos mais de 30 autarcas que a JSD tem hoje nos Municípios e Freg-
uesias do Distrito de Lisboa.
Enquanto estrutura distrital, mantemos a ambição de continuar a preparar quadros para a
atividade política local. Neste sentido, consideramos que o caminho para as Eleições
Autárquicas de 2021 já começou e continuaremos o trabalho que realizámos até aqui no
âmbito da coordenação autárquica.
Nos últimos dois anos, reunimos com todas as Concelhias para discutir as autarquias locais,
construímos um Caderno Autárquico 2017-2021 com causas pelas quais os Autarcas da JSD
se devem bater e organizámos uma grande formação autárquica. Este é o caminho certo,
que agora queremos reforçar com maior ligação entre todos os autarcas, para partilha de
experiências e conhecimento.
Entendemos a Formação como pilar-chave da ação da JSD e temos uma visão global da
desta área, na medida em que todos os eventos, iniciativas e formatos de comunicação que
realizámos se inserem, efetivamente, numa lógica de formação dos nossos quadros. Nos
próximos dois anos, vamos continuar a desenvolver atividade formativa para as novas
gerações que se juntam à JSD e para desenvolver os nossos atuais quadros.
Iremos lançar plataformas de comuni-
cação permanente, para troca de
experiências, conhecimento e partilha de
propostas entre os jovens autarcas da JSD
do Distrito de Lisboa.
Vamos continuar a apostar na formação
dos quadros da JSD, com particular
enfoque em ajudar à integração dos novos
militantes da nossa estrutura.
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